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Universidade Rovuma
Nampula
2022
i
3º Grupo
Nampula
2022
ii
Índice
CAPITULO I .................................................................................................................... 3
1.Introdução ...................................................................................................................... 3
1.2.Objetivos..................................................................................................................... 3
2.1.Psicometria ................................................................................................................. 4
3.Conclusão .................................................................................................................... 10
CAPITULO I
1. Introdução
A presente pesquisa de caráter avaliativo da cadeira de Psicometria. Tem como base de
investigação o seguinte tema: Fidedignidade dos testes psicológicos. A fidedignidade ou
precisão de um teste diz respeito à característica que ele deve possuir, a saber, a de medir sem
erros, daí os nomes de precisão, confiabilidade ou fidedignidade.
1.1.Método de pesquisa
Para a realização do presente trabalho usou-se o método bibliográfico que consistiu no uso
de obras e artigos publicados na Internet.
1.2.Objetivos
1.2.1. Objectivo geral
Dar a conhecer os diversos aspectos em torno das propriedades psicométricas, mais
especificamente a confiabilidade ou fidedignidade.
2.1. Psicometria
A Psicometria é o campo da Psicologia que busca analisar as características matemáticas
constantes dos dados empíricos. A intersecção com as Ciências Estatísticas é típica dos
estudos em Psicometria. Os indicadores gerados por diversas funções matemáticas podem
revelar informações relevantes sobre os dados obtidos. O objectivo final da Psicometria é a
busca do invariante, isto é, elementos característicos de uma variável psicológica que não
mudam de sujeito para sujeito. Destarte, é universal.
Na física, o zero absoluto é usado como referência da medida – por exemplo, 0 Kelvin
da temperatura (zero absoluto) ou 0 m/s da velocidade (estado físico de ausência de
movimento). Na Psicologia, inteligência, emoção ou aptidão não possuem um ponto de zero
absoluto. Logo, a solução dos pesquisadores foi atribuir um ponto de referência arbitrário,
como as medidas de tendência central moda, média e mediana (Erthal, 2001).
Uma parte dessas variações é devida às características da própria medida. Mas outra
importante parcela deve-se a erros cometidos ao longo do processo de mensuração. Por essa
razão, erros da observação, erros do instrumento ou erros devidos à falta de uniformidade na
mensuração são falhas que precisam ser conhecidas pelo pesquisador a fim de diminuí-las ou
extingui-las (Erthal, 2001).
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Para Contandriopoulos et al. (1999, p. 80), existem três abordagens principais para avaliar a
confiabilidade de um instrumento:
Um importante ponto para avaliar a consistência de escores é fazer distinção entre erros
sistemáticos e erros não sistemáticos. O erro sistemático é aquele que, independente da
característica que está sendo mensurada, faz com que o escore do teste de um indivíduo seja
sistematicamente acima ou abaixo do valor verdadeiro. Já o erro não sistemático é aquele que
não tem um padrão, sendo esse o erro levado em consideração na fidedignidade de escores
(Hogan, 2006).
2.3.Relatividade da fidedignidade
Embora a pratica de descrever os testes como fidedignidade seja comum, o fato é que a
qualidade da fidedignidade, caso exista, pertence não aos testes, mas aos escores deles
obtidos. Esta distinção é enfatizada consistentemente pela maioria dos autores que contribuem
para literatura sobre a fidedignidade. Se um teste for descrito como fidedigno, sugere-se que a
sua confiabilidade foi estabelecida permanentemente, em todos os aspectos, para todos os
usos e com todos os usuários.
Além disso, mesmo aplicada aos escores de teste, a qualidade da fidedignidade é relativa. O
escore que uma pessoa obtém em um teste não é fidedigno num sentido absoluto, mas pode
ser mais sou menos confiável devido a fatores pertinentes unicamente ao testando (p.ex.
fadiga, falta de motivação, influência de drogas, etc.) ou em condições da situação de
testagem (p.ex. presença de ruídos que causam distração, a personalidade do examinador, a
rigidez com que o limite de tempo é observado, etc.). Todos estes fatores podem afetar
individual ou conjuntamente o escore obtido em maior ou menor grau, até mesmo ao ponto
dos escores se tornarem tão pouco confiáveis que precisem ser descartados. Embora não
tenham relação com o teste em si, todas estas questões precisam ser levadas em consideração
no processo de avaliação.
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Método de teste-reteste
Esse método de mensuração repetida se resume a aplicar o mesmo teste, aos mesmos
indivíduos, em momentos distintos. Nesse caso, o coeficiente de fidedignidade é a correlação
(usualmente a correlação de Pearson) entre os escores obtidos nos dois testes. Para Hogan
(2006), é necessário um cuidado ao se determinar o intervalo entre uma aplicação e outra,
pois, se o período for muito extenso, a correlação entre os teste pode ser afectada por
mudanças reais do traço estudado e não pela variação do coeficiente de fidedignidade em si.
Ao passo que se o período for muito curto, as respostas da primeira aplicação do teste tendem
a influenciar o indivíduo ao responder a segunda, visando a fidedignidade estimada. Outro
problema se dá pelo fato de que os respondentes podem não estar dispostos a responderem o
mesmo instrumento duas vezes.
Duas metades
Nesse método de consistência interna, um teste é dividido em duas metades, onde cada
metade é uma forma alternada do teste, sendo fundamental que as duas metades emparelhem
itens homogéneos: verbal com verbal, numérico com numérico etc. (Pasquali 1996).
Usualmente, uma metade é constituída pelos itens de números pares e a outra pelos itens de
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números ímpares. Calcula-se então a correlação entre os escores das duas metades a fim de se
obter a fidedignidade, porém, segundo Hogan (2006), faz-se necessário uma correcção, dado
que a correlação entre as duas metades do teste não fornece a fidedignidade de todo o teste,
mas sim um coeficiente que tem metade daquele que interessa. Por exemplo: num teste de 200
itens, a correlação se basearia somente em 100. Como o número de itens afecta o coeficiente
de correlação, corrige-se esse coeficiente para que ele considere todo o teste. Esta correcção é
feita através da fórmula de Spearman-Brown dada por:
𝒏𝒓𝒐
𝒓𝒄 =
𝟏 + (𝒏 − 𝟏)𝒓𝒐
Onde
N – é o factor pelo qual o tamanho do teste é alterado;
𝒓𝒐 é a correlação sem a correcção.
Onde k é o número de questões no teste, Sx o desvio padrão dos escores do teste e Si o desvio
padrão dos escores da questão i.
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CAPITULO III
3. Conclusão
Chegada a parte final desta pesquisa, é de repisar que o tema aqui abordado é de grande
relevância para cadeira de Psicometria. A elaboração deste trabalho foi muito interessante
pois dotou-nos de vários conhecimentos em relação aos temas abordados no trabalho.
3.1.Referência bibliográficas
PASQUALI, L. (2007). Validade dos Testes Psicológicos: Será Possível Reencontrar o
Caminho? Psicologia: Teoria e Pesquisa, 23, 099-107.
ERTHAL, Tereza Cristina. Manual de psicometria. 8a ed. Rio de Janeiro: Zahar, 2009.
HAIR Jr., Joseph F.; ANDERSON, Rolph E.; TA THAM, Ronald L.; BLACK, William C.
Análise multivariada de dados. Porto Alegre: Bookman, 2005a.
HARMAN, H.H. Modern factor analysis. Chicago: The University Chicago Press, 1976.
AMBIEL, R.A.M et al. Avaliação psicologica. São Paulo: Casa do Psicologo, 2007.
SAMPIERI, R. H., Collado, C. F., & Lucio, P. B. (2006). Metodologia de Pesquisa. São
Paulo: McGraw-Hill Interamericana do Brasil Ltda.
GOHEN, R.J.; M.E; STURMAN, E.D. Testagem psicologica, Introdução a testes e medidas.
8ª ed. Porto Alegre, 2014.