Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
CENTRO DE TECNOLOGIA
DEPARTAMENTO DE ENGENHARIA ELÉTRICA
CURSO DE GRADUAÇÃO EM ENGENHARIA ELÉTRICA
FORTALEZA
2013
ANDRÉ LUIZ DE BRITO
FORTALEZA
2013
Ao Senhor Jesus Cristo.
AGRADECIMENTO
Ao Senhor Jesus Cristo, toda honra e toda glória, pelo dom da vida, pelo dom da
esperança e da perseverança.
Aos meus familiares, Helena (In memory- mãe de criação), Lucimar (mãe),
Zuleide (esposa) e filhos Beatriz e Samuel, que contribuíram para que eu pudesse cumprir
com minhas atividades acadêmicas e agregar valores essenciais à vida.
Ao meu orientador Prof. José Almeida do Nascimento e co-orientador Prof.
Aílson Pereira, por seu trabalho, paciência e conselhos.
Aos professores do Departamento de Engenharia Elétrica da UFC, por
transmitirem conhecimentos ao longo da graduação.
Aos meus colegas e companheiros operadores, técnicos e engenheiros da CHESF,
que sempre incentivaram meus sonhos e estiveram sempre ao meu lado esclarecendo dúvidas
do dia a dia da engenharia, e em especial aos companheiros operadores da SE Delmiro
Gouveia - CHESF (Iuri, Guilherme, Gilson, Helton, Jaime, Jorge Barbosa, Jorge Alves,
Lamartine, Mauro, Rafaela e Valentim), que muito contribuiu para chegar até aqui.
Enfim, a todas as pessoas que por motivo de esquecimento não foram citadas
aqui, saibam que as suas contribuições foram determinantes para permanecer na graduação e
concluí-la de forma plena.
RESUMO
This paper presents a study on the implementation of a new power transformer in 230 kV/69
kV SE PWD (PICI II) belonging to CHESF , highlighting the constructive aspects of the
transformer , as well as evaluating the consequences of this deployment for the electric power
system in metropolitan region of Fortaleza . The fourth power transformer, which is expected
to power the 2nd half of 2013, is part of the expansion plan and strengthening the electrical
system of the grid (RB) as there is forecast overload in the SE PCD processors by the end of
the year 2013. The coordination of PAR (Plan Expansion and Enhancement) is the
responsibility of ONS. The Pici II substation belonging to Sao Francisco Hydroelectric
Company (CHESF) is powered by two 230 kV lines and three 230/69 kV 100 MVA
transformers, current load with around 240 MW. The SE PCD is interlinked with the
substation COELCE Pici I (PCI) that supplies customers in the neighborhoods located west of
the city of Fortaleza, Barra Ceará, President Kennedy, Parangaba, Bom Sucesso, Bom Jardim.
This study stands out a description of the main transformer components, power flow study
using a computational tool PowerWorld was presented. To perform the power flow was
considered only regional Fortaleza, Delmiro Gouveia and Pici period in light, medium and
heavy load with three transformers and with four transformer instaladed. Verificy these
simulations with an increase of 33 % in installed power of this SE, eliminating overhead
during normal operation condition, cut or reduction in load transfer when the contingency in
one of three units of 100 MVA and enables transfer of loads between substations II Pici,
Fortaleza and Delmiro Gouveia during interventions scheduled or emergency maintaining
voltage levels within the range established by ONS and power utilities.
CAPÍTULO 1: INTRODUÇÃO
A figura 1.4, representa a área Norte que é coordenada pelo CRON, cuja área de
atuação é o estado do Ceará, parte do oeste do Rio Grande do Norte, mais especificamente na
SE Mossoró, e parte oeste da Paraíba, através da Usina e SE Curemas. A área norte é
composta atualmente por 15 barras de 230 kV, 5 barras de 500 kV, 39 linhas de transmissão e
37 transformadores de potência.
Carga(MW)
300
200
100 Carga(MW)
0
2005 2009 2013
A subestação Pici II (SE PCD), representada pelo diagrama unifilar da figura 1.6,
é uma subestação abaixadora que faz fronteira do sistema de transmissão da CHESF com a
concessionária de energia elétrica do Ceará – COELCE. Os transformadores trifásicos de
potência têm o secundário, em 69 kV, ligado em delta. Transformadores com conexões em
delta operam como um sistema isolado da terra com o fim de filtrar as correntes de
harmônicos produzidas pelas LT´s de 69 kV da barra de 69 kV da SE Pici II (COELCE).
20
1.4 Justificativa
A motivação para realizar este estudo foi de conhecer o comportamento dinâmico
das cargas no sistema de interligação de barras entre as regionais de Pici II, Fortaleza e
Delmiro Gouveia, antes e depois da instalação do quarto transformador.
1.5 Objetivos
O objetivo deste trabalho é mostrar as conseqüências da implantação do quarto
transformador de potência de 100 MVAr quanto ao acréscimo da potência instalada, a
possibilidade de transferência de cargas entre as barras da regional de Pici II e Fortaleza, a
descrição das partes construtivas e os níveis de tensão dos barramentos quando ocorre perda
de um dos transformadores da SE Pici II.
2.1 Introdução
A seguir, a figura 2.2 mostra um sistema de corrente alternada com vários níveis
de tensão.
A figura 2.3 mostra o circuito magnético formado por chapas de aço-silício com
duas bobinas enroladas com N números de espiras. Sendo assim, se estabelece os
enrolamentos de alta tensão ou primário (N1) e enrolamentos de baixa tensão ou secundário
(N2).
Figura 2.3– Núcleo Magnético
ܸ1 ܰ1 (1)
= =ࢇ
ܸ2 ܰ2
ܫ1 ܰ2 (2)
= =ܽ
ܫ2 ܰ1
27
(3)
ܸ1. ܫ1 = ܸ2. ܫ2
portanto,
ܸ1 ܫ2 (4)
=
ܸ2 ܫ1
ܸ1 ܰ1 ܫ2 (5)
= =
ܸ2 ܰ2 ܫ1
ܸ1 ܼ1 ܫ1 (6)
= ∗
ܸ2 ܼ2 ܫ2
ܼ1 ܸ1 ଶ ܫ2
=( ) = ( )ଶ
ܼ2 ܸ2 ܫ1 (8)
No interior do tanque principal existe outro tanque que serve de abrigo para a
chave do comutador sob carga. O óleo deste tanque não está em contato com o óleo do tanque
principal.
Relé de Gás
Válvulas
A figura 2.9 mostra que o tanque de expansão é dividido em duas partes: Uma
serve para expansão do óleo do tanque principal (maior volume) e o outro serve para
expansão do óleo do tanque da chave comutadora, ou seja, comutador de tape (menor
volume).
32
Divisória(solda)
H1 H2 H3
X1 X2 X3 Bucha em 230 kV
Bucha em 69V
A bucha é um isolador oco com passagem para cabos condutores, conforme figura
2.13, em perfil.
35
Condutor
Tubulação Superior
Válvulas Superiores
Válvulas Inferiores
Tubulação Inferior
Tanque Principal
Comutador
6 6-30 234500
7 7-30 230000
8 8-30 225500
9 9-30 221000
10 10-30 216500
11A 11-30
11 12-30 212000
11B 1-30
12 2-30 207500
13 3-30 203000
14 4-30 198500
20-22
15 5-30 194000
20-22
16 6-30 189500
17 7-30 185000
18 8-30 180500
19 9-30 176000
20 10-30 171500
21 11-30 167000
Fonte: ONS
Tabela 3.2 Fator de Potência admissíveis a 60 Hz
Fonte: ONS
46
Fonte: Própria
Na figura 3.2, a potência S12 flui da barra 1 para barra 2 e pode ser calculado
A equação 14, fornece resultados com razoável precisão para sistemas onde o
efeito resistivo é menor do que o efeito reativo. Estas condições se aplicam ao sistema de alta
tensão de grande porte. A figura 3.3, mostra a representação gráfica da equação simplificada
da potência ativa.
Fonte: Própria
A relação entre Potência(P) e Defasamento Angular (θ) mostra que a máxima
que é definido por três parâmetros: a resistência série rkm; a reatância série xkm,
௦
(xkm>0, indutivo); e a susceptância shunt b (bkm >0, capacitivo).
Fonte: UNESP/2007
ଵ
Dados: Impedância série: zkm = rkm +jxkm => ykm = =gkm + jbkm,
Z
onde ykm = Admitância série; gkm = Condutância série; bkm = Susceptância série
A corrente de saída da barra k é dada por:
௦
Ikm = ykm (Ek – Em) + j b Ek (15)
௦
Ikm = (ykm + j b ) Ek - ykm Em
௦
Imk = Ykm (Em – Ek) + j b Em (16)
௦
Imk = - Ykm Ek + (Ykm + j b ) Em
então,
S*km = Ek* (Ykm (Ek - Em) + jbkm Ek ) = Ykm Vଶ - Ykm E ∗ Em + jbkm Vଶ
௦
= (gkm + jbkm +jbkm + jb ) V ଶ - (gkm + jbkm ) Vk Vm (cosߠkm - senߠkm) (18)
onde ߠkm = θk – θm .
Logo,
࢙ࢎ
Qkm = -(bkm + jb ) V - Vk Vm (gkm senࣂkm - bkm cosࣂkm) (20)
࢙ࢎ
Qmk = - (bkm + jb ) V - Vk Vm (gkmsenࣂkm + bkmcosࣂkm) (22)
= gm | Ek – Em|2 (23)
௦
Qperdas = Qkm + Qmk = - jb (V ଶ + V ଶ ) - bkm (V ଶ + V ଶ - 2Vk Vm
cosߠkm)
࢙ࢎ
= - jb (V + V ) - bkm | Ek – Em|2 (24)
53
3.1.4.2 – Transformadores
Fonte: UNESP/2007
Pkm = (akm Vk )2 gkm – (akm Vk ) Vm [gkm cos(ࣂkm+ ࣐km) + bkm sen(ࣂkm+ ࣐km)] (24)
Onde:
4.1 Introdução
SE PICI II SE PICI I
230 kV (COELCE)
SE FZD SE FZD
500 kV 230 kV
TUCURUÍ
SE FTZ SE PGB
SE FTZ - 69 kV
230 kV
(COELCE)
CE 4BC
1BC
PAULO
AFONSO
SE DMG SE DMG
230 kV 69 kV
1BC 4BC
Conforme tabela 4.3, para carga permitida produz-se a mesma elevação de temperatura
se tivéssemos com o sistema de refrigeração com a totalidade do sistema em pleno
funcionamento.
Com relação a sobrecarga em transformadores, a norma estabelece limites de
carregamento desejáveis fim evitar um envelhecimento das partes ativas e isolantes(papel) do
transformador, diminuindo a expectativa de vida do equipamento.
Os critérios estabelecidos para a operação em relação à sobrecarga em transformadores
pela concessionária de transmissão CHESF são mostrados na tabela 4.4, conforme submódulo
2.3 e Resolução Normativa 461/2011 da ONS.
Percebe-se entre a tabela 4.4 e 4.5 que os limites de sobrecargas estabelecidos pela
concessionária de transmissão estão dentro dos padrões estabelecidos pela NBR 5416/1997.
Hoje, de acordo a nota técnica da ANEEL de nº 007/2000 deverá incorrer encargos por
perda adicional de vida útil e riscos de falha, decorrentes de sobrecargas.
59
TAPE 8 8 8 (1R)
TAPE 8 8 8
TAPE 10 10 9
TAPE 10 10 9
TAPE 10 9 9
TAPE 10 9 9
Para os casos seguintes foi considerado o mesmo perfil de carga utilizado nos casos do
subitem 4.2.
TAPE 8 8 8 (1R)
TAPE 8 8 8
TAPE 9 10 9
TAPE 9 10 9
CAPÍTULO 5: CONCLUSÃO
5.1 Conclusão
A partir das simulações de fluxo de potência na subestação de Pici II, com o programa
POWERWORLD, foi possível observar a necessidade de ampliação e reforço com a
instalação do 4º transformador, visto que na condição de carga média e pesada o
carregamento dos transformadores atingiam 82%, e nestas condições, qualquer contingência
levaria os transformadores remanescente à sobrecarga elevada.
Os 3(três) primeiros casos levaram em consideração a atual situação da SE PCD, ou
seja, três transformadores de potência em paralelo. Os 2 (dois) casos subseqüentes foi
considerado a implantação do 4º transformador.
No caso 1, foi simulado a perda de 1 transformador no período de carga leve, não
houve variação de tensão nas subestações de Fortaleza II, Fortaleza I e Delmiro Gouveia,
apenas na SE PCD houve afundamento de tensão na barra de 69 kV em torno de 0,7% .
Houve aumento no carregamento que não comprometeria os limites de corrente.
Nos casos 2 e 3, foi simulado a perda de 1 transformador no período de carga média e
pesada, respectivamente, houve variações de tensão nas subestações de Fortaleza II, Fortaleza
I e Delmiro Gouveia, devido a sobrecarga imposta aos transformadores remanescentes na SE
PCD. Neste caso, o operador de sistema pode aumentar o nível de tensão no barramento da
SE Fortaleza II ou realizar transferência de cargas entre as regionais de Pici e Fortaleza.
No caso 4, considerando o cenário de quatro transformadores na SE PCD com a perda
de um transformador, haverá pequenas variações de tensão no barramento de 69 kV, e com
mesmo perfil de carga do caso 1, o carregamento de cada transformador passar ser de 49% ,
ou seja, com a ampliação foi garantido um incremento de 33% na potência instalada da SE
PCD.
No caso 5, no período de carga média, houve pequena variação na tensão do
barramento de 69 kV e o carregamento dos transformadores permaneceu dentro dos limites de
carga de cada trafo.
Por fim, chega-se a conclusão que com a implantação do quarto transformador na SE
PCD proporcionou uma maior flexibilidade para liberação de intervenção em
76
Referências Bibliográficas
ONS (2013) Procedimento de Rede – Submodulo 23.3. Limite de tensão e Fator de Potência
em Linhas e Transformador.
Stevenson William D., Jr. Elementos de Análise de Sistemas de Potência. Editora McGraw-
Hill Ltda, 2ª edição, São Paulo, 1986
CANOSSA J.H. Um Programa Interativo para Estudo de Fluxo de Potência, UNESP - 2007.
78
TRANSMISSÃO
QUANTIDADE
DE 1.984 1697 31.985 10.791
ESTRUTURAS
80
Suponha que um determinado trafo tenha uma potência nominal de 100 MVA
(ONAN/ONAF/ONAF) e 14 ventiladores dos quais 2 estejam indisponíveis. Calcular a nova
potência.
Passos para sabermos a nova potência nominal deste trafo nestas condições
100 − 65
P1V =
14 − 2
35
P1V =
12
P1V = 2,91
Então, cada ventilador provoca uma perda de 2,91 MVA da carga nominal.
06:00 407,1 47,7 7,2 409,2 47,7 8,1 411,5 47,7 8,9
07:00 452,39 52,7 9,6 453,1 52,7 10,4 453,7 52,7 11,1
08:00 573,2 66,2 17,2 572,5 66,1 17,8 575,2 65,9 18,7
10:00 667,1 75,6 22,5 667 75,5 23,3 670,3 75,5 24,3
11:00 677,7 77,2 23,8 680 77,4 24,5 683,2 77,3 25,6
16:00 704,7 80,9 23,8 704,6 80,7 24,6 708,3 80,7 25,5
17:00 642,7 73,8 19,39 643,3 73,9 20,6 646,9 73,7 21,6
18:00 686,7 79,7 19,8 687 79,8 20,5 690,7 79,5 21,5
19:00 679,9 78,7 19,7 677,3 78,6 20,3 680,3 78,5 21,3
19:30 673,5 78,2 20,5 675,2 78,6 21,2 680,2 78,4 22,3
20:30 667,9 77,3 17,2 671,1 77,7 18,1 674,5 77,6 19,2
22:00 661 76,4 15,3 665,2 76,8 16,4 668,8 76,6 17,3
23:00 628,2 73,2 13,6 629,8 73,4 14,6 632,2 73,3 15,6