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TECNOLOGIA DOS ADITIVOS

INTRODUÇÃO

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IMPORTÂNCIA DOS ADITIVOS
➢Importância tecnológica
Desenvolvimento do uso produtos
de novos de aditivose aplicações em polímeros: síntese
de novos polímeros (com estrutura química diferenciada) ou modificação
dos existentes. Principais técnicas utilizadas:
a) Copolímeros: obtidos via síntese → maior custo (planta
petroquímica) e volume de produção mínimo para justificar o
investimento em nova planta;
b) Misturas poliméricas (blendas): obtidos via técnicas de
processamento de polímeros → possibilidade de obter produtos sob
medida (tailor made) em volumes de produção menores.
c) Compósitos: obtidos via técnicas de processamento de polímeros
→ possibilidade de obter produtos sob medida (tailor made) em
volumes de produção menores.

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IMPORTÂNCIA DOS ADITIVOS
➢Importância tecnológica
Desenvolvimento de do uso de
novos aditivos e aplicações em polímeros:
produtos
Principais técnicas utilizadas:
d. Aditivos: possibilidade de uso em várias etapas, desde a
polimerização até o processamento → possibilidade de obter produtos
sob medida (tailor made) em volumes de produção menores.

➢ Definição de aditivos: produtos químicos que são adicionados


geralmente em pequenas quantidades (menos que 5% em peso),
visando modificar a obtenção e/ou o processamento e/ou as propriedades
finais dos polímeros. Todos os polímeros comerciais recebem
algum tipo de aditivo.

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REQUISITOS DOS ADITIVOS
a) Eficientes em sua função: quanto menor a dosagem utilizada para a
obtenção do resultado esperado, melhor.
b) Estáveis nas condições de processamento: devem suportar as condições de
temperaturas elevadas e cisalhamento do processamento utilizado e não sofrer
decomposição térmica.
c) Fácil distribuição e dispersão: o desempenho do produto diminui em composições
com dispersão deficiente.
d) Estáveis nas condições de serviço: o efeito do tempo pode provocar
alterações químicas ou físicas nos aditivos.
e) Não migrar ou migrar controladamente: os aditivos orgânicos são substâncias de
baixa massa molar e podem ter mobilidade acentuada na massa polimérica,
difundindo-se para a superfície do produto, provocando perda de eficiência do
aditivo e efeitos negativos: embranquecimento, descoloração, pegajosidade.
• Em aditivos como antiestáticos e agentes deslizantes, a migração é desejável.

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REQUISITOS DOS ADITIVOS

f) Ser atóxicos e não provocar gosto ou sabor: condição necessária para


produtos que, em seu uso, entrarão em contato com alimentos,
medicamentos ou brinquedos.
g) Não afetar negativamente as propriedades do polímero: dependendo
do aditivo, algumas propriedades serão inevitavelmente prejudicadas.
h) Baixo custo: o custo deve justificar o benefício do uso do aditivo.
i) Atender às legislações vigentes. uso de aditivos

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CLASSIFICAÇÃO DOS ADITIVOS
a) Protetores: atuam diretamente no controle da durabilidade do
produto, quer pela ação do intemperismo ou pela ação de agentes
externos;
b) Auxiliares de processamento: permitem melhor forma de
processamento e trabalhabilidade dos polímeros durante sua
transformação e também durante o uso como produto final;
c) Aditivos modificadores de propriedades: alteram
significativamente as propriedades originais do polímero;
d) Sistemas heterofásicos: compósitos e nanocompósitos.

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CLASSIFICAÇÃO DOS ADITIVOS
a) Protetores:
1. Antioxidantes: inibem ou reduzem a velocidade de degradação oxidativa durante o uso ou
no processamento;
2. Estabilizantes térmicos: inibem ou retardam a degradação de polímeros halogenados
termicamente sensíveis, particularmente o PVC;
3. Estabilizantes de UV: inibem ou retardam a degradação resultante da radiação UV, a mais
prejudicial para os polímeros;
4. Antiácidos: desativam ácidos ou sítios ácidos que podem acelerar a degradação;
5. Desativadores de metais: desativam metais presentes como impurezas que atuam
cataliticamente na degradação;
6. Antimicrobianos ou biocidas (Preservativos): evitam a formação ou o crescimento de
colônias microorganismos no interior ou na superfície dos produtos;
7. Retardantes de chama: reduzem a inflamabilidade dos plásticos ou retardam sua queima.

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CLASSIFICAÇÃO DOS ADITIVOS
b)Auxiliares de processamento:
1. Plastificantes: deslocam a Tg do polímero para valores mais baixos,
aumentando a flexibilidade;
2. Lubrificantes e desmoldantes: reduzem a viscosidade do material
fundido dentro do equipamento facilitar o processamento ou a remoção
da peça processada;
3. Agentes deslizantes ou antibloqueio: evitam a adesão de peças entre si
(produção de filmes).

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CLASSIFICAÇÃO DOS ADITIVOS
c) Aditivos modificadores de propriedades:
1. Agentes reticulantes: proporcionam a formação de ligações químicas
intermoleculares;
2. Antiestáticos: aceleram a dissipação de cargas elétricas estáticas na
superfície do produto ou aumentam a condutividade elétrica do
material como um todo;
3. Anti-fogging: alteram a energia superficial de um produto polimérico
transparente eliminando a formação de microbolhas de água na sua
superfície;
4. Agentes de cor ou colorantes: Pigmentos, corantes e
embranquecedores. Conferem tonalidades de cor e brilho, melhorando
o acabamento. Podem ser solúveis ou insolúveis no polímero;

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CLASSIFICAÇÃO DOS ADITIVOS
c) Aditivos modificadores de propriedades:
5. Agentes espumantes: produzem plásticos porosos pela liberação de
voláteis durante o processamento. Existem agentes físicos e químicos
de expansão;
6. Agentes Nucleantes: utilizados em polímeros cristalizáveis, aceleram
a velocidade de cristalização e alteram a estrutura cristalina, permitindo
controlar o grau de cristalinidade de uma peça processada reduzindo o
tempo gasto no ciclo de processamento.

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CLASSIFICAÇÃO DOS ADITIVOS
d)Sistemas Heterofásicos:
1. Modificadores de impacto ou tenacificantes: melhoram
significativamente a resistência o impacto;
2. Cargas de enchimento: compostos orgânicos ou inorgânicos
adicionados à formulação de um polímero com o objetivo de reduzir
custos e /ou aumentar a rigidez e temperatura máxima de uso;
3. Cargas reforçantes: compostos orgânicos ou inorgânicos adicionados à
formulação de um polímero com o objetivo de aumentara resistência à
tração ou outra propriedade mecânica específica;
4. Agentes de acoplamento: usados para aumentar a interação química
entre a fase dispersa e a fase contínua em um compósito.

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ADEQUAÇÃO DAS FORMULAÇÕES
A utilização de um tipo de aditivo implica em grandes alterações na
formulação devido aos efeitos adversos em outras propriedades do material.

Exemplo: Fibra de vidro ao PP pode requerer as seguintes alterações na


composição:
• Melhorar a eficiência do sistema antioxidante: a preparação de
compósitos requer uma etapa extra de mistura, aumenta-se a história
térmica do material e, consequentemente, a degradação térmica;
• Adição de lubrificantes: cargas aumentam a viscosidade da massa
fundida;
• Alteração na pigmentação: em geral, apenas tonalidades escuras são
conseguidas em PP + FV;
• Adição de modificadores de impacto: para compensar a perda de
ductilidade causada pelas fibras.
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CONSUMO DE POLÍMEROS NO BRASIL EM 2012

1.798
Fonte: "Perfil 2012 - Indústria Brasileira de
Transformação de Material Plástico”, Abiplast:
Associação Brasileira da Indústria do Plástico
(www.abiplast.org.br)

1.132
1.066
866 em mil toneladas
666
599

266
200
67

PP PVC PEAD PEBD PELBD PET PS EVA EPS

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ESTIMATIVA DO MERCADO DE ADITIVOS
• Estimativa
PP: 20% dodo PPmercado decompostos
utilizado em aditivos com 30% de aditivos e 80% são processados com 1,0% de
aditivos, em média (masterbatches e aditivos já presentes)
1.798 kt resina x 20% = 360 kt resina PP são 70%; 514 kt (total):
Aditivos (30%) = 154 mil toneladas Talco: 50% (77 mil toneladas)
CaCO3 : 25% (38,5 mil toneladas)
Outros aditivos 25% (38,5 mil toneladas)
• PVC: compostos comerciais tem aproximadamente 30% de aditivos.
1.132 kt resina = 1.605 kt de compostos
Aditivos = 481 mil toneladas CaCO3: 41% (197 mil toneladas)
Plastificantes: 47% (226 mil toneladas)
Outros aditivos: 12% (58 mil toneladas)
• PEAD, PEBD, PEBDL: resina é processada com 1,0% de aditivos, em média
(masterbatches e aditivos já presentes na resina).
• PS e PET: resina é processada com 0,5% de aditivos, em média (quantidade presente nos
masterbatches e já presente na resina).
• EPS: geralmente não leva aditivação no processamento.
• EVA: 50% do EVA é destinado a compostos de elastômeros com 30% de aditivos.

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FORMULAÇÕES PADRÃO PARA O PVC
Composto Flexível Dosagem
Conversão
Dosagem 55% de resina em compostos
Padrão (pcr) (%)
de PVC flexível (mangueiras,
Resina de PVC 100 pcr
100
x 100% 54,8% laminados, couro sintético, etc.)
182,5
Estabilizante + 1,5
1,5 pcr x 100% 0,8%
Lubrificante Externo 182,5
20
Carga 20 pcr x 100% 11,0%
182,5
Composto Rígido Dosagem Dosagem
1,0 Conversão
Pigmentos 1,0 pcr x 100% 0,5% Padrão (pcr) (%)
182,5
60 100
Plastificantes 60 pcr x 100% 32,9% Resina de PVC 100 pcr x 100% 82,0%
182,5 122

Total 182,5 pcr 182,5 x 100% 100,0% Complexo de Ca/Zn


2,5
182,5 (estabilizante + 2,5 pcr x 100% 2,0%
122
lubrificantes)
20
Carga 18 pcr x 100% 14,8%
122
82% de resina em compostos Pigmentos 1,5 pcr
1,5
1,2%
122 x 100%
de PVC rígidos (tubos, 122
conexões, forros, etc.) Total 122 pcr 122 x 100% 100,0%

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CÁLCULO DO CONSUMO DE COMPOSTO DE PVC
Resina de PVC em 2012 = 1.132 mil t

FLEXÍVEIS RÍGIDOS
33% 67% Dureza acima
de 70 Shore D

Resina Aditivos Resina Aditivos


55% 45% 82% 18%

Composto Composto
Equivalente Equivalente
~680 mil t ~925 mil t

Composto de PVC em 2012 = ~1.605 mil t

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CONSUMO DE TERMOPLÁSTICOS E ADITIVOS EM 2012
154
Consumo total de termoplásticos no Brasil em 2012:
7,37 milhões de toneladas e 708 mil t de aditivos
481

Observação: o acompanhamento da Abiplast (base para


os cálculos), não considera os plásticos de engenharia,
10,7 poliuretanos, termofixos e elastômeros, o que elevaria de
forma substancial esta estimativa do mercado de aditivos.
8,7
1.798

6,7
3
1.066 1.132
866
666 1,3
599 42,8

266
EPS
200
67
PP PEAD PVC PEBD PEBDL PET PS EVA

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