Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
Mecânica Geral
Prof. Marcelo Chiapparini
Lista 4 - Energia
1. Calcule o trabalho Z P Z P
W = F · dr = (Fx dx + Fy dy) (1)
0 0
feito por uma força bi-dimensional F = (x2 , 2xy) ao longo de quatro caminhos unindo a
origem ao ponto P = (1, 1) como mostrado na Figura 1 e definidos da seguinte maneira:
(a) O caminho vai ao longo do eixo x até Q = (1, 0) e depois sobe reto até P . (Divida
RP RQ RP
a integral em dois pedaços, 0 = 0 + Q .)
(b) Uma linha reta da origem até P .
(c) Neste caminho y = x2 , e você pode substituir o termo dy em (1) por dy = 2x
transformando assim a integral toda numa integral sobre x.
(d) Este caminho está dado parametricamente como x = t3 , y = t2 . Neste caso rescreva
x, y, dx, dy em (1) em termos de t e dt, e transforme a integral toda numa integral
sobre t.
(e) Um quarto de cı́rculo centrado em ((0,1). (Escreva x e y em coordenadas polares e
rescreva a integral como uma integral sobre φ.)
y
P
1
c
b a
e
x
O Q
Figura 1: Problema 1.
2. Uma partı́cula de massa m se move sobre uma mesa horizontal sem atrito e está unida
a uma corda sem massa, cujo outro extremo passa atravé s de um buraco na mesa, onde
ela é mantida presa. Inicialmente a partı́cula está se movendo num cı́rculo de raio r0
com velocidade angular ω0 , mas agora a corda é puxada para baixo através do buraco
até que resta um comprimento r entre o buraco e a partı́cula.
(a) Qual é a velocidade angular da partı́cula agora?
(b) Supondo que a corda é puxada tão lentamente que podemos aproximar o caminho
da partı́cula por um cı́rculo de um raio que se reduz lentamente, calcule o trabalho
feito ao puxar a corda.
(c) Compare sua resposta da parte (b) com o ganho de energia cinética da partı́cula.
3. (a) Considere uma massa m num campo gravitacional uniforme g, de forma que a força
sobre m é mg, onde g é um vetor constante apontando verticalmente para baixo.
Se a massa se move sobre um caminho arbitrário do ponto 1 até o ponto 2, mostre
que o trabalho feito pela gravidade é Wgrav (1 → 2) = −mgh onde h é a diferença de
alturas verticais entre os pontos 2 e 1. Use este resultado para provar que a força da
gravidade é conservativa (pelo menos numa região pequena o bastante como para
considerar g constante).
(b) Mostre que, se escolhemos eixos com y medido verticalmente para cima, a energia
potencial gravitacional é U = mgy (tomando U = 0 na origem.)
5. Considere um pequeno taco sem atrito colocado no topo de uma esfera fixa de raio
R. Se damos ao taco um pequeno impulso de forma que começe a deslizar para baixo,
qual é a altura que ele desce antes de abandonar a superfı́cie da esfera? [Ajuda: Use a
conservação da energia para encontrar a velocidade do taco como função da altura, use
então a segunda lei de Newton para encontrar a força normal da esfera sobre o taco.
Para que valor desta força normal o taco deixa a esfera?]
9. Uma carga q nun campo elétrico uniforme E0 experimenta uma força constante F = qE0 .
(a) Mostre que esta força é conservativa e verifique que a energia potencial da carga na
posição r é U (r) = −qE0 · r.
(b) Fazendo as derivadas necessárias, verifique que F = −∇U .
12. Uma massa m está num campo gravitacional, que exerce a força usual F = mg vertical-
mente para baixo, mas com g variando no tempo, g = g(t). Escolha eixos com y medido
verticalmente para cima e definindo U = mgy da forma usual, mostre que F = −∇U , no
entanto, diferenciando E = 12 mv 2 + U com respeito a t, mostre que E não se conserva.
13. Considere uma massa m no extremo de uma mola de constante k que se move ao longo
do eixo horizontal x. Se colocarmos a origem na posição de equilı́brio de mola, a energia
potencial é 12 kx2 . No tempo t = 0 a massa está localizada na origem e recebe um impulso
súbito para a direita de forma que se move até alcançar um deslocamento máximo em
xmax = A e depois continua a oscilar ao redor da origem.
(a) Escreva a equação de conservação da energia e resolva para obter a velocidade da
massa ẋ em termos da posição x e da energia total E.
(b) Mostre que E = 21 kA2 , e use isto paraR eliminar E da sua expressão para ẋ. Use
x
o resultado visto em sala de aula t = 0 dx0 /ẋ(x0 ) para encontrar o tempo que a
massa leva para se mover da origem até a posição x.
(c) Inverta o resultado da parte (b) para obter x como função p
de t e mostre que a massa
executa um movimento harmônico simples de perı́odo 2π m/k.
14. A Figura 2 mostra um brinquedo de criança, que tem a forma de um cilindro montado
no topo de uma semi-esfera. O raio da semi-esfera é R e o CM do brinquedo completo
está numa altura h sobre o chão.
(a) Escreva a energia potencial gravitacional quando o brinquedo é inclinado um ângulo
θ da vertical. [Você necessita a altura do CM como função de θ. Ajuda pensar
primeiro no centro da semi-esfera O a medida que o brinquedo se inclina.]
(b) Para quais valores de R e h o equilı́brio é estável?
CM
O
h
R
(b) Mostre que derivando a expressão para E com respeito a t você pode obter a equação
de movimento para φ e que esta equação de movimento é justamente a equação
familiar Γ = Iα (onde Γ é o torque, I é o momento de inércia, e α é a aceleração
angular φ̈.)
(c) Supondo que o ângulo φ permanece pequeno ao longo do movimento, encontre φ(t)
e mostre que o movimento é periódico de perı́odo
p
τ0 = 2π l/g.
l
φ
16. Uma bola de metal de massa m tem um buraco através do qual está presa a uma vara
vertical fixa sem atrito. Afixada à bola está uma corda sem massa e de comprimento
l, que passa por uma polia sem passa e sem atrito que suporta uma massa M , como
mostrado na Figura 4. A posição das duas massas pode ser especificada pelo unico
ângulo θ.
(a) Escreva a emergia potencial U (θ). (A energia potencial é dada em termos das
alturas H e h. Elimine essas duas variáveis em favor de θ e das constantes b e l.
Suponha que a polia e a bola tem tamanhos desprezı́veis.)
(b) Derivando U (θ) descubra se o sistema tem alguma posição de equilı́brio, e para
quais valores de M e m o equilı́brio pode acontecer. Discuta a estabilidade de
qualquer posição de equilı́brio.
b
θ
H
m
Forças centrais
17. Uma massa se move numa órbita circular (centrada na origem) no campo de uma força
atrativa central com energia potencial U = krn . Prove o teorema do viral, que diz
T = nU/2.
18. Uma forma de provar que se uma força F(r) é central e esfericamente simétrica então é
conservativa é a seguinte: Uma vez que F(r) é central e esfericamente simétrica, ela deve
ser da forma F(r) = f (r)r̂. Usando coordenadas cartesianas, mostre que isto implica em
∇ × F = 0.
19. Uma partı́cula de massa m1 e velocidade v1 colide elasticamente com outra massa em
repouso m2 . Mostre que o ângulo θ entre as duas velocidades salientes satisfaz
= π/2 se m1 = m2
θ < π/2 se m1 > m2
> π/2 se m1 < m2
20. Uma partı́cula de massa m1 e velocidade v1 colide com uma segunda partı́cula de massa
m2 em repouso. Se a colisão é perfeitamente inelástica (as duas partı́culas ficam grudadas
e se movem como se fossem uma só) que fração da energia cinética é perdida na colisão?
Comente seu resultado nos casos m1 m2 e m1 m2 .
22. (a) Considere um elétron (carga −e e massa m) numa órbita circular de raio r ao redor
de um próton (carga +e). Lembrando que a força de Coulomb ke2 /r2 é a que
fornece a aceleração centrı́peta do elétron, prove que a energia cinética do elétron
é igual a − 12 vezes sua energia potencial; ou seja, T = − 12 U e assim E = 12 U .
(Este resultado é consequência do chamado teorema do virial. Veja o Problema
17). Agora considere a seguinte colisão inelástica de um elétron com um âtomo de
hidrogênio: O elétron 1 está numa órbita circular de raio r ao redor de um próton
fixo. (Este é o âtomo de hidrogênio.) O elétron 2 se aproxima desde longe com
energia cinética T2 . Quando o segundo elétron atinge o âtomo, o primeiro elétron é
liberado e o segundo elétron é capturado numa órbita circular de raio r0 .
(b) Escreva a expressão para a energia total do sistema dessas três partı́culas em geral.
(Sua resposta deve conter cinco termos, três energias potenciais, mas somente duas
energias cinéticas, uma vez que consideramos o próton como estando fixo.)
(c) Identifique os valores dos cinco termos da energia total E muito longe antes da
colisão, e novamente muito longe depois dela. Qual é a energia cinética do elétron
1 que sai quando se encontra muito longe? Forneça suas respostas em termos das
variáveis T2 , r e r0 .