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Escola de Engenharia
PPGE3M
Porto Alegre
2013
MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO
Escola de Engenharia
PPGE3M
Porto Alegre
2013
ii
Esta Dissertação foi julgada adequada para a obtenção do título de Mestre em
Engenharia, área de concentração de Ciência e Tecnologia dos Materiais e
aprovada em sua forma final, pelo Orientador e pela Banca Examinadora do Curso
de Pós-Graduação.
Banca Examinadora:
Coordenador do PPGEM
iii
“O que for a profundeza do teu ser, assim será o teu desejo,
Brihadaranyaka Upanishad
iv
AGRADECIMENTOS
Às colegas Patrícia Rocha e Regina Penzo pelo incentivo para realizar esta
pós graduação e companheirismo durante o período.
À Braskem S/A e pelos líderes que tive no período: Fábio Lamon, Renato Di
Thommazo e Alessandro Cauduro, pelo apoio e disponibilização dos recursos
necessários à realização deste trabalho.
À minha mãe pelo exemplo de fibra e determinação e ao meu pai, onde quer
que esteja, pelo exemplo de honestidade e simplicidade.
vi
SUMÁRIO
1 INTRODUÇÃO ......................................................................................................... 1
2 OBJETIVOS ............................................................................................................. 4
3.1.2 Injeção......................................................................................................... 6
3.1.3 Sopro........................................................................................................... 7
3.3.3 Polietileno de Baixa e Média Densidade Linear (PEBDL e PEMD) ........... 27
vii
4 EXPERIMENTAL .................................................................................................... 45
5.7 Avaliações das peças geradas no teste de rotomoldagem piloto .................... 71
6 CONCLUSÃO......................................................................................................... 74
viii
ÍNDICE DE FIGURAS
ix
Figura 19: Avanço das tecnologias de processo do polietileno. ................................ 24
Figura 22: Efeito da temperatura no formato das partículas moídas. ........................ 31
Figura 32: Reômetro capilar usado na confecção dos extrusados. ........................... 47
Figura 36: Razão de coalescência das amostras em função da temperatura. .......... 59
Figura 37: Termogramas de Tm2 das amostras (DSC) e ampliação picos de fusão.60
Figura 45: Espectro RMN 13C com as tríades da amostras. .................................... 70
Figura 47: Corte transversal das peças geradas no teste piloto................................ 72
xi
ÍNDICE DE TABELAS
Tabela 2: Efeito das variáveis de processo no tempo de permanência no forno. ..... 18
Tabela 3: Razão de giro recomendada para alguns desenhos comuns. ................... 21
Tabela 7: Valores de massas molares e DMM obtidos para o padrão NBS 1475. .... 52
Tabela 10: Dados obtidos nas curvas de fusão e cristalização das amostras........... 62
Tabela 11: Viscosidade zero e índice de fluidez das amostras avaliadas. ................ 64
Tabela 12: Dados de massa molar e polidispersividade por GPC das amostras
avaliadas. .................................................................................................................. 67
Tabela 13: Concentração do comonômero buteno em % mol e % massa (w). ......... 70
xii
LISTA DE ABREVIAÇÕES E SÍMBOLOS
PE = Polietileno
Tc = Temperatura de cristalização
Tm = Temperatura de fusão
Xc = Percentual de cristalinidade
xiii
RESUMO
The rotational molding is the polyethylene processing with the biggest growth rate in
Brazil and due to its youth, has a lot to be technically developed. This processing is
capable to produce big hollow parts with shapes unviable by processing like blown
molding, injection molding, and others. Molds and machines are advancing in the
direction of better finishing quality, joints, process control, oven efficiency, new
cooling techniques etc... With it, resin producers have to follow this evolution and
design resins that fully meet growing requirements for faster cycle times, less
warpage, finishing and mechanical properties of the final part. Polyethylene (PE)
represents the main raw material used for rotational molding (~90%). Due to this PE
relevance, it is of fundamental importance the knowledge of the relation between its
structure and the performance in the processing cycle, that is basically divided in
four steps: charging, heating, cooling and demolding. Sintering happens within
heating step, where the part is formed, and consequently are determinant for the
cycle time, as well as the mechanical properties that the final part can achieve. The
proposal of this work was correlate the structure of PE with its performance on
sintering, throw the comparison of three PE resins that should present similar
behavior considering its basic properties (melt flow rate and density). Another
objective was the development of method to measure and predict practical
performance of the resins. Results showed that the developed method presents good
relation with practical results. Regarding structural matters, the homogeneity of
comonomer distribution along different chain sizes has shown itself to be a
determinant factor in the sintering performance. It impacts crystallinity and
consequently reduces melting temperature, allowing the sintering to start at lower
temperatures. Besides that, its seen a relation with the relaxation modulus, that is
impacted by the comonomer distribution too.
xv
1 INTRODUÇÃO
Polietileno – PE 81.762
Polipropileno – PP 49.300
Poliamida - PA 6, PA 66 9.157
Policarbonato – PC 3.685
46%
31%
Das poliolefinas podem ser obtidos inúmeros artigos por diferentes processos
de transformação, sendo os mais utilizados os de extrusão e injeção. Porém, para
alguns casos onde se requer peças ocas de grande porte e com maior espessura,
os processos tradicionais (injeção, extrusão e sopro) se tornam inviáveis econômica
e tecnicamente. Nestes casos é recomendável a utilização do processo de
rotomoldagem. Neste processo são empregados basicamente os PEBDL, sendo que
a rotomoldagem representa apenas 4% do uso mundial desta família. No Brasil a
representatividade chega a 12% [4].
2
competem com ele são: injeção, sopro e termoformagem. Entretanto, quando se
falam em peças de grande volume (> 2m3) poucos processos competem com
rotomoldagem. Além disso, o custo dos moldes quando comparado aos demais
processos é praticamente insignificante.
3
2 OBJETIVOS
4
3 REVISÃO BIBLIOGRÁFICA
3.1.1 Extrusão
5
produtos planos como chapas e filmes [10]. Na Figura 2 é fornecido um exemplo de
processo de extrusão para produção filme tubular.
3.1.2 Injeção
6
Figura
a 3: Processo de Injeção.
3.1.3 So
opro
O sopro
o é um pro
ocesso de conversão
o muito verrsátil usadoo para pro
oduzir uma
a
gran
nde varieda
ade de objjetos inflan
ndo um tubo de políímero funddido (pariso
on) dentro
o
de u
um molde oco.
o No ca
aso mais ssimples, a pré-forma é um tuboo de polímero recém
m
extru
udado. No caso de frascos
f eg
garrafas qu
ue exijam maior resiistência mecânica, a
pré-fforma é um
ma peça in
njetada com
m formato adequado
o. Itens com
muns fabricados porr
este processo incluem frrascos, tam
mbores, tan
nques para
a armazennamento de
e produtoss
quím
micos e em
m menor es
scala brinq
quedos, co
om volume
es que poddem variar de 0,05 L
até 5
500 L [1]. Com estes grandess volumes algumas vezes
v o soopro compete com a
rotom
moldagem, com a va e uma produtividade muito maiior e a des
antagem de svantagem
m
de u
um elevado
o custo de molde.
Figurra 4: Principa
ais etapas no
o processo d
de sopro: a) extrusão
e parison; b) encaapsulamento
o do parison;
c) inserção
o do pino de
e sopro; d) so
opro e resfria
amento; e)ejeeção.
7
3.2 Rotomoldagem
8%
%
12%
%
65%
Caixa d'á
água Tanquues Peças agrícolas Brinquedos O
Outros
Figu
ura 5: Distrib uição do me
ercado brasile
eiro (2012).
O princíípio da roto
omoldagem
m de plástticos é simples. Basiccamente o processo
o
conssiste em co
olocar uma
a quantidad
de conhec
cida de plástico na foorma de pó
ó, grânuloss
ou lííquido visccoso dentro
o de um m
molde oco em
e duas pa
artes, tipo uma conc
cha, e girarr
para
a que o ma
aterial tome
e a forma d
do molde [15].
O mesm
mo pode ser resum
mido em quatro etap
pas: carreggamento do
d molde,,
rotaçção e aqu
uecimento do molde
e, rotação e resfriam
mento do m
molde e, por fim, a
remo
oção da peça.
p O processo
p b
básico é resumido através dda Figura 6 [1]. Oss
term
moplásticoss usados neste proccesso são
o preferencialmente na forma
a pó, para
a
faciliitar a fusão
o e sinteriz
zação.
Figura 6: Representaçã
R ão esquemáttica do ciclo de rotomoldaagem.
9
Uma quantidade pré-estabelecida de polímero é transferida para um molde
frio que posteriormente é fechado. Este conjunto é transferido para dentro de um
forno onde é aquecido e rotado. Temperaturas acima de 250ºC são normalmente
utilizadas. A rotação usualmente acontece simultaneamente em dois eixos
perpendiculares, que distribui o pó de polímero na superfície interna do molde. A
medida que a temperatura dentro do molde aumenta a resina começa a fundir e
aderir nas paredes. Alguns minutos transcorrem até que todo pó pare de fluir
livremente. À medida que as partículas de resina fundem elas começam a aderir na
superfície interna do molde. Bolhas de ar ficam aprisionadas entre as partículas
fundidas e eventualmente são eliminadas levando à densificação da peça [7]. Após
atingir este ponto, a rotação é ainda mantida, mas inicia-se o processo de
resfriamento com um spray de água fria ou ar soprado. Uma vez que o polietileno
tenha se solidificado suficientemente, as duas metades do molde são separadas e a
peça é removida [1].
Fig
gura 7: Três tipos de circ
culação do le
eito de pó.
3.2.2 Tipos de má
áquinas d
de rotomolldagem
Conform
me mencio
onado prevviamente no
n capítulo
o sobre o pprocesso, o aspecto
o
comum a todas máquina
as de rotom
moldagem é que o molde
m e seuu conteúdo
o precisam
m
ser rotacionad
dos, aque
ecidos e rresfriados. É precis
so também
m uma ettapa para
a
over o produto do molde e reccarregar co
remo om materia
al. Como aas peças geradas
g na
a
rotom
moldagem variam de
d 0,05 L até mais de 25.000
0 L, gene ralizações sobre ass
máq
quinas são
o difíceis. Entretanto
o, existem alguns modelos
m báásicos de máquinass
comerciais que
e são enco
ontradas co
omumente
e na indústria [12].
11
toda
as estas máquinas
m fazem o m
mesmo tra
abalho: todas aqueccem e res
sfriam um
m
mold
de que é ro
otacionado
o biaxialme
ente. Toda
as as máqu
uinas são ccapazes de
d produzirr
peça
as ocas, mas
m existe uma
u difere
ença na forrma como são moldaadas [7].
As máq
quinas do
o tipo ca
arrossel foram desenvolvidaas para produções
p s
conttínuas de peças relativamentte grandes
s. Atualmente são as máquinas maiss
comuns na in
ndústria. As
A primeirras máquiinas deste
e tipo posssuíam trê
ês braçoss
arados 12
sepa 20º entre eles, esttando cad
da braço em uma estação diferente::
aque
ecimento, resfriamento e ca rregamentto/serviço (Figura 88) [12]. Atualmente
A e
máq
quinas com
m até cin
nco braço
os estão disponíveis, sendo algumas estaçõess
repe
etidas para
a permitir que sua tota
alidade esteja em op
peração.
A principal necess
sidade que
e levou ao desenvolv
vimento deeste tipo de
e máquina
a
foi o aumento de produtividade, po
ois esta máquina des
sempenhaa todas as etapas do
o
proccesso ao mesmo
m mpo [7]. É uma máq
tem quina que requer um
m investime
ento iniciall
maio
or, pois ao
o invés de um ou do
ois moldes
s, são nec
cessários ttrês. Além
m do preço
o
inicia
al da máq
quina também ser maior. Pa
ara o rotomoldador que poss
sui grande
e
esca
ala, este maior
m investtimento iniccial se justtifica.
Figura
a 8: Máquina
a de rotomoldagem do tip
po carrossel..
Fig
gura 9: Máqu
uina de rotom
moldagem do
o tipo shuttle
e mostrando moldes B noo forno e moldes A no
resfriameento.
O ponto
o ótimo é atingido q
quando a etapa de carregameento/resfria
amento se
e
iguala a etapa
a de aque
ecimento [7]. A cha
ave para a longeviddade destte tipo de
e
máq
quina é a proteção do motor das altas
s temperatturas do foorno e da
a corrosão
o
provvocada pela
a água no resfriamen
nto [6].
A máqu
uina do tip
po rock an
nd roll é uma
u das mais
m antig as utilizad
das para a
rotom
moldagem (Figura 10). O concceito de projeto com
m uma açãão de bala
anço sobre
e
um e
eixo (“rockk”) e uma rotação co
ompleta de
e 360º no eixo perpeendicular (“roll”)
( são
o
resp
ponsáveis pelo
p nome
enclatura d esta máqu
uina [18]. Por
P um lonngo período
o este tipo
o
de m
máquina fo
oi considerado como ideal apenas para peças
p siméétricas em relação a
um eixo centtral, como
o postes d
de ilumina
ação, can
noas e caaiaques. Entretanto,
E ,
rece
entemente houve um
ma renova
ação do in
nteresse por
p este ti po de má
áquina em
m
funçção da sim
mplicidade em projetto e a ma
aior vantag
gem que há na fac
cilidade de
e
man
nuseio do molde.
m Também foi percebido
o que o co
ontrole sobbre a distriibuição de
e
espe
essura de parede po
ode ser tão
o bom qua
anto aquele obtido ppor uma máquina
m de
e
rotaçção biaxiall para a gra
ande maio
oria das forrmas [6].
133
Neste tipo
t de máquina, no
ormalmentte, um molde únicoo montado
o sobre o
quad
dro ou ara
anha rota a baixa ve
elocidade (tipicamen
nte 3 reveersões/minuto) e um
m
ângu
ulo de bala
anço (rock)) de ± 35º. A utilizaçã
ão de cham
ma aberta é um méto
odo efetivo
o
de a
aquecimentto de mold
des feitos ccom chapa
a de metal e foi ampplamente utilizado no
o
início
o da rotom
moldagem. Em algum
mas partes
s do mundo
o este tipoo de aquec
cimento do
o
mold
de ainda é comum [12].
Figura 10:
1 Máquina de rotomold
dagem do tipo
o rock-and-ro
roll.
As máq
quinas do tipo conc
cha de ma
arisco (cla
amshell), dde braço único,
ú são
o
única
as pelo fa
ato de que tanto o a quecimentto quanto o resfriam
mento são realizadoss
na m
mesma câm
mara (Figura 11). A cconcha de marisco po
ossue seu s braços suportados
s s
em a
ambos os lados. As máquinass tipo clamshell reque
erem men or área do
o que uma
a
shutttle equivalente em ta
amanho.
144
Existem outros tipos de máquinas ou variações dessas apresentadas, mas
essas são as principais. Outros tipos de aquecimento do molde envolvem o uso de
micro-ondas, aquecimento por indução e aquecimento por infravermelho. Estes
sistemas vêm sendo desenvolvidos para aplicações específicas e podem oferecer
significante vantagem em termos de velocidade e eficiência de aquecimento, mas
ainda não são amplamente utilizados.
Os moldes para rotomoldagem são ocos, de paredes finas, leves, com boas
características de transferência de calor e suficientemente fortes para resistir ao
manuseio contínuo. São relativamente de baixo custo quando comparado com
moldes para injeção ou sopro. A escolha do material do molde e o método de
construção usado vai depender do tamanho, complexidade, acabamento superficial
e número de moldes requeridos para a corrida de produção prévia ao produto [15].
15
Figura
a 12: Molde em aço. Figura 13: Molde em nííquel.
3.2.4 Co
onsideraç
ções sobre
e processa
amento
Os diferrentes tipo
os de máqu
uinas de ro
otomoldag
gem produzzem difere
entes tiposs
de p
peças, mas todos eles desem
mpenham basicamen
b nte as messmas funç
ções. Com
m
eção dos enjaqueta
exce ados que
e possuem
m aquecim
mento inteerno, toda
as outrass
máq
quinas rota
acionam o molde circundad
do por ar quente numa câ
âmara de
e
aque
ecimento. Atualment
A e, a maiorria das esta
ações de aquecimen
a nto utiliza queima
q de
e
gás e circulaçção de ar quente fo
orçado. A extensão da etapaa de aquecimento é
dete
erminada pela
p tempe
eratura e p
pela veloc
cidade do ar quente dentro do
o forno. O
princcipal comb
bustível utillizado é o gás natura
al. A condu
utividade téérmica, a espessura
a
166
e o desenho do molde vão deterrminar quã
ão rápida será a traansferência
a de calorr
atravvés do molde até o material
m plá
ástico [7].
177
O tempo de permanência no forno é normalmente a operação mais longa do
processo de moldagem e por esta razão determinante na taxa de produção. A
duração deste ciclo depende de diversas variáveis inter-relacionadas, as quais
afetam uma ou mais etapas em diferentes graus. A ordem aproximada de
importância na qual estas variáveis afetam cada etapa do tempo de permanência no
forno está ilustrada na Tabela 2.
ã çã (Eq.1)
á
19
Por exe
emplo, num
ma velocid
dade de ro
otação do eixo princcipal de 8 RPM e a
outra
a de 10 RP
PM do eixo
o secundá rio, a razão de rotaç
ção seria 44:1, que é uma
u razão
o
comum no iníccio da dete
erminação d
das caractterísticas de
d um cicloo.
O molde
e de bola (Figura
( 16)) ilustra co
omo um po
onto único mergulha na piscina
a
de p
pó numa proporção
p de
d 4:1. A medida qu
ue o mesm
mo rota, o ponto 0 se
s desloca
a
para
a a posição
o 1 e depo
ois 2, 3 e a
assim por diante.
d Inde
ependentee da posiçã
ão de giro,,
o ma
aterial perm
manece no
o fundo do molde. Es
sta relação
o entre o m
molde e o material
m no
o
fund
do seria differente com
m uma razzão de giro
o diferente, da mesm
ma forma como
c seria
a
diferrente se o formato fosse um rettângulo e não
n uma bola.
b
A razão
o de giro é determina
ada pelo rotomoldado
or e normaalmente é definida
d na
a
base
e da tenta
ativa e erro. A Tab
bela 3 traz
z algumas
s razões rrecomenda
adas para
a
diferrentes form
mas.
200
Tabela 3: Razão de giro recomendada para alguns desenhos comuns.
5:1 Dutos
Uma vez que o plástico fundiu e formou uma peça monolítica contra a
estrutura interna do molde, o plástico, o molde e a estrutura auxiliar de suporte
devem ser resfriadas. Os meios mais comuns de resfriamento são água e ar. A
maioria das máquinas já vem equipadas com ambos e muitas tem opção de misturar
água e ar para formar um “spray” ou névoa [6]. O spray de água é uma forma muito
eficiente de resfriamento, mas se feito de forma demasiadamente rápida pode
causar empenamento da peça.
21
A deformação pode ser frequentemente evitada pela ventilação (suspiro)
adequada do molde, para evitar a formação de vácuo quando o ar contido (trapped
air) no interior do molde for resfriado [19]. Os últimos desenvolvimentos estão
buscando o resfriamento na superfície interna da peça de modo a minimizar as
questões de diferença de cristalinidade [21].
Além destes cinco tipos de materiais citados, existem alguns outros materiais
que podem ser moldados em outras situações, como: acrilonitrila butadieno estireno
(ABS), acetal, celulose, epóxis, poliuretanos, entre outros.
22
olietileno e seus tip
3.3.1 Po pos
O poliettileno é o polímero
p te
ermoplástico mais utilizado noo mundo e estima-se
e
que seu consu
umo mundial cresça em torno de
d 5% ao ano [22]. E
Em 2012 o consumo
o
mun
ndial de PE
E foi de aproximada
a amente 78
8 milhões de toneladdas, sendo o Brasill
resp
ponsável por 6% des
sta deman da. A projeção de crescimento
c o de merc
cado deste
e
polím
mero na re
egião deve
e alcançarr a média anual de 5,8% entrre 2011 e 2016. No
o
Brassil o consumo deverá
á atingir 3,8
8 milhões de
d toneladas em 20116 [23].
O poliettileno é ob
btido pela p
polimerizaç
ção do ete
eno ou etileeno na pre
esença de
e
um iiniciador ou catalisad
dor, em co
ondições apropriadas
s de tempeeratura e pressão.
p A
reaçção pode ser do tipo radicalar n
no caso do
o PEBD ou
u de coordeenação pa
ara PEBDL
L
e PE
EAD.
A cade
eia do polietileno se
e formará
á pela adição sequ encial de unidadess
mon
noméricas de
d etileno (meros) attravés da reação
r com
m um iniciaador R*. O sítio ativo
o
(den
notado porr *) é trans
sferido à ccada um dos
d monôm
meros term
minais adic
cionados à
cade
eia, representado na Figura 17 [1, 24].
H H H H H H H H
l l l l l l l l
R−C−C* + C
C=C → R−C−C−C−C*
l l l l l l l l
H H H H H H H H
Após su
ucessivas adições o resultado
o final é um
ma molécuula de polietileno. A
Figu
ura 18 reprresenta um
m modelo ttridimensio
onal preciso, com os átomos de carbono
o
form
mando uma
a conforma
ação em zzigue-zagu
ue, o comp
primento dda ligação C-C é de
e
0,15
54 nm e o ângulo
â de ligação de
e 109° [1,24
4].
233
O resulltado da reação
r de polimerização pode
e ser polieetilenos lin
neares ou
u
ramiificados, homo
h ou copolímero
c os. Para os
o copolím
meros, os comonômeros maiss
usua
ais são bu
uteno, hex
xeno ou occteno. Existe ainda os casos onde se utiliza um
m
composto com
m um grau funcional p
polar como
o o acetato
o de vinila (formando
o o EVA) e
o áccido acrílico
o (formand
do o EAA) [[25].
As gran
ndes desc
cobertas q oraram a tecnologiia de pro
que melho odução do
o
polie
etileno oco
orreram no
os últimos 25 anos, conforme
c é mostradoo na Figurra 19 [26]..
Fora
am descob
bertas na área
á da ciiência dos polímeros
s que resuultaram em
m avançoss
tanto
o em catá
álise como
o em proccessos pro
odutivos, resultandoo em prod
dutos com
m
melh
hores prop
priedades, ganhos e
econômicos e de produtividad e. Como exemplos,
pode
em ser cita
adas as tec
cnologias d
de catalisa
adores “sin
ngle site” [227,28], tecnologia de
e
mod
do condenssado em processos
p “fase gás””, a qual permite
p a aadaptação
o do reatorr
para
a obter gan
nhos de pro
odutividade
e de até 60% [29], uso de proppano superrcrítico em
m
reato
ores tipo “lloop” e mu
uitos proce
essos com mais de um
u reator ((por exemp
plo, Unipoll
II, Ho
ostalen, Mitsui,
M Adva
anced Scla
airtech, Borrstar e Sph
herilene) [229,30].
Nos dia
as de hoje existem vvários proc
cessos de polimerizaação utilizados para
a
prod
duzir o pollietileno. A combina
ação disto com as diferentes
d opções de
e catálise,
enção de estruturass de cadeia que resultarão
levam à obte r em prod
dutos com
m
diferrentes propriedades físicas e mecânica
as. Resum
midamente os parâm
metros que
e
irão determina
ar as proprriedades ffinais de um polietile
eno são: tiipo e quan
ntidade de
e
comonômero, presença de
d ramifica ssa molar e sua distrribuição.
ações, mas
Figura 19
9: Avanço da
as tecnologias de process
so do polietileeno.
244
A classsificação dos
d polieti lenos normalmente é realizaada atravé
és da sua
a
denssidade, que
e geralmente varia e
entre 0,865 0 g/cm3. Caada grupo ou família
5 até 0,970 a
de polietileno
os apres
senta pro
opriedades
s físicas, mecâniccas e reológicass
acterísticass e é em função desta
cara as que sua
as aplicaçõ
ões de merrcado são definidas.
O princcipal artifíc
cio que tem
m sido uttilizado para reduzirr a cristalinidade do
o
polie
etileno, e consequent
c temente a densidade
e, é a copo
olimerizaçãão com as α-olefinass
já m
mencionada
as anteriorrmente. Se
endo assim
m, polietile
enos de caadeia extre
emamente
e
linea
ar (sem ram
mificações
s curtas) a presentam
m maior em
mpacotameento e, porrtanto, são
o
cham
mados poliietileno de alta dens idade (PEA
AD). Estes
s PE’s sãoo os que ap
presentam
m
maio
or cristalinidade e sua
a densidad
de varia en /cm3.
ntre 0,940 e 0,975 g/c
À medid
da que o teor
t de α--olefinas va
ai aumenta
ando na ccadeia polimérica do
o
polie
etileno, sua
a cristalinidade vai d
diminuindo
o e, consequentemeente, sua densidade.
d .
Destta forma, podemos
p obter
o então
o o polietile
eno de méd
dia densidaade linear (PEMDL),,
o po
olietileno de
d baixa densidade
e linear (P
PEBDL) e o polietiileno de baixíssima
b a
denssidade (VL
LDPE – verry low denssity polyeth
hylene).
Na Figu
ura 20 sã
ão ilustrad
dos os tip
pos de po
olietileno eem função da sua
a
denssidade e te
eor de com
monômero [[26].
Figura 2
20: Famílias de polietilenos.
255
Como os polietilenos de interesse para este trabalho são os de média e alta
densidade, será dado um pouco mais de detalhes para estes tipos.
26
3.3.3 Polietileno de Baixa e Média Densidade Linear (PEBDL e PEMD)
27
3.3.4 Catalisadores para produção de PEBDL
- um sítio produz compostos com baixa massa molar e com alta concentração
do comonômero, responsáveis pelo alto teor de extraíveis e pelo desenvolvimento
de odor estranho;
29
Em sua forma mais geral, o catalisador metaloceno inclui um átomo de metal
do grupo IV da tabela periódica (titânio, zircônio ou háfnio) com dois ligantes
ciclopentadienilas e dois alquis, haleto ou ligante com um cocatalisador
metilalumoxano (-MeAlO-)n, comumente conhecido como MAO. Os anéis dos
ciclopentadienos podem ser conectados (“ponte”) por um átomo de silício ou de
carbono no qual estão ligados átomos de hidrogênio, grupos alquil ou outros
substituintes. Os anéis dos ciclopentadienos podem ser parte da estrutura de um
anel indenil maior [1].
3.4 Micronização
30
Figura 21: Moinho de d
discos e no detalhe,
d ampliação dos d iscos.
No proccesso de moagem,
m o calor gerado pela fricção
f aum
menta a temperatura
a
na ssuperfície dos
d discos
s dentadoss, assim co
omo das pa
artículas ddo polietilen
no e do arr
no e
entorno. Po
or conta disso,
d a te
emperatura
a deve serr controladda para ev
vitar que a
temp
peratura se aproxim
me do pontto de fusã
ão ou amo
olecimentoo do material, ponto
o
onde
e as partícculas come
eçam a ade a outras. Isto pode levar ao bloqueio da
erir umas as a
entra
ada de ma
aterial novo
o no moinh
ho.
A tempe
eratura de
e moagem,, portanto, é fundam
mental paraa a qualida
ade do pó
ó
gera
ado. Temp
peraturas mais alta
as favore
ecem a fo
ormação de partíc
culas com
m
acab
bamento superficial
s melhor e portanto aumentam
a m o fluxo sseco e a densidade
e
aparrente [34]. A Figura 22 mostra
a o efeito da
d temperratura na fforma das partículass
[7].
31
Em relação aos diferentes copolímeros do PE, quanto maior o tamanho da α-
olefina incorporada, maior é a dificuldade de micronização. Uma resina PE
copolimerizada com 1-hexeno, por exemplo, quando comparada com um PE
copolimerizado com 1-buteno de características semelhantes, pode apresentar uma
perda de produtividade de até 30%.
3.5 Sinterização
Uma vez que dois grãos em contato atingem o ponto de fusão, uma interface
é formada entre ambos. Esta interface aumenta com o tempo e finalmente estes dois
grãos se combinam para formar uma massa única de polímero, conforme mostrado
na Figura 23.
32
Figu
ura 23: Repre
esentação essquemática da
d coalescên
ncia de duass partículas.
O prim
meiro mod
delo anal ítico para
a mensurrar a cooalescência
a viscosa
a
wtoniana” de
“new d dois grã
ãos esfériccos foi proposto por Frenkel [339]. O mod
delo previu
u
o prrogresso da ação com o tempo de duas esferas
d sinteriza e idêênticas, levando em
m
conssideração a tensão superficial e a viscosidade newttoniana.
,
(Eq.2)
Onde:
σ = tenssão superficial
η = visccosidade ne
ewtoniana
a = raio da esfera
Y = raio
o do pescoç
ço
t = temp
po
Este mo
odelo assu
ume que a coalescê
ência ocorrre pela inteerpenetraç
ção mútua
a
das cadeias de
d cada pa
artícula e o raio aum
menta uma
a vez que o volume das duass
partíículas inco
ompressíve
eis é consttante [37]. A Figura 23 ilustra a base do
o modelo e
de a mo a coa lescência ocorre po
acordo com o mesm or fluxo vi scoso, en
ntretanto a
comparação com
c dados experime ntais mosttra que o modelo
m é vvalido som
mente para
a
primeiros estágios do
os p o fluxo new
wtoniano [4
44-46] e de
esvia posteeriormente devido ao
o
colapso das partículas
p e não man
nutenção da
d esfericidade conssiderada no
n modelo
o
[47].
Depois de Frenke
el, outros p
pesquisado
ores [48-50
0] modificaaram o mo
odelo para
a
adap
ptá-lo ao fe
enômeno completo
c d
de coalesc
cência de fluxo newtooniano e newtoniano
o
visco
oso. Existe
e também uma série
e de simula
ações num
méricas paara a sinterrização de
e
333
fluxo
o viscoso, entretanto a maioria destes tra
abalhos é sobre
s a sinnterização de metaiss
e cerâmicas [4
40,51,52].
A partirr deste do
o modelo de Frenk
kel, Schere
er [53] deesenvolveu
u algumass
mod
dificações e derivou uma
u expre
essão para
a a cinética
a de dens ificação ba
aseada na
a
micrroestrutura
a de uma célula com
mposta po
or esferas compactaadas, ver Figura 24
4
(mod
delo de Fre
enkel/Sche
erer):
4 1 (Eq. 3)
Onde o parâm
metro K, que
q pode ser denominado co
oeficiente de densifficação de
e
erer, é estiimado a pa
Sche artir de:
K= (Eq.4)
O coefiiciente de densifica
ação (K) depende
d unicamente
u e das pro
opriedadess
física dade de s- 1. P é o número de poros porr partícula (conforme
as do pó e tem unid e
Figu ero de porros por unidade de volume.
ura 24) e n é o núme v Oss fatores P e n, que
e
depe
endem dass características de e
empacotam
mento e po
odem ser eestimadas a partir de
e
(Dap) es (Densidad
( e do matterial totallmente solidificado) e do tam
manho de
e
partíícula [53].
344
Figu
ura 25. Sendo que
e o raio do cilindro compre
eendido naa célula unitária é
equivalente ao
o raio médio das parttículas do pó
p compac
ctado [53, 554, 55].
Figura
a 25: Célula unitária do modelo
m de po
oros abertos .
355
F
Figura 26: Re
epresentação
o simplificada
a da sinterização e denssificação.
Ou seja
a, o mecan
nismo de densificaç
ção começ
ça a ficar ddiferente a partir do
o
mom
mento que os poros se
s fecham . Modelos como o de Mackenzzie and Sh
huttleworth
h
prevveem a taxxa de densificação a
além do ponto
p onde
e os poross se fecha
am [61]. A
diminuição dass bolhas contidas
c n uma mass
sa de polím
mero funddido é um fenômeno
o
366
controlado pela difusão do ar das bolhas através da massa fundida no arredor [62-
65].
37
dem
monstrou que a tensã
ão superfi cial do po
olietileno re
eduz confoorme o au
umento da
a
temp
peratura, conforme
c Figura
F 28.
F
Figura 28: Va
ariação da tensão superfi cial do poliettileno em fun
nção da tempperatura e do
o tempo.
Outro estudo
e realizado porr Demarqu
uete et al. [90] confiirmou os resultadoss
obtid
dos por Kw
wok [89] e foi além
m, correlac
cionando tensão supperficial co
om massa
a
mole
ecular e polidispers
p ividade. S
Segundo este
e estudo
o, a tensãão superficial reduzz
linea
armente co
om o aumento da te
emperatura
a e aumen
nta com a massa molar.
m Com
m
relaçção a polid
dispersividade, o arttigo sugere
e um ajustte das teo rias empre
egadas de
e
Patte
erson-Rasstogi [91] e Dee-Saue
er [92, 93],, considera
ando “b” em
m função do
d número
o
de g
grupos term
minais, pois este au
umentou co
om a diminuição da massa molecular
m e
aum
mento da po
olidispersiv
vidade. O parâmetro
o “b”, dentrro das fórm
mulas desttas teoriass
[91- 93], esta relacionado
r o com o fa
ator entrópiico.
3.7 Influ
uência do comporta
amento re
eológico na sinterizaação
Reologia é a ciê
ência que lida com a maneira com q ue os ma
ateriais se
e
defo
ormam qua
ando forças
s são apliccadas a eles [94]. No
o caso da rotomolda
agem e de
e
388
qualquer outrro process
so de tra
ansformaç
ção do polietileno é de fun
ndamentall
impo
ortância o entendime
e ento do com
mportamen
nto no esta
ado fundidoo.
O PE fu
undido é ex
xtremamen
nte viscoso
o, muitas vezes
v maiss que a água ou que
e
líquid
dos de baixa massa
a molar. Ne
este estad
do ele dem
monstra um
ma certa prropriedade
e
elásttica e é chamado de visco
oelástico. Quando fundido
f o mesmo pode serr
defo
ormado, en
ntretanto quando a fo
orça de de
eformação é removidda o mesm
mo tende a
recu
uperar sua
a dimensão original.. A viscos
sidade e a magnituude da rec
cuperação
o
elásttica são fu
unção do emaranham
e mento das moléculas
s, que por ssua vez de
epende da
a
distrribuição de
e massa mo
olar e do g
grau de ram
mificação da
d resina [ 1].
Numa base
b conc
ceitual, os líquidos viscoelásti
v cos podem
m ser con
nsideradoss
como se comportando de
d acordo
o com o modelo
m de Maxwell. Neste mo
odelo uma
a
força
a deforma
ante age sobre
s uma
a mola e um
u amorte
ecedor coonforme ilu
ustrado na
a
Figu
ura 29.
epresentar fisicamen
Para re nte o comp
portamento
o viscoeláástico dos polímeross
m desenvvolvidos modelos
foram m m atemáticos
s. A fraçã
ão elásticaa da defo
ormação é
repre
esentada por
p uma mola,
m pois e
este dispos
sitivo tem comportam
mento Hoo
okeano, ou
u
seja, a deform amente proporcional à tensão aplicada, isto é, =
mação sofrida é direta =
E.. O coeficie
ente de pro
oporcionaliidade é o módulo de
e elasticidaade E ou módulo
m de
e
Youn
ng.
399
A fração plástica normalmente é representada por um amortecedor (pistão
com fluído) que segue um comportamento Newtoniano, ou seja, a tensão (resposta)
é diretamente proporcional à taxa da deformação, cujo coeficiente de
proporcionalidade é a viscosidade, η. As respostas destes elementos são
matematicamente representadas pelas seguintes equações:
Onde:
σ = tensão;
ε = deformação;
E = módulo elástico da mola;
η = viscosidade do fluído dentro do pistão;
40
do atrito, mais alto será o valor de η. O parâmetro indica a influência do tempo na
41
Esta faixa é consequência das diferentes espessuras de lamelas no estado sólido.
Quanto mais espessa a lamela, mais alto é o ponto de fusão [1].
42
Figura 30: Termo
ograma de vários PE’s co
omerciais. a) PEAD resfrriado lentameente; b) PEA
AD resfriado
rapida
amente; c) PEBDL resfria
ado rapidame
ente; d) PEB
BD resfriado rrapidamente
e.
433
A Tabela 4 lista o efeito de várias características moleculares e morfológicas na
temperatura de pico de fusão [100].
Redução de 5° C com
aumento de 50.000 para
Alta massa molar Redução 10.000.000
44
4 EXPE
ERIMENTA
AL
Este ca
apítulo aprresenta oss materiais
s e método
os de enssaio utiliza
ados neste
e
traba
alho, bem como suas
s etapas, cconforme fluxograma
f a na Figuraa 31.
Numa primeira
p eta
apa foram realizados
s ensaios preliminare
p es dos três
s materiaiss
desccritos na Tabela
T 5. Para
P todass amostras
s foi realizado o enssaio de sin
nterização,
cara
acterização
o por DSC, Crystaf e reometria..
Numa segunda
s etapa,
e com
m o objettivo de ap
profundar o entendiimento da
a
estru
utura das amostras de maior interesse, foram rea
alizadas a s análises
s de GPC,,
RMN
N e teste piloto
p de rottomoldage
em para ve
erificação dos
d resultaados prático
os.
Todos os ensaios de ca
aracterizaç
ção foram
m realizaddos no Centro
C de
e
Tecn
nologia e Inovação da
d Braskem
m. O teste de rotomo
oldagem p iloto foi realizado na
a
emp
presa A. Scchulman.
Figura 31: F
Fluxograma etapa
e experim
mental.
455
4.1 Materiais
46
4.2 Metodologia
4.2.1 Prreparação
o dos corp
pos de pro
ova
Os disccos utiliza
ados na a
análise de
e microsco
opia óticaa com aquecimento
o
acop
plado foram
m gerados
s num reô metro cap
pilar Gottfert, modeloo Rheo Te
ester-2000,,
confforme Figu
ura 32. Primeirame
P ente foram
m produzid
dos extruddados na forma de
e
espa
aguetes attravés da passagem
m de polím
mero fundido por u ma matriz
z com um
m
orifíccio de 0,5 mm a fim
m de se ob
bter corpos
s cilíndrico
os de diâm
metro seme
elhante. A
amento foi estimada em 900 s-1
taxa de cisalha -
e a temp
peratura uttilizada foi de 200°C..
Os espaguettes de cada am
mostra de
e resina foram eentão se
eccionadoss
transsversalmente numa espessura
a de 50 µm
m através de um miicrótomo e foi então
o
obtid
do o forma
ato de disco
o.
4.2.2 En
nsaio de sinterizaçã
s ão
Para o desenvo
olvimento deste método
m pa
artiu-se d e um manual
m de
e
moldagem de uma grande
rotom g em
mpresa pro
odutora de
e resinas ppara o seg
gmento de
e
rotom
moldagem do merca
ado europ
peu. Neste
e havia a descrição
d de um en
nsaio para
a
med
dir e compa
arar a sinte
erização de
e resinas de
d PE.
477
Para essta análise
e foi utiliza
ado um miicroscópio ótico moddelo LEICA
A MZ16 A
com estágio de
e aquecim
mento acop
plado (Hot Stage) mo
odelo LINK
KAM TP94,, conforme
e
Figu
ura 33.
Dois disscos de ca
ada amosttra foram aproximad
dos e posiccionados num prato
o
aque
ecido acop
plado a um
m microscó
ópio ótico e iniciou-se
e uma ram
mpa de aquecimento
o
para
a fusão e coalescência das pa
artículas até
a a formação de uuma única partícula..
Fora
am medido
os os diâm
metros inicciais de ca
ada disco e também
m o pescoç
ço que foii
send
do formado
o ao longo
o da ramp
pa de aqu
uecimento da tempeeratura ambiente até
é
200ººC, para qu
ue posterio
ormente fo
ossem definidas as ta
axas de cooalescênciia de cada
a
amo
ostra. A taxxa de aque
ecimento uttilizada foi de 10ºC/m
min, que é aproximad
damente a
taxa de aqueccimento na produção
o de caixas
s d’água, aplicação
a uusual destas resinass
no p
processo de
e transform
mação por rotomolda
agem [101]].
Figu
ura 33: Micro
oscópio e esttágio com aq
quecimento.
4.3 Cara
acterizaçã
ão
488
polímero foi avaliada por Fracionamento por Cristalização Crystaf®. Para uma
caracterização estrutural mais detalhada, com teor de comonômero e distribuição do
mesmo foi realizada análise de Ressonância Magnética Nuclear RMN.
Cromatografia de Permeação em
GPC Avaliar a distribuição da massa molar
Gel
50
A reologia é a ciência que estuda o fluxo e a deformação da matéria,
analisando as respostas às deformações e tensões aplicadas. As propriedades
reológicas são úteis na determinação das características moleculares, elásticas e
físicas dos materiais poliméricos, bem como auxilia na determinação de condições
de processamento e pesquisa para novos desenvolvimentos.
51
As condições de análise utilizadas foram as seguintes:
Colunas: 4 colunas Toso-Hass (HT3, HT4, HT5, HT6) e uma pré-coluna 500 Å;
Solvente: 1,2,4 triclorobenzeno grau HPLC aditivado com 0,1 g/L de BHT;
Fluxo: 1 mL/min;
Tabela 7: Valores de massas molares e DMM obtidos para o padrão NBS 1475.
52
soluçção é filttrada e analisada
a por um detector de infravvermelho (IR) com
m
comprimento de
d onda fix
xado em 3,,4 µm. A Figura
F 34 mostra
m o deesenho esquemático
o
do sistema CR
RYSTAF [104].
Procedimento:
Pesa-se
e aproxima
adamente 270 mg da
d amostra
a, coloca-sse dentro do reator,,
junta
amente com 30 ml de orto dicllorobenzen
no (ODCB). Esta misstura é aqu
uecida até
é
160ººC e ficarrá dissolve
endo o p
polímero durante
d ce
erto tempoo conforme método
o
esco
olhido.
À temperatura de
e 160ºC e
estabiliza-se por 1 h. Baixa-see a tempe
eratura até
é
100ººC e estab
biliza-se ma
ais 1 h. De
epois baixa-se de 10
00ºC a 30ººC em um tempo de
e
350 min com uma
u rampa
a de tempe
eratura de 0,2ºC/min. Neste peeríodo são realizadass
36 le
eituras, ou seja, são 36 pontos na curva.
533
Ao final é obtida a curva da variação da concentração (dm/dTc) em
porcentagem em função da temperatura da solução Tc em oC para cada polímero.
Isso permite comparar a estrutura molecular dos polímeros.
Os cubos gerados no teste piloto, descrito no item 4.4, foram utilizados para
demonstrar as diferenças entre as amostras 1 e 2. Da parede de cada cubo foi
retirada uma amostra para que posteriormente fosse seccionada através de um
micrótomo.
54
4.4 Roto
omoldage
em piloto
Com o objetivo de
d demon
nstrar na prática
p a diferença de desem
mpenho já
á
conh
hecida entre as amo
ostras 1 e 2, foi realizado um teste de rootomoldag
gem piloto..
Para
a isto foi utilizada uma rotom
moldadora
a de esca
ala laborattorial perte
encente a
emp
presa A.Scchulman. Por
P ser um
m equipam
mento desenvolvido intername
ente nesta
a
emp
presa, não possui ma
arca e nem
m modelo (F
Figura 35)..
555
5 DISCUSSÃO DOS RESULTADOS
Neste caso, avaliando o formato das gotas formadas das amostras fundidas
verifica-se que as amostras 2 e 3 apresentam maior dificuldade em coalescer,
mantendo ainda o formato de 8 em 200°C, podendo indicar comportamento elástico
maior que a amostra 1.
56
T
Tabela 8: Ima
agens de coa
alescência na
a microscopia com aqueccimento.
120ºC 14
40ºC 160ºC 180ºC 2000ºC 200ºC– 2min
Amostra 1
Amostra 2
Amostra 3
A veloccidade com
m que a coalescên
ncia das partículas
p acontece pode serr
relaccionada co
om o dese
empenho d
da resina no
n process
so de rotoomoldagem
m, ou seja,,
quan
nto mais rá
ápido este processo mais rápid
do será po
ossível elim
minar e/ou reduzir ass
bolhas que ficcam presa
as em me
eio a mas
ssa polimé
érica e atiingir a de
ensificação
o
nece
essária pa
ara se obtter uma p
peça com as melho
ores proprriedades mecânicas
m s
posssíveis [69].
577
Tabela 9: Relação dimensional das partículas coalescidas em função da temperatura.
Temperatura 120° 130° 140° 150° 160° 170° 180° 190° 200° 200°@2min.
Ø disco A
(µm) 0,51 0,40 0,33 0,34 0,38 0,39 0,42 0,42 0,41 0,43
Ø disco B
Amostra 1
(µm) 0,49 0,43 0,46 0,47 0,47 0,48 0,48 0,47 0,50 0,47
Ø médio
(µm) 0,50 0,41 0,39 0,41 0,42 0,44 0,45 0,45 0,46 0,45
Ø Pescoço
(µm) 0,00 0,14 0,23 0,29 0,34 0,37 0,41 0,45 0,46 0,52
Razão
0,00 0,33 0,59 0,71 0,81 0,86 0,91 1,00 1,00 1,16
amostra 1
Ø disco A
(µm) 0,59 0,58 0,64 0,70 0,71 0,72 0,73 0,73 0,72 0,73
Ø disco B
Amostra 2
(µm) 0,58 0,66 0,67 0,69 0,71 0,69 0,69 0,70 0,69 0,69
Ø médio
(µm) 0,58 0,62 0,65 0,69 0,71 0,70 0,71 0,71 0,71 0,71
Ø Pescoço
(µm) 0,00 0,00 0,35 0,42 0,46 0,49 0,51 0,52 0,53 0,56
Razão
0,00 0,00 0,53 0,61 0,65 0,70 0,71 0,73 0,75 0,78
amostra 2
Ø disco A
(µm) 0,50 0,51 0,54 0,55 0,59 0,59 0,59 0,59 0,59 0,59
Ø disco B
Amostra 3
(µm) 0,49 0,50 0,47 0,48 0,51 0,53 0,54 0,54 0,55 0,55
Ø médio
(µm) 0,49 0,50 0,50 0,51 0,55 0,56 0,57 0,57 0,57 0,57
Ø Pescoço
(µm) 0,00 0,00 0,20 0,23 0,26 0,30 0,32 0,33 0,34 0,37
Razão
0,00 0,00 0,39 0,45 0,48 0,53 0,57 0,58 0,59 0,65
amostra 3
58
1,2
y = 0,0032x3 - 0,0669x2 + 0,5047x - 0,4359
y = 0,0018x3 - 0,048x2 + 0,4155x - 0,4491
1,0
Razão de coalescência
y = 0,0011x3 - 0,0304x2 + 0,287x - 0,3134
0,8
0,6
0,4
amostra 1
amostra 2
0,2
amostra 3
0,0
120º 130º 140º 150º 160º 170º 180º 190º 200º
Temperatura (oC)
59
Figura 37:
3 Termogra
amas de Tm
m2 das amosttras (DSC) e ampliação ppicos de fusã
ão.
O PE, por
p ser um
m polímero
o semicristtalino, apresenta trêês fases distintas no
o
estado sólido: cristalina
a, não crristalina e interfacia
al. A faixaa de fusã
ão é uma
a
conssequência da distrib
buição de espessura
a das lam
melas que compõem
m a região
o
crista
alina. Por conta diss
so, o PE a presenta uma
u curva de fusão diferente da
d maioria
a
dos sólidos criistalinos que possue
em o pico único de fu
usão. Lam
melas mais espessass
posssuem ponto
os de fusã
ão mais ele
evados [1].
A fim de
d evidenciar ainda
a mais es
sta diferen
nça em reelação a fusão
f dass
amo
ostras, foi realizado
r para
p as am
mostras 1 e 2 um ens
saio de fra cionamentto térmico..
600
Este
e ensaio é realizad
do de form
ma semelhante ao DSC, enntretanto durante o
resfrriamento são
s realiza
adas diverssas isoterm
mas em te
emperaturaas diferenttes. Neste
e
caso
o a amostrra permane
eceu em 1
140°C dura
ante 10 miinutos, deppois foi res
sfriada até
é
130°°C e ali pe
ermaneceu
u por maiss 10 minu
utos e assim sucesssivamente até 70°C..
apóss o resfria
amento tota
al a amosstra é fund
dida novam
mente e oos diversos
s picos de
e
fusão que com
mpõe a currva de fusã
ão mostrad
da na Figura 37 são sseparadas
s. A Figura
a
38 a
apresenta a curva res
sultante de
este ensaio
o onde é po
ossível vissualizar os diferentess
picoss de fusão
o e principalmente evidenciarr que a am
mostra 1 possui um
ma parcela
a
significativa qu
ue funde em
m tempera
atura meno
or que a am
mostra 2.
F
Figura 38: Termograma d e Tm2 de fra
acionamento
o das amostra
ras 1 e 2.
Referen
nte às curv
vas de crisstalização das
d amosttras, obserrva-se na Figura 39,
a differença na cristalinida
ade entre as resinas
s.
Durante
e a cristallização de
e polietilen
nos ramificados, caadeias line
eares são
o
incorporadas nos cristalitos, exccluindo as ramifica
ações parra as reg
giões não
o
crista
alinas. Asssim, à med
dida que a amostra resfria, as
s sequênciaas não cristalizáveiss
61
ficam
m concentradas no fundido
f re manescen
nte. As ram
mificações ficam con
ncentradass
na re
egião interrfacial pura
amente porr motivo de
e exclusão
o da lamelaa [105].
Cristalito
os mais espessos
e são termic
camente mais
m estávveis que os menoss
espe
essos e existe uma tendência
a das seq
quências lineares maaiores de cristalizarr
prim
meiro à me
edida que a amostrra resfria, deixando
o os menoores para cristalizarr
depo
ois. Cristallitos menos espesso
os fundem em tempe
eraturas m
menores qu
ue os maiss
espe
essos pois possuem uma razão
o superfície
e-volume mais
m alta [ 1].
Na Tabela 10 é apresentad
a do um resumo das propriedad
p des térmica
as obtidass
por D
DSC no re o do primeiiro aquecim
esfriamento mento e o segundo aaquecimen
nto (após a
eliminação da história térmica dos materiais).
T
Tabela 10: Dados
D obtido
os nas curvas
s de fusão e cristalizaçãoo das amostrras.
Resfriam
mento Aque
ecimento
Amostra Tc (°C) ∆H
Hc (J/g) Tm
m2 (°C) ∆H
Hm (J/g) X
Xc (%)
1 109 - 167 125 172 60
2 111 - 164 127 170 60
3 113 - 162 128 177 62
622
5.3 Reometria rotacional (DSR)
1000
100
0,0 0,2 2,0 20,0 200,0
Frequência (rad/s)
63
A viscosidade zero está diretamente relacionada com a massa molar da
resina, ou seja, quanto mais alta é a viscosidade, maior é a massa molar média e
menor o índice de fluidez [106]. Os valores de viscosidade zero das amostras na
temperatura de 200ºC estão na Tabela 11, assim como os valores de índice de
fluidez para comparação. Os valores estão condizentes com o índice de fluidez, ou
seja, aquele que possui menor índice de fluidez tem a viscosidade mais alta. As
diferenças observadas não aparentam ser a justificativa para a diferença de
desempenho, pois quanto maior a viscosidade mais lento deve ser o processo de
coalescência [66-68].
Índice de Fluidez
3,9 4,2 5,0
g/10min@190ºC
64
1,E+06
Amostra 1 Amostra 2
1,E+05
Módulo de armazenamento (Pa)
1,E+04
1,E+03
1,E+02
1,E+01
1,E+00
1,E‐01
0,0 0,1 1,0 10,0 100,0 1.000,0
Frequência (rad/s)
65
Amostrra 1 Amo
ostra 2 Amostra 3
A
( ) Módulo relaxação
1,00E+00
ç
1,00E‐01
1,00E‐02
1,00E‐03
H (ƛ) ‐
1,00E‐04
1,00E‐05
1,00E‐06
0,00
02 0,02 0,2 2
Te
empo (s)
Figu
ura 43: Curva
as de GPC das
d amostras
s avaliadas.
666
Na Tabela 12 são apresentados todos os dados obtidos (Mn, Mw e a
polidispersividade) através da análise de GPC das amostras 1 e 2.
Tabela 12: Dados de massa molar e polidispersividade por GPC das amostras avaliadas.
Mn Mw Mz Mz + 1
Amostra Polidispersividade
(g/mol) (g/mol) (g/mol) (g/mol)
5.5 Crystaf
13
% dm/dTc
-2
20 40 60 80 100
Como pode ser visto na Figura 44, a amostra 1 tem uma temperatura de início
de cristalização mais baixa que as demais. Isto significa que esta resina tem uma
melhor distribuição do comonômero, o que causa maior irregularidade da cadeia
polimérica e reduz a cristalinidade. Sendo assim, o início da cristalização na amostra
1 acontece numa temperatura mais baixa que as demais. Embora as amostras 2 e 3
apresentem curvas muito semelhantes entre si, denota-se uma maior cristalinidade
para a amostra 3, o que corrobora com o ∆Hm mais alto observado no ensaio de
DSC.
68
A copolimerização do polietileno com uma α-olefina gera um polímero com
ramificações laterais curtas. Embora estas ramificações curtas não tenham um efeito
importante em propriedades reológicas como viscosidade, as mesmas exercem
efeito significativo na cristalinidade do polietileno [110].
A análise de distribuição das tríades (Tabela 13) indica que as duas resinas
possuem uma concentração de comonômero ([B]%mol ou [B]%w) semelhante.
Entretanto, a amostra 1 tem uma incorporação bem mais homogênea (incorporação
de comonômero nas cadeias de mais alta massa molar) sendo o comprimento médio
das sequências de buteno igual a dois (nB). No caso da amostra 2, a incorporação
de comonômero é heterogênea, tendo muito comonômero inserido nas cadeias de
baixa massa molar. Não existem sequências de buteno na amostra 2. Estas
observações corroboram os dados de Crystaf para a amostra 2. O fato da mesma
não possuir sequência de buteno facilita o processo de cristalização.
Para entender melhor a questão da frequência de inserção do comonômero
na cadeia principal, é preciso fazer uma relação entre o número de eteno e o
número de buteno (nE/nB). Ou seja, para a amostra 1 existe 1 buteno a cada 53
etenos (106/2), enquanto para a amostra 2 existe 1 buteno a cada 77 etenos (77/1).
69
Tabe
ela 13: Conc
centração do comonômerro buteno em
m % mol e % massa (w).
Seqüê
ências (Tríad
des) Amo
ostra 1 Amostra 2
[E
EEE]%mol 97,03 95,94
[BEE
E+EEB] %mo
ol 2,04
2 3,00
[E
EBE] %mol 0,85
0 1,06
[B
BBB] %mol 0,08
0 0,0
[E] %mol 99
9,07 98,94
[B]%mol 0,93
0 1,06
[E] %w 98
8,15 97,91
[B]%w 1,85
1 2,09
nE 106
1 77
nB 2 1
Figura 45:
4 Espectro RMN 13C com as tríade
es da amostra
ras.
700
Legenda
a:
[E] %w = percentual de
d etileno no
o copolímero em massa
[B] %w = percentual de
d buteno no
o copolímero
o em massa
nE = com
mprimento mé
édio das seq
quências de etileno
e
nB = com
mprimento mé
édio das seq
quências de buteno
b
[EEE] = percentual
p e sequênciass de etileno iguais a três ou maiores ((%mol)
de
ntual de seq uências etile
[BEE + EEB] = percen eno-etileno-buteno (% mool)
[BEB] = percentual
p de
e sequênciass buteno-etile
eno-buteno (%
( mol)
[BBB] = percentual
p de ais a três ou maiores (% mol)
e sequênciass buteno igua
[BBE + EBB] = percen
ntual de seq uências etile
eno-buteno-b
buteno (% mool)
[EBE] = percentual
p de
e sequênciass etileno-bute
eno-etileno (% mol)
5.7 Ava
aliações da
as peças g
geradas no
n teste de
e rotomold
dagem pilloto
O teste de rotomo
oldagem p
piloto foi re
ealizado co
om o intuiito de com
mprovar na
a
prátiica as inforrmações obtidas
o nessse estudo, no qual fo
oi demonsstrado que a amostra
a
1 po
ossui melho
or desemp
penho que a amostra 2.
As peça
as moldadas por rottomoldagem (Figura 46) foram
m caracterizadas porr
micrroscopia óttica a fim de eviden
nciar a pre
esença de bolhas, quue está diiretamente
e
relaccionada co
om a veloc
cidade de sinterizaçã
ão e densificação [559]. Para is
sso, foram
m
realizados várrios cortes na secção
o transverrsal da parrede da peeça e em seguida a
erfície dos cortes obttidos foi avvaliada com
supe m o microscópio óticoo.
Figura 46:
4 Peças ob
btidas no tes
ste de rotomo
oldagem pilooto
71
Avaliou--se minuciosamente
e as diverrsas superrfícies de corte de diferentess
regiõ
ões da am
mostra 1 e não foi en
ncontrada a presenç
ça de bolhaas, embora no cubo
o
obse
erve-se a presença em pequ ena quanttidade. No
o entanto, nas supe
erfícies de
e
corte
e da amosstra 2, obse
ervou-se a presença
a de bolhas
s de diverssos taman
nhos e que
e
são facilmente
e encontra
adas ao llongo da espessura
a da pareede da pe
eça. Estass
obse
ervações podem
p ser visualizad as na imag
gem da Fig
gura 47.
Para dim
mensionar o tamanh
ho das bolh
has da amostra 2, fooram mens
surados oss
diâm
metros das bolhas maiores, on de enconttrou-se os seguintes valores: 202,
2 237 e
389 µm. Ou se
eja, são bo
olhas de ta
amanho co
onsideráve
el que podeem comprrometer de
e
man
neira signifiicativa o de
esempenh
ho da peça final.
Mesmo através da
d simpless análise visual
v das peças é ppossível perceber
p a
inúm
mera quantidade de bolhas na
a amostra
a 2, tanto em seus vértices, quanto
q no
o
acab
bamento superficial, conforme pode ser visualizado através das figura
as 48 e 49
9
resp
pectivamen
nte.
722
Figu
ura 48: Vérti ces dos cubos das amos
stras 1 e 2.
Ou seja
a, os resultados do tteste piloto
o comprov
varam os rresultados analíticoss
obse
ervados attravés das diferentess técnicas utilizadas nesta pessquisa e ta
ambém oss
resu
ultados de mercado que
q se tinh a até então.
733
6 CONCLUSÃO
74
formar uma parede homogênea e, portanto, reduzindo o ciclo de aquecimento, que é
a etapa determinante no ciclo de rotomoldagem como já mencionado anteriormente.
75
7 SUGESTÕES PARA TRABALHOS FUTUROS
Avaliar amostras com diferentes DMM através dos ensaios utilizados nesta
dissertação.
76
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