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de
Construção
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INSTITUTO FEDERAL SUL RIOGRANDENSE
CURSO TÉCNICO DE NÍVEL MÉDIO EM ELETROMECÂNICA
PROFESSOR AMILTON CRAVO MORAES
É proibida a reprodução total ou parcial, por quaisquer meios, bem como a produção de apostilas,
sem autorização prévia, por escrito, do IFSUL
p.:94 il.
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Apresentação
presentação
O objetivo desta apostila é facilitar o estudo de Materiais de Construção.
Construção Nele
você vai encontrar também uma seqüência de conteúdos correspondente ao conteúdo
programático da disciplina. Como o assunto é extenso, teremos uma divisão por
unidades, onde você vai estudar:
- Propriedades dos Materiais
- Processos de Conformação Mecânica
- Materiais Não Metálicos
- Materiais Metálicos
Esses conheciment
conhecimentos são indispensáveis à manutenção em geral. Se você já
trabalha numa indústria, ou se deseja trabalhar como técnico em manutenção precisa
saber as propriedades dos materiais de construção
construção, os procedimentos para
tratamentos térmicos, como são utilizados na prática. e com
om esse conhecimento, você
estará preparado para especificar materiais.
Mesmo que você já tenha alguns conhecimentos de materiais de construção,
construção
procure acompanhar todas as aul
aulas,
as, resolvendo as atividades propostas e,
preparando-se
se para as avaliações, não só para atingir a sua aprovação
aprovação, mas,
principalmente para sedimentar todas as informações referentes a Materiais de
Construção,, para a sua vida profissional. Assim, os conhecimentos
entos que você já possui
se tornarão
rnarão mais sólidos. Evite faltar aulas porque, as informações estão relacionadas
entre si. No final de cada unidade são apresentados exercícios. É importante que você
os faça e confira suas respostas junto ao professor. Dessa forma, poderá ver o que
errou ou acertou. Não se preocupe com erros. Descobrir um erro e corrigi
corrigi-lo é um
meio valioso de aprender.
No fim da disciplina
disciplina,, você terá adquirido uma série de conhecimentos de
mecânica que o ajudarão a compreender melhor o unive
universo
rso da mecânica e a
importância de ser um profissional nessa área.
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Índice
3.1 Fundição 19
3.2 Laminação 22
3.3 Forjamento 24
3.4 Estampagem 28
3.5 Extrusão 33
3.6 Trefilação 36
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4.1 Plástico 40
4.2 Elastômeros 43
Unidade V – Materiais Metálicos 46
5.2.1 Aços 55
5.4.5 Chumbo 91
5.4.7 Zinco 92
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Compósitos - Comp
Compósitos consistem na combinação de dois ou mais materiais
diferentes. O Fiberglass é um exemplo bem familiar, onde as fibras de vidro são
adicionadas a um material polim
polimérico. Um compósito é desenvolvido para combinar
c as
melhores propriedades dos materiais que o constituem. O Fiberglass, por exemplo,
adquire a dureza do vidro e a flexibilidade do polímero.
mero. Muitos dos recentes materiais
desenvolvidos atualmente ssão compósitos.
Semicondutores - Semicondutores podem ser definidos como materiais que
conduzem corrente elétrica
trica melhor que os isolantes
isolantes, mas não
o melhor que os metais.
Um grande número de materiais
ateriais satisfaz a estas condições e
emm temperatura
temperatur ambiente,
ıstica dos metais é da ordem de 104 à 106 ohm-1cm-1,
a condutividade caracteríıstica
enquanto nos isolantes é da ordem de 10-25 à 10-9 ohm-1.cm-1
-
. Os materiais
10 e 104 ohm-1
classificados como semicondutores possuem condutividade entre 10-9
cm-1. Normalmente a condutividade dos metais diminui com o aumento da
temperatura. Com os semicondutores ocorre o contr
contrário, a condutividade aumenta
com o aumento da temperatura. Nos semicondutores o processo de condução
condu pode
ocorrer de modo não iônico
nico onde h
há o transporte de carga ou de massa.
massa
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2.1 Propriedades
es mecânicas
São àquelas
quelas que definem o comportamento do material segundo um
determinado esforço
o a que ele pode ser submetido. De acordo com o ensaio de
tração encontramos o diagrama de tensão x deformação, como mostra a figura a
seguir. (Lei de Hooke)
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Figura 01
01. Diagrama de Tensão x Deformação
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O módulo
dulo de elasticidade (m
(módulo de Young) é quociente entre a tensão
tens
aplicada e a deformação
o el
elástica resultante. Ele está relacionado com a rigidez do
material. O módulo de elasticidade resultante de tração ou compressão
o é expresso em
unidade de tensão (psi ou kgf/mm2). O valor deste módulo é primordialmente
determinado pela composi
composição do material e é apenas indiretamente relacionado com
as demais propriedades mec
mecânicas. O módulo de Young é determinado a partir do
ensaio de tração.
Plasticidade: É a propriedade que apresentam certos materiais d
de se
deixarem deformar permanentemente
manentemente assumindo diferentes tamanhos ou formas sem
sofrerem rupturas,
upturas, rachaduras ou fortes alterações de estrutura quando
ndo submetidos à
pressões ou choques compat
compatíveis com as suas propriedades mecânicas.
mec A
plasticidade é influenciada pelo calor (o aço ao rubro torna-se
se bastante plástico).
pl
O inverso da plasticidade é a fragilidade ou quebrabilidade; assim, um material
é dito frágil ou quebradiço
o quando o mesmo ao romper
romper-se
se apresenta uma pequena
deformação. A plasticidade pode ser subdividida em:
• Maleabilidade: É a maior ou menor facilidade apresentada
ntada pelo material em
se deformar sob ação
o de uma press
pressão ou choque, compatível
vel com a sua resistência
resist
mecânica. Um material é male
maleável quando sob ação
o do laminador ou do martelo da
forja, não sofre rupturas ou fortes altera
alterações
es na estrutura (endurecimento
inadmissível).
A maleabilidade pode ser a quente ou a frio. Se a maleabilida
maleabilidade
de a frio é muito
grande o material é chamado pl
plástico.
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que a tensão
o de escoamento do material naquela temperatura. A fluência ocorre
mesmo quando o material é solicitado na temperatura ambiente, mas nessa
temperatura a fluência é praticamente desprezível comparada com a que ocorre em
temperaturas elevadas.
O fenômeno da fluê
ência ocorre nos instrumentos
tos de corda, violão,
violã por exemplo.
É importante frisar que certas pe
peças ficam inutilizadas se alongarem apenas 0,01%.
Resiliência: É a maior ou menor rea
reação do material àss solicitações
solicita dinâmicas,
isto é,, a propriedade do material resistir a esfor
esforços externos dinâmicos
micos (choques,
pancadas, etc.) sem sofrer deforma
deformação
o permanente. Como exemplo citamos as peças
pe
de um britador de mandíbulas,
bulas, uma matriz para forjamento, uma ferramenta de corte,
molas, etc. Assim, as molas ssão feitas de materiais de elevada resiliência.
ncia.
Tenacidade: É dada pela energia consumida para fratur
fraturáá-lo. Em outras
palavras, tenacidade mede a capacidade que o material tem de absorver de energia
até fraturarem-se incluindo a deformação elástica e plástica
stica quando essa energia é
absorvida progressivamente.
A tenacidade é,, pois, medida pela área
rea total do diagrama tensão-deformação.
tens
Em geral diz-se
se que um material é tanto tenaz quanto maior é a sua resistência
resist à
ruptura por tração ou distens
distensão; isto nem sempre é verdadeiro, pois alguns aços
aç
doces, por exemplo, são
o mais tenazes que os a
aços
os duros, isto porque os aços
a duros
apresentam, na ruptura um
uma pouquíssima deformação. A tenacidade tem alguma
relação com a resistência
ncia ao choque, porém
m os valores da energia medidos para
ambos os casos não
o concordam para todos os materiais ou condi
condições
es de ensaio.
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Fadiga: Fadiga nã
ão chega a ser uma propriedade do material
ial mais sim, um
problema característico
stico de materiais sujeitos a esfor
esforços cíclicos.
clicos. Quando um material
é sujeito a esforços dinâmicos, durante longo tempo, é observado um
”enfraquecimento” das propriedades mecânicas
nicas ocasionando a ruptura. A fadiga pode
ser também superficial,, ocasionando desgaste de peças
as sujeitas a esforços
esfor cíclicos,
como comumente ocorre em dentes de engrenagens.
2.4 Propriedades
dades elétricas
A mais conhecida propriedade el
elétrica de um material é a condutividade
elétrica.
trica. A condutividade el
elétrica é a propriedade que possuem certos materiais de
permitir maior ou menor capacidade de transporte de cargas el
elétricas.
tricas. Os corpos que
permitem a eletricidade passar são chamados condutores, sendo uma característica
caracter
dos materiais metálicos.
licos. JJá os que não permitem tal fenômeno sã
ão os chamados
materiais isolantes.
O cobre e suas ligas e o alum
alumínio conduzem bem a eletricidade, sendo
empregados na fabricação
o de linhas el
elétricas
tricas e aparelhagens; as ligas Cr-Ni, Fe-Ni
conduzem mal, servido para constru
construção de resistências elétricas,
tricas, como reostatos, etc.
Dentre os materiais isolantes destacam
destacam-se:
se: madeira seca, baquelite, ebonite, etc.
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Confecção
onfecção dos machos - Macho é um dispositivo, feito também de areia, que
tem a finalidade de formar os vazios, furos e reentrâncias da pe
peça.
ça. Eles são colocados
os moldes antes que eles sejam fechados para receber o metal líquido.
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3.2 Laminação
A laminação é um processo de conformação mecânica pelo qual um lingote de
metal
etal é forçado a passar por entre dois cilindros que giram em sentidos opostos, com
a mesma velocidade. Assim consegue
consegue-se
se a redução da espessura do metal a cada
passe de laminação, que é como se chama cada passagem do metal pelos cilindros
de laminação.
Ao passar entre os cilindros, o material sofre deformação plástica. Por causa
disso, ele tem uma redução da espessura e um aumento na largura e no comprimento.
Como a largura é limitada
ada pelo tamanho dos cilindros, o aumento do comprimento é
sempre maior do que o da largura. Se você quer saber como isso funciona, pare
numa pastelaria e veja como o pasteleiro estica a massa. Observe como, a cada
passada, ele reajusta a distância entre os cilindros. Veja que a massa fica cada vez
mais comprida e mais fina.
A laminação pode ser feita a quente ou a frio. Ela é feita a quente quando o
material a ser conformado é difícil de laminar a frio ou quando necessita de grandes
reduções de espessura. Assim, o aço, quando necessita de grandes reduções, é
sempre laminado a quente porque, quando aquecido, sua estrutura cristalina
apresenta a configuração CFC que, como já vimos, se presta melhor à laminação.
Além disso, nesse tipo de estrutura, as forças de coesão são menores, o que também
facilita a deformação.
A laminação a frio se aplica a metais de fácil conformação em temperatura
ambiente, o que é mais econômico. É o caso do cobre, do alumínio e de algumas de
suas ligas. A laminação a frio também p
pode
ode ser feita mesmo em metais cuja
resistência à deformação é maior. São passes rápidos e brandos cuja finalidade é
obter maior precisão nas dimensões das chapas. Em alguns casos, a dureza e a
resistência do material melhoram já que, nesse caso, ele fica ""encruado".
encruado". Quando se
necessita de precisão dimensional e ductilidade, a chapa laminada a frio passa por um
tratamento térmico chamado recozimento.
Sendo a quente ou a frio, a laminação parte dos lingotes que, passando pelos
laminadores, pode se transformar em produtos de uso imediato como trilhos vigas e
perfis. Pode se transformar também em produtos intermediários que serão usados em
outros processos de conformação mecânica. É o caso de tarugos que passarão po
por
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Como já dissemos, para obter um produto laminado, ele tem que passar
diversas vezes pelos laminadores. Na verdade, esse processo tem várias etapas,
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porque além da passagem pelos cilindros, algumas coisas vão acontecendo à medida
que o produto vai sendo laminado. Essas etapas são, em geral, as seguintes:
1. O lingote, pré--aquecido
aquecido em fornos especiais, passa pelo laminador de
desbaste
esbaste e se transforma em placas.
2. A placa é reaquecida e passa então por um laminador que quebra a camada
de óxido que se formou no aquecimento. Nessa operação usa-se
se também jato de água
de alta pressão.
3. Por meio de transportadores de roletes, a placa é levada a um outro
laminador que diminui a espessura e também aumenta a largura da placa original. Na
saída dessa etapa, a chapa também passa por um dispositivo que achata suas bordas
e por uma tesoura de corte a quente.
4. Finalmente, a placa é encaminhada para o conjunt
conjuntoo de laminadores
acabadores, que pode ser formado de seis laminadores quádruos. Nessa etapa ela
sofre reduções sucessivas, até atingir a espessura desejada e se transformar
finalmente em uma chapa.
5. Quando sai da última cadeira acabadora, a chapa é en
enrolada
rolada em bobina por
meio de bobinadeiras. Para a obtenção de espessuras ainda menores, a laminação
prossegue, porém a frio. Para isso, as bobinas passam por um processo de limpeza
da superfície chamado de decapagem. Após a laminação a frio, que dá à sup
superfície da
chapa um acabamento melhor, ela é rebobinada. A bobina resultante passa por um
processo
rocesso de tratamento térmico que produz a recristalização do material e anula o
encruamento ocorrido durante a deformação a frio.
Além da grande variedade de produ
produtos
tos de aço que se pode fabricar por
laminação, esse processo de conformação mecânica também é aplicável ao cobre e
suas ligas, ao alumínio e suas ligas
ligas, à borracha e ao papel.
3.3 Forjamento
O forjamento, um processo de conformação mecânica em que o mate
material é
deformado por martelamento ou prensagem, é empregado para a fabricação de
produtos acabados ou semi
semi-acabados
acabados de alta resistência mecânica, destinados a
sofrer grandes esforços e solicitações em sua utilização. Embora, hoje em dia, o
forjamento seja feito por meio de equipamentos, o princípio do processo continua o
mesmo: aplicação individual e intermitente de pressão, quer dizer, o velho
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martelamento,
artelamento, ou então, a prensagem. O forjamento por martelamento é feito
aplicando-se
se golpes rápidos e sucessivos no metal. Desse modo, a pressão máxima
acontece quando o martelo toca o metal, decrescendo rapidamente de intensidade à
medida que a energia do golpe é absorvida na deformação do material. O resultado é
que o martelamento produz deformação principalmente nas camadas superficiais da
peça, o que dá uma deformação irregular nas fibras do material. Pontas de eixo,
virabrequins, discos de turbinas são exemplos de produtos forjados fabricados por
martelamento. No forjamento por martelamento são usados martelos de forja que
aplicam golpes rápidos e sucessivos ao metal por meio de uma massa de 200 a 3000
3
kg que cai livremente ou é impulsionada de certa altura que varia entre 1 e 3,5 m.
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Elas são bem mais caras que as prensas mecânicas. As operações de forjamento são
realizadas a quente, em temperaturas superiores às de recristalização do metal. É
importante que a peça seja aquecida uniformemente e em temperatura adequada.
Toda a operação de forjamento precisa de uma matriz. É ela que ajuda a fornecer o
formato final da peça forjada. E ajuda também a classificar os processos de
forjamento, que podem ser:
• forjamento em matrizes abertas, ou forjame
forjamento livre;
• forjamento em matrizes fechadas.
As matrizes de forjamento são submetidas a altas tensões de compressão,
altas
ltas solicitações térmicas e, ainda, a choques mecânicos. Devido a essas condições
de trabalho, é necessário que essas matrizes apres
apresentem
entem alta dureza, elevada
tenacidade, resistência á fadiga, alta resistência mecânica a quente e alta resistência
ao desgaste. Por isso, elas são feitas, em sua maioria, de blocos de aços
aços-liga forjados
e tratadas térmicamente. Quando as solicitações são a
ainda
inda maiores, as matrizes são
fabricadas com metal duro.
No forjamento livre, as matrizes têm geometria ou formatos bastante simples.
Esse tipo de forjamento é usado quando o número de peças que se deseja produzir é
pequeno e seu tamanho é grande. É o cas
casoo de eixos de navios, turbinas, virabrequins
e anéis de grande porte. A operação de forjamento livre é realizada em várias etapas.
Como exemplo, a ilustração mostra o estiramento de uma parte de uma barra.
Observe a peça inicial (a) e o resultado final (e)
(e).. A operação é iniciada com uma matriz
de pequena largura. O estiramento acontece por meio de golpes sucessivos e avanços
da barra. A barra (b,c,d,e) é girada 90° e o processo repetido (f). Para obter o
acabamento mostrado em (g), as matrizes são trocadas por outras de maior largura.
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3.4 Estampagem
Estampagem é um processo de conformação mecânica, geralmente realizada
a frio, que engloba um conjunto de operações
operações.. Por meio dessas operações, a chapa
plana é submetida a transformações que a fazem adquirir uma nova forma geométrica,
plana ou oca. Isso só é possível por causa de uma propriedade mecânica que os
metais têm: a plasticidade.
As operações básicas de estam
estampagem são:
• corte
• dobramento
• estampagem profunda (ou "repuxo")
Assim como nem todo material pode ser laminado, nem todo material pode
passar pelas operações de estampagem. As chapas metálicas de uso mais comum na
estampagem são as feitas com as ligas de aço de baixo carbono, os aços inoxidáveis,
as ligas alumínio-manganês,
manganês, alumínio
alumínio-magnésio e o latão 70-30, que tem um dos
melhores índices de estampabilidade entre os materiais metálicos. Além do material,
outro fator que se deve considerar nesse processo é a qualidade da chapa. Os itens
que ajudam na avaliação da qualidade são: a composição química, as propriedades
mecânicas, as especificações dimensionais, acabamento e aparência da superfície.
A composição química deve ser controlada n
no processo de fabricação do metal. A
segregação de elementos químicos, por exemplo, que pode estar presente no lingote
que deu origem à chapa, causa o comportamento irregular do material durante a
estampagem.
As propriedades mecânicas, como dureza e resistência à ttração, são
importantíssimas na estampagem. Elas são determinadas por meio de ensaios
mecânicos que nada mais são do que testes feitos com equipamentos especiais.
Esses dados, juntamente com dados sobre a composição química, geralmente são
fornecidos nas especificações
pecificações dos materiais, presentes nos catálogos dos fabricantes
das chapas e padronizados através de normas.
As operações de estampagem são realizadas por meio de prensas que podem
ser mecânicas ou hidráulicas, dotadas ou não de dispositivos de aliment
alimentação
automática das chapas, tiras cortadas, ou bobinas.
A seleção de uma prensa depende do formato, tamanho e uantidade de peças
a serem produzidas e, conseqüentemente
conseqüentemente, do tipo de ferramental que será usado.
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com aços ligados, chamados de aços para ferramentas e matrizes. O fio de corte da
ferramenta é muito importante e seu desgaste, com o uso
uso,, provoca rebarbas e
contornos pouco definidos das peças cortadas. A capacidade de corte de uma
ferramenta pode ser recuperada por meio de retificação para obter a afiação.
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3.5 Extrusão
Assim como a laminação, a extrusão é um processo de fabricação de produtos
semi-acabados,
acabados, ou seja, produtos que ainda sofrerão outras operações, tais como
corte, estampagem, usinagem ou forjamento, antes de seu uso final. Como resultado
disso, obtém-se uma
a das importantes características do produto extrudado: seção
transversal reduzida e grande comprimento.
O processo de extrusão consiste basicamente em forçar a passagem de um
bloco de metal através do orifício de uma matriz. Isso é conseguido aplicando-se
aplicando altas
pressões ao material com o auxílio de um êmbolo.
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Trata-se
se de um processo de fabricação relativamente novo, se comparado com
a maioria dos outros processos de conformação mecânica. As primeiras experiências
com extrusão foram feitas com chumbo no final do século passado. O maior avanço
aconteceu durante a Segunda Guerra Mundial, com a produção de grandes
quantidades de perfis de alumínio para serem usados na indústria aeronáutica.
Atualmente, não só metais mais dúcteis, como o alumínio e suas ligas e o
cobre e suas ligas, podem passar pelo processo de ex
extrusão.
trusão. Também é possível
fabricar produtos de aço ao carbono e aço inoxidável por meio de extrusão. Produtos
de plástico, principalmente embalagens, também são fabricados por extrusão.
No que se refere ao uso do alumínio, as variedades de perfis que se p
pode
fabricar é quase ilimitada. As seções obtidas são mais resistentes porque não
apresentam juntas frágeis e há melhor distribuição do metal. O processo fornece,
também, uma boa aparência para as superfícies.
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Figura 14, Pr
Processo de extrusão direta
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3.6 Trefilação
Por esse processo, é possível obter produtos de grande comprimento contínuo,
seções pequenas, boa qualidade de superfície e excelente controle dimensional.
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Com deslizamento
Essa máquina é usada para a trefilação de fios metálicos de pequeno diâmetro.
Nela, o fio parte de uma bobina, passa por uma roldana e segue alinhado até a
primeira fieira. Na saída da fieira, o fio é tracionado por um anel tirante e é enrolado
nele com um número de voltas que depende da força do atrito necessária para
tracionar o fio através da primeira ffieira.
ieira. O movimento helicoidal do fio provoca seu
deslizamento lateral pelo anele o sistema prossegue dessa forma para as demais
fieiras e anéis.
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b. Copolimerização
o Consiste na combina
combinação
o de dois grupos de monômeros
mon
diferentes por polimeriza
polimerização. A esta operação de polimerizar os monômeros,
mon
previamente misturados, se chama copolimerização e copolíımeros
ımeros as resinas obtidas.
c. Policondensaçã
ção Alguns compostos químicos,
micos, como o fenol ou o
formaldeído não
o polimerizam isoladamente. A este processo se denominou
policondensação
o porque na opera
operação se desprendem algumas moléculas
culas de água. O
produto resultado dos processos mencionados acima ssão
o as resinas básicas
b que
funcionam como matéria-prima
prima para a produ
produção
o de dois grandes grupos de materiais:
os plásticos e os elastômeros
meros.
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4.1 Plástico
A melhor definição
ção para materiais plásticos foi dada pela Britsh Standards
Institute (Instituto Britânico
nico de Padr
Padrões) que diz:
”Plástico é definido como um grande grupo de materiais sólidos,
ólidos, compostos
eminentemente orgânicos,
nicos, usualmente tendo por base resinas sintéticas
ticas ou polímeros
pol
naturais modificados e que possuem, em geral, apreci
apreciável resistência
ncia mecânica.”
mec
O plástico
stico original, nitrocelulose, é oriundo da celulose usualmente na forma de
polpa de madeira, enquanto o fenol e formalde
formaldeído, necessário á confecção
confec da resina
fenol-formaldeído, são
o obtidas a partir do carv
carvão. Hoje, a ênfase
nfase tem sido transferida,
muito amplamente para o petr
petróleo e o gáss natural, sendo grande parte da produção
produ de
plásticos
sticos baseada nestas duas matérias-primas. São constituídas pelas chamadas
resinas básicas,
sicas, oriundas do processo de polimeriza
polimerização,, copolimerização
copolimeriza e
policondensação, que são
o as verdadeiras subst
substâncias plásticas.
sticas. Adicionam-se
Adicionam a esta
resina, uma série
rie de compostos qu
químicos,
micos, denominados aditivos, que modificam ou
reforçam as propriedades da resina.
Os aditivos citados, ssão substâncias tais como:
- Estabilizadores: que controlam a degrada
degradação pela luz e calor;
- Materiais de enchimento: que melhoram a resist
resistência
ncia do material;
- Plastificantes:
s: que reduzem a sua fragilidade e os tornam flexííveis.
Os materiais plásticos,
sticos, assim como os materiais met
metálicos
licos devem apresentar
um conjunto de propriedades que os tornem úteis
teis para determinadas aplicações:
aplica
- Características óticas,
ticas, como cor e transpar
transparência;
- Térmicas
rmicas ou de resist
resistência ao calor;
- Elétricas ou resistê
ência dielétrica;
- Mecânicas
nicas ou resist
resistência mecânica;
- Químicas
micas ou resist
resistência à ação de moléculas estranhas.
Além
m dessas, outras duas propriedades ssão
o particularmente importantes nos
materiais plásticos: temperatura de empenamento e temperatura recomendada de
serviço.
Os plásticos são materiais anisotrópicos. Em extrusão,
o, por exemplo, a
resistência na direção da extrus
extrusão
o pode ser 30 a 40% mais elevada do que na direção
dire
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Material Característica
São materiais plásticos que não sofrem alteração química sob a ação
TERMOFIXOS
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TERMOPLÁSTICOS
Fluorcarbonos Quimicamente
uimicamente inerte excelente propriedade Selos anticorrosivos, tubos e
(PTFE (Teflon), elétrica, baixa coe
coeficiente de atrito, pode ser válvulas
lvulas para subst
substãncias
o
TFE) usado a até 260 C químicas,
micas, tintas antiadesivas,
Resistência
ncia qu
química, isolante elétrico, boa Brinquedos, garrafas flexíveis,
Resistência
ncia a distor
distorção a quente e a fadiga, Embalagens de filmes, material
Excelentes propriedades el
elétricas e ópticas, Caixas de bateria, aplicações
Poliéster resistência
ncia a: fadiga, rasgo, umidade, automóveis,
veis, recipientes para
ácidos,
cidos, graxas, óleos solventes. bebidas
Tabela 4.3. Caracter
Características e aplicações típicas dos materiais termoplásticos
42
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4.2 Elastômeros
De um modo geral, elast
elastômeros, semelhantes à borracha, sã
ão materiais que
possuem a propriedade
priedade de readquirir o seu tamanho inicial ap
apóss terem sofrido uma
grande deformação,, dentro de um período relativamente
nte curto. Como material de
construção, desejam-se
se dos elast
elastômeros:
• Grande elasticidade;
• Pequena rigidez, isto é, pequenas tensões
es para grandes deformações;
deforma
• Grande resiliência,
ncia, isto é,, capacidade de restituir a energia recebida com
pequena perda.
O comportamento el
elástico
stico que deve ser dependente do tempo, isto é, deve
existir um intervalo finito de tempo para o material retornar à sua forma primitiva. Sua
dureza é um dos dados mais comumente citados. Dentro de uma faixa de precis
precisão
relativamente larga, pode-se
se relacionar o m
módulo
dulo de elasticidade do elastômero
elast à sua
dureza. Esses valores podem ser adotados, onde a precis
precisão não
o seja essencial.
Os elastômeros são
ão raramente utilizados com carregamento de tração,
tra no
entanto esse carregamento
mento é comumente
e usado para efeitos comparativos. Valores
pequenos indicam tamb
também valores pequenos para as demais propriedades
mecânicas,
nicas, o mesmo ocorrendo para valores elevados. Dentre os elastômeros
elast os mais
conhecidos são:
a) Borracha natural A borracha natural é uma resina de grande variedade de
árvores e plantas, mas especialmente Hevea brasiliensis. A borracha crua não
n tem a
elasticidade e outras propriedades da borracha comercial. Est
Estaa é purificada e
vulcanizada pelo seu aquecimento junto com enxofre varia de 3 a 3,5%, dependendo
da classe da borracha desejada. Os fatores mais importantes da borracha ssão
elasticidade e flexibilidade, mas tamb
também são
o importantes as suas propriedades de
adesão e de resistência a á
água. Sua flexibilidade mantém-se até aproximadamente
−55 oC. Pela modificação na sua composição pode-se
se cobrir uma faixa larga de
condições,
ções, inclusive alta resiliência e resistência mecânica.
nica. O principal inconveniente
da borracha natural é a sua fraca resist
resistência aos óleos minerais.
b) Borracha sintética
tica: Não é propriamente borracha, mas sim um produto
semelhante. Não
o tem a mesma elasticidade, mas é mais resistente à ruptura, ao
envelhecimento, ao calor, ao óleo e aos agentes químicos.
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d) Borracha butílica
lica Apresenta grande impermeabilidade a gases, o que indica
o seu emprego
prego em selos de veda
vedação, principalmente para vácuo.
cuo. Apresenta ainda
excelentes propriedades dielétricas, boa resistência
ncia ao cisalhamento, mesmo
envelhecida e em temperaturas elevadas. Tem excelente resistência
ncia às condições
atmosféricas, luz do sol e óleos animais e vegetais e também
ém ao cisalhamento, flexão,
abrasão e corte.
e) Borracha nítrica
trica Apresenta excelente resist
resistência
ncia aos óleos, baixa
solubilidade e inchamento
chamento e boa
boas resistências á tração e abrasão.
o. Tem boa resistência
resist
a vários
rios solventes comuns, excetuando-se
se alguns, como acetona e benzina. As
borrachas nitrílicas não
o devem ser guardadas nas proximidades de qualquer fonte de
ozônio
nio (motor, luz solar direta, etc.).
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h) Borracha silicônica
nica Suas propriedades se mant
mantém
m por larga faixa de
vel às baixas temperaturas, como −70 oC (ainda com boa
temperatura, sendo utilizável
flexibilidade), até aproximadamente 230 oC. Apresenta ótima resistê
ência ao ozônio,
certos produtos químicos
micos e óleos. Não é recomendável seu uso com hidrocarbonetos,
como querosene e parafina
parafina, óleos minerais leves. Seu custo é mais elevado que dos
outros elastômeros
meros comuns.
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a) Minério
rio de ferro constitui a matéria-prima essencial para a manufatura dos
processos siderúrgicos. Os minerais que cont
contém
m ferro em quantidade apreciável
apreci são
os óxidos, carbonatos, sulfetos e silicatos. Os primeiros são
o os mais importantes sob a
ótica dos processos siderú
úrgicos.
Os principais óxidos
xidos encontrados na natureza ssão: Magnetita,
Magnetita hematita e
limonita.
O minério
rio de ferro antes de ser inserido no alto
alto-forno sofre
e um processo de
beneficiamento, que compreende uma ssérie de operações
es a que os minérios
min de ferro
de várias
rias qualidades podem ser submetidos, com o objetivo de alterar seus
característicos físicos
sicos ou qu
químicos e torná-los mais adequados para a utilização
utiliza nos
alto-fornos.
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Essas operações sã
ão geralmente: britamento, peneiramento, mistura, moagem,
classificação e aglomeraçã
ção.
Os processos de aglomera
aglomeração
o visam melhorar a permeabilidade da carga do
alto-forno, reduzir o consumo de carv
carvão e acelerar o processo
so de redução.
redu Dentre os
processos de aglomeração
o os mais importantes são: sinterização
o e pelotização.
pelotiza
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5.2
.2 Produtos siderúrgicos
Os produtos da ind
indústria siderúrgica são classificados,
dos, conforme mencionado
anteriormente, em função
o do teor de carbono encontrado na liga Fe-C.
Fe O teor de
carbono, como elemento de lig
liga principal, exerce influência significativa
signific sobre as
propriedades dos materiais. Tal influência se explica pelos diferentes níveis
n de
solubilidade do ferro em fun
função da temperatura, que altera a sua forma alotrópica,
alotr e
modifica a capacidade de formar solução com o carbono.
Pode-se
se compreender melhor este fen
fenômeno
meno a partir de uma análise
an do
diagrama de fases Fe-C, apresentado na figura 21. As principais considerações
considera a
serem
rem feitas a respeito do diagrama bin
binário Fe-C, com relação às
à reações que
ocorrem em equilíbrio
brio e das estruturas resultantes, ssão as seguintes:
fusão do ferro puro – 1538 oC e o ponto D,
• o ponto A corresponde ao ponto de fus
impreciso, ao ponto de fusã
ão do Fe3C;
• na parte superior esquerda do diagrama, numa faixa estreita, ocorre uma
reação especial chamada ”perit
”peritética”, na passagem do estado líquido
quido ao sólido,
s em
torno de 1495 oC. a qual, contudo, n
não apresenta importância
ncia sob o ponto de vista
prático. Nesse trecho, ao solidificar, o ferro adquire a estrutura cú
úbica centrada -
chamada, nesse caso, de d (delta), passando, entretanto, quase a seguir, à estrutura
cúbica
bica de face centrada gama (g), que caracteriza o ferro a alta temperatura.
A 912 oC, há a passagem da forma ccúbica de face centrada para cubo centrado
até a temperatura ambiente, na forma alotr
alotrópica alfa (a);
• na faixa de temperaturas em que o ferro est
está na forma alotrópica
alotr gama, ele
tem capacidade de dissolver o carbono presente;
• entretanto,, essa solubilidade do carbono do ferro gama n
não é ilimitada: ela é
máxima a 1.148 oC e corresponde a um teor de carbono de 2,11%. À medida que cai a
temperatura, a solubilidade do carbono no ferro gama decresce; assim, a 727 oC, a
máxima quantidade de carbono que pode ser mantido em solu
solução
o sólida
s no ferro
gama é 0,77%; esses fatos são
o indicados no diagrama pelas linhas JE e Acm, esta
última
ltima representando, portanto, a máxima
xima solubilidade do carbono ou do Fe3C no ferro
gama, nas condições
es de equil
equilíbrio;
• as linhas JE e ECF correspondem à linha ”solidus” do diagrama;
• o carbono afeta, por outro lado, a temperatura de transforma
transformação alotrópica
gama-alfa: a partir de 0% de carbono, essa temperatura de transforma
transformação decresce
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paulatinamente, até que para 0,77% ela se situa a 727 oC. Abaixo de 727 oC não
poderá existir, nas condiçõ
ções de equilíbrio,
brio, ou seja, esfriamento muito lento, ferro na
forma alotrópica
pica gama; tal fato é indicado pela linha PSK ou A1;
• o ponto C, é o conhecido ponto e
eutético do diagrama Fe-C.
C. Observa-se
Observa que o
ponto S assemelha-se
se ao C sendo chamado de ponto eutet
eutetóide.
• entre teores de carbono 0 e 0,77% ocorre n
não apenas a diminuição da
temperatura de transforma
transformação alotrópica gama-alfa, esta transformaçã
ção é gradual ou
se dá em duas etapas: come
começa
a na linha GS ou A3 e termina na linha PS ou A1.
Somente a 727oC ela é instant
instantânea;
• a solubilidade do carbono no ferro alfa n
não é,, de fato, nula: cerca de 0,008%
se `a temperatura ambiente, e a 727 oC, a solubilidade aumenta
de carbono dissolvem-se
para 0.02%; de 727 oC para cima, decresce novamente a solubilidade do carbono at
até
912 oC torna-se nula. Nesse instante, entretanto, o ferro alfa passa a gama, que pode
manter em solução sólida o carbono em teores bem mais elevados, como se viu; os
fatos acima estão
o indicados pelas linhas QP e PG. Pode-se
se chamar a liga Fe-C
Fe com
carbono até 0,008% no má
áximo de ferro comercialmente puro;
• acima de 2,11% de carbono, na faixa dos ferros fundidos, duas linhas
predominam, na fase sólida:
ida: a linha ECF ”sol
”solidus”e
idus”e a linha SK, indicada por A1, abaixo
da qual não pode existir ferro na forma alotr
alotrópica gama;
• a solução sólida
lida do carbono no ferro gama chama
chama-se
se ”austenita”; portanto, na
zona limitada pelas linhas JE, ES, SG e GNJ ssó existe austenita; essa zona
zon é
denominada ”austenítica”;
tica”; esta austenita é um constituinte estrutural de boa
resistência mecânica
nica e aprec
apreciável tenacidade e não-magnético;
• na zona limitada pelas linhas SE (Acm), ECF e SK (A1) existe
simultaneamente austenita e carbono, este último na forma de Fe3C, porque, como se
viu, a solubilidade do carbono no ferro gama não é ilimitada;
• o Fe3C é um carboneto contendo 6,67% de carbono, muito duro e fr
frágil; esse
constituinte é denominado ”cementita” (do latim ”cementum”). As linhas que marcam o
início e o fim das transforma
transformações chamam-se linhas de transformaçã
ção e elas limitam
zonas chamadas zonas crííticas.
Industrialmente, pode
pode-se, portanto distinguir, a par da liga Fe-C
C como:
• Aço-Carbono:
Carbono: 0 008
008% à 2,11% de Carbono;
• Ferro fundido: 2,11 à 4,5% de Carbono.
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5.2.1 Aços
Os aços
os utilizados na constru
construção mecânica
nica se dividem em três
tr grandes
categorias:
• Aços-carbono ou comuns;
• Aços-liga;
• Aços especiais.
Estes últimos contêm
êm elementos anexados propositalmente com a finalidade de
fornecer ou melhorar as caracter
características dos aços: resistência mecânica,
nica, resistência
resist à
corrosão ou ao calor, qualidades magn
magnéticas, etc.
O aço é,, talvez, o material mais empregado na maioria das const
construções
mecânicas, pelas suas ó
ótimas características mecânicas
nicas e sua adaptabilidade.
Comercialmente são
o encontrados sob a forma de a
aços
os fundidos, laminados e
trefilados.
a) Aço-carbono
carbono (ou comum)
Quando o único
nico elemento de liga é o carbono, o material é designado aço-
carbono ou aço-comum. Grandes varia
variações de resistência
ncia e de dureza são
s obtidas
pela modificação das percentagens de carbono ou por tratamentos térmicos.
t Com
base no diagrama de equil
equilíbrio Fe-C, pode-se interpretar as reações
es que ocorrem na
faixa de composições
es correspondentes aos a
aços, que são responsáveis
respons por tais
variações.
Na zona austenítica,
tica, ap
após a solidificação das ligas, só ocorre austenita. No
caso de um aço hipoeutet
hipoeutetóide - entre 0,008% e 0,77% de carbono, o ferro gama da
austenita começa
a a transformar
transformar-se
se em ferro alfa que se separa, visto que ele não
n pode
manter em solução sólida
lida sen
senão quantidades irrisórias
rias de carbono; assim a
composição
o estrutural da liga vai se modificando à medida que cai a temperatura: de
um lado, tem-se ferro puro alfa separando
separando-se
se continuamente e do outro lado a
austenita, cujo teor de carbono vai aumentando, em dire
direção
o ao ponto S.
No instante que a liga atinge a temperatura correspondente à 727 oC, têm-se,
portanto, em equilíbrio,
brio, dois constituintes estrutur
estruturais:
ais: ferro puro na forma alotrópica
alotr
alfa e uma solução sólida
lida de 0,77% de carbono no ferro gama (ou seja, austenita com
0,77% de C). Nesse momento, todo o ferro gama remanescente transforma-se
transforma
abruptamente em ferro alfa. A transforma
transformação é, contudo, tão repentina
entina que não
n há
tempo suficiente
ente para que ocorra uma separa
separação nítida entre o carbono (na forma de
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De um modo geral, a
aços com baixo teor de carbono (até 0,25%) constituem
cerca de 90% da produção
o total de a
aço. A tabela 5.1 apresenta algumas indicações
indica de
utilização
o encontradas comumente na prática.
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0,30 a 0,40 Peças a serem tratadas termicamente; tubos sem costura; árvores e eixos;
bielas; ganchos; parafusos
0,70 a 0,80 Vigas e discos de arado; bigornas; serra de fita; martelos; chaves; molas;
árvores;
rvores; partes de máquinas pesadas.
A ABNT padroniza os a
aços para construção mecânica
nica segundo o teor de
carbono, baseando-se
se nas normas SAE, excetuados alguns a
aços
os que são
s indicados
precedidos pela letra ”D”e ssão baseados nas normas DIN. A representação
representa é feita por
quatro algarismos (classificação SAE), o primeiro algarismo indicando:
1 = aço-carbono
2 = aço-níquel
3 = aço-níquel-cromo
cromo
4 = aço-molibidênio
nio
5 = aco-cromo
6 = aço-cromo-vaná
ádio
7 = aço-tungstênio
8 = níquel-cromo-molibdênio
molibdênio
9 = aço-silício-mangan
manganês
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10XX Aços-carbono
carbono comuns Mn-máximo 1,00%
12XX Aço
o ressulfurado e refosfatado
31XX Aço-níquel-cromo
cromo Ni-1,25% Cr-0,65%
33XX Aço-níquel-cromo
cromo Ni-3,50% Cr-1,57%
41XX Aço-cromo-molibd
molibdênio Cr-0,50 ou 0,95%Mo-0,12
0,12 ou 0,25%
46XX Aço-níquel-molibd
olibdênio Ni-1,57 ou 1,82%Mo-0,20
0,20 ou 0,25%
48XX Aço-níquel-molibd
molibdênio Ni-3,50% Mo-0,25%
61XX Aço-cromo-vanádio
dio Cr-0,80 ou 0,95% V-0,10
0,10 ou 0,15%
92XX Aço-silício-mangan
manganês Mn-0,85% Si-2,00%
Tabela
ela 5.2. Especificação de aços ABNT (SAE)
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A tabela 5.3
.3 apresenta algumas características mecânicas
nicas do aço-carbono
a
especificadas pela ABNT.
2
Tração (kgf;mm ) Alongamento Dureza
ABNT
Ruptura Escoamento (%) (Brinell)
33 18 28 95
1010
37 31 20 105
36 19 28 101
1020
39 33 18 111
41 22 25 116
1025
45 38 15 126
48 26 20 137
1030
53 45 12 149
53 29 18 149
1040
60 40 12 170
57 32 16 163
1045
64 54 12 179
63 35 15 179
1050
70 59 10 197
1060 69 38 12 201
1070 71 39 12 212
1080 78 43 10 229
1090 85 47 10 248
* Os primeiros valores para os laminados a quente e os segundos para os laminados a frio
Tabela 5.3. Características mecânicas dos aços carbono
b) Aço-liga
Existem trêss possibilidades para melhorar a resist
resistência mecânica
nica de qualquer
metal: aplicar processos de fabrica
fabricação por conformação mecânica,
nica, como prensagem e
laminação;
o; tratar o metal termicamente, ou seja, submetê-lo
lo a aquecimento e
resfriamento sob condições
es controladas; ou acrescentar elementos de liga.
A caracterização
o de um a
aço como aço-liga se dá quando a quantidade dos
elementos adicionados for muito maior do que as encontradas nos a
aços-carbono
comuns, sendo esta adiçã
ção responsável por significativa modificação e melhoria em
suas propriedades mecânicas.
nicas.
Dependendo da quantidade dos elementos de liga adicionados, o a
aço-liga pode
ser um aço de baixa liga, se tiver at
até 5% de elementos de adição,
o, ou um aço
a de liga
especial, se tiver quantidades de elementos de liga maiores do que 5%.
Os elementos de liga mais comumente adicionados ao a
aço são: níquel,
manganês,
s, cromo, molibd
molibdênio, vanádio, tungstênio, cobalto, silício
cio e cobre, sendo
possível
vel adicionar mais de um elemento de liga para se obter um aço-liga.
liga.
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A tabela 5.4
.4 apresenta a influência dos elementos de liga na estrutura e nas
propriedades do aço. Alguns dos a
aços-liga obtidos a partir
tir de um ou mais elementos
apresentados na tabela 5.4, são padronizados pela ABNT e foram apresentados na
tabela 5.2.
Elemento Característica
Desoxidante. Reduz o crescimento do grão. Em pequena quantidade aumenta a
Alumínio resistência, mas, em quantidade grande produz fragilidade. Adicionado de 2 a
5% aumenta o poder refratário e antioxidante.
Produz a formação de fibras e partículas finamente divididas. Em pequenas
Chumbo
quantidades favorece a usinabilidade.
Produz: carbonetos duros que fazem aumentar a dureza; têmpera
t muito
profunda e grande resistência ao desgaste. Pequenas adiçõ
ções de cromo dão
tenacidade ao a
aço, aumentando sua resistência
ncia e sua resiliência;
resili diminui a
Cromo
usinabilidade; reduz à zona de têmpera se não vem acompanhado de níquel.
Conserva a dureza a maiores temperaturas; proporciona melhoria da resiliência
à oxidação e à corrosão.
Aumenta a dureza ao rubro. Em altas temperaturas, os carburetos mantêm ainda
Cobalto a dureza, mas, tende a descarburar o aço no tratamento térmico. Faz aumentar
a dureza e a tenacidade, mas em excesso faz diminuir a resiliência.
Utilizado para diminuir a corrosão intergranular nos aços inoxidáveis. Pode
formar carburetos para aumentar a resiliência e a dureza, m
mas
as em geral, não se
Nióbio
faz uso desta possibilidade. Quando adicionado aos aços com certo teor de
cromo reduz o tempo de recozimento por sua ação suavizadora.
Aumenta a dureza, resistência, ductilidade e resiliência. A
Afina
fina a estrutura sem
Níquel prejuízo da usinagem. Atrasa o crescimento do grão. Em grandes quantidades
produz resistência à oxidação a altas temperaturas.
Poderoso desoxidante e desgasei
desgaseificante.
ficante. Aumenta o limite de escoamento dos
Lítio aços-carbono.
carbono. Aumenta a fluidez dos aços inoxidáveis, produzindo fundições
densas com limites elásticos elevados
elevados.
Desoxidante e dessulfurante. Adicionado em pequenas quantidades aumenta a
dureza, a resistência ao desgaste e a resistência à tração. Faz aumentar a
Manganês solubilidade do carbono. Produz um aço austenítico quando a composição de
manganês oscila em torno de 12%. O aço com muito manganês é muito duro e
não-magnético.
magnético. Aumenta o coeficiente de dilatação. Em pequenas quantidades
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c) Aços especiais
O aço Hadfield é um material que quando deformado endurece bastante na
zona deformada, endurecimento este causado pela precipita
precipitação
o da martensita. A
martensita é uma microestrutura ttípica observada no aço quando é submetido ao
tratamento térmico de têmpera.
mpera. Tais características são
o obtidas a partir da adição
adi do
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manganês na proporção
o de 11 a 14% e carbono estando entre 1,1 e 1,4%. A adição
adi
do manganês neste teor dá
á ao aço a notável propriedade de ser, quando solubilizado,
completamente austenítico,
tico, sendo ent
então, muito resistente a choques.
Este aço é aplicado em mand
mandíbulas
bulas de britadeiras e bolas de moinho.
Os aços inoxidáveis
veis como são usualmente conhecidos,, nos dão
d uma idéia de
um material que não
o se destr
destróii mesmo quando submetido a severas condições
condi de
trabalho. Na verdade este tipo de aço não é eterno e sim apresenta uma maior
resistência à corrosão,
o, quando ssubmetido a um determinado meio ou agente
agressivo. Apresenta tamb
também uma maior resistência à oxidação a altas temperaturas
em relação
o a outras classes de a
aços,
os, quando, neste caso em particular, recebe a
denominação de aço
o refrat
refratário.
A resistência à oxida
oxidação e corrosão do aço inoxidável
vel se deve principalmente a
presença do cromo, que a partir de um determinado valor e em contato com o
oxigênio, permite a formaçã
ção de uma película finíssima de óxido
xido de cromo sobre a
superfície do aço, que é imperme
impermeável e insolúvel
vel nos meios corrosivos usuais. Assim
podemos definir como aço
o inoxid
inoxidável o grupo de ligas ferrosas resistentes a oxidação
oxida
e corrosão,
o, que contenham no m
mínimo 12% de cromo.
O cromo favorece o endurecimento produzido pela ttêmpera
mpera em óleo, e refina
os grãos, dificulta a ferrugem, mantendo o material brilhante na atmosfera. Os aços
inoxidáveis são
o resistentes ao ataque de vvários
rios elementos, tais como o ácido acético e
nítrico, os álcalis,
lcalis, sumos de frutas, etc.
Com cerca de 17
17% Cr, ou 18% Cr + 8% Ni, não escamam nas altas
temperaturas como outros aços. A alta resistência dos aços inoxidáveis,
veis, combinada
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5.3.3
.3.3 Tratamentos termoquímicos
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elemento combina-se
se com alguns elementos de liga do aço (principalmente o
alumínio), formando nitretos que têm elevada dureza. Esse tratamento tem como
vantagem sobre a cementação o fator de n
não
ão necessitar têmpera e ainda aumentar a
resistência da peca à fadiga e à corrosão. Tem ainda a vantagem de utilizar
temperaturas menores que a cementação (entre 500 e 560 °C) com menores riscos de
empenos da peça nitretada. Tanto na nitretação como na cem
cementação
entação o interior da
peça não sofre modificações consideradas.
Na carbonitretação
arbonitretação o meio carbo-nitretante
nitretante é uma atmosfera gasosa,
contendo carbono e nitrogênio ao mesmo tempo. A atmosfera pode ser constituída
pelos seguintes gases:
Gás de gerador – 77 a 89%
Gás natural – 9 a 15%
Amônia – 2 a 8%
A temperatura vária de 700º a 900 ºC e o tempo de tratamento é relativamente
pequeno;
equeno; a espessura das camadas carbo
carbo-nitretadas vária de 0,07 a 0,7 mm. A
carbonitretação é usada, geralmente em peças de pequeno porte, como componentes
de máquina de escrever, relógios, aparelhos eletrodomésticos
eletrodomésticos.
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Após a obtenção
o do min
minério (bauxita), são
o retiradas impurezas da bauxita para
que sobre somente a alumina. Para isso, a bauxita é triturada em moinho específico e
misturada com uma soluçã
ção de soda cáustica
ustica no digestor. Dessa forma, a alumina é
dissolvida, a sílica
lica contida na pasta é eliminada, mas as outras impurezas não.
n Então,
elas são
o separadas por processos de sedimentação e filtragem no decantador e no
filtro-prensa
prensa respectivamente.
A solução resultante,
ultante, cham
chamada aluminato de sódio, é colocada em um
precipitador e, nesse processo, obt
obtém-se
se a alumina hidratada. Nesse ponto, a alumina
hidratada pode seguir um entre dois caminhos: pode ser usada como está
est ou ser
levada para os calcinadores. No primeir
primeiro caso, será matéria-prima
prima para produtos
químicos,
micos, como o sulfato de alum
alumínio, usado no tratamento da água
gua e na indústria
ind de
papel. Poderá ser empregada, tamb
também, na produção
o de vidros, corantes e cremes
dentais.
O aluminato de só
ódio é matéria-prima não só para a produçã
ção de alumínio,
mas também de abrasivos, refrat
refratário isoladores térmicos,
cos, tintas e cerâmicos
cer de alta
tecnologia. Na seqüência
cia do processo de produ
produção do alumínio,
nio, o aluminato de sódio
s
precisa perder a água que se encontra quimicamente combinad
combinadaa em seu interior. Tal
processo acontece nos calcinadores onde é aquecido a temperaturas entre 1000 oC e
1300 oC formando a alumina (Al2O3).
Para se obter o alum
alumínio é preciso retirar esse oxigênio
nio que está
est dentro da
alumina. Como essa ligaçã
ção do oxigênio com o alumínio é muito forte, é impossível
separá-lo
lo utilizando os redutores conhecidos, como o carbono, por exemplo, que é
usado na redução
o do ferro. Esse foi o problema que impediu o uso desse metal até
at
pouco mais de cem anos atr
atrás. E isso foi resolvido com a utilização
utiliza de fornos
eletrolíticos.
O processo funciona da seguinte forma: a alumina é dissolvida dentro dos
fornos eletrolíticos em um banho qu
químico á base de fluoretos. Os fornos são
s ligados a
um circuito elétrico, em sé
érie, que fornece corrente contínua.
nua. No momento em que a
corrente elétrica
trica passa atrav
através do banho químico, ocorre uma reação
o e o alumínio
alum se
separa da solução
o e libera o oxig
oxigênio. O alumínio líquido
quido se deposita no fundo do
forno e é aspirado a intervalos regulares por meio de sif
sifões.
Depois disso, ele ser
será resfriado sob a forma lingotes, barras ou tarugos para
ser utilizado na indústria
stria de transforma
transformação. O fluxograma a seguir apresenta todo o
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- A resistência à corros
corrosão é elevada devido a camadas estáveis
veis de óxidos que
se formam ao ar ou sob tratamentos especiais. Quanto mais puro o alum
alumínio, maior é
sua resistência à corrosã
ão. É resistente à ação da água
gua pura, do ácido fosfórico
diluído, do ácido nítrico concentrado, do di
dióxido de enxofre. É sensível
vel à água do mar,
à solda e aos ácidos inorgâ
ânicos;
- Suas propriedades podem ser modificadas
das por elementos ligados;
- O alumínio é mole e d
dúctil,
ctil, mas pode ser endurecido por trabalho a frio, e
certas ligas podem ser laminadas, forjadas, extrudadas, estampadas e fundidas em
areia ou em coquilha.
- Pode ser também
m usinado, lixado e polido;
- Com elementos de liga, pode ser unido por todos os processos usuais:
soldagem, rebitagem, colagem e brasagem. Excelente condutor de calor, sua
condutividade térmica é quatro vezes maior que a do aço.
o. Sua superfície
superf pode ser
anodizada, envernizada e esmaltada;
- Sua condutividade elétrica e ausência
cia de magnetismo o tornam adequado
para aplicações na indústria
stria el
elétrica.
O alumínio
nio puro (aquele que possui 99% ou mais de alum
alumínio),
io), apesar de ter
muitas qualidades desejáveis,
veis, é realmente fraco e não
o responde aos tratamentos
térmicos. A não
o ser onde a resistência é secundária recorre-se
se ao alumínio
alum puro.
Tais características
sticas o tornam indicado para a fabrica
fabricação de laminados muito
finos, embalagens, latinhas de bebidas, recipientes para a ind
indústria
stria química,
qu cabos e
condutores elétricos.
Para melhorar ou modific
modificar as propriedades do alumínio, adicionam
icionam-se a ele
um ou mais elementos
mentos qu
químicos
micos formando suas ligas. Isso acontece depois que o
alumínio puro e liquefeito
efeito sai do forno eletrolítico
tico e vai para o forno de espera onde o
elemento é adicionado.
Os principais elementos de liga adicionados ao alum
alumínio são: cobre,
cobre manganês,
silício, magnésio, zinco e estanho. A tabela a seguir apresenta as caracter
características das
principais ligas de alumínio.
nio.
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ELEMENTO
CARACTERÍSTICAS APLICAÇÕES
ADICIONADO
Alumínio puro Ductilidade, condutividade elétrica e Embalagens, folhas muito finas,
térmica, resistência à corrosão. recipientes para indústria química,
condutores elétricos.
Resistência mecânica, resistência a Rodas de caminhões, rodas, estruturas
Cobre altas temperaturas e ao desgaste, e asas de aviões, cabeçotes de
usinabilidade. cilindros de motores de aviões e
caminhões, pistões e blocos de
cilindros de motores.
Manganês Ductilidade, melhor resistência Esquadrias para construção
constru civil,
mecânica à corrosão. recipientes para indústria
ind química.
Silício Baixo ponto de fus fusão, melhor Soldagem forte, peçças fundidas.
resistência
ncia à corrosão, fundibilidade.
Silício com Resistência
ncia mec
mecânica ao desgaste e Chassis de bicicletas, peças pe de
cobre ou à corrosão,
o, ductilidade, soldabilidade, automóveis,
veis, estruturas soldadas, bloco
manganês usinabilidade, baixa expans
expansão e pistões
es de motores, construção
constru civil.
térmica.
Magnésio Resistência
ncia à corrosão em atmosfera Barcos, carrocerias de ônibus, tanques
marinha, soldabilidade, usinabilidade. criogênicos.
Zinco Alta resistê
ência mecânica e baixo Peças de aviões.
peso.
Zinco e Resistência
ncia à tração e à corrosão, Brasagem.
Magnésio soldabilidade, usinabilidade.
Estanho Resistência
ncia à fadiga e à corrosão por Capas de mancal, mancais fundidos,
óleo lubrificante.
ficante. bielas.
Tabela 5.6. Influência dos elementos de liga na aplicabilidade do alumínio
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Como é possível
vel observar na primeira coluna, referente à designação
designa da série,
as ligas de alumínio
nio para fundi
fundição são indicadas por três dígitos,
gitos, um ponto e um
dígito. Da mesma forma como nas ligas para conformação,
o, cada dígito
d tem um
significado:
• o primeiro dígito classifica
lassifica a liga segundo o elemento principal da liga;
• o segundo e o terceiro d
dígitos; indicam centésimos
simos da porcentagem mínima
m
de alumínio (para o alumínio
nio puro) ou diferentes ligas do grupo;
• o dígito apóss o ponto indica a forma do produto: 0 para peçças fundidas e 1
para lingotes.
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normalmente contém
m 13% de alum
alumínio (Al). Ele é empregado
do na laminação
lamina a frio de
chapas resistentes à corros
corrosão, na fabricação de tubos de condensadores,
evaporadores de calor; recipientes para a ind
indústria química;
mica; ferramentas para a
conformação de plásticos, etc.
O bronze ao silício,
cio, com at
até 4% de silício (Si), apresenta alta resistência
resist à
ruptura e alta tenacidade. Essa liga é usada na fabricação de peças
as para a indústria
ind
naval, pregos, parafusos, tanques para água
gua quente, tubos para trocadores de calor e
caldeiras.
O bronze ao berílio
lio geralmente cont
contém até 12% de berílio
lio (Be). É uma liga que
tem alta resistência à corros
corrosão e à fadiga, relativamente alta condutividade elétrica
el e
alta dureza, conservando
servando a tenacidade. Essas caracter
características são
o adquiridas após
ap o
tratamento térmico.
rmico. Por sua alta resistência mecânica
nica e propriedades antifaiscantes,
essa liga é especialmente indicada para equipamentos de soldagem e ferramentas
elétricas não faiscantes.
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A fim de melhorar a resist
resistência mecânica,
nica, a usinabilidade e a resistência
resist à
corrosão do latão, outros elementos de liga ssão
o adicionados a sua composição.
composi Tem-
se, portanto, os seguintes tipos especiais de latão:
O latão
o ao chumbo cont
contém 1 a 3% de chumbo. Apresenta ótima
tima usinabilidade e
é usado para fabricar peçças por estampagem à quente que necessitam de posterior
usinagem. O latão
o ao estanho tem at
até 2% de estanho e é altamente resistente à
corrosão em atmosferas marinhas. Por isso, é empregado na fabricação
fabrica de peças
para a construção
o de barcos. O latão ao níquel é usado no lugar do bronze para
fabricar molas e casquilhos de mancais.
c) Ligas cobre-nÍquel
quel. São as últimas ligas da família
lia de cobre são
s aquelas
em que o níquel
quel participa em propor
proporções que variam entre 5 e 50%. Possui boa
ductilidade, boa resistência
ncia mec
mecânica e à oxidação,
o, e boa condutividade térmica.
t São
facilmente conformáveis,
veis, podendo ser transformadas em chapas, tiras, fios, tubos e
barras.
Elas podem ser unidas pela maioria dos m
métodos
todos de solda forte e por solda de
estanho. Com uma propor
proporção de até 30% de níquel, a liga é usada na confecção
confec de
moedas e medalhas. As ligas com teores de n
níquel
quel na faixa de 35 a 57% recebem o
nome de constantan e são
o usadas para a fabricação de resistores.
O cobre e suas ligas, assim como os outros metais, tamb
também
m têm
t suas formas
comerciais padronizadas. Isso se tornou necessário
rio porque, com o desenvolvimento
tecnológico,
gico, novas ligas foram surgindo e seu número
mero aumenta a cada dia.
As ligas de cobre ssão classificadas
das em dois grandes grupos: ligas dúcteis,
d ou
para conformação, e ligas para fundi
fundição. Dentro
o dessas duas classificações,
classificaçõe elas
ainda são
o designadas de acordo com sua composição química.
mica. A norma brasileira
onde isso está estabelecido é a NBR 7554, que é baseada na norma da ASTM
(American Society for Testing and Materials) dos Estados Unidos. De acordo com
essas classificações,, as ligas d
dúcteis são
o designadas da seguinte maneira.
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d. Ligas
igas para Telecomunica
Telecomunicações: São ligas com ótimas
timas características
magnéticas.
As principais são:
- Permalloy (Ni, Fe)
Fe): Alta permeabilidade para baixas
aixas intensidades de campo.
Requer tratamento térmico
rmico especial.
- Hipernik (Ni, Fe)
Fe): Alta permeabilidade para intensidade de campo mais
elevado.
- Perminvar (Ni, Fe, Co)
Co): Permeabilidade constante em campos magnéticos
magn
fracos.
e. Ligas magnéticas
ticas: São ligas utilizadas na produção de ímã
ãs permanentes.
Alnico (Ni, Mn): Ligas nã
ão maleáveis.
eis. Existem sob a forma de peças
pe fundidas e
sinterizadas.
f. Ligas especiais
- Constantan (Ni, Cu)
Cu): Condutividade elétrica
trica praticamente nula.
- Klinvar (Ni, Cr, Fe)
Fe): Apresentam módulo
dulo de elasticidade constante em ampla
zona de temperatura. Empregado em engrenagens de rel
relógio
gio e dispositivos de
sincronização para rádios.
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5.4.4
.4.4 Magnésio e suas ligas
O magnésio é caracterizado por sua leveza, pois tem um quinto da densidade
do ferro. Funde-se a 651 oC e oxida
oxida-se com facilidade. A maior utilizaçã
ção do magnésio
(50%) é como elemento de liga do alum
alumínio. É usado também na fabricação
fabrica de ferro
fundido nodular e na redu
redução
o de metais (35%). Somente 15% são
s usados na
fabricação de produtos somente com magnésio
magnésio.
As ligas de magné
ésio
sio podem ser fundidas ou conformadas por laminação,
lamina
forjamento ou extrusão.
o. Elas ttêm como característica baixa densidade, alta resistência
resist
e dureza em baixas e altas temperaturas e elevada resist
resistência
ncia à corrosão em
temperatura ambiente. As propriedades mecânicas
nicas de algumas delas podem ser
melhoradas por tratamento ttérmico.
5.4.5 Chumbo
O chumbo é um m
metal
etal de cor acinzentada, pouco tenaz, porém
por dúctil e
maleável. É bom condutor de eletricidade, embora não seja magnético,
tico, mal condutor
de calor e se funde a 327 oC.
Seu minério é a galena (PbS). Quando a galena n
não é muito pura o método
m de
extração do chumbo consiste na prévia ustulação do minério
rio em fornos de revérbero,
rev
seguida de uma redução
o por intermédio
dio de agentes redutores processada num forno
de cuba. O redutor pode ser o ferro que se transforma em sulfato de ferro, deixando o
chumbo em estado livre.
É facilmente laminado, pois é o mais mole dos metais pesados. Pode ser
endurecido em liga com enxofre (S) ou antim
antimônio (Sb). É resistente à água do mar e
aos ácidos, mas é fortemente atacado por substâncias básicas.
sicas. Oxida-se
Oxida com
facilidade em contato com o ar. Outras propriedades que permitem grande variedade
de aplicações são:
o: alta densidade, flexibilidade, alto coeficiente de expansão
expans térmica,
boa resistência à corrosão,
o, condutibilidade el
elétrica,
trica, facilidade em se fundir e formar
ligas com outros elementos.
ntos.
O chumbo é usado como isolante ac
acústico
stico e amortecedor de vibrações.
vibra Pode
ser laminado a espessuras de at
até 0,01 mm. É um metal amplamente utilizado como
base nas ligas anti-fricçã
ção, que são utilizadas como material para confecção
confec de
mancais. As ligas de chumbo com esta finalidade são denominadas ”metais babbitt”.
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O chumbo também
m pode ser utilizado como metal de adi
adição
o na formação
forma de
ligas destinadas à confecçã
çãoo de soldas fracas, amplamente utilizadas na indústria
ind de
eletro-eletrônicos. Permite a reciclagem de sua sucata. No Brasil, o reaproveitamento
dessa sucata corresponde a um terço
o das nossas necessidades dessa matéria-prima.
mat
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Possui a resistência
ncia à tração da mesma ordem do alumínio
nio ou do magnésio,
magn
mas não apresenta a vantagem d
dee possuir a baixa densidade destes metais. Sua
densidade se aproxima mais do a
aço e do cobre, mas lhe falta a resistência
resist mecânica
desses metais.
O zinco é empregado como pigmento em tintas, como elemento de liga com o
cobre, na produção do latã
ão e, sobretudo, para proteger outros metais, principalmente
o aço,
o, por meio da galvaniza
galvanização. Pode ser utilizado como metal de base na formação
forma
de ligas destinadas à fundi
fundição, sobretudo em fundição sob pressão
o e por gravidade. O
emprego de Zn eletrolítico
tico (com 9
99,99% de pureza) nas ligas elimina as variações
varia
dimensionais das peças
as fundidas e a corros
corrosão intergranular. As principais ligas de
zinco são:
a. SAE 921 (Zamak 2)
2): Apresenta a mais elevada resistência à tração e a maior
dureza de todas as ligas desta ssérie. Esta liga é empregada em casos em que a
resistência à tração é mais importante do que a perman
permanência
ncia de dimensões
dimens e a
resistência ao impacto.
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As ligas Sn-Zn
Zn e Sn
Sn-Ni são
o utilizadas na estanhagem de peças
pe para
motocicletas e automóveis,
veis, ferramentas,
s, partes de instrumentos científicos
científico de
precisão. Ligas anti-fricçã
ção podem ser obtidas à base de estanho. Apresentam
plasticidade e aderência muito grandes, sendo utilizadas como materiais para
confecção de mancais.
Comparadas com outros materiais com esta finalidade,, essas ligas apresentam
resistência à fadiga relativamente baixa, de modo que são
o mais recomendadas para
condições
es de baixa carga. Entretanto, sua resistência à corrosão é bem maior que a
das ligas à base de chumbo. O estanho puro e associado com antimônio
antim e cobre é
matéria-prima
prima para a produ
produção de material de solda.
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