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Instituto Superior Mutasa

Unidade Orgânica de Chimoio


Curso: Licenciatura em Psicologia Clinica
Cadeira: Psicologia Social I

2° Ano-Curso Nocturno I Semestre

Tema
Descrição das Condutas, Escalas, valores e fidelidade das medidas.

Chimoio, Junho de 2021

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Instituto Superior Mutasa

Unidade Orgânica de Chimoio

Curso: Licenciatura em Psicologia Clinica

Cadeira: Psicologia Social I

2° Ano-Curso Nocturno I semestre

Tema
Descrição das Condutas, Escalas, valores e fidelidade das medidas.

Trabalho de carácter avaliativo a ser


Estudantes: apresentado no Instituto Superior
Mutasa do curso de Licenciatura em
Estivine Bacaimane Canazache
Psicologia Clinica 2° Ano I° Semestre de
Florentino Dionísio 2021, Disciplina de Psicologia Social I,
Curso nocturno, sob orientação Docente:
Sandra Evaristo Artur
dr. Julio Chimonzo .
Sandra Melina Mathonhana

Palmira José Pedro

Sonia Patricinio Ferreira

Chimoio, Junho 2021

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Índice
CAPITULO I: INTRODUÇÃO.......................................................................................................2

1.0 Introdução..................................................................................................................................2

1.1 Objectivo geral...........................................................................................................................2

1.2 Objectivos específicos...............................................................................................................2

1.3 Metodologia...............................................................................................................................2

CAPITULO II: DESCRIÇÃO DAS CONDUTAS.........................................................................3

2.1 Conceito de condutas.................................................................................................................3

2.1 Descrição das condutas escalas.................................................................................................7

CAPITULO III: CONCLUSÃO....................................................................................................13

CAPITULO IV: REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA....................................................................14

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CAPITULO I: INTRODUÇÃO

1.0 Introdução
A concepção, mensuração e avaliação da conduta desviante é interesse teórico e empírico tanto
da ciência social quanto da humana e da saúde; em cada uma dessas áreas cientificas são
propostas teorias, metodologias e instrumentos de medida com diferentes perspectivas, mas, com
um único objectivo: avaliar a origem e natureza, bem como, intensidade, frequência e dinâmica
desta condutas nos adolescentes contemporâneos. De forma geral, a avaliação da conduta
desviante em jovens concentra-se numa medida relativa a frequência e intensidade de condutas
referentes à infracção das normas sociais e leis socialmente aceitas, as quais podem ser
consideradas como condutas antissociais e delitivas, esta última, relacionadas a infracções mais
graves, visando acarretar prejuízo directo à pessoa e ou material e ou social da vítima ou de
outrem.

1.1 Objectivo geral


 Conhecer a descrição das condutas.

1.2 Objectivos específicos


 Identificar a descrição das condutas, escalas e medidas;
 Descrever as descrições das condutas.

1.3 Metodologia
A metodologia usada neste trabalho foi referencia bibliográfica.

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CAPITULO II: DESCRIÇÃO DAS CONDUTAS

2.1 Conceito da conduta.


Conduta é uma manifestação do modo como um indivíduo ou grupo se comporta perante a
sociedade, tendo como base as crenças, culturas, valores morais e éticos que seguem (ABIB,
2009).

Normalmente esta manifestação está relacionada com a maneira que alguém se comporta,
podendo esta ser uma manifestação boa conduta positiva ou má conduta negativa. Assim, essas
manifestações são formas de expressão de uma conduta social.

A conduta também é realizada conforme o conjunto de regras morais e éticas de um determinado


grupo de pessoas. É o chamado código de conduta. Este conjunto de regras é normalmente
utilizado por empresas, organizações, classes profissionais ou grupos sociais (ABIB, 2009).

Na área da Psicologia, é comum associarmos a conduta a um determinado tipo de atitude


característica de um grupo portador de síndromes ou quadros psicológicos, neurológicos ou
psiquiátricos (ADORNO, 2010).

A conduta também pode referir-se ao ato de conduzir ou transportar passageiros ou objecto de


um lugar para outro.

A conduta é a forma como os homens se comportam na sua vida e nas suas acções. Portanto, a
palavra pode ser usada como sinônimo de comportamento. Neste sentido, a conduta refere-se às
acções das pessoas em relação ao seu meio envolvente ou ao seu mundo de estímulos.
O comportamento das espécies é estudado pela etologia, que pertence tanto à biologia como à
psicologia experimental. Para a psicologia, o conceito só se aplica relativamente a animais
dotados de um sistema cognitivo suficientemente complexo. Nas ciências sociais, por outro lado,
a conduta inclui aspectos genéticos, culturais, sociológicos e económicos, para além dos aspectos
psicológicos (ABIB, 2009).

Escala é uma medida usada para definir as dimensões proporcionais dos tamanhos reais em
representações gráficas.

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A escala é, por outro lado, uma linha recta uma régua, por exemplo que, dividida em partes
iguais, permite representar metros, quilómetros ou outra unidade de medida. Estas escalas são
utilizadas para traçar esboçar distâncias e dimensões de maneira proporcional
num plano ou mapa. Se, de acordo com a escala de um mapa, um centímetro equivaler a dez
quilómetros reais, então a distância de 100 quilómetros deverá estar representada por 10
centímetros.

Cada escala é um nível incremental de medida, ou seja, cada escala preenche a função da escala
anterior, e todas as escalas de perguntas de pesquisa como Likert, Diferencial
Semântico, Dichotomous, etc, são a derivação destes 4 níveis fundamentais de medida variável.
Antes de discutir todos os quatro níveis de escalas de medição em detalhes, com exemplos,
vamos dar uma breve olhada no que estas escalas representam:

 A escala nominal é uma escala onde as variáveis são simplesmente “nomeadas” ou


rotuladas, sem nenhuma ordem específica.
 A escala ordinal tem todas as suas variáveis em uma ordem específica, além de
simplesmente nomeá-las.
 A escala de intervalo oferece etiquetas, ordem, assim como um intervalo específico entre
cada uma de suas opções de variáveis.
 A escala de razão tem todas as características de uma escala de intervalo, além disso, ela
também pode acomodar o valor de zero como absoluto.
A escala nominal é definida como uma escala usada para rotular variáveis em classificações
distintas e não envolve um valor quantitativo e nem uma ordem. Essa escala é a mais simples das
quatro escalas de medição de variáveis. Os cálculos feitos sobre estas variáveis serão inúteis,
pois não há nenhum valor numérico e quantitativo das opções (ADORNO, 2010).

Há casos em que esta escala é utilizada para fins de classificação, onde os números associados às
variáveis dessa escala são apenas  para categorização ou divisão.

Nessa pesquisa, apenas os nomes das marcas são significativos para o pesquisador. Não há
necessidade de nenhum factor específico para essas marcas. Entretanto, enquanto colectam dados

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nominais, os pesquisadores conduzem análises com base nas etiquetas associadas (ADORNO,
2010).

 A escala ordinal é definida como uma escala de medição de variáveis utilizada para
simplesmente representar a ordem das variáveis e não a diferença entre cada uma das variáveis.
Essas escalas são geralmente usadas para representar ideias não matemáticas como frequência,
satisfação, felicidade, um grau de dor.

A escala ordinal mantém qualidades descritivas juntamente com uma ordem intrínseca, mas não
tem origem na escala ponto zero e, portanto, a distância entre as variáveis não pode ser
calculada. 

A escala de intervalo é definida como uma escala numérica onde a ordem das variáveis é
conhecida, assim como a diferença entre estas variáveis. As variáveis que têm diferenças
familiares, constantes e computáveis são classificadas usando a escala de intervalo (ADORNO,
2010).

Estas escalas são eficazes, pois abrem portas para a análise estatística dos dados fornecidos. A
média, mediana ou modo pode ser usado para calcular a tendência central nessa escala. A única
desvantagem é que não há um ponto de partida pré-determinado ou um zero absoluto.

A escala de intervalo contém todas as propriedades da escala ordinal, além da qual, oferece um
cálculo da diferença entre as variáveis. A principal característica desta escala é a diferença
paralela entre objectos.

A escala de intervalo é frequentemente escolhida em casos de pesquisa onde a diferença entre as


variáveis é imperativa – o que não pode ser alcançado usando uma escala nominal ou ordinal. A
escala de intervalo quantifica a diferença entre duas variáveis, enquanto as outras duas escalas
são unicamente capazes de associar valores qualitativos com variáveis.

A dimensionalidade da fidelidade é outro aspecto da mensuração que pode apresentar variações.


Na perspectiva de Dane & Schneider, referência frequentemente citada por artigos que

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mensuram o construto, a fidelidade originalmente conceituada por tais esses autores como
integridade é constituída por cinco dimensões aderência grau no qual os aplicadores seguem os
métodos do programa e completam o que está previsto no manual; dosagem ou exposição grau
no qual a exposição do programa ocorre quantidade de sessões, quantidade de participantes;
'qualidade da aplicação grau de habilidade e compreensão dos aplicadores que prestam a
intervenção; engajamento ou responsividade grau no qual os participantes estão apropriadamente
envolvidos nas tarefas; e diferenciação grau em que a intervenção alcança resultados imediatos e
intermediários diferenciados (ADORNO, 2010).

A mensuração da fidelidade nas pesquisas, todavia, pode variar desde a avaliação de uma única
dimensão, por exemplo, somente a aderência, ou com mais de uma dimensão. Ressalta-se que o
modelo polidimensional com cinco dimensões é fundamentado em validade de conteúdo, não
havendo validade factorial. Assim, a dimensionalidade mensurada nos estudos fica condicionada
ao modelo teórico de fidelidade assumido pelo autor e também ao interesse de pesquisa
(ADORNO, 2010).

As propriedades psicométricas dos instrumentos utilizados para mensurar a fidelidade


frequentemente não são apresentadas nas pesquisas, o que é um factor que dificulta avaliar a
validade e a precisão do construto que se pretende avaliar.

Além disso, medidas de autorrelato frequentemente usadas para mensurar a fidelidade tendem a
comprometer a precisão da medida. As próprias dimensões da fidelidade utilizadas são
selecionadas mais por opções metodológicas de pesquisa do que por uma estrutura teórica que
subjaz o processo de mensuração (ALVARO, 2007).”

Mesmo apesar das limitações da mensuração, a fidelidade é um construto frequentemente


utilizado nas pesquisas porque permite inferir a validação empírica de modelos teóricos
subjacentes à intervenção. Não obstante, o construto da fidelidade permite colocar uma
intervenção à prova (ALVARO, 2007).”

Em pesquisas de eficácia, por exemplo, o nível de fidelidade indica se a intervenção realmente


funcionou ou não a depender dos resultados dos desfechos avaliados. Além disso, em pesquisas
de efectividade de intervenções, a avaliação da fidelidade permite identificar quais são os

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componentes centrais da intervenção, ou seja, quais são na prática as intervenções que são
responsáveis pela mudança.

No contexto da saúde mental de crianças escolares brasileiras, a avaliação do processo de


implementação de intervenções tornou-se importante, sobretudo, com a implementação do
Programa Elos para prevenção do uso de drogas em escolas da rede pública. O programa é uma
adaptação do Good Behavior Game, um programa de gestão de sala de aula para crianças do
ensino fundamental que apresenta resultados efectivos em outros países e agora tem sua eficácia
e efectividade avaliadas no Brasil. Nesse sentido, a fidelidade é um construto que faz parte da
avaliação do processo de implementação e é importante para compreender os resultados que
intervenções, como o Programa Elos, podem apresentar (ALVARO, 2007).”

Dado o problema circunscrito em torno da mensuração da fidelidade, o objectivo desta revisão


sistemática é caracterizar a mensuração desse construto em intervenções, com foco em saúde
mental, implementadas em escolas de ensino primário nos últimos 10 anos.

Em decorrência desse objectivo, visou-se com esta revisão sistemática caracterizar aspectos das
intervenções avaliadas; caracterizar aspectos metodológicos do processo de avaliação e
mensuração do construto da fidelidade; e caracterizar o construto da fidelidade em sua matriz
conceitual, dimensionalidade e função no escopo de pesquisa.

2.1 Descrição das conduta e escalas


Escala de condutas antissociais e delitivas condutas antissociais e condutas delitivas. As
condutas antissociais agregam comportamentos que desafiam a ordem social, jogar lixo no chão
mesmo quando há perto um cesto de lixo; tocar a campainha na casa de alguém e sair correndo);
as condutas delitivas integram comportamentos considerados como estando à margem da lei,
caracterizando uma infracção ou uma conduta faltosa e prejudicial a alguém ou mesmo à
sociedade como um todo roubar objectos dos carros; conseguir dinheiro ameaçando pessoas
mais fracas (ALVARO, 2007).”

No estudo de validação do instrumento para a população brasileira, desenvolvido por Formiga e


Gouveia (2003), a presente escala revelou indicadores psicométricos consistentes identificando

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os factores destacados acima; para as Condutas Antissociais foi encontrado um Alpha de
Cronbach de .86 e para as Condutas Delitivas um Alpha de Cronbach de AAnálise Fatorial
Confirmatória.

A presente tese pretendeu verificar a influência da moral pós-convencional sobre a anomia social
e as condutas antissociais e delitivas em adolescentes. Especificamente, elaborou-se um modelo
teórico, tomando o desenvolvimento da moralidade de princípios pós-convencionais como
explicação da anomia e das condutas antissociais e delitivas em adolescentes de diferentes
contextos sócio educacionais. Para alcançar esse objectivo, três estudos empíricos foram
realizados: o primeiro estudo procurou verificar as evidências da validade fatorial e a
consistência interna das medidas existentes no Brasil e da medidas construídas para atender o
objectivo final da tese.

Adolescentes com idade de 14 a 18 anos, do sexo feminino e do sexo masculino, da rede publica
e particular de ensino da cidade de João Pessoa PB, responderam um questionário que continha
questões sócio demográficos, Escala de Anomia Social, Escala de Atitude Anômina, Escala de
Orientação ao Sucesso e Escala de Condutas Antissociais e Delitivas (ALVARO, 2007).”

Os resultados revelaram a consistência interna das Escalas de Anomia Social e das Condutas
Antissociais e Delitivas; as demais escalas atitude anômina e de orientação ao sucesso
apresentaram indicadores psicométricos de factorialidade aceitáveis pela literatura, comprovando
o que se esperava.

Os resultados confirmaram tanto a estrutura esperada quanto a adequabilidade das escalas


utilizadas na tese. Por fim, no terceiro estudo procurou-se verificar o objetivo central da tese, a
influência moralidade de princípios pós-convencionais sobre a anomia social e as condutas
antissociais e delitivas.

Neste ultimo estudo, 621 adolescentes, de 13 a 18 anos, do sexo feminino e do sexo masculino,
do ensino fundamental e médio da rede de ensino da região metropolitana de João Pessoa com
características sociais e demográficas distintas das outras amostras responderam os mesmos
instrumentos.

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Os resultados corroboraram as hipóteses levantadas. O modelo proposto revelou que a
moralidade de princípios pós-convencionais associou-se, negativamente, com a anomia social e
com a conduta antissocial e delitiva, estas duas últimas variáveis, por sua vez, se associaram
positivamente entre si (ALMEIDA, 2009).

A partir desses resultados, julga-se que os objectivos da presente tese foram alcançados. Na
discussão dos resultados reforça-se a importância de se considerar na formação dos jovens a
teoria kohlberguiana do desenvolvimento da moralidade como factor de protecção tanto para as
condutas antissociais e delitivas quanto para anomia social (ALVARO, 2007).”

A personalidade tem sido historicamente explorada como construto capaz de explicar as


diferenças individuais, constituindo um marco teórico importante para os estudos a respeito das
idiossincrasias do indivíduo e da estabilidade da conduta (ALMEIDA, 2009).

Na literatura, é possível encontrar uma diversidade de estudos que enfatizam a relação entre a
personalidade e a conduta humana, especificamente a que se destaca no presente estudo: a
conduta desviante.

O jovem que apresenta uma conduta anti-social possui, em geral, traços de neuroticismo e
impulsividade. Um resultado semelhante foi encontrado por quando trataram da desordem de
condutas, tendo esses autores identificado uma correlação positiva significativa de tal variável
com os traços de psicoticismo e neuroticismo (ALVARO, 2007).”

Essas dimensões dos traços de personalidade enfatizam características individuais carregadas de


emoções estáveis aliadas a afectos negativos e a comportamentos abertos a novas experiências.

A inibição desse tipo de conduta, apesar de sua complexidade, seria possível apenas a partir da
intervenção terapêutica. Apesar de tais resultados indicarem aspectos desestruturantes da
personalidade, mesmo com base nos estudos dos traços, eles revelam um sujeito não sociável,
emocionalmente negativo, possuidor de baixa auto-estima, entre outras características não
socialmente adaptativas.

Observaram, em jovens espanhóis sem história clínica, que as dimensões da personalidade de


psicotismo, impulsividade, busca de sensação e extroversão estão fortemente correlacionadas

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com a quebra de normas sociais, o que indica que essas dimensões constituiriam um factor de
risco para o comportamento anti-social (ALVARO, 2007).”

Observado que a capacidade preditiva desse traço em relação à diversidade de comportamentos


delinqüentes por exemplo, uso de drogas, advertência policial e dano de propriedade, entre
outros (ALMEIDA, 2009).

Outro resultado semelhante foi encontrado por Formiga e ao considerarem a Teoria dos Cinco
Grandes Factores da Personalidade; esses autores observaram que as dimensões personalísticas
de extroversão relacionados à actividade e energia, à dominância e às emoções positivas e
abertura à mudança comportamentos abertos a novas experiências, a experimentar coisas novas
explicavam, de modo positivo, as condutas anti-sociais e delitivas; por outro lado, as dimensões
de agradabilidade orientação pró-social com os demais, altruísmos, confiança. foram capazes de
explicar, de modo negativo, as condutas desviantes; tais resultados estão de acordo com aqueles
encontrados (ALMEIDA, 2009).

Apesar de tais estudos contribuírem para a explicação da conduta juvenil como uma tendência ou
predisposição, a partir de alguns traços da personalidade avaliados por instrumentos como o,
poucos são os estudos que enfatizam essa perspectiva bem como o construto busca de sensasão,
principalmente aqueles que avaliam o problema das condutas desviantes, em especial no que diz
respeito à predisposição do jovem em viver intensamente as experiências, entendidas
como busca de sensação, que podem convergir para um agir desviante.

O foco na perspectiva do traço personalístico da busca de sensação é apontado porque, na


literatura em geral e no senso comum, considera-se que o jovem tenha a necessidade latente de
expandir seu mundo ideal e “real” em termos do comportamento de reivindicação e
instrumentalidade, esteja predisposto a convites pessoais ou sociais para viver novas descobertas
e senti-las intensamente, podendo conceber que esses conglomerados comportamentais possam
ser caracterizados como a busca de sensações (ALVARO, 2007).”

O construto busca de sensação  teve seu estudo iniciado por, que a definia como uma necessidade
de viver experiências complexas e de novidades apenas pelo desejo de afrontar riscos físicos e
sociais, com o objectivo de satisfazer necessidades pessoais.

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Esse construto não é tido apenas como necessidade individual de experimentar situações de risco
em termos da proposta por, mas estaria inserido na socialização, que vem sendo avaliada
enfaticamente, nos últimos anos, como condição sine quo non da construção da realidade social.
Essa dimensão personalística, pretende compreender o comportamento juvenil, principalmente
aquele que caracteriza as transgressões de normas sociais, como as variações do comportamento
de risco a partir da investida que o jovem dá à busca de novas experiências e emoções intensas.

Fazendo referência a alguns limites tanto na concepção do construto quanto na


instrumentalização e na selecção dos itens, propôs um modelo alternativo, no qual afirma que a
busca de sensação varia entre intensidade e novidade, e não apenas em termos de complexidade
comportamental, como concebia Zuckerman (ALMEIDA, 2009).

Essa dimensão do traço de personalidade deveria ser enfatizada quanto ao processo de


socialização, que tornaria capaz de modificar as predisposições biológicas, respondendo ao
dilema genética ambiente.

Escala de Condutas Anti-sociais e Delitivas esse instrumento, proposto por Seisdedos e validado


por Formiga (2002) e Formiga e Gouveia (2003) para o contexto brasileiro, compreende uma
medida comportamental em relação às condutas anti-sociais e delitivas (ALMEIDA, 2009).

Segundo ALMEIDA (2009), Os factores que envolvem a conduta são:

O primeiro envolve as condutas anti-sociais, em que seus elementos não expressam delitos, mas
comportamentos que desafiam a ordem social e infringem as normas sociais por exemplo, jogar
lixo no chão mesmo quando há perto um cesto de lixo; tocar a campainha na casa de alguém e
sair correndo (ALVARO, 2007).”

O segundo factor relaciona-se às condutas delitivas. Estas incluem comportamentos delitivos


que estão fora da lei, que caracterizam uma infracção ou uma conduta faltosa e prejudicial a
alguém ou mesmo à sociedade por exemplo, roubar objectos dos carros; conseguir dinheiro
ameaçando pessoas mais fracas.

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Para cada elemento, os participantes deveriam indicar o quanto apresentava o comportamento
assinalado no seu dia a dia. Para isso, utilizavam uma escala de resposta com 10 pontos, tendo os
seguintes extremos (ALMEIDA, 2009).

A presente escala revelou indicadores psicométricos consistentes para identificar os fatores


destacados acima; para a conduta anti-social, encontrou-se um. Considerando a análise factorial
confirmatória, realizada.

Inventário de Busca de Sensação: construído por, trata-se de uma escala composta por 20 itens,
que compõem duas sub-escalas referentes à busca de intensidade por exemplo, “quando escuto
música, eu gosto de escutá-la bem alto”; “gosto de assistir filmes onde tem muita explosão e
batidas”; “deve ser muito excitante estar brigando numa guerra (ALVARO, 2007).”

Seria interessante casar-me com alguém de um país estrangeiro”; “penso que é divertido falar,
actuar ou se mostrar mesmo da frente das pessoas”; “gostaria muito de viajar para lugares
distantes e desconhecidos na estimulação dos sentidos, com 10 itens cada factor (ALMEIDA,
2009).

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CAPITULO III: CONCLUSÃO
O presente trabalho tem a finalidade de saber o jovem que apresenta uma conduta anti-social
possui, em geral, traços de neuroticismo e impulsividade. Um resultado semelhante foi
encontrado por quando trataram da desordem de condutas, tendo esses autores identificado uma
correlação positiva significativa de tal variável com os traços de psicoticismo e neuroticismo.
Essas dimensões dos traços de personalidade enfatizam características individuais carregadas de
emoções estáveis aliadas a afectos negativos e a comportamentos abertos a novas experiências. A
inibição desse tipo de conduta, apesar de sua complexidade, seria possível apenas a partir da
intervenção terapêutica. Apesar de tais resultados indicarem aspectos desestruturantes da
personalidade, mesmo com base nos estudos dos traços, eles revelam um sujeito não sociável,
emocionalmente negativo, possuidor de baixa auto-estima, entre outras características não
socialmente adaptativas.

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CAPITULO IV: REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA
ABIB, José António, Damásio, (2009), Epistemologia pluralizada e história da psicologia. In:
Scientiae Studia, 6 ed. São Paulo.

ADORNO, Theodor. W., (2010), The authoritarian personality. Studies on prejudice, 8 ed,
Coimbra.

ALMEIDA, Angela, Maria de Oliveira., (2009), Abordagem societal das representações sociais.
In: Sociedade e Estado, 7 ed. Brasília.

ALVARO, José Luís; Garrido, Alicia., (2007), Psicologia social: perspectivas psicológicas e
sociológicas, 8 ed. São Paulo.

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