Você está na página 1de 7

Tarot versus Astrologia

O Caminho Real da Vida

Nº Arcanos Significados Positivos Significados Negativos

I Mago Iniciativa, criatividade, astúcia Insegurança, desorganização

II Sacerdotisa Intuição, mistério, aprendizagem Falsidade, infidelidade, traição

III Imperatriz Expansão, criatividade, sedução Infidelidade, ciúmes, estéril

IV Imperador Construção, comando, protecção Cruel, tirano, vaidade

V Hierofante Aprovação, estabilidade, conselho Instabilidade, maus conselhos

VI Amantes Escolha, decisão, livre arbítrio Má escolha, indecisão, dúvidas

VII Carro Progresso, mudança, vitória Imóvel, bloqueio, ma direcção

VIII Justiça Assuntos legais, justiça, equilíbrio Ilícito, injusto, desonesto

IX Eremita Meditação, prudência, afastamento Solidão, aposentado, desconfiado


X Roda da Fortuna Oportunidades, mudança, sorte Estagnação, desperdício, ma sorte

XI Força Magnetismo, luta, vitalidade Sexualidade débil, fraqueza

XII Dependurado Estagnação, falta de liberdade Passividade, pessimismo

XIII Morte Transformação, corte com passado Zanga, aviso, pessimismo

XIV Temperança Fluidez, equilíbrio, harmonia Instabilidade, desarmonia, egoísmo

XV Diabo Confusão, materialismo, ciúme Discórdia, burla, homossexualidade

XVI Torre Destruição, doença, lição de vida Perdas, sofrimento, infelicidade

XVII Estrela Esperança, sorte, perspectivas Frustração, falta de confiança

XVIII Lua Intuição, sonhos, medo, enganos Instabilidade, irrealismo, fobias

XIX Sol Alegria, sucesso, realização, Amor Vaidade, insucesso, infelicidade

XX Juizo Final Renovação, renascer, revelação Fracasso, decepção, estagnação

XXI Mundo Êxito, recompensa, realização plena Perda, egocentrismo

XXII Louco Inocência, despreocupação Loucura, fracasso, caos, confusão

O Caminho da Vida, representado pelos Arcanos

Os arcanos maiores, também chamados de trunfos, representam o alicerce do Tarot e


apesar de serem considerados mais poderosos e mais universais do que quaisquer outros,
eles não devem ser vistos, necessariamente, como os mais importantes. À medida que
activam os componentes arquetípicos, eles convidam muito mais para o autoconhecimento
do que para qualquer outra coisa. A sua incidência em jogos representa questões ligadas à
psique humana.
As lâminas dos Arcanos Maiores descrevem diferentes estágios de uma viagem que
não é linear, nem cronológica, mas é obrigatória e pode acontecer em diversas situações
da nossa vida. Esta viagem inicia-se com o incondicionalismo de o Louco, Arcano 0,
conduzindo-nos à realização do mundo, Arcano XXI. Neste ínterim, passaremos por vários
acontecimentos, encontrar-nos-emos com vários aspectos do destino, seremos testados
das mais diversas formas e confrontar-nos-emos com as múltiplas facetas da nossa
personalidade. Entenderemos que cada estagio nos preparará para um outro e cada
acontecimento possuirá o seu fluxo natural. Enquanto o Louco flutua no incondicionalismo,
já o Mago revela que a vontade de um ser nunca deve deixar de se manifestar, visto que,
de tal modo, toma consciência dos seus actos e de si mesmo. Para ele cometer erros é
menos grave do que não agir, visto que não teme o risco.
A Sacerdotisa indica que o ser que sabe valorizar os seus actos e compreender os seus
erros, aprende a escolher melhor, para nunca mais reproduzir os mesmos erros e agir com
correcção e justiça.
A Imperatriz, anima o ser a dar uma certa continuidade aos seus actos, que depois se
convertem em actividades, e que lhe permitirão, com o tempo, colher os frutos dos seus
esforços.
O Imperador favorece no ser, o desenvolvimento da sua vontade superior e do seu
espírito, graças aos quais consegue exercer uma influencia sobre o mundo exterior e o
domínio de si mesmo.
O Papa, induz o ser a dar-se conta de que o domínio do mundo e de si mesmo, não
servem de nada se não se puserem ao serviço de uma vontade de conhecer-se a si mesmo,
que é o único objectivo e razão de ser da vontade.
Os Amantes, sublinha que em pleno conhecimento de causa, o ser é capaz de fazer as
suas escolhas e tomar as suas decisões, as quais decidirão a sua sorte e a sua vida. Os
Amantes, parafraseando o Mago, conclui que uma má escolha, vale mais, do que uma
vacilação estéril.
O Carro diz que, uma vez feitas as escolhas e empreendido o caminho, o ser já pode
enfrentar os obstáculos da vida, pôr-se à prova a si mesmo, conhecer as alegrias da vitória
e a amargura do fracasso com as quais aprenderá.
A Justiça especifica que não basta a vitória sobre si mesmo. O ser ainda tem de
estabelecer um equilíbrio entre as suas forças interiores e as forças exteriores que o
rodeiam, sobre as quais influi e que, por sua vez, o influenciam.
O Eremita, dita ao ser que deve aprender a observar, a ouvir e a calar, tendo em conta
que quanto menos intervier directamente no jogo da vida exterior, e quanto menos
susceptível for de se tornar sua vitima, mais valorizará o alcance dos seus actos.
A Roda da Fortuna, insiste no facto de que aqui em baixo, na terra, tudo muda e tudo
se transforma e que são os nossos actos e as nossas palavras que fazem girar o mundo e
daí receber o seu retorno.
A Força, como o seu nome indica, revela que a verdadeira força do ser se manifesta
quando age a seu devido tempo e exclusivamente quando é necessário.
O Enforcado mostra que o ser ostenta um poder que age muitas vezes como uma
força maior: a força da renuncia e do perdão.
A Morte mostra-nos numa força superior a todas as outras e que o homem pode
avançar: a força da dissolução que gera o nascimento noutra vida.
A Temperança depois, explica como o ser que morre e renasce vê como circulam nele
todas as correntes da vida, se regeneram nele, através dele para ele e por ele.
O Diabo põe à disposição do ser todos os poderes, todas as forças de vida material e
espiritual. Por isso, agora cabe-lhe decidir o que fazer com os mesmos.
A Torre revela que, mais uma vez, se escolhe o bom caminho, o ser pode estar certo
de que nunca virá perturbá-lo, nem interromper o seu crescimento, nem pôr em dúvida a
sua força. Caso contrário, pode perder tudo o que lhe foi dado e tudo o que adquiriu em
qualquer momento.
A Estrela leva o ser a encontrar um impulso maior que a esperança e que pode
reflectir no amor da sua vida, que é também o amor da sua alma.
A Lua põe em relevo todas as armadilhas do amor, que levam à confusão ou ao
desespero, às ilusões ou à loucura, mas de onde pode brotar o amor mais bonito, ou seja,
a fé.
O Sol é o guia que conduz o ser do amor escaldante à felicidade, a qual se realiza
plenamente na união com a sua alma.
O Juízo Final ou Julgamento anuncia que da sua união sagrada nasce algo novo, visto
que ele nasceu de si mesmo. É uma metáfora de ave renascida das cinzas – a Fénix.
O Mundo revela que o ser nascido de si mesmo é tudo o que o mundo é, que este
mundo nasceu graças a ele, que está nele, que só existe para ele e que só vive através
dele.
O Louco... é o homem comum, o que procura a união com a sua alma, o seu destino,
a si mesmo e à sua realização. O louco representa o princípio e o fim, seguido de um novo
começo, uma espécie de eterno retorno. Simplesmente, trata-se do ser, enquanto ser
espiritual em si mesmo, e em pureza absoluta.

Correspondências Astrológicas

O Mago
O poder e a irradiação do Sol, bem como a mestria e a duplicidade de Mercúrio. O
signo carneiro também enquadra bem no entendimento deste arcano enquanto energia
de acção pioneira. Tendo conexões com mercúrio a este arcano estão conferidos atributos
como a comunicação, a diplomacia e a habilidade. É devido à duplicidade também comum
em mercúrio, que o mago consegue ligar o interior e o exterior, o acima e o abaixo. É tido
como hermafrodita, razão pela qual, por si mesmo se fertiliza, faz o fruto surgir e as coisas
a acontecerem. Se nalguns aspectos o Mago, se relaciona a mercúrio, noutros é possível
ver o carácter que o liga a Marte: A vontade, a sua polaridade yang, o facto de ser o
numero I, também aqui se pode aliar à energia da cada I.
A Sacerdotisa
Aqui a relação é com a Lua, realçando o seu poder ligado as coisas desconhecidas.
Representa os sentimentos e é um astro que cultiva o apego emocional à forma que cria. A
Papisa trás todas as qualidades da lua: antítese do sol, reflexiva, passado, oculta, intuição,
fertilidade, água, magia, mulher, ritual. Denota memoria, reflexão, fertilidade, segredo,
mistério, ciência. Através da sua atitude reflexiva, ela faz o movimento de retorno a si
mesma, faz o pensamento voltar-se para si mesmo, interrogando-se a si mesma. Esta
muito ligada á energia da casa XII..
A Imperatriz
Encontramos aqui a relação de Vénus com os signos de terra, o que intensifica os
nossos sentidos, sensualidade não limitada ao sexual, mas sim no sentido amplo da
palavra. È a exaltação da forma, a encarnação, é aquilo que agrada aos sentidos, a
abundancia, a fertilidade e o crescimento.
Se comparássemos o domínio da Imperatriz com as 12 casas astrológicas poderíamos
apontar a casa V, devido à sua relação com a criatividade, filhos e a sua ligação com
Vénus, expresso no ceptro no seu braço e representando vitória sobre as dificuldades do
ambiente e as emanações construtivas graças ao Amor.
O Imperador
Aqui temos a correspondência com o Sol em Capricórnio, ou na casa X, o que trás a
ideia de estrutura, responsabilidade, perseverança. Tal como capricórnio é designado como
o signo mais batalhador do zodíaco, também o Imperador tem uma dignidade individual
que muitas vezes assume o papel de autoridade. A lei é bastante valorizada e a ordem na
vida quotidiana é considerada como aspecto essencial. Tal personalidade tende a ajudar
mais através de actos do que de apoios emocionais, pois sente-se menos confortável com
este aspecto da natureza. A visão da vida é pragmática e realista e há a preferência por
um sólido padrão de rotinas familiares diárias que ofereçam um sentido de segurança. No
entanto e para complementar esta ideia, a energia do planeta Marte esta muito
dignificada na acção deste arcano.
O Hierofante (Papa)
Na astrologia pode-se relacionar este arcano com a casa IX e tudo o que lhe é
característico: filosofia, sabedoria, religião, conhecimento superior e busca de Deus.
Também o sol em Sagitário, mestre dos valores religiosos, nos esclarece alguns atributos
deste arcano. Tendo em conta que na nossa jornada em torno do zodíaco, quando
chegamos à casa 9, (casa de Sagitário), acabámos de emergir das águas densas e
pantanosas do inconsciente escorpionico, depois de enfrentar o nosso medo da morte e de
perscrutar as profundezas do sentimento e da emoção. Tradicionalmente os Astrólogos
associam Sagitário ao espírito, à expansão da consciência, ao anseio pela grandeza e à
habilidade de motivar, inspirar ou incendiar as pessoas. Estas associações aplicam-se não
só aos indivíduos nascidos neste signo, mas também todos os que tenham planetas na
casa 9. Bem como o ascendente igualmente em sagitário. A inspiração é oferecida por
profissões da casa 9, tais como magistério superior, literatura, ministério espiritual... Aqui
o interesse principal do arquétipo concentra-se na filosofia moral pratica e na ética.
Os Amantes (Dois caminhos)
Tendo relação com Vénus, este arcano simboliza o conhecimento pelo Amor. Algo que
se necessita cortar, dividir nosso ser, morrer para que uma parte de nós mesmos se realize.
Tal experiência, que de certa forma faz perder a identidade do ego, pode provocar
confusão, desorientação e medo, mas é daí que se origina o terceiro elemento, ou seja, a
solução do problema. Reforça Jung: “ O conflito é a essência da vida e o pré requisito
necessário a todo o crescimento espiritual” A ambivalência, acentuada neste arcano,
sugere a ligação com Gémeos. Este signo fica na encruzilhada na busca de um guia. O seu
glifo assemelha-se ao numero romano II, o que sugere dualidade e consequentemente a
energia de Gémeos. Como tal muito associado a Mercúrio pelas escolhas que tem que
fazer. No entanto associo muito esta conjunção energética de Vénus e Mercúrio à casa
VII
O Carro
Aqui, temos carneiro como o dono do impulso, o buscador da identidade, símbolo de
uma personalidade exaltada e orgulhosa de si mesma.Com ele a energia de Marte. Como
Ícaro, pelo excesso de autoconfiança, esta pronto a desobedecer as ordens paternais e
tentar conquistar o sol, sempre impaciente com as experiencias em seu redor. Se
relacionarmos este arcano a sagitário, encontramos o ponto que os liga como sendo a
busca incessante do espírito que pode transcender a sorte e a morte. Sagitário não é um
signo conformado com as limitações ou exigências mundanas da vida, bem como a energia
da casa IX.
A Justiça
No zodíaco, a relação deste arcano, estabelece-se melhor com Libra, isto no ponto
que enfatiza a tendência ao equilíbrio, próprio destes arquétipos. Libra é o signo oposto ao
impulsivo carneiro, o que já nos acresce a ideia de moderação, é o principio da atracção e
também o da harmonia e do equilíbrio. Pessoas com libra no ascendente passam a vida a
pesar os prós e os contras, tentando tomar decisões, baseados em seus critérios mentais,
e ao mesmo tempo também avaliando, fazendo juízos de valor, a partir da perspectiva da
sensação/emoção e da perspectiva teórica, do lógico/ pensamento. Libra procura tomar a
melhor decisão, não somente para si mas também para os outros. Seu julgamento
repousa sobre a cuidadosa avaliação e reflexão antes de ditar a sentença. Por ser muito
reflexiva associa-se também à Lua e à energia da casa VI.
O Eremita
Aqui, Saturno expresso como limitação, renuncia, rigidez e esforço, serve de auxilio
para entendermos situações típicas do arcano IX. Saturno é uma força que tende a
cristalizar, a fixar rigidez as coisas existentes, opondo-se desta forma, a toda a mudança.
No seu influxo positivo, confere profunda penetração, resultante de longos esforços
reflectidos. A constância, a ciência, a renuncia, a castidade e a religião são palavras-chave.
Sabedoria e autodisciplina consistem os principais atributos de Saturno e também do
arcano IX.
Muitas avaliações que associam Saturno ao senhor do karma, são a despeito do mais
antigo e repetido dos ensinamentos, aquele que nos diz que é o habitante do umbral, o
guardião das chaves do portão, e que somente através dele poderemos eventualmente
alcançar a libertação por meio da auto compreensão.
Também se pode fazer a associação a Mercúrio enquanto regente de Virgem, pelas
capacidades de meditação e aperfeiçoamento. A energia que mais lhe convém é a da casa
XII.
Roda da Fortuna
Aqui associa-se o planeta Júpiter e os seus valores de mestria, de poder e de
autoridade. Associa-se também a ideia de mérito e das consequências felizes ou infelizes
dos nossos actos.
Na mandala astrológica, a roda da fortuna é o ponto calculado pela soma do grau
do ascendente ao da lua, subtraído pelo do sol. Faz-se a operação entre estes 3 pontos
muito importantes no mapa. Subtraindo-se o que é fixo, o Sol, estamos a lidar com as
flutuações da lua e com a particularidade e as transformações possíveis ao ascendente. A
roda da fortuna na astrologia tem a ver com o ponto de encarnação, o ponto através do
qual o individuo se sente enraizado no centro do próprio ser. É no mapa o ponto mais
sujeito a oscilações, instabilidade, inconstância, mudança e sorte. Onde ele esta tem
movimento e estamos à mercê das circunstâncias externas, da sorte que vem e vai. Isto
evidencia-se nas ocasiões dos trânsitos e progressões da Roda. Também os trânsitos de
Úrano, Neptuno e Plutão podem trazer sensações típicas de confrontar com o arcano X.
Associo muito esta energia com a casa X, até pela “coincidência” numérica.
A Força
Aqui encontramos a energia de Leão com uma constância típica do próprio Deus Sol.
Desta forma ele pode ensinar-nos a transferir a necessidade de controle externo para a
capacidade de se autocontrolar. Sugere, na sua polaridade positiva, o domínio dos
instintos e do orgulho. O autocontrole e o autodomínio são os caminhos para o seu
sucesso e realização. A coragem pode advir da sua ligação com o coração. Leão rege o
coração. A coragem, a bravura e principalmente o autodomínio leonino podem superar o
medo de enfrentarmos a fera, retratados pelo leão, no arcano a Força. A exaltação de
Neptuno em leão. O que traz a Fé, o sacrifício da rendição humilde e do controle do ego,
ajuda-nos na compreensão deste arcano.
O Dependurado
Sob a influencia deste arcano, é necessário que o individuo, a fim de se restaurar, faça
uma pausa para a inacção no mundo externo. Esta questão é típica em Peixes e Neptuno,
bem como na casa XII, na casa da solidão, do confinamento e da mudança de vida após
uma percepção profunda. Neptuno, regente de peixes, enfatiza a dissolução, a integração
universal e o necessário sofrimento intermediário. Peixes esta associado à ruptura com o
apego, sem perder o contacto com os sentimentos da bondade e da compaixão. Peixes é
um signo de cura, de iluminação, do psiquismo e da consciência receptiva. O sacrifício para
ele é o ponto legendário, pois existe uma forte tendência para este se sacrificar ou
amparar os que sofrem. Também lhe é comum a necessidade de ser necessário e a de
aceitar o seu próprio karma. Peixes situa-se no mundo da indistinção, do indiferenciado,
do inundado, do confuso e isto fá-lo ir do zero ao infinito. Nele o contacto com o self
parece ser mais directo e vive numa profunda devoção. Aqui reina a emotividade, devido à
ligação com a água, propiciando o transbordamento em dimensões fora de si mesmo até
que se chegue a um valor que o ultrapassará. Nesta trajectória, ele pode perder-se através
de vícios, o que gera o escapismo, ou encontrar-se através do contacto com os devas, em
ato de devoção.
A Morte
Aqui relaciona-se Saturno na casa VIII. Planeta da demarcação, da separação e da
despedida no plano da morte e do crescimento. Estão relacionados com a casa 8,
conceitos comuns ao arcano XIII, transformação e renascimento. Um individuo com
Saturno na casa 8 tem uma carga dupla nas mãos, pois não só deve chegar a um acordo
com saturno, que por si só é suficientemente esquivo, mas também deve estar disposto a
realizar a descida até ao reino de plutão se quiser encontrar o tesouro tão difícil de
alcançar. Plutão como regente de escorpião e da casa 8, esta ligado ao que diz respeito às
profundezas inconscientes da personalidade, aos resíduos de impulsos instintivos, às
tendências obsessivo compulsivas ( Aqui personifica mais o Arcano XV ).É pelo facto de
plutão encarnar na astrologia, a força que preside as grandes mudanças das eras
geológicas e espécies, que encontraremos a conexão com a morte/transformação. Nos
seus trânsitos e expressões esta ligado à ideia de morte. Plutão em transito poe-nos
frequentemente em contacto doloroso com a morte. Pode muito bem gerar crise, dor ou
dificuldades em nome do crescimento e da mudança necessária. Nalguns casos este
transito significa literalmente, a morte. A nossa própria ou a de alguém que nos é próximo,
mas mais comummente estes trânsitos correspondem a uma morte psicológica. A uma
transformação.
A Temperança
Vénus no sentido harmonia e equilíbrio. Libra, é associado à energia de casa VII,
retrata o principio da atracção/harmonia. Este é o único signo do zodíaco que representa o
inanimado. Isto fá-lo distanciar das tendências dos instintos. Tal como o seu nome e
símbolo sugerem calma e moderação.
Pesar os pros e os contras, buscar decisões equitativas a partir da analise dos dois
pratos da sua balança. Isto trás uma espécie de acomodação, inércia e preguiça e gera
uma situação morna, estagnada e de indecisão.
Saturno ( Planeta secundário, como factor tempo)
O Diabo
Aqui a relação é com Plutão, por ele ser o responsável pela enorme libertação de
energia, por ser aquele que faz de repente ressuscitar coisas que estavam adormecidas ou
que morreram prematuramente na vida. Também por mostrar a confrontação com tudo o
que estava oculto e vergonhoso na base da personalidade. Esta irrupção que pode ser
ocasionada pela paixão e pela libertação de energia, é como o Arcano XV, tanto criativa,
quanto destrutiva. Este muito associado à energia obsessiva da casa VIII
A Torre
Referencias a Úrano / Saturno como o súbito irromper das incrustações. Saturno
como limitação/depressão. Úrano como nova possibilidade. Úrano representa uma vitória
ou uma mudança de algum modo significativa, no início a sua acção não é recebida de
forma tranquila pelo ego. Nem sempre a acção de Úrano é destrutiva, mas isto pode
acontecer se lhe resistirmos. As mudanças radicais realizadas por ele, tendem a
desorganizar o velho e a organizar o novo. Também aqui a ligação é feita com a casa VIII,
bem como á casa IV, pois é o derrube das nossas estruturas que leva ao processo de
morte e renascimento.
A Estrela
Forte poder de intuição, bem como o alcance de objectivos através de mínimos
esforços. Júpiter na casa XI, no sentido de confiança e visão de longo alcance “A melhor
obra é aquela que se realiza sem a preocupação de êxito imediato e o mais glorioso é
aquele em que se poem as esperanças mais além do horizonte visível”,
A Lua
Correspondência com a lua em escorpião, com a sabedoria oculta dos abismos da
alma. Sol na casa 8, como a descida aos infernos. Pela sua visão de ilusão, imaginação
exagerada, confusões, compaixão e espírito de sacrifício, a lua relaciona-se com a energia
de Neptuno. A imagem de um caranguejo na carta (lua), é o passado e o símbolo de
autoconsciência bem como de auto exame da renovação moral e psíquica. O seu domínio é
o passado e o secretismo.
Lua/Neptuno – Lua em escorpião
O Sol
Sol é o Self e a casa V. Representa o desejo de viver a vida. Enquadrado à potência
criativa, à independência e à individualidade. É símbolo de vida, calor, dia, luz, autoridade,
o sexo masculino, o pai, bem como o princípio gerador e o encontro com o propósito da
nossa existência e consciência.
O Julgamento/ Juízo final
Aqui existe uma relação com Plutão, que além das suas funções mitológicas como
senhor dos mortos e portanto da ressurreição, governa igualmente a reprodução em todos
os sentidos do termo, sugerindo a transformação mais profunda pela qual algo pode passar.
Plutão representa também o renascimento espiritual. Concede um poder que o individuo
pode utilizar criativamente, somente quando ele já enfrentou as catarses e os processos
evolutivos que conduzem à cura. Também a energia de Aquário, e da casa XI como um
ser evoluído que se libertou das limitações do tempo e do espaço.
O Mundo
Existe aqui a ligação Júpiter, Saturno enquanto planetas bem aspectados. Júpiter e
Saturno são tidos como um par de opostos que integrados formam a unidade básica do
ser humano. Combinados eles ligam-se à oportunidade de desenvolvimento, mostrando
um conjunto de valores diferentes e mais objectivos na área da nossa filosofia de vida. Ao
fazerem contacto, estes dois planetas sugerem a necessidade de uma transformação
interna, o que centra em transformar a fé numa pratica de vida.. Em suma, é a
completude do propósito de vida. Como realização plenas esta associado à casa X
O Louco
Sendo o principio e o fim de um caminho interior, e o nada onde existe tudo, gosto
particularmente da associação deste arcano aos Nodos Lunares. À nossa trajectória de
vida. Não deixa porém de ter uma forte energia de Úrano, como planeta de rebelião e
subversão, mas também de evolução espiritual e de ritmo do destino. Úrano completa o
seu retorno em 84 anos, o que corresponde ao ciclo de uma vida humana. Não estou certa
de nenhuma associação concreta com nenhuma casa em especifico, no entanto poderá
haver alguma relação com a casa III.

Bibliografia: O Tarot, das correlações arquetípicas à função terapêutica. Essências


florais de Minas Gerais por Ednamara Batista Vasconcelos e Marques

Elaborado por: Cláudia Sofia de Frias


Aluna do Nível 6 – Formação Dinâmica em Astrologia
Dezembro 2010

Você também pode gostar