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LABORATÓRIOS DIDÁTICOS

I SEMINÁRIO DE ARTE NA EDUCAÇÃO


UEA – Universidade do Estado do Amazonas
Escola Superior de Artes e Turismo
Escola Normal Superior
De 30 de outubro a 1º de novembro de 2012

Eu conto, tu contas, ele(a) conta...

Evany Nascimento
Outubro, 2012
LABORATÓRIOS DIDÁTICOS

I SEMINÁRIO DE ARTE NA EDUCAÇÃO


UEA – Universidade do Estado do Amazonas
Escola Superior de Artes e Turismo
Escola Normal Superior
De 30 de outubro a 1º de novembro de 2012

“Para que uma estória?


Quem não compreende
pensa que é para divertir.
Mas não é isto.
É que elas têm o poder
de transfigurar o cotidiano.”
Rubem Alves

Proposta de Laboratório:
Eu conto, Tu contas, Ele (a) conta...

Mediadora:
Evany Nascimento

Tema-central: Contação de histórias

Sub-temas:
Literatura infantil
Folclore brasileiro
Música
Vídeos
Jogos

Metodologia: aprender fazendo

Referencial teórico: lista de livros, cds, links para


pesquisas posteriores.

Período: dias 30 e 31 de outubro de 2012.

Horário: 8h às 12h
A
oficinaEu conto, tu contas, ele (a) conta..., pretende
explorar o universo da contação de história a partir da
Literatura Infantil, explorando também outras
linguagens artísticas como a música, numa experiência
transdisciplinar. Construída a partir de experiências da
mediadora em atividades com crianças, jovens e adultos
(educadores ou não). Os participantes experimentarão técnicas [Digite o título da
de contação de história, conhecerão produtos nessa área e barra lateral]
vivenciarão jogos pedagógicos. Ao final, muitas histórias
[Digite o conteúdo da
poderão ser contadas sobre essa vivência.
barra lateral. A barra

PROGRAMAÇÃO lateral é um suplemento

1º dia - Literatura infantil e técnicas de contar histórias a partir autônomo do


dos textos.
documento principal. Ela
Chegança
Novelo temático está alinhada à
A história nossa de cada dia
o Livro de abertura esquerda/direita ou na
Tapete mágico parte superior/inferior
o O livro que me conquistou
o Uma história sem pé nem cabeça da página. Use a guia
Eu conto, tu contas, ele(a) conta...
Ferramentas de
Canção Tear
Desenho para alterar a

2º dia - Histórias do folclore brasileiro ou da literatura, formatação da caixa de


musicadas e animadas.
texto da barra lateral.]
Chegança
Novelo musical
A história nossa de cada dia
o Livro de abertura “Outra maneira bem
Palavra cantada diferente de encarar os
contos é conta-los por puro
o Histórias musicadas
prazer e que é,
o Histórias animadas predominantemente, a
Eu conto, tu cantas, ele(a) dança... razão de ser da maioria dos
Canção Tear contadores de histórias
modernos.”
1º de novembro
Dra.ClarissaPinkolaEstés –
Tema principal: Uma história sobre as atividades.
Contos dos Irmãos Grimm
Ensaio para uma apresentação (ou não)
[Digite o conteúdo da

barra lateral. A barra

lateral é um suplemento
1. Literatura infantil e técnicas de contar histórias

L iteratura Infantil.A literatura infantil e infanto-juvenil está vivendo hoje um


momento muito bom, se formos levar em conta as grandes produções editoriais, o
rico material de ilustração e a quantidade de eventos que divulgam o livro e a leitura.
Há muito material e há muito material bom. Grandes clássicos estão sendo revisitados
como os contos dos Irmãos Grimm; outros livros são adaptados ao público infantil,
como os clássicos da literatura brasileira; e muitos livros de imagens são publicados
com o foco no público infantil. A indústria produz para um público. Os autores buscam
leitores. Designers e artistas plásticos apresentam sua arte. Então há muito material e
há leitores ávidos e interessados por descobrir novas histórias. É no meio desse
caminho que está a função do mediador de leitura ou contador de história. A função
de ser ponte entre o livro e o leitor.

Onde encontrar: Em Manaus é possível encontrar boas publicações da Editora Valer,


como a série do Zezinho na Floresta, do escritor Elson Farias, nosso maior
representante na literatura infantil regional. A Saraiva virou ponto de referência para
produções que raramente se encontrava na cidade, é outro local que vale a pena
visitar na busca de títulos. A Livraria Nobel (Shopping Millenium) também tem um
acervo de títulos nacionais bem interessante. A Livraria Paulinas, além de um acervo
de publicações de grandes autores nacionais e internacionais oferece também cursos,
oficinas e palestras para professores. (Sete de Setembro, atrás da Igreja Matriz,
Centro).

C
ontação de histórias.Nós somos contadores de história desde que
começamos a falar. Contamos sobre o que vemos, ouvimos, fazemos.
Contamos sobre os outros e sobre nossos sonhos. A contação de história
vem da nossa herança indígena de tradição oral e de um povo que demorou
a ser letrado (lembrando de nossos bisavós e avós, que moravam no interior
por exemplo). Especialmente no Norte e Nordeste essa tradição é mais forte. Podemos
perceber na nossa forma de escrever que a tendência de contar uma história continua,
mesmo nos trabalhos científicos. É uma narrativa diferenciada, mais demorada, com
aspectos subjetivos. Então por isso eu lembro que somos contadores de história.

Na sala de aula essa nossa habilidade pode render muita simpatia e arrebatar muitos
leitores e futuros contadores de história. Nesses dois dias vamos buscar explorar essa
habilidade que trazemos focando a sala de aula e as possibilidades de atividades que
podem ser desenvolvidas.
C hegança. Este é um termo que podemos adotar
para a atividade de boas-vindas de uma aula, curso
de formação, encontro, oficina, laboratório, o que for. É
a primeira atividade. Pode ser uma música que todos
cantem, um jogo, alguma coisa que oportunize a
Os livros que amo...
participação e a integração de todos para o início das
atividades. É muito importante porque é a abertura, a As coisas que vejo são
recepção o “seja bem-vindo” a este encontro. As como o beijo do príncipe:
elas vão acordando os
energias se confluem com todas as expectativas e poemas que aprendi de cor
pensamentos de alegria pelo que está por vir. e que agora estão
adormecidos na minha
memória. Assim, ao não-
Escolhi uma cantiga de roda chamada Abra a roda tin do pensar da visão, une-se o
lê lê. não-pensar da poesia. E
penso que o meu mundo
seria muito pobre se em
Abra a roda tin do lê lê mim não estivessem os
Abra a roda tin do lá lá livros que li e amei. Pois, se
Abra a roda tin do lê lê não sabem, somente as
Tin do lê lê coisas amadas são
Tin do lá lá guardadas na memória
poética, lugar da beleza.
“Aquilo que a memória
E vai andando... amou fica eterno”, tal
Bate palma... como disse a Adélia Prado,
Me dê sua mão... amiga querida. Os livros
Requebradinha... que amo não me deixam.
Vai andando... Caminham comigo. Há os
livros que moram na
De trenzinho...
cabeça e vão se
De marcha a ré...
desgastando com o tempo.
Bem baixinho... Esses, eu deixo em casa.
Etc... Mas há os livros que
moram no corpo. Esses são
Como se brinca: Uma roda cantando e fazendo os gestos eternamente jovens. Como
que o texto sugere, expressando os comandos que vão no amor, uma vez não
chega. De novo, novo, de
surgindo espontaneamente.
novo...

(Escolher alguém para conduzir a chegança do dia Rubem Alves – Sob o


feitiço dos livros. Folha de
seguinte.) São Paulo, Caderno
Sinapse, 24 de janeiro de
2004. In Prazer em Ler,
NA SALA DE AULA. É preciso um espaço para a atividade.
Instituto C&A.
Funciona bem com pequenos e com pessoas que gostam
de encontros festivos. Mistura dança, expressão
corporal, atenção, concentração e principalmente
alegria que circula entre todos os participantes.Já tive a
oportunidade de fazer essa canção em encontros de
formação de professores e outros educadores e
atividades recreativas com crianças. A canção era
sempre bem-vinda. Vale pela brincadeira.

Outras atividades como chegança: Pode ser bem


interessante no começo do ano, do semestre, do
bimestre, da semana. Uma música, uma brincadeira
conquista o aluno pela afetividade, pela alegria. Isso
muda o clima das aulas, da ideia que se tem de espaço
de ensino e melhora a relação professor-aluno. Pode
cantar? Se acha que não tem muito jeito pode levar um
gravador para a sala de aula e colocar a música.
Também é válido. Pode ser uma surpresinha com papeis
grudados embaixo da carteira (isso no primeiro dia
quando as carteiras ainda não estão marcadas). Isso
lembra aquela musiquinha “de antigamente”: “Bom dia
coleguinha como vai?”. Ainda hoje alunos universitários
lembram-se dela. Há outras canções que podem ampliar
esse repertório. Só nos resta buscar.

N ovelo temático. Trata-se de uma atividade para


conhecer o perfil do grupo com três itens
principais: nome – escola – música preferida. O grupo
fica em círculo, de pé e um novelo (barbante) começa a
ser jogado. Quem pega o barbante fala o seu nome,
segura um ponto do barbante e joga o novelo para outra
pessoa, que pega e faz o mesmo. Aos poucos começa-se
a formar uma grande teia.

Como atividade pedagógica: Vale mesmo como


brincadeira para conhecer um grupo e pode ser usado
para momentos bem pontuais, escolhendo-se o tema,
por exemplo: filme preferido, comida preferida, cor... E
na desmontagem do novelo pode-se vir com a ideia
oposta: filme que não gostou, comida que não gosta, cor
que não gosta. Através dessa brincadeira dá para traçar
várias análises do perfil do grupo e dos indivíduos.
A
história nossa de cada dia. Atividade prática de contação
de história.

Livro de abertura. Título para o livro que abrirá a


atividade. Livro escolhido: A contadora de filmes. Trata-
se de uma história linda que acompanha a vida de uma
menina, da infância até a idade adulta. É também uma
história triste e com momentos de entusiasmo e
esperança. Para contar essa história (assim como outras)
é preciso estudar bem o texto para captar isso. É a
própria menina que narra toda a história e ela sofre, e
tem momentos de felicidade ao reviver sua trajetória. É
preciso captar os momentos dessa memória. É preciso
conhecer bem o livro e traçar o perfil de quem está
contanto a história (no caso dessa que tem uma
narradora).

Tapete mágico. Atividade de contação de história com


todos em círculo sentados. Pode ser preparada
antecipadamente colocando-se um tapete ou tecido no
chão com vários livros, almofadas, brinquedos,
instrumentos musicais... Os brinquedos podem ajudar a
contar a história e os instrumentos, podem servir para
fazer a sonoplastia.

NA SALA DE AULA: Pode ser montado esse


espaço na própria sala de aula ou em um canto
da biblioteca ou outra sala. Os livros podem ser
do acervo da escola; os brinquedos, as crianças
podem trazer de casa assim como os objetos
para produzir som.

o O livro que me conquistou. Momento para que


os participantes falem um pouco sobre um livro
de sua preferência. Pode-se orientar para
questões básicas como: autor, título do livro,
ilustrador, personagens, em que momento leu,
quantas vezes leu, etc... Mas a atividade de
narrativa livre também é muito rica, porque as
percepções sobre leitura são diferentes para
cada um.

o Uma história sem pé nem cabeça. Momento


para uma criação coletiva. Semelhante à teia,
aqui as pessoas continuam em círculo, sentadas
e são orientadas a começar a desenvolver uma
história que pode ser com a leitura de uma frase
do seu livro preferido. A ideia é divertir-se com o
processo de construção mesmo que ele não faça
sentido como narrativa. O sentido maior está no
jogo.

NA SALA DE AULA: Serve para brincar com os


livros e assim tirar a ideia de que eles precisam
ler lidos do começo ao fim, porque a leitura
também pode ser feita aos pedacinhos. Isso
também oportuniza conhecer vários livros. E
quem nos garante que a criança não vai pegar o
livro e ler depois, assim como os outros que
participaram da história maluca? E mais que isso,
quem nos garante que a criança não vai começar
a inventar suas próprias histórias malucas? Vale
o experimento.
Já experimentei essa atividade com alunos do 5º
ano e funcionou bem! Fizemos na biblioteca da
escola e o objetivo era exercitar a leitura e a
pontuação. Também já experimentei com
crianças do ECAE nas rodas de leitura onde cada
um pegava seu livro preferido e lia um trecho. A
diversão é garantida.

E u conto, tu contas, ele(a) conta...Atividade para leitura em


grupo com orientação quanto à entonação vocal,
expressão corporal, efeitos sonoros, elementos cênicos. Cada
participante escolhe um livro e começa a leitura em diferentes
momentos: 1º) estudo do texto; 2º leitura com entonação
vocal; 3º leitura utilizando expressão corporal; 4º estudo e pesquisa de efeitos sonoros
e elementos cênicos.

Canção Tear. Escolhida a música da Denise Mendonça, Folias Cirandeiras.

Quero ver você entrar agora nessa roda


Nessa ciranda que não vai parar de rodar
Quero ver o teu sorriso
Solto feito estrela guia
A me iluminar

Deixa teu coração brincar


Deixa teu corpo balançar
Deixa a alegria te contagiar, girar
Nesta folia, nesta ciranda
Quero estar pra sempre com você
2. Histórias do folclore brasileiro ou da
literatura, musicadas e animadas

E
stórias do folclore brasileiro.O folclore brasileiro é
riquíssimo em estórias que são transmitidas oralmente
através das gerações. Hoje muitas delas encontram-se
compiladas em algumas publicações. Cada uma traz variações,
algo comum da oralidade incorporada aos textos escritos.
Alguns desses textos são os mitos de origem: como nasceu o
Amazonas, a vitória-régia, o guaraná, a mandioca, a noite... isso
só pra falar das nossas lendas regionais. Abaixo, para inspirar
novas pesquisas, segue duas dessas belas estórias.

Como nasceu o Amazonas


Dizem que a lua queria se casar com o sol, mas se isso acontecesse
o mundo seria destruído porque o sol queimaria tudo e as lágrimas
da lua inundariam a terra. Como não puderam se casar, cada um foi
para o seu lado.
Ainda assim, a lua chorou um dia inteiro, e suas lágrimas correram
pelas terras buscando o mar. Só que este não aceitou as lágrimas da
lua e elas tiveram de voltar, mas não deram conta de subir as altas
montanhas de onde tinham descido. Tiveram, mais uma vez, de
descer, formando, no trajeto, o rio Amazonas.

Como nasceu a vitória-régia


Considerada uma das maiores flores aquáticas do mundo,
inspiradora de contos, versos e canções, a vitória-régia não existia
no começo dos tempos. Dizem que existia uma índia muito bonita
chamada Naiá. Apaixonada pela lua, que era um belo e jovem
guerreiro, ela recusava a todos os que queriam namorá-la. Em vez
disso, todas as noites corria pelas matas, procurando ver a lua no
céu e seguindo seu amado guerreiro. Um dia, à beira de uma grande
lagoa, acreditou que a luz tinha descido e mergulhou nas águas à
procura dela. Morreu afogada, mas a lua, com pena de sua sorte e
não querendo transformá-la numa estrela, como tantas outras
índias, fez dela uma bela flor, que bóia sobre as águas e que, todas
as noites, abre suas pétalas para acolher os raios de luar... a vitória-
régia.

Fonte: O Grande Livro do Folclore, Carlos Felipe.


H
istórias musicadas.O folclore brasileiro tem muitas
dessas histórias. Geralmente apresentam um narrador
que conta a história e os personagens que tem suas
falas cantadas. São ótimas opções para cantos dramatizados,
onde se pode juntar contação de história, música, teatro e
dança.

H
istórias animadas. Na internet, no canal youtube, por
exemplo, é possível encontrar muito material de
contação de história que pode ir para a sala de aula
através da tv, ou num telão, numa sessão de cinema com
pipoca. Alguns vídeos apresentam os livros lidos e com imagens;
outros trazem a própria contadora de história em ação.

NA SALA DE AULA: São recursos materiais que podem ser


usados de forma direta ou como ideia de produções que podem
ser feitos pelo professor/contador de história. Hoje as máquinas
fotográficas e celulares já vem com esses recursos de vídeo, daí
é só explorar a criatividade. Com alunos maiores isso pode virar
projeto coletivo. Uma música conta uma história. A história
sugere imagens. A leitura de um livro pode virar vídeo. Tudo é
possível!

Chegança.De responsabilidade de alguém do grupo,


escolhido no dia anterior.

Novelo musical. Semelhante à atividade do Novelo


temático, o tema deste é a música preferida de cada um.
À medida que o novelo for passando os participantes
vão cantando um trecho de uma de suas músicas
preferidas e quem souber canta junto. Passou o novelo,
o próximo começa a sua música e assim vai até todos
estarem na teia.

A história nossa de cada dia. Roda de história com a


participação de dois ou três participantes que vão contar
uma história de contação de história. Algummomento
engraçado ou emocionante que viveu como contador de
história ou ouvinte de uma história. (História de vida)
o Livro de abertura.Escolhidoa história O flautista
de Hamelim texto de Robert Browning.
O flautista(Paródia da canção folclórica O Pastorzinho,
Evany Nascimento)

Havia um flautista que andava a passear


Saiu de sua casa pôs-se a tocar

Dó ré mi fá, fá, fá
Dó ré dó ré, ré ré
Dó sol fá mi, mi, mi
Dó ré mi fá, fá fá

Chegando à cidade o rei então pediu


Pegue esses ratos e jogue-os no rio

O flautista levou todos os ratos para o rio


Livrou toda a cidade e o povo então sorriu

Mas sua recompensa o rei não quis pagar


Zombou do bom flautista e nem quis lhe ajudar

Saindo da cidade o flautista tocou


Uma canção tão linda que as crianças encantou

P
alavra cantada. Este é o nome de um grupo formado por
músicos e pesquisadores que produzem material
infantil: Sandra Peres e Luiz Tatit. São músicas que
carregam uma história contada com os sons e com as palavras.
Há vários vídeos do grupo no youtube.

o Histórias musicadas. Escolhida para esta


atividade a história: Estória da coca.

o Histórias animadas. Escolhidas duas histórias


para ilustrar: Bom dia todas as cores, de Ruth
Rocha e A menina que odiava livros. Estes vídeos
estão disponíveis no youtube.

Eu conto, tu cantas, ele(a) dança... Exercício prático de


uma história cantada com elementos de dança e teatro.
Pesquisa em grupo em sala. Ao final, apresentar as
experiências.
Canção Tear. Momento de encerramento do segundo
dia de atividade. A canção escolhida foi Oh minha
amada, de Denise Mendonça. Esta canção faz uma
referência aos contos de fada e pode ser um canto
dramatizado, com divisão de grupos e coreografia.
Consiste em dois grupos, um responde ao outro.

Oh, minha amada


Idolatrada
Ouça minha voz
Que o vento traz
Pra te dizer
Do amor que explode
Dentro do peito
Que por ti implora

Abre a janela
Bela donzela
Pra que meus olhos
Tenham a luz do sol

E pra que possa sossegar


Meu desatinado coração
Pois não há maior amor no mundo
Do que eu tenho pra te dar

Oh, minha amada


Idolatrada
És para mim uma flor
Oh bela, meu amor
B ibliografia comentada

1. A CONTADORA DE FILMES. Hernán Rivera Letelier. Título original: La contadora


de películas. Tradução: Eric Nepomuceno. São Paulo: Cosac Naify, 2012. A
história de uma menina de uma família pobre que vive em uma vila de mina. A
família junta moedas e ela vai ao cinema, quando chega conta aos outros o que
assistiu. Todo o povoado começa a frequentar a casa para assisti-la contar
filmes. O texto é belíssimo! E a gente, acostumado a contos de fada e finais do
tipo "e foram felizes para sempre", vai lendo e esperando que tudo termine
bem. Mas o autor fala de sonho e de realidade. Contar filmes é o sonho que a
mantém naquele lugar. No final... melhor ler pra descobrir.
2. ABRINDO CAMINHO – Texto: Ana Maria Machado / Ilustração: Elizabeth
Teixeira. São Paulo: Ática, 2008. Livro que parece ter surgido a partir do poema
de Carlos Drummond de Andrade “Tinha uma pedra no meio do caminho” e da
música “É pau, é pedra, é o fim do caminho”. Fala de nomes como Dante,
Carlos, Tom, Cris, Marco, Alberto. Divertido é descobrir quem são cada um
desses personagens.
3. A MENINA QUE BRINCAVA COM AS PALAVRAS. Texto: Fabiano dos Santos
Piuba. Ilustrações: Daniel Diaz. São Paulo: Cortez, 2009. É a história de uma
menina que vai descobrindo as palavras e formas de brincar com elas e assim
vai entendendo e construindo seu mundo.
4. GIRAFA NÃO SERVE PRA NADA – Texto: José Carlos Aragão / Ilustrações: Graça
Lima.É um livro que fala das descobertas de um menino e suas aventuras com
as palavras buscando sempre uma função para todas as coisas. É bom também
para refletirmos o que falamos para as crianças quando respondemos às suas
perguntas.
5. O GRANDE LIVRO DO FOLCLORE. Carlos Felipe. Belo Horizonte: Editora Leitura,
2004. É uma pesquisa sobre vários aspectos do folclore brasileiro incluindo as
histórias, culinária, religiosidade, danças e medicina popular. Está dividido nas
cinco regiões geográficas: norte, nordeste, sul, sudeste e centro-oeste. Bom
como apanhado geral do folclore.
6. O LIVRO DOS SONS – Texto: Liana Leão / Ilustrações: G.Zamoner. São Paulo:
Cortez, 2005. Fala sobre o som do corpo, dos animais e de vários objetos. Bom
para trabalhar educação musical e leitura sonora da história. Rende
brincadeiras musicais. Texto em forma de poesia.
7. O GAMBÁ QUE NÃO SABIA SORRIR – Texto: Rubem Alves / Ilustrações: André.
São Paulo: Edições Loyola, 2001.A História que trata das diferenças e de como a
ciência às vezes não compreende essas diferenças. Bom para educadores.
D 1.
iscografia

Ciranda Brasileira – Denise Mendonça


2. Rua dos Cataventos – Denise Mendonça
3. Mil Pássaros, Sete Histórias de Ruth Rocha – Palavra Cantada
4. Criancices – Pe. Zezinho
5. Os Saltimbancos – Chico Buarque
6. Brincadeiras de Roda, Estórias e Canções de Ninar – Narração: Elba Ramalho /
Canto: Solange Maria / AntonioNóbrega

Links para vídeos no youtube

http://www.youtube.com/watch?v=ZhGHEZUzQX0
Bom dia todas as cores. Com a narração de Ruth Rocha, o vídeo traz as imagens do livro, como
se fosse se abrindo à medida que a história é contada.

http://www.youtube.com/watch?v=DrKqaHUVcRQ&feature=related
O macaco e a velha. Animação de um áudio da história do tempo dos disquinhos.

http://www.youtube.com/watch?v=geQl2cZxR7Q&feature=related
A menina que odiava livros. “Animação conta a história de Nina, uma menina que não gostava
de ler, mas que, ao se deparar com o rico universo da leitura, descobre uma nova realidade.”

http://www.youtube.com/watch?v=cqYNRMr9EOQ&feature=related
O Livro que só queria ser lido», uma adaptação do conto homónimo de José Jorge Letria, p'los
Valdevinos - Teatro de Marionetas.
Sinopse:
Era uma vez um livro que teve o seu tempo, que esteve na moda, que passou de mão em mão,
que teve leitores apaixonados e depois acabou na prateleira do esquecimento e da solidão;
alimenta apenas um sonho: o de voltar a ser lido, que é uma forma de ser amado.
Na sua solidão, teve por companhia cúmplice uma velha máquina de escrever, também ela
condenada ao esquecimento. Juntos, foram encontrando formas de ultrapassar a tristeza de se
sentirem esquecidos.
O Livro que só Queria Ser Lido, é um elogio do livro e da leitura e transmite uma verdade
essencial: os livros partilharão sempre connosco, pela vida fora, a magia da aventura e do
saber.

http://www.youtube.com/watch?v=ZUA1XSC3ZdU&feature=related

De onde vem o livro?Vídeo que fala da história do livro, de como são ilustrados e produzidos.
G lossário

ECAE – Espaço Cidadão de Arte e Educação, projeto de incentivo e promoção da leitura


com atividades de arte-educação. Faz parte do CSELA – Centro Social e Educacional do
Lago do Aleixo, um centro comunitário que coordena vários projetos sociais no bairro
Antônio Aleixo. Trabalhei como coordenadora de atividades do ECAE de 2003 a 2008,
onde experimentei várias técnicas e atividades de arte-educação e de mediação de
leitura. O ECAE realiza exposições e espetáculos musicais a partir de um projeto
temático que se desenha no começo do ano. O centro de tudo é a Biblioteca Santa
Bakita, uma biblioteca comunitária.

INSTITUTO C&A–Organização das Lojas C&A criada em 1991 que promove formação
de funcionários para atividades em organizações não governamentais. Apoia
financeiramente projetos e instituições de arte e incentivo à leitura.

TEAR – É uma escola de formação que desde 1980 atua nos campos da Educação, Arte
e Cultura, a partir de 2002 como ONG e 2005 como Ponto de Cultura. Promove e
realiza no Rio de Janeiro e, em outros estados: cursos de formação nas várias
linguagens da arte (teatro, dança, música, artes visuais e literatura); espetáculos
artísticos e eventos culturais; cursos de arte-educação; consultorias e projetos sociais.
Seu diferencial é criar um espaço educativo estético e ético que favoreça os processos
de desenvolvimento humano.
http://www.institutotear.org.br/

COMEÇOS DE HISTÓRIAS:
Era uma vez...
Certa vez...
Há muito tempo...
Numa terra bem distante...
Dizem que um dia...
No começo do mundo...
Era pleno inverno...
Num certo país...
Há mil anos atrás...
Num época em que os animais ainda falavam...
Há muitos e muitos anos...
Perto de uma vasta floresta...
Há muitos séculos...
FINAIS DE HISTÓRIAS:
E foram felizes para sempre...
E viveram felizes até morrer.
Quem não acreditar nesta história terá de pagar uma prenda.

Entrou por uma porta,


Saiu pela outra.
O rei meu senhor,
Que me conte outra!

Entrou pela perna do pato


Saiu pela perna do pinto
Quem ouviu essa história
Que me conte cinco!

E entrou por uma porta


E saiu pela fechadura
Quem ouviu a minha história
Que me dê uma “raspadura”.

E vany Nascimento

é arte-educadora e devoradora de livros. Cursou Educação


Artística na UFAM. Trabalhou como mediadora de leitura
e coordenadora do Projeto ECAE – Espaço Cidadão de
Arte e Educação, de 2003 a 2009. Consultora do Instituto
C&A (Programa Prazer em Ler) no período de 2003 a
2006. Realiza oficinas de musicalização, contação de
história, mediação de leitura e educação patrimonial.
Atua nas áreas de arte-educação, design e patrimônio.
Atualmente cursa doutorado em Design na PUC-Rio.

Contatos:
E-mail: nasci.eva@gmail.com
Facebook: Evany Nascimento
Blog: paneiro.blogspot.com.br

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