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FORTALEZA - CE
2021
JOSÉ EPIFANIO DAS CHAGAS
Fortaleza
2021
Autorizo a reprodução e divulgação total ou parcial deste trabalho, por
qualquer meio convencional ou eletrônico, para fins de estudo e pesquisa,
desde que citada a fonte.
The State of Ceará has an extension of 573 kilometers of coastline and is located in a region
with an aggressive marine atmosphere, creating an environment subject to oxidation caused by
the sea water carried by the wind (salty air) in the steel reinforcement of the concrete structures.
The present research intends to analyze the use of composites of the fiberglass bar type
reinforced with polymers as an alternative to the CA50 steel, which is intended to present as
one of the solutions for pathologies in steel reinforcement. The hypothesis that fiberglass rebars
have greater tensile strength than CA50 steel was analyzed, which was confirmed through a
literature review. Thus, the use of composites can be an option and a reality in civil construction,
as long as its use is preserved in structures that will benefit from properties such as its non-
corrosive behavior.
LETRAS MINÚSCULAS
ffu Resistência à tração de projeto de FRP definida como a resistência à tração
garantida multiplicada pelo fator de redução ambiental (ffu = CEffu*) psi (Mpa)
ffu* Resistência à tração garantida da barra de FRP, definida como resistência
média à tração da amostra de corpos de prova menos três vezes o desvio
padrão (ffu* = ffu,ave -3 )psi (Mpa)
fyk Resistência característica ao escoamento
CE Fator de redução ambiental para vários tipos de fibra e condições de
exposição
LISTA DE SÍMBOLOS
d Alongamento
s Tensão
e deformação específica
SUMÁRIO
1 INTRODUÇÃO 15
1.1 Justificativa 16
1.2 Objetivos 17
1.3 Metodologia 17
2 REFERENCIAL TEÓRICO 21
2.1 Concreto armado 21
2.2 Aço 21
2.3 Patologias nas Edificações 26
2.4 Corrosão das Estruturas de Aço 27
2.5 Breve Histórico dos Sistemas de Compósitos 28
2.6 Compósitos: Barras de Fibra de Vidro 29
2.7 Propriedades das Barras de FRP 30
2.7.1 Propriedades Físicas 31
2.7.2 Propriedades Mecânicas 32
2.8 Normatização 33
2.8.1 Normas Relativas ao Concreto Armado 33
2.8.2 Normas Relativas aos Compósitos 34
2.8.3 American Concrete Institute (ACI) - Comité 440 35
3.0 APRESENTAÇÃO DOS DADOS OBTIDOS 39
4.0 AVALIAÇÃO DOS RESULTADOS 42
4.1 Tipo de Ruptura nos Corpos de Prova 42
4.2 Avaliação dos resultados dos Ensaios 43
4.3 Avaliação dos Resultados do Fabricante Stratus 44
5.0 CONSIDERAÇÃO FINAIS 45
5.1 Estudos Futuros 45
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
ANEXO A – REBAR STRATUS: Especificações Técnicas de
vergalhões e Estribos em Fibra de Vidro
ANEXO B – Ficha Técnica Vergafibra
ANEXO C – Cupom Fiscal Eletrônico de aquisição do Vergalhão
em Fibra de Vidro
15
1. INTRODUÇÃO
O interesse por tal estudo justifica-se devido ao Estado do Ceará ter uma extensão
de 573 quilômetros de litoral e estar localizado em uma região com atmosfera marinha
agressiva, devido ao regime de ventos, criando um ambiente sujeito a oxidação causada pela
água do mar carreada pelo vento (maresia).
1.2 OBJETIVOS
1.3 METODOLOGIA
2. REFERENCIAL TEÓRICO
Sua utilização é indicada para a executar estruturas que requeiram esforços tanto de
tração quanto de compressão simples. Embora o concreto seja um material que apresente boa
resistência à compressão, “ele oferece baixa resistência à tração. O aço, por sua vez, cumpre a
função de absorver os esforços de tração, servindo também para resistir às tensões de
compressão” (PARIZOTTO, 2017, p. 118). A aderência desses dois elementos, que garante boa
resistência, a facilidade de moldagem e a resistência do aço que permite a realização de diversas
formas arquitetônicas foram as principais virtudes da grande utilização do concreto armado na
construção civil.
2.2 AÇO
Suas propriedades, inclusive para o seu uso na construção civil, têm grande relação
com o que o constitui e com o que são aderidos em seus processos de fabricação. Assim, a
concentração de carbono define a natureza de uso à qual se destina tal liga. Para aços destinados
ao uso no concreto armado tem-se os aços de baixo carbono (normalmente em concentrações
abaixo de 0,3%), os quais aliam uma razoável resistência com uma boa capacidade de
ductilidade, importante na moldagem das estruturas.
Ainda por CHIAVERINI (2008), as ligas de aço para a construção civil classificam-
se de acordo com a aplicação e são denominados como “aços estruturais ao carbono com
pequenos teores de elemento de liga, com boas ductilidades e soldabilidade e elevado valor
de relação limite de resistência à tração para limite de escoamento” (grifo nosso). Todas
essas características garantem um adequado uso na confecção do concreto armado.
De acordotensão
Diagrama com axABNT (NBR ISO 6892-1, 2013, p. 17), “o corpo de prova é obtido
deformação
por usinagem de uma amostra do produto, por estampagem, ou ainda por fundição. Produtos de
seção transversal uniforme
É o gráfico obtido (perfis, barras,
através dos fios etc.),
resultados podem
do ensaio, ser ensaiados
podem-se sem serem
calcular vários valores usinados”.
de tensão e deformação correspondente no corpo de prova, como se fosse uma tabela
Em um corpo de provas não usinado, com diâmetro acima de 4mm, são utilizadas
de tensões e deformações correspondentes e depois basta se plotar o gráfico.
barras do material, como exemplificado na figura 3, temos (L0) o comprimento inicial
conhecido eDiagrama
área de Seção
tensão x(Sdeformação
0). convencional
Determinação do alongamento
15
Fig. 8 – Diagrama Tensão x Deformação convencional e real para material dúctil (aço), sem escalas.
Assim,
[...] um pequeno aumento de tensão acima do limite de elasticidade resulta em colapso
do material e faz com que ele se deforme permanentemente. Esse comportamento é
denominado escoamento e é indicado pela região sombreada escura da curva
(HIBBELER, 2004, p.65).
O Diagrama Tensão deformação caracteriza muito bem essa propriedade dos
materiais dúcteis.
Quadro 2 – Tabela B.3- Propriedades mecânicas exigíveis de barras de Aço e fios de aço destinadas a armadura de
concreto armado.
Portanto, devido à sua ductilidade, o aço para concreto armado demonstra através
dessa característica que está sob elevadas tensões e que antes de se romper sofrerá grandes
deformações. No cotidiano constitui o aviso de que o colapso da estrutura está próximo e que
26
cuidados devem ser o mais rápido aplicados, ou para manter a estrutura, ou para salvaguardar
a vida humana.
A preocupação com estes edifícios, com seus problemas é muito antiga e pode-se dizer
que nasceu com o próprio ato de construir. Esta preocupação, contudo, não se revestia
antigamente de caráter sistemático estando restrita ao estudo de alguns problemas
mais comuns, geralmente aqueles que provocam alguma falta de segurança
(LICHTENSTEIN, 1985, p. 2).
1
Publicação do Jornal Diário do Nordeste, in
https://diariodonordeste.verdesmares.com.br/metro/predio-residencial-de-7-andares-
desaba-em-fortaleza-fotos-e-videos-1.2161965
14 e 24, que são classificados como Classe III-Forte. O
mapa apresentado na Figura 18 compila a classifica-
ção anteriormente descrita. 28
Nesta pesquisa foi priorizada a analise da matriz de resina polimérica com fibra de
vidro, denominados de Fibra de Vidro Reforçada com Polímeros - FRP.
Segundo a Norma ACI 440.1 R15, os produtos de FRP são produzidas por três
processos distintos, de acordo com o tipo de produto a obter. O processo “Filament Winding”
30
pultrusaoImage 1 of 4
Fonte: ISOCOMPÓSITOS, (2021). Disponível em http://www.isocompositos.com.br/pultrusao.asp.
Uma das virtudes da barra de FRP é que ela tem o comprimento ilimitado, sendo o
tamanho do local de produção e a sua logística de transporte seus únicos limitantes.
físicas e mecânicas do mesmo. Em barras de FRP não é diferente, sendo que deve ser
considerado como variáveis a quantidade de fibra e o tipo de matriz, se polimérico ou não, o
processo de produção e a orientação das fibras componentes. (TAVARES, 2003).
σ
CFRP
(MPa)
AFRP
2000 Aço de
Prestressing
protensão
Steel
1000
Aço de armadura
Reinforcing
passiva
Steel
GFRP
0 1 2 3 εε (%)
%
Figura 2.8 - Diagrama Tensão e Deformação dos diversos tipos de armaduras – Design Guidelines for FRP reinforced
Fonte: TAVARES, 2006, p. 17.
concrete, Pilakoutas e Guadagnini (2003).
Tabela 1 - Coeficientes típicos de expansão térmica para barras de reforço (valores típicos para fração de volume
de fibra variando de 0,5 a 0,7).
“A resistência à tração varia de acordo com a seção transversal da barra. Para barras
de GFRP de 9,5mm e 22mm de diâmetro a resistência cai até em 40% (FIB TG 9.3-
2003). Este fato ocorre em virtude do aumento da área de interface entre as fibras e a
resina com o aumento da seção transversal da barra. Os testes de resistência à tração
são muito complexos pelas dificuldades relacionadas com as rupturas das barras em
seções transversais contidas em planos que contém as seções das garras do corpo-de-
prova. A norma ACI 440.1 R15 traz os procedimentos deste ensaio, porém a
resistência à tração das barras de FRP deve ser fornecida pela Indústria responsável
pelo produto a fim de evitar a necessidade de testes complexos a cada utilização. A
indústria, por sua vez, deve ser fiscalizada a fim de que um responsável técnico
assuma a veracidade das informações fornecidas do produto” (TAVARES, 2006, p.
18).
of Reinforced Concrete Bridge Structures, são o regramento de padrões aos quais a indústria da
construção civil americana se baseia.
De acordo com a ISO, as normas da ABNT e da ACI cumprem a norma ISO 19338,
a qual fornece requisitos de desempenho e avaliação para padrões de projeto em estruturas de
concreto. Tal documento é um padrão internacional do tipo “guarda-chuva” com disposições e
diretrizes gerais, destinadas a fornecer ampla latitude na escolha em termos de requisitos gerais
para desempenho e avaliação de estruturas de concreto. E o documento ISO/TC71/SC4 fornece
a lista de normas de países e regiões mundiais que tiveram seus procedimentos aprovados e que
satisfazem a ISO 19338. Além do Brasil e dos Estados Unidos, através desse documento foram
aprovadas as normas da Europa, Japão, Austrália, Colômbia, Arábia Saudita, Egito e Coréia do
Sul.
situação analisados, sendo o American Concrete Institute (ACI) o mais apropriado em nosso
estudo.
Esta Norma foi desenvolvida pela primeira vez em 2001 como um guia para o projeto
e construção de concreto estrutural com barras de FRP. Outros países e regiões, como Japão
(Sociedade Japonesa de Engenheiros Civis 1997b), Canadá (CAN / CSA-S6-06, CAN / CSA-
S806-12) e Europa (fib 2007, 2010) também estabeleceram projetos/documentos semelhantes e
relacionados.
“As estruturas convencionais de concreto são reforçadas com aço não protendido e
protendido. O aço é inicialmente protegido contra a corrosão pela alcalinidade do
concreto, geralmente resultando em uma construção durável e utilizável. Para muitas
estruturas sujeitas a ambientes agressivos, como estruturas marinhas, pontes e
garagens de estacionamento expostos a sais de degelo, combinações de umidade,
temperatura e cloretos reduzem a alcalinidade do concreto e resultam na corrosão
do aço de reforço. O processo de corrosão acaba causando a deterioração do concreto
e perda de capacidade de manutenção” (ACI 440.1 R15, 2015, p. 2, 3, grifo nosso)
A Norma do American Concrete Institute continua que,
“Os materiais compósitos feitos de fibras embutidas em uma resina polimérica, também
conhecido como polímero reforçado com fibra (FRP), são uma alternativa ao reforço de
aço para estruturas de concreto. Os materiais de reforço de polímero reforçado com
fibra são feitos de fibra de aramida contínua (AFRP), fibra de carbono (CFRP) ou fibra
de vidro (GFRP) incorporada em uma matriz de resina. [...] Como os materiais de FRP
são não magnéticos e não corrosivos, os problemas de interferência eletromagnética e
corrosão do aço podem ser evitados com o reforço de FRP. Além disso, os materiais de
FRP exibem várias propriedades, como alta resistência à tração, que os tornam
adequados para uso como reforço estrutural” (ACI 440.1 R15, 2015, p. 3).
Em seu terceiro capítulo a norma embasa historicamente o uso de FRP, onde é feita
uma retrospectiva do seu desenvolvimento, e de algumas aplicações realizadas.
Figura 13 – Aplicação de FRP no tabuleiro superior da ponte Emma Park, no Estado de Utah, EUA, 2009.
Ainda nesse capítulo a norma faz uma ressalva ao uso de FRP, onde reforça que o
mesmo tem alta resistência à tração e exibe comportamento linear tensão-deformação até a
ruptura. Mas “o uso de reforço de FRP deve ser limitado a estruturas que irão se beneficiar
significativamente de outras propriedades, como o comportamento não corrosivo ou não
condutor de seus materiais” (ACI 440.1 R15, 2015, p. 8).
E continua que “devido à falta de experiência em seu uso, o reforço de FRP não é
recomendado para estruturas de momento ou zonas onde a redistribuição de momentos é
necessária” (ACI 440.1 R15, 2015, p. 8).
“A resistência ao fogo dos elementos de concreto armado com FRP pode, dada a
devida consideração às possíveis diferenças em sua resposta ao aquecimento, ser determinada
de forma semelhante à das lajes de concreto armado com aço” (ACI 440.1 R15, 2015, p. 13).
Ou seja, existe uma similitude da RFP em relação ao uso do aço em lajes.
O sétimo capítulo, o mais longo da norma, trata sobre a resistência à flexão. Esse
assunto deve ser observado para casos específicos, o que não faz parte escopo do presente
trabalho, ficando para futuras discussões.
com aço. As diferentes propriedades mecânicas das barras de FRP, no entanto, afetam a
resistência ao cisalhamento e devem ser consideradas. Mas como esse estudo não está dentro
do escopo o mesmo deve ser feito a posterior.
Foram escolhidos sete estudos que tratam sobre o uso de fibra reforçado com
polímeros (FRP), dos quais quatro (Meier, Bakis, Fonseca e Perelles) eram abordagens sobre
reforço de estruturas de concreto armado com FRP; dentre eles, um aborda, além dos reforços
internos, externos e dos tabuleiros de pontes, uma revisão histórica, o estado em que se
apresentavam em 2002 e os desafios futuros. Somente três trabalhos debruçaram-se sobre a
comparação de vergalhões de FRP com os de aço para o mesmo tipo de aplicação: Tavares,
Beiral e Dos Santos.
A pesquisa de Tavares (2006) pode ter sido um dos primeiros trabalhos sobre a
substituição de armaduras de aço por FRP no Brasil. Foi analisado o comportamento à flexão
de vigas armadas com FRP comparadas com vigas armadas com aço CA-50. Apesar de ter sido
analisado somente esse comportamento, o trabalho é bastante completo pois faz um minucioso
estudo nas normas internacionais quanto à classificação das barras de FRP, suas propriedades
físicas e mecânicas e, principalmente, quanto à filosofia do dimensionamento de elementos
estruturais armados com FRP, à luz da norma ABNT 6118:2003, posto que não existe norma
brasileira para este material, e resguardando-se com a norma internacional FIB TG 9.3-2003.
principais áreas de aplicação das barras de fibra de vidro[...]: onde existirem agentes
químicos corrosivos; em construções onde a areia utilizada como agregado de
concreto é salina; em obras construídas perto de água salgada; onde o fator peso
seja determinante; onde se requeira baixa condutividade elétrica; onde se requeira
transparência magnética; onde se use sal para derreter gelo (Beiral, 2012, p.16, grifo
nosso).
Perelles et al. (2013) definiu através do Método de Análise Hierárquica uma rotina
para escolha do tipo de fibra (se tecidos de fibra de vidro, de carbono ou aramida) que mais se
adequa para o uso no reforço estrutural de estruturas de concreto.
O trabalho mais importante para nosso estudo foi o desenvolvido por Dos Santos et
al. (2016) na avaliação de resultados dos ensaios à tração de vergalhões de fibra de vidro e aço
para uso no grampeamento da frente de escavação de túneis em maciços terrosos.
Esse comportamento
SBMR 2016 não é observado no corpo e prova em FRP, posto que o mesmo
se rompe sem apresentar qualquer deformação visível ou significativa que indique seu colapso.
to e de ruptura, o que Figura 6. Deformação da Seção Transversal do CP de
apresenta um intervalo Aço Durante Ensaio em Zona Frágil.
Figura de
18 – Ruptura do corpo de prova em FRP.
do regime plástico
uzido em relação ao aço.
mações são praticamente
da tensão de ruptura ser
so, a insuficiência de
o material não permite
um valor nominal médio
foi determinante para a
zar o extensômetro neste
a que o mesmo poderia
íveis durante os ensaios
ptura do corpo de prova.
anteriormente, a própria
ia para o devido Figura 7. Ruptura do CPFonte: Dos
de Fibra de Santos et al.
Vidro em (2016,
Ensaio dep. 6)
uipamento de ensaio no Tração.
ita a região visível da
, o que impossibilita 4.2 Resultados dos Ensaios
te aparelho nos corpos de
ses. Na Tabela 1 são apresentados os resultados dos
ensaios de tração com as amostras dos
ÃO DOS RESULTADOS vergalhões de fibra de vidro e de aço.
Tabela 4 – Resultados estatísticos resumidos dos ensaios de tração em corpos de prova de FRP e Aço.
Vergalhão de
Vergalhão de
Parâmetros Avaliados FIBRA DE
AÇO
VIDRO
No. De Amostras 5 4
Resistência Média (Mpa) 655,2 889
Desvio Padrão 5,5 94,6
Mediana (Mpa) 654,0 914,4
Fonte: adaptação de Dos Santos et al. (2016, p. 6)
44
Tabela de resultados
Fonte: Stratus (2021), disponível em Anexo A.
Conclusão similar também foi observada pelo American Concrete Institute -ACI
(2015), que é categórico sobre o uso de vergalhões de FRP: deve ser limitado a estruturas que
terão benefícios significativos com o comportamento não corrosivo ou não condutor desses
materiais. Em razão de ainda não se ter experiência bastante para o uso dos reforços de FRP em
estruturas com momento de primeira ou segunda ordem, bem como em zonas onde exista e
necessite-se redistribuição desses momentos, seu uso deve ser evitado e mais estudos são
necessários para tanto.
Devem ser executados ensaios de tração com vergalhões Stratus de 6mm com intuito
de confrontar os resultados das especificações técnicas com resultados experimentais.
Também devem ser verificados estudos sobre outros comportamentos das barras de
FRP relativos à esforços de compressão, flexão e cisalhamento. Todos esses esforços estão
46
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
BAKIS, C.E.; BANK, L.C.; BROWN, V.L.; CONCENZA, E.; LESKO, J.J.; MACHIDA, A.
Fiber-Reinforced Polymer Composites for Construction—State-of-the-Art Review.
American Society of Civil Engineers. Reston, Virginia, 2002.
BEER, F.P.; [et al]. Mecânica dos Materiais, 7a. Ed. Porto Alegre. AMHG, 2015.
48
BEIRAL, W. V. Aderência entre concreto e barras lisas de polímeros reforçado com fibra
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Campos dos Goytacazes, 2012.
HIBBELER, R.C. Resistência dos Materiais. 5a. Edição. Pearson Prentice Hall. 2004.
ORLANDO, Igor Del Gaudio. Projeto de estruturas de concreto armado reforçadas com
compósitos FRP: dimensionamento à flexão e à força cortante / I. D. G. ORLANDO --
versão corr. -- São Paulo, 2019. 196 p. Dissertação (Mestrado) - Escola Politécnica da
Universidade de São Paulo. Departamento de Engenharia de Estruturas e Geotécnica.
SALES, A.; RIBEIRO, Daniel Veras (org.) et al. Corrosão e degradação em estruturas de
concreto: teoria, controle e técnicas de análise e intervenção/ - [1. ed.] – Rio de Janeiro:
Elsevier, 2018.
Agosto de 2014
1- OBJETIVO
Descrever as características técnicas dos vergalhões em Plástico Reforçado por fibra de vidro
(PRFV / FRP), fabricados através do processo de “pullwinding” para aplicações em projetos
especiais de engenharia.
2- A EMPRESA
A STRATUS Compostos Estruturais Ltda é uma Empresa 100% Brasileira, formada por
técnicos e engenheiros das áreas de Mecânica, Engenharia de Materiais, Civil, Química e
Aeroespacial, focada no desenvolvimento e produção de materiais compósitos estruturais a base
de fibras de vidro, carbono ou aramida com alta tecnologia e elevada resistência à corrosão e
desempenho mecânico.
Originada do segmento espacial e aeroespacial, possui larga experiência na fabricação de
produtos com nível de qualidade e exigências elevadas em atendimento às principais normas
nacionais e internacionais.
Além de recursos humanos altamente capacitados, a Stratus possui equipamentos e recursos
tecnológicos de última geração voltados para especificação, projeto, fabricação e montagem
dos mais diversos produtos e serviços para os segmentos de petróleo e gás, saneamento,
aeroespacial, infraestrutura, química e petroquímica, construção civil e indústria em geral, levando
a Stratus a ser referência de qualidade e atendimento e uma das empresas líderes de mercado.
4- CERTIFICAÇÕES e HOMOLOGAÇÕES
Além da certificação ISO 9001:2008, conforme certificado nº 71264-2010-AQ-BRA-INMETRO
DNV, a Stratus é homologada tecnicamente para atendimento da Petrobras com o CRCC
Nº037276.
Possuímos também os certificados de Type Approval pelos órgãos certificadores ABS, DNV e BV ,
garantindo qualidade superior para atendimento das condições mais críticas de aplicação.
Para fabricação de estribos em fibra de vidro o processo consiste em uma linha consecutiva de
envolvendo a fabricação de barras contínuas com etapas posteriores de dobra no formato e
dimensões desejadas, acabamento e cura final.
6- DESCRIÇÃO TÉCNICA
Vergalhões e estribos em Plástico Reforçado por Fibra de Vidro (PRFV / FRP), produzidos pelo
processo de “pullwinding” com a aplicação de fibras de vidro especiais e resina termofixa epóxi
éster vinílica, resultando em um produto resistente quimicamente em meio ao concreto ou nata de
concreto, com elevado módulo de elasticidade e elevado nível de aderência ao concreto.
8- CÓDIGOS STRATUS
Os códigos Stratus de referência para especificação, encontram-se conforme relação abaixo:
a) Vergalhão em barras com ranhuras helicoidais é o VERGS
b) Vergalhão em barras com ranhuras helicoidais e quartzo na superfície é o VERGQS
c) Vergalhão em barras lisas é o BCS
d) Estribos e contraventamentos é o EVERGS
e) Telas é o TVERGS
Isolante Térmico e Elétrico – não absorve calor e não conduz energia elétrica
11- CORES
A cor característica dos vergalhões em fibra é o branco leitoso. Cores especiais podem ser
fabricadas sob consulta.
a) NORMAS APLICADAS
Os vergalhões produzidos pela Stratus seguem os padrões de normas internacionais, que
conferem aos seus produtos o desempenho e a qualidade necessários para as mais diversas
exigências de aplicações.
Através dos valores obtidos no ensaio de tração, demonstrados abaixo, pode se observar que
estes resultados em uma série de 10 corpos de provas ensaiados, são superiores aos valores
demandados em projeto.
Tabela de resultados
d) RESULTADOS DE ENSAIOS
Abaixo podem ser observados outros ensaios mecânicos realizados para o Rebar
Stratus:
ENSAIOS MECÂNICOS
Flexão , Tração , Cisalhamento e Compressão
Dinheiro 40,00
Troco 5,00
DADOS PARA ENTREGA
09/02/2021 13:24:28
2321 0201 4387 8400 4356 5923 0130 2860 2607 8319 9153