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2 DESENVOLVIMENTO........................................................................................................ 6
3 CONCLUSÃO...................................................................................................................... 14
Em contexto social em que vivemos, todo o comportamento dos indivíduos tem determinada
correspondência no àquilo que se espera das posições que ocupam socialmente. Afirmamos isso
porque de certa forma há uma expectativa social em relação ao comportamento de cada
indivíduo, se esperando que corresponda à posição social que ele ocupa.
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1.1 Objectivos do trabalho
1.1.1 Geral
Analisar a classificação do comportamento desviante conforme DSM-5.
1.1.2 Específicos
Conceituar comportamento desviante;
Explicar o momento que surge comportamento desviante;
Descrever a classificação do comportamento desviante conforme DSM-5.
1.2 Metodologia usada para a realização da pesquisa
Usamos a metodologia de pesquisa bibliográfica para o estudo, com manuais, livros, artigos
científicos e páginas na Internet, para analisar a classificação do comportamento desviante
conforme DSM-5.
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2 DESENVOLVIMENTO
Numa primeira fase, o comportamento desviante era visto por autores como Cesare
Lombroso como uma patologia individual mais clínica.
Numa segunda fase, dominada pelos trabalhos de Émile Durkheim, o desvio é visto
como um fenómeno social que se pode designar por socioestatística.
Já em pleno século XX, desvio passa a ser entendido como consequência de definição social,
onde o comportamento desviante é entendido como um padrão de conduta caracterizado por
um comportamento persistente e repetitivo no qual não se seguem as regras sociais nem se
respeitam os direitos dos outros1.
Neste sentido, podemos entender que quando falamos do comportamento desviante é mesma
coisa que referir uma qualidade ou atitude de realizar um acto que viola as normas legais ou
direitos humanos instituídos pela sociedade.
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Https://dspace.uevora.pt/rdpc/bitstream/10174/11091/8/7.%20cap.%205%20conclus%C3%B5es.pdf
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Numa outra perspectiva, E. Goffman (citado por Porto Editora, 2023) refere que todos os
actores sociais são desviantes enquanto ninguém age em conformidade total a todas as normas
do comportamento socialmente aceitável.
Neste sentido, o comportamento desviante se constitui a ele próprio o seu sistema e contribuir,
afinal, para fazer funcionar o conjunto da sociedade. De facto, existe uma expectativa social
relativamente ao comportamento de cada indivíduo e espera-se que corresponda à posição
social que ele ocupa.
DSM-1: Este foi criado em 1952, pela Associação Americana de Psiquiatria (APA),
com 106 categorias, pautado em um enfoque predominantemente psicanalítico, com
intuito de suprir as necessidades emergentes das diversas patologias.
DSM-2: Foi publicado em 1968, com 182 categorias, não apresentando alterações
significativas em relação à primeira versão.
O DSM-3: Foi publicado em 1980, com 265 categorias, fundamentadas em critérios da
medicina baseada em evidências. Esse fato foi considerado uma revolução científica. O
DSM-3 foi o marco da mudança de paradigma da psiquiatria, que até o momento era
regida predominantemente pela psicanálise.
De acordo com Organização Mundial de Saúde (1993) O DSM-4 elimina o termo orgânico e
diferencia os transtornos mentais induzidos por substâncias daqueles que se devem a uma
condição médica geral e dos que não apresentam uma etiologia específica (p.261).
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Neste Manual, a principal mudança em relação às versões anteriores foi a inclusão de um
critério de significância clínica para praticamente metade das categorias que tinham sintomas e
causavam sofrimento clinicamente importante ou prejuízo no funcionamento social, ou
ocupacional, entre outras áreas (Dunker, 2014).
DSM-5: Foi publicada em Maio de 2013, fundamentada no modelo categorial
organizado em três sessões, totalizando 947 páginas.
Portanto, dentre estes cinco manuais no presente estudo vamos usar a classificação do
comportamento desviante, o DSM-5. O DSM-5 apresenta uma classificação dos
comportamentos desviantes em:
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Em segundo lugar, a persistência e a frequência dos sintomas deverão exceder os níveis
considerados normais para a idade, o género e a cultura do indivíduo. Por exemplo, não
é incomum que crianças pré-escolares apresentem ataques de raiva semanalmente.
O Critério Al define explosões de agressividade frequentes (i.e., duas vezes por semana,
em média, por um período de três meses) que se caracterizam por acessos de raiva,
injúrias, discussões verbais ou brigas, ou violência sem causar danos a objectos, ou
lesões em animais, ou em outros indivíduos.
O Critério A2 define explosões de agressividade impulsivas frequentes (i.e., três no
período de um ano) que se caracterizam por causar danos materiais ou destruir um
objecto, seja qual for seu valor tangível, ou por violência/ataque ou outra lesão física
em um animal, ou outro indivíduo (DSM 5, 2014, p.693).
Neste âmbito, esta classificação do comportamento desviante está relacionada com aqueles
comportamentos de explosão de agressividade impulsiva, incapacidade de controlar
comportamentos agressivos impulsivos em resposta a provocações vivenciadas
subjectivamente que, em geral, não resultariam em explosões agressivas.
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Não deve ser feito em indivíduos com idade inferior a 6 anos ou nível equivalente de
desenvolvimento, ou naqueles cujas explosões de agressividade forem mais bem
explicadas por outro transtorno mental.
Não deve ser feito em indivíduos com transtorno disruptivo da desregulação do humor
ou naqueles cujas explosões de agressividade impulsivas forem atribuíveis a outra
condição médica, ou a efeitos fisiológicos de uma substância.
Conduta agressiva que causa ou ameaça causar danos físicos a outras pessoas,
ouanimais;
Conduta não agressiva que causa perda ou danos a propriedade;
Falsidade ou furto; e
Violações graves de regras.
Neste sentido, pode-se dizer que o comportamento desviante do tipo transtorno de conduta
inicia quando o individuo demonstra comportamentos agressivos e reagem agressivamente a
outras pessoas.
Podem conforme o DSM 5 (2014):
Fazer provocações, ameaça ou assumir comportamento intimidador (incluindo bullying
via mensagens nas redes sociais por meio da internet); com frequência iniciar brigas
físicas;
Utilizar armas que podem causar danos físicos graves (p. ex., bastão, tijolo, garrafa
quebrada, faca, arma de fogo);
Ser fisicamente cruéis com pessoas ou animais;
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Roubar com confronto à vítima (p. ex., assalto, roubo de bolsa, extorsão, roubo à mão
armada); ou.
Forçar alguém a actividade sexual (DSM 5, 2014, p.512).
Duma forma geral, esta classificação comportamental está presente em vários ambientes, tais
como casa, escola ou comunidade. Como os indivíduos com transtorno da conduta têm uma
propensão a minimizar seus problemas comportamentais, o clínico frequentemente deverá se
basear em informantes adicionais.
Autores como Bordin e Offord (2000) acrescentam que os atos antissociais relacionados aos
transtornos psiquiátricos são mais abrangentes e se referem a comportamentos condenados pela
sociedade, com ou sem transgressão das leis do Estado. O comportamento antissocial se
enquadra a Classificação Internacional de Doenças, CID-11 (2019), sendo descrita como,
comportamento no qual os direitos básicos de terceiros ou as principais normas, regras ou leis
da sociedade apropriadas à idade são violadas.
e) Piromania: Este comportamento faz a pessoa ter uma fascinação pelo fogo e um desejo
quase incontrolável de provocar incêndios. A pessoa usa o fogo para aliviar o stresse e a
ansiedade, além de ter prazer. Quando o fogo é apagado, ela pode sentir tristeza e angústia.
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Indivíduos com esse comportamento experimentam tensão ou excitação afectiva antes
de provocar um incêndio. Há grande fascinação, interesse, curiosidade ou atracão pelo
fogo e seus contextos situacionais.
Eles podem até passar tempo no corpo de bombeiros local, provocar incêndios para se afiliar
ao corpo de bombeiros ou mesmo se tornarem bombeiros. Sentem prazer, gratificação ou alívio
ao provocar um incêndio, ao testemunhar seus efeitos ou participar de suas consequências.
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3 CONCLUSÃO
Em jeito de conclusão se pode concluir que o desvio é consequência de definição social, onde
o comportamento desviante é entendido como um padrão de conduta caracterizado por um
comportamento persistente e repetitivo no qual não se seguem as regras sociais nem se
respeitam os direitos dos outros.
A sociedade busca de certa forma instituir as normas com vista os indivíduos adoptarem
comportamentos adequados a convivência social. Entretanto, o comportamento desviante surge
quando os indivíduos adoptam meios ilícitos para atingir objetivos lícitos, devido à dissociação
entre as aspirações socialmente prescritas e os meios disponíveis para realizar essas aspirações.
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Referências bibliográficas
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