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ESTADO DO RIO GRANDE DO SUL

PREFEITURA MUNICIPAL DE ERECHIM


SECRETARIA MUNICIPAL DE DESENVOLVIMENTO ECONÔMICO
- SMDE -

MEMORIAL DESCRITIVO - SPDA

Obra: Reforma – Edificação de Comércio e Serviços (Berçário Industrial).


Proprietário: Prefeitura Municipal de Erechim.
Local: Lote Urbano nº 09,10,11,12, Quadra nº 09, Rua Ernesto Galli, Erechim/RS

1.0 OBJETIVO

O presente memorial refere-se ao projeto de um Sistema de Proteção Contra


Descargas Atmosféricas – SPDA, visando reduzir os riscos de choques elétricos. Para o
desenvolvimento do mesmo formam seguidos os conceitos estabelecidos pela NBR
5419/2005.
A necessidade da instalação do SPDA foi avaliada e constatada de acordo com a
metodologia estabelecida em norma, cujos cálculos encontram-se explicitados neste
memorial.

2.0 DADOS TÉCNICOS

2.1. Tipo de proteção utilizada:

Método Gaiola de Faraday.

2.2. Captores:

a) Tipo ou modelo: captores e malha de cobre nú 35,0mm² nas descidas;


b) Condições de instalação:
• Hastes verticais do tipo terminal aéreo de aço galvanizado com altura de 60
cm;
• Malha de cobre: ao longo do perímetro, espaçado e fixadas por meio de
presilhas.

3.0 CÁLCULO DA NECESSIDADE DE SPDA

Para verificar a necessidade de instalação de um SPDA foi adotado o método


apresentado na norma NBR 5419/2005, que estabelece critérios para a definição da
instalação ou não de um sistema de proteção contra descargas atmosféricas.

3.1 Parâmetros da edificação:

C = 56 metros (Comprimento);
L = 11,3 metros (Largura);
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A = 6 metros (Altura).

3.2 Avaliação do risco de exposição:

Ae = Área de exposição
Ae = C x L + 2 x C x A + 2 x L x A + 3,14 x A²
Ae = 1.553,44m²

3.3 Densidade de descargas para o solo:

Ng = Número de raios para o solo por km² por ano


Ng = 0,04 x Td1,25
Td = 40 (nº de dias de trovoadas por ano)
Ng = 0,04 x 401,25
Ng = 4,023786975 descargas km²/ano.

3.4 Frequência média anual previsível de descargas:


N = Ng x Ae x 10-6
N = 0,00625071163842.

3.4 Fatores de ponderação:

A = 1 (Tipo de ocupação da Estrutura - locais de afluência de público: pavilhão);


B = 1 (Tipo de construção da Estrutura - estrutura de concreto armado, com
cobertura não-metálica);
C = 0,8 (Conteúdo da estrutura - estruturas industriais e agrícolas contendo objetos
particularmente suscetíveis a danos);
D = 1 (Localização da estrutura - estrutura localizada em uma área contendo
poucas estruturas ou árvores de altura similar);
E = 1,3 (Topografia - montanhas entre 300 m e 900 m).

3.5 Nível de proteção da estrutura:

Tipo III.

3.6 Np= Valor ponderado de N:

Np = N x A x B x C x D x E
Np = 0,00650074010396 Descargas/ano.
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3.8 Número de Descidas:

De = P/E
P = perímetro
E = espaçamento

P = 56 m + 11,3 m + 56 m + 11,3 m
P = 134,6 m

Nível de proteção Tipo III > espaçamento entre descidas = 20m.

De = 134,6/20
De = 6,73

Deverão ser instaladas 8 descidas.

3.9 Parâmetros da Norma Brasileira (NBR 5419/2005):

• Se Np > ou = 0,001 – Riscos maiores do que 1/1.000 (um por mil) de ocorrer
uma descarga/ano, então a estrutura requer obrigatoriamente uma proteção de
SPDA.
• Se Np < ou = 0,00001 – Riscos menores do que 1/10.000 (um por dez mil)
de ocorrer uma descarga/ano, então a estrutura não requer proteção de SPDA.
• Se 0,001 > Np > 0,00001 então a conveniência de se implantar o SPDA ou
não, deve ser decidida, por comum acordo, entre o projetista e os
usuários/proprietários do prédio.

3.10 Conclusão do cálculo:

É necessária a instalação de SPDA.

4.0 DESCRIÇÃO

Na cobertura da edificação foi projetado um sistema de captação das descargas


atmosféricas, formado por uma malha superior na cobertura do prédio, de cabos de cobre
nu de 35 mm² e condutores de descida, formando uma gaiola de Faraday, protegendo
assim todo o volume interno.

4.1 Terminais aéreos:

O sistema de captação deverá ser feito por captores do tipo terminal aéreo de aço
galvanizado a quente com base plana. Estes deverão ter 60 cm de altura e fixados as
telhas do telhado. Aonde as telhas forem perfuradas para a colocação dos terminais, os
furos deverão ser impermeabilizados com poliuretano.
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4.2 Descidas:

A descida, dos cabos após passarem pelos terminais aéreos será feita
externamente, sendo os cabos de cobre presos ao telhado e à edificação, tudo como
detalhado em projeto. As descidas serão interligadas ao sistema de aterramento a ser
executado.

4.3 Aterramento:

O aterramento será executado em anel, composto por uma malha de cabo de


cobre nu, de 50mm² de seção, interligada às hastes de aterramento do tipo copperweld,
alta camada de 5/8” x 2,40m, embutidos no solo, equalizando o potencial.
As conexões deverão ser feitas com solda exotérmica ou conectores específicos.
As conexões para inspeção e medição, deverão ser feitas utilizando-se conectores tipo
Minigar, com grampo U, galvanizado a fogo.
A malha de aterramento deverá possuir uma resistência máxima, em qualquer
época do ano, não superior a 10 Ohms. Os condutores de malha de terra deverão ser
enterrados a uma profundidade mínima de 0,5 m e afastados a uma distância entre 1,0 e
1,5 m da edificação.

Atenciosamente:

____________________________________
Prefeitura Municipal de Erechim
Proprietário

_____________________________________
Eng.º Eletricista Edson D. W. Lisbôa
CREA – 35.451-9
Resp. Técnico

Erechim, 23 de março de 2015.

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