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Evany Nascimento
Outubro, 2012
LABORATÓRIOS DIDÁTICOS
Proposta de Laboratório:
Eu conto, Tu contas, Ele (a) conta...
Mediadora:
Evany Nascimento
Sub-temas:
Literatura infantil
Folclore brasileiro
Música
Vídeos
Jogos
Horário: 8h às 12h
A
oficinaEu conto, tu contas, ele (a) conta..., pretende
explorar o universo da contação de história a partir da
Literatura Infantil, explorando também outras
linguagens artísticas como a música, numa experiência
transdisciplinar. Construída a partir de experiências da
mediadora em atividades com crianças, jovens e adultos
(educadores ou não). Os participantes experimentarão técnicas [Digite o título da
de contação de história, conhecerão produtos nessa área e barra lateral]
vivenciarão jogos pedagógicos. Ao final, muitas histórias
[Digite o conteúdo da
poderão ser contadas sobre essa vivência.
barra lateral. A barra
lateral é um suplemento
1. Literatura infantil e técnicas de contar histórias
C
ontação de histórias.Nós somos contadores de história desde que
começamos a falar. Contamos sobre o que vemos, ouvimos, fazemos.
Contamos sobre os outros e sobre nossos sonhos. A contação de história
vem da nossa herança indígena de tradição oral e de um povo que demorou
a ser letrado (lembrando de nossos bisavós e avós, que moravam no interior
por exemplo). Especialmente no Norte e Nordeste essa tradição é mais forte. Podemos
perceber na nossa forma de escrever que a tendência de contar uma história continua,
mesmo nos trabalhos científicos. É uma narrativa diferenciada, mais demorada, com
aspectos subjetivos. Então por isso eu lembro que somos contadores de história.
Na sala de aula essa nossa habilidade pode render muita simpatia e arrebatar muitos
leitores e futuros contadores de história. Nesses dois dias vamos buscar explorar essa
habilidade que trazemos focando a sala de aula e as possibilidades de atividades que
podem ser desenvolvidas.
C hegança. Este é um termo que podemos adotar
para a atividade de boas-vindas de uma aula, curso
de formação, encontro, oficina, laboratório, o que for. É
a primeira atividade. Pode ser uma música que todos
cantem, um jogo, alguma coisa que oportunize a
Os livros que amo...
participação e a integração de todos para o início das
atividades. É muito importante porque é a abertura, a As coisas que vejo são
recepção o “seja bem-vindo” a este encontro. As como o beijo do príncipe:
elas vão acordando os
energias se confluem com todas as expectativas e poemas que aprendi de cor
pensamentos de alegria pelo que está por vir. e que agora estão
adormecidos na minha
memória. Assim, ao não-
Escolhi uma cantiga de roda chamada Abra a roda tin do pensar da visão, une-se o
lê lê. não-pensar da poesia. E
penso que o meu mundo
seria muito pobre se em
Abra a roda tin do lê lê mim não estivessem os
Abra a roda tin do lá lá livros que li e amei. Pois, se
Abra a roda tin do lê lê não sabem, somente as
Tin do lê lê coisas amadas são
Tin do lá lá guardadas na memória
poética, lugar da beleza.
“Aquilo que a memória
E vai andando... amou fica eterno”, tal
Bate palma... como disse a Adélia Prado,
Me dê sua mão... amiga querida. Os livros
Requebradinha... que amo não me deixam.
Vai andando... Caminham comigo. Há os
livros que moram na
De trenzinho...
cabeça e vão se
De marcha a ré...
desgastando com o tempo.
Bem baixinho... Esses, eu deixo em casa.
Etc... Mas há os livros que
moram no corpo. Esses são
Como se brinca: Uma roda cantando e fazendo os gestos eternamente jovens. Como
que o texto sugere, expressando os comandos que vão no amor, uma vez não
chega. De novo, novo, de
surgindo espontaneamente.
novo...
E
stórias do folclore brasileiro.O folclore brasileiro é
riquíssimo em estórias que são transmitidas oralmente
através das gerações. Hoje muitas delas encontram-se
compiladas em algumas publicações. Cada uma traz variações,
algo comum da oralidade incorporada aos textos escritos.
Alguns desses textos são os mitos de origem: como nasceu o
Amazonas, a vitória-régia, o guaraná, a mandioca, a noite... isso
só pra falar das nossas lendas regionais. Abaixo, para inspirar
novas pesquisas, segue duas dessas belas estórias.
H
istórias animadas. Na internet, no canal youtube, por
exemplo, é possível encontrar muito material de
contação de história que pode ir para a sala de aula
através da tv, ou num telão, numa sessão de cinema com
pipoca. Alguns vídeos apresentam os livros lidos e com imagens;
outros trazem a própria contadora de história em ação.
Dó ré mi fá, fá, fá
Dó ré dó ré, ré ré
Dó sol fá mi, mi, mi
Dó ré mi fá, fá fá
P
alavra cantada. Este é o nome de um grupo formado por
músicos e pesquisadores que produzem material
infantil: Sandra Peres e Luiz Tatit. São músicas que
carregam uma história contada com os sons e com as palavras.
Há vários vídeos do grupo no youtube.
Abre a janela
Bela donzela
Pra que meus olhos
Tenham a luz do sol
http://www.youtube.com/watch?v=ZhGHEZUzQX0
Bom dia todas as cores. Com a narração de Ruth Rocha, o vídeo traz as imagens do livro, como
se fosse se abrindo à medida que a história é contada.
http://www.youtube.com/watch?v=DrKqaHUVcRQ&feature=related
O macaco e a velha. Animação de um áudio da história do tempo dos disquinhos.
http://www.youtube.com/watch?v=geQl2cZxR7Q&feature=related
A menina que odiava livros. “Animação conta a história de Nina, uma menina que não gostava
de ler, mas que, ao se deparar com o rico universo da leitura, descobre uma nova realidade.”
http://www.youtube.com/watch?v=cqYNRMr9EOQ&feature=related
O Livro que só queria ser lido», uma adaptação do conto homónimo de José Jorge Letria, p'los
Valdevinos - Teatro de Marionetas.
Sinopse:
Era uma vez um livro que teve o seu tempo, que esteve na moda, que passou de mão em mão,
que teve leitores apaixonados e depois acabou na prateleira do esquecimento e da solidão;
alimenta apenas um sonho: o de voltar a ser lido, que é uma forma de ser amado.
Na sua solidão, teve por companhia cúmplice uma velha máquina de escrever, também ela
condenada ao esquecimento. Juntos, foram encontrando formas de ultrapassar a tristeza de se
sentirem esquecidos.
O Livro que só Queria Ser Lido, é um elogio do livro e da leitura e transmite uma verdade
essencial: os livros partilharão sempre connosco, pela vida fora, a magia da aventura e do
saber.
http://www.youtube.com/watch?v=ZUA1XSC3ZdU&feature=related
De onde vem o livro?Vídeo que fala da história do livro, de como são ilustrados e produzidos.
G lossário
INSTITUTO C&A–Organização das Lojas C&A criada em 1991 que promove formação
de funcionários para atividades em organizações não governamentais. Apoia
financeiramente projetos e instituições de arte e incentivo à leitura.
TEAR – É uma escola de formação que desde 1980 atua nos campos da Educação, Arte
e Cultura, a partir de 2002 como ONG e 2005 como Ponto de Cultura. Promove e
realiza no Rio de Janeiro e, em outros estados: cursos de formação nas várias
linguagens da arte (teatro, dança, música, artes visuais e literatura); espetáculos
artísticos e eventos culturais; cursos de arte-educação; consultorias e projetos sociais.
Seu diferencial é criar um espaço educativo estético e ético que favoreça os processos
de desenvolvimento humano.
http://www.institutotear.org.br/
COMEÇOS DE HISTÓRIAS:
Era uma vez...
Certa vez...
Há muito tempo...
Numa terra bem distante...
Dizem que um dia...
No começo do mundo...
Era pleno inverno...
Num certo país...
Há mil anos atrás...
Num época em que os animais ainda falavam...
Há muitos e muitos anos...
Perto de uma vasta floresta...
Há muitos séculos...
FINAIS DE HISTÓRIAS:
E foram felizes para sempre...
E viveram felizes até morrer.
Quem não acreditar nesta história terá de pagar uma prenda.
E vany Nascimento
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