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Fim do mundo ou fim da Sensatez?

Mirtzi Lima Ribeiro


Publicado em https://pt.scribd.com

Durante toda a minha vida estive sob um estigma religioso, notadamente, dos meus 09 aos 21 anos, quando
resolvi romper definitivamente com essa influência e PESADA TUTELA (com consequências dolorosas para
mim, ainda muito jovem).
Quando criança, eu chorava quando lia o livro do Apocalipse ou Revelação, sobre a mortandade de pessoas, a
separação do joio do trigo e as “punições” para os infiéis.
Eu pensava e orava no sentido de que eu pudesse compreender a razão, Deus poderia ser tão tirano com as
pessoas, selecionando alguns e destinando outros à horrenda morte, apenas porque descumpriam seus
"propósitos". As “conversões” se davam pelo MEDO ABSURDO da morte sem “vida eterna”.
***Com o tempo, fui percebendo que a PERSONIFICAÇÃO de Deus, de acordo com cada crença humana, era
o problema em si, e não o CONCEITO que podíamos ter em relação a quem é Deus.***
Comecei a Senti-lo como uma inteligência superior, imparcial, que como grande engenheiro sideral havia
estabelecido leis à priori e jamais estaria fazendo "escolhas" entre uns e outros dentro de sua própria "criação".
A partir das minhas leituras de culturas orientais e ocidentais, dos principais ramos filosóficos e religiosos em
muitos livros tidos por “sagrados”, cheguei à conclusão de que há uma grande consciência, na qual estamos
incorporados, formando APENAS UMA ÚNICA CONSCIÊNCIA, num verdadeiro conglomerado, e que o
***fruto ou resultado*** da minha experiência pessoal se somaria à experiência pessoal de cada indivíduo.
Principalmente, cada experiência, quer de dor ou sofrimento, de alegria ou felicidade, de opressor ou oprimido,
de compaixão e de empatia, tinha como principal finalidade COMPREENDER os mecanismos das sombras e da
própria LUZ de cada pessoa, e, em especial, como agiriam e reagiriam os envolvidos, que laços virariam “nós” e
que “nós” seriam transformados em laços. Que experiências de CURA e de AMPLIAÇÃO da PERCEPÇÃO,
poderiam ocorrer diante das maiores trevas. Um experimento para a auto-compreensão de si mesmo e do todo.
Voltei-me à análise dos livros ditos “sagrados” e inferi que não importa se alguém não "conheça" as escrituras,
quer seja a Bíblia; o Alcorão; o Bhagavad Gita; o Livro Tibetano dos Mortos; o Tripitaka (84 mil ensinamentos
de Buda, transformados em Sutras, com regras da vida cotidiana, transcritos pelo Lama Padma Norbu,
compõem o Tripitaka); o Livro Egípcio dos Mortos; 'Os Upanishads' (escrituras que compõem a filosofia
Vedanta), quer livros das religiões nórdicas ou das filosofias celtas, etc. etc. etc.
***O que importava, na realidade, era a QUALIDADE do CORAÇÃO de cada pessoa quando se relacionava
com um semelhante, com animais, com o ambiente que o cercava, com a natureza, com o TODO***.
Aprendi que a maneira de vermos quem é "Deus" nos coloca em uma posição para AGIR de acordo com esse
credo. Se entendermos que Deus é punição, iremos defender ferrenhamente a extinção de todos aqueles que
aparentemente ou claramente não pensam como nós.
Quando alguém sentencia outra pessoa ao “fogo do inferno”, podemos lhe perguntar: Onde está a procuração
pública que Deus lhe deu para fazer isso em nome Dele?
Essa pergunta é importante para que o pseudo representante divino, se toque.
Deus, na verdade, é antes de tudo, AMOR, um profundo AMOR.
Se alguém ainda não é capaz de ter compaixão, a sua crença ou religião atende ao arquétipo do “Diabo” (o
caluniador) e não a Deus.
Além da questão da “doutrinação” (que considero uma arrogância sem precedentes), ao longo da vida eu vi
também várias "DATAS LIMITES" que grupos religiosos escolheram para acabar com a humanidade
"pecadora".
Vi, estarrecida, ainda muito jovem, a comoção dos seguidores do "Jim Jones" (James Warren), religioso
fundador e líder da "Seita Templo dos Povos", que se imortalizou em razão do suicídio/assassinato criminoso de
918 adeptos, por indução, em novembro de 1978.
Acompanhei em 1988, uma outra "data limite" que terminou se "convertendo" em abertura de "portais" e de
uma "convergência harmônica". Vi chegar o ano de 2012, com vários grupos New Age e "espiritualistas"
conclamando o "fim do mundo". Como 2012 passou sem uma catástrofe mundial para acabar com a
humanidade “pecadora”, a nova "data limite" pulou para 2036, quando uma grande apoteose e mortandade em
massa acontecerá (só para “pecadores”, é “claro”).
Na atual conjuntura humana, grupos que se dizem "espiritualistas" e outros fundamentalistas da área gospel,
aderem ao fatalismo do fim do mundo, de teorias de conspiração mundial, de que em breve uma "Nova Ordem
Mundial" irá tomar conta do mundo, sob o comando do "anti-cristo".
E aderiram ao trumpismo e ao bolsonarismo em razão desse fato, pelo MEDO MÓRBIDO de estarem aliados e
alinhados à N.O.M. (Nova Ordem Mundial). Creio que pegaram o “bonde” errado. Eles são o próprio anti-
Cristo. Mas, seus “adeptos” acharam que esses dois, seriam os "enviados" por "deus". Sim utilizei a letra
minúscula, porque realmente, PELAS SUAS AÇÕES, PALAVRAS e OMISSÕES não servem a Deus, ao
Onipotente e à Inteligência Criadora dos Universos.
Portanto, para o novo “fim do mundo”, a onda agora é a "revelação" da N.O.M. (Nova Ordem Mundial).
Mas, vamos ver aqui, que o mesmo fundamentalismo de Jim Jones, de Hitler, de Mussoline, ESTÃO
PRESENTES NESSES ATUAIS DEFENSORES das IGNOMÍNIAS, belicosidades e atrocidades que estão
sendo cometidas CONTRA as POPULAÇÕES DESASSISTIDAS e também com relação a quem pensa
diferente deles e quem defende as orientações sanitárias e de saúde pública. Eles são a favor das infecções
quando NEGAM sua existência ou quando fazem campanhas acirradas contra as medidas de distanciamento
social ou o uso de máscaras para barrar ou minimizar os bilhões de vírus que podem ser inoculados.
Então, esses grupos lutam ferrenhamente contra as organizações sanitárias mundiais, contra cientistas, contra a
própria ciência, contra todos os organismos regulatórios, contra quem pensa diferente deles e lutam contra a
VIDA, a favor da MORTANDADE. Atos desumanos em si.

***Por isso, é preciso evita-los***.

A última Pandemia no Brasil foi no ano de 1918, que oficialmente deixou neste país, 35 mil mortos.
A atual Pandemia, neste país, iniciada entre 2020/2021, já ceifou oficialmente ***264.325*** vidas até a data
de 07/03/2021 (14h no fuso horário de Brasília), SEM COMPUTAR o número oficial de óbitos por Síndrome
Respiratória Aguda Grave – SRAG (com suspeita de Covid-19 – testes inconclusivos ou não realizados), que
multiplica mais de três vezes esse número dos óbitos pela Coronavírus.
Em séculos passados não tínhamos o nível avançado em pesquisas e em ciência, nem cientistas renomados se
debruçando sobre a análise dos dados para nos oferecer caminhos e saídas para debelar as infecções pelo vírus.
Não tínhamos nem sequer dados para análise, há mais de um século. Portanto, não se pode comparar nenhuma
peste ou pandemia de séculos anteriores com essa atual.
Além do quê, atualmente, o contingente humano e a sua circulação pelo mundo é exponencialmente maior.
Há um abundante fluxo de idas e vindas entre países, pelo uso de aviões, trens, ferrovias, rodovias e por via
marítima. Nos séculos passados, a circulação de pessoas era muitíssimo mais restrita.
E incrivelmente, muitos não fazem essas comparações para COMPREENDER e AQUILATAR que nosso
cenário mundial é completamente diferente nessa atual Pandemia. Por isso, não se pode prescindir ou esquecer
as recomendações sanitárias mundiais.
Pensar em si mesmo e no próximo se constitui o maior ATO de AMOR e de COMPAIXÃO que possa existir.
Quem dissemina o contrário ao que recomendam as organizações mundiais sanitárias e de saúde, não apenas
estão na contramão do bom senso, mas, cometem atos criminosos contra a humanidade.
Logo, se pergunta, isso é o fim do mundo ou o fim da sensatez?
Por isso, a minha religião é o AMOR com ÉTICA.
Sem mais nem menos.

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