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TESTOTECA

da Avaliação Psicológica
Definição

A avaliação psicológica é um procedimento muito abrangente e complexo. Na avaliação psicológica são utilizadas as mais variadas
práticas que irão permitir ao psicólogo adquirir informações acerca do indivíduo que está a ser avaliado;

O crescimento desta área da psicologia tem vindo a expandir-se ao longo do tempo, bem como a capturar o interesse de diversos
ramos da nossa sociedade;

✔︎Segundo Primi (2003), o interesse que a avaliação psicológica tem vindo a receber por parte da sociedade, recorda a necessidade que
existe de resolver alguns problemas antigos, relacionados com a aceitação da avaliação psicológica como uma prática importante para a
elaboração de um diagnóstico, permitindo assim ao psicólogo ter a oportunidade de testar as hipóteses de diagnóstico;

✔︎A psicometria não pode ser excluída deste processo já que é de grande importância na qualidade dos instrumentos auxiliares de
diagnóstico utilizados na avaliação psicológica.
História da Psicometria
Segundo Pasquali e Achieri (2001), a história da psicometria na psicologia pode ser dividida em cinco épocas distintas:

● Primeira época (1836 a 1930): a psicologia começou a ser introduzida na medicina e começaram a ser utilizadas práticas de psicologia nas escolas e
foram criados centros de pesquisa psicobiológica relacionada com a saúde. Um dos marcos com mais importância nesta primeira época ocorreu com o surgimento
dos primeiros instrumentos de avaliação psicológica;

● Segunda época (1930 a 1962): surge um notável aumento da utilização do ensino de psicologia nas escolas e até ao princípio da época seguinte, os
instrumentos de avaliação psicológica eram muito apreciados;

● Terceira época (1962 e 1970): a psicologia foi finalmente apreciada e reconhecida como uma profissão, não obtendo no entanto um grande interesse
nos aspectos psicométricos dos instrumentos de avaliação psicológica;

● Quarta época (1970 a 1990): a utilização de instrumentos psicométricos diminuiu consideravelmente, começando a ser contestada pelos psicólogos e
pela sociedade em geral;

● Quinta época (a partir de 1990): a situação crítica que se originou em torno dos instrumentos psicométricos, germinou numa vontade por parte dos
psicólogos de combater a situação. Sendo assim, organizaram-se e trabalharam de forma consistente na justificação do problema existente, assim como na
avaliação das propriedades psicométricas dos instrumentos.
Testes de Avaliação Psicológica
✔︎Os testes de avaliação psicológica são avaliações standardizadas que permitem ao psicólogo, através da análise das respostas produzidas por um
sujeito, estabelecer o seu perfil psicológico em termos de capacidade e de traços da personalidade (Guillevic & Vautier, 2001);

✔︎Os instrumentos de avaliação psicológica podem ser divididos em dois tipos:

● Testes projetivos - os testes projetivos facultam ao psicoterapeuta comportamentos mais espontâneos do paciente que não são possíveis
de observar através de um questionário;

● Testes não projetivos - os testes não projetivos, quer sejam as entrevistas ou escalas, permitem avaliar comportamentos ou sintomas
mais específicos do indivíduo.

✔︎Nos dias de hoje, a grande maioria dos diagnósticos elaborados pelo psicólogo são fundamentados numa avaliação subjectiva da sintomatologia
dos pacientes, quer pela necessidade de elaboração de relatórios que exigem dados quantitativos, quer pela facilidade que estes facultam. Contudo, a sua
utilização deve ter por base o conhecimento profundo acerca do que medem e como medem estes instrumentos. É muito importante que o psicólogo
tenha sempre em conta que os instrumentos de avaliação psicológica não o substituem, embora sejam instrumentos auxiliares de diagnóstico úteis.

✔︎Com efeito, por mais perfeitos que sejam os testes utilizados na avaliação psicológica, nunca se deve prescindir da “sensibilidade” de quem os
utiliza (Zazzo,1980).
Testes de Avaliação Psicológica da Testoteca ISMT

A Testoteca do ISMT possui na sua totalidade 130 testes de avaliação psicológica. Estes testes subdividem-se
em 8 áreas de avaliação diferentes:

Saúde Mental Geral - 53

Perturbações Ansiosas - 31

Perturbações do Humor - 11

Perturbações de Personalidade - 20

Questionários e Inventários - 14

Testes Projetivos - 6

Neuropsicologia - 10

Perturbações do Desenvolvimento - 4

Perturbações Alimentares - 2
Saúde Mental Geral
BSI (Inventário de Sintomas Psicopatológicos)

Autor: L. Derogatis

Descrição: Este inventário avalia sintomas psicopatológicos em termos de nove dimensões de sintomatologia e três Índices
Globais, sendo estes últimos avaliações sumárias de perturbação emocional. O respetivo inventário é constituído por 53
itens, com escala de resposta tipo likert. As nove dimensões avaliadas são as seguintes:

Somatização

Obsessões-Compulsões

Sensibilidade interpessoal

Ansiedade

Depressão

Hostilidade

Ansiedade Fóbica

Ideação Paranoide

Psicoticismo
CSQ-3 (Questionário de Estratégias de Coping)

Autor: D. Roger

Descrição: o Questionário de Estratégias de Coping é um questionário de auto-avaliação que


tem como objectivo avaliar as estratégias de coping utilizadas para eventos emocionais. É
composta por 41 itens com um formato de resposta tipo Likert de quatro pontos (variando de
0 (nunca) a 4 (sempre)) que se agrupam em três factores distintos: evitamento (evitar
situações de stress); racional (resolver os problemas quando confrontado com situações de
stress) e distanciado/emocional (estar menos envolvido com situações de stress).
SCID-II (Entrevista Clínica Estruturada para o Eixo II do DSM-IV)

Autor: M. B. First, M. Gibbon, R. L. Spitzer, J. B. W. Williams, L. S. Benjamin

Descrição: Este questionário é uma entrevista semi-estruturada que tem como base os critérios
diagnósticos do eixo II do DSMIV- TR. O respectivo questionário tem como objectivo
identificar a presença ou não dos sintomas descritos no manual de diagnóstico, avaliando
assim doze perturbações de personalidade.
ESS (Epworth Sleepiness Scale)

Autor: Murray Johns

Descrição: é um questionário auto- administrado desenvolvido em 1990 na Unidade de Distúrbios


do Sono do Hospital de Epworth, na Austrália. Esta escala é constituída por 8 questões e avalia o
nível geral de sonolência diurna/propensão para o sono em adultos. Este questionário apresenta
uma escala de resposta de tipo Likert de 0 (nunca passaria pelo sono) a 3 (elevada possibilidade de
adormecer).A pontuação total varia entre 0 e 24, e quanto mais elevado é este valor, maior a
probabilidade da pessoa passar pelo sono/adormecer em situações não indutoras de sono.

SELFCS (Escala da Auto-Compaixão)

Autor: Neff, K. D.

Descrição: Esta escala é constituída por 26 itens e organizada em 6 sub-escalas:


Calor/compreensão; Auto-Critica; Condição Humana; Isolamento; Mindfulness e
Sobreidentificação, com formato de resposta tipo Lickert de 5 pontos (1=Quase nunca; 5=Quase
sempre) e onde o resultado mais elevado significa mais auto-compaixão.
Escala de Auto-Estima de Rosemberg

Autor: Rosenberg

Descrição: A escala de auto-estima de Rosenberg é constituída por 10 itens, com conteúdos relativos aos sentimentos
de respeito e aceitação de si mesmo. A escala é composta por 5 itens formulados positivamente e 5 itens formulados
negativamente. A cada item corresponde uma escala tipo Likert com as seguintes opções de resposta: (1) Discordo
totalmente, (2) Discordo, (3) Indiferente, (4) Concordo e (5) Concordo totalmente. A pontuação total da escala pode
variar entre 10 e 40 e quanto mais elevada for maior será a auto-estima do sujeito.

F- Copes (Escalas de Avaliação pessoal orientadas para a crise em família)

Autor: H. C. McCubbin, D. H. Olson e A. S. Larsen

Descrição: Trata-se de uma escala de avaliação pessoal orientada para a crise em família que inventaria atitudes e
comportamentos familiares de resolução de problemas como resposta a dificuldades ou problemas. É.constituída por
29 itens e foca dois níveis diferentes de interação:

1) do indivíduo para o sistema familiar (ou a forma como a família, internamente, lida com as dificuldade e
problemas);

2) da família para o ambiente social envolvente (forma como a família lida com os problemas e exigências
fora das suas fronteiras, mas que afectam a sua unidade e os seus membros).
FSCRS (Escala das formas do Auto-Criticismo e Auto-Tranquilização)

Autor: Gilbert e Irons

Descrição: Esta escala tem como objetivo avaliar a forma como as pessoas se auto-criticam e auto-
tranquilizam perante situações de fracasso e erro. É um instrumento de auto-resposta constituído por
22 itens organizados em três sub-escalas: Eu Inadequado (avalia o sentimento de inadequação do eu
perante fracassos, obstáculos e erros; Eu Tranquilizador (indica uma atitude positiva, calorosa, de
conforto e compaixão para com o eu) e o Eu Detestado (avalia uma resposta mais destrutiva, baseada
na auto-repugnância, raiva e aversão perante situações de fracasso). Cada item é cotado numa escala
tipo Likert de cinco pontos que varia desde 0 (“não sou assim”) a 4 (“sou extremamente assim”).

FSCS (Escala das funções do Auto-Criticismo e Auto-Ataque)

Autor: Gilbert e Irons

Descrição: Esta escala de auto-resposta é composta por 21 itens organizados em duas sub-escalas que
procuram avaliar as possíveis razões e motivos pelos quais as pessoas se criticam em situações de
fracasso ou erro. Os itens apresentam um formato de resposta tipo Likert de cinco pontos, que varia
entre 0 (“não sou assim”) e 4 (“sou extremamente assim”).
Escala de Satisfação com a Vida

Autor: Diener, Emmons, Larsen e Griffin

Descrição: Esta escala tem como objectivo avaliar o juízo subjectivo que os indivíduos fazem
sobre a qualidade das suas próprias vidas. É constituída por 5 itens formulados no sentido
positivo com uma escala de resposta tipo Likert de 7 pontos, pelo que a pontuação do sujeito
pode variar entre 5 a 35 pontos.

23 QV (Escala de Vulnerabilidade ao Stress

Autor: Vaz Serra

Descrição: Esta escala tem como objectivo fundamental avaliar a vulnerabilidade psicológica
que determinado indivíduo apresenta perante uma situação indutora de stress. É constituída
por 23 itens numa escala tipo lickert e quanto mais elevada for a nota global, mais previsível
se torna que um indivíduo reaja de forma desadaptativa a um acontecimento indutor de stress.
ISS (Internalized Shame Scale)

Autor: Cook

Descrição: É uma escala de auto-relato composta por 30 itens que procuram medir a vergonha interna do sujeito.
A escala é composta por duas subescalas: uma subescala de 24 itens cujo total mede a vergonha interna, e outra
subescala constituída por 6 itens que medem a auto-estima. Cada item é respondido segundo uma escala tipo
Likert com quatro pontos em que “0=Nunca”, “1=Raramente”, “2=Às vezes”, “3=Muitas vezes” e “4=Quase
sempre”.

ICAC (Inventário Clínico do Auto-Conceito)

Autor: Vaz Serra

Descrição: É uma escala de tipo Likert constituída por 20 itens, construída com o objectivo de medir os aspectos
emocionais e sociais do auto-conceito. Este inventário procura medir a maneira de ser habitual do indivíduo e
não o estado em que transitoriamente se encontra. A pontuação total pode variar entre 20 e 100, sendo que
quanto mais elevado for o resultado final, melhor é o auto-conceito do sujeito. As dimensões avaliadas são as
seguintes: Aceitação/Rejeição Social; Maturidade Psicológica; Auto-Eficácia e Impulsividade/Actividade.
ENRICH (Inventário de Enriquecimento e Desenvolvimento Conjugal, Comunicação e Felicidade)

Autor: David H. Olson, David G. Fournier e Joan M. Druckman

Descrição: Este inventário possibilita a identificação de recursos do casal e de áreas problemáticas em várias
dimensões da relação. É constituída por 115 itens de autorresposta que devem ser respondidos individualmente.
Os resultados correspondem a doze dimensões da conjugalidade, nomeadamente: aspetos da personalidade,
comunicação, resolução de conflitos, gestão financeira, atividades de lazer, relações sexuais, filhos e casamento,
família e amigos, igualdade de papéis, orientação religiosa, idealização e satisfação.

IRP (Inventário de Resolução de Problemas)

Autor: Adriano Vaz Serra

Descrição: Este inventário apresenta três situações diferentes - de ameaça, de dano e de desafio - que podem
acontecer a qualquer pessoa na sua vida quotidiana. O instrumento procura avaliar as estratégias de coping que
o indivíduo usualmente utiliza para lidar com problemas da sua vida de todos os dias. Cada questão pode ser
respondida em 5 categorias diferentes (entre 1 e 5), umas vezes numa ordem directa e outras inversa. Este
inventário é constituído por um total de 40 itens. O valor global pode oscilar de um mínimo de 40 a um máximo
de 200.
PANAS (Lista de Afectos Positivos e Negativos)

Autor: Watson et al.

Descrição: A PANAS é uma escala desenvolvida para medir o Afeto Positivo (AP) e o Afeto Negativo (AN),
definidos como dimensões gerais que descrevem a experiência afectiva dos indivíduos. O AN elevado reflete
desprazer e mal-estar subjectivo, incluindo emoções como medo, nervosismo e perturbação. O AP elevado reflete
prazer e bem-estar subjetivo, incluindo emoções como entusiasmo, inspiração e determinação. A escala é
constituída por 20 itens que pretendem avaliar o afeto positivo (10 itens) e o afeto negativo (10 itens), numa
escala tipo Likert. Dos vinte itens, dez pertencem à componente AP e os outros dez à componente AN.

MHI (Mental Health Inventory)

Autor: Pais Ribeiro

Descrição: É um inventário de auto-resposta que inclui 38 itens com o objectivo de medir o distress psicológico e
o bem-estar psicológico. Este inventário é dividido em cinco sub-escala: ansiedade, depressão, perda de controlo
emocional/comportamental, afeto positivo e laços emocionais. No resultado total, valores mais elevados
correspondem a uma melhor saúde mental.
OAS (Other as Shame Scale)

Autor: K. Goss, P. Gilbert e S. Allan

Descrição: É uma escala de auto-resposta, que avalia a percepção que cada pessoa tem acerca da forma
como pensa que os outros a vêem. Esta percepção assenta numa visão de que os outros nos julgam como
sendo uma pessoa inferior, defeituosa ou pouco atractiva. A escala é constituída por 18 itens que medem a
vergonha externa, cotados numa escala tipo Likert de 5 pontos que varia entre 0 e 4, em que 0 é igual a
Nunca e 4 é igual a Quase sempre. A valores mais elevados no total da escala, correspondem níveis mais
elevados de vergonha acerca do que os outros pensam sobre nós.

QCFM (Questionário das Cinco Facetas do Mindfulness)

Autor: Baer et al.

Descrição: Este questionário é composto por 39 itens de auto-resposta que avaliam a tendência de cada
indivíduo para estar mindful no dia- a-dia. Todos os itens são respondidos numa escala de tipo Likert de 1
(“nunca ou muito raramente verdadeiro”) a 5 (“muito frequentemente ou sempre verdadeiro”).
YSQ-S3 (Questionário de Esquemas de Young)

Autor: Young

Descrição: Este questionário é constituído por 90 itens e avalia os 18 Esquemas Mal-adaptativos Precoces: Privação
Emocional, Abandono, Desconfiança/Abuso, Isolamento Social/Alienação, Defeito/Vergonha, Fracasso, Dependência
Funcional/Incompetência, Vulnerabilidade ao Mal e à Doença, Emaranhamento/Eu-Subdesenvolvido, Subjugação, Auto-
Sacrifício, Inibição Emocional, Padrões Excessivos de Realização, Grandiosidade, Auto-Controlo/Auto disciplina
Insuficientes, Procura de Aprovação/Reconhecimento, Pessimismo/Negativismo e Auto-Punição. A cotação é feita
através de uma escala tipo Likert cotada de 1 a 6, em que 1 corresponde a “Completamente falso, isto é, não tem
absolutamente nada a ver com o que acontece comigo” e 6 corresponde a “Descreve-se perfeitamente, isto é, tem tudo a
ver com o que acontece comigo”. Cada EMP está representado através de 5 afirmações que são apresentadas
aleatoriamente no instrumento.

PSQI (Índice de Qualidade do Sono de Pittsburgh)

Autor: Buysse et al.

Descrição: É um instrumento usado para medir a qualidade e padrões de sono. Diferencia o sono “bom” e o sono “mau”
através da medição de sete áreas: qualidade de sono subjectiva, latência do sono, duração do sono, eficiência habitual do
sono subjectiva, perturbações do sono, utilização de medicação para medir, disfunção diurna por sonolência no mês
anterior. A pontuação das respostas vai de 0 a 3, sendo 3 a pior cotação. Uma pontuação de 5 ou mais indica que o
indivíduo dorme mal.
SCL-90-R (Symptom Checklist 90-R)

Autor: Derogatis

Descrição: É um questionário de auto-relato de natureza multidimensional que pretende fazer uma avaliação mais direccionada
para os padrões de sintomatologia clínica. O instrumento é constituído por 90 afirmações que descrevem queixas ou sintomas
diversos. É composto por 90 itens, os itens são cotados a partir de uma escala de Likert de cinco pontos, variando de zero
(“Nunca”) a quatro (“Extremamente”), que se referem a diferentes níveis de mal-estar. O SCL-90-R é cotado e interpretado em
termos de nove dimensões primárias de sintomas e três índices globais. As nove dimensões primárias são: somatização (12 itens),
obsessões compulsões (10 itens), sensibilidade interpessoal (9 itens), depressão (13 itens), ansiedade (10 itens), hostilidade (6
itens), ansiedade fóbica (7 itens), ideação paranóide (6 itens) e psicoticismo (10 itens).

Escala de Auto-Conceito

Autor: Piers and Harris

Descrição: É uma escala multidimensional do autoconceito, que avalia as seguintes dimensões: Estatuto intelectual (13 itens), que
avalia o comportamento em relação à escola; Aspeto comportamental (13 itens), que avalia as atitudes e comportamentos dos
adolescentes na sua relação com os familiares, amigos e colegas da escola; Ansiedade (8 itens), que avalia os níveis de frustração,
otimismo e medo na realização das tarefas escolares e no relacionamento com os outros; Aparência física (8 itens), que reporta os
níveis de satisfação com a aparência, e o ser forte, magro/a ou gordo/a; Popularidade (10 itens), que avalia a aceitação social que
o adolescente sente na interação com os outros; e Satisfação-felicidade (8 itens), que avalia o quanto o/a adolescente se sente
satisfeito/a ou feliz consigo e com as suas ações. As seis dimensões da escala totalizam 60 itens no formato dicotómico de
resposta “sim” ou “não”.
SCRS (Escala de Avaliação do Auto-Controlo)

Autor: Kendall e Wilcox

Descrição: Esta escala tem como objectivo avaliar os comportamentos indicativos de


auto-controlo das crianças em idade escolar, na perspetiva dos seus professores.
Perturbações Ansiosas
Escala de Ansiedade de Beck)

Autor: A. Beck

Descrição: É uma escala criada para medir a intensidade dos sintomas de ansiedade, que são partilhados de forma
mínima com os da depressão. A escala é constituída por 21 itens, que são afirmações descritivas de sintomas de
ansiedade, numa escala tipo Likert de 4 pontos, que varia de 0 - “Absolutamente não” a 3 - “Gravemente: dificilmente
pude suportar”. A respetiva escala permite um resultado total, que varia de 0 a 63, no sentido de maior nível de
ansiedade.

EAESDIS (Escala de Ansiedade e Evitamento em Situações de Desempenho e Interação Social)

Autor: Pinto Gouveia et al.

Descrição: Esta escala é formada por 44 itens que avaliam o grau de desconforto e evitamento provocado por diversas
situações de desempenho e interação social. Duas linhas em branco permitem ao sujeito referir outras situações que lhe
provoquem desconforto ou ansiedade e que não estejam presentes nos 44 itens da escala. A respetiva escala é
constituída por duas subescalas: uma subescala de Desconforto e uma subescala de Evitamento, cujas pontuações
totais podem variar entre 44 e 176.
SAS (Escala de Auto-Avaliação de Ansiedade)

Autor: Zung

Descrição: Esta escala consiste em 20 itens que traduzem sintomas, dos quais o sujeito deve avaliar
para cada um deles, escolhendo uma das quatros opções aquele que melhor se adequa a si: “nenhuma
ou raras vezes”, algumas vezes, uma boa parte do tempo, a maior parte ou totalidade do tempo. A
cada uma das opções é atribuída uma pontuação que vai desde 1 a 4, do menos para o mais ansioso,
respectivamente. Assim, quanto mais ansioso estiver o indivíduo maior pontuação obtêm na escala. A
pontuação da escala varia de 20 a 80, dividindo a pontuação obtida pelo valor máximo possível,
obtêm-se um índice que representa o grau de ansiedade. A escala avalia 4 componentes da ansiedade:
cognitivo, motor, vegetativo e sistema nervoso central.

GAI (Inventário de Ansiedade Geriátrica)

Autor: Pachana et al.

Descrição: Este inventário pretende medir os sintomas comuns da ansiedade em pessoas idosas. O
GAI é constituído por 20 itens, e o sujeito deverá responder – concordo ou discordo - conforme se
sentiu durante a última semana.
ECSAS (Escala de Comportamentos de Segurança na Ansiedade Social)

Autor: Pinto Gouveia et al.

Descrição: A respetiva escala tem como objectivo avaliar os comportamentos de segurança


utilizados pelos sujeitos com elevada ansiedade social em situações sociais receadas. Esta
escala é constituída por 15 itens, os quais pedem ao sujeito para identificar a frequência com
que utiliza o comportamento de segurança referido, utilizando para o efeito uma escala do tipo
Likert, constituída por quatro pontos.

FNE (Escala de Medo de Avaliação Negativa)

Autor: Watson e Friend

Descrição: Esta escala foi desenvolvida para avaliar a apreensão acerca da avaliação
negativa, tendo os sujeitos que responder a 12 afirmações numa escala de Likert de 5
pontos. Quanto maior a pontuação obtida, maior o medo de avaliação negativa.
EPAAS (Escala de Pensamentos Automáticos na Ansiedade Social)

Autor: Pinto Gouveia et al.

Descrição: É uma escala de auto-relato constituída por um total de 28 itens, os quais descrevem
pensamentos automáticos que as pessoas com diagnóstico de fobia social frequentemente
apresentam, quando se encontram numa situação social. Em cada item, é pedido ao respondente
que avalie a frequência com que surgem os pensamentos referidos quando se encontra numa
situação social, utilizando uma escala do tipo Likert, constituída por quatro pontos, em que 0
representa “nunca” e 3 “quase sempre”.

SAD (Social Avoidance and Distress Scale)

Autor: Watson e Friend

Descrição: É um questionário de auto-resposta constituído por 28 itens numa escala de resposta


dicotómica (verdadeiro/falso). Pretende avaliar a experiência de mal-estar, desconforto e
ansiedade em situações sociais, bem como o evitamento resultantes dessas mesmas situações.
FSSC-R (Fear Survey Schedule for Children-Revised)

Autor: Ollendick

Descrição: É um questionário de auto-relato de 80 itens com uma escala de resposta de 3


opções: nenhum, algum e muito. Os itens estão organizados em 5 áreas temáticas ou factores:
medo do desconhecido; medo de ferimentos e animais; medo do perigo e morte; medos de
actos médicos; medo de fracasso e da crítica.

STAIC (Inventário de Ansiedade Estado-Traço para Crianças)

Autor: Spielberger

Descrição:Este inventário tem como objetivo a avaliação da ansiedade como um estado


transitório ou como propensão ansiosa relativamente estável em crianças e adolescentes. A
prova é composta por duas partes onde o sujeito pode expressar como se sente num
determinado momento (Ansiedade-Estado) e como se sente em geral (Ansiedade-Traço).
Perturbações do Humor
BDI-II (Inventário de Depressão de Beck)

Autor: Beck et al.

Descrição: Este inventário é constituído por 21 itens que avaliam a severidade de depressão em adolescentes
e adultos. O inventário foi desenvolvido com o objetivo de avaliar um conjunto de sintomas que
correspondem aos critérios de diagnóstico da desordem de depressão que estão descritos no DSM-IV.

BHS (Escala de Desesperança de Beck)

Autor: Beck et al.

Descrição: A Escala da Desesperança de Beck é um instrumento de auto-preenchimento e avaliação


constituído por 20 itens, que permite medir as atitudes negativas acerca do futuro, percecionadas por
adolescentes e adultos. Destes 20 itens, 9 são classificados como verdadeiros e 11 como falsos, podendo os
resultados obtidos ir de 0 a 20. Se o valor encontrado estiver entre 0 e 3 é considerado mínimo, se estiver
entre 4 e 9 é considerado médio, se se encontrar entre 9 e 14 moderado e, se for maior que 9 é considerado
severo.
IACLID

Autor: Vaz Serra

Descrição: É um instrumento de auto-avaliação constituído por 23 questões relacionadas com


alterações biológicas, cognitivas, interpessoais e de desempenho de tarefa, que significam a
relação que o indivíduo deprimido estabelece com o corpo, consigo próprio como pessoa, com
os outros e com o trabalho. O ponto de corte entre indivíduos normais e deprimidos
corresponde à nota global de 20. Esta mesma pontuação ascende, nos casos de Depressão
leve, moderada e grave, para os valores médios, respectivamente, de 28, 45 e 58.

DASS-21 (Escala de Depressão, Ansiedade e Stress)

Autor: Lovibond e Lovibond

Descrição: A DASS-21 é um conjunto de três sub-escalas do tipo Likert de 4 pontos, de auto-


resposta. Cada sub-escala é composta por 7 itens, destinados a avaliar os estados emocionais
de depressão, ansiedade e stress.
GDS (Escala de Depressão Geriátrica)

Autor: Yesavage et al.

Descrição:Esta escala é constituída por 30 questões que procuram obter informação sobre os
sentimentos e os comportamentos dos idosos, decorridos na última semana. Este questionário
é de auto-resposta e permite ao indivíduo responder dicotomicamente (sim ou não).

POMS (Perfil de Estados de Humor)

Autor: Azevedo et al.

Descrição: É uma escala que tem como objetivo avaliar 6 estados afetivos ou de humor,
nomeadamente: tensão/ansiedade; depressão/rejeição; cólera/hostilidade; vigor/atividade;
fadiga/inércia e confusão/desorientação. A respetiva escala é constituída por 54 itens.
CDI (Inventário de Depressão Infantil)

Autor: M. Kovacs

Descrição: É um dos instrumentos de avaliação psicológica mais utilizados na área da


Depressão. Apresenta uma estrutura bastante semelhante ao BDI tendo, no entanto, um total
de 27 itens. A maior parte dos itens estão relacionados com o contexto escolar, nomeadamente
com o trabalho escolar e com problemas comportamentais. Os resultados do CDI são
apresentados em três escalas: Disforia, Autoestima e Depressão.
Neuropsicologia
PMA (Aptidões Mentais Primárias)

Autor: L. L. Thurstone

Descrição: É uma bateria que avalia cinco fatores básicos da inteligência: Compreensão Verbal – capacidade para
compreender e expressar ideias por palavras; Aptidão Espacial – capacidade para imaginar e conceber objetos em
duas ou três dimensões; Aptidão Numérica – capacidade para manipular números e conceitos quantitativos;
Raciocínio Lógico – capacidade para compreender, planear e solucionar problemas lógicos e Fluência Verbal –
capacidade para falar e escrever sem dificuldade.

MoCA (Avaliação Cognitiva de Montreal)

Autor: Nasreddine et al.

Descrição: Este instrumento foi desenvolvido com o objetivo de ser um breve de rastreio para deficiência cognitiva
leve. O mesmo acessa diferentes domínios cognitivos: Atenção e concentração, funções executivas, memória,
linguagem, habilidades viso-construtivas, conceituação, cálculo e orientação. O tempo de aplicação do MoCA é de
aproximadamente 10 minutos. A pontuação total é de 30 pontos; sendo a pontuação de 26 ou mais considerado
normal.
Figura Complexa de Rey-Osterrieth

Autor: A. Rey

Descrição: Este instrumento avalia a capacidade de organização percetivo-motora, a atenção e a


memória visual imediata. A aplicação do teste é simples e consiste em três fases. A primeira fase é
apresentar a figura, pedir que o indivíduo copie, informando-o que não é necessária uma cópia
exacta, mas sim prestar atenção as proporções e, acima de tudo, não ter pressa. Na segunda fase o
indivíduo deverá copiar a figura apenas recorrendo à sua memória. A terceira fase inicia-se passado
30 minutos, onde se pede ao indivíduo que reproduza outra vez a figura.

Matrizes Progressivas de Raven

Autor: J. C. Raven, J. H. Court e J. Raven

Descrição: É uma escala que avalia a inteligência geral, mais propriamente a capacidade do sujeito para
deduzir relações. Destina-se, especialmente, a crianças e a adultos que apresentam um nível cultural
baixo. Sendo constituída por um total de 36 itens, a CPM apresenta 3 séries de 12 itens organizados
por grau de dificuldade.
D-48 (Teste dos Dominós)

Autor: Anstey

Descrição: Este teste é uma prova de inteligência geral que avalia a capacidade para concetualizar e
aplicar o raciocínio sistemático a novas situações.

WISC - III

Autor: D. Weschler

Descrição: A WISC-III corresponde à terceira edição da Escala de Inteligência para Crianças de David
Wechsler e é um instrumento clinico de administração individual, que avalia a inteligência dos
sujeitos com idades compreendidas entre os 6 anos e os 16 anos. A WISC-III inclui 13 subtestes. Os
subtestes dividem-se em dois grupos: verbais e de realização. Os subtestes verbais são: Informação
(Inf), Semelhanças (Sem), Aritmética (Ari), Vocabulário (Voc), Compreensão (Com), Memória de
Dígitos (MD) (subteste opcional) e os subtestes de realização são: Completamento de Gravuras (CG),
Código (Cd), Disposição de Gravuras (DG), Cubos (Cb), Composição de Objetos (CO), Pesquisa de
Símbolos (PS) (subteste opcional), Labirintos (Lb) (subteste opcional).
WAIS-III

Autor: D. Weschler

Descrição: Esta prova desenvolvida por D. Wechsler inclui 14 subtestes, 11 dos quais já faziam
parte da WAIS-R (versão anterior). Foram ainda incluídos 3 novos subtestes: Pesquisa de
Símbolos (adaptado a partir da WISC-III), Matrizes e Sequências de Letras e Números.
Tal como acontece nas restantes Escalas de Inteligência de Wechsler, também a WAIS-III faz distinção entre
a componente verbal e a componente perceptivo-motora. Assim, fazem parte da subescala Verbal os
seguintes subtestes: Vocabulário, Semelhanças, Aritmética, Memória de Dígitos, Informação, Compreensão
e Sequências de Letras e Números (suplementar). Os subtestes Completamento de Gravuras, Código,
Cubos, Matrizes, Disposição de Gravuras, Pesquisa de Símbolos (suplementar) e Composição de Objectos
(opcional) formam a subescala de Realização.
Esta Escala poderá ser utilizada nos diagnósticos de indivíduos com incapacidade intelectual e indivíduos
sobredotados, assim como no diagnóstico diferencial de perturbações neurológicas e psiquiátricas que
afectem o funcionamento mental.
Desenvolvimento
TONI-2 (Teste de Inteligência Não-Verbal)

Autor: L. Brown, R. J. Sherbenou e S. K. Johnses

Descrição: É uma medida de inteligência, que pretende avaliar a capacidade dos indivíduos para
solucionar problemas abstratos, de tipo gráfico, eliminando qualquer influência da linguagem. O TONI-
2 é constituído por duas formas (A e B), cada uma delas com 55 itens.

Frostig Teste (Desenvolvimento da Perceção Visual)

Autor: Marianne Frostig

Descrição: Este teste tem como objetivo a avaliação da maturidade percetiva, em crianças com
dificuldades de aprendizagem, uma vez que está comprovado que os problemas ao nível da
perceção visual se refletem em dificuldades na aprendizagem da leitura. O respetivo teste avalia as
seguintes áreas: Coordenação Visuo-motora; Discriminação Figura-Fundo; Constância da Forma;
Posições no Espaço e Relações Espaciais.
Perturbações Alimentares
EDI-2 (Eating Disorder Inventory)

Autor: Garner e Garfinkel

Descrição: Este instrumento pretende avaliar os sintomas que normalmente acompanham a


anorexia nervosa e a bulimia nervosa. Esta escala é constituída por 91 itens, com uma escala de
resposta de 6 opções que vão desde 0 “nunca” até 6 “sempre”.

TAA-25 (Teste de Atitudes Alimentares)

Autor: Pereira et al.

Descrição: Este teste corresponde a um versão reduzida do TAA-40 que tem como objetivo
avaliar atitudes alimentares e sintomas de perturbação de comportamento alimentar. O TAA-25
trata-se de um questionário de autorresposta com um formato de resposta do tipo Likert, com
seis opções de resposta: ”nunca”, “raras vezes”, “algumas vezes”, “muitas vezes”, “muitíssimas
vezes” e “sempre”.
Perturbações de Personalidade
✔︎A personalidade é definida por Millon & Davis (1996) como uma combinação complexa de traços psicológicos enraizados e contendo dimensões
não conscientes, que se manifestam em muitos aspectos da vida do indivíduo.

✔︎O Manual de Diagnóstico e Estatística das Perturbações Mentais (DSM-5, 2014), diz-nos que “ uma perturbação da personalidade é um padrão
estável de experiência interna e comportamento que se afasta marcadamente do esperado para o indivíduo numa dada cultura, é invasiva e inflexível,
tem início na adolescência ou no início da idade adulta, é estável ao longo do tempo e origina mal-estar ou incapacidade”.

✔︎Este manual descreve as 12 perturbações de personalidade existentes: perturbação paranoide da personalidade, perturbação esquizoide da
personalidade, perturbação esquizotipica da personalidade, perturbação anti-social da personalidade, perturbação estado-limite ( borderline) da
personalidade, perturbação histriónica da personalidade, perturbação narcísica da personalidade, perturbação evitante da personalidade, perturbação
dependente da personalidade, perturbação obsessivo-compulsiva da personalidade, alteração da personalidade devida a outra condição médica e
perturbação da personalidade com outra especificação e não especificada, dividindo-as em 3 grupos baseados em semelhanças descritivas.

✔︎Num primeiro grupo (grupo A) estão reunidas as perturbações paranoide, esquizoide e esquizotipica da personalidade, retratando indivíduos que
parecem com frequência estranhos ou excêntricos. No grupo B estão reunidas as perturbações anti-social, estado-limite, histriónica e narcísica da
personalidade, à qual estão associados indivíduos que parecem com frequência dramáticos, emocionais inconstantes. No último grupo (grupo C)
estão reunidas as perturbações dependente, evitante e obsessivo-compulsiva da personalidade, que retratam indivíduos frequentemente ansiosos e
medrosos.
Questionários e Inventários

ACL (Adjective Checklist)

Autor: H.G. Gough e A.B. Heilbrun

Descrição: É um instrumento que através de uma checklist com 300 adjetivos diferentes tem a
capacidade de medir a personalidade de um indivíduo.

PDQ-4+ (Questionário de Personalidade)

Autor: S. E. Hyler

Descrição: É um questionário composto por 99 itens, respostas verdadeiro/falso. Este questionário visa
um diagnóstico de perturbações da personalidade consistente com o Eixo II do DSM-IV. Cada item
corresponde a um critério de diagnóstico de perturbação da personalidade. O PDQ-4+ tem um critério
de diagnóstico para as dez perturbações da personalidade presentes no DSM-IV (Paranóide, Esquizóide,
Esquizotípica, Histriónica, Narcísica, Borderline, Anti-social, Evitante, Dependente, Obsessivo-
compulsiva).
EPQ-R (Questionário de Personalidade de Eysenck)

Autor: Eysenck e Eysenck

Descrição: É um questionário utilizado para avaliar as três dimensões básicas da


personalidade, nomeadamente: Neuroticismo; Extroversão e Psicoticismo.

NEO-PI-R (Inventário de Personalidade Neo-Revisto)

Autor: P. T. Costa e R. R. MacCrae

Descrição: É uma medida das cinco principais dimensões da personalidade, bem como de
facetas ou traços que definem cada um dos domínios. Este inventário é constituído por 240
itens no seu total. Em conjunto, as cinco escalas dos domínios (Neuroticismo (N), Extroversão
(E), Abertura à Experiência(O), Amabilidade (A) e Conscienciosidade (C)) e as trinta escalas
das facetas permitem ao psicólogo fazer uma avaliação correcta da personalidade adulta.
MCMI-III

Autor: T. Millon, C. Millon e R. Davies

Descrição: Este instrumento tem como objectivo avaliar as perturbações de personalidade, bem
como as patologias descritas mais à frente. É constituído por 175 itens, do qual se obtêm 24
escalas e 4 índices de validação. As escalas do MCMI-III distribuem-se da seguinte forma:
- Escalas Clínicas da Personalidade: Esquizóide, Evitante, Depressiva, Dependente,
Histriónica, Narcísica, Antissocial, Agressiva, Compulsiva, Negativista, Auto-destrutiva;
- Escalas de Patologia Grave da Personalidade: Esquizotipica, Estado-Límite e
Paranóide
- Escalas de Síndromes Clínicos: ansiedade, perturbação somatoforme, Perturbação
bipolar, Perturbação depressiva, Dependência do álcool, Dependência de substâncias e Perturbação de
Stress pós-traumático.
- Escalas de Síndromes Graves: perturbações do pensamento, Depressão major e
Perturbações delirantes.
QEI (Questionário de Esquemas Interpessoais)

Autor: J. Safran e C. Hill

Descrição: O Questionário de Esquemas Interpessoais é um questionário de autorresposta que tem


como objetivo avaliar as expectativas dos sujeitos acerca de como os outros significativos (mãe, pai
e amigo íntimo) responderiam a uma variedade de situações interpessoais. É formado por quatro
subescalas referentes ao tipo de situação que representam: Dominância, Submissão, Amistosidade e
Hostilidade.

QEP (Questionário de Estilos Parentais)

Autor: J. Young

Descrição: Este questionário tem como objetivo avaliar os estilos parentais e é dividido em duas
formas idênticas (para mães e para pais). É constituído por um total de 38 itens relativos a três
dimensões: 15 itens do estilo autorizado, 12 itens do estilo autoritário e 11 itens do estilo
permissivo. É utilizada uma escala de 1 a 5 para avaliar a frequência com que os comportamentos
relatados nos itens foram utilizados por si próprios e pela outra figura parental.
Testes Projetivos

TAT (Teste de Apercepção Temática)

Autor: Bellak

Descrição: Este teste é constituído por 30 pranchas com diferentes imagens, que vão sendo apresentadas ao sujeito
uma a uma, ao mesmo tempo que lhe é pedido que as interprete de modo a que contem uma história com sentido. Esta
prova permite avaliar diferentes traços da personalidade do sujeito, como impulsos, emoções, sentimentos e conflitos
em situações clínicas e em situações normais.

Teste de Rorschach

Autor: Rorschach

Descrição: A prova projectiva de Rorschach, tem como objectivo realizar um diagnóstico completo da personalidade,
abrangendo todas as suas dimensões, nomeadamente: intelectual, afectiva e comportamental. Este teste permite
evidenciar os traços normais ou patológicos da personalidade de determinado indivíduo. Esta prova é constituída por
10 pranchas numeradas de I a X, cada uma delas com borrões de tinta a preto e branco ou a cores. Estes borrões de
tinta são formas imprecisas que contêm um simbolismo que irá suscitar reações e respostas representativas da
personalidade do sujeito que as está a observar.
CAT-A (Animal Figures) e CAT-H (Human Figures)

Autor: Bellak e Bellak

Descrição: Esta é uma prova composta por 10 pranchas, cada uma delas com diferentes
desenhos de animais (CAT-A) ou de figuras humanas (CAT-H) representando diferentes
situações, como por exemplo: alimentação, linguagem, rivalidades, medos ou fantasias
agressivas. Esta prova possibilita a avaliação de diferentes traços da personalidade da criança,
nomeadamente: impulsos, emoções, sentimentos e conflitos.

Roberts 2 (Teste Apercetivo de Roberts para Crianças)

Autor: Glen E. Roberts e Chris Gruber

Descrição: Este teste tem como finalidade avaliar a percepção que a criança tem do seu mundo
interpessoal, como por exemplo, rivalidades com os irmãos, sexualidade/nudez, ansiedade,
agressividade e medo através da elaboração de uma história interpretativa das imagens que vão
surgindo nas pranchas. Este teste é constituído por 16 gravuras representativas de situações do
quotidiano, com situações adequadas a rapazes e situações adequadas a raparigas.
Teste do Desenho da Família

Autor: L. Corman

Descrição: Este teste tem como objectivo avaliar, através do desenho, o estado afectivo da
criança, a estruturação da sua personalidade, a vivência do contexto familiar e a dinâmica
familiar. Este teste consiste em fazer o desenho da família de modo a demonstrar indícios da
dinâmica familiar da criança, como por exemplo a relação entre os pais e irmãos. O respetivo
teste permite identificar conflitos familiares, atitudes e sentimentos do indivíduo face à sua
família.

Teste do Desenho da Figura Humana de F. Goodenough

Autor: R. Pasquasy

Descrição: Este teste tem como objectivo avaliar a maturidade intelectual em relação à
capacidade de percepção, de abstração e de generalização. Esta prova é elaborada através de três
desenhos: um desenho de si próprio, um desenho de um homem e um desenho de uma mulher.

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