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Contribuição técnica ao 67º Congresso ABM - Internacional, 31 de julho a 3 de agosto de 2012,
Rio de Janeiro, RJ, Brasil.
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M.Sc., Universidade Federal de Uberlândia, Brasil.
3
Doc. Ing. Universidade Federal de Uberlândia, Brasil.
4
Eng., Universidade Federal de Uberlândia, Brasil.
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M.Sc., Petrobras, Brasil.
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1 INTRODUÇÃO
2 MATERIAIS E MÉTODOS
Neste trabalho foram realizados reparos por atrito com preaquecimento, de blocos
de aço ABNT 4140, por ser um aço utilizado em alguns componentes da indústria
petrolífera, segundo Ferreira.(3) Os pinos são de aço ABNT 1010 por apresentar
propriedades mecânicas que possibilitam boas qualidades de preenchimento. A
Tabela 1 mostra a composição dos pinos e blocos.
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Tabela 1. Composição química dos blocos e dos pinos
Elementos C Si Mn Cr Mo S P Cu Ni
Bloco ABNT 4140 0,42 0,26 0,81 0,98 0,18 0,027 0,014 0,16 0,10
Pino ABNT 1010 0,12 1,16 0,69 0,03 0,00 0,027 0,044 _ 0,01
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O equipamento permite ainda a realização de ensaios com aplicação de forças
axiais em degraus e por tempos pré estabelecidos.
Antecedendo os ensaios, os blocos foram limpos por ultrasom juntamente com os
pinos para retirar quaisquer impurezas que pudessem interferir no processo e nas
análises após os ensaios.
Os ensaios foram realizados de acordo com a Tabela 2, com comprimento de
queima de 6 mm e tempo de forjamento de 10 s, com o mesmo valore da força axial
de cada ensaio.
Para efeito de comparação e comprovação da formação de fases duras, foi realizado
um ensaio sem temperatura de preaquecimento.
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Após a realização de cada ensaio, os conjuntos pino/bloco foram retirados e
colocados para serem resfriados ao ar, um a um, dentro de um compartimento para
evitar correntes que pudessem interferir nas velocidades de resfriamento.
Completado o resfriamento, os conjuntos pino/bloco foram cortados com serra de fita
conforme a Figura 3. As superfícies foram retificadas, lixadas até a lixa #600 para
ataque macrográfico com Nital 6%. Após a aquisição das macrografias, as peças
foram cortadas para redução de superfície para facilitar o polimento, como mostrado
na Figura 4.
Para a revelação micrográfica, primeiramente foi removido o macroataque através
de operações de lixamento com lixas #220 e #320, posteriormente lixadas com lixas
#400, #600 e #1200, polidas com pastas de diamante de granulometrias 6 µm, 3 µm
e 1 µm, limpeza por ultasom e ataque com Nital 2%.
Figura 4. (a) Mapeamento para execução dos perfis de dureza vertical e horizontais e
(b) Mapeamento para obtenção das micrografias.
3 RESULTADOS E DISCUSSÃO
A Figura 5 mostra os registros dos parâmetros dos ensaios 31105 (sem temperatura
de pré aquecimento), 31114 (com temperatura de preaquecimento de 200oC) e
31119 (com temperatura de preaquecimento de 300oC). A força, a velocidade de
rotação e o comprimento de queima são predefinidos pelo operador. O equipamento
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controla a velocidade de rotação, atuando na abertura de válvulas, que controlam
por sua vez a vazão e pressão da linha. O torque é calculado e a potência é obtida a
partir da rotação e do torque.
Figura 5. Sinais adquiridos: a) Ensaio 31105 (100 kN, 1.400 rpm e sem preaquecimento), (b) Ensaio
31114 (100 kN, 1.400 rpm e 200°C) e c) Ensaio 31119 (100 kN, 1.700 rpm e 300oC).
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Para as demais amostras foram gerados gráficos similares.
Vê-se na figura que o sistema de controle da unidade UPPA3 controla de forma
satisfatória os parâmetros de ensaio de forma que as condições de ensaio
mostradas na Tabela 2 e impostas foram reproduzidas.
Os aportes térmicos para os ensaios com preaquecimento foram calculados (área
abaixo da curva de potência) e são mostrados na Figura 6.
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Figura 7. Macrografias dos conjuntos pinos/blocos ensaiados de acordo com a Tabela 2.
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31105 – posição 1.0 31114 – posição 1.0
31105 – posição 1.1 31114 – posição 1.1
31105 – posição 1.2 31114 – posição 1.2
31105 – posição 2.0 31114 – posição 2.0
31105 – posição 3.0 31114 – posição 3.0
Figura 8. Micrografias das amostras 31105 (sem preaquecimento) e 31114 (com preaquecimento de
200oC), obtidas nas regiões mapeadas da Figura 4b.
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As micrografias da amostra submetida ao reparo por atrito sem preaquecimento
revelaram a presença de martensita na ZTA, o mesmo não aconteceu nas amostras
submetidas ao reparo por atrito com preaquecimento de 200oC e 300oC.e cujas
micrografias são similares às micrografias da amostra 31114.
Os perfis de dureza Vickers com carga de 1 kg, obtidos conforme mapeamento
mostrado na Figura 4a são mostrados na Figura 09.
Figura 9. Perfis de Dureza dos conjuntos pinos/blocos ensaiados conforme a Tabela 2, obtidos de
acordo com o mapeamento da Figura 4a.
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Os perfis de dureza mostram picos de dureza na ZTA tanto para os perfis de dureza
vertical e horizontais para a amostra não preaquecida e a ausência dos mesmos nas
amostras com preaquecimento de 200oC e 300oC revelando que os
preaquecimentos foram eficazes para evitar a formação de fase duras durante o
resfriamento.
4 CONCLUSÕES
Agradecimentos
REFERÊNCIAS
1 MEYER, A., Friction Hydro Pillar Processing. 2002. 123 S. Dissertation an der
Technischen Universität Braunschweig, Hamburg, Germany, 2002.
2 PIRES, R. R., Efeitos da Geometria, da Força Axial e da Rotação no Reparo por Atrito.
2007.131 f. Dissertação de Mestrado em Engenharia Mecânica, Universidade Federal de
Uberlândia, Uberlândia-MG.
3 FERREIRA, V. J. A. Influência da Força Axial e da Rotação no Processamento de Pinos
por Atrito no Aço ASTM A148 Gr 115-95. 2010. 49f. Monografia de Projeto de Fim de
Curso, Universidade Federal de Uberlândia-MG.
4 BORGES, B, M, Instrumentação, controle e Operacionalização de uma Unidade de
Reparo por Atrito com Capacidade de Carga Axial de 500kN,2011,97p,dissertação de
Mestrado em Engenharia Mecânica,Universidade federal de Uberlândia, Uberlândia-MG
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