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io

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32
Epí
logo
MAI
SQUEAMI
GOS
1

PARKER
Nosegundoanodoensinomédi
o,f
iqueiami
gadeumameni
na
chamadaKori
eHamilt
on.
El
aatéqueeral
egal
.
Exageravaum pouconodel ineadorroxo,nãopar av
adef alaredizi
a
“ti
po”toda hor a,mas f azí
amos as mesmas aul as do primeir
o
semestre,entãoaami zademeioquev ei
opori nér
cia.
Enfi
m, Kori
esempr edizi
aqueseumel horami gonomundot odoera
StephenDaniels,um garotoqueconhecer aquat r
osemanasant esde
promovê-loaessest atus.
Era,t
ipo,aimeudeus,amel horcoi sadomundot erum car acom
quem conv er
sarsem ascompl i
caçõesquev êm com oenv olvi
mento
românti
co.
Sei.
Éver
dadequemelhoresamigosdev er
dadenãoconseguem passar
maisdeduashorassem menci onaronomeum doout r
o,masKor ie
ar
rumavaum j
eit
odemenci onarStephenacadaduasfrases.
Nãoera“
sóamizade”nada.
Acho quear el
ação del
esf oimesmo platôni
caporum t empo.
Stephen ti
nha uma namor ada chamada Li
bbyTitt
lesou qual
quer
coisadot i
po,
eKor i
eviv
iaindoev olt
andocom onamoradodotempo
dof undament
al.
Masqualquerum quej
át enhav
ist
oum fi
l
meouum programadeTV,
ouquepossuaum conheci ment
obásicodasformasdei nt
eração
humana,sabiaexatamenteparaondeKorieeStephenestav
am se
encami
nhando:paraaterr
adapegação.
ApesardeKor i
ejurarquenãogost avadele“ daquelejeit
o”,osdois
j
áest avam sol t
eir
íssimosnof eriadodeAçãodeGr açasdaquel eano.
Nor ecessodef im deano,Kor ienãoest avamai st ãoocupada
fal
ando“ t
ipo”ot empot odo.Porquê?Por queal ínguadeSt ephen
estavadent rodabocadel aant esdaaul a,depoisdaaul aenosf insde
semana.
Mast odo mundo sabecomo i sso acaba,cer t
o?Al gunsmeses
depois,Kor ieeSt ephennãosónãoer am mai sum casalcomonem
chegav am per todeser“ melhoresami gos”.
Or ápido r omance e o r ompi mento que se segui u quase não
provocar am f ofocas na escol a,mas gost o de pensarque t odos
aprendemosumaboal i
ção:
Garot osegar otasnãoconseguem sersóami gos.Oupel omenos
nãomel hor esami gos.
Ascoi sasacabam secompl icando.
Agoravamosav ançaral
gunsanosnahist
óri
a…
Aosv i
nteequat r
oanos,tenhoum anúnciodeuti
l
idadepúbl
i
caa
f
azer:euestav
aer r
ada.
Garot
osegar ot
aspodem, si
m, sermel
horesami
gos.
Dá par aterum r elaci
onamento platônico com um car a sem
qualquerdesejor omânt i
co,fant
asia sexuale t ent
ati
vasfúteisde
esconder a dor do amor não cor respondido com decl arações
i
ngênuascomo“ eunãogost odeledessejeito”.
Comoéqueeusei disso?Comosei quehomensemul her
espodem
sermel hor
esami gossem qualquerenvolv
iment oromânti
co?
Porquesouol adofemi ni
nodessaequaçãohá
sei sanos.
sanos.Sei
!
Hist
óri
av er
ídi
ca:
BenOlseneeunosconhecemosnasfér
iasdever
ãoanter
ior
esao
nossoprimeir
oanonaUniversi
dadedoOr
egon,dur
ant
ear ecepção
aoscalouros.Fomoscol
ocadosnomesmogr upoem umadessas
at
ivi
dadest
enebr
osaspar
a
quebrarogelo,em quesegrudaum papel
zinhonatest
aetenta
adi
vinharqualani
mal somosoucoisadotipo.Ent
ãoacoisa…
Rolou?
Nãoseiporquedesdeocomeçof oial
gomei o“
vocêél egal,mas
nãovair
olarnadaent
renós”,
masfoi
.
Tal
vezporqueeujáesti
vessedeol
hoem outrocaradogr upo.Ou
tal
vezporquemeusov ári
osmeav i
sar
am queabel ezaabsur dade
Benem algum momentoparti
ri
ameucoração.Dequalquermaneira,
fi
zemosoi mpossí
vel
.
Vir
amosmel hor
esamigos.
E,sim,t odasasmi nhasami gasmeder am omesmoav isoqueeu
deraaKor i
eHami l
tonantes: “
Issonãov ai darcer to”.
Asmeni nasnãot i
nham umav isãounâni medecomoascoi sasi am
mudarent r
enós, masest avam cer tasdequei aacont ecer.
Umapar tedel asachav aqueBeneeuér amosal masgêmeasesó
estávamoscur t
indoum poucoant esdecasaret erf i
lhos.
Outrapar t
eachav aqueí amosacabarbebendodemai sumanoi t
e,
darumat repadahor rí
veledepoi scor t
arr elaçõesdeumav ezpor
todas.
Beneeupr ovamosquet odasest avam er radasquandoopr i
mei r
o
anodef aculdadeacabouenossaami zadecont inuoui nabaláv el.No
segundoano, ahistóri
aser epetiu.
No t erceiro,a coi sa fi
cou sér ia de v erdade.Est ávamos mai s
próxi
mosquenunca,passandoi nclusiveamor arnamesmacasa.
Aconteceumei oqueporacaso,quandoumadaspessoasquei am
divi
dircom el edesi sti
udeúl ti
mahor a.Eumedeicont adequenãoi a
aguentaracomi dadoal oj
ament opormai sum ano, entãof uimor arlá.
Edeucer to.Demodoque, noanosegui nte, repetimosadose.
Eaquiest amosnós, doisanosdepoi sdaf or mat ura,aindamor ando
sobomesmot eto.Sónãoémai sacasacai ndoaospedaçosper t
odo
campus em Eugene,e si m em um i móv elde doi s quar tos em
Northwest ,Por tl
and.
Esi
m,t
udocont
inuapl
atôni
cocomoant
es,
sem nenhum si
nal
de
mudança
noar.Souapaixonadí
ssi
maporLanceMy ers,
com quem estouhá
ci
ncoanos, eBen…
Benestáem umai mpressi
onant
emi ssãodetentarseduzi
rtodaa
populaçãofemini
nadooestedoOregon.
“Vocêstêm l
eit
e?”
Ah,lávamosnós…aboladavez.Levant
oosol
hosev
ejoumal
oir
a
al
taemagr aparadanapor
tadacozi
nha.
“Lei
te?
”,el
arepet
e.
Doumai sumacol heradanocer eal,mesegur andopar anãool har
i
ronicamentepar aat igelacom l ei
te.Óbv i
oquet emos.
“Na geladeir
a”,di go com um sor riso simpát ico.Elar etri
bui,e
covinhasprofundassef ormam em suasbochechas.Dápar aentender
porqueBensei nter
essouporel a.
Agar otapassapel amesaev aiatéagel adeira.Façoumacar eta
quandov ejoaexpr essãoCABEÇA- OCA e stampadaem suacal çaazul -
cl
ara.Sério?
A cabeça-ocapel oj eitoesqueceuquequer i
al ei
te,porquepega
umadasl at
asdecaf égel adodaSt arbucksquemant enhoest ocadas
paraasmanhãsdesegunda- feir
aem quepr ecisodeumaener gi
a
extra,o que sempr e acont ece,por que,bom,exi ste di
a piorque
segunda?
Sem pedir,el
aabr eal at
aedáum gol e,oqueéum poucoi r
ri
tante,
masnuncaf uidedesper diçarener gi
ai mpl icandocom coi sasbobas,
entãodeixoquieto.
“MeunomeéPar ker ”
,meapr esento.
“Li
z.Vocênamoraocar acom quem Bendi
videestel
ugar?”
Consider
andoqueseiqueLi zéapenasmaisumanal ongali
stade
tr
ansasdeumanoi t
esó,“ namorar
”pareceum ter
mobem ani mado.
Comosabequenãosousómai suma,comoel amesma?
Masnãof açonenhum comentári
oarespei
to.
Af
inal
,oqueel
adev
eri
aper
gunt
ar?Vocêt
ambém f
icoubêbadae
dor
miucom um car
aquemalconhece?
Além di
sso,vaiserdi
vert
idosurpr
eendê-l
a.
“Eu sou o cara com quem Ben di vide est elugar
”,respondo,
mant endoosor r
isosimpáticonorosto.Est oucom um pij
amabem
vel
hoenem t ent
eiti
rarorímeldanoiteant eri
or,queest
áespalhado
portodaami nhacara.Com cert
ezanãopar eçoumaameaça.
Maspossoest arenganada.
Liz detém o passo,bebendo meu caf é gel
ado caríssi
mo.Sua
expressãopassadecur i
osaacaut el
osa.
Nem l i
go.Meunomeéuni ssexeBenev i
tamenci onarquemor a
com umagar ot
aquandoquert razeral
guém paracasa.El epassoua
fazerissodepoi
sdeper deralgumasgar otasapegadasdemai sàidei
a
dequehomensemul heresnãopodem serapenasami gos.
Toli
nhas.
Benaparecenacozi nha,com umacalçademol etom pareci
dacom
adeLiz,sóquev erde-
escuraecom aest ampadomascot edoti
me
dauniver
sidadenabunda,em v ezdeumaexpr essãoi di
ota.Agente
seformoual gunsanosat rás,entãoéum poucopat éti
co,masnão
posso di
zernada,por que todas as minhas roupas de ginást
ica
consi
stem em camisetasvelhasdaquel
est empos.
El
ebocejaesor ri
.“Bom dia.Li
z,Par
ker.Parker
,Liz.”
Bennãoper cebequeLi zolhaf ei
opar ael e,ounem l i
ga,por quejá
conseguiuoquequer iacom ela.
Esseéout romot i
voporquenãoconsi gonem pensarem Ben
dessejeito:el
eébem gal i
nha.Comoami ga,nãomei ncomodo,mas
comomul her?Jamais.Dej eit
onenhum.Nem com t odososexames
deDSTsdomundo.
“Ei
,oqueacont eceucom ar egradeusarcami setanacozi nha?”
,
pergunto,enfi
andoout racolheradadecer ealencharcadodel eit
ena
boca.
“Essar egranãoexi ste”
,eler ebate,com umapi scadinhapar aa
cabeça-oca.A expressãodel asesuav i
zaum pouco,epr eci
some
segurarparanãomandaragar otacairnar eal.Si
ntov ontadededi zer
queaspi
scadi
nhassão
dist
ribuídasàscent enas, maspar aquê?Est áescri
tonacalçadeLi z
queel aéumacabeça- oca.
“Existe,si
m, umar egr asobr eusarcami set
anacozinha”,insi
sto.“
É
anúmer ocatorze.Porf alarnisso,ondeestãoasregras?”
“Não f aço ideia”,el e diz,abr i
ndo a geladei
ra quase v azi
ae
exami nando-arapidament eantesdedesi sti
reseservirdeumax í
cara
decaf é.“Maspossot erusadopar al i
mparsucodel aranj
adamesa
outrodia.”Eleestalaosdedos.“ Não, esper
aaí,l
embrei.Eujogueifor
a,
si
mpl esassim. ”
Apont oparaapor t
a.“ Vaisev esti
r.Agora.

Elelançaum ol harpar aLiz.“Elanãoconseguesecont r
olarquando
vêot anquinho.Quasedesmai a.”
Lizdáumar isadinha,masmel ançaum ol harinterr
ogativ
o,como
seest i
vessetent andosecer t
ifi
cardequeeunãoi amesmodesmai ar
diant
edocor poi mpr essi
onant edeBen.Ocar apar eceumamáqui na.
Sócabul aaacademi aquandoar essacaébr av a.
“Quersairpar at omarcaf é? ”
,Lizper gunt aael e.
Ah, pobrecabeça- oca.Nem i magi naondese
met eu.
Benf azcar adel ament o.“Ador aria,maspr omet iqueir
iaatéaI KEA
com Par kercompr arumapr atel
eirapr acol eçãodebonecasdel a.

Pegoumacol her adaenor medecer eal,oquemei mpededef alar,
entãomecont ent oem ol harfeiopar aele.Benest áquebrandoout ra
regradacasa:NãousaronomePar kerpar adi spensarumagar ota
pelamanhã.
Acho que i nclusi ve acrescent eiuma not a de r odapé à regr a:
Pri
ncipal
mentemencionandoaI KEA.Odeioessa
l
oja.“Onamoradodelanãopodef azerisso?
”,Li
z
pergunt
a.
Ah,péssimajogada,cabeça-
oca.Deixanacar aqueestátent
ando
descobri
rsesouounãoumaconcor r
ente.
“El
eéum caradel i
cado”,Benresponde,ani
mado.“Tem mãozi
nhas
mi
núscul
as.

Maisumaregr
aquebr Nãof
ada: alarmaldeLancepar
ausarPar
ker
par
a
dispensarumagar otapel amanhã.
Lancenãoédel icado.El epodenãoserf anáticoporacademi a
comoBen,masnãoéum mol enga,esuasmãosnãot êm nadade
mi núscul as.
Porout rolado,i nt erferi
rnaconv er sasómant eri
aLi znacasapor
mai st empo,eeugost ariaqueacabeça- ocav olt
assel ogopar ao
alojament o.
Douaúl timacol her adanocer eal el evanto.“Achomel horagent ei r”
,
digo,ai ndamast i
gando.“ AI KEA fi
caumal oucuradesábado,eas
prat el
eirasgr andespodem acabar .

“ Quant asbonecasv ocêt em? ”,Lizper gunta,com umaexpr essão
divididaent redespr ezoepena.
“ Cinquent aeset e”, digonamai orcar adepau.“ Nav erdade, Ben, se
vocêf ordemor ar,achoquev oudarumapent eadanoscabel osdel as.
Ont em ànoi teper cebi queodaPol lyest ámei oembar açado. ”
Ben v irat odo o caf é,seaf ast ado bal cão esacodeacabeça
negat ivament epar ami m.“ Coi t
ada…Tãomal uquinha…”
Ent ãoel ev i
rapar aLi z,põeasmãosem suaci ntur afinaeapuxa
com um sor risodedescul pas.“ Quet aldeixarocaf édamanhãpar a
out rodia? ”
Malconsi gosegur aror iso.Nodi cionáriodeBen, “deixarpar aout ro
dia”ési nôni mode“ vouapagarseut elefoneassim quef orembor a”.
Em menosdeum mi nut o,Benest áconduzi ndoLi zpor taaf or a.
Par ami nhasur presa, elanem f icairritada.Vouat rásdosdoi s,sópar a
prov ocar ,obser vandoenquant oBencochi chaal gumacoi saem seu
ouv ido.El aar regalaosol hoseabr eum sor ri
sodecompai xãopar a
mi m,comoquem di zquev aifi
cart udobem.Ent ãosedi r i
gepar aa
calçadacom um aceno.
“ O quef oiquev ocêdi ssepr ael a? ”
,pergunto,dandoum gol eno
caf éenquant oobser v oapar ti
dadeLi z.
“ Quev ocêer aumaór fãequeaúni cacoisaquesuamãedei xouf oi
umabonecachamadaPol ly.Daíaobsessão. ”
Bal ançonegat i
v ament eacabeça.“ Vocêsabequev our eescr ever
asr
egr
asdacasa.Com i
tem ‘
nadadebonecas’
amai
s.”
Lizdáum úl t
imoaceno.Beneeur etri
buímos, masnãoconsi gome
segurarquando el av i
ra ascost aspar ai rembor a.“ Boa ressaca
mor al!
”,grit
o, com av ozmai sdocedequesoucapaz.
Elav ir
aacabeçadei medi ato,tentandodet erminarsemeent endeu
dir
eito,masBenpõeamãonami nhacabeçaemeempur rapar a
dentro, f
echandoapor ta.
Benesf regaoabdomenum gest odi straídoenquant omeol hade
ci
maabai xo.
“Émel horv ocêset rocar .Nãodápr airàIKEAc om esseshortv elhoe
essacami setahor r
ível.”
“Em pr imeir ol ugar ,dápar ausaroshor tmai sv elhoeacami seta
maishor rí
veldomundopr ai ràIKEA.Épr aticament eregraparaent rar
nal oj
a.Em segundol ugar ,agent enãov ailá.Vocêest átãov ici
ado
nassuasment i
r asqueagor aacredit
anel as? ”
“A gent ev ai,si m” ,ele di z,passando as mãos pel os cabel os
castanhosecomeçandoasubi raescada.
“Fazeroquê? ” ,pergunt o.
“Precisodeumacômoda
nov a.”“Oqueacont eceu
com asua? ”“ Quebr ou.”
Franz oonar iz.“ Comov ocêconsegui uquebr aruma
cômoda? ”Elemeol haporci madoombr oel evantaas
sobr ancelhas.
Demor oal gunsi nstantespar aent ender.“ A cabeça-oca?”Apont o
com opol egarpar aapor ta.“ Em cimadacômoda? ”
“Ei,elaéal ta.I ssomedeuum bom ângul opar a…”
Ponhoasmãosnosouv idosecomeçoacant ar“
PianoMan”
,de
Bil
l
yJoel,comocost umofazerquandoBencomeçaadardet al
hes
demaisdesuasproezassex
uais.
Maisumaregradacasa:Parkernãoquersaberoqueacont
eceno
quart
odeBen.
“Ei
,vocêtem algumacoisamar cadacom Lancehoj
e?”
,el
epergunta.
“Tal
vezfossemel horper
guntarissoantesdeprogr
amaraidaàIKEA.
Mas
não.Elevaipassarodiatodoestudando.”
LanceestáfazendoMBAnaUni versi
dadedePor t
land.
“Legal
.Vamosal moçarjuntos.
”Elesobeparaoquar tosem meol har.
Almoçar?
Estrei
toosol hosesuboaescadacor r
endo,i mpedi
ndoqueel e
fecheapor t
anami nhacara.
Def at
o,acômodaest áincli
nadadeumaf ormanadapr omissor a.
Vejoduas,oumel hor,t
rêsembalagensdecami si
nhav azi
as.
Elepegaumapol onopequenocl osetnocantodoquar t
oepr ocur a
acalçajeansem mei oàbagunçanochão.
Ficoàespera.
“Quef oi?”,eleper gunta.
“Al
moço? ”Lev antoassobr ancelhaseaguar doaexpl i
cação.
Ben coça o quei xo com a bar ba porf azer.Como di vidimoso
mesmobanhei ro,seiqueel esebar bei
at odososdi as,masaquel e
visual per manece.
“Bom,sabeaquel agar otacom quem saíumassemanasat rás?
Kim? ”,el ecomeça.“ Elaqueriaqueeuf ossecom el aem um al moço
denoi vado,maseudi ssequej át i
nhacompr omi sso.Sóqueel aé
l
oucaosuf ici
ent epr apassaraquipr av ersesaímesmo,ent ãoacho
mel hornãof i
carem casa…”
Levant oumadasmãos.“ Tudobem.Vouserseuál i
bi.Maseu
escol hoor estaur anteev ocêpagaacont a.Ah, ev aiterqueabai xara
tampadapr iv
adaporumasemana. ”
Eleer gueamãocomoseest iv
essepedi ndoper missãopar afalar
.
“Eugost ari
adepr oporumar egradacasa:Par kernãopodedi zer
comoBendev emi j
ar.”
“Nãoév ocêquef azasr egrasdacasa.Eeunãodi ssenadasobr e
comof azerxixi”,respondoi rr
it
adaenquant oel eabr eumagav et
acom
dif
icul
dadeepegaumacuecaboxer
.“Est
ouf
azendoum f
avorpr
asua
fut
uraesposa,
ensinandov ocêadei xardeserpor co.”
Elepassapormi m esaipar aocor redor.“Maisumar egr adacasa:
Parkernãopodedi zercoisasabsur dascomo‘ fut
uraesposa’ paraum
solteir
ãoconv icto.

“Vocênãoéum sol teir
ãoconv ict
o.Ésóot í
picomul herengode
vi
nt eequat roanos.E,r epeti
ndo,nãoév ocêquef azasr egrasda
casa…ei !

Elef echaapor t
adobanhei ronami nhacar a.Percebot ardedemai s
quedei xeipassarossi nai
scl ássicosdeumadesuasmanobr asde
distração.Elesóquer i
ausarobanhei roant esdemi m.
“Vêsenãoacabacom aáguaquent e!
”,grit
o,batendocom amão
espal madanapor ta.
Apor taseabr eapenasosuf icient
epar aqueeuv ej
aum ol hoazul
piscandopar ami m.“Vocênãodi ssequeaPol lyestavacom ocabel o
embar açado?Émel hordarum j eitonisso.”
Elef echaapor tadenov o,eeubat omai sumav ez.“Nãoesquece
queat oalhav erdeémi nha.Asuaéabr anca.”
Ficoàesper adeumaconf ir
mação, massóescut oosi l
êncio.

Seiquevocêest
áouvi
ndo!Nadadeusarami
nha‘
sem quer
er’
,só
por
queasuaestásempr
efedi
da.”
Mai
ssil
ênci
o.
Droga.El
ev ai
usaraminha.
Poisé,meumel horami
goéum homem.Masi
ssonãosi
gni
fi
caque
i
sso
semprefuncionebem.
2

BEN
Namaiorpart
edotempo, t
erPar
kercomomel
horami
gaé
demai
s.Entr
easvantagensest
ão:
1)Apesardenãoent
endernadadecombi
naçãodecores,tenho
cert
ezadequenuncavousairnar
uapar
ecendoum palhaço.
2)Ofi
ltr
odeáguaér eabasteci
docom r
egul
ari
dade.
3)El
alavaroupapordi
versão,esórecl
amaem unstri
ntapor
centodasvezesem quecolocoasminhascom asdel
a.
Ah, ecomoaav ent uradest amanhãdemonst rou, aéum excel
el ente
pretextoparamel i
v rardasgar otasmai sgrudentas.
Mast em também aspar tesnãot ãol egais.Ti
poquandoel apassa
tri
ntaeci ncominutosescol hendol umi nárias.
“Pega l ogo essa” ,digo,apont ando par a uma qualquer,com
pedestal.Aat mosfer abarulhent adomi nadaporv ozesinf
anti
sdaI KEA
começav aamesuf ocar.
Elamal ol
haparaaquesuger i
.“Pareceum
útero.”“Vocêachaquesei comoéum út ero?”
“Écomoessal umi nári
a.E,si ncer ament e,pelotempoquev ocê
passacor r
endoatrásdegar otas,jádev eriaestarmaisfamili
ari
zado
com nossaspar tesí nti
mas. ”
“Oút eronãoé…”Eumei nterrompo, procurandoapalavracert
apar a
tentardescreverasf racaslembr ançasquet enhodaaul adeeducação
sexual
dooi
tav
oano.
Parkerergueassobr ancel
has.“Nãoéondef i
caobebê? ”
Comoqual quercaranor mal nomeul ugar ,
façoumacar eta.“Minha
nossa.
Porqueeupr eci
sari
asaberdisso?Usocami sinha.”
“E não poucas,a j ulgarpel o estado do seu quar t
o” ,ela diz,
i
nclinandoacabeçapar aexami naral umi náriav er
de-l
imãoem suas
mãos.“ Vocêachaquecombi nacom meuedr edom? ”
“Vocêsabequesoupr ati
cament edal tônico.Nãof açoideiadacor
doseuedr edom.”
“Séri
omesmo?Vaif ingirquenuncav iu?Vocêdei t
ouant eontem na
minhacamacom r oupadegi násti
ca.Pr eci
seil avarduasv ezespra
ti
rarocheirodehomem suadodel e.

Balançonegat i
vamenteacabeça.“ Coi tadodoLance.Dev et erque
forr
aracamacom um sacopl ásti
coant esdet ransar.”
“Lancenãot em chei
rodehomem suado. ”
Franz oat esta.“Esper aaí.Todohomem t em omesmochei ro.”
“Não. ”
Abr oabocapar aar gument ar,masacabodandodeombr os.Essaé
outracoi saqueépr ecisoapr enderquandoset em umagar ot acomo
melhorami ga.Épr ecisoescol herot ipodedi scussãoem quesev ai
entrar.
“Vocêt em doismi nut ospraescol heral uminária”
,anuncio.“ Estou
mor rendodef ome. ”
Par kerajeit
aaal çadabol sanoombr o.“Ah,eusóest avaol hando.
Nãov oulevar.”
Respi rofundo,pr estesasol tarum “vocêéi nacredit
ável”,quando
perceboseusor ri
so.
“Ah, entendi”,digoenquant onosencami nhamospar aosf undosda
l
oja,ondev oupegarmi nhacômodanov a.“Éumav i
ngancinha.Est á
bravapor quei nventei umacol eçãodebonecasbi zarr
apr avocê. ”
“Nav erdade,f oimai sport erjogadof oraasr egr
asdacasa.Vou
mandarpl asti
ficardapr óxi
mav ez.”
“Ouent ãov ocêpodecr i
arumav ersãoon- l
ineej ogarnanuv em,
comof azem aspessoasnor mai
snasci dasdepoi sde1980. ”
Vejoumal âmpadaseacenderaci madacabeçadel a,equaseme
arr
ependodet erdadoai dei
a.Nãoquef açamui t
adi ferença.Nunca
l
eveimui to asér io asr egras,masnamai orpar t
edo t empo me
esfor
çopar anãoserum babaca.Ti randoopr oblemacom at oalha
pel
amanhã, jáque, comomenci onei ,Parkerador alavarroupa.
“Éséri
o, nãopegadessacor ”,el
adi z,sacudindoacabeçaquando
l
evantoosbr açospar apegaracai xacom acômoda.
“Madeiraémadei ra”,
respondo,dandodeombr osenquant ot ent
o
encai
xaracai xaenormenocar r
inho.
“Não,tem madei radev elhoemadei ramoder na.”
“Nãovousercrit
icadoporalguém quecolecionabonecas.”
Elameignoraedev ol
veacai xaàpratel
eir
a.“Aquelaal
i”
, Parker
apont
a.“Café?”
,pergunt
o,lendoacornaet iqueta.
MasParkerjácomeçouadi git
arnocelul
ar.Doudeombr oseat i
ro
docaminhopar apoderpegaracai xa.
“Quet
altacos?”,el
apergunta,desvi
andoosol hosdotelefone.

Jant
eicomidamexicanaontem”,
respondoenquantoposi
cionoa
cai
xanocarri
nho.

Vocêdissequeeupodiaescol
her.
”Parkermelançaum ol
har
desaf
iador
.
Seusol hoscastanhoslevementedouradosmedesaf i
am a
contestá-l
a.“
Seadeci sãoéuni l
ater
al,porquepergunta?”
“Unil
ateral.Gost ei
.E er a um teste.Você passou” ,el
a diz,se
aproximandopar ameaj udarenquantoguar daocel ularnabol sa.
“Então,comof oiquev ocêconheceuacabeça- oca?Eladev eteruns
dezoitoanos.”
“Cabeça-oca?”,per
gunto.

Eraoqueest
avaescri
tonacal
çadel
a.”

Ah.Masacalçanãoeradel
a.ALi
ndsaydei
xoul
ánasemana
passada.
”El
afazumacar
etaear
rumaoscabel
osescur
osem um
coque.Nãor
eparo
muitoem Par kercomogar otaporque,enf im,éaPar ker,masseu
cabeloébem boni to,esti
lomodelodaVi ctori
a’
sSecr et:compr idoe
escuro,com umasmechasmai sclar
as.
Elaépur aVi ct
oria’
sSecret,nav erdade,masapesardoi mpact o
i
nici
alnuncar olounadaent reagent e.Achoquegost odemai sdel a
paraisso.
ForaquePar kernamor aLance,eeugost odocar a.Querdi zer,não
émeumel horami gonem nada,maséi mpossívelmorarcom Par ker
sem teralgum tipoder el
aci
onamentocom seunamor ado.
Lanceeeunãosomosunhaecar ne,masv emosunsj ogosj unt os
dev ezem quando.Jamai sdariaem cimadanamor adadel e,mesmo
seeuf osseaf im dela.
Oquenãosou.
“Ent
ão vamos esclar
eceras coisas”,Parkercomeça enquant
o
passoocartãodecrédit
onocai xa.“
Umagar otadei
xouumacal çal
á
em casa,
oqueébem est ranho,eumasemanadepoi sumaestudant
e
deprimei
roanosimplesmenteresol
veusar?”
Doudeombr oselançoum olhardesoslai
oparael
a.“Qual
éo
pr
obl
ema?

Parkerfechaosolhosecoçaocot ovel
o.“ Vocênãocont
anada
dissoprasuamãe,né?”
“Nav er
dade,tenho um blog em quedescr evo mi
nhaat
ivi
dade
sexualdasemanaparaaf amíl
ia.Achaesquisi
to?”
Elameignoraepegaocel ul
aroutravez.
“Estátudobem? ”,pergunt
o,cur
ioso,nocami nhoparao
estaci
onament o.“Comoassi m?”
Olhopar aocelularem suamão.“ Vocêsempr erecl
amacomi gopor
fi
cargrudadonot elefone,masparecequehoj eéasuav ez.”
“Desculpa”,el
adi z,l
evant
andoacabeçaepar ecendolamentarde
verdade.“ Estou acert
ando umas coi sas com Lance.Tal v
ez ele
cancelehojeànoi t
e.”
Nãodigonada.Nãoacompanhomuitodepert
oav i
daamorosade
Parker
.Querdizer,gost
odoLance.El
eélegalenuncadeuumade
babacaciumento,
i
mpl icandocom ai dei adesuanamor adamor arcom out rocar a.
Sóque,pensandoar espei to,achoqueel eandamei odi stant e.
Ver dadequeosdoi spassam mai st emponacasadel edoquena
nossa,j áqueocar aét odoar rumadi nhoemor asozi nho,oque
signi fi
camai spr i
vaci dadepar af azer …oquequerquesej a.
Masem out r
ost emposel epassav aem casapel omenosumav ez
porsemana,dei xandol i
v rosem ci madamesadacozi nhaecer vejas
car asnagel adei r
a.
Tent o me l embr arda úl ti
ma v ez que o v i
… Faz al guns di as.
Semanas, talvez.
Tenhoquasecer t ezadequeéat erceirav eznasemanaquePar ker
coment aqueel ecancel oucom el a.
“Lanceandaocupado,com um mont edet r
abalhosem gr upopr a
fazer ”,Par kerexpl ica, apesardeeunãot erperguntadonada.
I
ssot ambém éest r anho.El aéagar otamai ssegur aeconf i
ant e
quej áv inav i
daquandoset ratader elaci onament os.Nuncaf i
cana
def ensi va,nuncasej ust ifica.
Masnãoquer oi ncomodá- la.Éaúni car egradacasaquesi gode
bom gr ado.
Est amossempr eàdi sposi çãoquandooout roquerconv ersar,mas
ninguém semet enav idadeni nguém.
Somososdoi ssoci áv eis, masnof undor eservados.Achoqueépor
i
sso que nos damos t ão bem.Podemos passar o di at odo
conv ersando com um mont e de gent e,mas,quando est amos
sozi nhos, sabemosapr eci arosi lênci o.
Par kernãov oltaaf alardeLancedur ant eoal moço, agindocomoa
gar otaal egr eeani madadesempr e.
E não como al guém que est á enf rentando pr oblemas com o
namor ado.Lancedev eest armesmoocupado.O car aéum gêni o.
Tem t rêsgr aduaçõeseacaboudeseracei toem um pr ogramadeMBA
depr imei r
al inha.Vai set or narum mest redosnúmer os.
Eunãof i
cari
anadasur presoseel ebatessepunhet av endouma
plani l
hadeExcel .
Na f acul dade,Lance f azia com que eu me sent isse o maior
pregui çosodomundo.Agent enãoconv i
vi
amui t
o,porqueoscí rcul
os
deami zadeser am diferentes.Masel esempr eapar ecia par
av er
Par ker, ev i
nhacarregadodel ivr
os.
Par kert ambém,al i
ás.Elanãoéum cr âni
ocomoonamor ado,mas
estudamai squeeu.
E,com i sso,querodizerquesói aàbi bl
iotecaquandoPar kerme
arrastav apar alá,comosepar aumaf estasurpresa.
El a di zia que me levav ajunto porque não gostava de circul
ar
sozi nhaànoi tepelocampus.
Pr ov av elmenteeraverdade.
Mast ambém achoque,sem suai nterf
erência,euter
iaperdidoa
maiorpart
edot empov endojogosem v ezdet rabal
harparamelhorar
minhasnotas.
Sendobem si ncero,eupr eci
seiralarmui t
o paraconseguirboas
notas.Nuncativeproblemasdeapr endizadonem nada,mas,agor a
queestouf ormadohádoi sanos,possogar anti
rquenadamudou
minhaimpressãodequeamel horpart
edaf aculdadenãoéaaul a.
Euestavamaisinteressadonasat i
vi
dadesext racur
ri
cul
ares.
Espor
tes.
Cer veja.Garotas.
Em out r
aspal av
ras,eraum caranor mal .Aindasou.
Trabalho em uma l oja de ar t
igos espor tivos.Tecni camente,
trabalhonasededeumar ededel ojasdear t
igosespor ti
vos.Faço
par tedaequi pedee-commer ce,ent ãonãoéquepasseodi atodo
vendendobol asdef utebolameri
canooucoi sadot ipo.Mesmoassi m,
meur amoéoespor t
e, nãoosnegóci os.
Equant oàsmul heresnami nhat r
ajetóriapós- f
aculdade,nunca
faltaram.Apesardet odomundodi zerqueessapar tefi
camai sdifí
cil
,
nãopossomequei xar.Sóqueasconheçoem bar es, enãonasf est
as
dasr
epúbl
i
cas.Oj
ogo
éomesmo, masaar enaédi ferente.
Napr áti
ca, poucacoi samudoudesdeaf acul dade.Espor tes.Cer vej
a.
Gar otas.
Àsv ezesat égost ar iademepr eocuparmai scom out rascoi sas,
comot rabalhoef uturo, comoLanceePar ker.
Mas, apesardoacompanhament odi ár
iodami nhamãenaépocade
escol a, edemeupaiemi nhamadr astat erem pagadoumaboagr ana
par acadanot amáxi maquet ireinoensi nomédi o,odesempenho
acadêmi conuncaf oimeuf orte.Eumel i
mi tav aaf azerosuf i
ciente
par achegaràet apasegui nte:ensi nomédi oem col égiopar t
icular
,
facul dadecom boar eput ação,cur sodedi reitodepr estígio,como
meusi r
mãos.
Esseer aocami nhodaf amí l
ia
Ol sen.Masnãoosegui .
Omáxi moquef izfoimecandi dataraal gunscur sos.At éf uiaceito
em al gunsl ugares,masnadamui toi mpr essionant e,comonocaso
dosmeusi rmãos.
Eent ãor eveleiasur pr esadesagr adáv eldequenãot enhonenhum
i
nt eresseem seradv ogado.
Doi sanosdepoi s,meupai f
inalment eseconf ormou.Mi nhamãe
ai ndanão.Quesej a.
Pagooal moçodePar ker ,comocombi nado.Quandov olt
amospar a
casa, cruzoosdedospar aqueel aest ejaaf i
m del av arroupa, por que
estouusandomi nhaúl timacuecal impa.
Apesardenãoserl ámui toar rumadi nho,t em coi sasdequef aço
quest ão,como nunca r eutil
izarcueca.Pr i
ncipalment e quando a
i
nt ençãoédescol arumagar ota.O quecom cer tezaf azpar t
edos
planosnum sábadoànoi t e.
MasPar kerest ánoquar to,com apor taf echada,enãobot andoo
sabãocar oqueel aescondeem al gum l ugarnamáqui nadel av ar
.
Est oupormi nhacont a,com meuspr odutosdel impezabar atos.
Já“ dobr ei”quasemet adedasmi nhascami setasquandoPar ker
apar
ecena
cozinha, umahor adepoi s,elançaum ol harhorrori
zadopar aapi l
ha.
Sem di zernada, elacomeçaadobr artudodenov o.
“Val eu,mãe. ”Vouat éagel adeirapegarumacer veja,masPar ker
soltaum r uí
dodei rri
taçãoeapont apar aapi l
ha.“ Vouaj udar.Não
fazert udo.”
“Issonãoéum passoat rásnomov i
ment odel i
ber açãof eminina?”,
pergunt o,me esf orçando par af azert udo direi
tinho agor a que a
gener aldal avanderiav i
giacadamov i
ment omeu.“ Cuidardami nha
roupasuj a? ”
“Com cer teza.Se cont ara al guém,cor to seu pau.Mas acho
rel
axant e.Eador ochei r
oder oupal i
mpa. ”Elalevant aacami setae
i
nspi rafundo.
Interrompo o que est ou fazendo.“ Isso é mui to per t
urbador.É
mel horv ocêePol l
yf icarem bem l ongedami nhacômodanov a.Não
quer oasduaschei randomi nhasr oupas. ”
“Podeacr edit
ar,quandoessasr oupasent r
arem nochi quei r
oqueé
seu quar t
o,v ou mant erdi stância delas.Mas,assi m que saida
secador a,ant esdev ocêsuarnel as… Ador o o cheiro deal godão
l
impi nho.”
“Vocêémui toesqui sita.
”Eent ão, pori mpulso,coment o:“Ei
,Par ks,
achoquev ocêdev eri
ai rcomi gohoj eànoi t
e.”
Par kermeol ha,sem par ardedobr arasr oupas.“ Dápr asermai s
especí fi
co?Nãoanot ot udooquev ocêf aznaagenda. ”
“Tem duasf estasr olando.Pensei em v erqualestámel hor .

Elalev aumacami set
aaopeito,com osolhosarregal
ados.“Séri
o?
Vout eraopor t
unidadedeacompanharv ocêenquantotent
adescolar
umagar otadedezoitoanos?”
“Ei
,v ocêj át
evedezoi t
oanosum dia,eeut et r
atavacom omai or
respeit
o” ,r
ebat
o.
Prefir
onãoacr escentarquejuroquenãoseiporquenuncadeiem
cimadel a.Àsv ezes,rel
embrandoaquelaépoca,eumear r
ependode
nãot eragidorápido,denãoterfi
cadocom agar otamaisincr
ívelque
j
áconheciquandoti queagor
nhaachance.Por anãodámai
s.El
atem
namor
ado.Al ém di
sso,t
enhomedodeest ragarorel
aci
onament
o
maisl
egalquejáti
ve.

Aindabem”,el
aresponde.“
Seagentenamor
asse,
nem pensarque
euiadobr
arsuasroupas.


VocênãoajudaLancecom essascoi
sas?

Foiumaperguntainofensi
va,masosdedosdel avaci
l
am um pouco,
ef i
coimaginandosenãot oqueiem um assuntodeli
cado.Talvez
f
ossemelhoresclarecerdeumav ezseest
avatudobem ent
reeles.
MasParkerlogorecuperaor i
tmo.

Não”,el
arespondecom um sor
ri
so.“Eledobr
aasr oupasquaset
ão
bem quant
oeu.Éum dosmot i
vosporqueoamo. ”

Elesabedobrarasr
oupas?Émel horagarr
aressehomem logo,
Par
ks!

Elaf azumacar etaej ogaaúl t
imacami setaem mi m.“ Essaémel hor
j
ogarf or a.Estátodaesbur acada.”
“Maséconf ortável”,ret
ruco,olhandopar aacami setadesbot adado
RedSox .Nem sei ondear rumei —sout orcedordoWhi t
eSox.
“Estáum t r
apo” ,elainsist
e,arrancandoacami setadami nhamãoe
j
ogandoem um bal dedebai xodapi aondeguar damosospanosde
l
impeza.
“Podemosf alarmai sar espeitodapr óximav ezqueagent elav ar
roupa.Por quejáv ialgumascal cinhassuas, evocêpoder i
aatébor dar

nem sonhando’ nelas.”
Elabebeum gol edeágua.“ Nov aregradacasa: nadadef al
arsobr e
ascal cinhasdaPar ker
.Nav er
dade, nãomenci onarapal av r
a‘calcinha’.

Tenhoquasecer tezadequeessar egranãoénov a,masnãoquer o
quesai baquemel embr odisso.
“Ah,qualé? ”
,r ebato.“ Você me aj uda a escol herr oupas que
combi nam, entãoporquenãodei xaesteseuami godal t
ônicor etr
ibuir
ofavort edizendoquecal cinhasv ãodei xarLancedepr i
mi do?”
“Dispenso. ”
Resol
vodizermesmoassim.“Aquel
asgr
andonasebeges.

“Sãominhascal
cinhasdequandoest
oumenstr
uada.Nãovãoa
l
ugarnenhum.

Apont oparaela.“Umaregrafoi
viol
adaaqui.Agentenãopodedi zer

calcinhas’.

Elarev i
raosolhosecomeçaasubi raescada.“
Precisoter
minar
umaapr esent
açãopr ar
euniãodesegunda.

Aindanãomenci onei
isso,masParkeréumawor kaholi
cconvi
cta.
“Vai l
á,nerd”,gri
toparaela.“Maspel omenospensanoassunt oda
festa.”
Eladet ém opasso.“ Vocêsabequeeut enhoamigas,né?Nãosou
patéti
caapont odet erqueficarem casasozinhaquandoLanceme
dáocano. ”
“Eusei, sóachei que…seilá.Vocêpar eceumeioprabaixohoj
e.
Nãoquer iaquef icasseem casaouv indoBonnieTyler
.”
Elapisca, f
ingindoestarl
isonjeada.“Estápr
eocupadocomigo,
Olsen?”“ Não.Sónãoquer i
achegarem casaedardecar acom v
ocê
com acar a
todasujadesor veteeexalandoest r
ógeno.”
Elavol
taasubiraescada.“Agoraentendosuasnotasem bi
ologi
a.
Vocênãof azamenori dei
adecomooshor môniosfunci
onam.”
“Naverdade,
biologi
aéumadasmi nhasespecial
i
dades”,gr
it
olá
paracima.
“Vocênem sabiaoqueer aum úter
o”,el
a
rebat
e.“Sabi
a,sim”,
mur muro.
Querdizer
,maisoumenos.
3

PARKER
Lanceeeunosconhecemosnosegundoanodaf acul dade.Par a
serbem si ncera,nãof oi amoràpr imeirav i
sta.Nãohouv ef aí
scas, não
sent ium f rionabar ri
gaquandomet ocoupel apri
mei r
av ez..
Foimai sum r econheci ment odequeér amosaspessoascer tas
umapar aaout ra.
Tudocomeçouquandocaí mosnomesmogr upodeest udosde
economi a,queest avaacabandocomi go.Apesardepr estarmui ta
atençãonaaul aedeest udarbast ante,ast arefasdessamat ériaer am
mai sdi fícei spar ami m quequal querout racoi sa.Euai ndaest ava
tentandoent enderaper guntaenquant oosout rosmembr osdogr upo
j
áel aborav am ar espost a.Depoi sdeum t empo,canseideat rasaros
demai s,epasseiamemat arparaent enderamat ér i
asozi nhano
quar to.
Então,numa noi te em que est ava me sent indo especi alment e
frustrada,àbei radasl ágrimaspor queer aaúni caquenãoent endia
nada,Lancef ezexat ament eaper guntaqueeut i
nhav ergonhade
fazer .
Amesmacoi saacont eceunaper gunt a
seguint e.Enasegui nte.
Foisónaqui nt av ezqueLancesef ezdedesent endidoqueper cebi
queel enãot inhaanot adoumaúni capal av r
adaqui l
oqueogr upo
explicavacom t odaapaci ência.El
enãoest avanem com at arefanas
mãos, por quej áhav i
at erminadohor asant es.
Estavaol handopar ami m.
Quandoacenei
com acabeçaem um quest
ionament
osi
l
enci
oso,
ele
deu
umapiscadi
nha.
Eéassim,senhorasesenhores,queseconquistaParkerBl
ant
on.
Aj
udandocom atarefaedandoumapi scadi
nhasuti
lefof
a.
Eumeapaixonei
.Dev er
dade.
Eébom l embrarque,notercei
roano,quandoLanceestavase
descabel
andoparaent
enderosi mbol
ismonalit
erat
urabr
it
ânica,fui
euquem for
neciaaj
uda,edebom grado.
Seiquenãoéumahistór
iadasmaisquent
es,mas,comoeufalei…
par
eci
a
cert
o.
Pelomenosatéum t empoatrás.
Estánahoradeconf essar
.Tenhov int
eequatroanos,est
ouno
augedami nhasaúdeef ormafísi
ca,t
enhoum r
elaci
onamentosér
io
com um car
amar avi
lhoso…
Emi nhav
idasexualéumamer da.
Nem sempr ef oiassi m.Perdiav i
rgi
ndadeno pr imeiro ano de
faculdadecom um j ogadordebeisebolgatoquemor avanomesmo
corredor que o meu no al ojament o mi sto da uni versidade.
Namor amosal gunsmesesant esdeapr enderav el
hal içãodequese
darbem nacamanãobast aparaconst rui
rumar elação.Depoi sde
vári
osj antar
esmar cadosporsil
ênciosconstrangedor es,terminamos,
sem r essent
iment os.
Fiqueicom um ami godeBenumav eznaquel eprimei r
oano,mas
foinumanoi tedemui t
abebedeiraepoucoj uízo,entãonãodeuem
nada.
Eent ão…v ei
oLance.
Oaspect ofí
sicodorel
aci
onamentoavançoudeformabem lenta.
Nenhum denósdoi squer
iaestr
agarumacoisat
ãolegalapr
essando
ascoisas.Quandorol
ousexo,f
oimuitobom.Oubom.Nav er
dade,foi
o.
k.
Maspel omenosrol
avacom fr
equênci
a.
Eentão,unsdoi
smesesat r
ás,acoisasimplesmente… par
oude
acont
ecer.Acho que at
é seimais ou menos o mot ivo.Est
ou
tr
abal
handofei
toumalouca,
eeleai
ndatem osestudos.
Masj áfazdoi smeses.
Asecaem si nãoét ão
ruim…Seapessoaf or
soltei
ra.
Masem um r el acionamentosér i
o, em quedev ezem quando
surgem atéconv ersashipotéti
cassobr ecasamento,doismesesé
tempodemai s.
Enãoéquenãot enhapintadonenhumaopor tunidade.Tenhoum
quartosóparami m eLancemor asozi nho.
Entãoporqueest amost ransandomenosagor adoquequando
mor ávamosem al ojamentosepr ecisávamosamar rarfiodentalna
maçanet aparaqueni nguém entrasse?
Enfim.Hojeissov aimudar.
Capri
cheinamaqui agem esouobr igadaaadmi t
irqueestoulinda.
Ar egat
apr et
aeacal çajeansqueest ouusandonãot êm nadade
mais,masnem pr eci
sodi sso.
Ov er
dadei r
otrunfoest áporbaixo:umacombi naçãonovinha
queestouroumeuor çament oporunssei smeses,masv aiv
aler
apena.
Éder endav er
mel hae, sem querermegabar ,
deuumav al
orizada
i
ncrível
nosmeuspei t
os.
Estouprestesasai rquandochegaumamensagem dami nha
amigaCaseynocel ular.
Vamosv erTheBachel orem umahor a?Voufazerpipoca…
Porumaf r
açãodesegundo,fi
cotent
ada,por
queamoesse
pr
ograma.
Masnão.Não.Foi assi
m queLanceeeuentramosnessemarasmo
sem sexo…Deixandodepri
ori
zarorel
aci
onamento.Evaleapena
i
nvesti
rnele.
VoupracasadoLance,masnem contequem vaiganharar
osa,
escr
evo.
Vouassi
sti
rint
eir
o
depoi
s.
Arespostadelaéimediat
a:Ctz?Tem espumant e.
Droga.El
asabequet enhoum fracoporespumant e.
Resist
o:Gasteiumagranacom lingeri
e.Preci
somostraraalguém.
Caseyresponde:Jáviquevocêv aiti
raressal
inger
ierapi
dinho…
Eumel imitoamandarum sor r
isi
nho.
Porque…éoqueesper o.Af i
nal
, j
áfazdoi smeses.
Parodiantedapor tadeBenebat odel eve.Aj ul
garpelasfestasa
queplanejair
, dev
eest artirandoum cochi loparasepr epararpara…o
quequerquef açanessasf estas.
Mesmoassi m,batodenov o,paraavisarqueest ousaindo.Elemeio
quefazquest ãodesaberquandov oupassaranoi tefora,paranão
preci
sarsairpelaruacom umaescopet apar adefenderminhahonr a.
Éfofo.
“Vocêest áaí ?”,
sussur r
o.Silênci o.
Pendur amosl ousasnapor t
adosquar tospar aesset ipodeocasi ão
(coisadeest udant e, eusei),entãodeixoum bi lheteav i
sandoquev ou
dormi rnacasadoLance, masquenãoépar ausarmi nhacama.
Pensomel horev ol
topar aoquar to,abr oagav etadel inger iese
encont roacalcinhabegesobr eaqual falamos.Euapendur onal ousa,
sabendoqueel ev aisaberi nt
erpretarcomoum “ sério,f i
cal ongedo
meuquar to”
.
Lancemor aem Pear l,
um bairrobacani nhanãomui tol ongedecasa.
Lev andoem cont ameussapat os—quepar asersi ncer asãoi ncr í
v eis
—, decidoirdecar ro,apesardef azermosmui tacoi saapénoOr egon.
Nascief uicr iadanar egiãodePor tland,enãoest ouexager ando
mui toquandodi goquemi nhaspr i
mei raspal avrasf oram “ bol acha” ,
“mamãe”e“ emi ssõesdecar bono”.Ar eciclagem nãoéconsi der ada
umaopçãoaqui ,esi m umaobr igaçãomor al,eapi orcoi saque
alguém podef azerébuzi narpar aosci clistas,por queel esest ão
salvandoopl anet aenquant ov ocêoenv enenal entament ecom seu
carromal i
gno.Oucoi sadot ipo.
Mesmo assi m,si nto só uma pont ada de cul pa pel o uso
desnecessár i
odecar r
o.Tenhoum car r
ohí brido,ecomof alei
…meus
sapat ossãoincr íveis.Botasdesal toaltobem sexy .
Est aci
onarem Pear lcost
umaserum i nfer no, masest oucom sor te,
eum
car
ro—out rohíbri
do, cl
aro—est ásai ndodeumav agaper f
eitabem
em frenteaopr édi
odel e.
À noite,Lanceéumamáqui nadeest udar,masdedi at em um
empr ego t r
anqui
lo como cont ador em uma cor retora de
i
nvest i
ment osnar egião,quepagabem mai squemeut r
abalhocom
market i
ng,pori sso ele pode mor arem um pr édio novinho com
port
eiroet udo.
Ol oirodeombr osl ar
gosat rásdamesadar ecepçãoabr eum
sorr
isoquandomev ê.“
Srta.Bl
anton.Quant otempo.”
Nem mef ale.
“Oi,
Erik.Comov ãoosplanosprocasamento? ”
“Ah,estouconhecendoum mont edetonsdecor -
de-
rosa.Odrama
agoraésev amost erounãobabadonast oalhasdemesa.Vocêf az
i
deiadoqueéi sso?”
“I
nfeli
zmente,sim.Minhapri
macasounov er ãopassadoeprecisou
dequat r
odamasdehonr apraaj
udarcom t
udo. ”
Elebalançaacabeça.“Nãopreci
sosabermai s.”
“Não mesmo” ,digo com uma r i
sadi nha enquanto sigo parao
elev ador.“Possosubi r
? ”
Elehesi taporum br eveinstante,esi ntocertodesconforto.Embor a
ot rabalhodeEr i
ksej anãodei xarnenhum v i
sit
antebaternapor tade
um apar tament osem seranunci ado,est ounal ist
adeconv i
dados
l
iber adosdeLancedesdequeel esemudoupar acá.Em ger al
,Eri
kj á
vai abrindoapor tapar ami m.
Porum i nstanteterrív
el,fi
comeper guntandoseLancemet i
rouda
l
ista,ent ão Er ikretoma seu compor tamento normale chama o
elev adorpar ami m, entãoachoqueécoi sadami nhacabeça.Tomar a.
“Me desej e sorte”,mur mur o para ni nguém quando a por ta do
elev adorsef echa.
Oapar tament odeLanceénodéci mosegundoandar ,esigoat éa
por tacomoj áfizmi l
hõesdev ezes.Mas,pel apr i
meirav ez,hesito
ant esdebat er.
Tent
omedesv encil
hardasensaçãodeinsegur
ançaedouuma
bati
dadeterminadanasuper f
íci
edemadei r
a.
Meusombr osr el
axam assi
m queapor t
aseabre.Osócul
osde
l
eit
uradeleestãonapont adonariz
,tí
picodequandoestáconcent
rado
nosestudos.
Suaaparênciaéamesmadesempr e.
Apesardesuaexpr essãocostumarserum poucomai sal
egreeum
poucomenossur presa.
Lanceenfiaocelularnobol sodet r
ásebalançaacabeça, quase
comoseest ivessetent andoassi
milarminhapresença.Sóentãoele
sorri
ediz:“Oi!
”.
Umai mpressãodi stantedecautelaai
ndarondami nhament e,mas
entãoel
ealargaosor ri
soemedáum abr ação.
Estátudocerto.Estamosbem.El esóandaocupado.
I
ncli
noacabeçaem suadir
eção,bai
xandoosol
hossóum pouco
paraobser
varsuabocadeum j
eit
oqueseiqueodeixamal
uco,mas
el
ejáestáseafast
ando.
Nadadebeij
o.
Quê?
Lancenãomev êháumasemanaenadade
beij
o?Apreocupaçãovol
taàminhamente.
“Eunãosabiaquevocêvi
nha!
”,el
ecomenta.
Éi mpressãomi nhaousuav ozestáum poucoanimadademai
s?
Tipo,deum j eit
of also?Euoobserv
ocom atençãoquandoent
rono
apartamento,fechandoapor t
aatr
ásdemim.
“Desculpa,deviatermandadoumamensagem” ,di
go.
Ficoàesperadequeelemedi gaquenãot em probl
ema,queestá
felizem mev er
,masem vezdissoLancemei oquedádeombr os.
Ent ão começa a arr
umaras coisas no bal
cão da cozi
nha,onde
clarament eti
nhapassadoum bom tempocom acar aenfiadanos
l
ivros.Di go ami m mesmaquei sso éum bom si nal
,masest ou
apreensi
vademai
s,achandoqueascoi
sasest
ãoai
ndapi
oresdoque
desconfi
ava.
Nadaaqui i
ndi
caareaçãot
ípicadeum caraf
eli
zem veranamorada
dequem estavamorr
endodesaudade.
Façomençãodesentarem umabanqueta,ai
ndator
cendoparaque
atensãonoarsejacoi
sadami nhacabeça,masnoúlt
imoinst
anteme
i
mpeço.
“Ei
,Lance.

“Hã?”
“Oqueest áacontecendo?”
Eleergueosolhosdocader nopar
ami m.“Como
assim?”Sóoencar o,comoquem diz:Sem j
ogui
nhos
.
Eleentende.Seusombr osbai
xam um poucoquandoseaj
eit
ana
banqueta,põeasmãossobr eosj
oelhoseolhaparaochão.
Ai,merda.
Merda.
Conheçoessaexpr essão.
Éaexpr essãodequem est ápr estesadarum f oraem
alguém.Tal v ezdev esseest arsent ada, nofim das
contas.
Façoi sso,dei xandoumabanquet av aziaentrenós.Possori
scaro
sexodosmeuspl anos.
“Eudev eriatercont adoant es.”Ot om dev ozdel eé
baixo.“Cont adooquê? ”
“Éque…Eunãoest oumai snocl ima, Parker
.”Souobr i
gadaalhedar
al
gum cr édit
o,port eracor agem demeol harnosol hosenquanto
partemeucor ação.“ Jáf azum t empo. ”
Percooar .Nãoconsi gor espirar
.

Certo.Cer
to.
”Eur epit
oapal av
ra,porque,
droga,est
oucom um
putanónagarganta.“Entãovocê,t
ipo,nãoquerconti
nuar
?”
Nãoquercontnuarcomi
i go?
El
eest
endeamãoem buscadami
nha,eseusdedosr
oçam os
meus.“
Medeicontadi
ssonofi
m dover
ão.Agenteébem j
ovem,
né?
Vocêéapr imei
ranamoradaséri
aquet i
ve.Como saberseéo
cami
nhocer
to?”
Agent esimpl
esment esabe, sintovont adedegr it
ar.
Mas…poracasoeusei ?Querdi zer,
seeuapar ecessehoj eànoi t
ee
Lancemepedi sseem casament o,nãot eri
aentr
adoem pâni co?
“Tem outrapessoanaj ogada? ”,perguntobaixinho.Ficocom raiva
demi m mesmapori sso,masum serhumanonor mal— umamul her
normal —preci
sasaber .
“Não”,eleseapr essaem di zer.“Querdi zer
,t em umapr of
essora
assist
enteque… Enf i
m,el achamoumi nhaatenção,masnãor olou
nada.Eujamaistrai
riavocê, Parker .

Seiquedev eriaestarmeconcent randonapar t
edanãot rai
ção,
maspar ecequesóouv io“elachamoumi nhaat
enção” .
Eleandareparandoem out r
asmul heres?Não, piorqueisso.Em
uma
mulher .Nosi ngul ar.
Querdi zer,nãoacont eceunada.Masel achamoua
atençãodel e.Par ecequet enhoumaf acacrav adanopei to.
Eleaper tami nhamão.“ Nãoquer omeaf astart otal
ment edev ocê.
Sóachoqueagent edev eriadarum passoat rás.”
Piscov áriasv ezespar acont erasl ágri
mas.Seur ostosecont orce
dear rependiment o.Lev ant oemeaf asto.“
Um passoat rás?Praquê?
Prav ocêpodert ent arasor teev ol
tarpr amim casosear rependa? ”
Elemeencar a,ev ej
oqueseusol hostambém est ãoum pouco
mar ejados.Quandov oltaaf alar,suav ozsaiembar gada.“ Estoume
sentindoum babaca, Par ker.

“Bom, ocêéum babaca”
v ,eumeescut odizer,et omoocami nhoda
porta,sof r
endopar aabr i
ramaçanet a.Boar esposta,Par ker.Bem
madur a.
Masadi arreiav erbalcont inua.“Nãopensequev ouf i
caresper ando
porv ocê”,consi godi zer.
Queót i
mo.Acenadenov elaj áestásendoencenadanami nha
cabeça.“ Nãopenso” ,elediz,epar ecemei odesesper adoquando
vem at r
ásde
mi
m.“
Quer
oquev
ocêsej
afel
i
z.Sónãoachoqueeusej
aocar
acer
to
para…”
Batoapor taant esqueeletermineaf rase,oqueachoót i
mo.
Tropeçandonossal t
os,vouatéoel evadoreapertofreneti
camente
obot ãopar adescer .Mantenhoosouv idosaler
taspar aocasode
Lancev i
rat rásdemi m,dizendoqueest avaerrado,quenãoquer
ter
mi narcomi go.
Masapor t
adoel evadorseabre,enquant oadeLancecont i
nua
fechada.Sol t
oum sol uçoeentro.
Tenhocer t
ezadequenãoéumasepar ação
tempor ári
a.Éum r ompimento.
Nãoconsi goat ravessarosaguãomui torápi
do,em parteporcausa
dos mal ditos sal tos,em par te porque Er i
k me olha com uma
expressãopr eocupadaeconf usa.
“Srta.Blanton? ”
Façoum acenoeabr oum sorr
iso.Dev
etersaídohorr
ível
,porque
estoumorrendopordentro.
Eri
kabreum sor r
isodesoli
dar
iedadeem r
esposta.Com cer
tezajá
vi
uum mont edecoi sas,esabequandoumagarotaestácaindofora
depoisdeumabr igacom onamorado.
Ex-
namorado.Ai,
meuDeus.
Acabeidelevarum pénabunda.
Um pénabundabem dado.Nãof oium t r
emendobar r
aco;f
oium
si
mpl es“nãoteamomai s”,
oqueéai ndapi .Mui
or topi
ordoqueseeu
ti
vessefeit
oumabest ei
raesidochutadapar afor
a.
Voltoparaocar r
o.Aessaal tur
a,asituaçãodacamadadeozônioé
aúltimacoi saquepassapel ami nhacabeça.Apoi oacabeçano
vol
ant eenquant
ot ent
odecidiroquefazer .
Eudev eri
amer ecostarnoassento,engoli
rochoroeir
paracasa.Levantoacabeça.Dev er
ia…
Enguloum soluço,masasl ágri
masnãov êm.Querochorar
,masnão
consigo,porquemeucor poestáconfusodemai ssobrecomor eagi
r
ao fato de que uma hora atr
áseu estav avest
indo uma l
ingeri
e
marav i
lhosa,eagoraestousoltei
raesozi nhanum carroem pleno
sábadoànoi te.
Tenhov int
eequatroanos,est
outodaarrumadaenãot enhopara
ondei
r.
Vej
oum caramei ogrungecom um skat edebai
xodobr açome
encar
arquando passapelo carro.Fecho bem osolhos,ent
ão os
arr
egal
oaosenti
rocelul
arvibrando.
Éumamensagem deLance.
Descul pa.
Éof i
m.Nadade“ r
et i
rooquedisse”.Nadade“ nãoquisdizer
isso”.Dane-se.
Apagoamensagem buf andoderaiva.Quandol ev
oasmãosao
volante,perceboqueest outr
emendo.
Puxoasmãosdev olt
aeum pequenoacessodepâni cosei nstal
a.
Sei quenãoest ouem condiçõesdedirigi
r,apesardeestarapoucos
mi nutosdecasa.
Com amãot r
êmul a,pegoocelularout r
av ez.Em termosger ais,
prefir
omandarmensagensat el
efonar,mast em horasem quea
gent eprecisaouvirav ozdealguém.Em quepr eci
saconv ersarcom
alguém quesei mporte.
Est eéum dessesmoment os.
OnomedeBenest ánal i
stadef avori
tos.Aper
toobotãode
discar.Eleatendenosegundot oque.“Parks.

Eent ão,poral gum mot i
vobizarro,aslágri
massurgem bem nessa
hora.Todasdeumav ez,inundandomeusol hoseescorrendopelo
rostoenquant osoltosoluçoshorrívei
s.
“Parker?”Ot om devozdeBenf icamai sagudo.
Tent
orespi
rarf
undo,
massol
toum r
uídoquepar
eceumabuzi
na.

Vocêpodev i
rmebuscar?


Sempr
e.Ondef
or.

4

BEN
Jáv i
Parkerchorarum montedev ezes.
Quandooav ôdel amorreu.Quandoamãedescobr i
uqueestav a
com câncer.Vendof i
l
mescom ani mai ssofr
endo.Quandoelanão
acordouparaf azerapr ov
af inaldegeografi
a,nosegundoanode
facul
dade.
Quandobebeuv i
nhodemaiseconf essouqueachuvaafazi
achorar.
Independentedesuasr az õesserem l
egíti
mas( f
il
met r
iste,mãe
doente)ouabsur das(achuv a),eusempref azi
aamesmacoi sa.
Eu a abr açav a.Passav a a mão em seu cabel o.Dei xava que
ensopassemi nhacami setacom suasl ágri
masel heof ereci
auma
grandequant i
dadedel ençosdepapel .(Elanãoédot i
poquechor a
comedi dament e.)
Qualquerquef osseacausa,asl ágri
massempr emeabal avam um
pouco,comoum aper tonomeupei toqueeunãosabi aaliv
iar.Éoque
acontecequandoqual quergar otachor
anami nhafr
ente.
Maspr i
nci
pal mentePar ker.Por aéami
queel nhagarota.
Asensaçãoesqui
sit
anopeitoest
áaqui
denov
o.Mas
acompanhadadealgodif
erent
e.
Rai
va.
Dasoutrasv ezes,
eunãopodiaf
azernadaquantoaomoti
vodo
choro.Nãotinhacomoimpedirqueseuavômorresse,
oucontr
olarsua
reaçãoàchuv a.
Masagor atenhoopções.
Umadel
aséencherLanceMy
ersde
porr
ada.E,
nomomento,éissoque
querof
azer.
Nãosouum car
avi
olent
o,em ter
mosger
ais.
Mas,desdequeav itent
andosem sucessocont erasl ágri
mas
sentada ao v olante do car
ro,tot
almente per
dida e arr
asada até
quandoal eveiparacasaeasent einomeucol onosof á,nãopensei
em mai snadaal ém deenf iaramãonacar adener dr iquinhodo
My ers.
Eleémeuami go,cl
aro.Gostodocara.Fi
coatémeiochateado
quandoar ai
vabai xaemedoucont adequenãov amosmai snosv er
.
Masaquest ãoaqui nãoéLance.É
Par ker
.Eeleamagoou.
Porout rol
ado…
Est
ouir
ri
tadocomigomesmot ambém.
Nãoest
avameper guntandohojemesmosenãot
inhaal
gode
er
radocom el
es?
Nãopoderi
aterev
itadoisso?
Talvezsim.Pelomenosdev iaterdadooal er
ta.
Mer da.
Aslágrimaspar ecem terpar adoum pouco.Elaestátodaencolhida,
com acabeçasobmeuquei xo,soluçandocom um lençodepapelna
mão.Façomençãodemeaf astar,
maspar oquandoel aagarraminha
camiseta.
Ponhoamãosobr eadel a,acarici
ando-acom opol egar.Tenho
vontadededi zerqueaquelebabacanãov aleaslágr
imasderramadas.
Relaci
onament onenhum v ale,masnãoéoqueel aprecisaouvirno
moment o.
Mesmoassi m,aper t
osuamãoet entomeafastar
denov o.“Vocêv aisai
r?”
, elapergunta.
“Bem rapi
dinho.”Douum bei joem suatesta.
Elameencar acom osol hosver
melhoseinchados.“
Estou
estragandosuanoite.Vocêi asair
.”
Aper t
odel ev
eseuj oelho.“Nãomeobrigaacriarumaregradacasa
proibi
ndov ocêdedizerbobagens.”
“Soueuquem f azasr egras.Nãovocê.
”Elaabreum sorr
iso
f
raco.Eur
etr
ibuo.Essaémi
nhagar
ota.
“Sóunsdezmi nut i
nhos”,di
go,apertandoseuj oelhoout ravez.
Pegomi nhacar teir
anobal cãodacozi nhaev ouat éocar ro.Volt
o
em um t empor ecor dedeoi t
omi nutos,com ossupr iment os
necessár i
os.
Umar ápidaol hadapel asaladeest arconf i
rmaqueel aaindaestáno
sofá,masdei tadadel ado.
Procur onosar már i
osdacozi nha,masnãoconsi goencont raras
taçasdechampanhe.Jur oqueagent etinhaumasdez, sóqueéuma
casadesol tei
rosdev i
nteepoucosanos.Cr istaisfinosnãodur am
mui t
otempoaqui .Tenhoquemecont ent arcom umast açasgrossas
dev i
dro.Ti roar olhadagar rafaeenchoumaquaseat éaboca.
Voltopar aasal a,ondePar kertornaasent ar.“Descul paov exame”,
eladiz,env ergonhada.
“Ah,Par ks.Agent ejáseconhecehásei sanos.Ador oseus
vexames. ”Entregoat açaev ej
oseusol hosbr i
lharem.
“Champanhe? ”,elaespecula.

Espumantebarato.Compreinomer cadinhodaesqui
na.


Estav
acom medodequeeucor t
assemeuspul sossevocêfosse
maisl
onge?”
,el
adi zenquantovouatéacozi nhapegarumacervej
a.

Estav
acom mai smedodeencont rarvocêcantandoCel
ineDione
comendomaionesedi r
etodopote.


Anoitemalcomeçou! ”
,el
agrit
adev ol
ta.
Sorri
o,porquev ej
oquePar kerestávol
tandoaonormal.Abr
oa
cerv
eja,pegomeucel ul
aremandoumamensagem rápidapar
aAndie,
agar ot
acom quem f i
queinofim desemanapassado.Quer
iasair
com eladenov o,mas…
Ei
,hojenãov aidar
.Quetalnopróxi
mofds?
Quandoest
ouguar dandoot
elefonenobol
so,
euosi
ntov
ibr
ar.
Andi
eédot i
poquer esponder
ápido.
Támedispensando?
Façoumacar
etadi
ant
edot
om damensagem,
masr
espondo
mesmoassim.
Umaami
gapreci
sademi
m.
Sei.“
Amiga”.
“Quesedane”,mur mur
o.Enfi
oocelul
arnobol
sodet
rásdacal
ça,
apesardeest arvibr
andodenov o.Andi
emostr
ouquem é,enão
gosteidoquev i
.Nãoi mport
aoquant oumagarot
ameatrai
a,t
em
umacoi saqueelanãopodeser:
Ciumenta.
Eu não di ri
a que faço o tipo impli
cante,mas desenv olv
iuma
i
rri
taçãopr ofundaporgent eque,assim quedescobr equeParkereeu
nosdamosbem,gost amosdacompanhi aum doout r
oemor amos
j
untos, concluiqueagentedev eterum caso.
Todomundoagecomoseagent eesti
vessecont r
ari
andoav ontade
deDeusoucoi sadotipo.Entãopr ef
ir
omant erdist
ânci
adequal quer
um quei nsinuequesomosal gumacoi saalém doquesomos:
Ami gosqueporacasot êm cromossomosdet iposdif
erent
es.
Aceit
aaí,galera.
Edepoi stenhoquecontaraPar kerquesei,sim,al
gumacoisade
biol
ogia.Quandoest
oupr est
esamesent arcom Par
kernosofá,
i
magi nandoseseacalmouosuf i
cient
epar amecontaroque
aconteceucom Lance,escut
ouma
bati
danapor ta.
É John.“E aí?”,el
edi z,ent
rando com anat ural
idadedequem
sempremev i
sit
a.“Estáaf im detomarumascer v
ejasnoO’Per
ry
antesdeirprafesta?”
Eledetém opassoquandov êParkersentadanosof ácom onari
z
todovermelhoeumat açadeespumantenasmãos.
“Quem vocêquerqueeuenchadepor rada?”
,Johnpergunt
aaela.
Osdoissempr esederam bem.Elaabreum sorri
so,aindaquemei
o
f
orçado.“Fi
queisolt
eir
ameiodonada” ,el
aconta.
“Aquel
ecuzão.”Johnabreosbraços.“Querum abraço?”
El
ahesit
aporumaf r
açãodesegundo.Sabendoinst
inti
vament
e
queelaquermant
erum míni
modeprivaci
dade,douum tapi
nhano
ombr
odeJohn.“
Car
a.Nãoabusa.

“Quef oi?Eudi sse‘abr aço’,não‘amasso’ ”,el
eexplica,bai xandoos
braços.“ Entãonadadef estahoj eànoi te,né?Asmeni nasv ãof i
car
em casa, tomandosor v
et eeamal diçoandooshomens? ”
“Comendopi poca,nav er
dade” ,respondo,apont andopar aamesa
onde col oqueiospacot espar a mi cr
o-ondasque compr eicom o
espumant e.
Johnl ev antaassobr ancel has.“Duascai xas?Nãov êm t rêspacot es
em cadauma?Pr etendem abr i
rum cinema? ”
“Sempr equei mapel omenosum pacot e.SóDeussabequant os
anostem omi cro-ondas.”
“A gent edev eriadei xaraspi pocasquei madaspr osant o,tipoa
pri
mei radosedebebi da!”,Parkercoment a,caindonagar galhada.
Johnmeol hadesosl aio,eeuf açoum gest oparai ndicarqueel a
bebeu.At açaenor medeespumant eest áquasev azia.Pel oj ei
tov ai
mesmoaf ogarasmágoas.
“Voudei xarvocêsem paz,ent ão”,eledi z,acami nhodapor tada
fr
ente.“ Seel acapot arcedoev ocêest iveraf im desair,ésómandar
umamensagem. ”
“Beleza.”
Aceno para John e v ou at é a geladei
ra pegara garraf
a de
espumante.Émel hordei xarem ci madamesi nhadecent r
o,para
faci
li
tar
.Nesseri
tmo, Parkernem vaiperceberseabebidaesquentar
.
Desaboaoseul adonosof á,si
rvomai sum poucodeespumant ee
puxosuaspernaspar acimademi m.
“Fal
aroucalar
?”,pergunto.
Éalgoquef azemosquandoum dosdoi sestácom problemas.Dá
par
aescol hercont
artudoouf i
carnasuasem queoout rojulguenem
seofenda.

Falar”
,elaresponde,paraminhasurpresa.Porout
rolado,oálcool
sempreadei xamaistagarel
a.

Elemedeuum pénabunda” ,
Parkeranunciasem r
odeios.
Euj
ásabi
a,masf
açoum car
inhoem suacanel
amesmoassi
m.“
É
um
i
diot a.

“Poi sé.”Elaapoiaacabeçanoest ofado.“Maseut ambém.Est ou
mesent i
ndoumabur r
apornãot erpercebi
donada.Ossi naiser am
bem ev identes.”
Issomedei xaum poucosur preso.Penseiqueelaest ivessef eliz
.
Porra,penseiquef ossecasarcom ocar a.Semprepar eceubem…
cont entecom ele.
Eladáum gol eenor medeespumant eantesdepôrospésnochão
eser v
irum poucomai sdebebida.Ent ãodáoutrogole.“Agent enão
tr
ansav aháum t empão” ,elaconta,vi
randoparamim el evantandoa
mão com doi s dedos estendi
dos,quase acer t
ando meu ol ho no
processo.
Segur odelevesuamãoant esqueacabemecegando.“ Ah,é? ”,
perguntoem um t om casual
,pensandoseser i
aum bom moment o
par atir
arat açadela.“É.
”Foisóumapal avr
a,massaiuarrastada.El a
semprefoifracaassi m
parabebi da?
“Doisdi as,é? ”
,pergunto.
Mei nclinopar aaf renteparapegarat aça,masel aapuxadev ol
ta
com um gr unhido.“Sónoseumundi nhodoi sdi assem sexoseriaum
tempão. ”
“Duassemanas?Est áfal
andosér io?”
,per gunto,incrédul
o.Tento
pegarat açadesuamãodenov o,masseusr efl
exosdebêbadasão
melhor esqueoesper ado,eel
aconsegueev itar.
O ol harque Par kerme l ança é em par te divert
ido,em parte
horrorizado.“ Vocêéoque,um cachor r
onoci o?Duassemanasnão
querem di zernada.”
“Ei,euest ounomeuauge” ,respondo.Tent opegarat açadenovo,
masent ãomedoucont adoqueel aestátentandomecont ar
.Senão
sãodoi sdi asnem duassemanas…

Esper aaí ”,digo.“Vocêf i
cousem transarcom oMy erspordoismeses
?”Par kert entabatercom odedonapont adonar izcomoquem di z

bingo”
,
maser
raoal
voeacabaacer
tandoabochecha.
Dei
xodeladoai
dei
adeconfi
scaroespumant
e.Seelaest
ásem
sexohádoi
smeses,t
em mai
séquebeber .“
Evocêachouqueer
a
normal
?”

Não,Olsen,nãoacheiqueeranor
mal”,el
aresponde,um pouco
i
rr
it
ada.“
Masel eandavaocupado,
eeutambém…”

Doismeses”,repi
to.
“Eu iaresol
verisso”,el
ar ebate,batendo at açacom f orçana
mesinhadecent ro.Porsorteédev i
dr ogrosso,out er
iaquebr ado.
Pensandobem, tal
vezfosseatédeplástico.Boaescol ha,Ben.
Doumai sum gol enacervejaenquant oprocessoai nformação.
Lancenãoencost ouem Parkerpordoi smeses?Tal vezeusej amai s
sexualmenteat
ivoqueamai oria,masissomepar ecebem…
Meuspensament osseconf undem quandoper ceboqueel aestá
ti
randoablusa.Masoquê…?“ Nadadef i
carpelada, Bl
anton!”
Elajogaabl usaem mi m ef i
cadepé,abr indoosbr açoscom
gestosdesequi
li
brados.
“Olhasó.”
Mi nhav i
sãof i
cabor radaporum i nstante.Meupr i
meiroimpulsoé
olharpar aacer vejapar av erset omeimai sdoquei magino,porque
estoumesent indomei otonto.
Sóquenãoconsi goolharparaacer veja,por
queestouv endoParker
com um sut i
ãi ncrív el
.Atéquer odesviaror osto,porqueéaPar ker,
masel aest á…mar av i
l
hosa.
Nãot em out rapal avrapar aisso.Par kerBlantonsem cami saé
mar avil
hosa.
Jáav idebi quí niant es.Em v i
agensàpr aiaouao Cabo,nas
semanasdef olga.Masel aestavasempr ecom Lance,eem ger aleu
i
aacompanhadot ambém.Apesardesaberqueocor podaPar kerera
bonito—bem boni toat é
—, nuncat i
nhapr est adomui t
aatençãonel e.
Masagor aqueel aseaproxi
mat em todaami nhaat
enção.Suas
curvasdour adasesuaves,suacint urafina,seuspeit
oscheiose
redondos.E,porr
a,essesut
iãéperfeito.
Jogoabl usadevolt
aparael
a.“Vesteisso.Agora.”
“Euest av at ent andodarum j eitonopr obl
emadosexo” ,elar epete,
i
gnor andoabl usa,quev aipar arnochão.“ Compr eipr oLance. ”Ela
apont apar aopr ópr i
ocor po,eeur espirof undo.“ Masnãoconsegui
nem most r
ar.”Ot om dev ozdel aémel ancól i
co.“ Ecombi nacom a
calci
nha. ”
Elacomeçaadesabot oaracal çaj eans, maseul ev ant odosof áem
um pul oev ouat éacozi nhapegarout racer veja,ouum copod’ água,
ouum poucodegel opar apôrdent r
odami nhacal ça.
Par kerv em at rás,ai ndat agar elando.Eu pego out racer vejana
geladei ra,pensandoem esf regarnor ostopar adarumabai xadana
temper atura.“ Émel horv ocêsev esti
r.”
Quandov ir
o, v ejoquenem meouv iu.Desv i
oool harpar aum pont o
acimadesuacabeça,apesardesent irumamov i
ment açãodi fer ent
e
l
áem bai xo.Af inal ,soudecar neeosso.Em t er mosr acionais,seique
éPar ker,mi nhamel horami ga,com quem mor oj unt oet enhouma
rel
açãopl atôni ca.
Masout rapar tedemi m — aquenomoment of azov olumeem
minhacal ça—sóconsegueent enderqueocor podel aéumadel ícia.
Elaabr eabocapar af alar,maseuest endoamãopar aimpedi r.“Éa
regradacasa.Nadadeent rarsem cami sanacozi nha.Lembr a?Você
quei nv entou. ”
“Ev ocêdesr espei tai ssoot empot odo” ,el arebat e,sem f azera
menormençãodesev est i
r.
“Quemer da” ,r esmungo,ent ãodei xoacer vejanamesaet iroa
cami set a.Est ouusandoumabr ancaporbai xodaazul -marinho,de
modoquenãof icamososdoi ssem cami sanacozi nha.Vouat éel ae
enfioaquet i
rei em suacabeça, sem amenorcer i
môni a.
Par kercol abor aepõeosbr açosnasmangas,apar entement esem
entenderoef eit oqueseucor pocausaem mi m.“ Est áchei rosa.Sem
cheirodesuor ”, eladiz, cont ente.
“Queót i
mo. ”Douum bel ogol edecer veja,
depoi sout ro.

Gast
ei,
tipo,
cem dól
aresnessal
i
nger
iev
ermel
haeni
nguém v
aiv
er”
,
el
a
di
z, parecendodecepci onadadev er
dade.
“Ei,Parks”,r
espondo, ret
omandoobom humoragor aquenãot enho
nenhum decot epar amedi str
air.“Quem vêpensaquev ocênunca
maisv aitransar.Outrocarav aiadorarsuali
ngeri
e.”
Ficoàesper adequeel acont inuecom of est i
valdeaut opi
edade,
masem v ezdissoPar kerparecepensat i
va.“Vocêt em r
azão.”
Estreit
oosol hosaoouv i
risso.Conheçoesset om dev oz.Ési
nalde
peri
go.
Elaabr eum sor r
isão.“Querosercomov ocê!”
Minha cer veja par a a meio caminho da boca,enquantotento
entenderoqueescut ei
.“Comoé? ”
Ela chega mai s per to de mim.“ Gosto de sexo,Ben.E estou
senti
ndof alta.

Ai,meuDeus, nãomev em fal
ardesexodepoisdememost r
arseus
peit
os, porfavor.
“Vocêéqueest ácer t
o” ,el
aconti
nua.“Nãoprecisoesper
arotonto
do Lancecai rnar ealouent r
arem out r
or el
acionamento.Posso
tr
ansarcomov ocê.Com quem euqui ser,
quandoeuqui ser
.”
“Então,escutasó, Parks…”
Elaenf iaodedonami nhacara.“Muitocuidadocom oquev aidizer,
BenOl sen.Nem penseem v i
rcom doi spesoseduasmedi das,est á
meouv indo?Vocêsabedoqueest oufalando,docar aquecomet odo
mundoeéconsi deradof odaedagar otaquef azomesmoeév ista
comov agabunda. ”
“Não! ”Ficoi ncomodadocom aacusação,masi ssonãosi gnifica
quegost odai deiadePar kertr
ansarcom quem quiser ,
quandoqui ser.
Querdi zer,tudobem r olarsexosem compr omisso.Massai rcaçando
genteporaínãoénem um poucoacar adela.
“Eusói adi zerpr av ocêpensarbem.Fazduashor asqueest á
solt
eira,eacaboudev i
rarumagar rafadeespumant e.”
Ficoesper andoqueel agrit
ecomi goporserum hipócr i
ta,
mas, par a
mi
nha
surpr
esa,Par
kerbai
xaodedo,desfazaposededi
vaecont
rai
os
l
ábios.“Éver
dade.Mel
horpensarni
ssocom mai
scal
maamanhã.

GraçasaDeus.
Sintoumal ev ecoceiranat estaeapel emol hadaquandolevoa
mãoàt êmpor a.MeuDeus.Est ousuando?
“Pipoquinha,espumant eeum f i
l
me? ”
,elapergunta,i
ndoatéamesa
decent r
opar apegarumacai xaemeent regandocom um sor r
iso
simpát i
co.
“Claro”,r
espondo, meagar randoàpi pocacomosef osseum col
ete
salva-v i
das.Fi comai sdoquegr atopornãot erqueacompanhar
Parkerbêbadaat éobarquandoest ádi spostaai rparaacamacom
qualquerbabaca,al guém quenãov ainem sedaraot r
abal
hode
tel
efonarnodi asegui nte.
“Ei,Ben”,el
achama, vir
ando-separ ami m napor t
adacozinha.
Ponhoosacodepi pocanomi cr
o-ondaseaper t
oobot ão.
“Quef oi?”
“Obr i
gada.Vocêémeumel horami go.Sabedi sso,né?”El
aabreum
sorri
soi nseguro.
APar kerbêbadaéumagr aça.Sor r
io.“Podet ercert
eza.Evocêé
minhamel horami ga.

Desdequesemant enhavestida.
5

PARKER
Passeio diaint
eir
o de ressaca ont
em.Foipr
ati
cament
e uma
bênção.Fi
queitãoocupadacom adordecabeçaeoenjooquemal
ti
vetempodepensarnopénabunda.
Mashojeésegunda-f
eir
a.
Comosej ánãof osser uim osuf i
ciente,acordomesent indoum lixo.
Nãoporcausadar essaca,quepassoudepoi sdeum domi ngocom
muitabolachaáguaesal eisot ônico.
Hojeoi ncômodonãoéf ísi
co.Sãomeussent i
ment osqueest ão
abalados.Est outãodesani madaqueat éacei toircom Benpar ao
tr
abalho.
Em geralf açoquest ãodei rcom meucar ro,porqueodel eéuma
monstruosidadequebebel i
trosemai sli
trosdegasol ina.(Benédo
Meio-Oest e,epr ovavelment eouv iasobr egadodecor teedel eite
quandopequeno,em v ezdehor tasor gânicasecompost agem,como
eu.)
Mashoj emi nhament enãoest ámui toativa,epr eci
sopr eser
varos
poucos neur ôni os que me r estam par aar eunião semanaldo
depart
ament o.Aequi pej úniorser evezanasapr esentaçõespar aa
equipesênior .Comosomosoi tonabasedapi râmide,precisofazer
i
ssoapenasumav ezacadaoi tomeses.
E,com ami nhasor te,éóbv ioquemi nhav ezéhoj e.
“Você vaiarr
asar”,Ben diz,saindo da garagem de casa e
arr
ancandotãodepressaquequasebatoacabeçanoencost o.
Olhofei
oparaele,masdiscr
etamente.Bensempredizessetipode
coi
sa, t
odoconf
iante,masoquenãoper cebeéquenem todomundo
sesent
etãoàv
ont
adel
i
dandocom pessoas.
Apesardeeut ersidomelhoralunaedetermededicadomai sa
arr
umarum empr ego,Bensedámui tomelhornomercadode
tr
abalhoqueeu.
Nãoporcausadesuasnot as,nãoporconhecerbem um assunt
o
específ
ico,
maspor quesabesecomunicar.
Com qualquerum, nãoimport
aoassunto.
Achoatéqueel econsegui
riaconvencerum bebêdequenão
pr
ecisadeleit
eeum cachor rodequenãogost adecarne,sefosse
pr
eciso.
Quantoami m,umaapr esentaçãosimplesj
árequeresf
orço.
Conseguif
ingirqueestavaàv ontadequandoensai
ei,
com acabeça
em ordem.
Nãoéocasohoj e.
Vendoquenãor espondo,el
emeol ha.“Estátudobem?”
Seutom dev ozécasual ,masapr eocupaçãoév isí
velem seus
ol
hos.Provavel
ment eporquechoreinoombr odelesábado,fiquei
bebaça epasseio domi ngo tr
ancada no quar t
o,abri
ndo a port
a
apenasparapegarasbolachasqueelemel evava.
Nãofoiexat
ament eum dosmeusmel horesmomentos.
MasBenmeconhece.Esabeque,seforl
egaldemai
s,v
ou
começarachor
ardenov o.

Tudobem”,di
go,v
irandoacabeçapar
aajanela.
Eleassente.“Entãonãov aiterum chil
iquequandoeudisserquetem
um negóci obranconasuabl usa? ”
Olhopar abaixoesol t
oum pal avrãoquandovejoum padrão
el
abor adodedesodor antenot ecidopret
o.
“Proteção i
nv i
sível porr
a nenhuma” ,r esmungo,tent
ando
l
impari nuti
lmentecom amão.
Benapont acom acabeçapar aoassent odetrás.“
Tem umat oal
ha
nami nhamal adegi násti
ca.”
Lançoum ol hardedesconf i
ançapar a
ele.“
Estáli
mpa.

“Provav
elment
egraçasami
m eàmi
nhamani
adel
avarr
oupa”
,
mur
mur
o,
soltandoocint
odesegurançaemev i
randonobancoparaabr
iramala
dele.
Apr i
meir
acoisaquemeusdedosencont ram éumaembal agem
met ali
zada,
pequenaequadradi
nha.Balançoacamisi
nhanacaradel
e.
“Sério?”
Bendádeombr os.“
Nuncasesabe.”
“Foiissoqueeuqui sdi zerquandof al
eiem sermai spar ecidacom
você”,digo,mev i
randodenov opar adev ol
veracami sinha.“Está
sempr epronto,em qual querlugar.Aténaacademi a,pelojei
to.”
“Aacademi aéomel horlugarpr aisso”,
ele
responde.Eumedebr uçodenov osobr eo
assento.“Séri
o? ”
Benf azquesi m,com osol hosv olt
adospar aar ua.“Est
ábr i
ncando?
Com t odoaquel esuoreocor açãoami l?Nuncaf i
coucom t esão
depoisdeumamal haçãopesada? ”
“Clar
oquesi m” ,r
espondo, fi
nalment eencontrandoat oalha.“Mas
onde? ”“Oquê? ”
“Vocêsabe” ,digo,fazendoum gest ocom at oalha,quef el
izmente
parecemesmol impa.“ Vocêest ápuxandof err
ooucoi sadot i
po.Uma
garotanoelípti
cochamasuaat enção…Eaí ? ”
Elesorri
.“Quermesmof al
arsobr eisso?”
“Sim!”Bal ançoat oalha.“
Jádissequevoucomeçaraf azeromesmo.
Sexocasual .”
“Certo,pr a começo de conv ersa,quem usa a expressão ‘
sexo
casual’nãocost umasedarbem com el e.Em segundol ugar,eu
estava mei o que t orcendo pra que v
ocê não se lembrasse das
l
oucur asquedi ssenosábado,oupel omenosadmi ti
ssequefoiuma
i
deiar ui
m mot ivadapeloexcessodeespumant e.

Esfregof uriosamenteamanchadedesodor ante.“
Nãoéuma
i
deiar uim. ”“É,si
m.”
“Vocêf azi sso.”
“Faço, maseu…”
El
esei
nter
rompe.Euoencar
o,est
rei
tandoosol
hos.“
Vocêoquê?

“Nada”,elemur mur a.
“Vocêiadi zeralgosobreserhomem? ”
Mi nhalembr ançadaquelanoitenãoémuitoclar
a,masmer ecor
do
det erreclamadodessamer dadedoispesoseduasmedi das,al
go
quemei rr
ita.Bennãoéum por cochauv
ini
stanem nadadoti
po,mas
estoucom acl araimpressãodequeachaquepar ael
etudobem
tr
ansarporaí ,masnãopar amim.
“Terminaoquev ocêi
adizer”
,exi
jo.
“Hã,não” ,elediz.“Vocêest ápr ocur andobr iga.”
Contr aioosl ábios.“Pr ovav el
ment e.”
“Com cer teza.”El eest acionanoconj untodepr édioscomer ci
ais
onde nós doi st rabalhamos.Nossas empr esas ficam em blocos
di
ferentes, eel epar apr i
mei ronomeupar amedei xarlá.
“Garot ast ambém gost am desex o,sabi a?”,insisto,dando uma
úl
timal impadanamanchadedesodor ante,quemei oquejásumi u.
Pegomi nhabol saeasacol acom ascoi sasdot rabalho.
Benr eviraosol hos.“ Cer to,Bl anton.Seiquev ocêéumamul her
moder naepodef azersexoondequi ser .

“Aténaacademi a?”,
pergunt o.“ Aténa
academi a.”
Douobot e.“ Eondeexat ament e?Fal andosér i
o…nãoéum l ugar
nem um pouco pr i
vativo.Só consi go pensarno banhei r
o,mas
ni
nguém…”
Eumei nterrompoquandoel et entasegur aruma
careta.“ Não! ”
,exclamo, hor r
orizada.“ Vocêt r
ansano
banhei ro? ”
“Conf i
aem mi m, nãoét ãoesqui si
tooui ncomum quant ovocê
pensa. ”“Mas…”
Elef azquenãocom acabeça.“ Sem chance.A gent econversa
sobreissodepoi s.Vait rabalhar .Possoexpl icarospr óseoscont ras
dosexonaacademi adepoi s.Sev ocêf orboazi nha,at éensi
nocomo
f
azernochuv
eir
o.”

Ai,
meuDeus”,mur
mur
o,abr
indoapor
tadocar
ro.“
Apost
oquev
ocê
t
em
micoseenem sabe. ”
Elef azum gest oi mpaci ent epar aeuf echarapor ta.Obedeço,j á
vir
andopar aapor tadopr édi o.Pegomeucr acháeouçoBenar rancar
com ocar ro.
Mi nutosdepoi s, est ousent adaem meucubí culo, com ament ei ndo
em duasdi reçõesdi ferent es,ai ndaquenenhumadel assejaada
apresent açãoquepr ecisof azerem quar entami nut os.
Em v ezdi sso,est oupr eocupadacom asl ogí sti
casdosexona
academi aet ent andomeacost umarcom of atodequeest ounomeu
segundodi adesol teira,enãoporescol hapr ópr ia.
Umal oir
aal taemagr aapar ecenocubí culocom um copi nhona
mão.“ Caf é.Pormi nhacont a.”
“Nãopr ecisav a”, digo, acei t
andodebom gr adoocaf ébem mai sou
menosquef icadi sponí velpar atodos.Est endoamãoeel apõedoi s
potinhosdecr emeeum env elopinhodeaçúcaral i
.
“Vocêédasmi nhas,Bowman” ,di go,acr escent andoocr emeeo
açúcarna caneca de bol inhas l i
nda que Lance me deu quando
conseguioempr ego.Porum i nstant e,ficoem dúv idasedev oj ogara
canecanol ixo,masum pénabundaéobast antepar amacul arum
art
igodaKat eSpade?
Despej oocr emeem ci madocaf éeenf im mev i
ropar aLor i,que
estáv endoal gumacoi sanocel ular,acost umadademai sàmi nha
roti
namat i
nal par aper dert empool hando.
Nãosomosapenascol egasdet rabalho.Lor iémi nhaami gade
verdade,eumapessoabem l egal.Mei oesquent ada,massempr ea
pri
mei raaof er ecerum abr açoquandoal guém saideumar euni ão
com ochef ecom manchasdesuorenor mesdebai xodosbr aços.
“Hã.Acabeide per ceberque est ou com um pr oblema sér i
o”,
coment ocom el a,dandoum gol enocaf é.
“Hã? ”,eladi z, erguendoosol hosda
tela.Apont opar aacami sa.
“Desodor ant e.”
“Vocêdev eriacompr aroquenãodei xamancha. ”
“Poisé,f oiessemesmoqueeupassei .Pel
oj eitonãof unciona.
Lembr a que na semana passada eu t ambém f iqueicom umas
manchasr idículasdebaixodobr aço?”
“Vaiv erv ocêt inhaesqueci dodepassardesodor antenaquel edia”,
Loriresponde.
Apont opar ael a.“Estáv endo?Édi ssoqueest ouf alando.Ouo
desodor antesuj at odaacami sa,ounãof azefei
to,oueumeesqueço
depassar .Éum pr obl
emasér io.

Lorifi
cameol handoenquant odáum gol eem seucaf é.Elabebedo
copinhodescar t
áv elmesmo,por quenãoéesqui sitaapont odet er
suapr ópriacaneca.
“Vamoscom cal ma,Par ks,porqueésegundademanhãeont em eu
passeium poucodacont anosdr i
nques…Quandof ala‘desodor ante’
,
vocêest ár ealment efalandodoseudesodor ante?Ouéum códi go
paraout racoi sa? ”
Eudesmor ono.“ Lanceeeut erminamos.”
Osol hosdelasearr
egal Não .Vocêsdoi
am.“ ser
am,t
ipo… ou
pareci
am ser
,tpo…não.
i ”
“Poi
sé.”

Par ks.
”El
asoltaum suspiroeestendeobraçopar
amefazerum
cafuné,comoseeuf osseum cachor
ro,masat
équeégost
oso.Nãoé
àtoaqueoscachor r
oscur t
em.

Oqueacont eceu?”,el
apergunt
a.
Enguloem secoeol
hoparameucaf é.Jápercebeucomoàsv ezes
agent ecomeçaachor arnoexatomoment oem quet entafal
ar?
Então.
Lorientendet
udonahora.“
Esquece.Depoisdar euniãovocêfal
a.
Osol hosvermel
hoseamaquiagem borr
adaiam estragaressevi
sual
i
ncrível
.”
Assinto.

Vamosconv
ersarsobr
eout
racoi
sa”
,el
asuger
e.“
Quet
al…ocar
a
com quem eusaínasext
a?”
Eumeagar r
oàmudançadeassunt
o.“
Oquef
ezasr
eser
vasnoEl
Gaucho? ”
Lorieeuest ávamosmar avi
l
hadascom of at
odequeocar acom
quem el aiasai ràscegasi alevá-
laaumadaschur rascari
asmai s
carasdaci dade—t al
vezamai scar a.El
aestavaansiosaf azi
adias,
e
passamosum t empoabsur dament elongopl
anejandoseuv i
sual
.
“Poisé”,eladiz,esent asobremi nhamesa.“ Essemesmo.Escut a
só.Ele‘esqueceu’ acart
eir
a.”
Ficodequei xocaído.“Nãobrinca.”
“I
ssomesmo.Esó‘ per
cebeu’depoisdecomerum T-bonecom
l
agostadeacompanhamento.”
Levoamãoàbocapar aseguraror
iso.“
Oquevocêf
ez?

Elasol taum suspi rodramát ico.“Oqueeupodi af azer ?Paguei a
conta.
Achoquemeucar t
ãodecr édi ol
t it
eralment etremeuaopassarna
máqui na.”“Achaqueel ef ezdepr opósi t
o? ”
Loriencol heosombr os.“ Seilá.El epedi umi ldescul pas,falouum
milhãodev ezesqueda‘ próximav ez’iamepagar ,maseuéquenão
vousai rcom el edenov o.Éum car alegal ,ti
randoapar tedacar teir
a,
masnar ealnãosent inada.”
Soltoum gr unhi do.“Vocênãoest ámedei xandomui toani madapr a
volt
arasai r.

“Nãov oument irpr avocê, Bl
ant on.Andadi fíci
l.Detest oseragar ot
a
quequerar rumarum namor ado,masnãot enhoum r elaci
onament o
séri
ohámai sdeum ano.Est ousent indof alta,sabe? ”
Desv i
oosol hos,eel adáum t apanapr ópri
at esta.“ Desculpa.
Desculpa.Sour idícula.Certo,chegadef alardehomem.Vamosl ápr a
sala de r euniões t entaradi vinharquant os coment ários passivo-
agressivosEr y
nv aifazersobr eaapr esentação. ”
Umahor aemei adepoi s,aapr esent açãoest áf eita,mai sduas
canecasdecaf éf oram consumi dase,apesardof atodeLor ieout ra
ami ga( com quem f aleipelocel ularsobr eor ompi ment odur antea
ressacahor rorosadeont em)
memandar em mensagenssem par
ar,tent
andomedi st
rai
rcom
assunt
osaleatór
ios,
nãoconsigoev
itarospensamentosrui
ns.
Mas,est
ranhamente,nãosãodoti
po“ quefal
taLancemef az”
.
Tal
vezeusi nt
aissodepois.Enãoest
oupr
eocupadacom meu
or
gul
hofer
ido,
comonof i
m desemana.
Est
ouépensandoem sexo.
Meui nterr
ogatóriocom Bensobr esexonaacademi afoiem mai or
partebr i
ncadeir
a, porquenãosoudot i
poquet r
ansanochuv ei
ro—ou
ondequerqueoBeneessesr at
osdeacademi acost umam fazer—,
não i mpor t
a quant o eu goste de v erum boni tão com bar riga
tanquinho.
Maseunãoest avabri
ncandosobr emi nhaintençãodei ràl ut a.
Querdi zer,nãopr etendotransarcom aci dadeintei
ranem nadado
ti
po,massouumagar ot
adev i
nteepoucosanoscom umal ibido
saudáv el.
Eudev eri
aestar
transando.Euquer o
fazeri sso.
Salv oapl ani
lhapar aaqualest avaolhandodesat entaporqui nze
minut osev ouatéocubí cul
odeLor i,dooutrol
adodoandar .
“Par ker !

Diminuoum poucoopassoemer epreendoem si l
ênciopornãoter
feitooutrocami nho.
Abroum sor r
isi
nhoepar odi
antedocubí culodeErynGrandi
ng.
“Eaí?”Eladeveserumapessoal egal,tenhocer t
ezadisso.
O problemaéquequasenuncademonst r
a.Pelomenosnãono
trabalho.Écl ar
oquesabeserum amorquandoconv ém,em geral
quandot em alguém dachef i
aporper to.Masàsv ezesfalaumas
coisas…Aúni car eaçãopossí
veléol harbem nacar adel aenquanto
sei maginasef oiissomesmoqueel aqui sdi zer
.
Erynest ásentadaàmesa,por tant oest oubem aci madela,mas
cost umaserassi m mesmoquandoest amosdepé.Nãoqueeusej a
par
ti
cul
arment
eal
ta,
masel
amal
chegaaum met
roemei
o.
“Eaí,comov ãoascoi sas?”,
Er y
nper gunt
a.
“Tudobem! ”,
exclamo, esperandopacientement
epeloverdadei
ro
mot i
vodet ermepar ado.
“Fezum bom trabalhonaapr esentaçãodehoje”
,el
adiz,enrol
ando
umamechadeseuscabel oscompr i
díssimosnodedo.
“Valeu.”Começoar emexerospés, àesperado
“mas” .“Mas…”
Aíestá.
“Sóacheiqueogr áfi
cocom aspr oj
eçõesdopr i
meir
ot r
imestr
e
estavamei opequeno.Foidifí
cildel erládof undodasal a.Com
certezaMi chel
l
ef i
coudecepcionada,jáquet i
nhagent edadiret
ori
a
presente.

Mi chel
leénossachefe.Considerandoquemedi ssequea
apresentaçãofoiimpecável
,nãoficonem um poucopreocupada.
“Esperoquev ocênãomeent endamal ”,
Erynconclui
.
“Ah, dejei
tonenhum, émui t
olegaldasuapar t
emeav i
sar”,di
go,j
á
começandoameaf ast
ar.“E,j
áqueest amosf al
andoabertamentee
sem r essenti
mentos,quet alsent arlánaf r
entedapr óximav ez
?
Talvezv ocêsóestej
af i
candomei omí ope.

Vouembor aantesqueeladêal gumar espostapassi
vo-
agressi
va.
Loriestánotel
efonecom um fornecedor,
entãomesent
oem sua
mesaef i
coesperando.
“Agentedev er
iasairhoj
eànoi t
e”,
digoassim queel
a
desl
iga.Suassobrancelhasloi
rasseerguem.“É
segunda-fei
ra.

“Edesdequandoi ssoépr obl
emapr avocê?”
“Oprobl
emanãosoueu.Év ocêquecost
umai rpracamaàsnov eda
noit
ecom um copodechocolatequent
enosdiasdesemana. ”
Levant
oodedo.“Anamor adadoLancenãosaíadur ant
easemana.
Masmi nhaver
sãosolt
eir
aador ar
iai
rtomarunsdrinques.

“Podecont
arcomigo”
,dizLori,
com um t
om l
igeiramentecaut
eloso.

Tem al
gum obj
eti
voem ment
e?”

Conhecerunscaras”
,respondo,
bat
endodelevecom ossal
tosna
mesadela.

Caramba, anovaPar
kernãoperdet
empo”,elacomentacom tom
deapr
ovação.
Nov
aPar ker.Gost
ei.
“Mas…”,el
acont i
nua,bat
ucandodel evenomeujoelho.“Vocênão
vaiquer
erentrardecabeçaem out r
orelaci
onament
o,né?Pr eci
sade
um tempoprav ocê.

“Nãosepreocupa.Minhasvontadessãomais…carnai
s.”
Osolhosazui sdelasear regalam.“Vocêsóest áquerendot r
ansar?”
“Com certeza.Bom,em al gum moment o”,acr
escento.“Est
ouf ora
dessejogoháum t empi nho.Achoquev oupr eci
sardeum poucode
tr
einopralembr arcomoé. ”
“Gar
otascomonósnem pr eci
sam jogar.Ésópassarbat om eusar
umablusaj ustaquej ácomeçam ai mplor
arpr air
mospr acasacom
el
es.”
Sorr
ioaoouv i
raf al
tademodést i
adeLor i.Sempremeconsi dereino
máximoboni ti
nha, masel aélinda,esabedi sso.
“QuetaloWhi tehallTavern?”,
sugiro.
Elacont orceol ábio,pensat i
va.“Éum bom campode
trei
no. ”“Campodet reino?”
,pergunto,estranhandoa
definição.
“Ei,
f oivocêquem di ssequepr ecisavapr ati
car.Equem melhordo
queeupar aensi narv ocê? ”
Douumar i
sadi nha.“Pensei quev ocêtivessedi t
oqueestavaafim
deum namor ofirme.”
“Eest ou.Masi ssonãosi gni
fi
caqueeunãomev iemui
r tobem.
Podeconf iarem mi m, j
ov em aprendiz.

“Éessaai deia”,respondo, descendodamesa.“ Às
sete? ”“Per f
eito”,elar esponde.“Ei
,Bent ambém
vai?”
Euaencar o.“Pensei queagent eját i
vessesuper adoessafase.

Lor
imel
ançaum ol
hari
nocent
e.“
Sóachei
quet
eropont
odev
ist
a
deum
caranãofari
amal .

“Ent
endi”
,digo,em um t om sarcást
ico.“
Etenhotodaai
ntençãode
contarcom aaj udadel etambém.Massósev ocêmeprometerque
nãoestámai sinteressada.

“Nãoestouinteressadaem ninguém. ”
Levantoumasobr ancelha,eel asol t
aum gr unhi do.“ eél
El indo,
Parks,sóisso.Vocênãoper cebeporcausadessel anceesquisitode
nãov erum aoout rodessej ei
to,maspodeacr editar
.BenOl sené
exatamenteot i
podehomem quet odamul herprecisalevarpr
acama
pelomenosumav eznav i
da.”
Apontopar aela.“ Não.Vocêpr ecisaprometer .Nadadedarem
ci
madoBen. ”
Lorifazum biquinhoquedeal gumaf or
maf icaum char menel a.
“Masporquê? ”
“Porque,apesardoseupapo,seiqueest áaf i
m decoi sasér i
a”,
digo,mantendoum t om dev ozsuav e.“EeuadorooBen, maselenão
quernem saberdecompr omi sso.”
“Vaiverai
ndanãoencont rouagar otacerta.


Sem quer
erof
ender,masvocênãoéapr
imei
raadi
zer
i
sso.
”Lori
sol
taum suspi
ro.

Sónãoqueroquevocêsofr
a”,di
go.
“Eseeusóqui serusaraquelecorpi
nhomar avi
lhoso?”
“Para com isso.E j á per
cebiquev ocêexager a quando ridas
piadinhasdele.Estánacar aqueest ái nteressadamesmo,enãosó
nosbr açosfort
esdel e.

“Mesmoassi m elenuncafeznada” ,Lor idiz,batendocom odedo
nolábio.“Seráquenãof açoot i
podele?”
Rev i
roosol hos.Loriéexat amenteot i
podeBen.Edequal quer
homem,al i
ás.Masf izomesmodi scursopar aele.Nãosóar espeito
deLor i,masdet odasasgar ot
asdequem soupr óxi
ma.Éumadas
regrasdacasa:
Nadadedarem ci madasmi nhasami gas.
Nãoqueeuachequet odaselasv ãosejogarnosbraçosdeBenou
coisadot i
po,masmor rodemedodeal goacontecereeut erque
assumirum lado.Eperderumaami zade.
“Àssetehor as”
,repi
to,meaf astandodocubículodela.“
Possolevar
Bensev ocêpr ometernãof azernenhumagr aci
nha.”
“Prometo.Massópor quehoj eéumanoi t
epramolharsuacalci
nha,
nãoami nha.”
“Shhh!
”,faço,ol
handoaor edor.
Elaol hanaf r
estadocubículo.“Chri
s, v
ocêest áaí ?”
Ni nguém r esponde,eLoriabr eum sorri
somal iciosoparamim.“Viu?
Elef oial moçar .Nãot em ninguém porper topar aouv i
rquesuas
partesí nti
masandam abandonadas. ”
“Agor av ouembor amesmo.Enadadef alardasmi nhaspar t
es
í
ntimasenquant oeunãot iv
ert omadopel omenost r
êsdri
nques.

“Tudobem.Maspõesuamel horcalci
nha!”,el
agr i
taatr
ásdemi m.
“Sóporgar antia!

Eumeaf astocom um sor r
iso.Comoanoi t
edehoj eémai suma
opor tunidadepar av ol
taraojogodoquedepar tirparaaação,tenho
certezadequeni nguém vaiverminhacal ci
nha.
Mesmoassi m,omer ofatodeessapossi bi
li
dadeexi sti
rjámedeixa
arr
epi ada.
6

BEN
Em t eori
a,passarumasegunda- feir
aqualquerem um barbacana
com duasgat aséosonhodequal quercara.
.
Mas,quandoumadel asémi nhamel horamiga,t otalmentefor ade
questão,eaout raéaami gadel a,quaseomesmo,acoi samudade
fi
gura.
Pri
nci pal
ment e porque elasest ão vesti
daspar a a ação,o que
si
gnifi
caqueasmul heresquenãoest ãoforadosmeusl i
mitesna
cert
av ãomant erdist
ância.
Mesmoassi m,nãov oudei xarPar kersai
rsozi nhacom essai dei
a
fi
xadepegarhomem,sem chance.Ossor ri
soseasr isadasdelanão
meenganam.Agar otaacaboudesai rdeum relacionament odeanos.
Estáfragili
zada.
Elapr eci
sadeumanoi tecomoessa.Euent endo.Quersel iv
r arda
sensaçãodet ersidorejei
tada.Masest ásem prática,enãoseisev ai
consegui ri
dentif
icarosmai oresbabacas.
Éaíqueeuent r
o.
Eseeuconsegui rl
evaralguém paracasanopr ocesso…éum
bônus.“Maisumabebi da?”,per
guntoparaasduas.
“Quetalaquel
eali?”
,Parkerpergunta,i
gnorandooquef al
eiedando
mai
sum golenav odca-t
ônica.“Odecami saazul.

Sigoseuolhar
.“Éumacami sajeans.Entãonão.”
“Concordocom oBen” ,Loridiz.“
Camisajeanssóf icabem em
caubóistexanos.Em Port
land,nãoest
ácom nada.”
“Nãopossonem f alarcom ocar asóporquev ocêsnãogost
aram
dacami sadele?”
,Parkerprot
esta.
“Quet alaquele?”
,Loriaponta.“Decami sapreta,bem naminha
frente.
Ombrosl argos.

Par kereeuv ir
amosacabeçapar aolhar.
“Elejáest áacompanhado” ,Parker
responde.Lor ieeutrocamosol hares,
sem ent ender.
“Ar uivacom quem eleestáf al
andoéoquê? ”,Parkeri
nsi
ste,
ol
handopar anóscomosef ôssemosdoi sidiot
as.
“Ah, el
esnãoest ãojuntos”,Lor
i expl
ica.
Parkerfr
anzeatesta,
confusa.“
Comov ocêsabe?”
“El
echegoucom osami goslogodepoisdagente”
,Lor
iescl
arece,
com todaapaciênci
a.
“Ear ui
vajáest
avaaqui”
,complemento.
Parkerlançaum olharperpl
exoparanós.“ Vocêsnotar
am tudoisso?

Loriseincli
naparaaf r
enteedáum t apinhanamãodePar ker
.“Foi
porissoquev ocêtr
ouxeagent e.”
“Praaprenderaperseguiraspessoas?Quer oajudapraconhecer
caras,nãopraseragentedaCIA.”
“Nãosãocoi sasmui t
odifer
entes”
,aviso.
Parkerme l ança um ol harat r
av essado.“ Qualé? Já v iv ocê
assisti
ndoaosf il
mesdoJasonBour nenãoseiquant asmi lvezes.
Deixaessasuaf i
xaçãoporespi õesforadisso.”
“Não, el
eestácer to”
,dizLori
.“Émei oparecidocom
espionagem mesmo. ”
Abroum sor risocomoquem di z“obr i
gado,Lori”
,eelar et
ri
bui,me
olhandonosol hos.Vi r
oor osto,paraPar kernãoper ceber.Lor ié
mui t
ogost osa,eem qual queroutrasi t
uaçãoj áteri
atentadoasor t
e
com elamesesat rás.
Mas,est ranhament e,consigoent enderporquePar kerfazt anta
questãodequeeunãomeenv ol
vacom suasami gas.Em um mundo
perfei
to,Lorieeupoder í
amosnosapr oximar,irparaacamaesegui r
cadaum seucami
nho.
Mas, apesardoj eitodequem nãoest ánem aí ,ouçof alardoscar as
com quem Lor isai atravésdePar ker .
Sãoencont rosdev er
dade, nãot ransasal eat óriasmot i
vadas
pelabebi da.Enãoéi ssoqueeuquer o.Dej eitonenhum.
“Entãoesper aaí ”,Par kerdi z,dandoout rogol enabebi da.“ Est áme
dizendoqueeudev eriaest ar…moni torandool ugar ?”
“Com cer teza” ,r espondo,mant endo a expr essão mai s sér i
a
possí vel
.“Sempr ecom umaar manaci ntura.”
Elaempur raocopopar ami m.“ Cer to,engr açadinho.Rej eitoseu
sar casmo, masacei toaof ertadebebi da.Lor i t
ambém. ”
“Umav odca- tônicaeum JackDani el’scom cocazer osai ndo” ,digo,
l
ev ant ando.“ Ah, ePar ker ?Vêseapr endeaqui comi go.”
Ignor oseuol harper pl exoemedi ri
joaobal cão,meposi cionando
del i
ber adament edoout r ol adodar uivaqueest áconv ersandocom o
car adecami sapr eta.
Aat endent enãomev ê,masnãot enhopr essa.Tenhoumal içãoa
darant es.
Ocar adepr etoest áf al andosobr ef utebol amer icanonoouv idoda
ruiva.Gr andeer ro,car a.
Issosóf acilitameut rabal ho.Fi coquasedesani mado.Fazum bom
tempoquenãoencar oum desaf i
odev erdade.
Lev antoamãopar achamaraat ençãodaat endent e.Um gest o
i
nút i
l,porquesuascost ast atuadasest ãov i
radaspar ami m enquant o
prepar aum dr inqueel abor ado, oquesómef avor ece.
Meucot ovelobat edel ev e— bem del evemesmo— noombr oda
ruiv aàmi nhadi rei
ta.
Quandoel av ira,mi nhamãoj áest át ocandoseuant ebr açoem um
pedi dodedescul pas.
“Ah, descul pa” ,digo,capr ichandonopedi do.Amai oriadoscar assó
resmungar iaal gumacoi sa,set ant o.Masesset i
podedemonst ração
de
educaçãojámegarantiuaatençãodemai sdeumagar ota.
Meusdedossemant êm em seuant ebraçoquandoel avir
apara
mim,com umaexpr essãodesur presanor osto.Seur ost
oébem
agradávelt
ambém.Euesper avaolhoscast anhosoucordemel ,mas
sãoazuis.Oslábi
ossãochei os,eseucor poét ãoat r
aent edef r
ent
e
quantopareci
adecostas.
“Não tem probl
ema” ,elaresponde,e um sor ri
so se desenha
l
entament eem seur osto.É um sorri
so depr edadora,o queme
desanima,masnãoest ouatr
ásdenadasér i
o,entãotudobem.
“Mepagaumabebi daet udobem”,elasuger e.
Poisé.Euest avacerto.Nadadedesafio.Masbel
eza.Ali
çãoque
estoutentandoensi
naraPar kernãopoder
iasermai
sfáci
l.
Émel horelaest
arprestandoatençãoni
sso.
“Achojusto” ,r
espondocom um sor riso.“
Oquev ocêest ábebendo? ”
Elaempur raumat açaquasev azianami nhadi reção.“Vinhobr anco.
Qualquerum.Nãosouexi gente.

“Podedei xar”,euf alo,dandoumaol hadanocar adecami sapr et
a,
quesó agor apar eceent endero queest áacont ecendo:r oubeia
garotacom quem el eest avatentandoasor t
e.
“O quev ocêest ábebendoaí ?”,pergunto,par aameni zarogol pe.
Nãosouum babacacompl eto.Al ém disso,pr ecisodel eporper t
o.
Com um poucodesor t
e,Lor ivaientenderoqueest oufazendoedar
um jeit
odef azerPar kercr uzarocami nhodocar a.Nãopor queeu
queroquemi nhaami gav ápar acasacom al guém quepar ecemor to
pordentro,maspor queel adissequeest áprecisandopr ati
car,eesse
suj
eitoéinof ensivo.
“Hã,cerv
ej a”,el
er esponde.
Preci
someesf orçarpar anãofazerumacar eta.AWhitehallTavern
tem bar
riscom mai sdev intet
iposdecer vej
a,incl
uindoalgumasde
umas mi cr
ocer
vejarias bem boas.“ Cer
veja”não é uma def i
nição
muitopreci
sa.Quandoest ouprest
esaper guntarseelequeral guma
marcaem especial,um per f
umebem f amil
iarchamami nhaat enção.
Par
kerusaChanel
Chance.Sei
dissopor quedouum depr esent
epar aelatodoNatal
.Saibem car o,
mas é uma si t
uação em que t odos ganham,por que elaf i
ca
feli
císsi
mat odasasv ezeseeunãopr eci
somedesgast arpensando
nopr esente.
Quandov i
ro,
encontroPar
kerolhandoparamim com umaexpr essão
af
li
ta.
El
aapont aparaoscoposnaminhafr
ente.“
Vocêesqueceunossas
bebi
das.”“Nãoesqueci
,não”,r
espondo,lançandopar
aelaum
ol
harcheiode
si
gnifi
cado.
Par kerinclinaacabeça, conf
usa,clar
amenteentendendoqueestou
tentandodi zeral
gumacoi sa,massem compr eenderoquê.
Deusdocéu.Ol hoaoredoràpr ocuradeLori,
eaencontronamesa
ondeest áv amos,conversandocom um hi pster.Quebelaajudante.
Estouporcont apr
ópri
a.
“Par ker
, estaéa…”
Viroparaar uiva,aprovei t
andoaopor tunidadeparadescobrirseu
nome.“ Terr
i”,eladiz,caut el
osa, medindoPar kerdecimaabai xo.É
porissoque
nãodouem ci madeni nguém quandoel aestáporper t
o.Par ker
espantaaconcor r
ência.Est ápar ti
cularment ebonit
ahoj e,com uma
cal
çaj eanseumacami setabr ancaquedev eri
aserinofensiva,mas
fi
caper fei
tanela.Seuscabel osest ãopr esosem um r abodecav alo,
mas não de qual querj eit
o:um daquel es bem capr i
chados,sem
nenhum f i
osolto.
“Parker”,el
aseapr esenta,est endendoamão.Tor çopar aqueo
sorri
sosi mpáti
codel adei xeTer rimaisàv ontade,masar ui
vaest reita
osolhos, ecomeçoamel amentarment alment e.
“Minhapr i
ma” ,compl eto.
Não ol
ho par
a Par
ker
,mas si
nto que me r
epr
ova.El
a det
esta
quandomint
o,eeumesmonãocurt
omui t
o.Mashoj
epreci
so,
porque
aruivaclaramenteaconsider
aumaconcor rent
e.
Terrisorriaoouv i
rminha( f
alsa)revel
ação,oqueébom,masa
melhorpar teéqueobobal hãodecami sapretapareceper
cebera
mov i
ment ação.Seu olharse v ol
ta para Parker
,com a mesma
expressãoi nqui
sidor
acom que
estavaav ali
andoTer ri
, mascom um i nteresser enovado.El eabreum
sorri
sinhoquemedei xat enso, masseéi ssoquePar kerquer …
Pigar r
eiobem al toant esdev i
rardenov opar aobal cão,agor a
fazendoquest ãodechamaraat ençãodaat endent e.Pr ecisodeuma
bebida.
Cincomi nutosdepoi s,tudoj áchegou,ePar kerpel oj eit
osacou
meupl ano,por queest ádebr uçadasobr eobal cão,com oscot ovelos
apoiadosnamadei ra,r indodeal gumacoi saqueocar adepr etoest á
fal
ando.O car apar ecebem sem gr aça,masor i
sodel anãosoa
forçado.Conheçobem ar i
sadaf ingidadePar ker.
Dami nhapar t
e,est out entandoengr enarumaconv er
sacom Ter ri
.
Elapar ecei nteli
gent e,aachol egal,masper cooi nter
essequando
perceboqueel aémei o…cr uel.Soucapazdei gnorarmui tasfalhasde
caráterem t rocadeumaboaapar ênci a,pel
omenosporumanoi te,
masoscoment áriosmal dososdel asãobem cansat i
v os.
“Nãoseioqueel esquer em queeuf aça”,Ter riestádi zendo.“Ti po,
usarmeusdi asdef olgapr alevarebuscarmeuav ôem nov emi l
hões
deconsul t
asmédi cas?Esedi ssernãoeusouadesnat urada,né?
Minhamãequasemeengol iuof ígadoquandosuger ichamarum t áxi.

“É…”,r espondo,sem quer ermecompr omet er,malsabendodoque
estamosf al
ando.Par eceal gumacoi sasobr eadoençadegener ativ
a
doav ô, queest ámobi lizandoaf amíliatodaem um r odízi
o.
Algoquepel oj eit
onãoagr adouTer r
inem um pouco.
Parami m éi
nevit
ávelpensarem quandoamãedePar kerr
ecebeuo
di
agnósticodecâncerdemama.El alargoutudoparaacompanhara
qui
mi ot
erapiaeosterrí
vei
sefeit
oscolater
aisdepoi
sdassessões.
Atéeui avi
sit
ar.
Asr a.Bl
antonset or
nouprati
camenteumasegundamãepar ami m
duranteaf acul
dade,jáquemi nhafamíl
iamoravadoout r
ol adodo
país.Eumov iamundosef undosparaest
arpresent
enast ar
desem
queelasesent i
afracaeenjoada,v
endorepri
sessem fm deGi
i ll
igan’
s
I
slandnosof á,ouqualquer
coisadequeest i
vesseafim nodia.
Mi nhaatençãosedesv
iapar aTerr
iout
ravezquandovej
oocar
ade
preto,quesechamaTad, pôramãonaci ntur
adeParker
.
Boa, gar
ota.
Ela pode t er pr ecisado de um empur rãozi
nho i ni ci
al ,mas
clarament esabeoquef azerpar amant eraat ençãodocar a.Masnão
épossí velqueest ejapensandoem…
Entãoper ceboquedáumasespi adasdi scr etasnami nhadi reção.
Quandonossosol haressecr uzam, elaar regal aosol hosdel ev e.
Me esf orço par a cont erum sor r
iso.Cer to,ent ão el a pr ecisa
apr enderai ni ciarocont atoeasedesv encilharcom el egânci a.Est ou
repassandonacabeçami nhal ongal i
stadej usti
ficati
v asi nf alí
v ei
s
quandoLor i apar ecenanossaf r
ent e.
“Desculpaserapor tador adasmásnot ícias, Blanton, massãoonze
hor as”,eladi z, apont andocom opol egarpar aapor ta.
“Edaí ?”
, Ter r
ir etruca, mal -humor ada, medi ndoLor ideci maabai xo
assi m comof ezcom Par ker .
Lorimalaol ha,seconcent randonoapar ent ement eper plexoTad.
“Par kere eu f izemos um t r
ato.I rpar a casa às onze,par a não
sof rermosnar euni ãoquet emosàsoi t
odamanhã. ”
Parkerf ranzeonar i
zporum i nst ante.Desconf ioqueest ápr estesa
dizerqueel asnãot êm umar euni ãoamanhãàsoi t
o.Et enhocer teza
dequeabat idaem r etiradaàsonz enãof oidi scutidapr eviament e.
MasTer ri
eTadnãopr ecisam saberdi sso.
Eu me af ast o do bal cão.“ Cer to,ent ão bel eza” ,di go,t i
rando
algumasnot asdacar teirapar adei xardegor j
etapar aaat endent e.
“Mas,dapr óxi mav ezquemet i
rarem decasa,f açam i ssonuma
sext a”,compl ement ocom umapi scadinhapar aTer ri.
Elafranzeat esta.“ Vocêv ai embor a?”
Doudeombr os.“ Souomot ori
st ada
vez.”
Loridáumar i
sadi
nhadedeboche,masest ouf alandoséri
o.Parker
eeumor amosadezmi nutosdecami nhadadobar ,eLoriaquinze.
Não v oudei xarasduasi r
em sozinhas,apesardeserumanoi te
tr
anqui l
adesegundanaj át r
anquil
acidadedePortland.
LoridáaPar kerunstrint
asegundospar asedespedi rdeTadant es
deapegarpel obraço.“Preci
samosi r
.”
Dol adodef oradobar ,Parkerdet
ém opassoenosencar a.“Espera

,oquef oii
sso?Agent ejávai?”
“Você f al
ou que quer i
a prati
car
”,Loriresponde,encolhendo os
ombr os.“Jáfezisso.”
“Poisé, mas…”
“Sem chance que v ocê i a pra casa com aquel e car a”,digo,
segurandoPar kerpeloombr oquandoel asedesequi li
bral evemente
sobreossal t
os.
“Eusei,mas…não,eunãoquer iamesmo” ,el
adiz.“Elepassouo
tempot odof al
andodef utebolamer cano.Masev
i ocês?Nãoquer o
queanoi tedet odomundosej aum f iascopormi nhacausa.”
“Ei
,nãof oium f i
asco”,Loriresponde,abr i
ndoum sor risoaopegar
um cartãodev isit
asemost rarparaPar ker.“Pegueiotelefonedeum
caraqueésóci odaquel erestaurantemexi canonov onaruaDoze. ”
“Clar
oquev ocêsedeubem” ,Par kerdi zcom um suspi roant esde
sev i
rarparami m.“Evocê?Aquel aruivaest avadandoomai ormol e.”
“Ah,Parks”,digo,passandoobr açosobr eseuombr oeapux ando
nadireçãodecasa.“ Eusei.”
“Mas…v ocêger almente…”
Reproduzi
ndoomov imentodeLori,t
ir
odobol soum guar
danapo
com um númerodetel
efone.
Parkerfi
caol
handocom caradequem nãoent
endeunada.“
Como?
Quando?


Elaenfi
ounomeubol soquandoagent
eestav
asaindo”
,expl
i
co.
Guardooguardanapo,apesardenãoteramenorint
ençãodeli
gar
par
aachatada
Terri
.
“Tenhomui t
ooqueaprender”
,Par
kercoment acom um suspir
o.
“Épraissoqueagenteestáaqui
”,r
espondo.“Logomaisv ocêvai
ser
umav ersãofemini
nademim.Sónãot ãobonit
a.”
Elamedáum soconobr aço,eabroum sorr
iso.
Mas,enquantoacompanhoasduasatésuascasas,
nãoconsigo
af
astarum pensamentodosmaisestr
anhoseincômodos.
EunãoqueroquePar kerset
orneumaversãofemi
ninademim.
7

PARKER
Um anoemei oat rás,minhamãemel i
gounumaquar ta-
fei
raeme
perguntouseeuquer i
airtomarum caf écom el
a.
Eraum conv i
teincomum.Nãoqueeunãogost edecaf éouda
minhamãe.Mas,al ém dev i
verem um bai r
rodist
antedocent ro,ela
também t r
abalhalá,comopr ofessoradeciênci
asdoensi nomédi o.
Entãonãohav i
anenhumar azãoparav iratéaci dadeem uma
quarta-f
eir
aqual quer,masporal gum mot i
voissonãomeacendeu
nenhum sinaldealerta.
Dev er
iater
.
El
aestavacom câncer
.
Fi
camossent adasnaquel
ecaféduranteduashoras,mas,quando
saí
mos,aquelaúnicapal
avrar
everber
avanaminhament e.
Maist
arde,bem maistar
de,eupensar
ianosdet
alhes.
Nódul o.Estági otrês.Quimi oterapia.Radi
ação.Mastectomia.
Prognóst co.
i
Todaspal av rashor r
ívei
s,derivadasdaquel eúni
cotermodest r
uti
vo
quecomeçav acom “ c”
.
O mêssegui ntef oipéssimo,comoser i
adeesper ar.Euchor ava.
Muito.Par apior ar,meupait ambém.Mi nhamãenão,oquesóser vi
a
parat or
nartudoai ndamai saf l
i
t i
vo,porqueeraelaqueest avadoente,
eaguent avabem mai sfirmequeagent e.
Mamãe per deu os cabel os.Fi cou enjoada e f
ragili
zada,mas
mant eveaf orçament al.Eui av i
sitá-
lapelomenost rêsv ezespor
semana, namai or i
adasv ezesmai s,enem nospioresdiaseladeixou
demer ecebercom um sor ri
so.
Euqui srasparacabeçaem sol idari
edade,masel anãopodi anem
meouv i
rfal arar espeito.Foidel aqueeupuxeioscabel osescur os,
grossoseondul ados,ef oielaquef ezquestãodequeeumant ivesse
osmeuscompr idos,par asel embr ardosdel aenquantonãocr esciam.
Durantemui t
asnoi t
essóf icávamossent adasem sil
êncionasal a
com umacanecadechá,ouv indosuascant orasdej azzf avoritas
enquantof azi atrançasnosmeuscabel os— eunochão,el anosof á,
usandoumadesuasv ári
asechar pesdecor esvivasparaescondero
courocabel udo.
Acoi sapi orouant esdemel horar.Nasconsultasmédi cas,sempr e
muitosombr i
as,ospr ognóst icosapont avam um f i
odeesper ançae
nadaalém di sso.Umamast ectomi aduplaem queseussei osser iam
substi
tuídosporpr ótesesquef ari
am par ecerquetudoest avanor mal ,
quandonãoest ava.
Eentão…
Eentãomi nhamãemel hor
ou.
Estáem remissãoháci
ncomeses.Porsert ãocheiadevida,
parece
queopi orfi
couparatr
ásháci ncoanos.
Seuscabelosaindaest
ãocur t
os, masbonit
os.Seucorpoest
ámai s
for
teacadadi a.Tantoquev amosencar arumacor r
idadeci nco
quil
ômet r
osjuntasnomêsquev em —um ev entopel
otrat
amentodo
câncerdemama,em queel av aiusarorgulhosament
eum br oche
i
ndicandoqueéumasobr ev i
vent e.
Eunãopoder i
aestarmaisor gulhosa.
Duranteospi oresmoment osdadoençadel a,sempresoubeque
não estava sozinha,mas tive que me esfor
çarpar a não acabar
desmoronando.Quandochor ava,eratardedanoite,
sem ninguém por
pert
o.Nem Lancenem Ben—apesardeque,comodi vi
dimosacasa,
elesabiaqueeuest avachorando.Eeusabiaqueel esabia,por
queàs
vezesoencont ravador mi
ndonapor tadomeuquar t
opel amanhã,
comoset ivessemont adoacampament oláparamepr otegerem meu
sofri
mento.
NãoqueLancenãot
enhasi
doexempl
ar.El
efi
coudomeul
adoo
t
empotodo.
Masf oi
Benquem sofr
eujuntocomi go.
Elesent
iuadoençanapele,comosemi nhamãeemeupaif ossem
seuspaistambém.
Jáencont r
eiospaisdeBenumapor ção dev ezes.Em visi
tas
durant
eaf acul
dade,
naformatura,ecoisasdotipo.Atépasseium fi
m
desemananacasadopaidel edur anteasf ér
iasdev erão.El
essão
l
egais.
Amãedel etambém,doseujeitocontrol
adoreintenso.
Masmeuspai ssãoomáxi mo.Mi nhacasaer aol ugarondeas
outrascriançasquer i
am irf azerost r
abalhos,ondeot i
medev ôl
ei
queriafazerasf estasdopi jama.Nãopor queeram permissivos,mas
porquef alavam comi go ecom meusami goscomo sef ôssemos
pessoas, nãocr i
anças.
Enenhum dosmeusami gossebenef i
cioutantodessej ei
todeser
delesquant oBen.Desdeapr imeiravezem quef oicomigopar acasa
— dur ant
eopr imeiromêsdaf acul
dade,paracomerdi reit
oel avar
roupa( alavanderi
aer aapi ordomundo)—,Benseapegoubast ante
aosmeuspai s,ev i
ce-versa.
Souf il
haúnicae,apesardenuncat erem dadonenhumai ndicação
disso,sempr etiveai mpr essãodeque,set i
vessem um f il
ho,meus
paisgostariam quef ossecomoBen.
Elenuncat entapuxarosacodosdoi soucausarumaboai mpr essão.
Eelesnunca,jamais,v
ãoadmiti
r— por
que,comof
alei
,sãomui
to,
muitolegai
s—,mast enhocer
tezadequegost
am mai
sdeBenquede
Lance.
Sóum pouquinho.
Sempr ef oram muit
o simpáticos com meu namor ado quando
í
amosj antarlá,masojeitodesencanadodomeupainãocombi nava
com o deLance,que,apesardebem- i
ntenci
onado,eraformale
respei
tosodemai scom minhamãe,quesempr eprefer
iusertr
atada
sem ceri
môni a.
Porisso,hojeànoi
te,f
açoumasur presapara
meuspai
s.LevoBencomi
go.

Séri
omesmoquenãot em pr
oblema?”
,el
epergunt
apel
avigési
ma
v
ez,quandoest
acionomeuPr
iusnaentr
adadacasadosmeuspais.
“Na v erdade,t em”,r espondo,f azendo uma car at rist
e.“ Pode
esper arnocar r
o?”
“Vocêsabedoqueest ouf alando” ,eledi z,pegandoagar r
afade
vinhoquecompr amoseabr i
ndoapor tadocar ro.“Geralment eéo
Lancequemar capresençanosj antaresem f amíli
a.”
Fico imóv ele l anço um ol harde sur presa.Seu t om não f oi
exat ament e despeitado,mas… si nt o al guma coi sa no ar ,e pela
primei r
av ezmeper gunto seBennão sesent i
udei xado del ado
quandoascoi sascom Lancecomeçar am af icarséri
asepasseia
l
ev á-loàcasadosmeuspai s.
Naépocadaf aculdade, eusempr el evav aBenquandoi aparacasa,
mas, depoisdaf ormat ur
a, Lanceeeuf omosnosapr oxi
mandomai s, e
elef oisubst i
tuí
do.Af i
nal
, erameunamor ado.
“Você sabe que sempr ef oibem- v i
ndo par av ircom a gent e”,
respondo, fechandoapor t
adocar r
o.
“Ah,sim, teri
asidoomáxi mo.Sent adonobancodet r
ás.Espr emido
nacadei r aextracolocadanamesa. ”
“Vocêsempr ev i
nhaquandomi nhamãeest avadoente”,ret
ruco.
Eer averdade.MeuamorporBenchegouaoaugequandoel ese
ofereceu
—não, i
nsist
iu—par ameaj udaracuidardaminhamãedepoisdas
sessõesdequi mi ot
erapi
a.
“Claro,porqueoLancel otnãov inha”,el
ediz,abri
ndoum sor
ri
so
engraçadinho.
Douum bel iscãoem seubr açoenquant oli
mpamosospésno
capacho,oquequasequebr aminhasunhas,por queel
eémúsculo
puro.
Bensabequeodei oquandochamaLancedeLancel ot.

Chegamos”,gri
to,arr
ancandoossapatosassim queentramose
t
omandoocami nhodacozinhaem segui
da.

Queri
da!
”, minha mãe excl ama, parecendo parti
cul
arment
e
r
adiant
ecom umabl usaver
dedegolarul
êecalçajeans.
Seuabr
açoécal
orosoecar
inhosocomosempr
e,masoquer
eser
va
aBen
pareceai ndamai s.
Rev i
roosol hosenquant oosdoi sseagar ram comoami gosque
nãosev eem hásécul osev oupar aasal adeest ar, ondemeupaiest á
sentado na bei rada da pol trona de cour o.Dev et ercomeçado a
l
ev ant arquandomeouv i
uchegar ,masacabouat raídodev oltapel o
j
ogo.
“Não.Nãonãonãonão, ISSO! Isso!”
Ol hopar aaTV.Bei sebol.Bl ergh.
Douum bei jonacabeçadomeupaieesper opaci ent ement equea
j
ogadaqueof ezv ibrarsej aconf irmadapel aar bi tragem.El eador a
espor tes.Não como car as em ger alador am espor te.Meu pai
realment eamabei sebol ,f utebolamer i
cano,basquet e,t êni
s,gol f
e,o
quef or .
Elej ogout odososespor tespossí veisnocol égio,ebei sebolna
univer sidade.Éi ncr i
v elment eat lético,masnadadi ssof oitransmi ti
do
parasuaúni caf ilha.
Masseuamorpormi m émai orquepel osespor tes.Seidi sso
porqueel eabai xaov olumedaTV el ev antapar amedarum abr aço
aper tadoedemor ado,apesardet ercoi sasimpor tantesr ol andona
tel
al ogoat rás.
“Tudobem com v ocê? ”,eleper gunt a
bai xinho.Façoquesi m com acabeça.
“Mamãej ácont ou. ”
Meupaieeut emosumaót imar elação, mas, nahor adecomuni car
àf amí liaquel ev eium pénabundadeLance,opt eipel ami nhamãe,
queéum poucomel horem darconsel hossobr er elaci onament os.
Eleacar iciameubr aço.“ Rompi ment ossãodi f
ícei s, maser a
inev itáv el.
”“ Eusei ”,respondo, apesardenãoest art otalment e
conv enci dadi sso.
Fazumasemanaemei aqueLancemedi spensou,eav erdadeé
queest oumesent indopi or,nãomel hor.Super eiar ai v
ae,dur antea
mai orpar te do t empo,os acessos de chor o,mas o v azio… a
saudade…cont inuam aqui .

Jimbo!

Ben entra na sal
a e os doi
s se cumpr
iment
am com o punho
fechado,comocost umam fazer
.Em segui
daBensejoganosofáe
pegaocont r
olepara
aument araTV.“ Por r
a.Oj ogoest ádur o.”
Osol hosdomeupaisei lumi nam,mas,noúl timoi nst ante,eleos
voltapar ami m.
Abroum sor risoef açoum gest oi ndicandoquev oupar aacozi nha.
“Fiquem àv ontadeaí .Voumat arum v i
nhocom mamãeenquant o
falamosmal doshomens. ”
“Medei xadef oradasual ista!
”,Bengr it
apar ami m.“ Nãoesqueça
quem f oi quet ir
ouseuscabel osnoj entosdor alodabanhei rahoje!”
Esticoacabeçadev oltapar aasal a.“Nãov ouesquecer .Ev ocênão
esqueçaquem l avasuar oupaequaset odaal ouça,compr aaquel a
prot eí
naem póhor ror osaesel ivroudaúl ti
magar ot aquenãoi a
embor a…”
Benaument aov olumedoj ogoaum ní veldeest ourarost í
mpanos.
Abr oum sor r i
so, porquesei queacer teiem chei o.
Mas,par adi zerav erdade,nãomei ncomododecui dardacasa.
Admi t
oqueat équet enhoum pouqui nhodemani adel impeza.
Quandov oltoàcozi nha,mi nhamãeest áser vi
ndosauv ignonbl anc
par anósduas.
Parami nhasur presa,el aapont acom acabeçapar aasal ade
visitasnaf rentedacasa— um cômodoque,comoamai oriadas
famí li
as,sóusamosnoNat ale…nuncamai s.Em ger alconv ersamos
nacozi nhaenquant oel apr epar aacomi daeeuf i
njoajudar .
“Asenchi ladasest ãonof or noeasal adaest ápront a”,elaexpl ica.
“Além di sso,quer o queal guém quesai baapr eciarasal mof adas
nov asquecompr eiasv eja.Omáxi moqueseupaiconsegui udi z
erf oi

Sãocor -de-rosa’.”
Vamosj untasat éasal a.“Queabsur do!Elassãocl arament e
cereja.”Mi nhamãeer gueat açapar ami m.“ Fi
nalment e!
Obrigada. ”
Douumaboaol hadanel aenquant onossent amosnaspol tr
onas,
umanaf rent edaout ra,masdi scretament e,sabendodoesf orçoque
vem f azendopar adeixaradoençapar at rás.Elaest áótima.
“Então” ,mi nhamãecomeçaassi m quedouum gol enov i
nho.“ El
e
l
i
gou?

Façoquenãocom acabeça,ci entedequeest áfalandodeLance.
“Nada.Nem mesmoumamí seramensagem desdeanoi t
eem queme
deuum pénabunda. ”
Minhamãecont orceoslábios.“
Achoquenãoét ãoruim assim.Um
rompimentodef i
nit
ivoprovavelmenteémel horqueum dr amalhão
l
ongoear r
astado.”
“Foioqueeupensei !”
,exclamo,mei ncli
nandopar aaf r
ente.“Mas
i
ssov al
eem t eori
a.Nav erdadeestáf azendocom queeumesi nta
meio…descar tável
.ComooLanceconseguet i
rar,t
ipo,cincoanosde
rel
acionamentodacabeçaassi m?”Estaloosdedos.
Eladáum gol edev i
nhoemeencar a.“Sentefalt
a
dele?”Olhoparami nhataça.“Si
ntofalt
ade…Si nto.”
Masmeut om ébem mor no,eelalevantaassobr ancelhas.“Tal
v ez
vocêsi nt
amai sfaltadeest arem um r el
acionament odoquedo
própri
oLance.”
Rooaunha.“ Hã,maisoumenos…”
Elamel ançaum olharintr
igado,eent endoporquê.Conv er
samos
sobretudo,masagoraestouv isivel
mentesem jei
to.
“Si
ntof al
tadosexo” ,digol ogodeumav ez,lançandoum olhar
fr
enéti
copar aaentr
adadasal aaf i
m demecer t
if
icardequemeupai
ai
ndaest áem seuparaí
soespor t
ivocom Ben.
“Ah”
, el
adiz,
serecostandonapol t
rona.
Par
ameual ív
io,
pareceapenascompreensi
va,
enãosem gr
aça.El
a
éamelhor
.
Ent
ãof r
anzeoslábi
os.“
Lance…Estav
ar ui
m?Com el
e?”
“Naverdade,não”,r
espondo,
entendendomuit
obem apergunt
a.“É
queacoi saf i
cou,hã…menosf r
equentenosúlt
imostempos.Acho
queeudev eri
aterv i
stoissocomoum si naldealer
ta.Masandei
pensando.Soujovem,saudávelesóquero…”
“Tr
ansar”,el
acompleta.
Douum gol
enov
inho.Um bel
ogol
e.“
É.Agor
amepr
omet
equenão
v
ai
l
igarpr atodasassuasami gasamanhãpr acont arquesuaf il
haéuma
tarada” ,digoem t om debr incadei ra.
El asor ri
.“ Nomáxi mo, eui amegabardeserumamãet ãoi ncrí
vela
pont odeconsegui r
most eressaconv ersa.”
“Vocêémesmoomáxi mo” ,compl ement o.“E,sendoassi m,dev e
terumapí luladesabedor i
aguar dadadi zendoqueol adof ísi
conãoé
tudonum r elacionament oequepr ecisosegur araondaat éocar a
certoapar ecer .”
“Dej eit
onenhum” ,elar esponde,sacudi ndoacabeça.“ Nuncadi ri
a
esset ipodecoi sa.Vi viosanos1970eabr aceioespí r
it
odaépocaem
todosossent i
dos.”Nãoconsi goev itarumacar eta,eel aabr eum
sorr i
somal icioso.“ Masest ouv endoquev ocênãoét ãomoder na
quant oeu. ”
“Não mesmo” ,mur mur o,com a t aça na boca.Não consi go
rel
aci onarmi nhamãeaamorl i
vreecoi sasdot i
po.Nossa.
“Nãosepr eocupa.Vout epoupardosmeusdi asdegl óriaem
Ber keley”,elacont i
nua.“ Masumacoi saeupossodi zer,com basena
minhaexper i
ência… seucor ação não pr eci saestarcompr ometido
parav ocê,hã,sedi verti
r.Masv aicur ti
rmui tomai ssepel omenos
gost ardapessoa. ”
“Ent ão,esseéopr oblema” ,respondo,escor r
egandopar aabei rada
doassent o.“ Estouper cor r
endoosbar escom ami gosj áf azuma
semana.Nãoqueest ej
apr ocur andoqual querum,masquer osaber
quai ssãoasopções.E…nossa!Quandov ejoum car aboni to,depois
dedoi smi nut osdeconv ersaj áquer odarnopé. ”
El aassent e.“Quími caécomot odoor estonav i
da.Quant omai s
vocêpr ocur a, maisdi fí
cilficaencont rar.”
Af undonapol tr
ona.“ Ét udooquev ocêt em adi zer?Quev ai ser
di f
ícil?
”“ Nããão” ,el
ar esponde.“ Sóest oudi zendoquet alvezesteja
pr ocurandoa
coisaer r
ada.Est áat rásdemagnet ismoani mal quandodev eriabuscar
umaconexãomai spr ofunda. ”
“Magnet i
smoani mal ,
mãe?Sér i
o? ”

Vocêent
endeuoqueeuqui
sdi
zer
.”El
afazum gest
ocom ocopo.


estout entandof alarque…v ocêpodei rabaresesedi ver
ti
r,como
todomundodasuai dade.Maséumagar ot
aesperta,oquesignifica
que um cor po at raente e um r osto boni
tot al
vez não sej am
sufi
cientes.”
“Óti
mo” ,mur mur o.“ Então só v ou consegui
rsexo sat i
sfatório
quandoencont r
armi nhaalmagêmea. ”
Elasor r
i.“Não,sóest oudi zendopar aencontr
aralguém com quem
possaconv ersar.Al guém queaf açarir.Achoquev ocêvaidescobr i
r
queéi ssoqueconsi der amai satraente.”
Soltoum suspi ro.“ Entãoest ádizendoquenãov ouconseguirpegar
um idiotaqual quer? ”
Minhamãeabr eum sor r
iso.“Nuncaét ãosimplesassim.Masse
vocêencont r
arum quesej apar ti
cularmentebem-dotado…”
“MeuDeus!Par acom i sso!”
Olhamospar aapor taev emosBen,t otalmenteper pl
exo,t apando
asor el
hascom asmãos.
Elesacodeacabeça.“ Comonuncav ouconsegui resqueceroque
escutei,sómer estaumacoi saaf azer.

Com uma expr essão sombr ia,el e si
mul a um r evólvercom o
i
ndicadoreencost anat êmpor aant esdenosencar ar
.“ Queroque
escrevam nami nhal ápidequesouum dessesbem- dotados.Vocês
duast êm essadív i
dacomi go,jáquesãocul padaspel aminhamor te.

Dour i
sadael ev ant
omi nhat aça.“ Qualé?Ont em ànoi t
ev ocê
passoucat orzemi nutosexpl icandocomoadi vinharot amanhodo
suti
ãdeumamul herapenascom ot oque.Vocêaguent aot ranco.

Eleapontaodedopar ami m.“ Nãof aleem sutiãnapr esençadasua
mãe. ”“Nãopreci sasepr eocupar ,Benjamin”,minhamãedi z,
erguendoat aça.“ E
Parkerestánocami nhocer t
o.Vábuscarmai svi
nho, queri
do. ”
Elefazumamesur anomel horest
il
omor domoeapanhaast aças.

Vocêsv ãocomeçaraf al
ardepint
oassim queeuvi
rarascost
as?”
“Clar
oquenão, queri
do”,mi
nhamãedi z,
sem seal
terar
.“Ser
iamuito
mai
s
fáci
lfalarsobr epintossev ocêest iv
essedef rentepar anós.”
“Meuspar abéns,sra.Bl anton” ,elediz,virandoascost as.“
Você
consegui uoi mpossí v
el:me dei xou oficialmente escandali
zado.
Sendoassi m,nãopodef i
carbr av acomi goport ercomi doasbor das
dobrowni esquedei xouesf ri
andoem ci madof ogão.”
“Éjusto” ,
mi nhamãer espondecom uma
ri
sada.Masmal escutoessapar t
eda
conver sa.
Omundosi l
enci
oui ntei
rament eaomeur edor,meenv ol
vendoem
umabol hadepensament osper igosos.Mui t
oper igosos.
Bensai dasal a,
maseucont inuool handopar aapor taporum bom
tempoant esdel evarodedoaol ábio.
Esemi nhamãeest i
vercer t
a?
Eseocaracert
oparaapl acarmeudesej
osexualf
oral
guém que
mef
azri
r?Alguém com quem consi
goconver
sar.
Eseocaracert
o…
…est
iverbem nami
nhacar
a?
8

BEN
Par kerf
icaem si
lênci
onamai orpartedocami nhodev olt
apara
casa.Na v er
dade,isso não me pr eocupa,por que não temos
problemascom osil
êncioum dooutro.Maselaficouquietadur
anteo
j
antart ambém,oquenãoénor mal.
“Falaroucal
ar?
”,
pergunto.“
Hã?”
Euaobser vomaisatent
amente.“
Vocêest áesquisit
a.”
El
amel ançaum ol
harnocar r
oquaseàsescur as.Suaexpressãoé
i
ndecif
ráv
el,oquemepr eocupaaindamais.Nãosoumui tobom em
muit
ascoisas,massempreentendioqueParkerestásent
indo.
Éi
ssoqueacontecequandov ocêdi
vi
deumacasacom suamel hor
ami
ga.
Começaaconheceragarotat
ãobem quantoasi mesmo.At
é
melhor
.“Vai
sai
rhojeànoit
e?”
,el
apergunta.
Encol
hoosombros.“Nãosei
.Porquê,
querir?”
Ficotorcendosilenciosamenteparaquedi ganão.Nãopor quenão
quero passarmai st empo com ela,maspor que est
amossai ndo
j
untoscom f r
equênci aulti
mamentee,apesardeserdi vert
ido— na
maiorpar t
edot empo
—,umanoi temaist ranquil
anãocairiamal.Ficarcom Par ksnosofá
vendoal gumapor car i
anaTV ouum f il
mei diotaparecebem mai s
i
nteressantequemear r
umarpar af
alarcom desconhecidas.
Eumadasobr i
gaçõesdequem t em umamel horami gamulher
,
comodequem t em um mel horamigohomem,éaj udaraconhecer
al
guém quandoel
apede.
Sóquet ambém si
ntoquepr eci
soserprotet
or.Parkeri
amemat ar
sesoubesse,masaacompanhonasnoi tadasmaispar agar
antirque
nãoter minecom nenhum cretinodoquepar aacharum car al egal
paraela.
Então,não,eunãoquerosairestanoi
te.Mas,seelafor,
voujunto.
“Não,achoquev ouficarem casa”,el
adi
z.“Estoucom abar r
iga
cheiademai spar ausarqualquercoi
saquenãosej aumacal çade
el
ástico.”
“Osegundopr atodelasanhat edei
xoucom pesonaconsci
ência?”
,
pergunto,rel
axandoum poucoagor aqueelanãoestámaisqui et
ae
esquisi
ta.
“Olhaquem fala,ocar
aquecomeut r
ês.

Bat onami nhabar r
iga.“
Euj amaisof enderi
asuamãecomendo
umaquant i
dademenosqueobscena. ”
AmãedePar kercozinhabem, masaquest ãonãoéaqual idadeda
comi da,esi m of at
odesercasei r
a.Nãosi ntosaudadedemui t
as
coisasdecasa,masdacomi dasi m.Écl aroqueosj ant
aresem
famí l
ianami nhacasanãosãot ãoagr adávei
scomoosdosBl ant on.
Nuncasoubeoqueer api
or:ossermõesqueouv i
aquandosent ava
àmesadami nhamãeouossi lênci
osconst r
angedoresquemeupai
tentavaquebr arpuxandoconv ersaconoscoquandoér amoscrianças.
Par kerf
icouqui etadenovo.Dessav ez,euadeixosossegada.
Quandochegamosem casa,v amospar aacozi nha— elaparapôr
assobrasnagel adei
ra,euparapegarum copod’ água.
Com baseem seusi lênci
o,imaginoquev áset rancarnoquar to,
masem v ezdissoelasesent aàmesi nhadacozi nha,batucandono
tampoeol handoparapont osaleat
óriosnaparede.
Revir
oosol hos,si
rvoum copod’ águaparaelaemesent odoout ro
l
adodamesa.“ Desembucha. ”
Elameencar aecont orceosl ábios.Perceboqueest átentando
decidi
rsef al
aounão.
“Cert
o.”Levantoasmãos.“ Jácumpr iminhaobr igaçãodemel hor
amigo.Nãov
ouf
icari
mpl
orandopr
avocêf
alar
.Sequi
serserbaj
ulada,
podeli
gar
praLoriouCasey .

Souum bom ami go,masmi nhapaci ênci
at em li
mites.
Elamesegur apelopul
soquandot entomeaf astar
.“Querofal
aruma
coisacom você.”
“Ai,
meuDeus” ,resmungo,realmenteirri
tadocom oat aquede
cri
ancice.“
Comosenãof osseissoqueest out entandofazerhávint
e
minutos.”
Elapassaalínguanoslábios,sol
tameupunhoedesv i
aor ost
o.
Cruzoosbraçoseaencar o.Parkert
em sei
ssegundospara
começaraf al
aroquequerquesej aqueestátramandoou…
“Vocêconversacom asgarotasquelev
apracama? ”
,el
apergunt
a
porf
im.
Lev antoumasobr ancel ha.“Comoassi m?Quersaberseeut i
roa
mor daçaeper mitoquef alem?Sóquandogost odelas.”
Elat entadarum chut enami nhacanela,masconsi gomeesqui var.
“Vocêsabedoqueest ouf alando”,Parkerdiz.“Depoisdef azeroque
precisapr aconsegui rl evaral guém pracama,masant esdequer er
mandaragar otaembor a, vocêconv ersacom ela?”
“Claro”,respondo,sem ent enderaondequerchegarcom essa
conv ersa.“Estoufalandoconv sardev
er er
dade!Vocêgost a
delas? ”
“Gost ode…”
Parkerlev
antaumamão.“ Estoufalandocomopessoa.Vocêgosta
delas?”
Começoacoçaroquei xo.“Porqueest oucom asensaçãodeque
deum j ei
tooudeoutr
ov ousaircomoobabacadahi st
óri
a?”
“Entãovocênãogostadel
as” ,Par
kerconclui
.
“Car
amba, á.Nãoéqueeunãogost
seil edel
as;casocont
rári
o,não
t
rariapracasa,ounãoi r
iaàcasadel as,oupraondequerquesej a.
Masnãoéqueeu…”
Coçooquei xodenovo,sem saberoqueelaesper
aqueeuf al
e.Sou
mulherengo mesmo.Seidi sso.Mas nunca i
l
udini
nguém.Nunca
i
nsinueiqueti
nhaalgum i
nter
esseal
ém deumanoit
e.
Nuncamesent i
mal com amaneir
acomoconduzomeus
r
elaci
onament
os
(apesarde“rel
acionamento”nãoserapalav
racer
ta)
,mas,
peloj
eit
o
comoPar kerencami nhaaconver
sa,par
ecequeestáar
mandouma
parami m.
“Vocêestáarrependidadaquel
aidei
adesexosem compromi
sso?”
,
pergunto.
“Si
m. ”
Gr açasaDeus.
Masf i
cosurpr
eso.Nãoport ermudadodei dei
a—el anãofazoti
po
“umanoi t
eenadamai s”—,masport erdesist
idoantesmesmode
tentar.
Por que,at
éondeeusei ,apesardenossasi dasav ári
osbares,
Parkernãof i
coucom ninguém desdequesesepar oudeLance,umas
duassemanasat rás.
“Estoufazendotudoerrado”,el
adiz.
“Ah,sim”,respondo,cr uzandoosbr açosemeapoi andonobalcão.
“Pr
incipal
ment epor quepar eceterodom desei nter
essarpelomaior
babacadet odososbar esem queent r
amos. ”
“Exatamente!”Osol hosdel aseil
umi nam,seutom dev ozseanima.
“Nãoconsigonem conv ersarcom essescar aspormaisdeum mi nuto
sem querermor rer.

“Ah,entãov ocêquersabercomoconsi goconv er
sarcom garotas
em quem nãoest oui nteressadodev er
dade”,complemento,enfi
m
entendendodoqueest amosf al
ando.Ounão.
“Hã,não”,elaresponde.“ Nav erdadenãoest ounem aípraisso.

Pelo amordeDeus,v ouacabaresganando essagar ot
a.“Você
preci
sa mesmo de mi m nessa conversa?”,pergunto.“Acho que
consegueconti
nuarandandoem cí r
cul
osmui tobem sozinha.

Elafi
cadepé.“ Quandoeudi ssequeest oudesisti
ndodessacoisa
desexosem compr omisso,qui
sdizerquedesisti
def azerdoseujei
to.
Vocênuncaqui sf i
carcom umapessoadequem gost e?Pradepois
nãosent i
rquepreci
saseliv
rardelaoquantoantes? ”
“Hã,clar
o,mas…”
“Nãoquersabercomoéest
arcom al
guém quenãot
eent
edi
e?
Alguém de
quem goste?”
Ossinaisdealarmecomeçam ar essoarnami nhacabeça.Senão
esti
vesseencostadonobal cão,dari
aum passoat r
ás.“Porf
avor,não
medi zquequerqueeusai acom umadassuasami gas.Penseique
fossecontra,
ali
ás.”
“Ah,maseusou” ,el
adizcom um sor r
isi
nho.“Enãosepr eocupa,o
queest oupropondonãov aiterminarcom v ocêtendoquemandar
fl
oresnoDi adosNamor adosnem pr esentedeum mêsdeani versári
o
denamor o.”
“Óti
mo, masaindanãoent endiqualéapr opost
a.”
Desdequandot emost antadi ficul
dadeem ent enderoqueoout ro
estáf alando?
Par kerpõeasmãosnaci ntura,em segui daast i
ra.“ Achoquea
gentedev eri
at ransar .

Eugost ariadedei xarr egistradoquemer eçoumamedal hadehonr a
aomér itopornãot ercaí donar isada, desmai adoousaídodacozi nha
pisandodur o.
“Quant ov i
nhov ocêbebeuhoj e? ”
,per gunt o,apesardesaberque
nãof oram mai sdeduast aças,ef azt empo,por queel ai av oltar
diri
gindo.
“Eusei ”,Par kercont inua,ent rel
açandoosdedosemor dendoo
l
ábio.“ Seiquepar ecel oucur a,eseiqueest oujogandot udoi ssoem
cimadev ocê…”
“Vocêachamesmo? ”,retruco,exper i
ment andoumar arasensação
deest arpr estesaper derasest ri
beiras.“ O quevocêquerqueeu
responda,Par ker?Esper o que ent enda porque est ou mei o sem
reaçãoaqui .”
Elaol hapar aochãoe, apesardar aiva,si ntoumapont adadecul pa,
porquenãodev et ersidof ácildi zeraquilo.Foium at odeousadi a.É
precisoadmi ti
r.
Maspassamosanoseanost ent andoexpl icarpar
aomundoi nteiro
quenãosomosami gosquet ransam dev ezem quando,quenão
repri
mimosumapai xãopelooutro,eagor
ael aest
áquerendoj
ogar
tudopelaj
anel
apor …
“Porquê?
”,pergunto,per
cebendoquedeveri
atercomeçadoporaí
.
Meut om devozest áum poucomai ssuaveagoraqueseiquedeve
haveral
gumar azãoportrásdessesurt
odeinsani
dade.
Elav ol
taameencar ar.“Port odososmot ivosquef alei
.Quero…
queroqueosexosej adi ver
tido,sabe?Masnãot em comoseaout ra
pessoameent edi
ar,mei rri
tar,seeuest i
vercom medodequet enha
DSTousejaum psi copata…”
Abroum sor ri
soaoouv i
ri sso,porqueéacar adel a.“ Vocêest á
pensandodemai snoassunt o.”
“Exatament e!Meucér ebronãov aimedei xarf azeri ssocom um
desconhecido,por que t em mui t
as vari
áv ei
s env ol
vidas.Não v ou
conseguirrelaxareapr ov ei
taromoment o.Der epente,seeut i
vesse
anosdepr áti
cacomov ocê,oucomoaLor i…”
“Nãosei rritecomi go”,digo,levant
andoasmãos,“ masnãoacha
possívelquev ocêsimpl esment enãosi rvapr aessacoi sadesexo
sem compr omi sso?Porquenãoesper aocar acer t
oapar ecerpratirar
oat r
aso?”
Parami nhasur presa,Par kernãopar teparaoat aquenem poreu
estarsendomei omachi stanem porusaraexpr essão“ t
iraroat r
aso”.
“Nãopossoar ri
scar”,el
ar espondebaixinho.
Enrugoat esta.“Comoassi m? ”
Av ozdelasoaai ndamai sfraca.“Memachucar .

Meuest ômagosecont r
aiaoouviri
sso.El apar ecet ãofragil
izada.
“Levarum pénabundadói ”,el
acontinua.“ NãoseiseLanceer ao
amordami nhav i
da.Achoquenão,por quenãoest ouexatament e
tr
ancadanoquar tosof r
endo.Maseugost av adel e,estavaapai xonada.
Nãof uicor
respondi da,enãoqueropassarpori ssodenov o.”
Fechoosol hoscom f orça,mesent indot ãodespr eparadopar a
esset i
podeconv ersaquerealmentenãosei oquef azer.
Mi nha r
espost a é cautel
osa.“Eu ent endo.De v erdade.Mas a
soluçãonãoé…essa” ,
complemento,sem omenort ato.
Comoi apar ecer?Comoi aser?

Masv ocêv
ivet
endocasi
nhosporaí
”,el
aar
gument
a.“
Porquenão
comigo?

Euaencar
o.“Vocêsabeporquê.Estragari
atudo.

“Sóseagentedeixar
”,Par
kerdi
z,dandoum passohesi
tanteàfr
ent
e.

Conf i
amosum noout r
o.Damosrisadajunt
os.Somosatr
aentes…”
“Masnãoatr
aentesum prooutr
o”,meapressoem escl
arecer
.
Elaincl
inaacabeça.“Apost
oqueagent econseguesuperari
sso. ”
Eumel embrodami nhaestr
anhar eaçãoàPar kerbêbadati
randoa
blusanami nhafr
entealgumassemanasat r
áseper ceboqueel aest á
certa.Dáparasuperaressacoisade“ éaParker”em doist
emposse
el
aapar ecercom aquelesuti
ãv er
mel hodenov o.Ouentãoum pr eto.
Ousem nenhum.Ou…
“Não”,r
espondo,tenso.“
Nãov airol
ar.”
“Não precisa ser estranho”,elainsist
e.“ A gent e conseguiu
contornart
odososcl ichêssobrehomensemul heresserem ami gos,
porquenãosuper ari
aocl i
chêdequeosexoest ragaaami z
ade? ”
“Nãov air
olar
”,r
epit
o, t
erminandomeucopod’ águaem doi sgolese
i
ndoat éageladeir
a,agorapar apegarumacer v
eja.Estouprecisando
deuma.
Sint
oqueel ameobser vaenquant opr
ocurooabr idor.Perceboseu
olharquandodouum gol elongoemer ecido.
“Achoquev ocêestácerto”,el
aconcordaporfim.
GraçasaDeus.
“Quebom queent endeu”,digo,sarcást
ico.
Elav aiat
éagel adeir
aepegaumacer v
ejatambém.“Certo.”Em
seguida,sol
taum grunhido.“Argh.Issofoi…constr
angedor
.Desculpa.
Éque…euest av
adesanimadaecomecei apensarnumasloucuras.

“É?”
El
apegaat ampadagarraf
aquedeixeiem ci
madobal cãoejogano
l
ixojuntocom asua.“Équefi
quei
imaginandoagentesebei j
andoe…”
Parkerint
errompeafr
asenomeioeest remecedeum jeit
o
dramático.“
Eca.”
Minhagar r
afafi
capar
adanoar.“Eca?”Seri
aesqui
sit
o,clar
o.Uma
l
oucur
a.Masnão“
eca”
.
“Nãoser iatãor ui
m” ,resmungoant esdepensarnoqueest ou
dizendo.
Elaolhapar aami nhabocaef azumacar etaant
esdev i
rarorosto
com umar isadinha.“Seria,si
m!Vocêsabequeser ia.

Certo,nãot enhoor gulhodedi zerisso,mas…ar isadi
nhadelame
ofende.Nãonosent i
do“ v
oupr eci
sardet er
apia”
,masmeuegof i
ca
um pouqui nhof eri
do.
Apont omi nhacer vej
anadi reçãodela.“Fi
quesabendoqueeubei j
o
muitobem. ”
“Desculpa” ,
eladiz,sacudi ndoacabeça.“ Devebeij
ar,masseilá.

Desencostodobal cão,eum pensamentomev em àment e.“Pode
parar
.Éalgum t i
podepsi col
ogiarev
ersa?Est
átentandoconseguiro
quequermedesaf i
ando?”
“Ahhh”,el
adi zem tom pr
ovocador
.“Vocêfi
couchateado!Of
endi
suamascul i
nidade?”
Sim.
“Não”,resmungo.
“Com cer tezavocêémui t
obom” ,
elaconti
nua, i
ndopar aasal ade
estaredandoum t apinhanomeubr açodepassagem.“ Ésóque…”
Euasegur opelopul soeapuxodev olt
a.“
Vocênãoi adi zer

eca’.”Elaf r
anzeonar iz.“
Tá.”
Dápar av erqueelanãoacr edi
taem mi m,emeuespí r
it
o
compet it
ivov em àtona.Ponhoacer vejanobalcão.“Querapostar?”
“Comoassi m?”Elameencar acomoseeuf osselouco.Ecomo
quem diz“ eca”.
Meus ol hos se vol t
am par a os lábios dela porum i nstant
e.
Estranhament e,fi
cabem f ácilesquecerqueel aéaPar kerporum
tempo, porquesuabocaé…t entadora.
“Estácom medo? ”,pergunto.
Parkerrevi
raosol
hos.“
Ah,equem équeestáfazendojogui
nhos
agora?”Maselanãoseafast
a,eeuavanço.“
Um beijo.Sevocê
di
sser‘eca’
,lav
o
suaroupaporumasemana. ”
“Comoseeuf ossedeixarvocêcui dardasmi nhasroupas.”
“Entãov ocêtomabanhopr i
meiroporumasemana” ,sugir
o.“Enão
vounem r eclamarseacabaraáguaquent e.

Osol hosdelaseacendem dei nteresse.Par keradoratomarbanhos
l
ongosequent es.“Quetalum mês? ”
“Fechado”,digo.“ Massegost ardo bei jo… mesmo quesó um
pouquinho… euf iconocomandodocont roler emotoporum mês.
NadadeBachel orsem minhaapr ovação.Nem aquel esprogramasde
maqui agem, muit
omenosdecul i
nária.”
Elamor deol ábio,eperceboqueest áapr eensiva,porqueéot ipo
de gar ota capaz de passar hor as v endo as pessoas f azer
em
cupcakesnaTV.
Éumaapost aalta.
MasPar kerdeveestarbem conf i
ant
edequeobei j
ov aiserum
desastr
e,porquenof i
m dádeombr os.“Cer
to.Achoque,sevocêé
tãoconfi
anteassi
m,nãov ail
igardetomarbanhofri
oporum mês.”
Cruzoosbraços.“
Vocêt em cer
tezadequeeubeijomal
.”
“Não, com cert
ezav ocêbei
j
abem” ,elarespondecom um gesto.“É
que…nãoachoquev ougostar
.Vocêéquaseum i r
mãopr amim.”
Ir
mão?
Ir
mão?
Como
assim?
Sim,mi nhar el
açãocom Parkerépl at
ônica,eeugost odel
acomo
sef osse…Não.Não.Nãoconsi gonem j untaraspalav
ras“Parker”e
“i
rmã”namesmaf rase.
Nomoment o,meupauest ámuitoconsci ent
edequeel anãoé
minhai rmã,edequeacaboudei nsult
armi nhashabil
i
dades.
Precisopôrascoi sasnodev i
dolugar.Nãopasseianosculti
v ando
minhast écni
casdeseduçãopar anada.
Tiroagar r
afadecer vej
adamãodel a,ponhodeladoemecol oco
bem à
suafrente.
Pelapr i
meir
av ezdesdeoi níci
odessaconv er
samal uca,otom de
bri
ncadeiradesaparecedorostodeParker,
quepar eceapreensi
va.El
a
serecuperaimediatamente,abr
indoum sor
risodedeboche.
“Medi zquandomi nhacabeçadever
iaestarnasnuv ens”
,elabri
nca,
todamei ga.
“Ah,vocêvaisaber”,r
espondo.
Douum passoàf rente,masel arecua.
“Nãov aidarcer
tosev ocêfi
car
fugindo.”
“Desculpa”,Parkerdi z,entrelaçando os dedos e em segui da
baixandoamão.“ Masémui t
oesqui si
to.

É mesmo.Demai s.Mesmo assi m estou deter
minado a fazer
acontecer.Porquesouobr i
gadoaadmi tir
:queromui t
ocomandaro
controleremoto.Aideiademel i
vrardasporcar
iasdosreal
it
yshowse
verjogosot empot odo…
Douout r
opassoàf rente,estendoasmãos,masder epent
ef ico
sem saberondecol ocá-l
as.Cintura?Rosto?Quadri
l?
Nãopensademai s.
Acabocol ocandonosbr açosdel amesmo,j áquev aisersóum
beij
or ápido,parapr ovarqueestoucer to.E,sim,um bei j
orápidoéo
bastante.Soumui tobom nisso.
Suas mãos cont i
nuam onde est ão.Par kerumedece os l ábios,
apreensiva,emeusol hosacompanham omov i
mentodesual íngua
rosada.
“Vocêpr ecisaserhonest a”
,digo,baixandoot om dev oz.“Sef or
bom, vaiterquedi zer.

Elaassent e,eeuacr edit
onela.Parkerésinceraaténãopodermai s,
pelomenoscomi go.
Minhacabeçasemov ealgunscentímetrospar aaf r
ente,eeume
i
nterrompoquandoper cebooqueest oufazendo.Est oupr estesa
beij
arPar ker.Estoupr estesabei j
armi nhamel horamiganomundo
i
ntei
ro,
apessoamai
simpor
tant
e…
Afastoopensament o.Porqueapenasporesseinst
ant
eelanãoé
Parker.
Nãoami nhaParker.Ésóumagar otali
ndaesper
andoparaserbei
j
ada.
Chegomai sper
to,com osolhoscrav
adosem suaboca,e
então…El adáumar isadi
nha.
“Parker!

El
alevaamãoàboca.“ Desculpa!Descul
pa,deverdade.Cert
o,pode
vi
r.

Cerr
oosdent es,com aconfiançaabalada,masagor aestouainda
maisdeterminadoapr ov
arqueest áer r
ada.A fazercom quese
ar
rependadar i
sada.Com que…
Meuslábi
ost ocam osseusdel eve,
esintoqueelarespir
afundo…
Sintoi ssocom t odami nhaal ma.Ent ãor esolvoaproveit
arof ator
sur presaechegomai sper to.
Osol hosdel aaindaest ãoaber tos,assim comoosmeus.Ocont ato
visualéesqui sitodemai s, ent ãotentoapr of undarobei j
o.Meusl ábi os
semov em cont raosdel a, em um at ri
tocaut eloso.
Mi nhament eestáf ugindodocont role,tant oporcausadogost oao
mesmot empof ami li
aredesconheci dodabocadel acomopor que
par ecequeest ouf azendoumademonst raçãodet odasasl ições
sobr ebeijarqueapr endi aol ongodav ida.
Sem mui t
asal i
vaoupr essão.Nãor espi r
armui tofundo,nãome
esf regarnel a,nãoapr essarascoi sas…
Meucér ebroest át ãoocupado,t ãodesesper adoparaquemi nha
tent ativanãot erminecom um “ eca”,quedemor oum t empopar a
per ceberqueéum bei j
ouni l
ateral
.
Par kernão est ár eagindo.Não est ár et r
ibuindo o beio.E com
j
cer tezanãoest ágemendodesat i
sfação.
Lent ament e, eumeaf ast o,abri
ndoosol hos, eperceboqueosdel a
nem sef echar am.
Pel omenosel anãodár i
sada.Nãot irasar r
o.Mas,quandodáum
passoat rás,suaexpr essãoéum poucopr esunçosa, eeusei porquê.
“Lament opelomêsdebanhosf riosquev ocêt em pelafr
ente” ,ela
dizcom um t om doce.“Essebei j
onãoser vi
unem par a…”
Avançosobr eel a,meapr oveitandodomeut amanhopar apr ensar
seucor pocont raapar ede,pr oporci
onandonomáxi mounsci nco
segundospar aqueper cebaoquev aiacont ecerantesdesegur ar
seuspul sos.Colocosuasmãosaci madacabeçaecol oseusbr aços
àpar ede.
Sabor ei
oum br evíssi
moi nstantedesatisfaçãoaov eraexpressão
dechoqueedesej oem seur ostoant esdeencost armeucor poem
suascur vassuaves,antesdet omarsuaboca.
E,dessav ez,obeijoépar avaler.
9

PARKER
Cometium err
o.Um errot
áti
coter
rív
el:
Subest
imeiBen.
Masdev eri
asaber.Euoconheçomel horqueni nguém.Melhordo
queami m mesma.Seioquant oécompetit
ivo,edev er
iasaberque
seusimpulsosestar
iam v
olt
adosparasuashabil
idadessexuai
s.
E,meuDeus, i
ssoeletem desobr
a.
O pr
imeir
obei j
of oinomáximomor no.El
eest avaseesforçando
demaisparasepr ovar
,éverdade,maseunãoest avamuit
onocl i
ma,
por
quef azi
aquest ãodenãosentirnada.Nãopodiamedeixarabalar
com o fato dequeseusl ábi
oser am gostososeseuchei ro era
del
ici
oso.Hav i
a mui t
a at
ivi
dade cerebr
alenv ol
vi
da,de ambas as
par
tes.
Masagora—nosegundobei j
o—nem sei maisondemeucér ebro
f
ica.
Sóexi stem mãos,lábioseasensaçãodocor poexcitadodeBen
contraomeu.Eudev eri
aest arfugindoparamesal v
ar;quandoacabar,
provavelmenteéoquev ouf azer.
Masenquant o
isso…Eur etri
buo.
Nuncaf uibeij
adadessej ei
toant es.Nuncafuiprensadacontr
aa
parede,com asmãospr esaspordedosf ortesebraçosaindamai s.
Nunca t i
ve mi nha boca dev orada como se fosse a melhordas
sobremesasporum cor pof ir
meemascul i
noquef azcom queme
si
nt aexatament eamulherquesou.
Tentolembr arqueohomem em quest ãoé
Ben.Econsi
go.
Entãoal í
nguadeleencontrameul ábi
osuper i
or,acari
ciando-
oat é
mef azersuspir
ar,depoisdesl
izandopar adent rodami nhaboca,se
enroscandonami nha.EuesqueçoquesouPar kerequeel eéBen,e
mel embroapenasdequesomosum homem eumamul her,edeque
nascemospar aisso.
Contorço os dedos e os pulsos até elef i
nalmente me sol tar.
Minhasmãossedi rigem i
mediatamentepar asuacabeçaemeus
dedosagar r
am seupescoçopar amant ersuabocabem per t
o.As
mãosdel ev ãoparami nhaci
ntura,mepr ensandocom ai ndamai s
fi
rmezacont raapar ede,emeusquadr i
ssepr ojetam paraaf rente,
l
embr andoexatament eoqueacont eceem seguida.
E,meuDeus, comoeuquer ooqueacont eceem segui da.
Er
asério queeut i
nhav ol
tado atr
ásnami
nhaidei
amal
uca.A
expl
i
caçãodelefazi
atodoosentido.
Masnãoestounem aípar
aobom sensonomomento.
Nãoquandoabocadelevaiparameupescoço,nãoquandoseus
bei
josquentesemol
hadospassam l
ogoabai
xodami nhaor
elha,não
quando suas mãos percorr
em mi nhas cost
as com car íci
as
possessi
vas.
Sóquero…Ben.
Não,issonãoest
ácer
to.NãoéBenqueeuquer
o.Quer
osexo.El

sóum instr
umento.
Cer
to?
Certo?
Meucér ebr
onãoconfir
maai nf
ormação,
oquemedeixaem pâni
co.
Minhasmãosencontram seusombroseeuoempur
ro,apr
incí
pio
deleve,
depoiscom maisf
orça.
Benr ecuadev
agar,r
elut
ant
e,eeumepr epar
oparaum sor
ri
sinho
presunçoso,mas,paraminhasur
presa,Bennãoparecet
ri
unfante.
Só…conf uso.
Écomoeumesi
ntot
ambém.
Meobr i
goaabr irum sor
ri
so,senti
ndoum desejorepentinode
v
oltarànossar
elaçãodesempre.Tr
anquil
a.Casual
.Deamizade.
“Peloj eitov ocêv ai terquev erBachel ornocomput adorporum
tempo, hei n? ”,elediz.
Seusor risodemor aum poucomai squeohabi t
ual paraaparecer,
masmef azsol t
arum suspi rodeal ívi
o.
“Eent ão? ”,elequersaber .“Vai falar

eca’ ?”“ Foi o.k.”
Suasmãosest ãoapoi adasnapar ede,umadecadal adodomeu
corpo.Dev agar ,eler ecua,abr i
ndoum espaçoent renós,oqueme
deixaaomesmot empoal iviadaedecepci onada.“
O.k. ?
”,elepergunta.
“O.k.,vocêest avacer to”,concor do.“ Maseu
também. ”“ Porqueachai sso? ”
Douum t api nhaem seuombr o.“Eudi ssequeer amel horquandoa
gent egost av adaout rapessoa. ”
Elelev ant aasobr ancel haev aipegarnossascer vejas.“Achaquef oi
mel hor?”
Émi nhav ezdef i
carcom oegof eri
do.“ Estámedi zendoquet odos
osseusbei jossãoassi m? ”
Porf av or, não.
El
edáum gol
enacer
vej
aenquant
oconsi
der
ami
nhaper
gunt
a.“
Não,
nem t
odos.”
Fi
coali
vi
ada.
“Tal
vezv ocêt enhacertar azão”,
elemurmur
a.“Tal
vezesselancede
amigosquet ransam possaser …benéf
ico.

Sint
oum f rionabar r
iga.Nãopordescobr i
rqueestavacerta,mas
pel
apont adadepâni copr ovocadapeloqueeleacaboudedizer.Pel
o
queestamospr estesaf azer.
“Achomel horr epensar”
, digo.
Elemeencar
a.“Vocênãovaif
alar‘
eca’agor
a,
né?”Mui
topel
ocontrár
io.
“Éque…podeserquevocêest
ejacert
o.Sobreascoi
sasse
compl
i
car
em.

Douum gol enacervej
aqueelemeent r
egou.Estáquent
e,oqueme
fazpergunt arquant
otempoobei j
odur ou.
“Bom, essaéamar avi
lhadeseradulto,
Parks.Éagentequedecide
oquev ai sercompli
cadoeoquev aiserpuro,si
mplesediv
ert
ido.

Ficotentada.Emui to.
“Ecomoi ssof unci
onaria?
”,per
gunto.
Elerevi
raosol hos.“
Ai dei
afoisua.Nãoconsider
outodosos
detal
hesaquel etempot odoem quef i
coupensandonocaminhode
vol
ta?”
Droga.Àsv ezesparecequeocar alêmeuspensament os.
“Bom” ,respondo, l
ambendoosl ábios.“Euest avapensandoquea
pri
mei raregrapoder i
asernãohav erregras.”
Eledár isada.“Suacabeçadev eestarem par afuso.Vocêadora
regras.”“Eusei,eépori ssoqueagor aprecisaserdiferent
e”,
me
apressoem
expli
car.“Nãoexi stem li
mitesparaasv ezesqueagent epode…quer
er.
Nem limitedet empo.Agent eparaquandoper deragr aça.”
“Evai envolverexclusi
vidade?

Émi nhav ezdedarr isada.“Agor aéasuacabeçaqueest áem
parafuso.Aomenossabeoquesi gni
fi
ca‘exclusi
vi
dade’?”
“Jáouv ifal
ar”,elemur mur a.“Sóestoupensando…v ocênãov ai
fi
carput aquandoeut r
ouxerout rasgarot
aspar acasa? ”
“Voudi zeroquepenso:enquant oagent eestiv
erni sso,sej
aláo
quef or,vaisersóagent emesmo.Mas,quandoqui serv ol
tarprasua
rot
inadeumagar otadi ferent
epornoi te,ésóav isarqueagent e
cancelatudo, sem ressent imentos.”
Benest reit
aosol hos.“Epr avocê?Valem asmesmas
regras?”“Claro.”
Nãoqueeupr etendat erum f luxoconstantedepar ceir
ossexuais
comoBen,masachoquet r
ansarcom al guém em quem conf i

exatament edoquepr ecisopar adeixardepensardemai seagi rde
menos.
Tal
vezsej
aissoquev
ámef
azerv
iv ezdepensart
erem v ant
o.
“Cer
to”
,eleselimitaadizer.“Quandoagente
começa?”Mai sumav ez,sintoum fri
onabarri
ga.
“Umacoisinha”,
digo,l
evantandoodedo.“ Achoqueagentepr
eci
sa
t
erumapal avradesegurança. ”
Benengasgacom acer veja.“Quetipodecoisavocêcur
te?

Revi
roosolhos.“
Nãoprai sso.Oqueeuqui sdizerf
oique,
quando
um denósquiserpul
arfora,porqualquerrazão,ésóusarapalavr
ae
acabou,sem questi
onament os,nunca mai stocamosno assunto.
Tudov ol
taasercomoantes.”
“Maseuacheiqueagent enãoiadeixarascoisassecompli
carem.”
“Enãov ai”,meapr essoem di zer.“Mastemosqueest arprepar
ados.
I
nclusiv epar aocasodenãodarcer t
o.”
Eledádeombr os.“ Tudobem.Qual éapalavr
a?”
“Algumacoi saal eatória”,sugiro.“Queagent enãomencionaem
umaconv ersadodi aadi a.”
“Monogami a? ”
,elesuger e, com um sor r
isi
nho
presunçoso.“ Euest av apensandoem al gocomo

mar acujá’.”
Bencai nar i
sada.“ Suapal avradesegur ançatem um ‘
cujá’no
mei o?”Fi cot odav er melha.“ Entãopensav ocê!”
“Quet al v i
oloncelo? ”,ele
suger e.“ Violoncelo? ”
“Com cer tezanãoéal goquev aisurgi
rnumaconv er
sa
normal .”“ Certo”,digo, pensat i
va.“Pormi mtudobem.”
“Beleza, ent ão.Eaí ?Quandoagent ecomeça? ”
Seusolhosmeper corr
em dospésàcabeça,eeudour i
sada.
“Homens.”“Essebeij
ofoii
ntenso,Par
ks.Nãoéest
ranhoeu
dizeri
sso,né?”“
Não”,concordo.“
Efoimesmoint
enso.”
Pradizeromínimo.

Ent
ãooqueagent
eestáesperando?Nami nhacamaounasua?


Ah,mai
sumacoi
sa”,
avi
so.“Vocêv ai
terquetr
ocarosl
ençói
s
sempr
e.
Ouent ãosóvairolarnaminhacama.”
“Sempre pensando demais”,el
e coment
a,sacudi
ndo a cabeça.
“Confi
aem mi m,quandoacoi sacomeçar,vocênãovainem querer
saberseolençol estál
impoounão.”
“Vou,si
m.”
Masnãosei sev ou.Nãoseel ef i
zeror estotãobem quant obeija.
Benter minaacer vej
aej ogaagar r
afanocest oder eci
cláveis.
Portl
andest ácomeçandoaf azeref eit
osobr eel e.Quandomudou
paraoOr egon, costumavajogarembal agensr ecicl
áv ei
snol i
xocomo
senãofizesseamenordi ferença.Euot r
eineidireit
inho.
Elevi
rapar ami m.“Cert
o,estánacar aqueasuament ehiperativa
preci
sadet empopr aassi
mi l
art udoisso,ent ãov ouv erTV ecur ti
ro
comandot otalsobr eocont roleremot o.Mechamaquandoqui ser
começar.”
“Amanhãànoi te,àsoit
o”,digo,antesdeacabarper dendoacor agem.
Eleint
er r
ompeomov i
ment
oparapegarout
racervej
a.“Ah,não.A
gentevaiagendar? ”
Levant
ooquei xo.“Comigoéassi
m queascoi sasfunci
onam.É
pegaroul argar.

Então,sópar aserum poucocr
uel
,passoalí
nguapelol
ábioinf
eri
or.
Bem devagar .Deli
beradament
e.
Elepercebe.
“Cert
o.”Seutom dev ozsaiáspero.“Amanhãàsoi t
o.”
Dezmi nutosdepois,estamososdoi sl
argadosnosof á.Porsorte,
nãot em nenhum jogonaTV,ent ãoelesecont entacom um fi
lmede
suspensequeai ndanãov i
mos.
Suasper nasestãoesti
cadassobr eamesinhadecent ro.Asminhas
estãonasdel e,
paraqueeupossadei t
ar.
Estátudocomosempr e.Nadapar ecedi
ferentenem
esquisi
to.Sóumacoi saestáum poucodi f
erente.
Estoutorcendoparaqueanoi tedeamanhãcheguel ogo.
10

BEN
Gost
odomeut r
abalho.Dev er
dade.Eachoquesoubom noque
f
aço,porqueest
ãoatédizendoquevouserpr
omovi
do.
Mashoje?
Nãoest ouconsegui ndomeconcent rarem merdanenhuma.
Sóol hopar aor el
ógi o.Comoumadaquel aspessoasqueodei am o
trabal ho e f icam v erif
icando as hor as o tempo todo só pr a se
decepci onaraodescobr i
rquepassar am apenascincomi nut
os.
Sóqueamai ori
adessaspessoasesper aansi
osament epelascinco
dat arde.Ohor árioem quepodem cor rerpar
aohappyhour ,
ai oga,ou
simpl esment ei rparacasa.
Essehor ár
ionãosi gnifi
canadapar ami m.Queroquecheguel ogoas
oito.Quandov oupoderv erPar kerBlant
onpelada.
O pensament omeenchedepav or,ounomí nimopâni co.Elaé
mi nhamel horami ga.I ssoé…er rado.
Mas,depoi sdaquel ebei jo,t
ivecertezadequeaúni cacoisaer r
ada
foi nãot erpensadoni ssoant es.
Sexosem compr omi ssocom agar otamaisgost osaqueconheço,
dequem nãov ouquer ermel iv
rarlogodepois?
Éi ncrível.
Tent
ov olt
armi nhaatençãoparaocomput ador
.Souger ent
ede
produt
odaequi pedee-commerce,um dosresponsávei
spelaseção
masculi
nadegol f
e.
Eadoroisso.Émeiocaretapi
rartant
onum empregoconvenci
onal
,
ejamaisespereiquefosseacontecercomi
go.Consider
andoqueeu
nãosabia
mui tacoisasobr ei nternetant esdev i
rpar acá, mui tomenossobr e
gol fe,atéquet udor oloucom bast antef acil
idade.
Meusdi assãogast ospensandoem mel hor i
aspar aessaseçãodo
siteepr eenchendoosdocument osnecessár iospar aimplement ar
algo, começaraf asedet est eset al.
Ger enciaroci cloi nteirodedet erminadopr odut oébem gr ati
fi
cante,
enãomear rependodet ersegui domeusi nst i
ntosedesi sti
dode
cur sardi r
eito.
Apesardemeuspai ster em fi
cado
put os.“Queri rcomerum bur ri
to? ”
JasonSt ylesest ácom asmãosapoi adasnadi v i
sóri
aquesepar a
nossoscubí culos, apoi andooquei xonamãocom car adequem est á
mor rendodef ome.
Olhopar aor elógi o.“Sãoonzeeset e.Acabei detomarcaf éda
manhã. ”“Ficamui tochei odepoi sdomei o-dia”,elediz.
Abr o a boca par a ar gument ar ,masdesi sto.Dou deombr ose
desl igoocomput ador .Porquenão?Nãoest ouconsegui ndof azer
nadadi reitomesmo.Nãocom osexogar antidodest anoit
e.
Jasont em r azãosobr eoBur ritoKing— si m,esseéonomedo
l
ugar .Ficamossódoi smi nutosnaf i
la,em v ezdosv int
edesempr e.
“Vamoscomeral i”,eledi zenquant oesper amosquenossasenhasej a
chamada.
“Aindaest áev i
tandoSandy ?”
,
per gunto.Ogr unhi dodel eme
conf ir
mai sso.
Bal ançonegat ivament eacabeçaenquant oenchomeucopode
coca.“ Euav isei,car a.Vocêpr eci sapar ardesai rcom garotasdo
trabal ho.”
“Eondemai sv ouconhecermul heres?Nem t odomundoconsegue
ent rarnum baresai rdel ácom v int enúmer osdet elefone.

Ignor oocoment ár i
o.El econt i
nua.

Bom,
eunãot
eri
aessepr
obl
emasev
ocêmedei
xassesai
rcom
Park…”“
Não”,i
nterr
ompoantesqueel
eter
mineaf
rase.
“Maselaest
ásoltei
raagor
a.”
“Comoéquev ocêsabe?”
“Encont
reicom elanoStarbucksoutrodia.Achoat équemedeu
mole.”“
Acreditaem mim:nãodeu, não.”
ParkerconsideraJasonum idiot
acompl et
o,edápr aentenderpor
quê.Ocar aéum dosmeusmel hor
esami gosdot r
abalho,mast em a
péssimamani adef al
arcom asmul her
esol handopar aospei tos
del
as.Eletem amanhadepassarumahor af
alandocom umamul her
num bareer r
aronomedel adepoi sdet udoisso.Eai ndasepergunta
porquenãoconsegueot el
efonedeni nguém.
“Ei
,porfal
arnaPar ker
…”,Jasoncoment a.
Viroacabeçanadi reçãoqueel eindi
cou.Nãoéel a,
masLor i.Elaparecesent i
rnossosol hares.Seurost
ose
acende.
“Elaémui togostosa” ,Jasonmur mur aenquantocaminhamosna
di
reçãodaquel aloir
amar avi
lhosa.
“Ei,comam comi go!”,Loridi z,apontandopar aascadei rasvazi
as
em suamesa.“ Nãot omeicaf édamanhãeest avamorrendodef ome.
Parkerachoucedodemai spraal moçar.”
Elafezoconv it
eanósdoi s, massem t ir
arosolhosdemi m,eme
doucont adequeéapr imei r
av ezquenosf alamossem Par kerpor
perto.
Jasoneeunossent amos, eleum poucoper t
odemaisdeLor i
,mas
el
anãopar eceseimpor tar.
Dezmi nut osdepoi s,jáest ousent i
ndoum cl i
maesqui sitonoar .
Apesardasv ári
ast entativasdeJasondef al
arcom Lori,elasempre
dáum j ei
todedi r
ecionaraconv ersaparami m.
“Vocêest avanesseshow, Ben? ”
“Ben,i
ssonãolembraaquelediaem queagente…”
“Seil
áoquev oufazernofim desemana.Vocêtem al
gum pl
ano,
Ben?”
Lorisempr efoipaqueradora.
Eu achavaque era umacoi sa
dapersonal
idade.
Mas,
agor
aquePar
kernãoest
áporper
topar
adarunscor
tes,
começoame
pergunt arsenãot em al gomai s.
Ter mi nomeubur ri
toemer ecost onacadei r
a.Jasont agarel
asobr e
seut io, quev aiconsegui ringr essospar aoSuperBowl .
Ol hopar aLor i— nãopossoev i
tar,com el ameencar andodesse
j
eito—, queabr eum sor risot ími doedi screto.
Ret ribuoporr eflexo,masumacoi saf i
cabem cl ara:Parkernão
coment oucom Lor i oquecombi noucomi go.
Asduassãopr óximas.Apesardenãonamor armos,sem chance
queLor ifi
cariadandoem ci mademi m sesoubessequeeuv eri
asua
ami gapel adaem, hã, oitohor asedezmi nutos.
Nãoqueeuest ej acont andonem nadado
ti
po.“ Ei,Olsen.Est áviajando? ”
Ol hodenov opar aJason, quemeencar a
impaci ente.“Descul pa,oquef oi?”
“Euest av adizendoquepodemosi rosquat ronaquel ekaraokêque
meupr imof alou, nasext a.Lor iestálivre,ev ocêconsegueconv encer
aPar kerai r.Quet al ?”
Elemel ançaum ol hari nformandoqueest ár ecorr
endoaocódi go
deét icadaami zademascul inapar ameobr igaradi zersi
m.Sou
obrigadoamor deral ínguapar anãoper guntarqualdasduasgar otas
vaiseroal vodeseusesf orçosnasext aànoi te.
Mesmoassi m,pr ecisoconf essarqueador okar aokês,eel etem
razão:com cer tezaconsi goconv encerPar kerai r
,porqueelaador a
cant ar.Depoi sdeumaouduast açasdechampanhe,ni nguém ti
rao
micr ofonedamãodel a.
“Cl aro,porquenão? ”,r
espondo.
Osorr
isi
nhodeLoriseescancara,etenhoapr i
mei
rai
mpressãode
quemeuacor docom Parkertem potenci aserum pouqui
alpar nho
maiscompli
cadodoqueimaginava.
11

PARKER
Conti
nuoàesper adequeascoisasfi
quem esqui
sit
asentr
emime
Ben.
Mepr epar
eiparaissohojedemanhã,quandonosestr
anhamospor
desconfi
arqueeletinhausadominhat
oalhadenovo.
(Eusou.Seimuitobem.)
Fiqueià esper a enquant o el
e cant av aj unto,todo animado,as
músi cas do ál bum da Tay lorSwi ftque col oqueiparat ocarno
cami nhopar aot r
abalho.
Fiqueià esper a no cami nho par a casa,enquant o ouvia suas
reclamações f ur i
osas sobr e seu mai sr ecente projet
ot ersi do
colocadoem esper apor queav erbaf oiusadaem out ro,queel e
consi derava“ umabest eiratotalecompl eta”.
Mas,quandoBencomeçaaseser vi
rdof rangoàpar megianaque
fi
zpar aoj antar,ignor andodel i
ber adament easal ada,meumedo
desapar eceuporcompl eto.
Tal vezagent econsi gaf azerisso.Por que,porenquant o,anudez
i
mi nent enãoabal ouem nadanossar oti
na.
Cl aroqueagent eai ndanãov iuaspar tesí nti
masum doout ro.
Essev aiserov er dadeirot est
e.
Douumaespi adanor el
ógio.Setee
qui nze.Quar ent aecincomi nutos.
Ficoàesper adequeoner vosi
smoouoar rependimentodê
ascar as.Ficoàesper a…
Eàesper a…
Masquenada.Est
ouempol
gadí
ssi
macom ai
dei
a.
“Ei
,querirnum karaokênasexta?”,el
eper gunta.
“Ah,é”
,respondo, puxandoum longof i
odemuçar elaeenfiandona
bocaenquant oar rumoamesadacozi nha.“ LorifalouqueJason
descobri
uum l ugarnovo.”
“Nãoseisev aiserdoní v
eldoCody ’s”,Benav i
sa,ser ef
erindoao
nossokaraokêf avori
todaépocadaf aculdade.“Masseest iverafi
m
euencaro.”
Doudeombr os.“Clar
o.”
Adorokar aokê.Ador ocant ardemodoger al
.
Benest ásent adoàmesanami nhaf r
ent e,enfi
andoum pedaço
enormedef r
angonaboca,queum gol edecer vej
aaj udaadescer ,
entãoser ecost anacadei r
a.“ Ei,Lor
if al
oual gumacoi sademi m? ”
Olho par ael e,sur presa.“ Como assi m?Quersaberseel aquer
encontrarv ocêdebai xodaar quibancadadogi násiodepoi sdaaul a?”
“Vocêent endeuoqueeuqui sdi zer.Fiqueicom ai mpr essãode
que…el aest avamedandomol enahor adoal moço. ”
Mastigol entament easal adaant esdeengol i
r.“Bom…el apegaria
vocêfácil, seéi ssoquequersaber .

Elelev ant aacami seta,rev el
andooabdomeper f
eit
o.“ Quem não
pegari
a? ”,el ediz.“ Masnãof oi i
ssoqueeuqui sdizer…Ah, esquece.”
“Quef oi? ”,per gunt
o,incli
nandoacabeça.
“Só fi
queicur i
oso parasabersev ocênão contou ael asobre
nosso…acor do.

“Não”,respondoenf ati
cament e.“Eumeioqueest avapensandoem
mant erem segr edo.Praspessoasnãocomeçar em at i
rarum monte
deconcl usõeser r
adas.”
“Concor do”,ele se apressa em di zer
.“ É que… fiqueicom a
sensaçãodequeel aquerqueeuachamepr asairoucoi sadoti
po.
Vai v
ersousóeusendoconv encido.Nãodevesernada.”
Olhopar aopr ato.Tem algumacoi saaí
.Osinsti
ntosdelenão
falham.Si nt
oumapont adadecul pa.
Pel
of at
odet erf
eit
otudopar
aimpedi
rqueLor
ifi
cassecom Ben,
paradepoistr
ansarcom el
eeumesma.
Masnãof oiporci
úmenem nadadoti
po.
Sónãoquer oqueLor isofrapornãosercor respondida.Por quesei
quecorreri
aum sér ior i
scodeseapai xonarporel e.
Eunão.Est oudeol hosbem aber tos.Emeusol hosdef init
ivamente
gostar
am dev erabar ri
gat anquinhodeleal gunssegundosat r
ás.
Quandocomeçoamedei xarlevarpelami nhai maginação— v ej
o
minhalínguaper correndoasl i
nhasdoabdomedef ini
dodeBen—, um
pensament omev em àment e.
Éumadi straçãomui tomai orqueumabar r
igat anquinho.
“VocêgostadaLor i
?”,pergunto.
Eleparademast igar,eaexpr essãoquesur geem seur ostoé
cômica.Et r
anqui l
i
zador a.
“Não”,Benr espondedepoi sdeengol i
r.“Querdi zer,
gost o,clar
o,
masnão…Eunão…”
“Jáentendi”,di
go, com um sor ri
sinho.“Vocênuncanem pensou. ”
Eledádeombr os.“El
aéót ima.Sóquenãoest ouaf i
m denamor
ar,
nem mesmoal guém legalcomoel a.

“Éoquesempr edigoprael a!
”,r
espondo,
jogandoasmãospar a
ci
ma.“ Maselainsi
ste.”
Benlevant
aassobr ancelhas.“
Porquesouir
resist
ível
.”
I
gnoroo coment ário.
“Você v aimecont ar,cert
o?Quando
esti
veri
nter
essadoporumagar ota…pranamor ar.

El
eassente.“Cl
aro,com certeza.Voumant endov ocêat ual
i
zada
sobreoresfr
iamentodoi nf
ernot ambém. ”
Volt
oameconcent r
arnoj antar,sati
sfei
taport erdeixadoascoisas
cl
arasquantoaLor i
.
Masf i
comeper guntandosenãoser iamel horcontarael asobre
nossoacordo.Por
que, sedescobr irporacidente,vaif
icarchateada.
Nãoachoque
conseguiriaentender
.
Namai orpartedotempo,Loriaceit
aof at
odequeBeneeusomos
sóami gos.
Mascont arqueestamostransandopodedaraent enderqueabuso
daboav ont adedela.
ELor inãoser i
aaúnicaaolhart or
toparanós.Tenhoasensaçãode
quet odomundoqueconheçot eri
aumaouout racoisaparaf al
ar
sobremeuacor docom Ben.
Masnãoest ounem aí.Sóconsi gopensarnofat
odequedaqui a
vi
ntemi nutos…
Esperaaí !Vi
nteminutos?
Largoogar for ui
dosament eeficool handohorrori
zadapar
ameu
prat
oquasev azio.
Benol haparami m,sem parardecomer .“Oquedeuem
você?”“Precisodeum adi ament o”,
av iso.
Elefr
anzeat esta.“Est
ádandopr atrás
agora?”“Não, éque…pr ecisodeumahor a
amai s.”
Eleolhaporci madoombr opar aor elógio,
depoisdenovopar
amim.
“Porquê? ”
Apontopar aopr at
o.Nãoest ánacar a?
Benf azquenãocom acabeça,most
randoquenãoentendeu.
Homens.
“Acabei decomerfrangoàpar
megi
ana”,expl
i
cocom t
odaa
paciência.“
Edaí?”
“Edaí”,conti
nuo,
“quepreci
sodeum t
empoat éacomi
daassentar
.”
“Nãov amosnadar,Parks.Vocênãopreci
sadarum tempodepoi s
decomer .”
Ele põe outro enorme bocado na boca.Fico só observando,
perpl
exa.“Estámedi zendoqueconseguesenti
rtesãologodepoisde
tr
açarum pr at
odesses? ”
Benolhaparaacomidaedepoisparami m.“Cl
aro.

“Bom,eunãoconsigo.Soumulher.Asensaçãodebarr
igaest
ufada
pr
eci
sapassar.

“Bar
ri
gaestufada?Vocêporacasosabeoqueéi sso?


Claroquesei…ah,esquece”
,di
go,af
astandoacadei
raepegando
meupr ato.

Esper aaí
.”Bensegurameupul
soquandof açomençãodei
ratéa
pi
a,entãoespetaogarfonoúlt
imopedaçodef r
angodomeupratoe
l
evaàboca.

Inacredi
tável
”,murmuro.
Elevem at
rásdemi m,pegaopr atodami nhamãoant esqueeu
possaenxaguarepõenamáqui na.Encheral ava-l
ouçaséumacoi
sa
queelesabefazerdi
rei
to.Esv
aziar
,nem tant
o.
“Vocênãoestáfal
andoséri
o,né?”,Benper
gunt a.
“Claro queest ou!Nãopossot r
ansaragor a.E seeut i
veruma…
congest ão?”
Bencai nagargal
hada.“Mi nhanossa, nãoéàt oaquev ocêeo
Lancenuncat r
ansav am.Congest ão?”
Douum soconoombr odele.“ Conti
nuafalandoassi m queo
adiament ovaiserporalgunsdi as. ”
“Tudobem,t udobem,escut asó. ”Elepõeasmãosnosmeus
ombr os.“ Achoque t al
vezsej anor malv ocêsesent i
rassi m num
pri
mei roencontro,ounapr i
mei r
av ezquev aipr acamacom ocar a
desti
nadoaserof utur
osr .Bl anton.Massousóeu,Par ks.Foipor
i
sso que a gent ef ezesse acor do,não foi ?Pr a não terque se
preocuparcom bar ri
gacheia, congestão,gases…”
Lev antoodedo.“Nadadegasesnacama.Ent endi
do? ”
Ele continua como se eu não t i
vesse f
alado nada.“Você não
preci
sasepr eocuparem ficarnum ângul
oquenãof ormebar r
iga—e
nãoadi antament i
r,seiqueasgarotasfazem i
sso—, eeunãopr eci
so
esquent aracabeçacom oquev ocêv aiachardot amanhodomeu
pau.Essaúl
ti
mapar
teébr
incadei
ra,por
quecausoumai
mpr
essãoe
tant
o…”
Dour isadaeoempur rodel eve.“Tácerto,vocêvenceu.Pr
omet
e
quenãov air
epararnami nhabar r
igaestufadaeeupr ometonãor
irdo
pintopequeno. ”
Osor risodeleseconv erteem umaser iedadefingi
da.“Ret
ir
e
isso.”Doudeombr os.“Tenhomi nhasteori
as,e…”
Benagar raminhaci nt
ur a.Antesqueeuper cebaoqueest á
acontecendo, vousendol evadadacoz i
nhapar aaescada.
“Praondeagent eestái ndo?”
“Oqueacha? ”,elerebat e.
“Masai ndanãosãooi to
horas.”
“Estáper todisso,Parks.Bem
perto.”Bom…
Entãot á.
12

BEN


Vocêpr
imei
ro”
,di
go.

Par
kerpõeasmãosnaci nt
ura.“
Dejei
tonenhum.Vocêpr
imei
ro.

Douum sorr
iso,t
irandoacamiset
aporci
madacabeçaantesque
el
aterminedefalar
.
Euajogonochão.
OsolhosdeParkersev ol
tam par
ameuabdome
descober
t Vocêsabi
o.“ aqueeui adi
zeri
sso”
,el
ame
acusa.
“Poi
sé.Agoraésuav ez”,
insi
sto.
Elanãosemov e.Ficamospar adosnafrenteum do
outro.“Aport
aest áabert
a”,eladiz,
todapurit
ana.
“Nãot em mai
sni nguém aqui”,r
espondo,com oqueconsi
der
ouma
paciênciaadmir
áv el
.“Sóagent e.”
“Mas…”
Estouprepar
adopar aisso,ent
ãot i
roeumesmoabl
usadel
a.Por
sorte,
éumacami set
inhalist
radafáci
ldear
rancar
.
“Ben!”
,el
agrit
a.
Jogoabl usaem cimadami nha.
Sucesso!Sóquenãomesi ntotão
tr
iunf
ante.
Porque,apesardopapodebar ri
gaestuf
adaesei l
áoque,domeu
pontodev i
staelaéabsolut
ament eper
feit
a.
Penseiqueestivessepr
eparado,masaov ersuaci
ntur
afi
naeseus
peit
osgrandesficocom abocaseca,
emeucér
ebr
onãoconsegue
funci
onardi
reit
o.
Sem mencionaropauduro.
Mi nhar espostaaocor podeladevet erfeit
ocom queganhasse
maisconf iança.Suaapr eensãodesapar ecediant edosmeusol hos,
subst i
tuí
daporum sor ri
sinhomalici
oso.
“Suav ez” ,el
adi z,todamei ga,voltando acol ocarasmãosna
ci
ntur a,masdessav ezdeum j ei
tolentoepr ovocat
ivo,enquant
o
i
nclinaoquadr i
lparaolado.
Meusmov imentosnãosãot ãonaturaisdessav ez.
Consigoabr
iracalçajeanstranqui
lament
e,mas,napr essadetir
ar
ar oupa,esqueço que ainda estou de sapato,ent
ão preciso i
r
cambaleandoatéacamapar amel ivr
ardel
es.
Parkerr
idaminhafalt
adej ei
to,eeujogoacalçaem ci
madel a.
Estoucom tesãopracar al
ho,ecom ai mpr
essãodequeosexo
com Parkerpodeserdi
verti
docomonunca.
Jogoasmãospar atrás,usandoapenasumacuecaboxeraome
apoiarnacama.Or i
sodelamor r
eaospoucos.
Parkerl
evaopolegaràbocaemor dea
unha.Estáner
vosa.
Eeuv oumudarisso.
Ficodepéev ouat éel
abem dev
agar.Fi
camoscaraacar
a.Elaest
á
com um sut i
ãpr et
oder endabem decotado,masfaçofor
çapara
olharapenasparaseurosto.
“Mebeija”
,peço.

Hã?”Parkerestáolhandoparaminhacueca.Oumel
hor
,par
ao
v
olumedentrodel
a.

Mebeij
a.”Dessavezéumaor dem.
Osol hosdel aencont
ram osmeusporapenasum moment o,como
sepr ocurasseumaconf i
rmação.Entãoparecem encont
rar,porque
baixam prami nhabocaef i
cam nebul
osos.
Eumeapr oxi
mo,incl
inandoacabeçadel eveparaquefiquemai s
fácilmealcançar.
“Mebeija.”Agoraéum sussur
ro.
Parkerficanapontadospés,l evant
aoquei
xoedev
agar— bem
devagari
nho—encost aabocanami nha.
Entãomebei ja.
Permi toqueassumaocont role.Éomí nimoquepossof azerdepois
depr aticament edev oraragar otanapar ededacozinhaont em.Éa
vezdel adeconduzi r.
Parkersegur ameur ost o,eseusl ábiosseparam osmeus.Sua
l
ínguaencont r
aami nha,apr incí
piocom cer tacautela.Sol t
oum
grunhi do, degustandoasensação.
Osbr açosdePar kerenl açam meupescoço, apr
ofundandoobei j
oe
fazendo nossos cor pos se encont r
ar em em um cont ato de pele
cont rapel e.
Nessemoment o,per coacabeça.Meusbr açosaenv olvem pela
cinturaemi nhasmãosacar i
ciam cadapedaci nhodepel edescober ta
enquant oabei joavidament e.
Levant ooquei xodel acom onar izenquant obeij
oseupescoço.
Par kerj oga a cabeça par at ráscom um gr unhi
do,f azendo seus
cabel osl i
ndosemaci oschegar em quaseat éabunda.
Entrelaçoosdedosnaquel eondul adoescur oparaquef iqueno
l
ugar .Ai ndaestoupar av erumamul herquenãogost adebei j
osno
pescoço, mas
Par kerador a.Elaseesf regat odaem mi m.Est
oumai squedur o,e
aindanem t i
reiosutiãdel a.
Porf alarnisso…
Com r elut
ância,meusdedossol t
am seuscabelosemi nhaboca
tomaadel aenquantosuboasmãosporsuascostas,atéchegarbem
pert
odof echo.
Consigoabr ircom f
acil
i
dade,masfaçoumapausaant esdetir
ara
peçader enda,incl
i
nandoacabeçalevementepar
at r
ásparaencarar
Parkeregar anti
rqueestamosem si
ntonia.
Osolhosdel aestãomar ej
adoseacesos.
Com cer
tezaest
amosem si
ntoni
a.
Com um sorri
somali
cioso,desl
izoasalçaspelosombr
osdel
a,
parandopoucosmil
í
metrosant esqueosutiãcai
a,sópar
ator
tur
ar
nósdois,eent
ão…
ParkerBl
ant
onest
ásemi nuanaminhaf
rente.
Meusorri
soseal ar
gaquandool hoparabaixo.“Achoqueessa
podet
ersidoamelhoridei
aquev ocêját
eve,Par
ks.”

Maisação,menosfalat
óri
o.”Avozdelasair
oucaeáspera.
Levantoasmãos,masmei nterr
ompoant esdetocar
.“Penseique
vocêqui sessetr
ansarcom seumel goexat
horami amenteprapoder
conversar.Nãofoii
ssoquev ocêfalou?”
Elasol taum grunhi
dodef r
ustração,ar
queandoascostaspar a
l
evarseuspei tosàsmi nhasmãos,ent ãoperceboqueestámaisdo
quecer t
a.
Estouf al
andodemaiseapr ovei
tandodemenos.
Seuspei tossãogr andes, f
irmeseper feitos.Bem sensí vei
st ambém,
considerandoosgemi dinhosqueel asol ta.
Deixomi nhasmãosexpl orarem àv ontadeeapr enderem seus
contornosant esder ecompensarnósdoi scom umacar ícianos
mami l
os.Elar eageaper tandomi nhabundaemepuxandopar aj unt
o
desi com um gemi dosuav e.
Euabei jodenov o,sóumav ez,com f orça, eem segui daaempur r
o
nadireçãodacama, fazendocom quesent e.
Meusol hosnãodesgr udam deseuspei tosmar avi
lhososenquant o
meusdedosabr em osbot õesdacal çapr etaqueest áusando.Eua
puxo porsuas per nas compr idas e a j ogo na pi l
ha de r oupas
descartadas.Agor aPar kerest ásócom umacal ci
nhapr etami núscula
eeudecueca.
Não consi go par arde ol harpar a ela,o que não a i ncomoda,
aparentement e.Elaest áocupadaf azendosuaspr ópr
iasobser v ações,
eem segui dat apaabocapar asufocarumar isadi
nha.
“Émui taloucur af
azeri sso? ”
,Parkerper gunt a.
“Com cer
teza”
,respondo,apoi
andoum joel
honacamaeumamão
em seuombr oparadeit
arseucorpo.
SeParkergostoudami nhabocaem seupescoço,
cur
teai
ndamai
s
quando
encontraseuspeitos.Elaficaloucaquandoapr ovococom beij
osde
l
evenasl at
erai
s,quandopassei ocom al í
nguaent r
eosdoi s,ama
quandoabocanhoum mami loecomeçoachupar .
Estoutãoper didoem suaper f
eiçãoquenãoper ceboquesuas
mãost ent
am entrarfreneti
cament enaminhacueca.
“Tem al
guém com pr essaaqui”,comento,
recuandoum
pouco.“Trêsmeses, Ben”,el
adiz.“Fazquasetrês
meses. ”
“Nãoprecisadizermaisnada. ”
Eu mel i
vro da cueca em quest ão desegundos,mast i
ro sua
calcinhabem dev agar i
nho,paraaument arat ensão,percorr
endocom
osol hossuasper nascompr i
das.
Ent ãojogodel adoaúl ti
mapeçader oupaent reminhamel hor
ami gaeeu.Enãomear rependonem um pouco.
Elapel ojei
tot ambém não, por queseapoi aem um doscot ovel
ose
mepux apar aum bei j
omai sdoqueacal orado.
Ret ri
buo,enossasl í
nguascomeçam asemov ernomesmor it
mo
enquant omi nhamãov aibaixandopel oseucor po,passandopel o
abdomel isi
nho( “barri
gaest ufada”coi sanenhuma)at éeuasent i
r
todagost osa,mol hadaequent i
nhanapont adosdedos.
Par kermor demeupol egarquandodesl i
zoum dedopar adentro,o
quedest r
óiopoucoquemer est adeaut ocontrol
e.Eumel evantoe
corro par a o cr iado-mudo como um homem mor to de sede
mer gulhari
aem um l ago.“Ondeest ãoascami sinhas?”
Par kernãor esponde.Enãopr ecisa,porquenagav etanãot em nada
al
ém
decamisinhas.
“Put
amer da,Parks.Achoquev ocêacaboucom osupr i
mentode
l
átexdopl aneta.

Elamordeol ábioeolhaparamim.“ Passeinoat
acadãoenquant
o
vocêestavanaacademi a.”
Sóconsi gobalançaracabeçaenquantopegoumaentreoi
to
mi
l
hõesde
embal agens.“ Umagar otaquecompr acami si
nhasporat acado…A
gentedev iaterf ei
toi ssoant es.”
Me v olto de nov o par a el a e,apesarda ur gênci
a de poucos
i
nstant esat rás,pr ocur oobser v arseur osto.
Éent ãoque
acont ece.Opont o
dev i
r ada.
E,apesardenuncat ert idot antav ontadedeal gumacoi sanav i
da
comodemeenf i
arnomei odasper nasdel a,nãopossoar rui
nar
nossaami zade.Pr ecisosaber …
Elaest endeosbr aços.Meu pau pul saem suamão.Par kero
acariciacom mov iment osf i
rmesef luidos,lambendoosl ábios.
“Ent ãot ábom” ,mur mur oenquant osol toum gr unhidoeabr oa
embal agem dacami sinhacom osdent es.
Elaseaj eitanacamaquandomeapr oximo, abrindoasper naspara
eu meacomodarent reel as.Est áof eganteagor a.Eu t ambém,e
parecel oucur anãot erf ant asiadocom essemoment odesdequea
conheci ,por quenuncasent ium desej ot ãofort
e.
Posi ci ono as mãos uma de cada l ado de seu cor po.As del a
pousam sobr easmi nhas,eesper oomai ort empopossí velpara
sabor earomoment o.
Met onel ae,nossa,est ápr ont i
nha.Respi rocom f or
çai ndoai nda
maisf undo,sent i
ndosuasunhassecr avarem em mi m,mepux ando
paramai sper toenquant or esmungaal goquepodeserum “ vem” .
Quandoest oui nteirinhodent rodela, f
açouma
pausa.Sabor eioomoment o.
Eu não di r
ia queapr esso ascoi sascom out r
asgar otas,mas,
vamosencar arosf at os,umav ezdent ro,acoi sav i
raumacor ri
da
rumoàr ecompensa, cer to?Soudot ipopá- pum.
Mascom Par kerédi fer ente.Poral gum mot ivoémai simpor tante,
entãof icopar adoum i nst ant e,sentindoseucor po,obser vandoseu
rosto,r epar andoem suar espiração.
Entãoescut oav ozdeladenov o.“Vem. ”
Eumei ncl
inosobr eel a,encontrandoseusl ábioscom osmeus
enquantot ir
ot udo,depoismeaf undoporcompl etonela.Nósdois
gememosaomesmot empo.
Mantenho um r i
tmo lent o econst ante,o máxi mo queconsigo,
querendoagr adarPar ker,porque,comoel amesmadi sse…faztrês
meses.
Maspel oj eit
oasecaadei xouempol gadaepr ontaparaaação,
porquesuar espir
açãoseacel eranum i nstant
eeseusquadr i
sse
remexem, meobr i
gandoaacel er arori
tmo.
Seiqueel aest áchegandol á,entãov oubaixandoamãopel oseu
corpo,eéobast ante;umaesf regadi
nhacom odedoeel asearqueia
toda,gri
tandoemeaper t
andodent r
odel aaomesmot empo.
Osom eav i
sãodelasedesf azendot odanoor gasmoacabam
comi
go.
Sóconsigodarmaisduasestocadasant
esdet
ambém chegarao
cl
ímax,prendendoapelemaci
adeseupescoçoentr
eosdentes,de
l
evinho,enquant
oest
remeçot
ododent r
odel
a.
Entãodesabo.
El
amedei xadei
tar
,ti
randoosbraçosdasmi nhascost
aseos
dei
xandopar adosaoladodocor poenquantorespir
opesadament
e
contr
aseupescoço.
Nãosei quantot
emposepassaassim.Segundos?
Minutos?Dias?
Parkervi
raacabeçapar
acolarabocanami nhaorel
ha.“
Então.

“Ent
ão” ,di
go,antesdemelevant
arsóosufi
cient
epar
aobser
var
seu r osto, rezando par
a não encont
rar nenhum si
nal de
arr
ependi mento.
“I
ssof oi…”
Elasei
nter
rompe.
“Poi
sé”,r
espondo.Por
queeuent
endo.Nãodápr
aexpl
i
car
.
“Ent
ão…denov o?
”Seut
om devozéesper
ançoso.Abr
oum
sorr
iso.Agent
edevamesmot
i erfei
toi
ssomuitotempoat
rás.
13

PARKER
Vi
nte minutosdepois,o f
ogo di
minui
u pel
o menosum pouco.
Temposuf i
cient
eparaBeneeuv ol
tar
mosaf azeroquesempre
fi
zemostãobem:
Br
igarparausarochuvei
ro.
“Ganheiaapost adobei jocom f olga”,di go,tentandobel i
scaro
braçodel e,caí dosobr emi nhabar ri
ga.“ Aquel ebeij
of oipéssi mo,eu
tomobanhopr i
meiro.Um mêsi nt
eiro.Er aot rat
o.Agor amedei xa
l
ev antar.”
“Sem chance.O bei jodeont em nãof oipéssi mo.Pr enseiv ocê
contraapar ededacozi nhaer olout ot
al.”
“Essef oiosegundobei jo”,argument o,torcendopar aqueel enot e
meut om dev ozprofessoral .“Ot rat
oer ar eferenteaopr i
mei ro.”
“Nãot ev esegundobei jo,f oiumacont inuaçãodopr i
mei ro.Achei
queagent etivesseconcor dadocom i ssoont em ànoi te.Vocêat éme
deixouescol herocanal .”
“Bom,agor at i
vet empoder epensarascoi sas”,digo,t í
mi da.“E
decidi quequem ganhouf ui eu.”
“Ah,v ocêdeci di
u”,el er esponde,seapoi andonobr açopar ame
olhar.“Ent ãoéassim? ”
Finjopensarar espeito.“É.Bem i ssomesmo. ”
Eleestrei
taosolhos.“Fizvocêgozar .Duasvezes.Nãopodet er
doisorgasmoseserapr i
mei r
aatomarbanho. ”
Consigolevant
arseubr açoosuf i
cientepar
amedesv enci
l
har.“ É
porcausadosor gasmosquepr eci
sodeum banho.Est out oda…
grudenta.

El
eer
gueumasobr
ancel
ha,
depoi
ssent
a,sem nenhumav
ergonha
desua
nudez.“Ah,vocêquerentr
arnapartel
ogí
sti
cadacoi sa.Voumost
rar
pravocêoqueagent etem quel
i
mparprimeir
o.”
Eleapontaparaochão, eeuol
hoparaascamisinhas
usadas.Eca.
“Tôfora”
,dizemosaomesmot empo.
Saiocor rendopar aobanhei r
oedouum gr i
toquandoouçoseu
“Nem f odendo! ”
, seguidodosom deseuspésnochão.
Est ouquasef echandoapor t
aquandoel easegur acom amão
espalmadaeent racomi gonobanhei r
o.
“Sej acav alheiro,Olsen” ,digoaos
risos.“Sej aumadama, Blanton.”
Est amossor r
indoum par aoout rofei
todoisidiotas,enãoent endo
porque penseique t al
v ez não f osse darcer t
o.Cl aro,foimei o
esquisi t
opor ,ti
po,mei osegundo,quandoel eti
roumi nhablusa,mas
depoi sfoi…bom.Não, foi perfeito.
E,omel hordet udo,f oidi verti
do.Nãoépori ssoqueaspessoas
fazem sexo?
Eleseapr oximademi m edouum passoat rás,not andoquenão
existemai sespaçoent remi m eabanhei r
a.
Quandoper cebequenãot enhopar aondei r
,el eparaesei ncli
na
um pouconami nhadi reção, entãoum poucomai s,eaí…
Eleenf iaamãoat rásdacor tinaeabr eator
neira.
“Esperoqueestej
aesquent
andoaáguaparamim”,di
goquandoel
e
endir
eitaocorpo.
“Não.”Benpuxaacorti
na.“
Est
ouesquent
andopragente.


Quê?Ah… ah! ”,excl
amo quando suasmãosencont r
am mi nha
cintura,
meconduzi ndopar
aabanheir
a.Eleentr
acomigo,fechandoa
cortinaparaquefi
quemossónósdoisl ádent
ro,
com nossanudezeo
vapordaágua.

Esperti
nho”,di
gocom av ozmei oaguda,enquantosuasmãos
sobem pelaslater
aisdomeucorpo.
“Ah,é?”Eleseincl
inaparaaf r
enteemor dedel eveminhaorelha.
“Penseiquetodomundosai r
iaganhandoassim.”
Suabocadescepar ameu pescoço,emeusol hossef echam.
Sempr efuil
oucaporisso,eBendescobri
urapidinho.
Elechegamaispertoemeusol hossearregalam.
“Comoassi m?Vocêj áest
áprontodenovo?”,
pergunto.
Sintoseusorr
isoseformarnomeupescoço.“ Tenhovi
nteequat ro
anos.
Est ounoaugedami nhav i
dasexual .”
Lancet em v i
nteequat r
oanost ambém, masédot i
poquepegano
sonol ogodepoi sdapr imeira.Apósduasr odadasdesexoat odoo
vapor ,nãot enhocomoquest ionarqueocor podeBenest ápr onto
par aat ercei ra.
E,par ami nhasur presa,omeut ambém.Doi smi nutosat r
ás,t i
nha
cer tezadequesóquer iaum banhodemor adoequent e,depoi sum
cigar rinhopar acomemor arof im docel ibato,mascom abocadel e
fazendoi ssoper todami nhaor elha…
Mi nhasmãospassei am porseut r
oncoper fei
to,easpont asdos
meusdedosdemonst r
am um i nteresseespeci alpel asl i
nhasdeseu
abdome.Ent ãor elembr oav isãoquet ive.Depassaral í
nguaport oda
aquel abar ri
gadel iciosa.
Empur roBenpel osombr os,eel er ecua.Mesi ntoest ranhament e
felizao v erseus ol hos mar ej ados de desej o só porbei j
armeu
pescoço.Vamosv ercomov aireagi raisso…
Mei nclinopar aaf r
ente,encost andoosl ábiosdel eveem seu
ombr oedandoumamor didanãot ãodel eveem suacar nefi
rme.
Elesol t
aum si bilo,esor r
ioenquant omeusl ábiosdescem at é
encont r arogl ori
osot anquinho.
Dei xomeusl ábiosemi nhal í
nguaencont rarem ocami nhopel a
super fícier í
gi daemuscul osadeseuabdome.Seusdedosagar r
am
meuscabel osmol hados,eaáguaai ndaquent ecaisobr emi nhas
cost
asenquant
oexploro.
Meusl
ábiosdescem um poucomai
s,eescut
oar
espi
raçãodel
ese
acel
erar
.
Pensamentossafadosepervert
idosdomi
nam minhamente.Abr
o
um sorr
isoem suabarr
igaeaj
oelho.
Olhoparaci
mal ambendooslábi
os,eBensol
taum gr
unhi
do.
Pegoseupaucom aboca, eel
esoltaum pal
avr
ão.Abroum sor
ri
so
vi
torioso.Nãocostumosert ãoousada,masporalgum moti
vocom
Benédi f
erent
e.El
efazcom queeumesi nt
aconfi
ant
e,curi
osaesem-
vergonha.
Mui tosem-ver
gonha.
Cincomi nutosdepois,um Benofegant
emepõedepédenov o,e
abroum sor r
isi
nhopresunçoso.
Eleestr
eitaosolhos.“Estásesent
indot
odaor
gulhosadesimesma,
né?”“Équenuncaouv ivocêdi
zermeunomedessejei
toant
es.Mas
aáguaest á
fi
candofri
a, e…”
Elemev ir
a, i
nv er
tendoasposi ções.“Vocêv aiesqueceri
sso
rapidinho. ”“Nãov ou,não…”
Ent ão el ef i
cadej oel hos,eésuav ezdemeol harcom uma
expressãochei ademal ícia.“Ben…”
Elesei nclinapar aafr enteesual ínguameencont ra.Minhanossa,
Benest avacer to.Esqueçot otal
menteaáguaf ri
a.
Vár iosmi nut osdepois,el ef i
cadepé.Quandopar odeof egar
,dou
um t apaem seuombr o.“ Quem est át odoor gulhosodesimesmo
agora? ”
Nósnosensaboamoseenxaguamosàspr essasnaáguagel ada
antesdecomeçarabr i
garporcausadat oalha,comoesper ado.
“At oalhaémi nha,Ben.Épori ssoqueel astêm cores
diferentes. ”“
Si m,masj áuseiessademanhã” ,el
ediz.
“Eusabi a!Sabi aquev ocêest avament indo.

Benseapr ovei
tadami
nhaindi
gnaçãopar
ati
rarat
oal
hadami nha
mão.“
Nãopensaquesóporqueagoraagent
etr
ansaeuvoucomeçar
aagi
rdif
erent
e.”

Tipocomoum adul
to?
”,mur
mur
oenquant
opr
ocur
oumat
oal
ha
ext
raembai
xodapi
a.
Elepar adeseenxugar .“Comoéqueeunãosabi aquet i
nhatoalhas
l
impasaíembai xo?”
“Si
mpl es”,r
espondo.“ Éoar mári
odosmat eri
aisdel impeza,oque
si
gnificaquev ocêtem aversãoaele.”
“Hum. ”Benmeempur r
aparaol adoeabr eoar marinhodoespel ho
parapegarodesodor ante.
Façoomesmo,ent ãomedoucont adecomoessasi t
uaçãoéboa.
Não r ol
ou nenhum const r
angi
ment o, nenhum ar rependi
ment o,
ni
nguém par eciadesesperadoparasel i
vrardooutro.
“Querv erum fi
lme?”,Benpergunta,amarrandoat oalhanacinturae
abri
ndoapor t
adobanhei ro.
“Claro.Euescolho.

“Não.Seugostoépéssimo.”
Desfaçoonóqueel eacaboudedar,eat oal
hacai
.Bentr
opeçade
l
eve.“Ops”,di
gocom umav ozmeiga,passandoporel
enadireção
doquar t
o.“Sópor
queagent eest
átransandoagoranãoquerdizer
quev ocêpodeme
v
erpeladoquandoqui ser
…”
Soltomi nhat oalha,pr oporci
onandov isãot ot
aldami nhabunda
enquantomeaf asto.
“Tá,veroout ropel adoquandoqui seréumaboai deia!
”,Bengr i
ta
atr
ásdemi m quandof echoapor tadoquar t
o.
Aindaest ousor rindoenquant ovistoopi j
ama,prendoocabel o
molhado em um coque e desço par a a sal a,onde Ben já está
posici
onadonosof á, com ocont roleremot onamão.
Olhoparaacai xadeDVDaber tanamesi nhadecent r Apr
o.“ oposta
? ”
,pergunt
o, t
odaani mada.“ Sér
io?”
Ele solt
a um suspi ro de desâni mo. “ Pode consider
ar um
agradecimentopel oqueacabadeacont ecer .

Abro um sor ri
so emej ogo do lado del e,cont
enteapont o de
parecerri
dícul
a.Não, mai squeisso.Feliz.Agent edeveramesmot
i er
fei
toissohá
mui
tot
empo.
14

BEN
Parkerestát otal
ment enocl imadekar aokê.Duast açasde
espumantee
bum .Elaestánopal co.
Nãoénem av ezdela,masachoqueessaéumadasv antagensde
serl i
ndaet erumaami gai gual.Bastaram oi t
o segundosedoi s
sorri
sosbonitosdeLor iePar ker(com umaaj udadodecot edeLor i
,
acho)paraconv enceroscar asqueeram ospr óximosdaf i
l
aadei xar
queasduaspassassem naf rente.
“Suagarotaéboani sso”,Jasonmedi z, sent
andoaomeul adocom
um copodeuí sque.
Ficotensoporumaf raçãodesegundoaoouv irJasonser ef
erira
Parkercomomi nhagar ota,masseiqueel ejádisseissoum mi lhão
dev ezes,quandoai ndanãot ínhamost ransado,eel esóquerdi zer
queelaé…bom, mi nhagar a.Masnãonessesent
ot ido.
Enfim.
Parkercantabem.Mui t
o.El
aeLoriescolher
am umamúsi caant
iga
doDest i
ny’
sChi l
d— ot i
podemúsicaqueeunãosaber i
anomearou
di
zerde quem é nem se mi nha v
ida dependesse di
sso,mesmo
conhecendoal et
raint
eir
a.
Obarest áadorandoasduas.
Éraroapar eceralguém num karaokêcom umav ozeum v
isual
arr
asadores,maséocasodePar ker
.
Av ozdeLor inãoét ãoboa,eel asel imit
aaoacompanhamento,
masest ál ongedeserdesaf inada.Al ém disso,est
ámai
sdoque
compensandoaf al
tadetal
entovocal com dança.
Aoterminar,el
assãoaplaudidasdepé,
ev ol
tam par
aamesaaos
ri
sos.Parkerpegaminhabebi daedáum gol
eenorme.“
Del
íci
a!”
“Acervej
aouopal co?”
,pergunto.
“Asduascoi sas.”El aser ecost anoassent ocom um sor r
iso.“ Acho
queagent eprecisademai schampanhe. ”
“Vocêsempr eachaqueagent epr ecisademai schampanhe” ,Lori
diz.“ Masdessav ezeuconcor do.”
Jason chamaum gar çom com car adet édi
o epedi mosout r
a
rodadaenquant oLor iePar kersepr epar am paraapr óxi
mamúsi ca.
“Vamoscol ocarnossonomenal i
sta” ,dizLori
.“Apesardequecom
cer tezav ãodeixaragent ef uraraf il
adepoi sdanossaapr esent ação.”
“Tá.Sópr eci
sodeumabebi dapr i
mei r
o”,Parkerav i
sa.“Umadose
decor agem. ”
“Hum- hum” ,Loriresponde.Em segui daseusol hosazui ssev oltam
par ami m.“ Fazum duet ocomi go, Ol
sen. ”
Par o debeberacer vej
aenot o quePar kerlançaum ol harde
sur presaant esdesev i
rarpar ami m.
Façoquenãocom acabeça.“ Sem chance.Chamao
Jason. ”“Dejeit
onenhum” ,
el eretr
uca.“ Eunãocant o.

“Penseiqueokar aokêt i
vessesi doi deiasua” ,Parkercoment a,
i
ncl inandoacabeça.
“Gost odev erout raspessoaspassarv ergonha”,elediz,apont ando
par aopal co,ondeum gr upodemul heresembr iagadasat ropel aa
l
et rade“ GirlsJustWannaHav eFun” .
“Qualé? ”,Lorii nsiste,medandoum chut edel eveporbai xoda
mesa.“ Vai serdiverti
do. ”
Olhopar aPar ker,quedádeombr os.“ Vai l
á.Suav ozémel horquea
damai oriadaspessoasqueest ácant ando. ”
OquePar kernãodi zéqueem ger aleucant ocom el a.Agent eia
ao kar aokê quase t odo f i
m de semana na época da f acul dade,
escol hendodesde
baladascount ryat éhi ts.Édi ver ti
do.Oupel omenoscost umav aser .
Masel anãopar ecenem um poucoi ncomodadacom of atodeque
mi nhapr imeiramúsi cadanoi tev aisercom Lor i.Eporquef icaria?
Par kermedáumapi scadi nha.Encol hoosombr os,olhandopar a
Lor i
.“Certo.Beleza.Vamosnessa. ”
Osor ri
sodeLor iéum poucomai sempol gadodoquedev er
ia,eo
j
eitocomoel asegur ami nhamãoassi m quef i
codepét ambém é
bem desnecessár io, masenf im…
Sua cer teza de que v aiconsegui rf urara f i
la se r ev ela bem
fundament ada.I nst ant esdepoi s,est oucom um mi crofonenamão,
cant ando“ You’ret heOneIWant ,deGr
” ease,com Lor i
.A pl atei
a
par ecegost ardenósquaset ant oquant odel asduas.
Per cebo umaboaquant i
dadedeol har esint eressadosdapar t
e
femi ninadapl ateiaquandoi mi toadanci nhadoJohnTr av olta.
Pi scopar aumagar otai nt
er essant eem umamesamai saof undo.
Umamor enacom um v estidov ermelhomat ador .Masent ãomeu
olharsev oltaparanossamesa.
Jasonai ndaest á
lá.Par kernão.
Porsor te,conheçodecoral etradessamúsi cai rr
it
ant e,gr açasa
nossasi dasaokar aokênaépocadef acul dade,ent ãopossocant arno
aut omát i
co,sem pr ecisarol harpar aat ela,enquant oesquadr inhoo
recintoem buscadePar ker.
Láest áela,conv ersandocom um
car a.Epar ecei nt eressada.
Hum.
Lor
ipegaminhamãopar aum passodedançameior i
dícul
odos
anos50 quecombinabem com amúsi ca.Ent
ão encerr
amosde
maneir
aespet
acul
ar,
sem fal
samodésti
a.
Est
átodomundogri
tandoeapl
audi
ndo.
TodomundomenosPar
ker
,quemalt
ir
aosol
hosdol
oir
ocom
quem conver
sanobar
.
Fi
cofeli
zporel
a.
Talvezfinalmenteest ej
apegandooj eit
odacoi sa.
Porra,talvezelasópr ecisassedesexobom dev erdade— não
estoumegabando, sófalandoav erdade—par asesoltar
.
Eosexocom Par kerf oimui tomai squei sso.Foiexcelentena
segunda,quandoquebr amosogel o.Eai ndamel hornat er
ça.Ena
quarta,enaqui nta.Ehoj e,quandot ransamosnacozi nhapoucos
minutosant esdesai rparaencont rarLori eJason.
Nãoqueol oi
rodecami sabr ancav ámeagr adecerporisso.Elenão
faz ideia de que sou o r esponsáv el pela recém-conquist
ada
autoconfi
ançasexual dePar ker.
Eu.
Estout ãopreocupadot ent
andoav ali
aroqueest árol
andocom
Parkerquenem per ceboqueLor inãosol toumi nhamãoquando
descemosdopal co.
Sóaochegaràmesaconsi godesv enci
lharmeusdedosdosdela,
usandomi nhacervej
acomopr et
ext
o.
“CadêaPar ker?
”,elaperguntaaJason,quepar ececadavezmai
s
bêbadoeai ndamenossut i
lnosolharesquel ançaparaodecot
ede
Lori
.
Eleapontacom oquei xoparaobal cão.Lor ivi
raacabeçapar
a
l
ocalizaraamiga.
“Ah!Um gati
nho.Elaparecebem fel
i
z.”
Loriestendeamãopar ami m.“Tocaaqui.Achoqueasl i
ções
fi
nalmente est
ão surti
ndo efeit
o.Nossa garot
a está entr
ando no
ri
tmo!”
Bato na mão dela,pr ovavel
mente com maisf orça do que o
necessári
o,etomomai sum gol edecervej
aparanãoacabardizendo
quefuieuquef i
zParkerentrarnori
tmo.Vári
asvezes.
Sousalv oquandoPar kervolt
acorrendoànossamesaemanda
Loriabr
irespaço.Agar
otaseapr
essaacol
araper
nacont
raami
nha.
Lançoum olhar
paraParker,quenem not a.
Estáocupadademai sexi bindoum guar danapocom um númer ode
tel
efone.“Ol
hasóoqueeuconsegui !

“Éissoaí,garota!
”,Loridiz,levantandoamãopar aParker
também.Pel oj ei
toLorifazhi ghfivecom t odomundoquando
estábêbada.“ Né?”Parkerbal ançaoscabel os,abri
ndoum
sorri
soanimado.
“Pelojei
tocomoel eestav av idr
adoem v ocê,penseiquef ossem
acabarindojuntospar acasa” ,Loricoment a.
“Ah,essapr opostafoifeita”,Parkerrevela,todapresunçosa,dando
um golenoespumant e.
“Evocênãoapr ovei
tou?”,Lor ipergunt
a.“ El
epar eci
abem gatinho
daqui.
”“Estoucom v ocês” ,respondePar ker ,
franzi
ndoonariz.“Não
podiair
embor adonada. ”
Sint
oumapont adadecul pa,lembrandoquant
asv ezessaícom
Parkerefuiembor adonadaporcausadeumat ransa.Depoi
sde
garanti
rumacaronaparaela,
claro.
Parkerv
iraabebidaelev
antadenov o.“Pr
eci
sofazerxi
xi.

Lorifazmençãodei rt
ambém, ent
ãoum suj ei
tocom um br
onzeado
nadanat uralsurgenasuaf rente.“
Vocêmandoumui tobem láem
ci
ma. ”
Elaabreum sor risotodosexy .Soltoum suspirodealívi
oporter
apareci
doal guém queaaf ast
edami nhaperna.
“Ah,é?”,
Lor i
diz,evolt
aasent arpararecebermaisel
ogios.
“Ei
,me dei xa passar”
,digo,dando uma cot ovel
ada no quase
capotadoJason,j
áqueémai sfácilsairdobancoem v ol
tadamesa
ci
rculardoquepeloladodeLor i
.
Elebufa,masmedei xapassar.Quandof i
cadepé,seuspés
oscil
am.“Achomel horpegarmaisl ev
enouísque,campeão”,
coment o.
Jasonmemost raodedoev aicambaleandonadi reçãodobar.
Façoumapr ecesil
enciosapelaprot
eçãodamul
herquecr
uzarseu
caminho,sejaquem f or.Def
ini
ti
vamenteest
ánahoraderepensar
minha“amizade”com esse
cara.Parkert
em razão.Eleébem babaca.
Mas, nomoment o,éamenordasmi nhaspr eocupações.
Perguntoaumagar çonetemal -
humor adaondef icaobanhei ro,e
entãoentroporum corredormal il
uminado.
Tem um casalsepegandol á,enquantoout r
odiscute,masnenhum
si
nal deParker
.
Encostonapar edeem f renteaobanhei r
of emini
noeexami noos
arr
edoresenquantoesper o.
Quandoel aaparece,l
ogoem segui da,detém opasso, sur
presa.“Ei
.”
Em respost
a,euaseguropel
amãoeapuxonadi r
eçãodeumadas
saí
dasdeemer gênci
a.Anoi
tenãoest
át ãof
ri
aparaaépocadoano,
entãoesperoquenãoseincomodecom oquevouf
azer.
“Ben,oquevocêestá…?

Euaempur r
ocont raapar edeexter
nadobaredouum bei j
onela.
Bem caprichado.
Ar eaçãoéi mediata.Sualínguaseenrolanaminhaesuasmãos
desli
zam pelasmi nhascostas,crav
andoasunhasnapel eporbai
xo
dacami sa.
Mor doseul ábio,eelasolt
aum grunhidi
nhosexy
.“Entãoéissoque
vocêf azquando agent esaiedesapar eceporum t empo…”,el
a
coment a,dandoum passoat rásemel ançandoum ol
harcuri
oso.
“Gostou?”,pergunto,mordendoseupescoço.
“Éumacoi sabem…”Par kerr espirafundoquandomi nhasmãos
encontram seuspeitos.“Pervert
ida.”
Abroum sor ri
so,porquePar kernem começouaconhecermeul ado
pervert
ido.
Aindaassim,nãov out r
ansarcom el aencost
adonapar ededeum
becopoucodi scr
eto,entãomecont entopormaisalgunsmi nutosde
pegaçãoant esdepassarasmãosem seusbr açoscadav ezmai s
gel
ados.
“Vamosl ápr adentro.”Elafazum bi qui
nho,eeupassoopol egar
em seul ábi
o.“Anãoserquequei r
af i
caraqui.

“Euquero,mas…”El ahesi
t a,eeuf icopar ali
sado,t
orcendoparaque
nãodigaquecombi noudeirembor acom ol oi
ro.
Estoupreparadoparaopiorquandoel ame
encara.“
Quet alum duet
o? ”,Parkerpr opõe.
Soltoum suspi r
odeal í
vio.Nãoquef ossef i
carressenti
doseela
resol
vesseaprov ei
tarachancedecur ti
rcom out r
ocar a.Fazpar
tedo
acordo.Mas,considerandooquant oest oudur odepoisdeunsbei j
os,
nãosei comomeuegosupor tar
iaar ejeição.
“Tá”,r
espondo.“Sóumamúsi ca.

“Sóumamúsi caedepoisoquê? ”,el
apergunta,mali
ciosa.
Projetoosquadr i
sparaaf r
enteparaencost arnel
a.Seusolhosse
arr
egalam, masl ogodepoi
ssef echam.“Pensandobem, oduet
opode
fi
carpr aoutr
ahor a…”
Jáest oumeencami nhandopar aapor tadaf rent
edobar .“Vou
chamarum t áxi
.Dizprosdoisqueest amosindo.AchoqueoJason
nem vai per
ceber,eaLorij
áarrumouum admi radorprasedistr
air
.”
Cincomi nutosdepoi
s,est
amosacami nhodecasa.
Fi
cosabendoquePar kernuncasepegoucom ni
nguém nobanco
detrásdeum t
áxi
.
Entãodamosum j
eit
odecor r
igi
risso.
15

PARKER
Naquinta-
feir
asegui nteànossaav ent uranokar aokê,
descubroque
voupreci
sartrabalharatétarde.Muit
ot ar de.
Éum daquel esdi ascom r euni
õesumadepoi sdaout r
aequase
nenhum temponami nhamesa, oquesi gnificaquenãor espondiose-
mail
s“ ur
gentes”nem escr ev
imeur elat
ór iosemanalpar aar euni
ãode
amanhãcom mi nhachefe.
Defi
nit
ivament e,
mi nhajor
nadav aiseest ender
.
Consigof azerum i
nterval
odeci ncominutosentreumar euniãoe
outr
a,oquemedát empodef azerxi
xi
,beberumacocazer oeav i
sar
minhacar ona,queporacasot ambém éocar acom quem t r
e…hã,o
caracom quem est ou t
ransando,queporacaso t ambém émeu
melhorami go.
Balançoacabeçaenquant opegoocelular,
mai sumav ez
i
mpr essionadacom quantascoisasnaminhav i
daestãorel
acionadas
aBenOl sen.
Pri
ncipalmentenosúlti
most empos.
Em t
eor
ia,sei
quenãodev epar
ecermuitosaudávelpassar
mos
t
antotempojuntos,
especi
alment
eagoraqueacrescentamosasnoi
tes
—easmadr ugadas.
Masaquestãoéqueparece,si
m, bast
antesaudável.
Porquequem l
evaumav
idasaudáv
elest
áfel
i
zot
empo
todo,né?Eeuest
ou.
Feli
z.
Ser
áporcausadosor
gasmos
fr
equent
es?Escrev
ouma
mensagem:
Ei
,tudobem seeutrabal
harat
étar
de?Vocêpodei
rdecar
onacom
Jason?
Ar espostavem ant
esqueeuconsigaguardarocel
ular
.El
etambém
deveest arent
reumar euni
ãoeoutr
a.
Euesper o.Tenhoumascoisaspr
af azer
também.Legal .Nocarroàs7?
Blz.
Jáestouacami nhodasal ader euni
õesquandooaparel
hov i
brade
novo.Querjant
ardepoi s?Em algum l
ugarcar
o?Eupago.Tenho
boasnotí
cias.Levantoassobr has.Éum encont
ancel ro,
Olsen?
Arespostaéinstantânea.
Opa.Esperoquegost
edasf l
oresquecompr
ei.Edei
xeibi
lhet
inhos
r
omânt i
cosnoseupara-br
isa.
Sor
rioantesdeescr
ever
: Éporissoquev
ocênãotem namorada.
Porqueeui aquererumanamor adasetrepootempot odocom a
safadadami nhamelhorami ga?
“Quealegr
iatodaéessa? ”Levoum sust
oquandov ej
oLorieEry
n
caminhandonami nhadireção.
Loridi
minuiopassoeol hademanei r
asigni
fi
cati
vaparaaoutr
a.
Eryn,asem- noção,t
entaespi
armeut el
efone,masapagoat el
a
antesdisso.A úl t
ima coi
sa de que pr
eci
so é que o pessoaldo
escri
tóri
ofiquesabendosobremim eBen.
OuLor i
.
“Ah,euconheçoesseol har”,Er
yndizcom umav ozi
nhair
rit
ante.
“Vocêest avatr
ocandomensagensquent escom seunamor ado.

“Nav erdade,Lancemedeuum pénabunda” ,di
gocom um sorri
so
l
argo.“Obr i
gadapormef azerlembrardisso,ali
ás.

Elatem adecênci adepar ecerenver
gonhadacom agaf e.Nem me
douaot rabalhodeesclarecerquenãopensoem Lancehádi as.
Erynent r
anasal adereuni ões,
masLor ieeunão.Éar eunião
semanal daequi pe,enossachef esempr eat
r asa.
Douum gol
enacocazer o.Lor
ichegamai
sper
to.“
Nãomeobr
igaa
pergunt
ardenovo.”
Franz
oatesta,conf
usa.“
Oquê? ”
El
arevi
raosolhos.“
Vocêl
i
goupr
a
el
e?”El
e…Ele…Quem…?
Ah.El
e.
“Aindanão”,respondo, fi
ngindoest arfascinadapel al at
ade
ref
r i
ger
ante.
Lorimeper guntout odososdi asdasemanaseeut inhaligadopar a
ocaradokar aokê.Est ouf i
candosem j ustif
icativas.
Nãosei comodi zerquesól igar
iaseai ndaest ivessei nt
er essadaem
conti
nuarcom meupl anodesexosem compr omi sso.
Enãoseicomodi zerqueaúni car azãopel aqualf uifalarcom el e,
paracomeçodeconv er
sa,foiporqueel aeBenest av am par ecendo
um casalnopal co, eeusenti…bom, nãoexat ament eciúme.
Talveztenhaf i
cadoum poucoi ncomodada, pornãosereul áno
palcocom Ben.
Mesmoassi m, ocar adobar—Br andon—mepar eceubem l egal
.
Diverti
do,normal…
Masnãot enhoamí nimaintençãodeli
garparaele.
Sousal vadeterqueinventaroutr
adesculpapelachegadadanossa
chefe.Elav em em nossadi r
eçãocom ocel ularcoladoaoqueixo
enquant omexenat eladoiPad,queparecenãolargarnunca.
Ar euniãoédemor ada.
A seguint
et ambém,assim comoaquev em depois.Entãof i
co
presa em uma av ali
ação com um gr upo de designers que não
conseguesedecidirporumapal et
adecor es.
Quandov ol
toparami nhamesa,vejoqueLor idei
xouum bilhet
e
avisandoquefoiemboraeor denando: GAHOJE.
LI
Soltoum suspi
ro.
Lei
oose-
mai
l
sàspr
essas.Nenhum ét
ãour
gent
equant
oos
r
emet
ent
es
di
zem, masor el
atóri
ot omamai stempodoqueeuesper ava,por
que
encontroerrosem todasaspági nas.
Quandochegoaoest aci
onament o,encontroBenencostadonomeu
Pri
us,com abol saest il
ocar t
eir
opendur adanoombr o,tot
alment
e
concentradonocel ul
ar.
“Foiporissoquedeiachav eextraprav ocê”
,digo,destr
ancandoa
portaaomeapr oxi
mar .“Pranãoterqueesper arnofri
o.”
Eleergueosol hosesor ri
.“Esqueci.

“Com ‘
esqueci
’vocêquerdizerqueperdeu?”,per
gunto.
“Est
áem algum lugar”
,el
er esponde,enquantojogamosasbol
sas
nobancodet r
áseent ramosnocar r
o.
Tenhocert
ezadequeper deu.
Olhopar ael eantesdel i
garomot or.“Foiporissoquemechamou
prajantar?Per deumi nhachav eesabequant ocust af
azerumacópi
a?
Estáquer endomeagr adar?

Benest alaal í
ngua.“ Omundonãogi raem tornodevocê,
Blanton.”“Entãov ocêsabeondeest áachav eou…?”
“Fuipromov i
do”,elemei nter
rompe.
Minhapr eocupaçãoant eri
or
desapar ece.Solt
oum gr i
ti
nho.E
outro.
Elefazumacar eta.“ Pegaleve,
Parks.”
Douum soconobr açodel e.“Nãov oupegarlev ecoi
sanenhuma!
Vocêconseguiu!Ficouasemanai ntei
rafalandoqueachav aquei am
contr
ataral
guém def ora!

Unsmesesat rás,oger entedepr odutosêniordaequipedeBenf oi
tr
ansferi
do para At l
anta,e el e ouv iu dizer que est
av a sendo
consi
deradocomosubst i
tuto.Bennãoacr edi
tav
anosboat os,porque,
porrazõesquenão consi go entender,eleseachabem mai sou
menos.
Maseusei queest áerrado.Eleéincrív
el.
Jáoouviat
endendoal
i
gaçõesdet
rabal
ho.Jáov
itr
abal
harat
é
tar
de.O
carasabeoquefaz.Émuito,muitobom notrabal
ho.Estr
anhamente,
pareceseroúni
coanãosaber .
Ligoocarr
oebalançonegativ
ament eacabeça.“Vocênãovaipagar
j
antarnenhum.Euéquev ou.Evamosbeberchampanhe. ”
“Ah, m.Mi
si nhabebidapref
eri
da…”,eledi
z,ir
ôni
co.
“Vocêv aiterquebebercomi gohoj e”,
insi
sto.“
Pr omoçõese
champanhet êm t udoav er,como…gel ei
aecr emedeamendoi m.

“Fi
lécom f ri
tas” ,el
ecompl ementa,dandoiníci
oànossav el
ha
bri
ncadeira.“Espi nafr
eemor ango.”
Benf azumacar eta.“
Estavapensandomai sem mar gari
tase
nachos.”“Cer vejaef r
angof r
ito?”
“Melhor”,
el ediz, com um acenodeapr ovação.“Sopae
pão.”“Lei
tecom bi scoit
o.”
“Pauecami sinha” ,el
ediz.
“Afe…Quet al
…”Franzooslábi
os,tentandopensarem umacoi sa
queai ndanãotenhafal
adoum milhãodev ezes.“
Ah,jásei
.Vel
ase
banhodeespuma. ”
Benf i
caescandal
i
zado.“
Nem seioquei ssosigni
fi
ca.Tr
ocosuas
vel
aseseubanhodeespumaporÊni oeBet o.”
“Humm…”Bat ucocom osdedosnov ol
anteenquantopenso.
Vocêeeu.
Tenho um sobr essal
to com meu própr
io pensamento,o qual
pr
ocur oafast
arem seguida.Issosóser
veparafazercom queentr
e
ai
ndamai snami nhacabeça.Duascoisasquecombi nam bem:eue
el
e.ParkereBen.
Franzoatesta.
Issoénov idade…
“Vocêv enceu”,meapressoem di
zer
.“Fi
m de
j
ogo.”El efechaopunhodirei
toebat
eno
esquerdo.
Balançonegat i
vament
eacabeça.“Cumpriment
ouasi
mesmo?

Bendádeombros.“
Eusabi
aquev
ocênãoi
aquer
erme
cumpr
iment
ar.
Detestaperder.”
Saiodoest acionament oal
iv
iadaporelenãot
ernot
adomeus
pensamentost raiçoeir
osmoment osantes.
“Port
landCi t
yGr il
l
?”,sugi
ro.
Benlevantaassobr ancelhas.“Quermesmoesbanj ar,hei
n?”
“Est
ou or gulhosa.Você f oi promovido,Ben.I sso merece
umacomemor açãodigna. ”
Vocêmer eceumacomemor açãodigna,seu
tont
o.Benf icaem si l
êncio,entãoolhopar a
ele.
“Vocêestáf azendoaqui l
o,
né?”“Aqui
looquê? ”
“Achaquenãomer ece.Est átent
andoent enderporquefoi
escol
hido.

Bendádeombr oseolhapel
aj anela.“Nãofiznadadeespecial
.
Qualquerpessoadaequipepoderia…”
“Para”
,inter
rompo.“Nadadi sso.Não começa.Pr eci
sapar arde
pensarque,sóporquenãosegui uocami nhodosseuspais,nãopode
serum sucessonosseusprópri
ost er
mos. ”
Eleapoiaacabeçanoencosto.“ Agoraév ocêquem est
áfazendo
aqui
l
o.
Tentandoconser
taracabeçados
outros.
”“Nãof
açoisso.

Pelomenosnãosempr e.
“Sónãopr ecisavaconsertaracabeçadoLance” ,Benresmunga.“O
carasabiabem qual eraadel e.

Ben está mai sr anzi
nza que o normal ,e fi
co com a estranha
sensaçãodequepodemosest aracami nhodeumabr igui
nha.Somos
sal
v ospelocelularvi
brando.
“Podeatenderpr ami m?”,
per gunt
o,apontandocom oqueixoparao
bancodet rás.
El
eremexenaminhabol
saeol
hapar
aoapar
elho.“
Éa
Lor
i.
”Sol
toum gr
unhi
do.
“Quef oi,
vocêsduasbr igaram oualgoassim?”
“Nãoébem umabr i
ga”,mur muroenquantopegoav i
aexpressaa
caminho do r estaur
ante.“ Elanão parademeper t
urbarpral i
gar
praquel
ecar a.”
“Quecar a?”
“Dokar aokê.”
“Ah”,elediz.“
Aquelequef azi
avocêrirj
ogandoacabeçapra
tr
ás.”“Comoé? ”
“Éassi m queeuseisesuasr i
sadassãosi ncer
as.Vocêj ogaa
cabeçapr atrás”
“Nuncanot ei”
,murmur o.“Masachoqueasr i
sadaseram si
nceras
mesmo.
El
eer adivert
ido.”
“Entãoporquenãol i
ga?”,Benper gunt
a,si
l
enciandomeut
elef
onee
j
ogandonoconsol eentreosassent os.
“Eu…”
Não
sei.
Essaéav erdade.Nãosei porquenãol i
goparao
cara.“Achaqueeudev er
ia?”,
pergunto.
Bendádeombr os.“
Issonãoi mpor t
a.”
Cont orçoosl ábios.Eletem razão.Aquestãonãoéoqueel eacha,
porquenãosomosum casal .Somossóami gos.Ami gosquetransam
mar avil
hosament e.
Desdeoi ní ci
oest abelecemosqueaexcl usivi
dadesóser i
amant ida
enquant oqui séssemos.Assi m queum dosdoismudassedei dei
aer a
sódi zerev oltarí
amosador mircom outr
aspessoas.
Masquandosuger isexonãosabi aqueiasertão…
const ante.Oubom.
Masexi stem,si m ,algunsmoment osem quef i
camossepar ados.
Elev aiàacademi aquaset ododia.Esaiuparabebercom Johnont em
mesmo.Tal vezt enhadadoumar apidi
nhaaquieal i
.
Quer
osaber
.Est
oul
oucapar
asaber
.
Masnãopossoper guntar.Nãoédami nha
conta.“
Achoquev ocêdev er
ialigarpraele”
,
Bendiz.
“Penseiqueissonãoi mpor t
asse” ,r
etruco,
demonstrandoumaleve
i
rri
tação.
“Nãomesmo,mas…”Benv i
rapr ami m.“ Achoque,sev ocênão
começaranamor ardenov o,nuncav aiesqueceroLance.”
Lance?Lance?El eachaqueaquest ãoéo
Lance?Quecoi samais…
Masesper aum pouco.Aquest ãodev eri
amesmoserLance.
Minhahesit
açãosobreli
garounãoparaum parcei
ror
omânti
coem
pot aldev
enci eri
aterrel
açãocom of atodemeuex,com quem eu
pensavaqueiacasar,
termedadoum pénabundaum mêsat r
ás.
“Cert
o”,
respondo,
hesit
ante.“
Ligopr
aelenofi
m desemana.

“Boameni na”,Bendiz,assent
indo.Eoassunt oaparent
ementeestá
encerrado, por
queel epartepraoutra.“
Tem certezadequequerpagar
ojantarhoj eànoi t
e?”
“Absol ut
a”,respondo,entãov i
roparael e.“
Esperaaí,porqueestá
meper guntandoissocom esset om presunçoso?”
Osor r
isodelei l
uminaocar roàsescur as.“Sóestoupensandoem
quantasl agostasv oupedir
.”
16

BEN
Fazum tempãoquePar kereeunãojantamos
assim.Querdi
zer,agent ecomejunt
oot empo
todo.
Almoçossem diadef i
nidoquandoestamosli
vres,
tacosàsqui
ntas-
fei
rascom osami gosl áem casa,waffl
esaosdomi ngos,j
áqueéa
únicacoi
saquesei fazer
.
Mashojeédi f
erente.
Toalhadeli
nhonamesa,umav isãobel
í
ssi
madacidade,
vel
ase
champanhe.Clar
o.
Porbreví
ssi
mossegundos,quandoconver
samosàmesasobre
quai
sent r
adaspedi
r,ent
roem pânico.
Porqueécomoum encontro.
Enãosónaapar a.Nasensaçãot
ênci ambém.
Esqueço i
sso quase de imediato,porque encont
ros em geral
envol
vem mãossuadas,conversasforçadaseaqueleestr
essedenão
sabersevait
eral
gum outroprogramadepoi s.
Masnadadissotem avercom Parker.
Ésóum j antarcom suamelhoramiga,meucérebromeacal
ma.
Relaxa.
E,namai orpartedotempo,minhamenteficacal
ma,anãoserpor
umacoi si
nhai rr
it
antequenãosaidaminhacabeça:
Parkerpretendeli
garpar
aocar adokaraokê.
Eufal
eipr
aelaf sso.Epr
azeri eci
savafal
ar.
Fui
sincer
oquandodissequeel
apreci
savasuper
arLance.Apesar
dePar kernãoest
ardepr
ê,euaconheço.Sei
queel
anãopodeest
ar
recuperada
comof i
ngequeest á.Nãodepoisdetomarum pénabundadonada
daquel
eimbeci l.
Masmei ncomodaqueestejapensandoem out
roscar
asenquant
o
ai
ndaestamos…mandandov er.
Querdizer,nãomeincomoda.
I
ncomodameuego.Por que, domeuladodacama, edochuvei
ro,
e
dosofá,edobalcãodacozinha,ascoi
sasestãosensaci
onai
s.
Tãosensaci
onais,
naverdade,quenem ol
heiparanenhumagarot
a
desdeaquel
aprimeir
anoit
e.
Opa.
Eumer ecostonacadeiraaomedarcont adi
sso,ignor
andoo
i
nterr
ogat óri
oaquePar kerestásubmetendoagarçonet
esobreo
pr
epar odopr atododi
a,um peixe.
Fazduassemanasquesót ransocom uma
garota.Enãoumagar otaqualquer
:Par
ker.
Humm.
Eusei,eusei
,duassemanasnem ét antotempoassi
m.Maspra
mim é.
Oúlti
mor el
aci
onament oquetivefoi
nosegundoanodefacul
dadee
durouquatromesesinfer
nais.Desdeentãoest
oufel
iznot
imedos
sol
teir
os.
Éclaroquetr
anseicom algumasgarotasmaisdeumavez,masem
geralvi
vonum esquema“ umanoiteenadamai s”
.
Passoamãonor ost
oeol hoparaParksdooutrol
adodamesa.
Elaestáusandoum v esti
dogrossoazul-
marinhoquenãodeveri
a
parecersexy
,jáquet em gol
aal t
aenãor evel
aquasenada— muito
menoscom asbot asquev ãoat éosjoel
hos—,masocai ment

perfei
to.
Com oscabelosescurossolt
os,cai
ndonosombr os.El
aest
ábem…
boni
ta.
Eessasv
elasi
diot
asacesas…
Malesper
oagar çoneteter
minaroqueest
ádizendopar
aperguntar
:

Queuísquevocêt em aí
?”.
Par
kermel ançaum olhari
ntr
igado,
por
quesóbebocervej
aev i
nho
quandoest
oucom ela.“
Voudei
xarachampanhet odapravocê.

Só quenão éessa a ver
dadeir
ar azão par
a eu quer
eruísque.
Preci
sodealgomaisfort
equeespumantepar ameajudarali
darcom
ofatodequeest
ounomei odeumaenr ascadasexual
.
Sóqueasensaçãonãoédeenrascada,deformanenhuma.
Agar çoneteseaf ast
aePar kersei ncli
napar aaf r
ent
e.“Tudobem?
Parecequev ocêestáprestesav omi tar.

Eumei ncli
nopar aafrentetambém, decidi
ndosersincerocom el
a,
porquePar kerémi nhamel horami gaemer eceisso.
“Quandov ocêinvent
ouessai deiadeser mosami gosquet r
ansam,
quantot empopensouquei adur ar?”
, pergunto.
Elapiscaal gumasv ezes.“ Humm,seil á.Nav er
dadenãof izum
cronograma. ”
Respirobem f undo.“ Percebeuquej áfazquaseduassemanas?
Estamost ransandoháduassemanas. ”
“Ah,é?Edaí ?”,
elapergunta, f
ranzindoonar i
z.
“Eununca…”Começoaesf regaranuca.Émel horf alardeumav ez.
“Nãof i
quei com mai sni nguém desdeaquel aprimei r
anoi te.”
Parkerf i
caem si l
ênci oporv ári
ossegundos, entãocai narisada.“Ai
,
meuDeus.Vocêpr eci savav eracar aquefezagor a.”
Abroum sor r
isoressent ido.“Nãot em
graça.”Massei quet em.Um pouco.
“Desculpa.”El at entaf icarsér i
a,masnão consegueedáuma
ri
sadinhadent rodat aça.“ Pensei queagent ej
át i
v esser esolvi
doisso.
Seum denósqui serdor mircom out rapessoa,ésóf alare…”
“Poisé” ,
eumeapr essoem di zer.“Ti
pov ocêeocar ado
bar…”“ Brandon”,eladi z.
Cerroospunhossobamesa.

Entãovocêvail
igarpraesseBr
andon,
enãov
aiseresqui
sit
oseeu
sai
rcom outr
agarota?”
“Dej eit
onenhum. ”
“Tá.”
“Tá”, el
a
repete.“Tá.”
Agar çonet
ev oltacom acar t
adebebidas.Meusol hosconti
nuam
cravadosem Par ker.Amul heréespert
aobast anteparasaberque
estáinterrompendoal gumacoisaesemandasem di zernada.
“Ai,Deus”,Parkerdiz,com um t
oquedepâniconavoz.“Acoisaest
á
fi
candoesqui sit
a, né?”
Não.Sem chancequev oudeixari
ssoacont
ecer.
“Oqueagentevaifazeréoseguint
e”,di
go,abri
ndoacart
a.
“Amanhãésexta.Vocêv ai
li
garpraesseBrandon.Eeuvouvol
tarà
caça.”
“Nãofal
aassi
m.Éesqui sit
o.”
Ignoroesi goem f r
ent e.“Vocêv aitr
ansarcom ocara.Eeuv ou
encontrarumagost osa.”
Fechoacar tadebebi dasdepoi sdeverqueelestêm minhamarca
favori
tadeuí squeev oltoaol harpar aParker.“
Quetal?

“Tá”,eladiz,com um sor risinho.“Agent enãoquersemet erem
confusão.”
“Exatament e”,r
espondo, sorrindo.“Enãoquer oar
rui
narosexopra
vocêpr asempr e.Jáquenuncav aiconsegui
rencontr
aral
guém à
alt
uraet al.

Elaapont aparami m com at aça.“Nãosei deondevocêtir
ouque
essapr esunçãot odaéat r
aent e…”
Eumei ncli
nopar aela.“ Nãoé? ”
Minhavozsaimaisásperadoqueeugostari
a,eosolhosdeParker
fi
cam meioopacos.
El
alambeosl ábi
os.“Essel
ancedetr
ansarcom out
raspessoas…
começaamanhã? ”
“I
sso”
,respondo,
olhandoparaabocadel
a.
“Eissosi
gni
fi
caof
im pr
agent
e.Dessacoi
sadei
rpr
acamaj
unt
os,
digo.”
Ignoroapont adadedecepçãoquemeat ingeaoouviressas
palavras.Éacoi sacer t
aaf azer
.Termi
narlogoantesquet udofi
que…
enrolado.
“Eissosi gnif
icaquehoj eànoite”
,el
acont i
nua,“
vocêeeu…
podemost erumaúl t
imav ez?”
Ela se i nter
rompee l evant
aas sobrancelhas em uma
expressãoquest i
onadora.
Sor r
io.“
Com cer teza.”
17

PARKER
AideiadeBenémui t
o,muitoboanat eor
ia.
Querdizer,essacoisade“ v
amoscomeçarador mircom out
ras
pessoasantesqueascoi sasfi
quem int
ensasdemais”.
Fi
quei al
iv
iadaporel eterf
aladoisso,
dev er
dade.
PorqueBent em razão.
Apesardenãoest ar
mos, t
ipo,apai
xonados,duassemanasde
monogami
a
nãoestavam noacordo.
Eraparasersexosem compromissoenquantoosdois
esti
vessem afi
m.Sóquenãosabí amosqueí amosestaraf
imo
tempot odo.
Então,comoeuiadizendo,
arrumarmosoutrospar
ceir
oséum bom
pl
ano.
Óti
mo.
Nat eori
a.
Na
práti
ca…
Argh.
Omot i
vodeeut ersugeridoparaBenquecomeçássemosat ransar
foiminhadificul
dadedepensarem f azersexocom um desconhecido.
Comomi nhamãef alou,euclar
ament epreci
soestabel
eceralgum
t
ipodev í
nculocom apessoaant esdei rpr
acama.
Épori ssoquepormai slegalebonitãoqueBrandonMal l
oryseja…
Nãopossoi rpracasadele.Simpl
esment enãodá.
Br
andonnãof
orçaabar
ra,
issoeut
enhoquer
econhecer
.
Depoi
sdeum jant
argost
osonum r
est
aurantezi
nhoi
tal
i
anobem
i
nformalqueel
esugeri
u,ocar
anãodemonstraomenor
descont
entament
oquando
avi
soquev ouchamarum t áxi
.

Possoli
garpr avocê?”,elepergunt
anomoment oconst
rangedorem
quefi
copar adanafrentedot áxi
com apor t
aaber
ta.

Clar
o,ser i
aóti
mo” ,r
espondo, si
ncera.
NãoseiseBrandonéoamordami nhavidaoucoisadotipo,maso
j
antarfoil
egal
.Podeaténãoterroladoumat ensãosexualainda,
mas
um segundoencont
ronãofar
iamal .

Quebom” ,el
edizcom um sor
risolargobem legal
.
Entãoelepõeasmãosnomeur ost
oemebei j
a.Também él
egal
.
Sóquandoest ounotáxiacaminhodecasaperceboqueest
ou
associandoBr andonnatur
alment
eàpal av
ra“
legal
”.
“Legal”nãoér ui
m.
Mast ambém não
é…
Oqueest ou
procurando.Quero
mais.
Sónãosei oquê.
Pagoot axista,t
ir
oachav edabolsaemeencami nhopar aapor t
a
dafrente.
Todasasmi nhasesper ançasdeumanoi t
et r
anquil
acom um bom
l
ivroeumat açadev inhotintodesaparecem assi
m queent ro.
Amúsi caest áalt
a, par
asuper arosom daTV( também alta).Ouço
vozesdeum mont edegent ebêbada.
Solt
oum suspi roquandoponhoabol sasobreoapar ador.Pelojei
to
osplanosdeBenpar aumanoi t
adaacabaram sendol evadospara
dentr
odecasa.
Edápr aent enderporquê, jáqueeleachavaquet eriaacasasópr a
si
.
Sem dúv
idanenhumat
ransmi
tiai
mpr
essãodequei
ador
mir
com Br
andon.
Talvezseeusubirdemansi
nhoel
enão
descubra…“Parks!

Droga.Fuidescober
ta.
EporJohn.Nãoov
ejodesdeanoi
teem quel
evei
opénabundade
Lance.
Osdet al
hesdoencont roestãobem conf usosnami nhament e,
para
di
zeromí nimo.
“Oi!
”,digo, col
ocandoum sorrisonor osto.Sempregostei
deJohn.É
bem mel horqueobabacadoJason.
Elemedáum abr aço,eagradeçoment al
mentepornãov i
rcom uma
mãoboba, animadocom meuv esti
dinhopr et
obem, hã,j
ust
o.
“Benf alouquev ocênãoiador mirem casahoj e”
,elecomenta.
Poisé.Johndi zissoem t om dedesculpas,provav
elmentepelarave
quesedesenr ola.
“Mudei deplanos”,di
gocom um sor ri
so.“Maspelojei
tovocêsestão
sedivert
indo.”
“Com certeza”,
elediz.“Tomaumacom a
gente.
”Ficohesitante,porquequer oirdir
eto
paraoquar to.
MasJohncom cer tezav aicontarpraBenquecheguei,quev ai
querersaberoqueest áacont ecendo,ou,pi
or,vai
acharqueoest ou
evi
tando.
Respir
obem f undo.“Claro!”
Façoumav odca-
tôni
caf
raquinhapr
amim nobari
mpr
ovi
sadono
balcãodacozi
nhaemeav ent
uronasala.
Éexatamentecomoeuimaginava.
Um mont edegentebêbadaespal hadapelasal a,v endoTV,
conver
sandoeacompanhandoamúsi casem saberal et
ra.
Reconheçoalgunsami gosdoBen,car aslegai s.Fazem um pouco
debarulhoquandov êm verosj ogosaqui, massãoeducados.Eusam
port
a-copossem eupr ecisarpedir.
Masospor t
a-coposclar amentef oram dispensadoshoj eànoi t
e.
Tem coposv ermelhosespal hadosport odasassuper fí
cies,esinto
umapont adaderaivaporquepar ecequeest ouem uma…r epúbl
ica.
Um caramusculosonocant oéopr i
meiroar epar arnami nha
pr
esença.
Roy?Ray
?Esquecionome.

Ei,
éacolegui
nha!
”,el
edi
z,al
todemai
s.
Oitocabeçasv i
ram paramev er.Ficopar adanaporta,todasem
graça.
Éassi m queosami gosdeBenmechamam.Pr ovavel
ment eporque
nãosel embram domeunome,masnãol evoamal ,porqueacontece
comigot ambém.
Levant oamãoem um acenosem j ei
to,edigoami m mesmaque
nãov oupr ocur
arBen, masécl aroqueacabof azendojustamenteisso.
Édi f
ícilnãorepararnaloir
apeitudasent adanocol o
dele.Benar r
egal aosolhos.“
Par ks.”
Abroum sor risoamar el
o.
“Oqueacont eceucom…”El ecomeçaal ev
antar,sem sabercomo
ti
raraloir
adeci ma.Levant
oamãoem um gest oapressadoparaque
nãosedêaot r
abalho.
Ficopensandonoquef azeraseguir,meper guntandoseai nda
possosubirsem cri
arum cl
imão.
Oscar asvoltam paraa TV depoisdemecumpr imentar
,masa
maioriadasgarotasfi
cameencar andocuri
osa.
Estouacostumadacom isso.
Nãoporacharqueat r
aioolhares,maspor queéumasext aànoite
regadaabebedei ra.Sexoest ánament edet odos,oquesi gni
fi
caque
tentam descobrirquem v aificarcom quem.Eni nguém gostade
concor r
ênci
a.
Johnapar eceat rásdemi m com ocopochei oepõeamãonas
minhascost as.“O queest áf azendoaípar ada?Vem sent ar.Joe,
l
ev antaabundadaí ,cara.Abreespaçopr aPar ker.

Nãomer estaalternati
vaanãoseri rem frente,eper mit
oqueJohn
mecol oqueaol adodeumagar otacom olharper dido,bat
om cor-
de-
rosaecabel osloiros.Eleseacomodadoout rolado.Sent aper
tode
mim,mas não mui to,e fico com a sensação de que est á me
protegendodeJoe,que,j ur
oporDeus,par eceest arolhandoparao
mei odasmi nhasper nas.
Eumer emexonosof á,sem saberporqueest outãosem graça.
Nãoéapr
imei
rav
ezqueBenr
ecebegent
equenãoconheçomui
to
bem.
Nem apri
meir
av ezqueov ej
ocom uma
gar
ota.I
ssonuncamei ncomodou.
Enãoincomodaagora.
Ent
ãoporquepar ecequeestoupr
estesav omitar
?
Douum gol
enabebi da,dei
xandomeusolhosirem paraaesquer
da,
ondeBenealoiraestão,sent
adosnacurvadosof áem L.
Mesint
oinvadidapelopensament
oirraci
onaldequeéomeusof á.E
o
meuBen.
Saidessa.
Masnãopossodei xarderepar
arqueamãodeleestánoquadr
il
del
a.Al oi
raserecl
i
napar amurmuraral
goem seuouv
ido.
El
edár isada,
equeri
asaberseéum risosi
ncer
o.
Pel
ojeito,el
esabequandoécomi go,
maseunãosei nocasodel
e.
Nuncar epar
eini
sso,por
quequandoestamosrindoj ossei
unt queé
deverdadeequandoel eest
ár i
ndocom out
raspessoas…
Bom, nuncadeibol
aparaisso.
At
éagora.Queromuitosaberseessari
sadaf
oisi
ncer
a.Assi
m
comoosorriso.
Masporquemepr eocupocom isso?
Fizemosum acordo.Euiatr
ansar
.El
eiatr
ansar.Nãoum com o
outro.
Eraamel hormaneir
ademudaror umodascoisasantesque
fi
cassem peri
gosas.
AmãodeBendesl i
zaalgunscent
ímet
rospel
aci nt
uradaloi
ra,emeu
estômagoser evi
radenovo.Entãomedoucontadeumacoi saterr
ível
:
Esef ort
ardedemais?
Eseascoi sasj
áest
iver
em
per
igosas?Nãoqueeuqueir
a
Bensóparami m.
Nãoqueronadacom el
e,sér
iomesmo.Aindaé…Ben.Meu
mel
horamigo.
Nãoseri
aum bom namor ani
adopr nguém ,mui
tomenospar
ami
m.
Mas
verasmãosdeleem ci
madeoutragar
ota…
Meuestômagodáum nó.Dei
xoocoponamãodeum John
perpl
exoquandomelevant
o.
“Voupr
oquarto”
,avi
so.
“Est
átudobem? ”
,el
epergunta.
“Sóest
oucansada.Asemanaf oilonga. ”
NãoolhoparaBenquandopassot odasem jei
to,porcimadas
pernasdeJohnedepoi sdeJoe,ot arado.El
eencostaamãona
minhacoxa“sem quer
er”
,entãodouum t apanamãodele.Nãol i
gode
serapuri
tanaem umanoitedesexta-feiraqueest
avabem li
beral
.
Qualéoprobl
ema?
Ti
roossapat osant esdopr imeir
odegr auesubocom el esnas
mãos,deixando aquelecenár io par
at r
áso mai sr ápido possível.
Queroapagaravisãodami nhacabeçaoquant oantes.
Nasegurançadoquar to,fechoapor taemeencost onasuper f
ície
demadeira.Porum instante,pensoem ligarpr
aBrandoneper guntar
seestáafim devir
.
Vamosv eroqueBenachademev ercom
out
ro…Fechoosol hoscom f orça.
Mesmoquef osseumaboai deia—enãoé—, nãodariacerto.
PraBennãof azdi
ferençaquem passaamãoem mi m.Não
i
nteressacom quem eudurmo.
Foielequem mefalouparali
garpraBrandon.Quem r
ecl
amouque
sótinhadormidocomigonasduasúl t
imassemanas.
Duassemanas.Comosef ossemuuuitotempo.
Ti
roov esti
do,jogonobancoaopédacamaeent rodebaixodas
cober
tas,sem me pr eocuparem trocara l
i
nger
ie sexy
,t i
rara
maquiagem,ouf azerqual
querout
racoi
sa.
Amanhãv aisermelhor,
pensocomigomesma.
Amanhãv
ouv
olt
araonor
mal
enem l
i
garseBenl
evaral
oir
apar
ao
quart
oef azercom elaascoi sasquef azcomigo…
Solt
oum gr i
toporentreosdentescerradoselevoasmãosaos
ol
hos,tentandoar r
ancarasi magensdolorosasdamente.
Beneeuem umar elaçãode
desapego?Poi sé.Oapegodeci di
u
darascar as.
Eestout otal
menteàmer cêdele.
18

BEN
Tem al
gumacoi sa
err
ada.Nãoalguma
coi
sa,tudo.
Sendobem si
ncero,nãoest
oumui
toàv
ont
adeaqui
.
Oquenãof azomenorsent i
do.Agar ot asentadanomeucol oé
muitogost osa,emesmosenãof osseai ndat em asoutr
asquat ro
espalhadaspel asala.Elanem édasmai sirr
it
antes,ai
ndaquenão
consigamel embrardenadaqueconv ersamosnem quemi nhav ida
dependadi sso.
Acer vej
aest ár
olandosolta,amúsi caest á
boa…Eeunãoconsi gocurti
r.Nem um
pouco.
Mas est ou menos pr eocupado comi go e com o f ato de t er
começadodonadaamesent iri
ndiferenteaumacoi saquemef azia
tãobem emai spreocupadocom Par ker.
Sinto ol
hos me obser vando e,quando me v ir
o,John está me
encarandodeum j ei
toestranho.Elemost raodr i
nquequePar ker
deix
ouem suamãoel evantaassobr ancel hasem umaexpr essão
i
nterrogati
va.
Balançonegat i
vamenteacabeça.Sei lá,cara.
Ent
ãoool hardel
esevolt
aparaCora— agarot
anomeucolo—,e
suassobrancelhasselev
antam denovo.Per
cebotar
dedemai
sque
el
aestábeijandomeupescoço…
Por
ra,eunem t i
nha
per
cebido.Nãoéum bom
si
nal.
Nãoexist
eumaf or
maf áci
ldef
azerisso,ent
ãocer
roosdent
ese
ponhoasmãosnaci ntur
adeCora,puxandoagarotapar
aadirei
ta
enquant
oescor
rego
paraaesquerdanoassento.
Elamelançaum olhardesurpr
esa,massóconsi
goabr
irum
sorr
isi
nhodedesculpas.Oavisodequevol
tol
ogoestánapontada
l
íngua,mas…
Nãoseisev ouv
oltar.
Nãoseioqueest oufazendo,sósei
quepr ecisoverParker
.
Descobri
rporqueest áem casaenãocom Br endon,Br
andon, ousei

oquê.
ParoaoladodeJasonant esdesubiraescada.“Dáum j ei
todese
l
ivr
ardopessoal, mascom educação.Mandaabebi dajunto,pra
amenizaroimpact o.”
“Podedeixar
”,elediz,l
evant
ando.
Ficomei omalporcol ocar,ti
po,dezpessoaspraforadecasaem
umanoi tedesexta.Ai
ndaécedo, masporra…estáquaset
odomundo
bêbadomesmo.El espodem i rparaacasadeJoe,quef icaatrês
minutosdaqui.
Suboosdegr ausdoisdecadav ez,enãofi
cosurpr
esoaoconst
atar
queapor tadeParkerestáf echada.
Sóquet ambém estátrancada.
Nem sabiaqueapor tatinha
chave.Sint
oum apertonopei t
o.
“Parks?”
Batodelev
ena
port
a.Nada.
Batomaisfor
te,
dessavezcom amãoaberta,di
zendoamim
mesmoquetalv
ezelanãotenhaouv
idoporcausadamúsicaal
ta.
Nada.
Bom…entãotá.
Apr
endial
gumascoisascomoir
mãocaçul
a.Sei
muitobem como
l
i
darcom umaportatr
ancada.
Vouat
émeuquar t
o,arr
ancoumacami
sadocabide,
entor
too
ar
ameev olt
oparaaport
adela.
Quandochegol
á,apor
taestádest
rancada.
Par
kerest
ádepédent
rodoquar
to,
sódel
i
nger
ie—equel
i
nger
ie!—,
olhandopar aocabi denami nhamão.
“Sér i
omesmo? ”, elaper gunta,cr avandoosol hosnos
meus.Massóconsi gopensar“ graçasaDeus” .
Nãoseipel oqueagr adeço.Sepel of atodenãoest archor ando,de
sertãol indaouport eraber t
oapor tapr ami m.
Nãoquer oquenuncaf echeapor t
apar a
mi m.“ Vocêmet rancoupr af ora”,
argument o.
“Nãot ranqueiv ocêpr af ora”,elar esponde,masseusol hosev i
tam
osmeus,enãoseisedev oacr edi t
ar.“ Joeest avameencar andode
um jeitoesqui sito.”
“E pori sso v ocê v est i
u sua l i
nger ie mais cheia de f ruf
rus e
rendinhas? ”
,per gunt o,incapazdedesv iarosol hosdeseu cor po
perfeito.
“Não.Nem porsuacausa” ,elal ogoacr escenta.“Pensei
que…”“ Br andon” , di
go, cruzandoosbr aços.
Par kermor deol ábio,ent ãool hapar aaescadaporci madomeu
ombr o.“ Oqueest áf azendoaqui ?Pr ecisadeal gumacoi sa? ”
Ficomei ochat eadocom oquepar eceserumadi spensa.“ Achei
queest i
vessechat eada.Vi mv eroqueacont eceu.”
“Ent ãoi aar rombarmi nhapor ta”,el ar etr
uca,apont andocom o
queixopar aocabi denami nhamão.
Seu t om dev ozper manecei nalterado,massuaspal avr
assão
alfi
netadasbem cl ar as.Pensoem dei xarPar kersozinhacom seumau
humorev oltarlápar abaixo, ondedef at otem umagar ot abonitaque
vaificarf eli
zem mev er.
Elacomeçaaf echarapor tadenov o, masl evantoum dedo.“ Parker
Blanton, nãof echaessapor t
anami nhacar a.

“Mas…”
Volt
ocor r
endopr
oquart
o,remexonacômodaat éencont
raruma
camiseta,
douumachei
radarápi
dapar
aver
if
icarseest
álimpaevolt
o
corr
endo.Elaest
ámeesper
ando.

Oquev
ocê…”
Suas palavras são abaf adas quando,sem cer i
môni
a,enfi
oa
camiset
aporsuacabeça, sem mepr eocuparcom asmangas,
epuxo
parabai
xo, at
écobr i
rsuascoxas.
Elapi
scaal gumasv ezes,confusa.Euaempur ropar
adentrodo
quart
oef echoapor taatrásdenós.
“Nãoconsigopensarcom v ocêquasepelada”,
digo.
Elaenf iaosbr açosnasmangasdev agar.“Vocêj áf ezessacoi sade
enfiarumacami setapel ami nhacabeçaant es”,Par kercoment a.“Na
noiteem queLancemedeuum pénabundaeeuar ranqueiar oupa.
Acabei del embr ar.

“Poi sé, epel amesmar az ão.Nãomepar ececer tof i
caradmi rando
umal inger i
equenãof oi col ocadapr ami m.”
Sóque,naépoca,of atodePar kertercolocadocal cinhaesut iãde
rendapar aLancenãof azi aamenordi fer
ença.
Agor a, saberqueel asear r
umout odapar aum car aquenem
conhece…I ssomei ncomoda.
Apesardet ersuger idoqueel afi
zesse
isso.Passoamãonor ost o.
“O queacont eceu?”,per gunt o.“Com ot aldoBr andon?El ef al
ou
algumacoi saou…”
“Não” ,elar esponde,er guendoumadasmãos.Soout ãoexaust a
quemeupei t
osecompr imi uai ndamai s.“Elef oiótimo.Tal vezagent e
atésai adenov o.Mashoj eeunãoest avaaf im. ”Elaol hapar aochão
ecr uzaospés.“ Desculpa. ”Seut om dev ozf i
camai ssuav e.“Seique
erapar tedoacor do.Eui at ransarcom el e,ev ocê…”
Par kerapont apar aapor ta, pr
ovav el
ment ei ndicandoapr esençade
Cor anoandardebai xo.
Em segui dal evantaos
olhos.“ Ei,amúsi capar ou. ”
Conf irmocom acabeça.“ Pedi proJasonmandaropessoal
embor a.”Elameencar a.“ Porquê? ”
Asaí damai sfácilseriadi zerqueachav aqueel aest avachateada
poralgum mot i
vo,ent ãodev eriaesvaziaracasapar al hedarum
poucodesossego.Eév erdade.Masnãot odaav erdade.
Entãor ev el
otudo.“Achoqueeunãoest avamuitoaf im decumpr i
r
minhapar tedoacor dotambém. ”
Elaolhabem par ami m.“ Nãof oioquemepar eceu.”
“Vocêf icouláembai xoporunst r
intasegundos”,
ret
ruco.
Set i
v essef i
cadomai s,teriapercebidoqueeunãoest avanem um
poucoi nteressadonaquel agar ot
a.
Elalambeosl ábios,apr eensiva.“Ent
ãov ocêvai,
tipo,sairdenovo?
Procur aroutragarota?”
Eumeapr oximoum poucoef icoal ivi
adoquandoPar kernãor ecua.
Obr ev eestranhament opar eceterpassado,esi nt
oquev olt
amosao
normal .Ou, pel
omenos, aonossonov onormal.Onor malqueenv olve
nósdoi spelados.
“Nãov oupr ocuraroutragarot a”,respondobai xinho,er guendoseu
rostocom amão.“ Pelomenosnãohoj e.”
Mi nhaout r
amão enl açasuanuca,ePar kersegur ameupul so
quandomeencar a.
“Eseumedobi zarrodequeseupaucai asesót ransarcom uma
pessoapormai sdeduassemanas? ”,elaperguntabai xinho.
Sor ri
o.“ Bom,pel o menosv ou est arcom mi nha mel horami ga
quandoi ssoacontecer.”
Abai xo acabeçapar aum bei j
o,masel ar ecua,com um ol har
preocupado.“ A gentenãov aidei xarascoi sasf icarem esqui si
tas,
certo?Ai ndadápr av ol
tartudoaonor mal quandoacabar ,né?”
Façoumapausaant esder esponder .“Nãov ouf azernadaque
possapôrem r i
scoanossaami zade.Sequi serusarapal avrade
segur ança…”
Par kerabr eabocae,porum moment oat err
or i
zant e,f i
cocom
medodequesej aoquev aifazer .Juroquenãoseicomomesent iri
a
sefosseocaso.
Maselasósorr
i.“
Não.

Par
kerficanapontadospés,eeumeabai xopar
aobei j
o.Assi
m
quenossoslábiosset
ocam, ceboqueessaéar
per azãoporqueCora
nãomei nt
eressou.
Aúnicapessoaquequer
obeij
arest
ábem naminhafr
ente.
19

PARKER
Algum di
a,osexocom Benv aiserumacoi
sa
corri
quei
ra.Tenhocer
tez
adisso.
Vamosconhecert ãobem ocor poum dooutroquenãovair
est
ar
nadamai saserdescobert
o,epoder emosol
harparaoacor
docomo
um experi
ment o,
etudovaivol
taracomoeraantes.
Masessedi anãoéhoje.
Obei j
oéum poucohesi tanteapr incí
pio.Testamosum aoout ro
parav erse est átudo bem mesmo,se t emos cer t
eza de que
queremos j ogarpel ajanel
a uma noi te de sexo minuciosamente
planejado.
Ent ãosualínguat
ocaami nha, elogof i
caclaroqueestá,sim,tudo
bem.Mui t
omai sdoquebem.
AmãodeBenescor regapar adebaixodacami set
ahor r
orosaque
el
emef ezvestir— apostoqueest áar r
ependidodessadeci são—,e
si
nt oseucalorquandomepuxapar amai sperto.
Repr oduzoomov i
ment odele,enfi
andoasmãosporbai xodesua
cami saat éencontr
arsuascost as,senti
ndoseucal oreopux ando
paraj unt
odemi m.
Eéper f
eit
o.
Pormaisqueobei j
oseest enda,nãoéosuf i
ciente,longedisso.
Quandoelecomeçaar emexercom impaciênci
anabai nhadami nha
camisetalev
antoosbr açoseper mi
toqueat ir
ecom mui tomai s
faci
l
idadedoquequandocol ocou.
El
esoltaum grunhidoagradecidoaovermeusut i
ã, quer eal
menteé
bonit
o.Em algum lugarnof undodami nhamente,meper gunt
oseo
v
est
i
mesmopar aBrandonousedesejeiotempotodoquefosseBenquem
fi
zessev al
eragranainvest
idanapeçaazul
-mari
nhocom laci
nhoscor-
de-r
osa.
AbocadeBenbai xaparameupescoço,eachoqueoouv idi
zer
meunome,masest ouocupadademai ssenti
ndoseusl ábioseo
del
iciosoarr
epioqueproduzem.
Precisodel
esem roupa.
Quase ar ranco os bot ões de sua cami sa com meus dedos
desaj eitados,masel enãopar ecesei ncomodar .Quandot ermi no,
descubr o uma cami set ai diota porbai xo,que ar r
anco com um
pequenogr unhi dodef rustração.
Benabr eum sor ri
sor ápidoemebei jaant esdearrancaraúl t
ima
camadadet eci doent remi m eseupei tonu.
Sat isfeita,ponhoasmãosem seusombr osemei ncli
nopar aa
fr
ent e,bei j
ando- o de l ev e porum br ev í
ssimo moment o antesde
mi nhabocaemeusdedosenl ouquecer em,tocandocadapedaçode
seucor poquent equesoucapazdeencont r
ar.
El er idami nhaur gênci aquandomi nhasmãosdescem par asua
calçaj eans.“ Nossa, Par ks.”
Em r espost a,l ançoum ol harqueesper oquesej alidocomo“ tir
a
l
ogoar oupat oda”ant esdei rpar aacama,dandoumar equebradaa
mai s.
Umar ápidaol hadaporci madoombr oconf i
rmaqueel eest áde
olhoem mi m.Aexpr essãof ami ntaem seur ostomeencor ajaaser
ousada.
Voumemov endol ent ament epar aomei odacama,dequat r
o,e
doumai sumaespi adinhaporci madoombr o.
Bennãopr ecisademai si ncentiv
os.Ti r
aar oupaem quest ãode
segundosev em at r
ásdemi m,passandol entament
eamãopel os
meusquadr i
secol ocandoopol egardebaixodoel ásticodami nha
calcinhabem dev agar.
“ Nossa” , elemur mur a.
Suamãopassei apel
asmi nhascostas,depoi
sv em paraafrent
e,e
então ele abre sem pr essa meu sut i
ã, deixando as alças
escorr
egarem pel
osombros.
Benpõeamãoem meussei osantesmesmoquedei xeosut
iãde
l
ado.
Soltoum gemidodesat isf
ação,porqueseutoqueéper fei
to.Elesabe
quepr ef
ir
oserpr ovocadadel eveem v ezdepegacom f orça.Sabe
exatamentequandof azermov i
ment oscir
cul
ares,quandomeaper t
ar
equandobel i
scardeleve.
“Ben.”Minhavozsai em tom desúpli
ca.
Eler espondepassandoamãopel ami nhabar r
igaedesl izandosem
hesitaçãodentr odami nhacal ci
nhapar aenf i
arum dedoem mi m.Sua
respiraçãoestáacel eradacomoami nhaquandoel eacr escent aout ro
dedo,f azendo mi nhas cost as se ar quear em em uma t ent ati
va
desesper adademai spr oximidade.
Bencont i
nuamexendoosdedosporv áriosminut ostorturant esat é
nósdoi snãoaguent armosmai s.Elepegaumacami sinhanagav eta
docr i
ado-mudoem t empor ecorde,enem aomenost i
rami nha
calcinha—si mpl esment eapuxadel adoeseposi ciona.
Est oumai squepr ontapar aele,queent raem mi m com umaúni ca
estocadasuav e.
Umadesuasmãossegur ameuscabel os,puxandomi nhacabeça
parat ráscom f orçasuf i
cienteapenaspar amef azerrespi rarf undo,
enquant o a out ra agar r
a meu quadr i
le me mant ém na posi ção
enquant oentraesai sem par ar.
Meusdedosdesl i
zam pel a minha bar riga,e o t esão é gr ande
demai spar aeut ervergonhademet ocar.
“Isso,Parker.Isso.”
Ent ãoel esol taum gr it
oagudo, eeuchegol áaomesmot empo, me
apoiandonoscot ov el
osaosent i
rost remoresmedomi narem eme
sacudi rem inteira.
Sintosuasmãosnasmi nhascost as,seusdedossobr emi nhas
costelas, suar espi raçãopesadaequent econtr
ami nhapeleúmi da.
I
nst ant es depoi s,ele desaparece (eu o t
rei
neipar airjogara
cami sinhanol ixodobanhei ro),eem suaausênciadeal gumaf or
ma
consigomear r
ast arnacamaeapoi aracabeçanotravessei
ro,apesar
denãot erenergi aspar apuxar
ascobert
as.
El
ereapar
eceemesur pr
eendesedeitandoaomeulado.
Nãoqueagentenãotenhadormidojuntonenhumaveznasúl
ti
mas
semanas,masgeral
menteéumasi tuaçãodequasedesmaiodepoi
s
dosexo.Agor
aparece…dif
erent
e.
Umacoisadel
i
berada.
El
ecobremeucorpoeseencostaem mim.Fi
cocom aest
ranha
sensaçãodequeBenquerdor
mirdeconchi
nha…
Egostodi
sso.
“Boanoite,Par
ks”,el
ediz,com avozsonol
enta.
Sorri
o,senti
ndopelaprimeiraveznodi
acomoset udoest
ivesse
bem nomundo.
Mas, quandoestouprestesapegarnosono,sur
geuma
preocupaçãoem mi nhament e.
Escapamosdeumaboahoj e.
Masaindav
amosterqueencararofat sem
odequeum dosdoi
al
gum momentov
aidormircom outr
apessoa.
Ounão?
20

BEN
OspaisdePar keradoram passarof i
m desemananol i
toraldo
Oregon.Fazem i
ssoal gumasv ezesporanodesdequePar kerera
pequena.Sempre al ugam a mesma casa,f azem os mesmos
progr
amas,comem nosmesmosr est
aur
antes.
Émeioqueum ev entodafamíl
iaBlant
on.
Jáfuij
untoalgumasvezes,masnaépocadaf aculdade.
Comoacont eceucom osj antar
es,eumei oquef uimeafast
ando
quandoascoisasentreLanceePar kerfi
caram séri
as.
Masagora,quandoParkermeper gunt
asequer oi rcom el
espassar
ofim desemanaf oradepoisdenossat entat
ivafracassadadefazer
sexocom outr
aspessoas,aproveit
oachancesem pensarduasv ezes.
Pri
nci
palmenteporqueestouloucoparasai rum poucodePor t
land.
Ascoi sasnot rabalhoestãoumal oucur
adepoi sdapr omoção.
Ando mei o cansado dosbar esdaqui,eàsv ezesnem seicomo
preencherot empol i
vre.
Est ousent i
ndo cer tainqui
etação,umaespéci edemudançano
horizonte,enãosei muitobem comol i
darcom isso.
Pr eci
sodeum
tempo.“ Então…
Ben. ”
AmãedePar kerpegaumacenour adatábuaedáumamor di
da.Fui
designadopar acor taroslegumes.Elaseapoi anobal cãodacozinha
eficameobser v ando.
Cont i
nuocor t andoacenour aem rodelascapr ichadassem nem
ol
harpar aela,torcendopar aquenãomeper guntequai ssãominhas
i
ntençõescom sua
fi
lha.
Parkerdissequenãocont
ouparaospaissobrenossasav
ent
uras
sexuais,
masSandr asempremepareceuotipodemãequesabede
tudo.
“Ouvidizerquel
hedevoospar
abéns”,el
acomenta.
Af acaest remecenami nhamão.Nãopodeest arfal
ando
sobre…“ Pelapromoção”,Sandr
acont
inua,
pegandoout r
a
cenour a.
Ah.Isso.
“Obrigado. ”
Eladár isada.“Ah,qualé?Peloj
eit
ocomov ocêfal
a,parecequeé
um cast i
go. ”
Encolhoosombr os.“
Éque…nãoénadademai s.”
“Bom, Parkerpareceacharmui toimportante.Ficouf al
andoa
respeit
oporquasemei ahoraquandol igou.”
Olhopel ajanel
apar aondePar kereopai delaest ãopreparandoo
churrasco.
Oi nver
noest áchegando, demodoqueot empoest áfri
oenubl ado.
Parkerest ál i
ndacom meumol et
om ci nzadaf aculdade,quef ica
enorme nel a,as mangas ul tr
apassando seus dedos em v ários
centímetros,ocapuzv estido.
“Seuspai sdevem estarmui tofeli
zes”,conti
nuaasr a.
Blanton.Olhoparaat ábuaepegoum pepi no.
“Ben…”Av ozdelatem aquel etom deadv ertênciamat er
nal.“Você
contouprosseuspais,não? ”
“Nav er
dade,não”
,
murmur o.
“Porquê?Paisadoram receberesseti
pode
notí
cia.
”Paiscomov ocê, t
alv
ez.
Enãoéquemeuspai snãogost em dereceberboasnotí
ciasdos
fi
lhos;só quenão acho queamudançado car go degerent
ede
produtoparagerent
edepr odut
osêniorfaçaal
gum senti
doparaeles,
mui
tomenosquesej
amot
ivopar
amepar abeni
zar
.
Nãoquandomeuir
mãoacaboudev
irarsóci
odeum escr
it
óri
ode
advocaciaimpor
tant
eemi nhair
mãanunciouquev aif
azerum ph.
D.
em Yaleagoraqueconsegui
useudipl
omadedi r
eitoem Harv
ard.
Asr a.Bl
ant
onparecesenti
rquenãoquerofal
arsobremeuspais—
oumi nhapromoção—emudadeassunt o.Ficograto.

Comoel aest
á?”
“Quem, Parker ?”
,pergunto.
Elar evi
raosol hos,bem-humor ada.“ Quem mai s?

Cor t
a.Cor ta.Cor t
a.Fat i
oopepi nocom t odoocui dado.“Porque
estáper guntandopr amim? ”
A sr a.Blant onmeol hadeum j eit
oest r anho.“Hã,t al
vezporque
vocêéomel horami godel aháanos.Tal v ezpor quev ocêsmoram
j
unt os.Ou, esper aaí,j
ásei ,por
quev ocêépar teatédasnossasf éri
as
em f amíli
a…”
Issosem f al arnosexo.Sensaci onal,incrí
v el
,dev i
rara
cabeça.Oqueeunãodi goem v ozal ta.Claro.
“Elaestábem” ,r
espondo.
AmãedeParkerpegaumaf at
iadepepinocom um gest
odist
raí
doe
v
irapar
aajanel
a,observ
andoafil
ha.“
Estoupreocupadacom el
a.”
Ol
hoem suadi
reção.“Ah,
é?”
“ Achoquenãoest áli
dandobem com osof r
imento.Nãoquernem
reconhecerisso.”
Sof ri
mento?Jur oporDeusquev ouat r
ásdequem querque…
Sandr a conti
nua f al
ando,sem not armeu sur t
o de raiva.“Sou
totalmenteaf av ordecurtirasolt
eir
ice,mas…bom,Par kerchegoua
falarem casament oparavocê?”
Mi nhamãoest remece.Respirof undopar aconseguircont i
nuar
.
Ent ãopensomel horedecidoincl
usiv
edei xarafacadelado.Ját emos
l
egumesdemai s.
Pegomi nhacer vej
a,queéum acompanhament obem mel horpra
conv ersaquecenour a.
Ai deiadePar kercasandocom Lance…bl er
gh.
“El
a par ece est arli
dando bem com o r ompimento” ,respondo,
i
gnorandoaquest ãodocasament o.
“Masaquest ãoéessa” ,asr a.Blantoncont
inua,f
ranzindoosl ábios.
“Nãopar eceest ranho?Elesnamor ar
am quatroanos,quaseci nco,e
maisper todof i
nal el
av i
nhadi zendoquepoder i
aserparasempr e.”
Acer vejanãocaibem,ent ãoadei xodelado.“Achaqueonegóci o
com Lanceer aassi m séri
o?”
Elaficahesitante.“Bom, nãosoueuquet enhoquedi zerisso…Mas
elepareciafazerbem par aela.Parkerv i
vi
afel
iz.”
Ah,é?
Puxo pel
a memória,tent
ando ignoraros úl
ti
mos doi
s meses,
quandoLancepr
ati
camenteaignorou.
Concl
uoqueasra.Blant
ontem r
az ão.
Parkereraf eli
zcom osuj ei
to.Oupel omenospar eci
acont ente.Os
dois quase nunca br i
gav am,sempr e saí
am… er am t otalmente
compat í
veis,deum j eit
omei otedioso,masquepareciafuncionar.
Depoisdaquel aprimeiranoi te,quandoParkerseacaboudechor ar
efiqueicom v ontadedear rancarosol hosdocar a,nem par eimais
parapensarnoexdel a.
Ali
ás,nãopar ecequePar kerandepensandomui tonoex, maspode
serqueasr a.Blantonest ej
acer ta.
Talvezissosej aum pr oblema.
“El
avaiencont
raral
guém”,digo.“
Alguém mel
hor
.”
“Eusei
.Enãoquer oapressarnada,sóque… quer
iaquet
ivesse
al
guém aoladodelaagora.

Douumaboaol hadaem Sandra.
Éumacoi saestranhadesedizersobreumamul herindependent
e
devinteepoucosanoscom um empr egofixoeumav i
dasocialati
va,
mast alvezest
ejarelaci
onadoaocâncer.
Àsv ezesesqueçoqueamul heraomeul adoencar
ouamor t
ede
f
rent
e.Faz
sent i
doqueel apensenav idaquesuaúni cafi
lhat er
iaem sua
ausência.“Elatem ami m”,digobai
xi nho.
Sandr ameol hacom umaexpr essãosur pr
esa.“ Ah,Ben,eusei
disso!”Elaestendeamãoeaper tameubr aço.“Éque…Seiquesão
mel horesami gosequev aiestarsempr eaol adodel a,mas,como
mãe,éi mpossí velnãopensarnodi aem quev ocêsdoisv ãose
apaixonarporout raspessoaset udov aimudar .

Meucér ebroser ebel
adiantedainformação.“ Nadav aimudar.

“Maspr eci samudar ”,eladiz,com um t om dev ozgentil
,ent ãose
volt
apar ami m.“ Seiquev ocêtem suav idadesol teir
onomoment o,o
queéót i
mo,masv aiacabarseapai xonandoum di a.Vocêt em um
coraçãogr andedemai spar aissonãoacont ecer.Ecomoachaque
essamul herv aisesent i
rseacharquenãoépr i
oridadenasuav i
da? ”
Abr oaboca,em segui dafechodenov o.Nãoconsi gopensarem
outragarotaocupandool ugardeParker.
Por out ro l ado, t ampouco consi go i magi nar uma ev entual
namor ada,esposaouo quef orgost ando dai deiadePar kerser
pri
or i
dadepr ami m.
“Poisé” ,Sandr adi z,com t odaagent i
leza.“ Suaami zadecom
Parkernãov aimor rer,masv aimudar.Quer oqueel atenhaum car a
perfeit
o,paraquem sej asempr epri
ori
dade.Al guém queabr amãode
tudoporel a.Quemor raporel a.”
Abr oabocadenov o, masj uroquenãosei oquedi zer.Nãosei nem
oquesent i
r.
“Ai,nossa”, eladiz,lev andoamãoàbocaedandoumar i
sadinha, de
modo i dêntico à f il
ha.“ Desculpa.Descul pa,Ben.Eu não quer ia…
Apost oqueest oupar ecendoumav el
haagor a.”
Abr oum sor r
isoforçado.

Éumacoisademãe”,el
aexpl
i
ca,dandoum t
apinhanomeubr aço
par
asedescul
par.“
Agentesepr
eocupa.Nãoquisdizernem porum
momentoquevocênãoéum ami gomaravi
l
hoso.Eseiquesempr e
vai
ser
.”
Pegomi nhacerv
ejadenovo,v
irandoagar
raf
aenquant
oesper
oque
meuspensament osseorgani
zem pelomenososuf
ici
ent
eparatent
ar
entendert
udoisso.
Nãodácer t
o.
El
abat eumamãonaout ra.“Ora,
ondeéquef oram par
arminhas
l
uvas?
Achoqueasbat at
asestãoprontas,não?”
Apor t
adosf undosseabre,eParkerentracom um pr
atocober
to
com papel-
alumínio.“
Acarneestápr ont
a!”
Parkersor
riparami m,masosor r
isosedesfazum poucoquando
mev
ê.
El
aincl
inaacabeçacomoquem per gunt
aseestát
udobem.
Eumeobr igoaabrirum sor
ri
soem
resposta.Sóquenãoest átudobem.
Nem um pouco.
Não consi go par
ardepensarnessemoment o dequeasr a.
Blanton falou.Quando Parkere eu ti
vermos pessoas mais
impor t
antesem quem pensar.Nãogostonem um poucodessa
idei
a.
21

PARKER
Sejaláqual f
orobi choesquisit
oquemor deuBenquandoeuestav
a
l
áf oracom meupai ,oef eit
odapi cadapassaquandochegamosà
sobremesa:uma del ici
osa torta de fr
utas ver
melhas l
ocai
s com
sorvet
e de cr eme. Como duas f ati
as e não me si nto nem
remotament eculpada.
Quandot erminamosdel av aralouçaemeuspai sv ãopar
aacama,
estoucontentecomonãomesi nt
oháum bom t empo.
“Quermont arum quebra-cabeça?”,per
gunto.
Bensol taum gr unhido.“ Vocêeseusquebr a-
cabeças.Quetaluma
caminhadanapr aia?”
Olho lá par af or
a com uma expr essão de cet ici
smo.“ Uma
caminhadanapr aiatot alment eescur aàbei radeum marbr avono
meiodachuv aem um f riodemat ar?”,pergunto.
Elesorri.“Sim.Exat ament e
i
sso.”“Eut opo.”
Cincomi nutosdepoi s,est amoscober tosdospésàcabeça— eu
com omol etom daf acul dadequer oubeideBen,el ecom suacami sa
def l
anela.Per corremosacur tadi stânciaat éapr aia.Porsor t
ea
chuvapar ecet erdadol ugaraum ser enogel ado.
Nãoest át ãof ri
oquant oeuesper ava.Comonadamedei xamai s
i
rri
tadaquear eianossapat os,tiroost êniseasmei asedei xoem
ci
ma deuma pedr a grandeei nconf undívelpara poderencont rar
depois.
Benf azomesmo, eambosdobr amosacal çaatéomei oda
panturr
ilha.Si ntoaar eiagel adasobospés, masdeum j ei
to
gost
oso.
Sempr eador eiasv iagensem f amí li
apar aCannonBeach.
Éum dosl ugar esmai sboni tosdomundo, com ondasbr avas, arei
a
fofaeor ochedoHay st ackpai r
andosobr eapr aia.
A al tat empor ada pode serno v erão,com f ogueiras na pr aia,
sor vetedecasqui nhaeosolbr il
handonocéu,massempr egost ei
mai sdev i
rnoi nv erno.
Poucascoi sassãomel horesdoquef icarencol hidi
nhadebai xodas
cober tascom um bom l ivroenquant ochov ef orteláf ora,ouent ão
assarmar shmal lows na l ar
eira.Al ém de mont arquebr a-cabeças,
claro.
Masamel horpar teét erapr aiasópar a
você.Bom.Par av ocêeseumel hor
ami go, nocaso.
Benpar eceserdamesmaopi nião,por quer espiraf undo.Quase
consi gosent i-l
or el
axarenquant ocami nhaaomeul ado.
Amar éest ábai xa,oquef azaf aixadear eiapar eceri nf
inita.Em
umaconcor dânci asi l
enci osa,v i
ramospar aaesquer da,embor ao
l
adonãof açadi f
erença.Nossai ntençãonãoéchegaral ugarnenhum.
Cami nhamosem si l
ênci oporv áriosmi nut osant esqueeupux e
conv er sa.“ Então,oquef oiquemi nhamãef al
ouquedei xouv ocê
assust ado? ”,pergunt o.
Elef icaem si l
ênci oporum i nst ante,achoquet entandodeci dirse
mecont aounão.Ouquant omecont a.
“Suamãeest ápr eocupadacom v ocê”,eledizporf i
m.
Vir
oparaele,surpr
esa.“Séri
o?Eeuachandoquev i
nhanov i
dade
quenteporaí
…”
Bennãofazumapi adi
nhaem resposta,
comoeuesperava.Sóenfi
a
amãonosbol soseol haparaocéuporum moment o.“El
aachaque
vocênãoestáli
dandobem com otérmino.

Abroabocapararesponder,
masf echoem
segui
da.Éum desdobramentoquenão
esper
ava.
Namai
orpar
tedot
empo,
sint
oqueest
ounamesmasi
ntoni
aque
mi
nha
mãe,masessarevelaçãomepegadespreveni
da.“El
afalouisso
mesmo? ”
Benencol
heosombr os.“
Vei
ocom um paposobresenti
mentos
r
eprimidosebl
á-bl
á-bl
á.”
Enfi
oasmãosnosbol soser
efl
i
to.
Sincerament e,quasenãopensoem Lance.Ousobr eot érmino.Mas
sendobem si nceramesmo…achoquemepr oí
bodef azerisso.
Quandoal gumacoi samef azlembrardeLance,l ogopensoem
comomesent imalaol evarum pénabunda, emeucér ebromei oque
mudadeassunt o,porserdolorosodemais.
“Elaestácerta?”,Benper guntadepoi
sdeum t empão.“ Vocêai nda
nãosuper ouLance? ”
Detenhoopasso, porquederepenteparecedi
f í
cil
andarepensarem
um assuntot ãodel i
cado.
“Talvez”
,respondobai xi
nho.
Eleparatambém esev i
raparamim.Nãoconsi goenxergarseu
rosto.Aúni
caluzvem dasestrel
asedamei a-
luanocéuem mei oao
sereno,masdáparasent
irsuaint
ensi
dademesmoassi m.
“Talv
ezestej
anahoradev ocêcomeçaraprocessari
sso”,
Bendi z.
Mascomo?
“ ”,pergunt
o.“Quer oseguirem f r
entemai sdoque
qualquerum, podeacr edit
ar.Vi
rarapági nadev erdade.Nãopossoser
umadaquel asmul heresqueaosquar entaecincoanosai ndacarrega
abagagem emoci onaldosvinteepoucos.Mas, ti
po,nãoexisteum
manual dei nstr
uçõespr acoisa.

Bendádeombr oseol haparaaar eia.“Derepent epodeserbom
conversarcom ele.Vercomov ocêsesent edepois.”
Nãoéumai dei
atãor uim.Umaconv ersadefiniti
vaparav i
rara
páginaecoisaet al.
“Achoqueeupoder i
ali
garemar carum caféoucoi sadotipo”,
mur muro.“Tem certezadequev odcanãoser i
aumaopçãomel hor
prali
darcom o
ex?”

Não.Quer
oest
arcom ospensament
osem or
dem”
,respondo.
Vol tamosacami nhar,
osdoi sem si l
êncio.Seiporqueeuest ouem
si
lênci o,masnãoconsi goperceberem queBenest ápensando.
“Mi nhamãef aloumai sal gumacoi sa?”,pergunto.“Vocêparece
mei o…ensi mesmado. ”
“Ensi mesmado,é? ”
,eler ebat e.“É uma bel a defini
ção.Sexye
mel ancólica.”
“Mas t ambém pode ser bem i r
rit
ante, então desembucha,
Heat hclif
f.”Douumacot ovel
adal ev enele.
Aspal avrasquev êm asegui rsãot udomenos
leves.“ Nãoquer oquenossaami zademude” ,
eledi z.
Interrompoopassoemecol oconaf rentedele,estendendoamão
epedi ndoquepar et ambém.“ Esperaaí,comoéqueé?Oquemi nha
mãef aloupr avocê? ”
Sincer ament e,
essenãoéoBenqueconheçoeador o.
Émui toraroeumei rr
it
arcom minhamãe,masnãoest ounada
sati
sfei
taporsaberquef oiel
aquem tr
ansfor
moumeumel horamigo
em umaconchaf echada.
Bendesv i
aosol hos.“Éque…achoqueest oumedandocontade
que não dá pr a conti
nuarassim pra sempre.Tr
ansando sem
preocupação,v
iaj
andojuntosquandodervont
ade.

“Clar
oquedá” ,
digo,t
eimosa.
O sorrisoqueel eabreémei ot ri
ste.“Achamesmo?O quev ai
acontecerquandov ocêconheceralguém?Nãoum car abonitãonum
bar,mast i
po…alguém séri
o.Oueu?Equandoum denósr esolver
casar?”
Euachav aquemeucér ebrotinhaent rado em col apso quando
Lancet erminoucomi go,masaqui l
onãof oinadaem compar ação
com af ormacomomi nhamenteser ecusaaconceberai dei
adeBen
casando.
“Vocêconheceual guém?”
,meobr igoaper guntar.“
Alguém…
especial?”“
Não.Nem delonge.Éque…v aiaconteceralgum di
a,
sabe?Pr
anós
dois.

Éumaest r
anhainversãodepapéis.El
esendoracionalepensando
nof ut
uro,euviv
endot ei
mosament eomoment o.
“É,masnãof azsentidopensarnissoagor
a”,di
gobai xi
nho.“Esse
podesernossof ut
uro, masnãoénossopr esent
e.”
Elevir
aparaomarant esdeolharparamim.“Vocêtem razão.
Descul
pa.
Puxa,suamãeécr aqueem col
ocarcoisasnacabeçadas
pessoas,hei
n?”“
Oupelomenosnasua” ,pr
ovoco.
Retomamosacami nhada,eatensãoparecesedissi
par
.Achoque
vol
tamosaonor mal.Acomodev er
iaser.
Masent ão…
Benest endeamãodev agar
,efi
cosem reaçãoat
équeseusdedos
tocam osmeus.
Éum gest oum t
antoi
nseguro.Emeigo.Talv
ezumatentat
ivameio
desesperadadeestabel
ecerumacoisaquenenhum dosdoisquer
defi
nir
.
Ben—meumel horamigo—est áandandodemãosdadascomi go.
E,apesardemeucér ebroest artotal
mentesurtado,meusdedos
pelojei
tosabem oquef azereseent rel
açam aosdele.Caminhamos
demãosdadaspel a praia si
l
enciosa,cada um per di
do em seus
própri
ospensamentos.
Masnãocr iocor
agem par aperguntarseospensament osdel
e
estãosetornandot
ãoper igososquant oosmeus.
22

BEN

Nãoconsi
godor
mir
.

A casa de prai
a que osBl anton costumam alugartem quatro
quart
os,ePar kereeunãoest amosj untos,cl
aro,j
áqueospai sdela
nãosabem queestamost ransando.
Masf azumahor aquePar kereeuchegamosdacami nhadana
prai
a,eunsbonsquar entaecincominutosqueol hoparaotet
o.
Souobr i
gadoaadmi ti
rov er
dadeir
omot i
vodenãoconseguirpegar
nosono:
Parkernãoestáaqui.
Deal gumaf orma, nasúlt
imassemanas,meacostumeiaseucor po
quentinhoegost osoencost adoem mi
m.
Meacost umei com ocheirodexampueosom desua
respiração.Ésósexo, pensocomigomesmo.
Foraosdi asem quePar kerest
avaimpossí
velporcausadaTPM ,a
gentet ransoutodososdi as.Entãosópodeseri ssoqueestáme
deixandoi nqui
eto.Af al
tadesexo.
Tenhoquasecer t
eza.
Hesi t
oporunst r
int
asegundosantesdejogarascobertasdeladoe
cami nharsi
lenci
osamenteatéaportadoquartoeabri-
la.Adobradiça
range.Droga.
Soltoumar i
sadi
nhabaixaaoperceberquepareçoum adolescente
tentandoentraràsescondidasnoquartodeumagar otaenquantoos
paisdeladormem noout r
oquarto.
Nav erdade,acompar açãoéper feit
a.
Apor tadePar kerestádest rancada.El adevi
aestaracordada,
porquesent anacamaassi m queabr oaporta.
Quandoaf echo,percoacor agem, enãome
mexo.Oquenãoacont ececom el a.
Sem dizerumapal avr
a, Parkerdesl i
zadomei odocol chãopar ao
l
adodi rei
to,abri
ndoespaçopar ami m.
Sorri
oenquant ov oucom passosapr essadosatéocal ordesua
cama.At éocal ordela.
Acomodamosacabeçanot ravesseiroaomesmot empo, v
irados
um paraoout r
o.
“Oi”
,eladiz.
“Oi.”
E,donada, começoamesent irhesi tantedenov o.Quase
tímido.Qual éopr oblemacomi go, por r
a?Com agent e?
Vim aqui com todaai ntençãodef azersexoquent eei nt
enso, eo
fatodepr ecisarserem si l
êncioabsol ut osódev eri
atornartudomai s
excitante.
Mas,agor aqueest ouaqui ,malconsegui ndodi sti
nguirasf eições
tãoconheci dasdePar kernoescur o,descubr oquequer oumacoi sa
bem di f
erente.Umacoi saquenem sei defi
nir
.
Mi nhamão desl izapel o meut rav essei
ro,depoi spel o dela,at é
minhapal maseacomodarem seur osto.Meupol egaracar iciasua
pelemaci a,ef i
cocom ai mpressãodequeaouv isuspirar.Seriabom
se tivesse um pouco mai s de l uz par a poderv erPar ker,mas
compensoi ssocom ot oque,explorandomai sseur osto,seusol hos
fechados.Seusl ábios.
Elabei j
aapont adosmeusdedosbem del ev e,
esintoum aper tono
pei
to.
Chegomai spert
oat
énossostr
oncosset
ocar
em.Si
ntosua
r
espiraçãocontr
ameuslábi
os.
Rol
aum bei j
o.
Devagar
,lev
e.Di
fer
ent
e.Denot
aumai
nti
midadeper
igosa,
mas
nenhum de
nósdoisdemonst raapressahabitual deestabeleceror i
tmof renético.
Minhalínguamer gulhaem suabocasem par ar,adorandoamanei r
a
comoseusdedospuxam mi nhacami seta,i
nquietos.
Minhabocadescepar aseupescoço.Asmãosdel apasseiam pel os
meuscabel osenquant of i
co parado al ium bom t empo ant esde
começaradescerporseucor po,bei
jandoseuspei tos,suabarriga.
Paronaci nt
ura,puxandoabl usadel asóum pouqui nho,par aque
minhabocaencont reapel eexpostapoucoabai xodoumbi go.Eéaí
queeupar o,medandocont adequeosexocom el aéumacoi sade
outr
oní velnãoporcausadeseucor poincrív
el,oupel acont radição
entr
eseusdedosf r
enéti
coseseusgemi dosbaixinhos.
Épelof atodeserPar ker.Esexocom al guém queagent egost aé…
di
ferent
e.
Melhor.
Minhas mãos desl i
zam porbai xo de sua blusa,e v olto a me
concentrarnapart
esuper i
ordeseucor po,arr
ancandoapeçaaof azer
i
sso.Elal evant
aosbr açosparafacil
it
ar.Minhacami setav aiembor a
aseguir,depoisacalcinhadel
a,minhacalçaemi nhacueca, masnão
sem antespegarumacami si
nhadobol so,porque…sempr ealerta.
Tem tantacoisaqueeugost ar
iadef azercom el a.Queeugost aria
quef i
zessecomi go.Mas,quando seusbr açosmeenv olvem,me
puxandopar aper
to,sóconsi gopensarem ent rarnel a.Quer ome
senti
rem casa.
Colocoacami si
nhasem ai mpaciênciaeasbr i
ncadei r
inhasde
sempr
e.
Apoi
oasmãosnot ravesseiro,umadecadal adodesuacabeça,e
meusol hossecr avam nosdel a.Com um gest ocari
nhoso,afastoos
cabel
osdeseur ostoparav ermel hor.Pr
eci
sodisso.
Euaobser voenquantomet ofundo,com umaest ocadasuav eque
nosdeixaof egant
esem mei oaosi lênci
odanoite.Eentão,
deal guma
for
ma,mi nhasmãosencont r
am asdel anotrav
esseir
o.Nossosdedos
seentrelaçam,eocont atodaspal masmepar ecetãoi mportant
e
quant
oasensaçãodeest
ar
dentrodel a.
Cont inuocom asest ocadassem par ar,eseusquadr issemov em
nadir eçãodosmeus.
“Ben.”Meunomesaiem um sussur rodeseusl ábi os,comoum
apelo.Respondomeesf r
egandonel anomoment oem queseucor po
sear queiaemeaper t
apordent ro.
Solt oum grunhido.Poralgum mot iv
oosexot ãotr
adicionaldehoj e
mef azgozarmai sf or
tedoquenunca.
Apoi oat estal
ev ementenadel a, r
ecuper andoofôl
egoant esdeme
afastarcom um bei joem seur osto.
Nãoquer omai snadaal ém def icardeitadoaoseul ado, aninharseu
corpoj untoaomeu,masar eali
dadepoucoapoucov aisei nfi
lt
rando
nomundodossonhosdosmi nut osant erior
es,eeumel embr ode
ondeest amos.Dequem somos.
“Achomel horvoltarpromeuquar to”,
mur muro.Elaassente.
Nenhum dosdoi squerdesent r elaçarosdedos.
Sintoqueexist
em coisasaserdi t
as,masnãoseiquais,entãome
contentocom um úl
ti
mobei j
o.
Sóquandov ol
toaoquar toperceboquetalv
eznãohaj acoi sasa
di
zer ,
masumaúni cacoisa,nosingul
ar.
Porque,pel
aprimeir
av ezdesdequecomeçamosat r
ansar,f
icome
perguntandoseum denósnãodev er
iadi
zerapalav
radesegurança.
Antesquesejatar
dedemai s.
23

PARKER
Fingi
mosquenadamudou.Queanoi tepassadanãof oiaomesmo
tempoi ncrív
el eesqui si
ta.
Masav iagem dev olt
aaPor tl
andécarr
egadadeumat ensãoque
nuncasent ientrenós.
Aindaconv ersamos.Ai ndadiscut
imossobr eoqueouv irnor ádi
o.
Aindafazemosoj ogodaspl acasdecarros,cadaum tentandosero
pri
mei r
o al embr arumapal avraquecont enhatodasasl et
rasda
chapaàf rent e.
Masnãoconsi gopar ardepensarem ontem ànoit
e.
Sobreoqueacont eceutersidoimportant edealgumaforma.
Quandoenf i
m estaci
onamosdi ant edagaragem decasa,fi
co
al
ivi
ada.Preci
sodeum t emposozi nhaparapensar.Paratent
ar
descobri
roqueachardopassei odemãosdadasnapr aiaedosexo
com int
imidadequev ei
odepois.Noent ant o,t
odaami nhaint
ençãode
terum tempoparami m mesmaseev apor anomoment oem queBen
paraocar roev ejoum car
asentadonos
degrausdaf r
ent
e.
Minhament
econgela.Em mei
oaozumbi
donosouv
idos,
consi
go
ouvi
rBenmurmur
ar:“Putamerda…”
.
ÉLance.
El
eestásentadonafrent
edecasaenosobserv
adescerdocarr
o
com umaexpressãoindeci
fr
ável
.
Benpeganossabagagem nobancodetrás,
col
ocandominhabol
sa
em um dosombr osesuamochil
anooutr
o.
Lancel
evant
a,eaf
ormacomoencar
aBensem dúv
idanenhumaé
caut elosa.Umar ápi
daol hadamedi zporquê.Osor r
isohabi tualestá
bem l ongedepassarporseur osto.Tocoobr açodeBen, pedindoque
seacal me.
Seusol hosencont ram osmeus,esuaexpr essãoér aivosa.Ele
respei tameupedi do,apesardenãoconcor dar,fazendoum si mples
acenodecabeçaem cumpr i
ment opar aLance,ai ndacom acar a
fechada.
“Oi,Ben.”Lancesaidocami nhopar aquepasse.Senãot i
vesse
feitoisso,teri
al evadoum encont rão,tenhocerteza.
“Estamoschegandoagor adeCannonBeach” ,explico,mov idapela
claranecessi dadededi zeralgumacoi sa.
“Ah.”Eleabr eum sor ri
sot ensoenquant omeobser v a.“Tenhoboas
l
embr ançasdaquel elugar.Amai oriaenvolveentrarescondi donoseu
quar tonomei odanoi te.”
Benenf i
aachav enaf echadur a,clar
ament eouv indoaconv ersa,
por queseusombr osficam tensos.
Não.Não!I ssoest ámesmoacont ecendo?
Em termosr acionai
s,seiqueLancenãopodeestardizendoaquil
o
paraBen.
Elenãot em comosabersobr eont em ànoit
e.Ef i
caóbv i
opela
expressãoligeir
ament edesesper
adaem seur ost
oqueésóuma
tent
ativademel embr ardosbonstempos.
Massósi ntoumaest r
anhavontadedeirat
rásdeBen.Dedizerque
si
m,
Lanceentrounomeuquart
oumav ezouout
ra,masissofoi
ant es…
antes…“Oqueestáf
azendoaqui
?”,
per
guntoaLance,derepente
ir
ri
tadacom sua
presença.
El
eseencolheum pouco,pr
ovav
elmenteporcausadomeutom
nadaempol
gado.“
Agentepodeconver
sar
?”
Vi
romaisumavezparaBen,sóparaverquandobat
eapor
tasem
nem ol harpar
atr
ás.
Lev oosdedosàtest
a,sent
indoumadordecabeçasur
girdonada.
“Claro.”Oquemai
seupoder i
adi
zerpar
aocaraquenamor ei
por
cincoanos?
Apesardeterlevadoum f oradele?
Sentonodegr au.Lancef ranzeatesta,
confuso,
provav
elment
epel
o
fr
io.Conversardent rodecasaf ar
iamui t
omai ssenti
do.Masnão
queroosdoi snomesmoambi ent
e.Enãoseisequer oLancena
minhacasaant esdeouv i
roqueel etem adizer
.
“Hã,cert
o”,elefala,sentandoaomeul ado,massem encost
arem
mim.“EntãoBenf oicom v ocêpar aCannonBeach?”
“Foi
.”
Issonãoexpl icamui t
acoisa,masnãodev onenhumasat isf
açãoa
Lance.Mesmoassi m,éestranhoeleterperguntado.Umadas
mel hor
escoi sasde
Lanceer aquenãot inhaciúmedeBen.El esempr epareceucapazde
entenderoqueasout r
aspessoasser ecusavam aacei t
ar.
Masdet ect
oum si naldetensãoem suav ozagor a,comoset i
vesse
sentidoumamudançanocl imaentremi m eBen.Apesardenem eu
saberquemudançaer a.
Pensei quesoubesse, masagor a…
Lanceol hapar aocéu,queest ánubl ado,maspel omenosnão
chove.“Achoquecomet ium erro,Parker
.”
Enfioasmãosent r
eosj oelhoseaper toasper nasumacont raa
outr
a.Nãodi gonada.
Elemeencar a…“ Eu…andei pensandoem v ocê.Nagent e.
Bastante.”“É,deupr anotar
, com todasasl i
gações”,di
go,
sarcást
ica.
Eleficaem si lêncioporalgunsi nstantes.“Acheiquev ocênãoi a
querermeouv i
r.Enãoquer iadizernadaant esdet ercerteza.Não
queri
abr i
ncarcom seussent i
ment os.”
Soltoum r i
sinhodedeboche.“ Ondeest avaessaconsideraçãotoda
nosdoi smesesdenamor oem quemei solou,porquenãoest av
a
mais‘nocl i
ma’ ?”
Lancev ir
apar ami m,esuaexpr essãomepar ecebem séria.“
Você
estáchateada.Ecom r az
ão.Magoeiv ocê.Massomosadul t
ose,
ant
esdeav
ançar
naconv ersa,medi zset enhoalgumachanceaqui .Porque,
senão
ti
ver,nãov oudesper di
çarot empodeni nguém.”
Nãoéumacoi samuitor omânti
caasedi zer,
masmepegosor ri
ndo,
porqueéacar adoLance.
Sóqueosor risologodesapar ece,porque…Nãosei oquedizer.Não
seidemai snada.
Eent ãomedoucont adequemi nhamãet alv
eztiv
esserazão
quandodi ssepar aBenqueeunãopr ocessei di
rei
tooqueacont eceu.
Porque,agor aqueel eest áaqui,mesi ntoinvadi
daporumapor ção
delembr ançasesensaçõesf amili
ares,além deum poucodemágoa,
sem dúv i
da.Tent olembr arcomoagent eera.Comoer abom .
QueriaqueBenest iv
esseaqui .Quef i
cassedomeul adoenquant o
penso.
Quemedi ssesseoque
fazer.“
Parker?”
“Nãosei comoestoumesenti
ndonomoment
o” ,
digoa
Lance.“Bom, nãomemandarembor
ajáéum bom
começo. ”
“É.”
“Senãoestousendoexpulsodapropr
iedade,signi
ficaquevocê
ai
ndanãoar r
umouum car acom pi
ntadeast r
odeci nema? ”
Otom dev ozdel
eébrincal
hão,masmi nhament esev ol
tapara
Ben.Paraamanei r
acomoel emeolhouont em ànoite.Como
segurouminhamão.
Balançoacabeçapar
aaf ast
arospensament os.ÉBen.Meumel hor
ami
go.
Nadaalém disso.
Lanceestendeobr
açonaminhadi
reção,
bem devagar
,par
amedar
achancedemeesqui v
ar.Per
mit
oqueseguremi nhamão,par
aver
comomesi nto,mas…
Nãosint
onada.
Seusdedosapert
am osmeus.“
Querooutr
achance,
Parker.

Fi
nalmentev
iroparael
e.“
Porquê?Pensei
quenãoesti
vessemai
s

noclima’
”,r
epi
to.“Eagarot
a?Aquechamousuaatenção?”
Elesemantém f
irme.Nãosedesculpapel
aspal
avr
asf
ri
as
queusounaquelanoit
enem tent
anegarnada.
“El
aera…pareci
dademais
comigo.
”Meuest ômagoserevi
ra.
“Ent
ãovocêssaír
am.”
El
edádeombr os.“Tomamosum caf éumaouout ravez,
mas…”“ El
anãoqui ssaberdevocê.

El
eabr eum sorri
soamar el
o.“El
atem namorado.Masv ocêpreci
sa
saber,Parker
,precisaacredi
tarquenãoest ouaquisópor quenão
rol
ounadacom el a.Nossarel
açãonãotem nadaav ercom aLaurel
.

Laurel.Bl
ergh.

Estoucom saudade.
”Suav ozsoamaisur genteagor
a.“
Est
ava
at
oladonotr
abalho,nosestudose…”

Eagoranãoest ámais?
”,pergunt
o,bem cética.
“Esset i
podecoi sasempr evaiseri
mpor t
ant
eprami m,masagora
percebiquepr ecisodeequi l
í
bri
o.Eu…nossa,seiquev aisoarmui
to
cl
ichê,mas… Sóper cebioquantoprecisavadev ocê,oquantote
amav a,com adi st
ância.

Nãof icoexatament eeuf
óri
ca,masessaspalavr
assem dúvidame
ani
mam.
Seriamuitomel horterouvi ssoant
doi esdei rpracamacom Ben.
“Euamov ocê, Parker.I
ssonuncamudou.Tenhocer tezadi sso
agora.”
Passodel ev ement eanimadaaquasesat isfei
taaopercebero
quantoquer i
aouv i
risso.Quealguém meama, mequerepr eci
sade
mim.
Eleapertami nhamão.“ Medáoutrachance.Enãopr at udov olt
ara
sercomoant es.Quer ocomeçardozer o.”
Balançonegat i
vament eacabeça,i
ndicandoquenãoent endi.
Lancepõeaout
ramãoem ci
madaminha.“
Quer
oquev
ámor
ar
comigo.
”Euoencar
o.“
Comoéqueé?

El
eabr eum sor
risi
nho.“
Olha,entendoqueBensej aseuami go,e
tudo bem que t
enham mor ado junt
os at
é agora,mas quer o um
rel
aci
onamentodev er
dade,Parker
.Agentenãov aiconsegui
rteri
sso
enquantovocêmorarcom
outrocara.Sendobem sincero,achoqueissofoipart
edomot i
vode
nãoassumi rnossocompr omissocomodev er
ia.

Fechoacar a.“
Masv ocê…nuncat eveci
úmesdoBen.Cer to?

“Não.Ciúmes, não.Entendoquev ocêssãoamigos,quase
i
rmãos…”
Desvioool har,par
aqueel enãovejaaculpaestampadanami nha
car
a.
“Éque…”Lancesei nter
rompe,comoseesti
vessetent
andobuscar
aspalavr
ascert
as.“Sabecomoé, seBeneeusofrêssemosaci
dentes
efôssemoscadaum par aum hospit
al…Nuncafi
couclaropr
ami m
qualdenósvocêiavisit
arpri
meir
o.”
“I
sso…ébizar
ro”,
coment o.
Éumaf or
madel i
ber
adadenãor esponderaocenár
iohi
pot
éti
co,e
f
icotor
cendoparaquenãonote.

Vocêentendeu”
,el
edizcom um meiosorr
iso.“
Agent
esemprequer
ser
prioridadenav i
dadoout r
o.”
Ficopar al
isadaaomedarcont adasi mplicidadedaaf ir
mação.El e
tem r az ão,masasi mpl i
caçõessãocompl exas.
Por quei ssosi gnifi
caqueascoi sasent remi m eBennãopodem
cont i
nuarcomoest ão.Nósdoi smer ecemosv i
verum amorpl enoe
satisfat óri
o,enãov amosconsegui rf azerissosecont inuarmost ão
apegadosum aoout ro.
Lancet em r azãosobr eser mosadul t
os.Mi nhar elaçãopl atôni
ca
com Benpodi aserboni t
inhaedi verti
danaf aculdade,masl ogov ou
fazerv inteeci nco.Est oul ongedeserv elha,mast enhoi dadeo
bast ant eparasaberquequer oum r el
acionament odev erdade.
Quer o o que t enho com Ben — os r isos,a cumpl ici
dade,a
possi bilidadededi scutirmeuspr oblemasàv ontade…
Mas quer o out ras coisas também.Receberf lores no Di a dos
Namor ados, beij
osem públ ico,casament o.
Quer
oalguém queandedemãosdadascomigonoshoppi
ng,não
sónumapraiadeser
taànoi
te.
“Oquemediz,Par
ker
?”Otom dev
ozdeLanceagor
aédesúpli
ca.

Quer
i
rmor
arcomi
go?

24

BEN
QuandoPar kerentr
aem casa, est
ouv endoTV,massem prest
ar
atenção.
Ranjoosdent es,i
rri
tadíssi
mocomi gomesmoport ermencionado
Lanceont em ànoite.Écomoseeut ivesseevocadoapresençado
desgraçadodizendoseunomeem v ozalta.
Porquenãof azsenti
do.Depoisdet r
êssemanassem ninguém nem
pensarnocarael eapar adonami
ecersent nhacasa,
paraf
alarcom a
minha…
Melhoramiga.
Escutoapor t
adaf r
entesef echarcom um cli
quesuaveeficotodo
tenso,com osouv i
dosapuradosàesper adosom deum segundopar
depési ndi
candoqueLancef oiconv i
dadoaentrar.
QuandoPar kerapar
ecesozinhanasal a,sol
toum suspi
robaixode
alí
vio,
massem t ir
arosolhosdaTV, pr
anãodarbandeira.
Nãoquer oqueelaperceba…Por ra,nem euseioquê.
SóquandoPar kersentaaomeul adoesol taum suspir
oprofundo
vi
roem suadi r
eção,col
ocandoaTVnomudo.
“Fal
aroucal ar?”
,pergunto,recorrendoaonossov el
hoesquema.
Porque,apesardeumapar t
edemi mt ervontadedesacudirParkere
ar
rancarcadadet al
hedoqueLancedi sse,elaéacimadet udomi nha
amiga,etenhoqueapoi aragarota.
Mesmoquesej aem sil
êncio.
Elarespi
rabem f
undooutravez.“
Lancequervoltar
.”
Essaspalavr
asmemachucam um pouco, apesardeeuestar
pr
epar
adoparaelas.Af
inal
,porquemaisocar afi
cari
asent
adona
f
rent
edecasaf
eit
oum
i
diota,fazendodepoisum coment ár i
osópar amost rarqueer aele
quem cost umavaentrarescondidonoquar todaPar kernasv i
agensda
famíli
adel a?
Eéi ssoquemei ncomodadev erdade.Aconsci ênciadeque,al ém
deeut erfunci
onado como um est epenav i
agem,t i
veamesma
funçãonacamadePar kerontem ànoi te.
Eeuaqui romanti
zandoacoi sat odaf ei
toum otário,enquantopara
Parkerer asómaisdomesmo.
“Comov ocêsesenteem r el
açãoai sso? ”,
meobr igoaper guntar
.
Comosesent eem r
elaçãoael e?,
penso.
Elajogaacabeçapar atr
ásnosof á,parecendoexaust a.
Oque, i
magino,émel horquefi
cartodaalegri
nhacom of at
odeque
el
ef inal
mente percebeu que estav
a sendo um i diota.Mas seri
a
melhorseelaesti
vesseum poucomai sir
ri
tada,num cli
mamai s“
nem
porci
madomeucadáv er”.

Sei l
á”,Par
kerdi
z.“Estou…achandot udomuitoesquisit
oeconfuso.”
Entãoel avir
aparami m,ol handonosmeusol hosdever
dadepel
a
pri
mei r
av ezdesdeont em ànoi te.Fi
cocom asensaçãodequequer
me per guntaralguma coi sa,mas não seio quê.E,mesmo que
soubesse, nãosaber
iaresponder .
“Vocêv aisaberoquef azer,Parks.
”Sóconsi
godi zer
i
sso.“ Achamesmoqueeudev eri
avol
tarcom ele?”
Caramba, quepergunta!
“Achoquevocêdev efazeroqueest i
veraf i
m”,r
espondo,cautel
oso.
Elamedáum t apanopei to.“Paracom isso.Pr
ecisodeaj
uda,
droga.Vocêémeuami go.

Abroum sor
risi
nho,porquet alvezascoisasnãotenham mudado
tantoentr
enósnof i
m dascont as.
Talvezanoi
tedeont em tenhasi dosóalgoqueacontecedev ezem
nunca.
Um moment
odef
ragi
l
idade,
ousei
láoquê.
Nãoexi
stemot
ivopar
anãov
olt
armosa sercomoant
es,com as
bri
ncadei rasconst ant es.Mesmoseel av olt
arcom Lance.Tal vezsej a
exatament edissoqueagent epr ecisapar aretomaraant igarotina.
Quandonossosf insdesemanaenv olvi
am v isi
tasi nof
ensivasàI KEA,
enãov iagensàpr aiaquet erminav am com sexoi ncrível
.
“Nãopr ecisacompl icarascoi sas”,digoael a.“Ésódeci dir.Vocêé
mai sfelizcom Lance?Ousem? ”
“Ah,é.Nãot em nadadecompl i
cadonessadeci são”,elaresponde,
sarcást i
ca.
Douum t apinhaem suamãosobr emi nhacoxa.“ Vocêv aisabero
quef azer .

Semeusdedosf icaram col adosaosdel aum poucomai sdoque
deveriam,ambosi gnor amos.Por quesabemosque,seel avoltarcom
Lance,esses t oques mai sí ntimos e nat uraisv ão v i
rarcoi sa do
passado.
Par kerest ár oendoasunhasdaout ramão,ol handopar aaf rente.
Porsuat estatodaf ranzi da,perceboqueel aest ápensandodemai s.
“Cer t
o,mecont acomof oiaconv ersa”,digo.“ Tipo‘foimal ,agora
vamosf ingirquenadadi ssoacont eceu’
? ”
Elar evir
aosol hos.“ Elenãoév ocê.Lev aessascoi sasasér io.”
Mer etr
aioum pouco,of
endi
do,masPar
kerest
áenv
olv
idademai
s
par
anot ar.
Éissoqueelaachademi m?
Quesoui ncapazdel ev araspessoasasér i
osópor quenãoquero
assumi rum compr omissonomoment o?
“El
eest avaat oladonot r abalhoenosest udos.Nãosoubecomo
equil
ibrarascoisas”,Par kerexpl i
ca.
Franzo a t est
a, por que não gost o dessa coi sa de
compar ti
ment al
izarav ida.Um car acom asor tedeumanamor ada
assim deveriasededi cart ot al
ment eaela.Parkernãomerecesersó
maisum el ement onapl ani lhadel e.
“Entãooquemudou? ”, per gunt o.
El
asol
tami
nhamãoesei
ncl
i
napar
aaf
rent
epar
aencar
arochão.

Ele
percebeuquepr eci
sademi m.Quemeama. ”
Enguloem seco.“Ev ocêpr ecisadele?Senteamesmacoi sa?”
Aspal av
rassaem amar gasdami nhaboca.Meucor poficatodo
tenso,comoseasr ejeit
assef isicamente.Em especi
alsear espost
a
foroqueest oupensando.
“Achoquesi m”,el
adi zbaixinho.
Ignoroaest ranhasensaçãodequeal gumacoi sasepar t
iudent r
o
demi m.“Vocêacha? ”
“Nãosei !
”,Parkerdi z,ficandodepéem um pul o.“Eu…Ser áquedá
pra gentev oltarpr o começo da conv ersa?Pr efi
ro calar.Pr eci
so
pensar,enãoconsi gof azeri ssocom v ocêt agarelandonami nha
orelha.

Começoamei r r
it
ar.“Tr intasegundosat rásv ocêest avainsisti
ndo
praouv i
roqueeuachav a.Assi mf i
capar ecendoqueest ouobrigando
vocêaf azeroqueeuacho. ”
“Eporacasov ocêachaal gumacoi sa?”,elaretruca.“Ar espeitodo
quequerquesej a? ”
“Achoum mont edecoi sa” ,r
espondo,agor abem put o.“ Masoque
euachonãoi nteressanessecaso! ”
Ficamosem si lêncio,eel aassente.“Certo.Vocêt em razão,claro.
Essadeci sãonãoésua.Descul pa,éque…émui tacoisapr apensar ,
sóisso.”
“Eu sei”,respondo bai xinho.“Desculpa t ergr i
tado.Não est ou
ajudandomui to.”
Elaabreum sor ri
sinhot riste,
sem meencar ar.
“Parks?
”Inst
inti
vamente,
seiquet
em mai
scoi
saem j
ogo.Al
goque
el
aai ndanãofalou.
Algodequenãov ougost
ar.
Elameencar a,
com osolhosarregal
adoseum pouco
amedr ont
ados.“Lancequerqueeuvámor arcom el
e.”
Todooarésugadodasal a.Nãoconsigo
respi
rar.“
Oquev ocêrespondeu?”
,consi
go
per
gunt
ar.
“Quepreci
sopensar
.”
Assi
nto.“Eoquevairesponder
?”
Seusolhosnãodesgr
udam dosmeus,
impl
orandoporcompr
eensão.
“Si
m.”
25

PARKER
“Ainda não acredi
to nisso”,Loricomenta enquant
o observa
atenciosament
emi nhassapati
lhasdeonci
nhaantesdeencai
xotá-
las
paraamudança.“ Éof i
m deumaer a.

Enguloem
seco.É
mesmo.
Essepensamentopassoupel aminhacabeçaum mil
hãodevezes.
Eum mi l
hãodeout ros,
basicamenteindagandoseeut inhacomo
sai
rdessa
—sepodi adesist
irdeirmor arcom Lance.
Porum instante,si
ntov ontadedecont art udoaLor i
.Gostar
iade
poderconfessaraal guém queav erdadeirar azãodeaceitarmorar
com elefoimedo.Medodeque,secont i
nuassecom Ben,ascoi sas
poderi
am mudar .
Sóqueel asestãomudandomesmoassi m,eeuai ndaestout
endo
queli
darcom amudançasem meumel horami go.
Masconv er
sarsobr eisso com Lor iv aisuscitaruma série de
questi
onamentosquenãoest ouprontaparar esponder.
Sobremim.Esobr eBen.
Sobreoqueaconteceunaúlti
manoi teem CannonBeach.
Entãofi
coem si
lênci
o,tent
andomeconv encerdequei rmorarcom
Lanceéadecisãocer t
a.Quesignifi
caqueest ouseguindoem f rent
e
com minhavi
da.
Não lev
anto osolhos.Continuo embrulhando meusf rascosde
perf
umeem pl ást
icobolha.“Obrigadapormeaj udaraembal aras
coi
saspramudança.


Ah,i
magina”
,el
adiz,
dispensandomeucoment
ári
ocom amão.

Essaéa
partemaisf ácil
.Pelomenosv ocêtem doiscaraspraajudarcom as
coisaspesadasamanhã. ”
Ficoem si lêncio.El
acontinua:“Benv aiajudar
,certo?Por que,por
mai squeeuador evocê,nãov ouest r
agarasunhascar regandouma
cômoda. ”
“Nav erdade,ai ndanãopedi ”,r
espondo,memant endodecost as
paraquenão consi gav eraexpr essão no meur osto.“Mascom
certezavaiajudarapôrascoi sasnocami nhão,cl
aro.

Nãot enhocer tezanenhumadi sso.
Não é que a gent e não est eja mai s conversando.Somos
perfei
tament eeducadosum com o out ro.Pr eci
samosf azeri sso,
porqueat éahor adoal moçodeamanhãai ndamor amosj untos.E
aindav amosj untospar aot r
abalho.
Mas,nasduassemanasquesepassar am desdequecont eique
voumor arcom Lance,nossaconexãoseper deu.Mental.Emoci onal.
Eaci madet udofísi
ca.
Nenhum dosdoi sadmi tequet em al
gumacoi saerr
ada.Mast em, e
i
ssoest ámemat andopordent r
o.
“Certo.Quer i
af al
arumacoi sacom v ocê”,Loricomenta,colocando
um pardechi nelosv elhoscom t odoocui dadonacai xa,comose
fossem Loubout ins,antesdesent arnami nhacama.
“Claro”,respondo,gr atapelamudançadeassunt o.Qualquercoi sa
quedesv i
emeuspensament osdeBen.
“Ésobr eBen” ,ela
av i
sa.Hum.
“Certo”,digo.
Tenhoumasúbi t
apremoniçãodequeémel horestarsentadapr a
ouviri
sso,entãoperceboquej áest
oudepernascruzadasnochão.
Droga.Talv
ezsej amelhorar
rumaralgumacoisaem quemeapoi ar
então.
“Voupedirprasai
rcom el
e.Com Ben.VouchamarBenpr asair
”,ela
conta.
Seut om devozét
ranqui
lo,
dir
etoemui
to,
muitocl
aro,masmesmo
assim preci
sodeum bom t
empoparar
egi
str
araspal
avras.
“Lor
i…”
“Já seio que você v
aidi
zer”
,elai nterr
ompe.“ Que el
e é um
mulherengo e v aipar
ti
r meu coração,por que nunca assume
compr omissos.Maseugostodele,Parker.O suf
ici
entepraquerer
arr
iscar.

“Mas…”
Osor risodeLor iégent il
,masf irme.“Com t odoor espeito,nãoé
vocêquem t em quedeci dirisso.Vouconv i
darBenpar ajantar.Seele
qui serrecusar,quesej a,masv ocênãopodef azeri ssoporel e.”
Piscoal gumasv ezes,conf usa.El atem razão,cl aro.Nãot enhoo
direitodedeci di
rcom quem Benv aiounãosai r,maséque…
Loriolhabem par ami m.“Tudobem pr av ocê,né?Por queest ácom
car adequequebr ei um códigodehonr aoucoisadot i
po…”
“Não!Querdi zer … clar
o quet udo bem.Vaisermei o esquisit
o
quando— oumel hor,se— ascoi sasnãoder em cer t
oent rev ocês,
masnopi ordoscasosésómant erosdoi sàdist ância.”
Elasolt aum suspi rodeal ívio.“ Quebom.Querdi zer,seiquev ocê
tent amant ersuasami gasàdi stânciadele,eent endo,maséque…
Pensonel eot empot odo.Eàsv ezesquandoagent eseol haeu
sint o…algumacoi sa, sabe?”
“Clar
o!”
Minhav ozsai agudademais,empolgadademais,masLori
nem
percebe.
Apesardeduv i
darqueBenv ánamorarem breve— mesmouma
pessoa i ncrí
velcomo Lor i—,não consi go evit
ar as i
magens
hediondasquesef ormam naminhacabeça.
LorieBendemãosdadas.Sebei j
ando.Nósquatrosai
ndo
j
untos.Cr edo.
Loriolhapar aocel ul
ar.“Ai
,droga,séri
oquej ásãoduashoras?
Minhaaul adei ogacomeçadaquiav i
nteminut
os.Tudobem seeu
sai
ragor
a?Posso
vol
tarmai star
de.”
Faço que não com a cabeça.“Não esquenta.Já est
ou quase
ter
mi nando.Sófal
taencai
xot
arumascoisas.Além di
sso,nãovoume
mudarpr oout r
oladodopaís.Possovoltaraquiquandoquiserpra
pegaroquesobr ar.

“Benaindanãoar r
umououtr
apessoapradividi
racasa?”
Bal ançonegat ivament eacabeça.“ Aindanão, masachoqueJohné
um f ortecandi dato, por queocont ratodeal ugueldeleacabamêsque
vem, eeleest áat rásdeum l ugarmai sbar at
o.”
“Ah, porf alarnisso, estouor gulhosadev ocê”,dizLori,
colocandoa
bolsanoombr o.“ Pormai sfofosquev ocêeBensej am,nãodápr a
cont nuarsendoWi
i ll&Gr acepr asempr e,né?”
Abr oum sor risosem gr aça.“ Sequert erum r el
acionament ocom
Ben,émel hornãocompar arocar acom um í conegaydaTV .El e
gost ademai sdosexoopost opr aisso.”
Lor idispensameucoment ári
ocom um gest o.“ Vocêent endeuo
que eu qui s dizer .É bom que t udo tenha terminado ant es que
fi
cassem dependent esdemai sdessar otinaecomeçassem asabot ar
osr elacionament osum doout ro.Éumamudançader umoboa. ”
Concor docom acabeça,sem mui toent usi
asmo.Andoouv i
ndo
bast anteesset ipodecoi sa.DeCasey ,dami nhamãe,deLor i,de
Lance…at édomeupai .Todomundopar ececoncor darqueest ána
horadeBeneeudar mos“ opr óximopasso” .
Et odomundopar ecebem empol gadocom mi nha
mudança.MenoseueBen.
Lor iv aipar a a aul a dei oga,medei xando sozinha com meus
pensament osdepr essivos.
Eudev eriaestarempol gada.
Oobj
eti
vodamudançaerapr
opor
cionarum r
ecomeço.Deveri
aser
umachancedeassumirum compr
omi ssomaissériocom al
guém
quemeama,quequermaisdemim doquesexoei dasocasi
onaisà
KEA.
I
Entãoporqueestoumesent
indocomoseesti
vessedel
uto?
Escutoumabatidanapor
ta,
masnem tenhoachancederesponder
antesqueabra.
ÉBen.“Oi.

“Oi!
”,r
espondo.“ Entra!”
Masécl ar
oqueel ej áentrou,esejogaem ci madami nhacama.
“Acheiquedev eriav irv ersev ocêpreci
sadeaj uda.
”Levantouma
sobrancel
ha,eel ef i
camei osem gr aça.“Eusei .Est
ouof er
ecendo
meiotardedemai s.Éque…mudançaéum saco, né?”
Ésóum pr etexto, enósdoi ssabemosdi sso,mas,comotampouco
estouagindonormalnosúl t
imost empos,deixopassar
.Fi
cocont ent
e
poreleestaraquiepel ascoisasparecer
em…bom,nãoexat amente
normais,maspel omenosest amosconv er
sando.
“Oqueeuf aço? ”
, elepergunta.
Apont oparaocl oset.“Quet alterminardeencai xotarmeussapat os?
Loricomeçou, masest avademor andounsci ncomi nut osporpar …”
Fico obser v
ando enquant o Ben pega um mont e de sapat os e
despejanacai xasem amenorcer i
môni a.
“Estouv endoqueessepr oblemav ocênãov aiter”,coment o,
sarcásti
ca.El esorri
,repeti
ndoogest o.“Quantossapat osvocê
tem, mulher?”
“Esse‘ mulher’quev ocêacr escentounof i
m daf raser espondeà
suapr ópri
aper gunta.Tenhomui tos.

“EsperoqueLanceest ej
apr ontopr aperderunsoi tentaporcent o
docl osetdele”,Bencoment a,pegandoumasandál iaanabel ar osae
dando uma exami nada cét i
ca nel a antes de ar r
emessar— si m,
arr
emessar—namesmacai xa.
Éapr imeirav ezdesdeoanúnci odamudançaqueBent ocano
nomedomeunamor ado.
Sim,Lancev olt
ouasermeunamor ado.Nãoqueagent et enha,hã,
consumadoar etomada,masv oumor arcom ocar a.Claroqueel eé
meu
namor ado.
Mesmoassi m, t
enhoev i
tadoaomáxi moapr esençadel enacasa.A
i
dei adosdoi snomesmoambi entenãomeagr ada.
“Ent ão,estáf eli
zport erobanhei rosópr av ocê?”
,pergunt o,com
um t om dev ozdel iberadament ealegr
e.“Todaaquel aáguaquent e.Ah,
ev aiserodonoabsol utodocont r
oleremoto.Esuascer vejasnãov ão
terquedi sputarespaçonagel adeiracom meusespumant es.Nãov ai
termai scabelosnor aloe…”
Par ameuhor rorcompl eto,minhavozf i
caembar gada.Nãoconsi go
nem v erascor rent i
nhasqueest outentandodesembar açarf azalguns
minut os,porquemeusol hosseenchem del ágr
imas.
“Ei”,dizBen, par ecendoem pâni co.Elesentaaomeul adonochão,
estour andoumapor çãodebol hasdopl ásti
conopr ocesso.“ Oqueé
i
sso? ”
Elepegaumal ágri
macom odedo, oquemef azchorarai ndamai s.
“Seil
á”,
respondo,
em meioaossol
uços.“
Éque…achoque…eu
não…”Elepassaosdedosdelev
enomeur ost
o.“
Vousenti
rsua
fal
tatambém,
Parks.

Olhopar aelecom av isãot odabor rada.“ Compr eiumast oalhas
novas.Vár ias.Deix
eilavadasecol oqueidebai xodapi a,pravocêt er
um estoqueporum bom t empo.Ev oul i
gart ododi apr at el
embr ar
de…”
Eletapami nhabocacom amão.“ Parker .Rel axa.Vocêv aimor ara
ci
ncomi nutosdaqui.Nãoécomoseagent enuncamai sfossesev er.

“Eusei .
”Limpoonar i
zcom odor sodamão.“ Masv aiserdiferente.
Nãov ai?”
Bencol aosj oel
hosnopei to,env olveasper nascom osbr açose
fi
caolhandopar aasmãos.“ É.Vai serdiferente.”
Nãoéi ssoquequer oqueel edi ga, ent
ãochor oaindamai santesde
mej ogarnosseusbr aços,agarrandoseupescoçocom f orça.
Eleficat ensoporum i nstante,masdepoi sl evaumadasmãosàs
mi
nhascost
aseaout
raaomeucabel
o.“
Vocêeseuschor
os.

“Poisé”,murmur ocontraseupescoço.“Souumamant ei
ga
derret
ida.”
Abraçadaporel e,mesintonol ugarcer
to.Pelamili
onési
mav ezme
perguntoseestouf azendoacoi sacertai
ndomor arcom Lance.
Recuoum poucopar aolharBen,enossosr ostosfi
cam separ
ados
porpoucoscent ímetros.Éest ranhopensarque,poucassemanas
atr
ás, i
ssoterminari
aem um bei j
o.
Eomai sestr
anhoéquemi nhavontadedefazerisso
permanece.Ai ,
Deus.Nãopossodej ei
tonenhum ainda
estaraf i
m deBen.Par acomeçodeconv er
sa, t
em o
Lance.
Além disso…
Certo,nãoconsigopensarem nenhum out romot i
vo.
“Lorivaichamarv ocêprasair”
,revelo,desesperadapara
i
nterrompermeuspensament os.
Elelevantaassobr ancel
has,eficosem saberseéporcausada
mudançaabr uptadeassuntooudanot í
ciaem si.“Ah,é?”
Façoquesi m com a cabeça. “Tenteiav i
sarpr aela,mas…
estádeterminada.”
Elefranzeat est
a.“Comoassi m, avi
sar? ”
“Praelasepr eparar”
,expl i
co.“Prasuar ecusa.”
Benf i
cameobser vandocom umaexpr essãoi ndecifr
ável
.“Eporque
eurecusar i
a?”
“Bom,el anãoest áat r
ássódeumat ransa”,digo,for
çandoum
sorri
soedandoum t api
nhaem seuj oelho.“ JáfaleiqueLoriquerum
rel
acionament oséri
o.Pr av aler
.”
“Entendi…”Ot om dev ozdel eindicaquenãoent endeucoi
sa
nenhuma.“ Loriquerum namor ado”,
refor ço,di
zendocom t odas
asletras.
Ficoàesper adequeel eabsor vaai nformaçãopar amegar ant
ir
quenãot em amenori ntençãodeassumi rnadacom Lor ioucom
qualqueroutragarota.
Quev
aicont
inuaraserum sol
tei
rãochar
mosoegal
i
nha.
Nãoqueeugost edaidei
adeBendor mircom um montedegar otas,
maséal gomuitomaisfáci
ldeaceit
ardoqueel ecom al
guém de
verdade…
MasBennãodi znadadisso.Si
mplesmentedádeombr os.“Gosto
daLor i
.”
Ficoboqui
abert
a.“
Vocênãopodeest arpensandoem dizersi
m. ”
Elesol
taumar i
sadi
nhacur
taeum poucoásper
a.“
Bom,nãoé
exatamenteum pedi
dodecasament
o,né?Seelamechamassepr
a
sair
,euaceit
ari
a.”
“Mas…”
“Nãoquer oficarsolt
eir
opr asempre,Parker.

Ot om dev ozdeleéum poucoagudo, eomeuum poucoi r
ri
tado
quandor etr
uco.
“Desdequando? ”VejoqueBencer r
aosdent esem irri
tação,mas
i
nsisto.“Quandof oiquevocêdeual gumai ndi
caçãodequequer i
auma
namor ada?”
“Seilá,pô.Mast enhodi r
eit
odemudardei deia,não?Querdi zer
,
nãoest ouf al
andoquev oucompr arumaal i
ançanopr óxi
mof im de
semana,masnem pori ssov oumemant erfechadoài deiaquandoa
garotacertaaparecer.”
Sintoum nónagar ganta.Nãoseiporque, masessai nfor
maçãome
dei
x aaomesmot emposur presaemagoada.
Benest áesperandopel agarotacert
a?
Sempr eacheiquef
osseum sol t
eir
ãoconv
ict
o.Sódepensarque
querseronamor adodealguém…
Issoabalatodaaminhaconv i
cçãodequem
eleera.Oudequem agent eera.
Nãof azomenorsentido.Nadamai sf
azsent
ido.

Você vaimesmonamor ara Lor i
?” Tentofingi
rquenão
est
ouincomodadacom asituação,sem sucesso.

Oqueestáacontecendo?Agor aquem vem com doispesoseduas
medidasévocê?”,el
epergunt
a,lev
antandocom umaexpr
essãode
i
rr
it
açãonor
ost o.

Comoassim? ”Também f
icodepé,paraencar
á-l
o.
“Vocêpodet erum namor adoeum melhorami go,maseusóposso
tervocê? ”
“Não! ”
,respondo.“ Nãoéi ssoqueestoudizendo.Sópensei
que…”El ecruzaosbr aços.“Oquê?Oquef oiquevocê
pensou? ”
Faço uma car eta ao ouvira fr
ieza em sua v oz.Não consi
go
responder ,porquear espostaqueestánapont adami nhalí
nguavai
destruiroqueexi st
eent r
enós.
Por queai deiamal ucaquedomi naminhacabeçaéquenão
consigoacei tarof at
odequeBenest avaesperandopelagarota
certa…
Por queissosi gnif
icari
aquenãosoueu.
Todo essetempo,nuncame per
mit
ipensarem Ben como
umapossibil
i
dadeporqueachav
aqueel
enãoqueri
anamorar.
Sóqueeuest av
aerr
ada.
Elesónãoquersermeunamor ado.
Mast udobem.Somossódoi samigosque…
“Ai,meuDeus.”Fechoosol hoscom f or
ça.
“Aconteceu.
”“Aconteceuoquê? ”Ot om devozdel
e
aindaédei r
ri
tação.
Eumeobr i
goaol harem seusolhos.“Estr
agamosnossaami
zade.
Complicamost udocol
ocandosexonomei o.”
“Ouent ãov ocêcomplicoutudodecidi
ndov ol
tarcom obabacado
seuex .”“Ei
!”Apontoparaele.“
Issonãoéjusto.Pedisuaopini
ão,e
vocêf alou…”“ Nãoint
eressaoqueeuf al
ei!”
,Bengr i
ta.“
Ouv ocê
querfi
carcom Lance,
ou…”
El
esei nt
errompeepassaasmãosnoscabel os.Douum passoà
f
rente.“
Ouquer ofi
carcom Lanceouentãooquê?”
Nem seidizeroquant
odesejoqueeleter
mineessafr
ase.
Em v
ezdi
sso,
elebai
xaasmãosef
echaosol
hos.“
Por
ra,
issoé
l
oucur
a.
Voudarof oradaqui
.”

Óti
mai deia.Fugi
rquandoascoisasf
icam f
eias”
,di
go,i
rr
it
ada.“
Lor
i
éumagarot adesorte.Vocêv
aiserum óti
monamor ado.

Benmeencar a,com osol hosfri
oscomoogel o.Deum j eitoque
nuncav i
.“Tenhoumapal avr
aprav ocê,Parker,
masf i
quesabendo
que, quandoeudi sser,nãosigni
fi
caquequer oquetudov olteaser
comoer aantes.Quando
eudi sser ,
vaiserpraav i
sarquenãoquer omai snadacom
você. ”Sintoumapont adadepânico.“Ben…”
Elel evantaamão.“ Não,meescut a.Vocêt em odireit
odei rmorar
com Lance.Pr ecisasegui rem frent
e.Maseut ambém preciso,enão
dápr af azerissot endoal guém sempredizendoquesouum babaca
super f
icialemul herengo.Nãodápr af azeri ssocom al guém que
pensaquepodet ert udo, maseunão. ”
“Esper aaí,Ben…”
Elesei ncli
naparaaf r
ent
eparaolharbem nosmeusolhos,ea
expressãoem seur ost
oébr ut
alquandodizoquejamai
simaginei
quef osseouv ir
.Nossapal
avr
adesegurança.
“Violoncelo.

Eassi
m,donada,
meumel
horami
godei
xadef
azerpar
tedami
nha
vi
da.
26

BEN

Tr
êssemanasdepoi
s.


Tem cer tezadequepr avocêt udobem? ”

Pelaúltimav ez,sim”
,respondo.Em segui daabroosor r
iso
maissimpát icodequesoucapazpr adi
sfarçarmeut om devoz
i
rr
itado.
Mas, f
alandosér i
o,el
ajáper guntouumasv i
ntevezes,deum mont
e
dejeit
osdifer entes.Seeutiverqueouv i
rissomai sumav ez…
Eclaroquepormi mtudobem.
Porqueeunãoiaquer
ersai
rpar
ajant
arcom mi
nhamel
horami
ga—
ex-melhorami
ga—eonamor adodel
a?
Pareceumaóti
maidei
a.
Abroapor tadorestauranteitali
anobacanadequeLor iv
em fal
ando
sem pararasemanat odaedei xoqueentreprimeir
o.
Nãosoumui tofãdel ugaresl ot
adosnem det odaaondaem t or
no
dosrestaurantes“damoda” ,masLor iconhecealguém queconhece
al
guém,eest áagi
ndocomoseconsegui rumar eser
vanumasext aà
noit
ef ossedignodeum pr êmi ooucoisadot i
po,entãotentonão
estr
agarsuaempol gação.
Olugarestácheioebar ulhento,oqueeumei oquedetesto,maso
chei
roest áóti
mo,entãot entomeconcent rarni
sso.
Lori
diz( gr
it
a)seunomepar aahost ess,queapontaparaofundodo
sal
ão.
El
afazum si
nal
com acabeçamepedi
ndopar
asegui
-l
a.
Respi
rofundoemeespremoporentr
easmesaspequenase
próxi
masdemai sumasdasout
ras,
tent
andomeprepar
arpar
aoque
vem aseguir
.
Eentãoav ej
o.
Quandoponhoosolhosem Parker,
todasasi
ntençõesdeol
hara
coi
sapelol
adoposit
ivodesaparecem.
Achoquenãoconsi
gof azeri
sso.
Mas, obv
iamente,t
enhoquef azer.
Lorieeujásaímosv ári
asvezesjuntos,
ef i
quei
ofi
cial
ment
e
sem desculpasparamesaf ardesseprograma.
ParkereLancelevantam aonosv er
.
Eladáum abr açoem Lor i,enquant oLancemedáamãodaquel e
j
eitoestranhodedoi scarasquenãot êm mui tainti
midade.
SeLanceouLor iperceberam quePar kereeunãonosol hamos,
mui t
omenosnoscumpr iment amos, preferem nãof al
arnada.
“Estelugaréli
ndo”,Par kercoment aquandonossent amosàmesa
pequenademai s.ElaeLor if
icam def renteumapar aaoutra.
Issomedei xaper t
odePar ker,oquemepar ecemel horquet erque
fi
carolhandopar aelaot empot odo.
Lorinãosabedanossabr iga.Pel aexpr essãot r
anquil
anor ostode
Lance,achoqueel etambém não, entãobast afi
ngirum pouco.
Parkerestáfalandoagor a,esót enhoquepar ecerprestaratenção.
Elaestáusandoumar egat adecot adaeum mont edecol ares.Nada
muitoespecial
.Seuscabel osest ãopr esosem um r abodecav al
oe
usaumamaqui agem l
eve.
Estábonit
a,eissomei r
ri
ta.Nãoquer oquesej ainfeli
z—nãomui t
o
—,mast ambém nãopr ecisavaapar ecerassim .Todal i
nda,radiant
e
e…f el
iz.
“Quebom queagent econsegui uv iraquihoje”,Loridiz.MeuDeus,
el
aai ndaestáfalandodor estaur
ant e?“ Davaprat erconsegui doum
horári
omelhornasemanaquev em, masBenv aiproMi chigan.”
Parkerol
hapar amim, surpresa.“
Vai pracasadosseuspai s? ”
Entãoéav ezdeLori
eLancepar
ecer
em surpr
esos,
por
que
normalmente
—ti
po,ant
es—, Par
kersabet
odososdetal
hesdoquevoufazer
.
Tomoum gol
edeágua.“
Aspassagensf
icam car
asdemai
sno
fer
iadode
AçãodeGr aças,
entãovounofi
m desemanaant
eri
or.Assi
m posso
agradarmeuspai ssem gast
art
odaaminhapoupançanumav i
agem
deav ião.


Cl aro”
,elamurmura.
Desconf ioque,mai sdoqueni nguém,sai baoquant oeuquer i
a
evi
taressav i
agem.
E,sim,seiquenãoémui tolegaldami nhapar t
epensarassi m.
Quasenuncav ejomeuspai s,eaparecerumav ezporanonum f eri
ado
nãoépedi rmui t
o.
Équesempr evolt
odessasv i
agensmesent i
ndopéssi mo.Quatro
di
assegui dosdev ersõespassivo-agressivasde“ Eentão,quandoé
quev ocêv aiparardev i
versónafarra?”fazem i ssocom apessoa.
“Seicomo é” ,Lance coment a.“Meus pai sv ão pagara mi nha
passagem eadaPar kerpraBostonnof eriado,ent ãoaquest ãodo
di
nhei r
onãov aipesar, mas,car
a,odeiov i
ajarnessaépoca. ”
Émi nhav ezdev i
rarsur pr
esopar aPar ker,masel aestácom os
ol
hosv i
dradosnachamadav el
asobr eamesa.
ODi adeAçãodeGr açaséum ev entoimpor tantepar aosBlanton.
Querdi
zer,t
odasasfamíl
i
asgost
am desejunt
arpar
acomerper u,
masesseéof eri
adofav
ori
todeSandr
a,quecostumacapr
icharna
comemoração.
MaisquenoNatal.
Nãoacr edit
oquePar kervaifal
tarparai
rvisi
tarafamí
li
ade
Lance.Lance, quedeuum pénabundadel adoismesesatr
ás.
Lance,que…
Meuspensament ossãoi nt
errompidospelachegadadogar çom,
quefaladospr atosdodi a,
com coisasdequenuncaouv ifal
ar,
anota
nossasbebi das
—mui tonecessár i
as—esemanda, devol
vendotodosnósaonosso
constr
angiment o.
Pelomenosnami nhaopini
ão.
Lorie Lance par
ecem nem per
ceberque estão mant
endo a
conversavi
vasozi
nhos.
Provavel
mentepor
queel
aémuitoboadeconv
ersa.
I
sso f
oiumacoi saqueaprendinasnossasduassemanasde

namoro”,seépossí vel
chamarassim.
Nãoquet enharoladomuit
acoisa.Sóum ououtr
ojant
ar.Al
moços
j
untosnotrabalho.Elaf
oiat
éminhacasaumanoiteparaverum f
il
me.
Mas…nadadesexo.Nadaquechegasseper todi
sso.
Dá para per
ceberque estáintr
igada,masai nda não t
ocou no
assunto.Mesi nt
omei oculpado.Dev eestarpensandoqueest ou
querendodarumadecav al
hei
ro,masnav er
dade…
Nãoestouaf i
m det
ransarcom Lori
.Nem com ninguém.
Ol
hoparaParkereLance,
ei maginocomoest áavi
dasexualdel
es.
Issoacabacom meuapet i
te.Comodi zem queacomi dadaquié
ótimaeessapodeseraúni caparteboadanoi t
e,façofor
çapar a
afastaropensamento.
Ascoi
sasseguem tr
anqui
lasdurant
eapr i
meirar
odadadebebidas.
E asent r
adas.Mas,quando chegam ospr at
ospr i
nci
pais,t
udo
começaai rladeiraabaixo.
“Então,Ben” ,dizLance,cor t
andoum pedaçodoseuf i
léenquanto
olhapar ami m.“ Souobr i
gadoadi zerque,quandoParkermecont ou
quev ocêeLor i estavam namorando,quasecaídacadei
ra.

“Poxa,valeu, Lance”,
Loriresponde,sar
cást
ica.
“Nãoporsuacausa” ,eledizcom umapi scadinha.“Sóacheiqueo
Bennãot i
vesseamenori ntençãodenamor ar.”
“Deondeser áquev ocêt ir
ouessai deia?”
,coment o,lançandoum
ol
harparaPar ker.
Elaparadeenr olaramassanogar foeest rei
taosolhospar ami m.
“I
magi noquedoseuhi stóri
co.Meaj udaal embrar
,quandof oia
úl
timav ezquev ocêsai umai sdeumav ezcom umagar ota?Uns
quatroanosatrás?Cinco?Ev ocênãoat raiucom…”
“Ei
,calma aí ”
,Lor idi z com uma r i
sadinha.“Todo mundo f az
bobagensnaf aculdadeedor miucom gentequenãodev eri
a…”
“Fezamizadecom quem nãodev er
ia”,murmur oaodarumamor dida
na
car nedepor
co.
OgarfodeParkerbat
ecom forçanoprat
o,maselapegaataçade
vinhoparadisf
arçar,
eor est
aur
anteétãobarul
hent
oqueninguém
repara.
Sóeu.
Também per
cebosuaexpressãomagoada,emearr
ependonahor a.
Essabri
gaéumai di
oti
ce.Euentendo.Sei
sanosdeamizadesóli
dae
perdiacabeçasóporacharqueel apensouqueeunãoqui sesse
namorar.
Mas,porr
a,doeu.
Ofatodenãoconseguirnem i
maginarqueeupodianamorar
.
Ofatodenem cogi
tarque,seeugostassedealguém,t
rat
ari
aa
pessoacomoseelafosset udopar
ami m.
Ofatodenãomeacharbom osuf ici
entepar
aisso.
Fuiobr i
nquedi
nhodelaporum tempo,efoimai
sdoquel egal
.
Entreinessasabendoondeestav
apisando,ebem cont
ent
ecom a
si
tuação.
Mas, atéaquel
aconversanoquart
onaqueledi
a,eunãoti
nha
percebidoquesómev iacomoum br i
nquedi
nho.
Foiduro.
Assim comodev et ersi
dopr ael
aaoouv irmeucoment ári
oi nfel
i
z
sobreasami zadesdaf aculdade.
Masnãoest ouar rependido.Nãoaov erLanceapoi arobr açonas
costasdacadei radel aenquantocontaumahi stóri
aent ediantesobr e
umaexposi çãodear t equeosdoi svi
sitar
am ontem.
Aúni cavezem quePar kereeuf omosaumaexposi çãodear tefoi
paratir
arsarrodasobr as,masseonamor adodelagost a…
“Oquev ocêsv ãof azernof i
m desemana? ”
,Parkerper gunta,
apoiandooscot ovelosnamesaesor r
indoparaLori
.
Lorimedáumaol hadinhaapreensi
v adecantodeol ho.“ Ah,seilá.
Nãot emospl anos,nav erdade.Tenhoochádebebêdami nhairmã
amanhãàt
arde,
depois…”

VamosaoPortl
andCit
yGr
il
l”
,int
err
ompo.
ParkereLor
ivir
am prami
m,eédi

cil
saberqual
dasduasest
ámai
s
surpr
esa.
“Ah,é?”
,Lor
ipergunt
a.
Abroum sorr
isolentoesedut or
.“Er
asurpr
esa.

Eentãomesi ntoomai orbabaca,por
queelaabreum sorr
isot
odo
fel
i
z,eper ceboqueest oubrincandocom ossent i
mentosdeuma
garot
aparaalfi
netaroutr
a.
Desconf
ioquePar kersabedissoporquenãoparecemaismagoada,
sóputadav i
da.
Merda.
Além de dar uma f al
sa i mpressão a Lor i sobre nosso
“r
elacionament o”com um convit
eparaum dosmel horesrest
aurant
es
daci dade,agor atenhoquet entarconsegui
rumar eservaepagara
contar i
diculamentealt
a.
Tudopor quequeriaqueParkerselembrassedanossanoi t
elá,
quandoai ndav i
víamosdespreocupadosef el
izes.
Mer da.
Pr
ecisopôracabeçanol ugar.
Nãoconsigopensarnestaporradelugarl
otadoebar
ulhento,
ent
ão
r
ecorr
oaoexpedi ent
ecov ar
dedei raobanhei
ro.
OproblemaéquePar kertem amesmai dei
ael ev
ant
ajunto.
Faço menção desent ar
,masLor ipegami nhamão edáuma
ri
sadinha.“Vocêspodem iraomesmot empo.Lanceeeusomos
perf
eitamentecapazesdeconv
ersarsem v
ocês.

Mer daaoquadrado.
AParkereoBendeout
rostemposnãoveri
am pr
obl
emaem i rao
banhei
roaomesmotempo.Agentenem par
ari
aparapensarni
sso.
JáaParkereoBendeagor
a…
Abroum sor
risoforçado.Ev
itandomai or
esolhar
es,f
açoum gest
o
parael
airnafrente.
Osalãol
otadoeor uí
dodosf reguesesal
egr
inhosimpedem
qual
quer
conv ersa.Quandoent r
amosnocor redor ,
estácompl etament edeserto.
Segui mosem si l
êncioatéos
banhei ros.Cor reção.
Banhei ro.
No
singular.
Or estaurant eépequeno,oquesi gnifi
cainstalaçõespequenas,e
portantoum banhei r
ocompar til
hado.“ Vaivocêpr imeir
o”,mur muro.
Elaassent eepassapormi m, mas, antesquepossaf echarapor ta,
espal moamãosobr eamadei raeasegur o,entr
andoj untocom ela.
Fechoapor t
aat rásdemi m,f i
candoasóscom Par kerem um
cômodo mi núsculoi luminado apenas por v elas aromát i
cas de
l
avandaouout ramer dapar ecida.
“Cai fora”,eladiz,meempur randopel osombr os.“Precisofazerxixi.

“Precisanada” ,retr
uco.“Sóquer i
asai rdaquelamesa, assim como
eu. ”
Elanãodi znada.“ Nãoacr editoquev ocêfoimet eragent enessa.
Porquenãodi ssepraLor iquenãogost adecomi dait
ali
ana? ”
“Por quet odomundogost adecomi daitalana.Porquev
i ocênão
contouqueagent ebr i
gou?”
“Porquev ocênãocont ou?Éonamor adodela.”
Abroabocapar aretr
ucar,masperceboquemi nhafalt
adeapt i
dão
paraacoisafoiomot i
vodenossabr i
ga,emer ecusoaf or
necermais
munição.
“VocêeLancepar ecem bem fel
i
zinhos”
,di
go,mal doso.“Eleai
nda
não fi
couent ediado?Jáesqueceuosmot i
vosdo pr imeiro péna
bunda?”
Merda.Fuilonge
demais.Longedemai s
mesmo.
MesmosePar kernãotiv
essesuspiradoal
to,eusaber i
aquet i
nha
ul
trapassadoosl i
mites.
Levoamãoaoseubr aço,querecusaotoque.Masnaverdadenão
tem como,porqueapor car
iadobanhei r
oét ãopequenoqueainda
estamosgrudados.Osdoisf
uriosos,osdoi
smagoados.
“Desculpa”
,digodepoi
sdel ongosinstantesdesil
ênci
ocar
regado
detensão.“Foium comentári
obem f i
lhodaput a.

Elaolhaparaochãoecr uzaosbr aços.“Tudobem.Seiqueagora
vocêmeodei a.”
Sint
oum aper tonopei
to.“Não.Não. ”
Dessav ez,quandomi nhasmãosapr ocuram,el anãoseesqui va,e
eusegur oseusbr açoseachacoal hodel eve.“Estoubr av
o, éver
dade,
masnãoodei ov ocê,Parks.Jamais.”
Elaaindaser ecusaaol harparami m.“ Vocêf alou quenossa
amizadeest avaacabada.Sóporcausadeumabr i
guinha.Issonãoé
amizadedev erdade,Ben.Nãoal goquet erminaquandov ocêseirri
ta.

Estoubem magoadocom v ocê,si ntov ontadededi zer.Vocêé
minhamel horami ga.A pessoaquedev eriadizerqueeuser iao
melhornamor adodomundo,quequal quergar otateriasor t
edeme
ganhar.E não r irda mi nha cara quando di go que quer o um
rel
acionament o.
“Desculpa”,repi
to,porquenãoconsi godizertodoor esto.
Masi ssonãobast a.Seiqueum pedidodedescul
pasnãoéo
sufi
cienteparaameni zaroabismoqueseabr i
uentrenós.
Pri
ncipalment epor
quenem ent endooqueéesseabismo,e
desconfioquet ampoucoPar ker.
“Émel horvocêsairdaquiantesquealguém v
eja”
,el
adiz
bai
xinho.“Poisé.”Masnãomemexo.
Nem el a.
Entãochegomaisperto,
eminhasmãossobem pel
osbr
açosdel
a.
Seguroseurost
o,puxandopar
ajunt
odomeu,aproxi
mando
nossasbocas…
Parkervi
raacabeça.
“Nãofazisso”
,el
adi
znum sussurr
o
ásper
o.Meusangueparececongel
ar
nasveias.
Mas…
Euseiqueel aquer.Estáestampadonor ostodela.Seiporque
conheçoPar ker.El
amequer ,eessepensamentoacendeumafagulha
deesper ançaqueeununca…
“Porfavor, Ben”,
eladizbai
xinho,
com um ol
hardesúpli
canorosto.
“Nãomet ransformaem alguém quetr
aionamor ado.

Certo.Certo.
Elaest
ácom Lance.De
novo.Eeumeioqueestou
com Lori
.
E,comonuncaconsigonegarnadaaPar
ker
,enomoment
oel
aquer
Lance
,
euasol to.
Masbem l entamente,deixandomeusdedosacar ici
arem suapel
e
macia.Entãomeaf asto.
Edeixoqueel asai
a, porqueParkeréminhamel hor
amiga.Epor quegostodel ademaispar
af azerai
nda
maisestrago.
27

PARKER
Então.
BeneLor it
erminaram.
Seéquedápar adizerqueem algum momentoesti
veram juntos.
“Nãof azomenorsent i
do”,Lori
di z,
bat
endoacanetafuri
osament e
contraocader no,sentadaaomeul adonasal
adereuniões.“Agente
nem…”
Elaolhaaor edordasal aquase
vazia.“Vocêsabe.”
Tentoesconderaal egr
iaqueessanot í
ciame
causa.BeneLor inãoforam paraacama.
Nãodev er
iafazerdifer
ençaparami m,masmalconsigor espi
rar
.
“Vaivereletem mai
srespeit
oporv ocêdoquepel asoutrasgarot
as”
,
di
go, capri
chandonagenti
leza.“
Sabequev ocêmerecemai squesó
umanoi te.”
Acanet aaceler
a.“
Masent ãoporquet erminart
udo?Tipo,elenão
mev ênem comoumadi versãotemporárianem duradour
a.”
Contraiooslábi
os.“
Mecont aexatament eoqueel efal
ou.”
Ela me ol ha de um j ei
to estranho. “
Já f al
eiduas v ezes.
Sincerament e,év ocêquedeveri
aest armedizendocoi sas.El
eéseu
mel horami go.Meexpl i
caoquesepassanacabeçadel e!”
Ficohesi tante.AindanãoconteiaLoriqueBeneeunãoest amos
nosf alando, eestouum poucosurpresaporelanãot erpercebi
do, na
verdade.Assi m comoLance.Fi coi ndi
gnada.Nuncamesent itão
sozinha, t
ãoper dida,eduasdaspessoasmai spróximasdemi m nem
sedãocont a.
Eapessoaquedev
eri
aseramai
spr
óxi
madet
odas—meumel
hor
ami
go
—nãopodenem serconsi deradoi ssonomoment o.
“Elesóf alouquemer eçomai s”,Lor idi z,encol hendoosombr os,
depoi s que se t orna óbv i
o que não t enho nada a acr escentarà
conv ersa.“ Nãoseioquei ssosi gnifica”,elacont inua.“ Maisoquê?
Entãocomeçouaf alarsobr et rabal ho,famí l
ia,eum papodequeo
i
rmãomai sv elhoganhouum pr êmi odeser viçopúbl i
coqueel enunca
vaiganhar ,eum mont edeout rascoi sas,maseusóconsegui apensar :
esper aaí ,entãoquerdi zerquenãov amosnem t ransar ?

Lor iestásent adaàmi nhadi reita,eescut oum suspi rodramát i
coà
minhaesquer da.Vi ramospar alançarum ol hardei rri
taçãonadi reção
deEr yn.
Tar dedemai s,per ceboquenossaconv ersa,quecomeçoucom
sussur ros,f oiaument andodev olumeàmedi daqueLor isemost r
ava
mai semai schat eada.
Ery n conf i
rma que ouv iut udo sol t
ando um coment ári
o áci do:
“Vocêssabi am queexi st
em l ugar esmel hor esqueasal ader eunião
paraf alarsobr eav i
daamor osa? ”.
Lor ilevant aum dedo,enãoseiseest áent randoounãonomodo
diva,maseuoabai xocom um gest odi scr eto.“ Vocêouv i
umui t
a
coisa? ”
, pergunt oaEr y n.
Elanãopar ecenem um poucoenv ergonhadaquandov i
rapragent e,
entãodáumaol hadapar asecer ti
ficardequenossachef eaindanão
chegouequeasduasúni casout raspessoaspr esentesest ãono
cantoopost odamesagi gant esca,umaf alandoaot el
efone,out r
a
aparent ement ej ogandopal av r
ascr uzadason- li
ne.
“Vocêsest ãof al
andosobr eBenOl sen, certo?Oami guinhoda
Par
ker
?”
Nem Lorinem euconfir
mamos,masel aprosseguemesmoassi m.
“Éóbviooqueestárolandocom ele.Complexodeinfer
ior
idade.

Sol
toumar i
sadi
nhadedeboche.“ Vocêcr uzoucom el eaquino
prédi
odaempr esaoquê?Ci ncovezes?”
“Eem t
odasasv ezesqueeleacompanhouv ocênoshappyhourse
em
outrosev ent
os.Tenhoquemeocuparcom al gumacoisaenquant
o
vocêsmei gnoram,entãofi
coobser vandotudo.”
Sintoumapont adadecul pa.Erynét ãoir
rit
antequenuncamedei
contadequepodi asesentirexcl
uída.
Def ato,nãoseiset odomundoaexcl uiporserir
ri
tant
eouseela
agedemodoi r
rit
anteporsesent i
rexcluí
da.
“Eleacaboudeserpr omovido,né?”,
Erynconfir
ma.
Loriarr
egalaosolhos.“Desdequandov ocêv em escutandonossas
conversas?”
Eryndispensaocoment ári
ocom um gest o.“Desdesempr e.Vocês
fal
am mui t
o al
to e parecem não perceberque asdi vi
sór i
asdos
cubícul
ossóchegam at éopei to.Enãosãoexat ament eàpr ovade
som.Enf im,ent
ãoBenf oipr omov i
dohápoucot empoeser ecusaa
contarparaaspessoas,ousej a,el
eachaquenãomer ece.Além disso,
depoisdegal i
nharporaí ,fi
nalmenteencont r
oual guém legal…”Er yn
l
ançaum ol harcéti
conadi r
eçãodeLori.“Entãot erminatudopor que
achaqueel amerecemai s…”
Fi
cool handoparaela,
com ospensament osami l
.
Eryndádeombr osmaisumav ez,
mui t
oconv enci
da.“
Comoeuf al
ei,
complexodei nferi
ori
dade.Ocar aachaquenãoser vepranada,que
nãomer ecenadadebom. ”
Loricomeçaaesbr av
ejarcom Eryn,dizendoquedeveri
acuidarda
própri
av i
da,maseumer ecost
onacadei r
aecomeçoapensarem
tudooqueel afalou.
Elanem conheceBen, maspodeest arcerta.
Ai
,meuDeus.
Abrigui
nhadeLor ieErynéi nter
rompidapelachegadadanossa
chef
e,etentomeconcentrarnareuni
ão.Dev er
dade.
Masaspal av
rasdeEry
nf i
cam serepet
indonami nhamente.Ocar
a
achaquenãoser v
epranada,quenãomer ecenadadebom .
Derepent
ecomeçoar epassartudooqueacont eceu.
Of at
odenegarsermer ecedorda
promoção.Suar ecusaacont arpar
aas
pessoas.
Entãomedoucont adequeel esefechaem simesmot odavezque
vaivi
sit
arsuaf amíli
aper fei
ta.
Pensoquet ir
aof ocodet odasascoisasimportantesquefaz,se
concentrandoem br incadeir
inhassobresuashabi
lidadesem Callof
Dutyesuaspr oezasnacama.
E,opiordet udo,pensonabr i
gaqueti
vemosnav ésperadaminha
mudança.
Quandor idi
cular
izeiaideiadequeelepoderi
anamor ar.
Minhar
eaçãofoiumar espost
aaochoque—t al
vezaociúme—,
mas
eseBentivercompreendi
dodeoutr
aforma?
Eseacharquenãopensoqueseriaum bom namorado?
Eseel eacharquenãoacredi
toqueninguém iaquerernamorarcom
ele?
Esses pensament os dei
xam meu cor ação aper t
ado,por que
estamosbr igadosnomoment o.SeiqueBensei mportacom mi nha
opinião,
assim comoeucom adele.
Eusou—ouer a—import
anteparaBen,efaleiqueelesóser
v i
apara
pegaçãoemai snada.
Eessel ancecom Lori

Ser
áqueelenãoseachabom osuf
ici
ent
epraela?
Quant
omaispensonoassunt
o,maismeirr
it
o,por
queBenser
iaum
companhei
roi
ncrí
vel
paraqual
querum .
eéomáxi
El mo.
Mas,quandocomeçoameempol gar,vem odesâni
mo.
Houveum t empoem queeupoder i
adefenderBen.Serapessoa
queopr ocurar
ianest
eexatomoment oef ar
iaum monól
ogoani
mado
sobreestarsendoum idiot
a,esobrecomoser iaumaenormesorte
paraqualquergar
otasersuanamorada.
Eupoder
iat
erf
eit
oissonaépoca,
masascoi
sasmudar
am.Por
que
t
enho
medodeacabardandocom alí
nguanosdent
es.Dedi
zeroquenão
devo.
Tipoqueeuquer
oseressagarot
a.
28

BEN
Nof im euat égostodemor arsozi nho.
Oesquemadedi vi
diracasacom Johnnãodeucer to.Odonodo
l
ugarondeel emor asur toucom ai deiadet eroi móv eldesocupadoe
ofereceuum pr eçoót imopr ael erenovarocont ratoef i
carporlá.
Oquesi gnifi
caqueai ndaest ouàpr ocuradeal guém pradi vi
dira
casa,massem mui tapr essa.
Parkert eveadecênci adeseof erecerprapagardoi smesesdesua
part
enoal uguelcomoumaespéci edeav isopr évi
o.Al ém disso,a
promoçãoquer ecebi not r
abal hodeuumaboaaument adanosal ári
o.
Pelapr i
mei rav eznami nhav ida,dinheiro não éum pr oblema.
Pareceumacoi sabem…adul ta.
Ar endaext ranãoal i
v i
aadordet erestouradoocar tãodecr édit
o
naout ranoi t
enoPor t l
andCi tyGr il
l.
Nãoqueoj ant arcom Lor it
enhasi do
desagr adáv el.Foilegal.
Masf oiquandomedei contadequeel amer eciamai sque“ l
egal”.
Lor
iéótima,merecemai sdoqueum car
aquesóconcor
douem
sai
rcom el
aparai
rr
itarumaamiga.
Eéaíqueestáoproblema.
Sótopeitent
aralgumacoisacom el
apar
apr ov
arquePar
kerestav
a
err
ada,masnof i
m medeicontadequenãof azi
aamenordifer
ença,
porquemi nhasupostamelhoramiganãol
igavaseeunamorava,ou
com quem.
Parkersegui
uem frent
e.Sai
udecasa.
“Estáaf i
m def azeral
gumacoi sa?”Apesardenãomor arcomi go,
Johnpassaum bocadodet empoaqui ,por
quemi nhaTVémai or.
Douumaol hadanor elógio.Sãooi todanoit
edeum sábado,mas
nãoquer onadaal ém def icarexatamenteondeest ou,vegetandono
sofá,pensandosequer opizzadepepper onioucalabresa.
Eénessemoment oquemedoucont adequepr ecisosair.Tenho
quedeixarparatrásessaf asebizarra.
Etenhoquet ransar.
Nãoencosteiem umagar otadesdeaquel anoi t
eem CannonBeach
com Parker— aqueconsi dereit ãoimpor tant
e,massómef err
eipor
i
sso.
Tir
oasper nasdeci madamesi nhadecent ro.“Tá”
,digoaJohn.
“Vamossair.

Umahor amai starde,est oudev olt
aaomeuhabi tat
.E,com o
perdãodocl i
chê,conquistargar ot
asécomoandardebi cicl
eta.A
gentenuncaesquece.
Seeuestiv
ercaptandobem ossi nais—oqueem ger alacont ece—,
nof i
m danoitevoupoderescol herent r
eduasl oi
rasbonit
inhas,uma
l
atinamaravi
lhosaeumamor enal i
nda.Masl ogoadescar to,por que
parecedemaiscom Parker.
Parker
,com quem nãofalodesdeaquel anoitenorestaurante.
Agent esecr uzouumaouduasv ezes.Est ávamosnamesmaf i
la
doSt ar
bucksout r
odia,esouobr i
gadoaadmi ti
rquef i
ngiquenãoav i
.
Masnãochegaaserumav ergonhat ãogr ande,por queachoque
el
af ezamesmacoi sa.

Eaí ,Olsen?”Viroeabr oum sor ri
soant esdev erquem chamou
meunome.

Oi , Lor
i!
” Faz mai s ou menos uma semana que suger i
del
icadament equeascoi sasnãoestavam dandomui tocert
o.Apesar
deLor iest
arlinda,nuncaémui todivert
idodardecar acom umaex,
mesmosem sabersepodemosserconsi deradosi sso.

Oqueest áfazendoaqui?”,
elapergunta.Estáf alandoum pouco
mai
sal
to
doqueoambienteexi
ge,
oquemel
evaaacr
edi
tarquej
átenha
bebidoumaseoutr
as.
“Hã…”
“Estoubrincando”,elaacrescent a,antesqueeupossar esponder.
“Seiexatamenteoqueest áfazendoaqui .Omesmoqueeu! ”
Elajogaosquadr i
spar aoladodeum j eit
oengr açado.Dourisada,
porqueLor i
nãopar ecenem um poucoi r
ri
tadaporcausadoquef iz.
“Omov i
ment oestáf r
acohoj e,pelomenosdecar as”,el
acoment a,
olhandoaor edoreent ãoparami m.“ Ouest ava.

Osol hosdel asecr avam nosmeus,esóent ãomedoucont ade
quebai xeiaguar dacedodemai s,porqueaexpr essãoespeculativ
a
em seur ost
or evel
aalgoqueest ámui toclaroem suament e.
Elaquersexosem compr omisso.
“Qualé?
”,Loridi
z,dandoum puxãodelev
enomeubr aço.“
Promet
o
quenãov oumai sobrigarv
ocêamepagarj antares,sóquerome
di
verti
rum pouco,sabe?Com al
guém tãoat
raent
equant oeu.

Olhoparaeladecimaabaixo,enessepontoconcordo.
Elaéatraent
emesmo.A bl usaazulrev el
aocont ornodosseus
peit
oscom perf
eição,ter
minandoum pouqui nhoacimadacint
urada
cal
çaedeixandoum pedaçodabar ri
gali
sinhaaparecer
.
Loriél
i
ndaedi v
erti
da,eest ágar
anti
ndoquenãoquernadaal ém
deumanoitedesexoedi versão,mas…
Nãoposso.
Preci
sot ransar,év erdade,maspar aparardepensarem Par ker.
Comoi ssoser i
apossí veli
ndopar aacamacom umaami gadela?
Não ser i
a a coi sa cer taaf azer.Para nenhuma das par t
es
envolvi
das,pri
ncipal
ment eLori
.
Elapercebequev aiserr ej
eit
adaeest alaosdedoscomoquem
l
ament a.“Enfim.Val euat ent
ati
va.Ficatranquil
o,Olsen.Tenhoum
pl
anoB. ”
“El
eéum car adesor te”,
digo,com todaasinceri
dade.
Lor
idáumapi scadi
nhaecomeçaaseaf ast
ar,ent
ãov
iradenov
o
paramim com um olharcur
ioso.“
Umaper gunti
nha.”
“Cl
aro”
,respondo,dandoum golenabebida.
“Quandochamei vocêpr
asair
…foiporcausadaPar
kerqueacei
tou?
Em cert
osenti
do?”
Abr oaboca,masaspalavr
asnãosaem.
“Equandoter
minoucomi
go”
,el
acont
inua,
“foi
porcausadaPar
ker
t
ambém, né?

Aindanãoseioquedi
zer
.
Osor r
isodeLori
ficandomai sconfi
ant
e.“Eagor a,
quandorecusou
minhaof er
ta…”
Balançoacabeçadev agar,por
quemesintonaobr igaçãodeser
si
ncerocom ela.Si
m.Foi porcausadaParker.
“El
aémi nhamelhorami ga”,di
go,pr
aqueLori nãofiquecom a
i
mpr essãodequesignifi
quequet enhoal
gumai ntençãoromânti
ca
com Parker.
Porquenãoéessaaquest ão.
Claro,ascoisasf i
caram meioesquisi
tasem CannonBeach,erol
ou
al
go…i ntenso.Mas, mesmoassi m, el
acont i
nuousendoParker.
Lorisolt
aum gr unhidoautodepreci
ati
vo.“Minhanossa,comoéque
eupudesert ãocega? ”
Entãoelapar eceseani marum pouco, eseusolhosazui
sse
cr
av am em mim.“ Masnãot ant
oquant ovocê.Nem delonge.

“Comoassi m? ”,pergunt
o.
MasLor ij
áestáseafast
andodemim,dandoum acenode
despedidaaopassarporum f
ort
ãoencost
adonaparede.
“Dane-se”
,murmuro.
Virodenov oparaobaref icoalivi
adoaov erquemeusal v
os
or
iginai
saindaestãolá.Sópor quenãoacei t
eiaof er
tadeLor
inão
si
gnifi
caquenãoquer omedivertircom umadesconhecida.
Sexocom gent
eav ulsaéexat
ament edoquepr ecisoagor
a.
Nav er
dade,éoquesempr equi
s.Emal dit
asej aParkerporestr
agar
tudocom seupapi nhodequesexopr eci
saserdi vert
idoe“ você
preci
saquererconv
ersarcom apessoadepoi s”
.
Sexoésexo.
Conversaé
conver
sa.
Sãoduascoisasdist
int
asquenãodev em sermi sturadas,comoeu
eParkercomprovamosdef or
mat ãodesastrosa.
Olugardossenti
mentoscom cert
ezanãoénacama.
Nof i
m,medeci dopel
al oi
rabai xinha,umaassessor adeimprensa
si
mpát icaqueacaboudeacei tarumaof ertadeempr egoem Austine
dei
xoucl ar
íssi
moqueest áaf i
m deumaúl ti
manoi tadaem grande
esti
l
oant esdemudar .
A gar otapraticamentet em “ sexosem compr omisso”escri
tona
bundar edondaeempi nadinha.
Cincomi nutosdepoi s,pagoacont adobaremedespeçodeJohn,
quet ambém par eceprestesa sedarbem.Est ou pront
o parair
embor acom Anaquandomeucel ularvibranobolsodet rásdacalça.
Pegooapar elhocom ai ntençãodecol ocarnosil
encioso,masmeu
dedof i
capar al
isadoquandov ejoonomeescr i
tonatela.
Parks.
Faztantot empoqueel anãomel i
ga,nãoescreve,nãofal
acomi go,
queporum br evemoment oabr oum sorri
so,masentãomel embr odo
estadoatualdanossaami zade.
Digoami m mesmopar aignorarocelular
.Tentomeconv encera
meconcent rarem coisasmai ssimples,comoAna.
Masmeucér ebr
onãodábol a,porquemeupol egardesl
izanatelae
l
evoot elef
oneaoouv ido,apesardenãoconsegui rdi
zernada.
Nãosei oque
fal
ar.“
Ben? ”
Detenhoopasso, porquereconheceri
aesset om devozem qualquer
si
tuação.El aest áchorando.
Automat i
cament e,meui nsti
ntov em à
tona.Euf ariaqualquercoi saporel a,
mesmoagor a.Pr i
ncipalment eagor a.
Euf ari
aqual quercoi saporv ocê,
Parker.“Podef alar”,digo.
“Émi nhamãe. ”Ot om dev ozdel aébai xoe
assust ado.Meucor açãodi spar a.
“Ocâncerv olt
ou.E…ébem
grave.”“Ondev ocêest á?”
“Nacasadel a.Nãopr ecisavir.Eusó…sóquer ia…eu
precisava…”“ Chega, Parks.Est oui ndoaí.”
Eassi m, donada, eumedoucont a.Fariaqual
quercoi
sa—qual
quer
coi
sa
mesmo—par at
ermi nhamelhorami gade
volt
a.“Quem era?”
,Anaper guntaquando
desli
go.“Umaami ga.”
“Pareci
aserbem mai squei sso”
,elacomentacom cert
aindi
fer
ença,
mascandoum chicl
ete.
Ficoolhandoparaagar ot
a, com ospensamentosgir
ando.
Mepar eceumacoi saridí
cul
a,masabsolut
amenteinquesti
onáv
el,
queessapessoaquasedesconheci dasej
aaquelaqueabr i
umeus
ol
hospar aamaioremai simport
ant
ev er
dadedaminhavida:
Parkerémaisqueuma
amiga.Talezsempr
v e
tenhasidoi
sso.
Éot i
podepercepçãocapazdev i
raral
guém doav
esso,mas
mesmoassi m…
Nãopossocontarpraela.
Anãoserquequei
raper
derPar
kerdev
ez.
29

PARKER
Nãoseioquemef ezli
garparaBen, enãopar aLance.
Sóseique,quandoabroapor tadacasadosmeuspai sev ej
omeu
melhoramigoparadodiantedaporta,sintoquet omeiadecisãocer t
a.
El
econfir
maessai mpressãoquandoent ra,
fechaaportae, sem
di
zerumapal avr
a,medáum abr açoaper tado.
Sol
toum suspirot
rêmulo.Pelapri
mei ravezem umahor a, mesinto…
nãoexatamentebem, cl
aro,mascapazdeenf rentart
udoisso.
Comoseeupudesseenf r arqual
ent quercoi sacom Benaomeul ado.
Meusdedosseagar
ram àsuacamisa.Encost
oacabeçaem seu
ombroeconsi
gorespi
rarpel
apri
meiravezem horas.
Não,
pelapr
imei
ravezem semanas.
El
echei
raaper
fumedemul
her
,masnãol
i
go.Tudooquei
mpor
taé
queest
áaqui.
Quevei
o.
Depoisdetudoporquepassamos, depoisdamaneiracomo
f
alamosum com oout r
o,depoi
sdaf ormai maturacomojogamos
anosdeami zadepel
aj anel
aporcausadeum desent endi
mentobobo,
el
ev eio.Eestámeabr açando.
Meusolhosseenchem del ágr
imas.Benlevaasmãosaomeu
cabel
o.“Nãochora.

Masécl ar
oquefaçoj ust
amenteisso.Sol
uçoat é.Elesabi
aque
ser
iaassi
m.
Benmedei
xachorar,sem di
zernenhumafrasev
azia,dot
ipo“
vai
f
icart
udobem”.Sem t
entarmeacalmar .Sómeabraça.
Depoi
sdeum t
empo,
fungohor
ri
vel
ment
e.El
eol
hapar
asuacami
sa
branca,agor
asujadebaseerímel.
Eleapontapar
aopr ópri
opei
t Essaéumacoi
o.“ sadequenãosenti
fal
ta.”Abr
oum sorr
isi
nho.
“Vou buscara cai
xa delençost amanho f
amíli
a”,el
ecoment a,
passandoamãonomeubr açoantesdei rparaobanheir
o.Então
i
nterrompeopassoev ir
adenov opramim.“Par
ker?”
“Oi?”
Enxugoosol hosnamangadomol etom.
Eleapont adenov opar aacami sa.“ Essaf oiaúni cacoisadeque
nãosent ifalta.”
Meder retopordent roaov eroaf etoem seusol hos.Opedi dode
descul pasest ampadoem seur osto.
Eder epent eest amosnumaboadenov o.Tenhoabsol utacerteza
disso.Sent onosof áel ogodepoi seler eaparececom acai xade
l
ençospr omet ida.
Benaj oganomeucol oant esdeseacomodaraomeul ado.“Onde
estãoseuspai s?”
“Láem ci ma” ,
respondo, olhandopar aasmãos.“ Daúl t
imav ezque
passamospori sso,mi nhamãef oibem cor ajosaeot imista,mas
agor a…”Engul oem seco.“ Elanãosai udoquar todesdequer ecebeua
notícia.”
Cont inuool handopar aasmãosant esdepr osseguir
.“Meupaique
tevequemecont ar.Quandof uifal
arcom el a…agent esóchor ava.”
I
ssomef azcai rnochor odenov o,eBenmai sumav ezr ecorr
ea
um abr aço, por queémui tobom ni sso.
“Est ánosgângl ioslinfát i
cos”,explicoquandooacessodechor o
passa.“ Ot ratament ov aicomeçari medi atament e.Um negóci oque
peloj eitoj ádeucer t
oal gumasv ezes,masai ndaestãousandoa
palav r
a‘ exper i
ment al’
”,consi godizer.
Sei smeses.Tal vezum ano.
Benmesol
taeseincl
inapar
aafrent
e.
El
ejunt
aasmãos,
baixaacabeçaefechaosol
hoscom f
orça.
Sóentãoper ceboquenãosouaúni caar
rasadacom anot
íci
a.Ben
adoraminhamãe.
Ponhoamãoem suascost as,par
aqueel esai
baquetem meu
apoioassim comot enhooseu.
“El
aéf or
te”,Bendiz.“
Vail
utar.

“Eusei”,digo.“Éque…Nossa,Ben,nãoseiseconsi gopassarpor
i
ssodenov o.Oscabel osdel acai
ndo,osenj oos,aperdadepeso,a
pal
idez.

“El
av ai
super ar”,el
egar ante,vi
randoparami m esegurandomi nhas
mãos.“Por quev ocêv aiest arotempot odoaol adodel
a.Eseupai .E
eu.ELance” ,el
ecompl ement a,massintoquesóporobr igação,como
al
gomenosi mportante.
Todosospensament osquebor bul
haram dentr
odemi m noúlti
mo
mêsv êm àt ona.Sintonecessi dadedef al
ar.
Porquet enhocoisasadi zeraBen.
Coisasquenãoseicomoexpr essar
,masnãoi
mporta,por
quemeu
coraçãoestátr
ansbordandodesenti
mentos—detr
ist
ezapelami
nha
mãeepormi m,masnãosó.
Coisasi
mportantes.
Equesóagor aestoucomeçandoa
entender.“Ben,
eupr eci
so…”
“Vocêdev erial
igarproLance.El epreci
sav irpracá”,Bendiz
,me
cortando,entãosorri
.“Desculpa.Vocêpr i
meiro.”
Masmi nhacoragem passou.Euaquit entandoconfessarqueacho
queposso…quesi nto…Eel ev em falardomeunamor ado?
Masopi oréqueest ácerto.Precisomesmol igar.NãosóporLance,
mast ambém porqueacabeidet razerBendev oltapraminhavida.
Nãopossomear riscaraper dermeumel horami godenov oquando
nem tenhocer t
ezadoquesepassa.
Entãof açoexat
ament eoqueBen
sugeriu.Pegoocel ul
areligopr omeu
namor ado.
Etentocom t
odasasf
orçassot
err
arossent
iment
osquesópodem
causarprobl
emas.
30

BEN

Um mêsdepoi
s.

Parkereeuestamosdev olt
aaonormal.
El
aai ndaestámor andocom Lance,cl aro,entãonãodiv
idimos
maisamesmacasa.
Masder estoestát
udocomoant esdecomeçar mosa
tr
ansar.Asbri
ncadei
ras,asri
sadas,
aconv ersafáci
l
.
Ascaronas.Elavem mepegartodamanhãem seucar rohi
ppie,me
t
razdev olt
anof i
m datar
de,eassuntonuncaf al
ta.
Comoant es.
OsBl ant
onmeconv i
daram par apassaroNatalcom eles,efi
quei
tentadoair
.Pri
ncipal
menteconsi der
andoasituaçãodeSandra.
Mas, nofi
m,acabeiindovi
sitarminhaf amí
l
ianoMi chi
gan.Foimeu
primeir
oNatall
ádesdequemef ormei.
Ef oii
mport
ante.
Um r ecomeço,nãoapenaspar adi minuirminhadependênci ade
Parkeresuaf amíli
a,mast ambém par amer eapr mardami
oxi nha
famíli
a.
Achoquef izal gunsav anços.Dur ant
easf estas,fizum esf orço
paramecol ocardei gualparaigualem r el
açãoaosmeusi r
mãos—
fazertodosent enderem que, sóporquedecidiescolherout r
ocami nho,
nãosignifi
caquenãopossaserbem- sucedido.
Minhamãeai ndanãoconsegui uaceit
arpori nteiromi nhadeci são
denãomet ornaradv ogadoapesarde“ t
odoosacr ifí
cio”queel af ez,
masconseguium bel oav ançocom meupaiemi nhamadr asta.O
suf
ici
ent
epar
afi
car
ansiosopel av i
sit
aqueel esficaram demef azerem f everei
ro.
Considerandot udo,mi nhav idaestáboacomonãof i
cav af azi
a
tempo—dei xandodel ado,claro,ofatonadairrelevantedequet enho
sent i
ment osmui t
o,mui t
ocompl i
cadospormi nhamel horamiga.
Sentiment osquemedev oram quandoestousozi nhoànoi te,quando
asol idãoeaescur idãomei mploram paraqueconf essepar aelaoque
sinto.
Mas,quandonosv emosnodi aseguint
eeel acont aumahi stóri
a
engr açadasobr etersujadoat éot etodev it
ami naem umat entati
va
def azerocaf édamanhãpar aLance,lembroami m mesmoque,se
gost omesmodel a— egost o,maisdoquet udo—,pr eci
soper mi t
ir
quesej afeli
z.
Eaf eli
cidadedel aéLance.
Oquemel evaànot í
ciaqueestouprest
esadar …
Par kerjáestáacomodadanoassent odomot ori
sta,
digi
tandono
cel
ular ,quandoent r
onocar rodepoisdotrabal
ho.
“Ei,quet alum karaokêhojeànoite?”
,el
aperguntaquandome
acomodonobanco.
“Claro” ,
respondo,afiv
elandoocintodesegurança.“
Quem
vai?”“ Eu,vocêeLance, cl
aro…”
Clar o.
“ELor i
,com onamor adoeai r
mã.Ah, eumagar ot
adot r
abal ho,
Eryn.”Enr ugoat esta.“ Pensei queagent edetestasseEryn.”
Parkerlev antaum dedo.“ Agent edet estav
aEr yn.Agor
aagent esó
achaqueEr y nprecisadeami gos.”
“Entendi.Bom, Erynest ácom sor te,porqueeusouum ót i
mo
ami go.
”“ Com cer teza”, Parkerconcor da.“Anãoserquando…”
Ponhoamãoem suabocapar af azercom quef i
quequieta,então
deixoosf olhetosqueest avam nami nhamãoem seucol o.
Parkerol hapar abai xo.“ Oqueét udoi sso?”
“Éumabri
ncadei
ranov
adequeouv
ifal
ar”
,respondo.“
Achoque
chamam de‘
lei
a’
.”
Elamei gnor a,folheandot udoel ogoper cebendodoque
setrata.Par kerl evantaosol hos.“Pósem admi nistr
ação.”
Doudeombr os.“ Decidiqueestánahor adeacei tarofatodeque
adoromeut rabal ho,eest ouaf im deum desaf i
o.Acheiquepoder i
a
ser,ti
po,mi nhav ol
taporci ma,jáquel eveiaf aculdademuitonas
coxas.Quer omedest acaragora.”
Or ostodel aseacendeenquant ofalo,emeupei toseencheum
pouco,clar o, por quedápar aperceberqueest áorgulhosa.
“Jápensouem qualv aisersuaespeci ali
zaçãoouv aicomeçarcom
um currí
cul omai sgenér icoe…”
Elasei nter rompe, eeuf icotenso,cientedoqueest áprest
esa
acontecer .Ent ãoer gueosol hos,eagor aaex pressãoem seurosto
édeconf usão.
“Todosessescur sossãoem Seat t
le.”
“Pois é”,r espondo, t entando par ecer despreocupado. “Tem
facul
dadesmui t
oboasl á, e…”
“Etem faculdadesmui toboasaqui .Em
Portl
and.”Elaét eimosa.El i
nda.
“MasSeat tl
ef i
caaduashor asdaqui ,só”
,rebato.“Éfáci
lirdef i
m
desemana. ”
Essaéav antagem.Vouest arpertoosuf icient
epar acontinuar
,
bom,per t
odePar ker.Paradarmeuapoi oquandof orpreciso.Mas
também v ouconsegui rmant erum poucodedi stânci
a.
Osuf i
ci
entepar asuper armeussent imentosporela.Espero.
“Maseot r
abal
ho?”
,Parkerper
gunta.“
Vocêacaboudedizerque…”
“Tem umavaganafi
li
aldeSeatt
le.Jádisser
am que,
seeuquiser
,
possoir
pr
alá.

“Vocêjádeci
diutudo? ”Par
kerpar
eceat
ordoada.“
Háquant
otempo
est
ápl anej
andoisso?”
Ouçooqueel anãodi z:
Sem mecont
ar.
Ent
endosuaper plexi
dade.Houveum t
empoem quecont áv
amos
tudoum par
aoout ro.Masnãopossoconti
nuarf
azendoi
sso.Preci
so
sermais…caut
eloso.
Éumaquestãodeaut opreser
vação.
Et alvezsej aegoí smo,masmudarpar aSeat tl
eéumaf ormade
mant eramel horpar tedanossaami zadesem queeumor rapor
dent ronopr ocesso.
“Bom, fi
cof eli
zporv ocê” ,eladi z.“ Eador oSeat tl
e!Possoi rpr al áo
tempot odo.Agent epodei raoPi kePl aceMar kete…”
Vejoasl ágrimasseacumul ando,ent ãoponhoamãosobr easua.
“Sópr ecisodeumamudançadear es, Parker.Vocêent ende,né? ”
Eladáumaf ungada.Eaper tami nhamão.“ Entendo.Seéi ssoque
vocêquer ,f
icof elz.Dev
i erdade. ”
Abr oum sor r
iso,por quesei quesuaspal av r
assãosi nceras.Por que,
depoi sdet udoporquepassamos,esseéum det alhecr ucialque
apr endemossobr enós.Vamossempr ecol ocaranecessi dadedo
out roem pr i
mei rolugar .Sempr e.
Quando per cebemos que est amos de mãos dadas no
est acionament odot rabalho,nosaf astamosàspr essas.Cer to,nem
tudoest ácomoer a.Nãonost ocamosmai s.Quandoi ssoacont ece,
em um moment odedi st r
ação, ocl i
maf icaesqui sit
o.
Em um ent endi ment ot ácito,não conv ersamos sobr e mi nha
mudançapar aSeat tledur anteav ol tapar acasa, nosconcent randono
recalldeum shor tdecor ri
daqueaf i
rmapr ecisouf azer,por queo
troçocausav aalergiaeassadur as.
“Lanceeeupodemospegarv ocêpr airaokar aokê” ,eladiz.“ Quet al
àsset e?”
“Nãopr ecisa,euencont rov ocêsl á”,respondo.
Est
ouli
dandomuitobem com or el
aci
onament
odel
es.O mel
hor
queposso.Masev i
toosdoisjuntossemprequepossí
vel
.Como
di
sse,éumaquest
ãodeautopr
eserv
ação.
Or est antedodi apassadepr essa.Academi a.Banho.Umal i
gação
dami nhai r
mãpar af al arsobreocar aincrívelcom quem estásaindo.
Lav oroupa, umacoi saqueodei omaisdoquenunca.
Ainda est ou mor ando sozi nho.Vivo pensando em col ocarum
anúncioem buscadeal guém par adivi
diracasa,massempr eacabo
fantasiandoquePar kerpodedeci di
rvoltarear r
umoumadescul pa
paraadi artudo.
Écomoeuf al
ei.Pr ecisoirparaSeat t
le.Tenhoquesegui rem f r
ente
com mi nhav i
da,f azercom quenossar elaçãov ol
teaserpl atônica,
sem qual querdesej ol atent
e.
Quandoapar eçonokar aokê,àsset e,est oumei oirr
it
ado,eme
arrependodet eracei t
adooconv i
te.
Masacoi safi
caai ndapi or.
Lanceacabasent adoentremi me
Par ker .Um put apesadelo.
Porsor te,or estantedopessoaléani madoedi vert
ido,ecomeçoa
relaxar ,apesardeLancenãopar ardemexernobr i
ncodePar ker,
comoum i mbecil.
Conv er so com Er yn,que pel oj ei
to eu j á conheci a,mas nem
l
embr av a.At équeel aédi verti
da,deum j ei
to“ sériomesmoqueel a
dissei sso? ”.
Par kerf i
nalment econseguesedesv encil
hardosdedosdeLance
em seusbr i
ncos,easgar otassedi r
igem par aopal copar acant ar
umamúsi camei ogi r
lpowerquenãoconheçomui tobem, enquantoa
gent ef i
canamesa,apr ov
eitandopar abeberbast ante,casosej amos
arrast adospar aopal coem segui da.
“ Nuncav im com Par kernum kar aokê”,Lancegr i
tanomeuouv ido.
“Sempr eachei bobagem.Masel aéboani sso,hein?”
Assi nt o, porque,porra,claroquePar keréboa, eolhaquecom essa
músi canãoconseguemost rartodooseut al
ent o.Sópr ecisapulare
ber rar.
Começoapensarem nossasel eçãohabi tualdeduet os,entãome
doucont
adequetalvezi
ssoest
ejafor
adecogit
açãoagora.
ComoLancenuncavei
oaum karaokêcom agent
e,nãosabecomo
somos
bonsj untos.Nopal co.
Oquemef azt erv ont adedemost r
arael e.
Epar aPar kert ambém.Quer oquesel embr edi sso.
Masaopor tunidadenãov em.Lorieonamor adocant am uma
versãodesaf i
nadade“ Yel l
owSubmar ine”,quef icaum hor ror.
Er y
nsobenopal coecant aumamúsi cacount rysupost ament e
românt icaquenav erdadepar ecefalardeum st al
ker ,masnãodá
parat ercer teza.
Par kert ent a ar rastarLance par a o pal co,mas el e se recusa
ter
mi nant ement e.Osol hosdel a sev ir
am par a mi m ant esdese
vol
t arem par a Lance.Porsua expr essão caut elosa,imagi no seu
conf l
itointerior .El aquercant arcomi go,mast ambém achaquepode
nãoserumaboai deia.
Lor iatiradessedi lema.“ Ei,Par
ks, sobel áecant aumabal ada.”
“Umabal ada? ”,per gunt aEryn,f
ranzi ndoonar iz.“
Desani mado,
não? ”
“NãoquandoPar kercant a”,Lor
igar ante.“Vocêv aiver.Ficatodo
mundoem si lênci o,sóol hando,admi rado.”
“Vai lá,gat a”,Lancei ncentiv
a.“Ador osuav oz.”
Eleestáolhandonocel ul
arquandodizisso,ent
ãopreci
some
segurarparanãor ev
irarosolhos.Babaca.
Mas, senãopossocant arcom Parker,
pelomenosv outero
consolodeouv i
rsuav oz—esóasua.
Levantoosol hosef i
cosurpresoaonotarqueelaestáme
encar
ando.
Quasecomosepedi ssemi nhapermissão,seil
á
paraquê.“Vail
á”,digo,l
evantandominhabebi da.
Parkermordeolábioecont inuameol hando.Ficomeper gunt
ando
sealguém maisachaessasi tuaçãoesquisit
a,entãoelasobenopalco.
“Esperaaí
,agenteai ndanãoescolheuamúsi ca!”,
Lorigri
taat
rás
dela.“
Ai,dr
oga,esperoquesej aAdele.

Nãoé.
Amúsi
caqueel
aescol
hemef azrespiarf
r undo.
Nãoéumadamoda.Longedi
sso.“I’
l
lStandbyYou”
,dosPr
etender
s.
Noprimeir
oanodef aculdade,
quandoagenteest avacomeçandoa
se aproximar,fiquei bêbado uma noite. Não compl etament
e
est
ragado,masnum climadef al
aroquenãodev er
ia.
Enum moment odef r
aquezarevel
eiqueessamúsi camelosaé
minhafavori
ta.
Enãopensei maisni
sso.
MasPar kerl
embrou.Depoisdetodoessetempo, aindalembra.
Suav ozsoainseguranocomeço,masel av aiganhandoconf i
ança
e o sil
ênciot oma conta do salão.A pessoa r esponsávelpela
i
luminaçãoébem cui dadosa,por
queapagat odasasl uzesquenão
estãoem Parker.
Malconsigorespi
rarquandoseusolhosencontram osmeus.Eal i
f
icam.
Apesardetercent
enasdepessoasnor eci
nto,deLanceest
arbem
domeul ado,si
ntoqueestácantandoparami m.Pormi m.
Nãomexoum múscul oenquantoel a
cant
a.Sobreamizade.Sobreapoiaro
outr
o.
Seusolhosnãodesgrudam dosmeus, etenhocertezadequea
músicaépr amim.Pragente.
Enãoéumamel odi
apopsobr emel hor
esami gos.
Éumal etraaomesmot empodoceeamar ga.Sof
ri
da.Sincer a.
Quandot ermi na,aslágrimasescorrem peloseur osto.Vounegar
i
ssoat éof im dosmeusdi as,masav erdadeéquemeusol hosestão
meiomarej adost ambém.
Éimpossí velnãopensarquePar keracaboudesedespedi r.Nãoda
nossaami zade, porqueel
asempr evaiexisti
r,em maioroumenor
medida.
Foiumadespedi dadecomoagent eer a.Decomopoder iat ersi
do.
Aplat
eiaenlouquece.Cl
aro.El
aéamel
horcant
oradanoi
te,
eo
públ
i
cor econheceisso.
“Porr
a,Lance,émelhortomarcont
adessagar
ota”,
onamoradode
Lorigr
it
aem mei oaosaplausoseassobi
os.
Olhofei
opar aocar
a, i
maginandoqueest
áserefer
indoami
m, mas
el
e
apontaparaosal ão.“
Todomundov ai
darem cimadelaagor a.

Fi
cot enso,masLancesel imitaaabri
rum sorri
so,sem semost r
ar
nem um poucoi ncomodado,t otal
menteconfi
antedequeel aé…só
sua.
Entãomepegopensandosenãof oitudocoisadami nhacabeça.
Qualquercar a na plat
eia pode terpensado que Par kerestava
cantandoparaele.
Oquemedei xabem depri
mi do.
Si
ntoalguém meolhandoel evantoacabeça.Par
aminhasur
presa,
é Er
yn,com seus ol hos pr
etos e intensos.El
afaz um aceno
i
mperceptível
,most
randoqueent endeutudo.
Um gestodeempatia.
Elasabe.
Desvioosol hosepr ocuroumadescul paparaencer raranoitemais
cedo,entãoLancemecut ucacom ocot ovelo.“
Car a,v amoslápegar
maisumar odada.Eupago, maspr eci
sodeaj udaprat razer
.”
Éaúl t
imacoi saqueeugost ari
adef azernomoment o:passar
tempoasóscom ocar aquedor mecom Par kertodasasnoi tes.
Masent ãoeuav ej
ov ol
tandopar aamesaeper ceboque,entre
l
idarcom el eet erqueencar á-
laquandoai ndaest oucomov i
doatéo
últ
imofiodecabel o,pr
efi
roapr i
mei raopção.
Sóqueest ouerrado.Muit
oer rado.
Lancepedemesmomai sbebidaspar atodomundo,masnãof oi
pori ssoquemechamouj unt
o.
“Então,v
em cáum pouco”,elediz,apontandoparaum cant
omais
vazi odobal cão.Olhoparaaat endente,mascomoel atem set
e
drinquespar aprepar
ar,nãotenhomot iv
opar anãoatenderopedi
do
bizarrodocar a.
Masdev eri
aterpensadoem um mot i
vo.Qualquerum .
PorqueLance,obabacademer daquedeuum pénabundada
Parkernãomuitot
empoatrás,
tir
aumacai
xi
nhaver
melhadobol
soe,
depoisdeolharaoredorpar
asecerti
fi
cardequeninguém est
ávendo,
abreparaqueeuv ej
a.
Ficot
orcendoparaquesejaum pardebri
ncos,
um brocheinút
il
,
qual
quer
coisa.
Masv ej
ooqueeumai stemosemat eriali
zarnami nhaf
rent
e.
“Achaqueel av aigostar?
”,Lanceper gunta,gr
it
andopr asefazer
ouv i
r,oquesór eforçaabizarri
cedasituação.Quetipodeimbeci
ltraz
umaal iançadenoi vadoparaum karaokê?
Umaal i
ançade
noivado.Parkerv aise
casar .
Com Lance.
“Nãovoufazeropedi
dohojenem nada”
,el
eexpli
ca.“
Sóquer
iasua
opini
ãoant
es.Ninguém aconhecemel
horquevocê.

Podeapostar
.
E,car
amba,elavaiadorar
.Tem um di
amanteperfeit
o( enor
me)
com um cí
rcul
odebril
hant
esmenor
esem vol
ta.Écl
ássico,mascom
muitobr
il
ho.
Ocaraacert
ouem chei
o.
Eumeobr igoameconcent r
arnoquemai simport
a:afelici
dadedela.
EncaroLance.“ Parkerv aiadorar.

Elesoltaum suspirodeal í
v i
o.“Valeu,cara.Vocênãoi maginacomo
euest avaner v
oso.Achoquenãov ouficart ensoassim nem quando
forpediramãodaPar keraopai dela.Porra,eudeveri
apedi ravocê.”
“Nadadi sso”,respondo,gr ato pelof ato deabar ul
heirado bar
i
mpedi rqueel epercebami nhav ozembar gada.“Elaésuagar ota.
Sempr efoi.Sótomei cont adelaporunst empos. ”
Nem medouaot r
abal hodear r
umarumadescul pa,enãome
i
nteressaoqueosout rosv ãopensarquandov ouemboradobarsem
nem aomenosmedespedi r.
Sigodiretopr acasaepr eenchoasf ichasdecandi daturadetodas
asfaculdadesdeadmi nistraçãodeSeat tl
e.
Entãoremet opelocor reio.Sem esquecernenhuma.
31

PARKER
Lance“escondeu”aal iançanagav etadecuecas.
Querdizer,
sem cont aroclichêdacoi sa, el
enãoécapazdel ev
arem
contanem quequem l avaasr oupassoueu?Enãosól avo,massecoe
guardo.
Clar
oqueeui aencontraramal dita
ali
ança.Masnof i
m nãof azdiferença.
Nãof azdiferençaseLanceest av at orcendopar
aeuencont r
ara
ali
ança,noqueser i
aapr opostadecasament omenosromânt i
cade
todosost empos, ouseel eéapenasdi straído.
Nof i
m, acaixi
nhav ermelhafoi oalertadequeeupr ecisava.
Nãosódequenãopossocasarcom Lance, porquedi
ssojásei

um tempão.
Masacai xi
nhamef ezperceberumacoi saaindamais
pert
urbador
a:EstouusandoLance.
Deit
oaoseul adot odasasnoi tes,t
ent andomel embrardecomo
eraserapaixonadaporel e,quandonav erdadecadapensamentoe
cadasonhomeuenv olvem outr
apessoa.
Éclaroquenãor eveloessaúlti
mapar tequandot ermi
notudocom
el
e.
Sópeçoparasesentarcomigoquandochegaem casadotr
abal
ho
ecom todaatr
anquil
i
dadeegent i
lezadi
goqueascoisasnãoest
ão
dandocert
o.
Air
oniadasit
uaçãoficabem cl
ara.
Nãoer
ami
nhai
ntenção,
masdei
um pénabundadel
enomesmo
l
ocalem quel
evei
um algunsmesesantes.
Esouobri
gadaareconhecerqueel
eli
dacom ar
ejei
çãocom mui
to
mai
s
di
gnidadequeeu.
Nem aomenosparecesurpr
eso.Comooconheçomuit
obem —
quaset ant
oquant
oconheçoBen—, est
rei
toosol
hos.
“Lance.”
Eleergueosol hos.
“Vocênãopar eceexatament earrasado”,
digocom um sorri
soleve.
“Em especialconsiderandoqueencont reiumacertaali
ançanagav et
a
dasuacômoda…”
Elesolt
aum gr unhi
doesei nclinaatéencostaratest
ano
balcãodacozi nha.“Souum idiota.”
“Porqueiamepedi rem casament oquandoacabamosdev olt
ar?
Sem nem tertransadoai nda?”
Elebufa.“Eusei .I
adev ol
veraal i
ança.Éque…”
Apoi oocot ovelonamesaeoquei xonamão.“ Éque…”
“Eupensei quecompr andoaal i
ança…mecompr ometendocom
você, iaconseguiresquecer…”
Ajeitomi nhapost uranahora.“Ai
,meuDeus.Vocêaindaéaf i
m da
talLaur el
.”
“Não! ”Elesentadi r
eit
o.“
Não, eu…Seil
á.Faztempoqueagent enão
sev ê,masai ndapensonel a.Ficomeperguntando…”
Ent ãoeusor r
io,aindaquesej aum sor
ri
soagr i
doce,eficodepé.
Mei ncl i
nopar aaf renteedouum bei j
onat estadel
e.“Vocêdever
ia
conv ersarcom Laur el
.”
“Elat em namor ado.”
Doudeombr os.“
Mesmoassim.Achoquenósdoi ssabemos
queépossível
namor arumapessoapensandoem out
ra.

Elemeolhacom cuidado.
“Ben?
”Enguloem seco.
Eassint
o.
Lancesol
taoarcom f
orça.“
Eusabi
a.Aquel
amúsi
canokar
aokê…
foipr
a
ele,nãof oi
?”
Meusol hosseenchem del ágr
imasquandol embr o.Omaisest
ranho
équef oiontem ànoite.Parecequetiveumav idainteir
apar
apensara
respei t
o.
Nãoconsi goparardepensarnoquesent idespejandomeucoração
emi nhaal maaocant araquelamúsicali
nda,decor tarocor
ação.
Aindaestousoboi mpactodaagoni adetercontadoaBencomome
sintosem queel esoubessequeeuest avafazendoi sso.
Meucor açãoaceleraquandopensoar espeit
o.Ese
Bensabe?SeLanceper cebeu,
porquenãoel e?
Ai,Deus.Esef oiporissoqueelefoiembor adonadaont em ànoi
te?
Todomundoachouquet i
vesseconheci
doalgumagarotanobar
,
umahi pót
esequemei r
ri
tou,masessaout r
aéai ndapi
or.EseBen
percebeuoqueeuest
avatentandof
azeredeunopé?
Lancefi
cadepéemeacompanhaat éapor t
a.
Pegoamal aquedei
xei
pert
odapor t
aparaest
emoment o,
quando
dei
x ar
iaocar
acom quem um di
apenseiquef
ossecasar
.
“Tchau,
Lance.

El
esei ncl
i
naparaaf r
enteemedáum bei j
onor
ost
o.“
Tchau,
Parker
.”E,der
epent
e, est
átudoacabado.
Acabou,etudobem pormim.
Talv
eznão“ bem” .Porquetem um bur
acoenor
menomeupei t
o,o
qualnãoestárelacionadocom ocaracom quem acabeidet
ermi
nar.
Amel horescolhaseriairpar
aacasadosmeuspai s.OudeCasey.
OudeLor i.
Ouatéum hot el.
Precisopensarar
espei
to.Bol
arum plano.
Entronocarroevouatémeuspais.Chegandol
á,não
consigosair
.Douaparti
dadenovo.
Façoocami nhodevolt
a,masnãopr acasade
Lance.Voupr ami
nhacasa.
32

BEN
Eucostumav aserbom ni sso,pegargar
ot asnormaisem bares.
Masdev oest arsem prát
ica,porqueagar otaqueestádançandona
minhamesi nhadecent r
o— apesardenãot ermúsicatocando— é
tot
almentepirada.
“Demi”,
eudi go, t
ent
andomant erotom dev ozomai st
ranquil
o
possív
el.“
Quet al euchamarum t áxiprav
ocê? ”
Aúnicarespost aqueeur eceboéumabl usaati
radanorosto.Adel
a.
“Merda”,
mur mur o.Nãoest ounem um pouconocl i
ma.
“Querodançar !
”,el
agri
ta.“Vem, Bl
ake!”
Coçooquei xo.JuroporDeusqueel
anãopareci
atãomal
ucanobar.
Meioanimadinhademai s,masnãomaluca.
Vaivereusóest avadesesper
adopr
apegaral
guém.Prameli
vrar
dadorquenãodei xameupeito.
“Sódançosev ocêdescerdamesa”,mint
o.
Eladáumar equebradanosquadr i
s,eseusdedossedi ri
gem à
braguil
hadacal çajeans.Lev ant
andoasobr ancelha,enquantoDemi
abreopr imeirobotão,perceboqueest ouprestesat est
emunharum
stri
pteasenãoconsent i
do.
Umabat i
danapor tamesal vadeterqueolharquandoelav i
ra
l
entament e,i
ncli
naocor poef azescorr
egarpelabundaacal ça
apertada.
“Porfavor,quesejaJohn”,murmuro.
Vouserobr
igadoarecorr
eràf
orçapar
ati
raressagarot
adami nha
mesi
nhadecentr
o,eum pardemãosamaisvir
iabem acalhar
.
MasnãoéJohn.
“Parks!Oi
!”,di
go,
regi
strandoasequênciadesensaçõesque
experi
ment oaseguir
,comopâni co,al
egri
aeperpl
exidade.
Porqueconheçoquaset odasasexpressõesf
aciaisdeParker
Blant
on, masjuroquenuncav iseurost
ocomoagor a.
“Hã,estátudobem?”,pergunto.
Douum puloparaafrent
equandoDemi
,chei
randoaper
fumedoce,
vem meabraçarport
rás.El
aaindaest
ádesuti
ã,gr
açasaDeus.Mas
nãodecalça.
“Quem éessaaí
?”,
elapergunt
a.
Osor ri
sodePar kerélar
goesi mpát i
coquandofixaool
harem Demi.
Opa.
Essacar aeuconheço.
CoitadadaDemi .
“Oi,
eusouaPar ker.”Otom dev ozdelaé
amigáv el.Demifr
anzeonariz.“Issoénomede
meni no.”
“Humm” ,Parkerdizem um t om pensativ
oquandoentraepõea
malaaol adodapor ta.Umamal abem gr ande.Fi
comeperguntando
praondev ai.“
Émesmo?Eoseu, qualé?”
“Demi !

“Então,Demi.
”Parkerj
untaasmãosedáumaboaol hadanela.

Descul paestr
agarsuanoitedessejei
to,
masmeui rmão…el enãoest
á
muitobem. ”
Pelaprimei
ravez,osorr
isofixodeDemi sedesmancha.“Seuir
mão?”
Par
kerapontacom oquei xoparamim,esouf or
çadoaseguraro
r
iso.“
Eleévici
adoem sexo,edev er
iaestarem r
eabi
li
tação.Maspel
o
j
eit
oteveumar ecaí
da.

Demimelançaum olharapreensi
vo.“
Gostodesexo.”
“Cl
aroquesim,Demi”,Parkerresponde.“Maséqueosgostosde
Bensãomei o…peculi
ares.

Demi passaal
ínguanoslábios,parecendoapr
eensi
va.“
Tipo…
al
gemas?

ArisadadeParkersoaum pouqui
nhocondescendent
e.“
Ah,
não.
Ti
po
bonecas.”
Consigosegur
arar i
sada,
masporpouco.
EPar kersóestácomeçando.“ El
ecurtet
erasbonecasporper to
quando,bom,quandoest áem ação.Gost adepentearoscabel os
del
as.Col ocat
odasenfi
lei
radasenquant
o…”
“Obr
igado”,i
nter
rompo,“pormeajudaramemanternareabi
l
itação.

Parkerdáum t apinhanopei to.“Éomí ni
moquepossof azer.Senti
quet i
nhaal gumacoi saer radaquandodi sseram quev ocêtinha
deixadoPol ly.

Parkerol hapar aDemi .“Pol
lyéabonecaf avoritadomeui rmão.
Deixaram queel elev asseuma, desdequenãof i
zessenada…esqui si
to.

Aessaal turaDemi j
áest áacami nhodasal a,volt
andoem t empo
recordecom acal çaai ndaaber taecolocandoabl usaàspressas.
“Obrigada” ,
Demi di zaopassarporPar ker,mei gnorando
compl etament e.“ Denada” ,eladizcom um sor ri
so.“Querqueeu
chameum t áxi?”
“Não, meusami gosest ãonum baraqui pertinho.”
“Ent
ãotá”,
Parkerdi
z,com um acenobrev
e.“
Tchau,tchau!”
Nósdoiscont
inuamosi móvei
squandoaportasefechaat r
ásde
Demi.“
Issoéumav inganci
nhaporcausadavezem quef al
eique
vocêti
nhauma
col
eçãodebonecas? ”
,digoporf
im.
MasPar kernãoestáint
eressadaem r
elembr
arnada,
por
queme
i
nterrompenahor a.
“Falaroucal
ar?”,
elaper
gunta.
“Eu,hã,oi
?”Fi
coconf usocom areapari
çãodoj ogo.Em ger
al
sóousamosquandoaout rapart
eestácom algumacoi saem
ment e.
E,apesardeestarcom algumacoisaem ment e,nãoéalgoqueeu
possaf al
ar…
“Nãoév ocêquem vai f
alaroucal
ar”,
elaexpl
ica.“Soueu.Deci
deaí
.”
Comoassi m,porra?
“Porqueeudecidiri
asev ocêvaif
alarounão?”,pergunt
o.
Elameencara,
bem séri
a.“
Porqueexi
steumachancemui
to,
mui
to
gr
andedenãogostardoquetenhopr
afalar
.”
Ot om dev
ozdelanãoéanimador,
mas…
“Tem al
gumacoisaquevocêqueir
adesabafar
?”,
per
gunt
o,
cautel
oso.“
Eunãoestar
iaaquisenãoti
vesse.

Solt
oum suspi
rolongoeprof
undo.“Ent
ãomanda.”
Elaabreaboca, maspareceper deracoragem, por
quef
echade
novo.“Tem comoagent efazerissolánasala?”
“Hã,tudobem” ,
concordo,por
queel ajáestáindo
paralá.“
Eumabebi dinhacair
iabem! ”
Seráquepr eci
sodeumat ambém?
“Émelhorpegarumapravocêt
ambém! ”
, el
agrit
a.
Óti
mo.
Remex oatr
ásdeunsrest
osdecomidav ergonhosamentevel
hose
encontr
oumagar raf
adeespumantedaépocaem quePar kermorav
a
aqui.
Tir
oar ol
haedespejoumaboaquanti
dadeem duascanecasdecaf é.
Fico meper gunt
andosenão deixeiesseespumant
ena
geladei
raexat
amenteparaessarazão.
Naesperançadequeelaviesse.
Eaqui
est
áela.Est
oufel
izem v
erParker
,dever
dade.Maséque…
t
enhoasensaçãodequeseri
amelhorquenãoti
vessevi
ndo.
Por
quesóconsi
gopensarem i
mplor
arparaquenãováembora.
Masant estemosqueencar arograndeanúnci oqueadei xatoda
afl
i
t a,andandodeum l adopar aoout r
opel asala,comoum bi cho
enj
aul ado.
Of ereçoumacaneca.Par kerfi
cameol handoporum moment o,
masnãof azmençãodepegar .
“Desculpapornãot erumat açadecristal”
,digo.“Estaéacasade
um homem sol tei
roagora.”
“Claro”,el
aresponde.“Deupr aperceberpelagar ota,hã,
parcialmentev est
ida.

Douum gol eenormedeespumant e.Nãoémi nhabebidafavori
ta,
masmeuest oquedecer vej
aj áera,
epr ecisotomaral gumacoisa.

Sópr
adei
xarcl
aro,
eunãosabi
aqueel
aer
aloucaquandoagent
e
v
eio
pracá”,
expli
co.
“Sei
…”
O cet i
cismoem suav ozindicaqueelapensaqueai ndaest ou
dormindocom met adedePor tl
and.Abroabocapar ar et
rucar
,mas
pensomel horedesisto.
Aúltimacoi saqueumamul herprest
esaf i
carnoi
vaprecisasaberé
queseumel horami goaindaest áapegadoemoci onal
ment eàsua
úl
timat ransacom ela.
Ficopar al
isadoquandoum pensament oter
rív
elmev em à
ment e.Der epent
e,entendoporqueParkerestáaqui.
Entendoporqueest átãotensa.
Esei porqueachaquenãov ougostardeouviroquet em
parafalar.Porquenãov oumesmo.Enãoquer oouv ir
.
Nãoquer oouv irqueLanceapedi uem casament o.Nãoquer
oouv
ir
quev aicasarcom outro.
“Calar”
,digo,meiodesesperado.“Nãomecont a
nada.”Elapiscav ár
iasvezes.“
Masv ocêdisse…”
“Mudei deideia.Nãoqueroouv i
r.

Seiqueéegoísmodami nhapart
e.Cl
aroquesei.
Em algum momentovouacabarouvi
ndoev oudarosparabénspar
a
el
a,tal
vezatéproporum br
inde,
masagoranãodá.
Nãoqueroouv i
rqueagarotaqueeuamov aicasarcom out
ro.
PorqueeuamoPar ker.
Engul oabebidaev ir
oacabeça, fechandoosol hoscom for
ça.
Amodemai s.
“Esperaaí”,el
amedi z,vindonami nhadireção.“Nãovoufal
arnada
sev ocênãoqui ser
,maspel omenosmecont aporquemudoude
i
deia…”
Eumev i
roparaencararParker.Meusof ri
mentodev eest
ar
estampadonomeur osto,porqueelaarregal
aosol hosedáum passo
atr
ás, surpr
esa.
Der
epent
e,asi
tuaçãoset
ornai
nsupor
táv
el.Par
kerél
i
ndademai
s,e
gost
o
demai sdel aparaisso.
“Falaroucal ar”
,digocom av oz
ásper a.“Masv ocêf al
ouque…Est ou
conf usa.”
“Eu” ,expli
co.“Estamosf alandodemi m agora.Vocêquerqueeu
fale?”Elafranzeat estadel ev e.“Vocêtem algumacoi sapr
a
desabaf ar?”
Équaseumar eproduçãol iter aldanossaconv er
sadeagor ahá
pouco, sóquecom ospapéi si nv ert
idos.Derepentepercoapaciênci
a
com osj oguinhosdepal avras,com t erquepisarem ov osum com o
outro.
“Sent aaí”,
digo.
“Vocêestáesquisi
to”
,Par
kercoment a.
Elav aiatéosof ámesmoassi m,maseumudodei dei
asobr e
sentar
.Seguroseubraçoeav i
ro,f
icandocaraacaracom Parker.
Ar espir
açãodeambosest ámai saceleradadoqueasi tuação
exi
giri
a.Mast al
veznão,por
queabombaquev ouj
ogarem cimadel a
nãoédasmenor es.
“Parker
,eu…”
“Nãov ápraSeat tl
e”,
eladizder epent
e,me
i
nterrompendo.“ Eu…oquê? ”
Parkerchegamai spert
o,parecendoem pânico.“Nãovápr a
Seattl
e.”Balançoacabeça.“ Masj áfi
zasinscri
çõese…”
“Edaí?Vocêpodesei nscreverem cursosaqui.Em faculdadesde
Portl
and.”
Nãoésobr ei ssoquequer of al
arnomoment o,masachoquepode
serum bom pr elúdioparaoquet enhoadi zer
,entãosigoem f rente.
“Nãopossocont i
nuaraqui.”
“Maspr eci
sa” ,elaresponde,com av ozembar gada.Parkerestende
asmãosnadi reçãodomeupei t
o,masaspuxadev olt
a.“ Nãopode
meabandonar .

Meu cor ação se despedaça,apesarde eu est armai s do que
confuso.“
Parks…”
“Ouentãoeuv oucom v
ocê!
”,el
adi
z.“
Querdi
zer
,vout
erquev
irpr
a
Port
landotempotodoporcausadaminhamãe,
maspossomor
ar
com vocêem Seat
tl
eumapar t
edasemanae…”
Tem al
gumacoisaer
rada.Essenãoéonor
maldel
a.
Segurosuasmãospar aquei nterrompaagesticul
ação
desnecessár i
a.“Parker.Oqueacont eceu?Ésuamãe?El api
orou?”
Osol hosdelaseenchem del ágrimas.“Não.Elaest
ánamesma.O
prognósticocontinuav alendo.
”Par kerpassaalínguanoslábi
ospara
seguraraslágrimas, emeucor açãosedespedaçamai sum pouco.
Oqueest áacont ecendo
aqui?Respirof undo.
“Lance…”
“Agent eterminou.”Af rasesai acelerada.
Mi nhapr i
mei rar eaçãoédeal í
vio.Um al
íviopr ofundo, comose
ti
rassem um pesodaal ma.Um alívi
opormi m.
Masl ogov em osof r
imentoporel a.Nãoquer ov erPar kerpassar
port udoaqui lodenov o.Nãoéàt oaqueest átãoagi tada.Acaboude
l
ev arum pénabunda.
Sóquenadadi ssof azsent i
do.Porqueel ecompr ariaumaal i
ançae
terminar i
atudoem segui da?
“Eleexpl i
couporquê? ”,
per gunto.“Porqueoquê? ”
“Porquet erminout udo? ”
,escl
areço,mant endoot om dev ozmai s
suav epossí vel.
“Vocênãoest áent endendo! ”Parkersesoltaedáum passoat rás,
masl ogoem segui dav oltaaseapr oximar
,ebast ante.
Elaol hanosmeusol hos.“Nãomef azcalar,Ben.Porf avor.Me
deixaf alar
.”
Meucor açãodi spara.
Demedo.Edeesper ança.
Quandoasmãosdel aseapr oxi
mam demi
m,est
ãot
rêmul
as,
e
Parkerhesi
taem t
ocarmeur osto.
“Nãof oiLancequet erminou”
,elaexplica.“Fui
eu.”Ficosem f ôlego.Nãoconsi gorespirar
.
“Porquê? ”
Osol hosdelaper cor
rem meur ostoàpr ocuradealgo.“Sér
iomesmo
quev ocênãosabe? ”
Meucor açãoest ámai sdoquedi sparadoagor a,masnão
consigomemov er.
“Achoque…”Eumei nter
rompo, eprecisolimparagargantapara
podercont i
nuar.“Achoquenãov ouaguent arotrancoseesti
v er
err
ado.”
“Ontem ànoi t
e, depoisquecant eipr
av ocê, pr
aondev ocêfoi?

Mi nhasmãosseer guem, cobri
ndoasdel
a.“Ent
ãov ocêest
ava
mesmocant andoprami m?”
Par kerconseguerevir
arosol hosmesmoelesestandochei
osde
l
ágrimas.“ Claro.

Ficohesi t
ante,sem saberoquantopossorevel
ar,masagoraétarde
demai spar avolt
aratr
ás.“Lancecomprouumaal i
ança”,di
go,i
nseguro.
“Eusei .Euv i
.”
“Elememost r
ou”,contoaela.“
Epedi
umi nhapermissão,ou
al
gumamer dadot i
po.”
“Ev ocêdeu? ”,el
a
pergunt a.“Oquê? ”
“Vocêdeusua
permi ssão?”“Claro”
,
respondo.
Seusol hosper dem of oco,
suasmãoscaem aoladodocor po,eel
a
dáum passoat rás.
“Não, Parks…nãoéque…pensei quevocêesti
vesseapaixonadapor
el
e.
Quequi
sessecasarcom ocar
a.”
El
abal
ançanegati
vamenteacabeça.“
Masnãoquer
ia.Não
quero.”Fechoosolhos,com medodeal
iment
arfal
sas
esperanças.
“Parker…”Minhagargantasefecha,
epr
eci
sotossi
rdenov
o.“
Por
quev ei
oaqui hoj
e?”
“Por
queeucometium err
o”,
elamur mura.“Prometique,
seagente
t
ransasse,
nadaiamudar.Quetudopoderi
av olt
arasercomoer a.

Elaol
haparaochãoantesdesev olt
arpar amim denovo.“Maseu
meapaixonei
.Enãoqueroqueascoisasvoltem asercomoer am.

Abroabocaparaf
alar
,masaf el
ici
dadeét antaquenãotenho
pal
avr
as.
Nãoconsi goemi tirum ruídosequer .
“Sev aimedi spensar ,pel omenosf azissol ogo”,Par
kerdiz.“
Que
nem quando t omeiv aci na antit
etânica no ano passado e v ocê
arr
ancouocur at i
v o.Émel horassi m…”
Lev oasmãosaoseur ost o.Segurocom
força.Edouum bei j
onel a.
É um bei j
o br uto edesesper ado,em quedespej otodo o meu
senti
ment o,at
éaúl ti
magot a.
Recuoum pouco,àpr ocur adeal gum sinalnor ost
odeladeque
estousendocl aro.Parkerai ndaparececonfusa, ent
ãoabeijodenov o,
dessav ezcom mai scalma.
“Ben?”,el
adizquandomeaf astoum pouco.
“Vocêdi
ssequenuncat i
veumanamoradaséri
adesdequeagent
e
seconhece”,
falocom av
ozembargada.“
Quersaberporquê?

Elafi
cahesi
tante,
masassent
e.
Doumai sum bei jonelaantesdecont i
nuar.“Porquemeapai xonei
porumagar otaincrívelnopr i
meiroanodef acul
dade.Sóquenão
sabiaoqueer aisso,entãofizaúnicacoi
saquepodi apar
af i
carpert
o
del
a:v i
reiseuami go.Seumel horamigo,
eent err
eimeussent i
mentos
tão fundo que nem consegui a maisr econhecer,porque o que
i
nteressavaer am ossent i
mentosdela,eoqueel aqueriaeraout r
o
cara.
”Respi rofundoemeobr i
goacont i
nuar.Demonst r
aramesma
coragem que el a.“ Mas quando encost eiem v ocê,Parker… eu
desmor onei.Todosossent i
mentosenterr
adosv ier
am àtonae…v ocê
entendeoqueest ouquer endodizer
,né?”
El
aenxugaosol
hos,
ent
ãoassent
e.
Sor
ri
o.“Ébom quesejam l
ágr
imasdef el
ici
dade.”
El
asorrit
ambém.“ Damaiorf
eli
cidadedetodas.Euteamo,Ben.
Dever
iaterdi
toissoassi
m queent
rei.

Douri
sada.“Dever
iamesmo.Maseudev eriaterdi
toanosat
rás.

Elaseencost aem mim, eseudedoper corremi nhabocacomose
quisessememor i
zarseucontorno.“Entãofalaagora.

Dobroum poucoosj oel
hospar anossosol hossealinhar
em.“Eut
e
amo, ParkerBlant
on.Teamohámui to,muitotempo.”
Osor r
isoqueel aabreétudopar a
mi m.“Também t eamo,BenOl sen.”
“Novar egr
adacasa” ,di
go.“Vocêpr eci
sadi zeri
ssotododia.

“Soueuquef açoasr egrasdacasa” ,
elarebate,cobri
ndomi nha
bocacom odedo.“ Eeudecr etoquev ocêtem quedi zerissotododia.”
Euaenv olvonosbr aços, t
irandoseuspésdochão.“ I
ssosi gnif
ica
quev oupoderv ervocêpel adadenov o? ”
Eladár i
sada,eeuador oouv iressesom.“ Depende.Seusl ençóis
estãolimpos?”
Euaj ogonosombr osecomeçoasubi raescada.Par kerbat enas
minhascost ascom asmãosaber tas.“Issonãoér espost a.

Subocom el aecom um sor r
isono
rosto.Meuslençóisnãoest ãonada
l
impos.
Mas, nofim,elanem liga.
Epí
l
ogo

PARKER

Oi
tomesesdepoi
s.

“Ah,jásei
”,di
go,apont
andot odaani
madapar aocatál
ogodo
karaokê.“AgentepodecantaressadaDisney .

Benmeol hacom umaexpr essãoenojada.“Pode.Eeupossome
enforcarcom ofi
odomi crof
one…”
“Bom, ent
ãoescolhevocêumamúsi ca”,respondo,
impaci
ente.
“Quetalr
elaxarum pouco?”,el
ediz,f
olheandoast
ri
lhar
esde
páginasdocatálogo.“Tem,ti
po,quatr
opessoasnanossafrent
eai
nda.

“Nãoseagent efurarafi
la.

“Issosóf uncionacom v ocêeLor i,eseenv olv
erum bandode
tar
ados.Consi derandoqueLor iestácom al í
nguanagar gantado
Drake, duv
idoqueest ej
ai nt
eressadaem cantar
.”
“Nem acr edit
oqueel av aicasarnodomi ngo”
,comento,ol
hando
paraol ocalondemi nhaami gaestáseagar r
andocom seufuturo
mar ido.
Issomesmo.Lor ivaicasarcom um caraqueconheceuhámenos
deum ano.
Soumadr inha,assim comoai r
mãdelae, acr
editesequi
ser,Er
yn.
A gar
ota cont
inua superesqui
sit
a,mas passou a seruma das
nossascompanhiaspr edi
l
et asagoraqueaensinamosanãodi zer
tudooquepassaporsuacabeça.
“Quet
alessa?”
,Bensuger e,mecutucando.
Ol
hopar
aopapel
.“Hã,
não.Al
i
ás,
par
aev
itarpr
obl
emasf
utur
os,
todasasvezesquev
ocêsuger
irumav
ersãoem duet
ode‘
BabyGot
Back’voudi
zer
não.Ar espost aeranãoquandoér amossóami gos,cont i
nuousendo
quandov i
ramosami goscol ori
dos, eagor aque…”
Eumei nterrompo,eel eer gueassobr ancelhas.“ Agoraqueoquê?
Quesomosamant es?”
Ent orto o nar iz pr
a el e.“Eu ia dizer‘ namor ados’,mas par ece
i
nadequado, né? ”
Elemeabr açaemepuxapar aj untodesi .Soltoum suspi rode
al
egr i
a,por que sempr e penso que não t enho como est armai s
apaixonada,masacadadi aquepassameuamorcr esce,apontode
perderof ôlego.
“Quet al‘melhoresami gos…apai x onados’ ?”,
ele
diz.Douum bei j
onele,todaf eli
z.“Ridículo.”
“Aliás,issoi ncomodav ocê?”,eleper gunt a,pensat i
vo.“Passamos
anos e anos di zendo que o mundo i nteiro estav a er
rado sobre
homensemul heresser em ami gos,só pr a descobr i
rqueno f i
m
estávamoser r
ados. ”
“Incomodav ocê? ”,
devol voaper gunta.
Elepassaosl ábiospelomeupescoço,i gnor
andoqueest amosem
um barcom kar aokêl otado.“Nem um pouco.Nuncaf i
queimaisfel
i
z
porestarerrado.”
Obei j
oacabasendomai squentedoqueopr et
endido,eum casal
atr
ásdenóspi garreiaalt
o.
“Agentequer i
av erocat álogotambém” ,ocaradiz,
i
ncomodado.Benoent regasem desgrudardami nhaboca.
Quandoenf i
m par amospar atomarfôlego,nafiladopalco,meus
ol
hosper correm osal ão.
Locali
zomeuspai s,quenãosóest ãofazendov i
stasgrossaspar
a
Lorieonamor ado,queest ãoseagar randonaf rent
edeles,como
aprovei
tam paranamor arum poucot ambém.
“Malpossoesper arprav erminhamãenopal co”,
coment o.“Achoquenuncaaouv icantar
.Elaéboa
quenem v ocê? ”

Não,
épéssi
ma.Tot
alment
edesaf
inada.Maséumadascoi
sasna
l
i
sta
del
a,ent ão…”
AmãodeBenpousanasmi nhascostas,suave,reconfortant
e,e
dei
x oseucal orali
viarum poucodat ri
steza.Minhamãeconsegui u
passarpel abarrei
radossei smeses, oqueéum bom si nal
.Masai nda
estádoent e.Emui to.O câncercont i
nuadev or
andoseucor popor
dentr
o.
Estamosexper i
ment andonov ostr
atamentos.Maisagressivos.Eel
a
vaimel horar.Tenhocert ezadisso.
“Nãoacr editoquemef ezsairànoit
enum diadesemana” , Ben
coment acom um bocej o.
“Ai
, desculpa,vovô.”
Doumai sum bei
joem seurost
o,porqueestouorgul
hosadel
e.Ben
foiacei
toem vár
iosprogramasdepós-graduaçãoem Seat
tl
eeem
Portl
and.
Eescolheuum daqui.Ondeéseulugar.
“Ei
,vai
fal
arcom aquel
asgar
otas”
,mur
mur
o.“
Vêseconsegue
passaragent
enafrente.

“Podedei
xar
.”
Eleseaf asta,ev oltaem tempor ecor
de.“Pr
onto.Énossav ez.”
“Muitobem” ,di
go, impressionada.“Enenhumadel asmeol houf ei
o
quandov ocêapont ou.”
“Porqueel asol hariam fei
opr avocê?”,el
epergunt
a, sefazendode
i
nocente.
Euoencar o.“Vocênãof alouqueeuer asósuaami ga,né?Oquef oi
quedissesobr emi m? ”
“Sófaleiav erdade.”Benest endeamãopar ameaj udarasubi rno
palco,
ent ãomeabr aça.
“Ah,é?”,pergunt o.“Equal éav erdade?”
Elemedáum beijot
ãodocecomosua
respost
a:“
Eudissequev
ocêéminha
melhoramiga.

Doi
sanosdepoi
s.
Dedi
coest el
ivr
oat odosquejáseapai
xonar
am porum
amigo.Seiporexperi
ênci
aprópr
iaquedásuper
cert
o.
Nãoé, Ant
h?
Agr
adeci
ment
os

Det emposem t empos,umahi stóriabr ot anacabeçadeum aut or


—donada, aoquepar ece—esi mpl esment epr ecisasercont ada.
Algumasper sonagenseal gunst iposdehi stórianãoest ãonem aí
seoaut ort em um mi lhãodeout rospr oj etosem andament o.Não
est ãonem aísenãoseencai xam em um dosgêner osem v oga.Ouse
vão t erquemobi lizardezenasdepessoasdi ferentes( incl
usi veo
aut or)par aserconcr etizadas.
Éocasodest el i
vroedesuasper sonagens.BenePar kerme
vieram àment eem umaquar ta-feiraqual querde2014,e,apesarde
est arat ol adadepr ojetos,par eit udooqueest avaf azendoecomecei
aescr ev er .
Algumas hor as depoi s,j át inha os quat r
o pr imei r
os capí tulos
(escr itosdoj eitinhocomov ocêl euaqui )eosmandeipar ami nha
agent e, pedi ndoquev i
essem l ogoaomundo.
Mi nhaagent e( ai ncompar áv elNicol eResci nt i
)nãopensouduas
vezes.Obr i
gadapormeent ender , ali
ás.
Diasdepoi sdessemeu“ surto” ,elav endeuahi stóri
apar aSue
Gr i
mshaw, dosel oLov eswept ,eagor aent r
am osagr adeciment os.
Sem ent rarnaquest ãocompl icadíssimadospr azosedi t
or iais,é
preci sodi zerqueaequi pedaPengui nRandom Housepr oduzi uest e
l
ivroem t empor ecor de.El esnãopr ecisav am f azerisso, masdev em
terper cebi doqueeuer aloucapel ahi stória,por quemei oquef i
z eram
ot emposemul tipl
icarpormi m.Sei quesempr eagr adeçoat odaa
equi pequet rabalhaem t odososmeusl ivros( porqueessaspessoas
mer ecem! )
, masdest avezf oiaindamai s
i
ncr í
vel .
Gi
na Wacht
el,Ki
m Cr
owser
,Kat
ie Ri
ce,Ly
nn Andr
eozzi
,Dani
el
Chri
stensene,acimadet udo,SueGri
mshaw,porf
avorsai
bam que
minhagr at
idãoéimensa.Meconsi der
oumapessoademui tasor
te
portr
abalharcom vocês.
ANTHONYLEDONNE

Autorabest -sell
ernalistadoNew Yor
kTimes,
LAUREN LAYNE ador
a escr ev
er comédias
românt i
cas.El a mor a em Nova Yor
k com o
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right©2015byLaur
enLeDonne
AEdi
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sãodaEdit
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aatualizadasegundooAcor doOr t
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codaLí
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tuguesade1990,
queent
rou
em v i
gornoBr asilem 2009.
TÍTULOORI GINALBl ur redLines
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PREPARAÇÃOLí giaAzev edo
REVI SÃOAdr i
anaBai rradaeRenat aLopesDel
NeroI SBN978- 85-545- 1109-1987
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3204532- 002—SãoPaul o—
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atendiment oaoleitor@edi toraparalel
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or aparalel
a
i
nst agram.com/ edit
or aparalel
a
Oacor
do
Kennedy
,El
l
e
9788543805887
360pági
nas

Compr
eagor
ael
eia

Tocant e,profundo, engraçado,sexy .


..Um
romancequev ait
eencant aresur pr eenderacada
pági na.HannahWel lsfi
nalmenteencont r
ou
alguém queai nt
eressasse.Mas, embor aseja
aut oconf i
anteem v ári
osout r
osaspect osdav i
da,
carr eganascost asumabagagem et antoquando
oassunt oésexoesedução.Nãov aiterjei
to:el
a
vai terquesai rdaz onadeconf orto…Mesmoque
i
ssosi gnifiquedaraul aspar t
icularespar ao
i
nf ant i
l
, ir
ri
tanteeconv encidocapi tãodot i
mede
hóquei , em trocadeum encont rode
ment i
rinha.TudooqueGar rettGraham querése
formarparapoderj ogarhóqueiprofi
ssi
onal.Mas
suasnot ascadav ezmaisbaixasestão
ameaçandoar rui
nartudoaquil
opeloqualtanto
sededicou.Seaj udarumagar ot
al i
ndae
sarcást
icaaf azerciúmesem outrocarapuder
garanti
rsuav aganot ime,el
etopa.Masoqueer a
apenasumat rocadef av
oresentr
edoi sopostos
acabaset ornandoumaami zadeinesper
ada.Até
queum bei j
of azcom queHannaheGar r
et
preci
sem repensarost ermosdeseuacor do.

Compr
eagor
ael
eia
Desej
ar
Lane,
Nina
9788554511333
280pági
nas

Compr
eagor
ael
eia

Ahi st
ór i
adeLiveDeancont inuanosegundo
vol
umedasér i
eEspiraldoDesej o.Depoisde
quasev erem seucasament odestruí
dopor
ment i
rasedesi l
usões,DeaneOl iv
iaretomam sua
j
ornadamai sunidoseapai xonadosdoquenunca.
Opr ofessordehistóri
amedi evalesuaamada
esposaest ãodet er
minadosaconser taroser r
os
dopassadoesabem que, paraisso,terãoque
unirforçasparader r
ubarbar r
eir
aser guidasao
l
ongodeanos. Umai nesperadacr i
seenv olvendo
ospai sdeDeanacaba, contudo,dragando-ode
vol
taàespi raldeculpa,
ressentimentoeamar guraquemar cousua
j
uv entude.Tudooqueel emai squerépr oteger
Olivi
a,mas, dessav ez,elaser ecusaráacumpr iro
papel deesposaf rági
l edelicada.Aol adodeseu
grandeamor ,Oli
vi
aenf rentaráosmai ster
rív
eis
fantasmasdaf amíli
aWest—at émesmoos
segredosescondi dosaset echav es.

Compr
eagor
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9788543806792
288pági
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Compr
eagor
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dgetJonesj áéumaper sonagem quer idapor
milhõesdel ei
tores.Sejapelasdesv enturas
amor osasoupel ospr obl
emascom ospai s,é
mui t
of ácil
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icar(eseencant ar)com a
personagem cr iadaporHel enFielding.Nest a
novaedi çãocomemor ati
vadosv inteanosde
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ançament odopr i
mei roli
vro,
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gost erão
achanceder eencontrá-l
aeosnov osleitores
descobr i
rãoumapai xãoporest eclássico! Br
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continuaat ualeaf i
adacomonunca: uma
personagem t ãoper feit
ament ei
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ael
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John
9788580868692
272pági
nas

Compr
eagor
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Doautordobest -
sell
erHomenssãodeMar t
e,
mulheressãodeVênus, quej áv endeumai sde
50mi l
hõesdeexempl ares.
Mui tasv ezes,as
mulheressentem queprecisam t rabalharmaisdo
queoshomenspar aprovarseuv alor.Jáos
homensacham queasmul her esper guntam
muito,sãosensí
veisdemai seat r
apal ham as
deci
sões.Em Trabalhandojunt os, JohnGr ay
(aut
ordeHomenssãodeMar te, mul heressãode
Vênus)eBarbaraAnni sanali
sam def ormaclar
a
eobjeti
vaospontoscegosent rehomense
mulheresnoambi entedetrabal ho.Vocêpoder á
darumaespi adanament edosexoopost oe
descobri
raraizdet ant
osequí
vocosemal -
entendi
dos,aprendendoaeli
minarosr uídosea
tr
ansmiti
rsuamensagem com ef i
ciênciamáxima.

Compr
eagor
ael
eia
Di
adebeaut
é
Cer
idono,
Vict
ori
a
9788543804187
160pági
nas

Compr
eagor
ael
eia

Quasenadaét ãodivert
idoquant omaqui agem.O
l
emadeVi ctoriaCer i
dono, blogueir
aeedi torade
belezadaVogue, éespeci alment everdadeiroem
seulivroDiadebeaut é–um gui ademaqui agem
paraav i
dar eal.Com mai sde130f otose
i
lustrações, promet eensinart udoqueexi steentre
um makebási co,quasenada, eumamaqui agem
paraf est
a.Sem nuncaper derot om div
erti
do, as
dicasdeVi ct ori
asãoacessí veis,vi
ndasdequem
experiment oudet udoparadescobr iroquev ale
mesmoapena.Um l i
vropar at odotipodel ei
tor(
a)
–desdei ni
ci antesatéobcecadas, passandopor
quem apenasbuscadi casparasai
rdar ot
ina,
ou
alguém nãointer
essadoquesem quererfoiparar
com olivroem mãos.Um li
v r
oparainspir
are
despertaravontadedemer gul
harnesse
fantást
icouniv
ersodamaqui agem.

Compr
eagor
ael
eia

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