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Pontos para Prova Aula
Pontos para Prova Aula
1. Introdução
- a digitalização e o acesso aos aparelhos
- vozes pouco ouvidas até então passaram a ter mais projeção
- tudo agora é algoritmo, sequências de números
- mas o que temos na comunicação são abordagens metafísicas, dualistas
- não é possível pensar a comunicação em rede, de maneira satisfatória, com as ferramentas que
até agora foram mais comumente usadas no campo da Comunicação
- Teoria-Ator-Rede (LATOUR; 1994, 2005 e LEMOS, 2013) e Perspectivismo Ameríndio
(VIVEIROS DE CASTRO; 2008, 2013, 2015)
- “O jornalismo em equívoco: sobre o telefone celular e a invenção diferenciante”
Exercício de imaginação 1:
- visita do Papa Francisco ao Brasil em 2013, com protestos
- smartphones alteraram a configuração da rede inteira
Junho de 2013
- Mídia Ninja abre-alas para outras iniciativas – celular e 3G
- Grande mídia se apropria de algumas estratégias
Convergência Midiática
- Henry Jenkins (2005): a convergência já existia antes da digitalização
“Por convergência, refiro-me ao fluxo de conteúdos através de múltiplos suportes midiáticos, à
cooperação entre múltiplos mercados midiáticos e ao comportamento migratório de públicos dos
meios de comunicação, que vão a quase qualquer parte em busca das experiências de
entretenimento que desejam. Convergência é uma palavra que consegue definir transformações
tecnológicas, mercadológicas, culturais e sociais, dependendo de quem está falando e do que
imaginamos estar falando.” (JENKINS, 2005, p.29)
Outros conceitos da TAR (LATOUR, 1994, 2005; LEMOS, 2013) (diagramados em rede)
- Actantes
- Mediadores e Intermediários
- Tradução e Purificação
- Controvérsia
- Caixa-preta
- Essência
Bjork (vídeo)
Jaloo (vídeo)
Pokemón Go
Simetria e Reversibilidade
- humanos e não humanos sem distinções – ontologia plana (LATOUR, 1994)
- cultura: “invenção” para lidar com o incômodo do outro (WAGNER, 2010, p.38)
“A antropologia é o estudo do homem ‘como se’ houvesse cultura”.
- Road Belong Culture (WAGNER, 2010)
O equívoco
- O equívoco em Roy Wagner (2010, p.53)
“O equívoco deles a meu respeito não era o mesmo que meu equívoco acerca deles, de modo que
a diferença entre as nossas respectivas interpretações não poderia ser descartada com base na
dissimilaridade linguística ou nas dificuldades de comunicação.”
- Viveiros de Castro toma isso como ponto de partida para o seu conceito de equívoco
- a cerveja de mandioca – capturado pela perspectiva do outro
Perspectivismo Ameríndio
- teoria antropológica que Viveiros (XXXX) propõe, a partir da observação e teorização das
redes sociotécnicas nas comunidades indígenas da Amazônia
- etnografia não-interpretativa, mas aponta mais para uma ontologia
- quero estender o equívoco para toda relação social, como Viveiros começou a apontar (citação)
- O Perspectivismo como uma Teoria da Comunicação
- a comunicação pelo equívoco não reduz a diferença
- comunicação que não acontece pelo repertório – afastamento das teorias funcionalistas e
também das semióticas “clássicas”
Exercício de imaginação 3:
- exemplos da tese
A comunicação xamânica
- o equívoco faz parte da lógica da predação, conceito central na construção do cosmos nativo
ameríndio
- Xamã: único ser capaz de acessar outros cosmos, outras perspectivas e voltar para contar
- invenção diferenciante versus invenção coletivizante (WAGNER, 2010)
- xamã é um análogo do cientista, para Viveiros
- para mim, é um análogo do comunicador, do jornalista especificamente na minha tese, em tese
- acessa uma perspectiva e também vai traduzi-la, criar soluções, desfazer feitiços, alterar a
configuração de uma rede
O jornalismo em equívoco
- quando cria um relato, ele está fazendo isso a partir do seu ponto de vista, precisa assumir isso,
s e não cai no equívoco: ele acha que está fazendo uma tradução com o mínimo possível de
traição, e este é o problema – a traição sempre acontece
- o jornalismo em equívoco seria aquele que mantém a diferença como diferença, sem reduzi-la
por meio das técnicas, e são muitas técnicas para isso
- pretendo avançar nesta pesquisa apontando desdobramentos práticos e refinamento conceitual
Conclusões
- para mapear estes equívocos proponho que seja usado o método de Cartografia de
Controvérsias (LEMOS, 2013), justamente a proposta de Bruno Latour para a Teria Ator Rede
- a etnografia é o approach para isso, como fiz em duas vivência etnográficas, uma no Rio de
Janeiro, durante a Copa do Mundo e outra em Nova Iorque, no movimento Black Lives Matter
- proponho usar este caminho para mapear outras redes sociotécnicas nas quais o jornalismo, a
publicidade, as relações públicas e a comunicação estejam presentes
- é preciso retomar as ciências sociais como inspiração e apontar no sentido a-moderno,
fundando uma perspectiva de estudos nas quais não haja separações entre as disciplinas, entre os
saberes, cumprindo o papel da comunicação como ciência pós-disciplinar (SODRÉ, 2013;
MATTELART, XXXX)
- traduzir é trair, não podemos falar em nome dos outros, sob pena de fechar os processos
comunicacionais em caixas-pretas secretas
- mostrei isso no jornalismo, que se constitui como o mais legítimo dos discursos, por isso
acabou excluindo, já de saída, uma série de vozes
- fica ai uma publicidade, ou relações públicas em equívoco por se fazer, e outros equívocos
ainda por se fazer também, já que esta é uma proposta que retorna ao agenciamento coletivo,
aplicando-se a questões contemporâneas como o aquecimento global, o terrorismo em rede, o
vegetarianismo, as ocupações, como esta que vemos aqui neste prédio, quando entramos
- fica a dica e a minha disposição em dar continuidade a isso.