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Instituto Superior Mutasa

Delegação de Chimoio
Curso: Licenciatura em Psicologia Clinica
Cadeira: Genética em Psicologia

Elementos da Genética da Populacional

Chimoio Marco 2021


Instituto Superior Mutasa

Delegação de Chimoio

Curso: Licenciatura em Psicologia Clinica

Cadeira: Genética em Psicologia

Elementos da Genética da Populacional

Trabalho de carácter avaliativo a ser


Discente:
entregue no Instituto Superior Mutasa,
Chana da Lucrécia J.D. Viegas delegação de Chimoio, departamento de
Florentino Ezequiel Dionísio Psicologia, Curso de Psicologia Clinica 1°
Isaltina da Conceição Inácio Vendo ano, II Semestre, disciplina de Genética
em Psicologiaano de 2021, sob orientação
de docente drª Suzana Gabriel

Chimoio Marco 2021

Índice
Pág.
Capitulo-I....................................................................................................................................1

1.0.Introdução.............................................................................................................................1

1.1.Objectivos.............................................................................................................................2

1.1.2. Gerais................................................................................................................................2

1.1.3. Específicos........................................................................................................................2

1.1.4. Metodologia......................................................................................................................2

Capitulo-II...................................................................................................................................3

2.1. Genética de populações........................................................................................................3

2.2. População.............................................................................................................................3

2.3. Genética de populações........................................................................................................3

2.4. Importância de Genética de populações..............................................................................3

2.5. Estrutura genética da população..........................................................................................3

2.5.1. Frequência génica ou alélica.............................................................................................3

2.5.2. Frequência genotípica.......................................................................................................3

2.6. Deriva Genética...................................................................................................................4

2.7. Fluxo Gênico........................................................................................................................5

2.8. Mutação................................................................................................................................5

2.9. Selecção Natural..................................................................................................................6

2.10. Princípio de Hardy-Weinberg............................................................................................7

Capitulo-III...............................................................................................................................10

3.1. Conclusão...........................................................................................................................10

3.1. Referencias Bibliográficas.................................................................................................11


Capitulo-I

1.0.Introdução

A genética populacional, também chamada de genética de populações, é um campo teórico


dentro da Biologia que busca, através de cálculos matemáticos, estudar a distribuição e a
composição genética em uma ou mais populações e as consequências de possíveis mudanças
nessa composição.

A genética populacional está directamente relacionada com os fenómenos de especiação, bem


como as teorias evolutivas e adaptativas.

O estudo teórico da distribuição genética, em uma dada população, busca explicar e


quantificar os processos adaptativos, com base na frequência de alelos que sofre influência
das quatro principais forças evolutivas: Deriva Genética, Fluxo Gênico, Mutação e Seleção
Natural.

Além das forças evolutivas, outros fatores que podem influenciar a diversidade genética
dentro de um conjunto de genes é com relação ao tamanho da população, diversidade
ambiental e padrões não aleatórios de acasalamento. 

A variação genética dentro de uma população ou espécie é, atualmente, analisada a partir das


sequências de nucleotídeos de DNA e das sequências de aminoácidos presentes nas proteínas.
As diferenças genéticas entre espécies podem ser utilizadas para determinar a história
evolutiva da espécie e até encontrar um possível parente ou ancestral próximo que possua um
conjunto de genes ou estrutura protéica semelhantes ao analisado.

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1.1.Objectivos

1.1.2. Gerais

 Analisar a importância de estudo Genética da População para o curso de Psicologia


Clinica

1.1.3. Específicos

 Conceituar Genética
 Conceituar Genética da População
 Identificar a importância de estudo de Genética da População
 Identificar as contribuições da Genética da População para a sua compreensão.

1.1.4. Metodologia
A Metodologia usada para a realização deste trabalho foi levantamento bibliográfico
retrospectivo de vários outros autores e que abordam de diferentes formas o tema em estudo.

A revisão bibliográfica é vantajosa na medida em que desenvolve, esclarece e modifica


conceitos e ideias, permitindo a formulação precisa de problemas ou hipóteses pesquisáveis,
proporcionam uma visão geral acerca de determinados factos. Mais também corremos o risco
de lermos tudo que é livro, artigos, esperando encontrar qualquer coisa que explique o
objectivo do trabalho. Mas a maior dificuldade encontrada no local aquando do pedido de
documentos oficiais, material e documentação específica sobre o assunto em análise.

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Capitulo-II

2.1. Genética de populações


Griffiths et al, (1996)  É o ramo da Biologia que estuda a distribuição e mudança na
frequência de alelos sob influência das quatro forças evolutivas: selecção natural, deriva
génica, mutação e fluxo génico.  A genética populacional também busca explicar fenómenos
como especiação e adaptação ao ambiente. E esta adaptação pode ser explicada por meio
de norma de reacção.

2.2. População
É um conjunto de indivíduos da mesma espécie, que ocupam o mesmo local, apresentam uma
continuidade no tempo e possuem a capacidade de se intercasalarao acaso, portanto, trocar
alelos entre si Grupo de indivíduos de uma mesma espécie que coexistem em uma área e
tempo comuns e são capazes de se reproduzir e gerar descendentes viáveis e férteis.
(Shorrocks, 1980).

2.3. Genética de populações


É a ciência que estuda as frequências génicas, genotípicas e fenotípicas nas populações e as
forças capazes de alterá-las ao longo das gerações.

2.4. Importância de Genética de populações


 Permite predizer a distribuição genotípica e o fenotípico da progênie resultante de
todos os acasalamentos possíveis na população
 Estudando quais são os fenómenos e como eles afectam a estrutura genética de uma
população ideal
 Conceitos são aplicados em uma população real

2.5. Estrutura genética da população

2.5.1. Frequência génica ou alélica


Proporção ou percentagem na população dos diferentes alelos de um gene

 f(A) = nº alelos “A”/nº total alelos


 f(a) = nº alelos “a”/nº total alelos

2.5.2. Frequência genotípica


Proporção ou percentagem na população dos diferentes genótipos para o gene considerado

 f(AA) = nº indivíduos genótipo “AA”/nº total indivíduos

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 f(Aa) = nº indivíduos genótipo “Aa”/nº total indivíduos
 f(aa) = nº indivíduos genótipo “ aa”/nº total indivíduos

2.6. Deriva Genética

Moraes, (2000) A deriva genética, também chamada de deriva génica ou, ainda, oscilação
genética, é uma força evolutiva que pode alterar aleatoriamente as frequências alélicas ao
longo do tempo, principalmente em uma população não muito grande.

Estudos mostram que a deriva genética pode estar relacionada a eventos de desastres
ecológicos, como, por exemplo, a desertificação. Em uma população de indivíduos que vivem
próximos de um deserto, a frequência de alelos pode ser constante em um determinado
período. Porém, uma vez que a região desértica passa a aumentar, levando parte
do bioma vizinho consigo pelo processo de desertificação, a frequência de alelos na
população inicial se altera com a morte ou migração de determinados indivíduos que
habitavam a região. 

Segundo Casti (1997) Com a alteração da frequência de alelos, ao longo do tempo e dos
eventos reprodutivos entre os indivíduos da população que sobrou, os genótipos presentes nos
descendentes são derivados do material genético dos indivíduos que sobreviveram. Dessa
forma, a nova população gerada a partir dos indivíduos que restaram da população inicial não
são amostras representativas da população inicial.

Representação esquemática da deriva genética em um ecossistema desertificado


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2.7. Fluxo Gênico

O fluxo génico, também chamado de migração génica, é a actividade migratória que um


determinado gene pode desempenhar ao longo de uma população. Como consequência, os
alelos que migraram ao longo de uma população são transferidos entre os indivíduos, e passa
a depender das frequências do gene nas duas populações. (Blackburn, 1997).

Um exemplo é quando um grupo migratório entra em contacto com uma outra população e
acabam se relacionando. Os genes levados pelos indivíduos imigrantes passam a ter uma
determinada frequência na nova população, e isso altera o equilíbrio génico da mesma. Por
isso, o fluxo génico é uma força evolutiva, pois a migração de genes pode alterar
as características fenotípicas dos indivíduos de uma determinada população. (GONDRO,
2001).

2.8. Mutação

Entende-se por mutação qualquer alteração, geralmente ao acaso, que ocorre no DNA. A


alteração do material genético de um organismo pode gerar mudanças nas suas características.

Eventos de mutações ocorrem naturalmente nos organismos, e geralmente ocorrem ao acaso,


sendo um importante fator para garantir melhor adaptação dos indivíduos ao meio em que
vivem. As mutações estão, portanto, relacionadas diretamente aos eventos de variabilidade
genética e evolução.

As mutações podem ser classificadas em:

 Gênicas: quando ocorrem alterações em determinadas bases nitrogenadas que


compõem os genes do DNA;
 Cromossômicas: quando as alterações ocorrem em longos trechos do DNA de um
cromossomo.

Tipos de mutações cromossómica, como a deleção (retirada de um trecho do cromossomo),


duplicação (duplicação de um trecho dentro do cromossomo), inversão (quando trechos de um
cromossomo são invertidos), inserção (quando um trecho de um cromossomo é inserido no
cromossomo), translocação (quando dois cromossomos trocam trechos de DNA).

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A mutação é uma força evolutiva que altera o equilíbrio gênico em uma população. Como
eventos mutagênicos promovem alterações no DNA, ao longo do tempo, a incidência de
mutação pode desequilibrar um determinado conjunto de alelos ou, ainda, não deixar
constante a frequência relativa dos alelos ao longo de um período. Por isso, a mutação em
uma população influencia na diversidade genética.

Para cálculos teóricos acerca da genética populacional, eventos de mutação não podem ser
considerados, já que alteram a frequência entre dois alelos ou entre uma determinada
característica fenotípica.

2.9. Selecção Natural

Fig-2  Indivíduos de traça (Biston betularia) de coloração clara e escura, utilizados como
exemplo de melanismo industrial.

Fonte: https://querobolsa.com.br/enem/biologia/genetica-de-populacoes

A selecção natural é um factor ambiental proposto por Charles Darwin em seus estudos


evolutivos. Para Darwin, o ambiente exerce uma força que seleciona os organismos mais
adaptados a sobreviverem nele, dada as condições existentes.

Um exemplo da selecção natural é o melanismo industrial. Em um população de traças


(Biston betularia) onde há indivíduos de coloração clara e indivíduos de coloração escura, o
ambiente pode seleccionar as mais adaptadas a sobreviverem à predação, por exemplo. Um
predador pode enxergar muito mais fácil uma traça escura que uma clara no ambiente.
Portanto, a selecção natural está agindo contra indivíduos de coloração escura. (GONDRO,
2001).

Com a revolução industrial e com a liberação de fumaça e cinzas industriais na atmosfera, as


traças escuras começam a apresentar vantagem nesse mesmo ambiente, conseguindo se
camuflar com facilidade. Os predadores que antes conseguiam visualizar as mariposas

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escuras, agora, nessa nova condição ambiental, passam a visualizar mais facilmente as
mariposas de coloração clara.

 Indivíduos de traça (Biston betularia) de coloração clara e escura, utilizados como exemplo
de melanismo industrial.

As mariposas escuras, portanto, passam a se reproduzir, e a presença de indivíduos de


coloração escura começa a aumentar. Dessa forma, a selecção natural altera a frequência
génica de acordo com a adaptabilidade dos indivíduos, seleccionando e beneficiando
determinados indivíduos com características favoráveis para a sobrevivência, não deixando
uma população em equilíbrio gênico. (GONDRO, 2001).

2.10. Princípio de Hardy-Weinberg

Ramalho et al, (1997) O princípio de Hardy-Weinberg, também chamado de equilíbrio de


Hardy-Weinberg é um modelo matemático criado em 1908 por Godfrey Hardy e Wilhelm
Weinberg muito utilizado para inferir ou determinar se uma determinada população está sob
efeitos evolutivos. 

Segundo o princípio, se uma população não está sob actuação das forças evolutivas, como
selecção natural, mutação, deriva genética e fluxo génico, as frequências alélicas e as
proporções genéticas permanecem constantes ao longo do tempo, ou seja, qualquer alteração
observada na frequência de dois ou mais alelos de uma população indica que a população está
sob efeitos dos mecanismos evolutivos.

Para utilizar o princípio de Hardy-Weinberg, a população analisada precisa estar sob certas
condições. Uma população está em equilíbrio de Hardy-Weinberg quando:

 O número de indivíduos em uma população é muito grande e o número de indivíduos


machos e fêmeas são iguais;
 A população é Panmítica, isto é, a reprodução e o acasalamento ocorrem de forma
aleatória;
 Todos os indivíduos são férteis e capazes de produzir o mesmo número de filhotes;
 A população não está sob os efeitos das forças evolutivas tais como selecção natural e
mutação; 
 A população se encontra isolada, impossibilitando eventos de migração.

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Ramalho et al, (1997) Portanto, pode-se concluir que o princípio de Hardy-Weinberg pode ser
utilizado apenas como um modelo teórico, para indicar se determinada população sofreu
eventos evolutivos em condições pré-estabelecidas e sem a presença de forças evolutivas,
como ocorrem na natureza.

Os cálculos necessários derivados do Princípio de Hardy-Weinberg iniciam-se com a


determinação da frequência (p) de um determinado alelo em uma população. Por exemplo, a
frequência do alelo A (pA)  em uma população é a relação entre o número total de alelos A
encontrados na população pelo número total de alelos relacionados (A e a) encontrados na
mesma população.

pA = número de alelos Anúmero de alelos totais

Da mesma forma, a frequência do alelo recessivo a  (pa), às vezes abreviado apenas para q, é
determinada pela relação do número de alelos a pelo número total de alelos na população:

pa = número de alelos a  número de alelos totais

Segundo o princípio de Hardy-Weinberg, a população está em equilíbrio se a soma entre a


frequência do alelo A e a frequência do alelo a for igual a 1:

pA + pa = 1

Sabendo as frequências relativas de cada alelo, é possível, ainda segundo o princípio de


Hardy-Weinberg, estabelecer a frequência genotípica de cada par de alelos presentes em uma
população, considerando que os indivíduos sejam seres diplóides (2n) e com reprodução
sexuada:

Para indivíduos homozigóticos, a frequência do par de alelos se dá multiplicando a frequência


relativa (p) de cada alelo.

Para homozigotos dominantes (AA): 

Frequência do genótipo AA (pAA ou apenas p) = pA x pA = pA²

Para homozigóticos recessivos (aa): 

Frequência do genótipo aa (paa ou apenas q) = pa x pa = pa²

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Para indivíduos heterozigóticos (Aa) com as características citadas acima (diplóides e com
reprodução sexuada), há duas possibilidades de formação genotípica: o gameta masculino
portando o alelo A e o gameta feminino portanto o alelo a, ou vice-versa. 

Dessa forma, a frequência do par de alelos é dada pela equação:

Frequência do genótipo Aa (pAa) = 2 x pA x pa

Da mesma forma que as frequências relativas, o somatório da frequência genotípica deve ser
igual a 1:

 pAA + pAa + paa = 1


 pA² + 2pApa + pa² = 1

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Capitulo-III

3.1. Conclusão
O melhoramento zootécnico consiste no aprimoramento dos animais domésticos visando
aumento da produtividade, que é a produção de produtos de origem animal em maior
quantidade e qualidade ao menor preço e demanda de tempo. Esse aprimoramento depende da
melhoria simultânea do ambiente e do patrimônio genético dos animais. O melhoramento do
ambiente é dependente do manejo alimentar, sanitário e de ambiência, enquanto o
melhoramento genético consiste em aumentar a freqüência de genes ou conjunto de genes
desejáveis dentro da população de interesse. Para isso, devem ser utilizados mecanismos que
induzam o aumento da proporção de animais aptos para apresentar desempenho de bom a
ótimo.
Actualmente, por causa das pressões exercidas pelo mercado consumidor, o qual se apresenta
cada dia mais exigente em relação à qualidade e o preço dos produtos de origem animal, o
melhoramento genético vem recebendo grandes investimentos e contribuições em pesquisas.
Nesse campo, os conceitos de genética quantitativa tiveram papel importante no
melhoramento genético de características de interesse económico e, mais recentemente, com o
advento das técnicas de biologia molecular, os avanços a serem alcançados são ainda mais
promissores.
Dentro de um programa de melhoramento genético, as principais ferramentas utilizadas para
modificar a constituição genética de uma população são selecção e cruzamento. Pode-se
definir seleção como sendo a escolha de indivíduos que participarão da reprodução, ou
melhor, daqueles aos quais é dada a possibilidade de participar da formação do conjunto
génico que irá compor da geração seguinte. Já o cruzamento, pode-se entender como sendo o
acasalamento entre indivíduos de raças ou espécies diferentes.

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3.1. Referencias Bibliográficas

1. BEIGUELMAN, B. Dinâmica dos genes nas famílias e nas populações. 2. ed. Ribeirão
Preto: Sociedade Brasileira de Genética, 1994.
2. BLACKBURN, S. Dicionário Oxford de Filosofia. Rio de Janeiro: Zahar, 1997.
3. BURNS, G. W.; BOTTINO, P. J. Genética. 6. ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan,
1991.
4. CASTI, J. L. Mundos Virtuais: como a computação está mudando as fronteiras da ciência.
Rio de Janeiro: Revan, 1998.
5. GARDNER, E. J.; SNUSTAD, D. P. Genética. 7. ed. Riode Janeiro: Guanabara Koogan,
1986.
6. GENÉTICA.EXE. Materiais didáticos referentes à genética. R. Lessnau, J. C. M.
Magalhães.
7. Universidade Federal do Paraná. R. Lessnau. Curitiba, 2000. Cd-rom.
8. GONDRO, C. Modelagem e implementação de um modelo biológico computacional para
9. estudos de genética de populações. Curitiba: PRPPG-UFPR, 2001 (dissertação de
mestrado).
10. GRIFFITHS, A. J. F.; MILLER, J. H.; SUZUKI, D. T.; LEWONTIN, R. C.; GELBRT,
W. M.
11. Introdução à Genética. 6. ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 1996
12. MORAES, R. A. Informática na educação. Rio de Janeiro: DP&A, 2000.
13. RAMALHO, M.; SANTOS, J. B.; PINTO, C. B. Genética na agropecuária. 6. ed. São
Paulo: Ed. Globo, 1997.
14. SHORROCKS, B. A origem da diversidade. São Paulo: Ed. Da Universidade de São
Paulo, 1980.26

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