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Dourados, MS
Dezembro de 2019
Lucas Eduardo Martinelli dos Santos
Dourados, MS
Dezembro de 2019
Agradecimentos
Ao professor Rafael Ferreira Gregolin por ser meu orientador e não ter
desacreditado do tema deste trabalho em momento algum;
Ao professor José Ezequiel de Souza por autorizar o uso de sua mufla, o qual foi
de extrema importância para a continuidade do experimento;
Aos meus pais Adenilson dos Santos e Lilian Maria Martinelli, à minha irmã
Giovana Martinelli dos Santos, à minha namorada Jessica Adriana, agradeço por todo o
apoio e carinho que me deram nesta empreitada.
In Materials Engineering and Science, in order to obtain a material with the chemical and
mechanical characteristics required by a given project, a thorough study on the alteration
of these properties by methods known as heat treatments is used. A Quenching is one of
the best known of these processes and its purpose is to impart hardness to the material
that is subjected to it. Nodular Cast Iron, characterized by its high ductility and toughness,
eventually becomes the perfect study material as it is used in its raw melt state and there
are many other types of hard alloys which do not require tempering in the market. your
similar White Cast Iron. The temperability of Nodular Cast Iron is tested by considering
the high carbon content present in its composition. The objective of this work is to
evaluate the microstructural properties of this material subjected to a tempering heat
treatment, evaluating issues such as the influence of the process level, as well as the
microstructure and microhardness obtained after the treatment. Three specimens were
used for three different tempering temperatures at the same level for all, where after the
proper metallography processes and microstructural analyzes, it was possible to verify
the formation of unrevealed martensite, objective phase of the heat treatment in question.
1. INTRODUÇÃO ........................................................................................................ 9
2. OBJETIVOS............................................................................................................ 10
2.1. Objetivo Geral .................................................................................................. 10
2.2. Objetivos Específicos ...................................................................................... 10
3. REVISÃO BIBLIOGRÁFICA................................................................................ 10
3.1. Tratamento Térmico ........................................................................................ 10
3.2. Têmpera ........................................................................................................... 11
3.3. Ferro Fundido (FoFo) ...................................................................................... 13
3.3.1. Ferro Fundido Nodular ............................................................................. 19
4. MATERIAIS E METODOLOGIA ......................................................................... 23
4.1. Materiais Utilizados ......................................................................................... 24
4.2. Preparação dos Corpos de Prova ..................................................................... 24
4.2.1. Corte em discos ........................................................................................ 24
4.2.2. Têmpera .................................................................................................... 24
4.3. Preparação dos corpos de prova para análise ................................................... 26
4.3.1. Corte da Seção .......................................................................................... 26
4.3.2. Embutimento ............................................................................................ 26
4.3.3. Lixamento ................................................................................................. 29
4.3.4. Polimento .................................................................................................. 30
4.3.5. Ataque Químico ........................................................................................ 31
5. ANÁLISE MICROESTRUTURAL ........................................................................ 31
5.1. Microscopia Óptica .......................................................................................... 31
5.2. Microdureza Vickers ........................................................................................ 32
6. RESULTADOS E DISCUSSÃO ............................................................................ 33
6.1. Micrografias ..................................................................................................... 33
6.2. Microdurezas ................................................................................................... 37
7. CONCLUSÃO ........................................................................................................ 38
REFERÊNCIAS ............................................................................................................. 39
APÊNDICE .................................................................................................................... 41
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1. INTRODUÇÃO
2. OBJETIVOS
3. REVISÃO BIBLIOGRÁFICA
introdutivo, é o modo como o metal será submetido a este processo considerando algumas
variáveis como: Dimensão do corpo de prova, tempo de exposição, temperatura, fluidos
utilizados, exposição à atmosfera (para evitar a oxidação) (CALLISTER, 2016).
Possuindo o conhecimento destas premissas, os tratamentos térmicos mais
utilizados em metais e ligas metálicas são: Recozimento, Normalização, Têmpera e
Revenido, Coalescimento ou Esferoidização.
As alterações nas propriedades físico-mecânicas procedem da necessidade ou
da circunstância na qual o material em questão será empregado. Sabendo sua aplicação é
possível determinar as alterações que se deseja realizar, sendo que as principais são:
remoção de tensões internas, aumento da resistência mecânica, aumento ou diminuição
da dureza e melhoras de propriedades eletromagnéticas, resistência ao desgaste,
resistência ao calor, resistência à corrosão, ductilidade e usinabilidade.
3.2. Têmpera
De acordo com Chiaverini (1986) a Têmpera consiste no resfriamento de
forma rápida do material, após o aquecimento sob uma temperatura acima de sua
temperatura crítica. Este resfriamento é realizado em meio a um fluido, sendo geralmente
óleo, mas também pode ser substituído por água, salmoura ou ar.
O objetivo da têmpera ao aquecer o metal acima de sua temperatura crítica é
a obtenção de martensita (Figura 1), que se apresenta após o resfriamento súbito da
austenita, de modo a evitar as transformações perlíticas e bainíticas. Esta composição
química apresenta o formato de ripas, em aços de menor teor de carbono ou de agulhas
em aços com maior teor de carbono (COSTA E SILVA; MEI, 2010).
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Silva e Mei (2010) ainda afirmam que o crescimento dos grãos austeniticos é
um processo dependente da temperatura. Geralmente, o aumento do grão se dá bem rápido
nos primeiros minutos de aquecimento, após o que é apenas marginal, porém para que
volte a crescer nova e significativamente, necessita-se elevar a temperatura do forno.
Levando em conta que a martensita é uma fase metaestável (fase fora de
equilíbrio), o metal submetido ao processo de têmpera fica extremamente duro e frágil,
com tensões residuais macroscópicas e microscópicas, que eventualmente podem
ocasionar trincas.
O Ferro Fundido, também conhecido pelo termo técnico “FoFo”, como dito
anteriormente é uma liga de ferro a base de carbono e silício de composição química
próxima à eutética do diagrama de ferro-carbeto de ferro (Figura 3). Uma mistura eutética
nada mais é do que uma composição de elementos químicos como uma própria liga
metálica, porém com um ponto de fusão consideravelmente baixo. Sua diferença para os
aços se deve ao teor de carbono. O Ferro Fundido é a liga ferro-carbono-silício, de teores
de carbono geralmente acima de 2,0%, em quantidade superior à retida em solução sólida
na austenita (CHIAVERINI, 2012).
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Figura 5: Faixas de composição para ferros fundidos comerciais a partir do diagrama de fase ferro-
carbono, mostrando microestruturas obtidas após alguns tratamentos térmicos.
Tabela 1: Composição química de cada elemento para os principais ferros fundidos (Branco, Cinzento e
Nodular) e outros derivados de acordo com o modo de fabricação.
Figura 6: Fotomicrografia ótica de um Ferro Fundido Cinzento. Pode se observar com clareza a grafita
lamelar (preto), sob uma matriz de ferrita α (branco).
Figura 7: Fotomicrografia ótica do Ferro Fundido Branco, evidenciando a fratura de coloração branca
como descrito anteriormente.
Tabela 2 - Propriedades de ferros fundidos nodulares de acordo com a Norma Técnica ABNT (NBR
6916/1981)
Figura 9: Fotomicrografia ótica de um Ferro Fundido Nodular Regular ou Esferoidal, destacando a forma
esférica (preto) dos nódulos de grafita
4. MATERIAIS E METODOLOGIA
Preparação dos
corpos de prova
para o 1º CP
tratamento
750 °C; 30 min
Corte em
discos
2º CP
3º CP
Embutimento
Análise microestrutural
Lixamento
Polimento
Microscopia ótica
Ataque Químico
Microdureza
Figura 11 – Desenho CAD 3D realizado no software Solidworks 2017, representando o corpo de prova.
4.2.2. Têmpera
O processo de têmpera, a grosso modo comum, possui duas etapas principais
que são: aquecimento e resfriamento. Para este primeiro foi utilizado um forno que é
específico para o estudo de tratamentos térmicos e termoquímicos denominado mufla
modelo EDG 3000 (Figura 12) com uma placa de cerâmica interna para o apoio do corpo
de prova e se encontra no bloco das Faculdades de Ciências Exatas e Tecnologia –
FACET, que seguem as devidas normas de segurança. Para haver uma melhor coleta de
dados e análise dos mesmos, foram utilizados quatro corpos de prova, sendo um de
referência que recebeu apenas a análise metalográfica. Cada um dos três restantes foi
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Figura 13 – A parte destacada em vermelho representa a seção do corpo de prova que foi embutida para
fins de estudo metalográfico.
4.3.2. Embutimento
Após os corte das seções, os mesmos foram submetidos ao processo de
Embutimento Metalográfico, que consiste em como o próprio nome diz, embutir o corpo
de prova, circundando-o com uma resina endurecedora em um molde plástico ou de
silicone, que tem por objetivo facilitar o manuseio das peças ou corpo de provas a serem
analisados, bem como evitar danos indesejados da lixa como abaulamento da superfície,
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4.3.3. Lixamento
O processo de Lixamento foi feito após o processo de embutimento, e é
também um dos mais demorados, devido a execução cautelosa pela necessidade de um
certo grau de perfeição (ROHDE, 2010). A lixa foi acoplada em uma plataforma lixadeira
de quatro pistas (Figura 17) para facilitar o procedimento, onde se executa um movimento
oscilatório de “vai e vem” com a face embutida em contato com a lixa, esperando a
eliminação de marcas de corte. Foram utilizadas cerca de oito lixas em ordem crescente
de granulometria (Figura 18), partindo da lixa mais grossa de granulometria 80 e seguindo
para lixas mais finas de granulometria 100, 120, 320, 600, 1000, 2000 e 2500, exatamente
nesta ordem, para que a haja uma maior precisão na obtenção de uma superfície mais
uniforme. Todo o processo foi executado com água corrente, para ajudar a remover o
material lixado além de resfriar a amostra.
4.3.4. Polimento
Para o Polimento, foram utilizadas substâncias mais simples e de fácil acesso
como óxido de alumínio (alumina) e água, afim de se obter uma superfície com o mínimo
de rugosidade restante do processo de lixamento. Antes do início do procedimento, foi
feita uma limpeza da peça para eliminação de impurezas e resíduos da superfície, com
água e álcool etílico que possuem um baixo ponto de ebulição, afim de uma secagem
rápida. Deve-se evitar utilizar o mesmo pano de polimento em peças diferentes e também
uma excessiva fricção por parte do operador (ROHDE, 2010).
O processo de polimento para este experimento foi executado em uma
lixadeira/politriz rotativa modelo PLF da marca Fortel (Figura 19) que dispõe de duas
velocidades de operação. Um pano de tecido pouquíssimo abrasivo é acoplado à base
rotativa e antes de ligar o equipamento deposita-se uma pequena quantidade de alumina
de granulometria 3 micras. Após o acionamento da politriz, uma pequena torneira
posicionada acima da plataforma é ligada de modo que o fluxo de água seja apenas por
gotejamento para que não umedeça o pano demasiadamente. Posicionou-se o corpo de
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prova com a face que se desejava polir em contato com o pano e durante o processo que
se deu por aproximadamente dez minutos, adicionou-se periodicamente uma pequena
quantidade de alumina, que neste caso era de dois em dois minutos.
5. ANÁLISE MICROESTRUTURAL
6. RESULTADOS E DISCUSSÃO
6.1. Micrografias
Quadro 1 – Micrografias das amostras em ordem crescente de temperatura e aumento das lentes.
Ref. 100x
750°C
900°C
1000°C
6.2. Microdurezas
Gráfico de Microdureza
900
800
Microdureza Vickers (0,2 HV)
679,95
700 645,3
600
500
400
Média
300 224,2 243,05
200
100
0
Amostra de Ref. Amostra 1(750 °C) Amostra 2(900 °C) Amostra 3(1000 °C)
7. CONCLUSÃO
REFERÊNCIAS
ASTM - American Society for Testing and Materials. ASTM E384-10Ɛ² 1: Standard Test
Method for Knoop and Vickers Hardness of Materials. United States, p. 45. 2012.
ASTM - American Society for Testing and Materials. ASTM D6200-01: Standard Test
Method for Determination of Cooling Characteristics of Quench Oils by Cooling Curve
Analysis. Annual Book of ASTM Standards. ASTM International, West Conshohocken,
PA, 2012.
SILVA, A. L. C.; MEI, P.R. Aços e Ligas Especiais. São Paulo. Blucher, 664 p. 3 ª ed.
2010.
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APÊNDICE