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02-Caracterização Tecnológica Dos Agregados
02-Caracterização Tecnológica Dos Agregados
GRADUAÇÃO
LIMPEZA
Deve-se evitar utilizar agregados que contenham um nível elevado de impurezas, tais como
vegetação, argila, pó, etc. O ensaio de equivalente de areia (DNER-ME 054/97) quantifica a
proporção de argila ou pó nas amostras de agregados miúdos.
Agita-se energicamente uma amostra de solo numa proveta contendo uma solução diluída. Após
alguns minutos em repouso, determina-se a relação entre o volume de areia e o de finos que se
separam da areia:
(equivalente em areia)
RESISTÊNCIA À ABRASÃO
Com esta finalidade, o ensaio conhecido como Abrasão Los Angeles (DNER-ME 035/98 para
pétreos e DNER-ME 222/94 para sintéticos), no qual uma amostra do material é colocada dentro
de um cilindro com esferas de aço no seu interior, e o cilindro posto a girar. A perda de
resistência é dada por:
f = 0 (completamente lamelar)
f = 1 (completamente cúbico)
Alternativamente, pela NBR 5564/2014 (para lastro ferroviário) são medidas as dimensões do
agregado com um paquímetro.
Avalia a porosidade do agregado graúdo. É a relação entre a massa de água absorvida (após 24
h de imersão) e a massa inicial de material seco.
1
Trecho extraído das notas de aula da disciplina de Pavimentação da Universidade Federal do Paraná,
disponíveis através do site do Departamento de Transportes da mesma instituição.
(Mh é a massa do agregado úmido e Ms é a
massa do agregado seco em estufa)
ADESIVIDADE AO LIGANTE ASFÁLTICO
Ácidos ou eletronegativos são hidrofílicos, mais suscetíveis à ação da água. Ex.: granitos,
gnaisses, quartzitos.
Básicos ou eletropositivos: são hidrofóbicos, menos suscetíveis à ação da água. Ex.:
basaltos, calcários.
Diversos ensaios: DNER-ME 078/94, DNER-ME 079/94, Lottman Modificado, etc. Pode-se
adicionar algum produto a fim de melhorar a adesividade, como por exemplo, fíleres ativos (cal
hidratada tipo CH-1 e cimento Portland) ou de aditivos orgânicos melhoradores de adesividade,
denominados AMO.
SANIDADE
Este ensaio simula a degradação química dos agregados graúdos quando expostos às condições
ambientais no pavimento (intemperismo). No ensaio (DNER-ME 089/94), a perda de massa
resultante após atacar quimicamente o agregado não deverá superar 12%.
CARACTERIZAÇÃO DE SOLOS
RESILIÊNCIA/MÓDULO DE RESILIÊNCIA
É a deformação elástica, recuperável de solos e misturas (asfálticas ou não) sob a ação de cargas
dinâmicas. O módulo resiliente (MR) é obtido no ensaio triaxial dinâmico (que simula as
condições de trabalho destes materiais).
𝑀𝑅 é o módulo resiliente (módulo elástico do ensaio triaxial de carga repetida)
𝜎𝑑 𝜎𝑑 é a tensão desvio, aplicada repetidamente;
𝑀𝑅 =
𝜀𝑅 𝜀𝑅 é a deformação resiliente (correspondente a um número particular de repetição da
tensão desvio).
O ensaio considera a soma ou superposição de efeitos de confinamento e de tráfego
ÍNDICE DE SUPORTE CALIFÓRNIA (ISC) OU CBR (CALIFÓRNIA)
Esse ensaio foi concebido pelo Departamento de Estradas de Rodagem da California (USA) para
avaliar a resistência dos solos. No ensaio de CBR, é medida a resistência à penetração de uma
amostra saturada compactada segundo o método Proctor. Para essa finalidade, um pistão com
seção transversal de 3 pol2 penetra na amostra à uma velocidade de 0,05 pol/min. O valor da
resistência à penetração é computado em porcentagem, sendo que 100% é o valor
correspondente à penetração em uma amostra de brita graduada de elevada qualidade que foi
adotada como padrão de referência.
O ensaio de suporte Califórnia CBR, California Bearing Ratio, é padronizado no Brasil pela norma
ABNT 9895. O ensaio é composto por três etapas: