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Curso: ENGENHARIA QUÍMICA (MATRIZ 2017) Turma: EQU17.

2(4º SEMESTRE) Turno: TARDE


Disciplina: Física 4 / Professor: Tiago Marcolino

Fótons, elétrons e átomos

Macapá – AP
2019

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Curso: ENGENHARIA QUÍMICA (MATRIZ 2017) Turma: EQU17.2(4º SEMESTRE) Turno: TARDE
Disciplina: Física 4 / Professor: Tiago Marcolino

José Mario de Bessa Belo


Rafael David da Silva Batista
Emilly Carolina Couto
Michael Augusto Neves da Conceição

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Objetivo
Como experiências envolvendo espectros de linhas, efeito fotoelétrico e raios X
indicaram o caminho para uma reinterpretação radical da natureza da luz.
Como o espectro de luz emitido pelo hidrogênio atômico revela a existência de
níveis de energia nos átomos de que maneira os físicos descobriram o núcleo
atômico. Como o modelo de Bohr para as órbitas dos elétrons explicou o
espectro dos átomos de hidrogênio e semelhantes ao hidrogênio. Os princípios
de funcionamento de um laser. Como experiências com raios X ajudaram a
confirmar a teoria do fóton.

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Sumário
Introdução............................................................................................................1
Desenvolvimento..................................................................2,3,4,5,6,7,8,9,10,11
Conclusão..........................................................................................................12
Referencias........................................................................................................13

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Introdução
Maxwell, Hertz e outros estabeleceram que a luz e uma onda eletromagnéticas.
Fenômenos tais como a interferência, a difração e a polarização, forneceram
comprovações da natureza ondulatória da luz. Observando a emissão,
absorção e espalhamento das OE, concluiremos que a energia de uma OE é,
quantizada (fótons ou quanta). I A energia de um único fóton é proporcional a
frequência da radiação, (E ∼ f ). I A energia interna de um átomo também é
quantizada, somente alguns valores da energia (níveis de energia), são
possíveis.

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ABSORÇÃO E EMISSÃO DE LUZ


As primeiras teorias sobre a natureza da luz e a origem das cores tiveram início
na Grécia Antiga, mas a formulação da teoria moderna sobre as cores se deve
a Isaac Newton (século XVII). Newton observou que um feixe de luz solar
branca se desdobra numa série de feixes de luz de cores diferentes (vermelho,
laranja, amarelo, verde, azul e violeta) ao atravessar um prisma. A partir dessa
observação pôde concluir que: a luz solar branca deve ser constituída por luzes
de todas as cores separadas pelo prisma; o prisma é capaz de dispersar a luz
branca em seus constituintes, que apresentam cores distintas. As luzes de
diferentes cores atravessam o material do prisma com velocidades diferentes e,
portanto, possuem diferentes ângulos de refração. A variação do ângulo de
refração da luz está diretamente relacionada com a natureza ondulatória da luz
incidente. Luz é uma forma especial de energia conhecida como radiação
eletromagnética (o nome se deve à associação dos campos elétrico e
magnético oscilantes com a radiação). Uma propriedade característica de toda
radiação eletromagnética é a freqüência de oscilação do campo, ν, que não
sofre qualquer modificação em função do meio através do qual se propaga.
Entretanto, como a velocidade de propagação de uma onda depende do meio,
ocorre uma alteração no comprimento de onda de acordo com a expressão: vi=
ν.λi, onde o subscrito i representa um determinado meio de propagação da
onda, v é a velocidade de propagação da onda, e ν e λ são respectivamente a
freqüência e o comprimento de onda da radiação eletromagnética. O índice de
refração é definido por:
Ni= c/v
onde η é o índice de refração e c e v são as velocidades da luz no vácuo e da
onda eletromagnética no meio i, respectivamente. Quando a radiação passa
em ângulo através da interface entre dois meios transparentes que têm
diferentes densidades, é observada uma mudança abrupta na direção, ou
refração, do feixe como conseqüência da diferença de velocidade da radiação
nos dois meios. Quando o feixe passa de um meio menos denso a um mais
denso o desvio ocorre em direção à normal.
Refração da luz ao passar de um meio menos denso (M1) a um meio mais
denso (M2). θ1 e θ2 são os ângulos do feixe em relação à direção normal (linha
pontilhada).
Se M1 da Fig. 1 é o vácuo, v1 é igual a c e η1 é unitário, logo o índice de
refração do meio M2 pode ser obtido obtendo-se θ1 no vácuo e θ2 no meio M2.

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Uma vez que não existe uma diferença considerável entre a velocidade da luz
no vácuo e no ar os índices de refração podem ser obtidos por conveniência,
empregando-se o ar como referência, o índice de refração.
A refração da luz é importante, por exemplo, na elaboração de componentes
ópticos para obtenção de luz monocromática (nesta experiência, por exemplo,
será utilizado um prisma para analisar os componentes da luz branca por
refração).
Pode-se inferir pela equação acima que as cores estão relacionadas com a
energia dos fótons, os constituintes da luz. Os fótons podem ter energias
extremamente altas (raios cósmicos) ou baixas (ondas de rádio e microondas),
sendo que o conjunto ordenado em função da energia constitui o espectro
eletromagnético. A porção visível do espectro eletromagnético ocupa apenas
uma pequena porção entre 1,7 e 3,1 eV (vide Fig. 1 e Tab. 1). A cor é
fundamentalmente um fenômeno subjetivo, resultante do estímulo recebido
pelos olhos e interpretado pelo cérebro. A retina contém vários tipos distintos
de receptores de cor, ou seja, estruturas que são sensíveis a regiões
particulares do espectro visível. O sistema nervoso central interpreta esse
estímulo ou combinação de estímulos, que resulta na percepção de uma cor
em particular. Seu aparecimento está condicionado, portanto, à existência de
dois elementos: a luz (agente de estímulo) e o olho (aparelho receptor).

Interação da matéria com a luz e a geração de cor: absorção de cores e o


sistema CMYK A absorção de energia por átomos e moléculas pode acarretar
modificações nessas espécies. A luz visível, em particular, provoca a promoção
de elétrons do estado fundamental para estados excitados. Por exemplo, as
energias necessárias para promover o elétron do átomo de hidrogênio do nível
fundamental (n=1) para níveis excitados são maiores que aquelas dos fótons
de luz visível. Contudo, a luz visível pode ser usada para promover um elétron

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no nível n=2 para níveis superiores (Série de Balmer). Por isso, diz-se que a
absorção de radiação visível envolve processos eletrônicos, ou seja, a
absorção de luz provoca uma reorganização dos elétrons nos átomos ou
moléculas, promovendo-os a estados eletronicamente excitados. Porém, a
absorção ou emissão de luz sempre azul verde vermelho magenta amarelo
ciano branco azul verde vermelho magenta amarelo ciano branco envolve dois
estados com energias definidas. Mais especificamente, somente fótons com
energia igual à diferença de energia entre os dois estados envolvidos na
transição podem ser absorvidos ou emitidos. Espécies distintas apresentam
espectros de absorção distintos porque a energia dos estados depende da
natureza dos átomos e da estrutura de cada molécula. Pelo exposto acima,
pode-se inferir que todas as espécies (átomos, moléculas etc.), sejam coloridas
ou não, absorvem algum tipo de radiação eletromagnética.

EFEITO FOTOELÉTRICO
Elétrons são emitidos da matéria após absorverem a energia de uma radiação
eletromagnética (de baixos comprimentos de onda – visível ou UV) que incida
sobre ela.
Descoberta dos fotoelétrons
Heinrich Hertz – experimentos com ondas de rádio
 Existência prevista matematicamente por Maxwell em 1864
 Detectadas pela primeira vez por Hertz em 1885
Fonte: bobina de indução de alta voltagem, aplicada entre as duas meias-
hastes condutoras.
Emissor: haste de latão (26 cm) interrompida no centro, formando um
transmissor de faísca (“spark gap”) com polos constituídos de pequenas
esferas. A alta voltagem produz uma faísca que forma um caminho de
condução, levando a carga a oscilar e a emitir radiação eletromagnética (l ~
tamanho das meias-hastes).
Detector (antena): anel de cobre interrompido (pequeno “gap”), com uma
pequena esfera de latão em uma extremidade e uma ponta móvel na outra. O
diâmetro do anel deve ser tal que uma corrente nele oscilando possua um
período natural próximo ao do transmissor (~7,5 cm). Uma faísca sinaliza a
presença de carga oscilante (radiação eletromagnética) no detector.

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Acidentalmente detecta “algo mais” Ocasionalmente Hertz colocava o detector


em um local escuro, a fim de melhor observar a faísca. Tamanho da faísca
(distância máxima entre a esfera de latão e a ponta móvel) diminuia no escuro.
Faísca mais vigorosa ao expor o detector à luz ultravioleta. Em 1887 Hertz
reporta suas observações experimentais, sem procurar qualquer explicação
teórica.
Efeito da luz em corpos eletricamente carregados (1888)
Placa de zinco negativamente carregada, acoplada a um eletroscópio de folhas
de ouro. Eletroscópio perde sua carga muito lentamente. Ao incidir luz UV
sobre a placa, o eletroscópio perde rapidamente sua carga. Caso a placa de
zinco for previamente carregada positivamente, a perda rápida de carga no
eletroscópio por ação da luz UV não é observada.
Explicação clássica do efeito fotoelétrico
Teoria ondulatória clássica da luz
Dependência com a intensidade
Intensidade de luz aumenta

Amplitude do campo elétrico oscilante aumenta

Força aplicada aos elétrons (F = e.E) aumenta

Energia cinética máxima (Kmax = e.V0 ) aumenta
Robert Millikan – confirma a teoria quântica de Einstein
Dependência do potencial limite com a frequência da luz incidente (1914)
Millikan não aceita a teoria quântica de Einstein, que lhe parece um ataque à
teoria ondulatória da luz.
Realiza uma série de experimentos (~10 anos!) no efeito fotoelétrico.
Confirma a dependência do potencial de corte V0 com a frequência.
Confirma a existência da frequência de corte 0.

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Calcula e confirma o valor da constante de Planck h (0,5% de acurácia),


reforçando a teoria quântica.

Através do espectro de um objeto astronômico pode-se conhecer informações


sobre temperatura, pressão, densidade, composição química, estrutura,
dinâmica, etc.

A luz branca, ao passar por um prisma, se dispersa em seus comprimentos de


onda componentes. Essa decomposição da luz se chama espectro. O
espectro nos dá grande dá informação sobre as propriedades físicas das
estrelas, principalmente temperaturas e raios.
Espectros de diferentes fontes: Leis de Kirchhoff: 

 Um corpo opaco quente (sólido ou fluido muito denso) produz


um espectro contínuo, isto é, tem todos os comprimentos de onda.
 Um gás quente transparente (de baixa densidade) produz um espectro
de linhas brilhantes (linhas de emissão). Nesse espectro apenas alguns
comprimentos de onda estão presentes.
 Um gás transparente frio em frente ao corpo opaco quente produz
um espectro de linhas escuras (linhas de absorção), por remover alguns
comprimentos de onda do contínuo.

Espectro contínuo:

 é o espectro de corpo negro, ou espectro térmico


 depende apenas da temperatura da fonte
 em cada ponto do espectro (em cada frequência ou em cada
comprimento de onda) a intensidade é dada pela lei de

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Planck 

Espectro de linhas: como se fmrmam as linhas espectrais? 


  
Níveis de energia do átomo:

Átomo de hidrogênio

 cada elétrom existe um certo nível de energia (órbita)


 as únicas órbitas possíveis são aquelas cujo perímetro é igual a um
número inteiro de comprimentos de onda do elétrom (λ e)

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O elétrom ganha ou perde energia "saltando" de um n´vel para outro de maior


ou menor energia

Quando o elétrom absorve luz ( saltando para um nível de maior energia) ele
produz uma linha de absorção

Quando o elétrom emite luz (saltando para um nível de menor energia) ele
produz uma linha de emissão

Espectros Estelares: 

Estrelas emitem um espectro contínuo com linhas de absorção.

Contínuo:

 O contínuo é gerado na sua superfície visível (fotosfera)


 Tem forma similar à de um corpo negro com a temperatura da fotosfera.
 A cor de uma estrela depende de sua temperatura, de acordo com a Lei
de Wien.
o estrelas quentes aparecem azuladas (T=10 000-50 000 K)
o estrelas "mornas" aparecem amareladas (T= 5000 - 7000 K)
o estrelas frias aparecem avermelhadas (T = 2500 - 4000K)

Linhas de absorção:

 São geradas nas atmosferas fina logo acima da fotosfera


 Sua presença depende dos elementos ali presentes e da temperatura da
estrela

O estrelas azuis, com Tef=20 000 a 35 000 K, apresentam linhas de


HeII (hélio uma vez ionizado) e ultravioleta forte. Exemplo: 10 Lac

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(V=4,88, O9) e Mintaka (δ Ori, uma das Três Marias, V=2,10, O9).
estrelas branco-azuladas, com Tef=15 000 K, com linhas de HeI.
B
Exemplos: Rigel (β Ori, V=0,12, B8Ia) e Spica (α Vir, V=0,90, B1V).
estrelas brancas, com Tef=9000 K, com linhas de HI forte. Exemplos:
A
Sírius α Can Maj, V=-1,46, A1V) e Vega (αLyr, V=0, A0V).
estrelas branco-amareladas, com T ef=7000 K, com linhas de metais
F observadas. Exemplos: Canopus α Car, V=-0,72, F0Ib) e Procyon
(αCan Min, V=0,38, F5IV).
estrelas amarelas, com Tef=5500 K, como o Sol, com fortes linhas de
G metais e HI fraco. CaI (H e K) fortes. Exemplos: Sol (G2V) e Capela
(αAur, V=0,08, G1II).
estrelas alaranjadas, com Tef=4000 K, com linhas metálicas
K dominantes. Contínuo azul fraco. Exemplos: Aldebarã (α Tau,
V=0,80, K5III) e Arcturus (αBoo, V=-0,04, K2III).
estrelas vermelhas, com Tef=3000 K, com bandas moleculares (TiO)
M muito fortes. Exemplos: Betelgeuse (αOri, V=0,50, M2Ib) e Antares
(α Sco, V=0,88, M1Ib).

Classes de Luminosidade

Baseia-se nas larguras das linhas de absorção do espectro.

Linhas de aborção são sensíveis à pressão do gás:

o Ficam mais largasconforme a pressão aumenta.


o Estrelas grandes têm pressão menor.
o Estrelas pequenas têm pressão maior.

Portanto:

o Estrelas grandes têm linhas de absorção estreitas.


o Estrelas pequenas têm linhas de absorção alargadas.

Núcleo atômico

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O átomo é formado por várias partículas localizadas em posições específicas


no espaço subatômico. A eletrosfera é composta pelos elétrons, que são
eletricamente neutralizados por igual número de prótons contidos no núcleo.
Podemos observar forças de repulsão eletrostática tanto entre os elétrons
quanto entre os prótons. Contudo, os elétrons são atraídos pelo núcleo e
ocupam um local no espaço (orbital atômico – local de maior probabilidade de
encontrar um elétron no átomo) onde as forças de atração elétron↔núcleo
superam as forças de repulsão elétron↔elétron (Figura 2). Quanto mais perto
do núcleo, maior será a energia necessária para interagir com um elétron
(energia de excitação – transição eletrônica; ou energia de ionização). Em
média, a energia necessária para movimentar um elétron em um átomo varia
de uns poucos elétron-volts (eV – aproximadamente 1,6x10–19 Joules) a algo
da ordem de quiloelétron-volts (keV – 103 eV).

Um determinado número de elétrons ocupa um espaço 100.000 vezes maior


que aquele ocupado pelo mesmo número de prótons! Sabendo que também
existem forças de repulsão eletrostática entre os prótons, podemos imaginar a
quantidade de energia contida no núcleo por conta dessas forças. Para
interagir com as partículas nucleares, é necessária uma energia da ordem de
megaelétron-volts (MeV – 106 eV). Com isso, você pode concluir que as
variações de energia em uma reação nuclear excedem em muito àquelas
observadas nas reações químicas. Exemplo: combustão de 1,0g de CH4 à 52
kJ de energia reação nuclear de 1,0g de 235U à 8,2x107 kJ de energia A
estabilidade nuclear Para minimizar os efeitos das forças de repulsão dos
prótons no núcleo, a natureza utiliza partículas sem carga elétrica, chamadas
nêutrons. Portanto, a principal função dos nêutrons é estabilizar o núcleo
energeticamente, reduzindo as forças de repulsão próton↔próton. Contudo,
existe uma relação ideal entre nêutrons e prótons para que um determinado
núcleo seja estável. Quando essa relação não ocorre, o núcleo fica
energeticamente instável e sofre o chamado decaimento radioativo, em que
busca alterar a relação nêutron: próton até que ela se situe dentro de uma faixa
conhecida como faixa ou cinturão de estabilidade.

As reações nucleares

A radioatividade é produzida pelo decaimento nuclear, que, energeticamente


falando, busca a estabilidade do núcleo corrigindo a relação nêutron: próton do
átomo. Dessa forma, temos nas reações nucleares ou decaimento radioativo o
meio natural de estabilização dos núcleos atômicos. Existem quatro tipos de
decaimento radioativo:

O decaimento beta, em que uma partícula β - é emitida. Ou seja, um nêutron


se transforma em um próton e emite um elétron, que é a partícula beta. Nesse
caso, o núcleo apresenta excesso de nêutrons, que tenta compensar reduzindo
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sua quantidade e aumentando a quantidade de prótons. ν é uma partícula sem


carga e sem massa, chamada neutrino, que completa o balanço energético do
processo.

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Conclusão

Fótons carregam quantidades discretas de energia chamada quanta (no plural)


ou quantum (no singular) que pode ser transferida para átomos e moléculas
quando fótons são absorvidos. Dependendo da frequência da radiação
eletromagnética, químicos podem analisar diferentes partes de um átomo ou
estrutura molecular utilizando diferentes tipos de espectroscopia. Fótons da
região UV ou visível do espectro eletromagnético podem ter energia suficiente
para excitar elétrons. Uma vez que esses elétrons retornam para seu estado
fundamental, fótons são emitidos e, assim, o átomo ou molécula irá emitir luz
visível de frequência específica. Esses espectros de emissão atômica podem
ser usados (informalmente, na maioria das vezes, usando teste de chama) para
entender a estrutura eletrônica e identificar um elemento.

Átomos e moléculas também podem absorver e emitir radiação IV, de


frequência mais baixa. Os espectros de absorção de IV é útil para os químicos,
pois indicam a estrutura química de uma molécula, bem como os tipos de
ligações que ela contém. Por fim, a espectroscopia também pode ser usada no
laboratório para determinar as concentrações de soluções desconhecidas, por
meio da lei de Beer-Lambert.

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Referencias
http://www.fisica.ufjf.br/~radias/Fisica4/Apresentacoes/Capitulo-38/Cap38-
Fotons-Eletrons-e-Atomos.pdf
https://edisciplinas.usp.br/pluginfile.php/
http://www.gradadm.ifsc.usp.br/
https://extensao.cecierj.edu.br/material_didatico/qui704/aula07.pdf

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