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A TRANSFERÊNCIA NA CLÍNICA
PSICANALÍTICA
TEORIA E PRÁTICA
A pré-história da Psicanálise
• Hipnose
- Charcot se diferencia da psiquiatria do
século XIX e admite que pode haver uma
doença sem lesão anatômica aparente,
o que o leva à “descoberta” da histeria.
- No inverno de 1885, Freud vai a Paris e
assiste ao curso de Charcot. Adere, de
forma entusiástica, ao modelo fisiológico
oferecido por ele para a histeria.
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Transferência e sugestão
Psicoterapia da Histeria (1895)
• Freud utiliza ainda a sugestão como método de
tratamento e análise, mas utiliza pela primeira vez o
conceito de transferência.
• O principal obstáculo ao tratamento decorre da
relação da paciente com o médico, em três casos
principais:
a) Quando há uma desavença pessoal entre o médico
e a paciente;
b) Quando a paciente é tomada pelo medo de ficar
dependente do médico;
Transferência e Sugestão
c) Quando a paciente se assusta ao perceber que está
transferindo para a figura do médico as representações
aflitivas que emergem do conteúdo da análise.
• A transferência é uma ocorrência comum à análise, e
toda a reivindicação em direção à figura do médico é
uma transferência.
• O mecanismo da transferência supõe:
a) no passado, o recalcamento de um desejo;
b) no presente e na relação com o médico, o despertar
do mesmo esforço que fez com que esse desejo
fosse recalcado (falsa ligação).
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Transferência e Resistência
• Na análise, a transferência surge como a resistência
mais poderosa ao tratamento.
• Se as associações de um paciente faltam, é
indicativo de que ele está dominado por uma
associação relacionada com o próprio médico ou
com algo a este vinculado.
• Essas características da transferência, não devem
ser atribuídas à psicanálise, mas sim à própria
neurose.
Transferência e Resistência
• O manejo da transferência precisa ter como foco a
liberação do conteúdo que foi recalcado, o que é,
de longe, a maior fonte de resistência.
• “A resistência acompanha o tratamento passo a
passo. Cada associação isolada, cada ato da pessoa
em tratamento tem de levar em conta a resistência
e representa uma conciliação entre as forças que
estão lutando no sentido do restabelecimento e as
que se lhe opõem” (Freud, *1912+ 1969, p. 138)
Transferência e Resistência
• À medida em que um tratamento analítico progride e o
paciente se dá conta de que as deformações do
material da análise não podem, por si próprias,
oferecer qualquer proteção contra sua revelação, mais
sistematicamente faz ele uso de um tipo de
deformação que obviamente lhe concede as maiores
vantagens : a deformação mediante a transferência.
Então, todo conflito tem de ser analisado na esfera da
transferência.
• “A transferência, no tratamento analítico,
invariavelmente nos aparece, desde o início, como a
arma mais forte da resistência, e podemos concluir que
a intensidade e persistência da transferência
constituem efeito e expressão da resistência” (Freud,
[1912] 1969, p. 139).
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Referências
• FFREUD, S. & BREUER, J. (1893). Sobre o mecanismo
psíquico dos fenômenos histéricos: uma conferência.
Obras Completas Standard Edition, Volume II. Rio de
Janeiro: Imago, 1988.
• FREUD, S. (1893-1895). Estudos sobre a histeria. Obras
Completas. Standard Edition, Volume II. Rio de Janeiro:
Imago, 1988.
• Freud, S. (1912). A dinâmica da transferência. Obras
Completas. Standard Edition. Volume XII. Imago: Rio de
Janeiro, 1969.
• Freud, S. (1912). Recomendações aos médicos que
exercem a psicanálise. Obras Completas. Standard
Edition. Volume XII. Imago: Rio de Janeiro, 1969.
Referências
• FREUD, S. (1914). Sobre o narcisismo: uma
introdução. Obras completas. Volume XIV, Standard
Edition. Rio de Janeiro, Imago, 1976.
• Freud, S. (1914) Observações sobre o amor
transferencial. Obras Completas. Standard Edition.
Volume XII. Imago: Rio de Janeiro, 1969.
• FREUD, S. (1915). O Inconsciente. Obras completas.
Volume XIV, Standard Edition, Rio de Janeiro:
Imago, 1976.
• FREUD, S. (1915). A pulsão e suas vicissitudes.
Obras Completas. Standard Edition, Volume XVII.
Rio de Janeiro: Imago, 1974.
Referências
• FREUD, S. (1921). Psicologia das Massas e Análise
do Eu. Obras completas. Volume XVIII, Standard
Edition, Rio de Janeiro, Imago, 1976.
• FREUD, S. (1923-1925). O Ego e o Id. Obras
completas. Volume XIX, Standard Edition, Rio de
Janeiro, Imago, 1976.