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Instituto Missionário Palavra da Vida

Aluno: Raidno Cavalcante de França Júnior Ano do curso: 3ºano

Disciplina: TBNT Epístolas Gerais Professor: Marcelo Silva

Data: 14/11/2020

Levantamento dos Tópicos Teológicos – Carta de 1 Pedro

A primeira carta de Pedro é uma das mais apreciadas Epístolas do Novo


Testamento. Até os dias de hoje, é uma das cartas mais fáceis de ler na Bíblia. Pedro
busca despertar o comportamento digno dos cristãos na época e que esse
comportamento está ligado diretamente ao juízo de Deus. Deus julgará as obras de
todos, logo, devemos viver em santidade. Esse incentivo é trabalhado fazendo analogias
com o Antigo Testamento com o povo de Israel.

 Teologia própria

O tema principal da carta gira em torno do sofrimento cristão e como essa


realidade contribui para o crescimento da esperança do Reino Celestial. Dentro carta
também há uma rica fonte de pesquisa teológica, tratando de temas dentro da igreja, da
vida cristã, identidade em Cristo e a também uma breve referência sobre escatologia.

 Escatologia

Quando vamos à Epístola em si encontramos que ela se acha intensa e


profundamente interessada na Segunda Vinda. A espera da Segunda Vinda de Cristo
ocupa o primeiro plano de seu pensamento. Os cristãos estão sendo guardados para a
salvação que será revelada no último tempo (1:5); aqueles que guardem a fé serão
salvos do juízo vindouro (1:7). Têm que esperar a graça que virá com a revelação de
Jesus Cristo (1:13). Aguarda-se o dia da visitação (2:12); o fim de todas as coisas está
próximo (4:17). Aqueles que sofrem com Cristo também se alegrarão com Ele quando
sua glória for revelada (4:13); o juízo tem que começar pela casa de Deus (4:17); o
próprio autor está seguro de participar ele mesmo da glória vindoura (5:1). Quando
aparecer o Príncipe dos Pastores os cristãos fiéis receberão uma coroa de glória (5:4).
Desde o começo até o fim da Carta a Segunda Vinda se apodera do primeiro plano na
mente do autor. Este é o motivo para perseverar na fé, para viver lealmente uma vida
cristã e para suportar corajosamente os sofrimentos que já estão padecendo e os outros
que ainda virão.

 Eclesiologia

O mais significativo de tudo é que a teologia desta epístola é a mesma teologia


da Igreja mais primitiva. Pedro trata com louvor a necessidade estarem ligados ao corpo
de Cristo. Por isso a analogia ao AT. Esses irmãos precisavam estarem cientes e
compromissados com a Igreja, afinal, a vinda de Cristo tem como objetivo buscar sua
noiva, a igreja. Pedro esquematiza como deve ser essa organização de forma bem
intencional.

 Cristologia

Esse tópico é o que liga diretamente todos os pontos. A escatologia por exemplo
se intensifica na volta de Cristo, a igreja funciona a partir do cabeça que é Cristo e o
tema sobre o sofrimento dos cristãos aponta Cristo como principal exemplo a ser
seguido. Há um objetivo claro de Pedro em direcionar tudo da carta para Cristo. Essa
visão cristôcentrica é passada para os leitores da época e para os cristãos de hoje
também. É uma carta que contribui muito para o estudo da pessoa de Cristo.

Levantamento dos Tópicos Teológicos – Carta de 2 Pedro

O tema básico que percorre 2 Pedro é o contraste entre o conhecimento e a


pratica da verdade contra a falsidade. Esta epístola foi escrita para expor a perigosa e
sedutora obra dos falsos mestres a advertir os crentes e colocar-se em guarda contra o
"engano dos homens perversos" (3.17). Também foi escrita para exortar os leitores:
"Crescei na graça a no conhecimento de nosso Senhor e Salvador Jesus Cristo" (3.18),
porquanto este avanço para a maturidade cristã é a melhor defesa contra as fraudes
espirituais. Outro propósito desta carta consiste em proporcionar um "lembrete"
(1.12-13; 3.1-2) aos leitores acerca dos elementos fundamentais da vida cristã dos quais
eles não devem afastar-se. Isto inclui a certeza do regresso do Senhor em poder a juízo.

 Cristologia
Excluindo o primeiro versículo de sua epístola, Pedro emprega o título
"Senhor" sempre que menciona o Salvador. O Senhor Jesus Cristo é a fonte do pleno
conhecimento e poder para a obtenção da maturidade espiritual (1.2-3, 8; 3.18). Pedro
lembra a glória de sua transfiguração no monte santo e antecipa Sua gloriosa vinda,
quando o mundo inteiro, não apenas três homens e uma montanha, contemplará sua
glória.

 Revelação

Nesta carta, Pedro se concentra no conhecimento da verdade como a reação


correta ao erro que vem de dentro. As palavras "sofrimento" em 1 Pedro e
"conhecimento" em 2 Pedro aparecem dezesseis vezes em diversas formas. O
"conhecimento" de 2 Pedro envolve não só a compreensão intelectual, mas também a
concretização experimental. Tem por base a aplicação da verdade espiritual para o
crescimento na vida do crente. Desta forma, essa carta contribui também na inerrância e
importância da Palavra de Deus.

 Conduta cristã/fidelidade

Esta carta foi escrita não muito antes da morte de Pedro (1.14) com o fim de
lembrar aos crentes as riquezas de sua posição em Cristo e sua responsabilidade de
defender a verdade (1.12-21). Pedro sabia que sua partida deste mundo era iminente, e
deixou esta carta como um legado escrito. Como testemunha ocular da vida de Cristo,
Pedro afirma a autoridade e credibilidade da palavra profética. A mais clara descrição
do processo divino-humano de inspiração se encontra no capítulo 1, versículo 21: "mas
homens santos de Deus falaram quando foram movidos pelo Espírito Santo”.

 Escatologia

Uma vez mais Pedro declara que esta carta se destina a despertar a mente de
seus leitores com admoestações. O capítulo 3 é muito oportuno para buscar trazer a
lembrança a infalível verdade da gloriosa iminente a refutar os escarnecedores que nos
últimos dias negarão esta doutrina. Tais escarnecedores alegarão que Deus não interfere
poderosamente nas atividades do mundo; Pedro, porém, chama a atenção para três
eventos catastróficos, dois passados a um futuro, divinamente provocados: a Criação, o
Dilúvio e a dissolução dos céus a da terra atuais (3.1-7). Pode parecer que a promessa
do regresso de Cristo não se cumprirá; isso, porém, não procede, por duas razões: a
perspectiva divina quanto à ação do tempo é completamente diferente da dos homens, e
a aparente delonga da parousia se deve à paciência divina por esperar que mais pessoas
cheguem ao conhecimento de Cristo (3.8-9). Não obstante, o dia da consumação virá, e
toda a matéria deste universo evidentemente será transformada em energia, da qual
Deus formará um novo cosmos (3.10-13). A luz desta vinda do dia do Senhor, Pedro
exorta seus leitores a cultivar uma vida de santidade, firmeza e desenvolvimento
(3.14-18). Ele faz menção das cartas de "nosso amado irmão Paulo" e
significativamente a coloca em pé de igualdade com as Escrituras do Antigo Testamento
(3.15-16). Depois de uma advertência final sobre o perigo dos falsos mestres, a epístola
se encerra com um apelo a maturidade e com uma doxologia.

Levantamento dos Tópicos Teológicos – Carta de Judas

O objetivo de Judas nesta carta é incentivar os cristãos a batalharem pela fé,


ou seja, a lutarem em defesa da doutrina do evangelho, tendo em vista que algumas
pessoas, que se diziam cristãs, estavam transtornando a mensagem do evangelho. Para
isso, Judas trata de temas bem reais na época, para trazer os leitores ao genuíno estudo
da Palavra e suas implicações para conduta cristã.

 Trindade
A teologia de Judas é explicita e implicitamente monoteísta trinitária. Deus é
nosso Pai (v.1) e Salvador (v.25). Ele é o único e eterno para quem a glória, majestade,
poder, autoridade pertencem para sempre e sempre (v.24). Ele também é o Senhor, uma
alusão ao nome divino no Antigo Testamento, que salva o Seu povo, e o juiz que
condena o mundo, os pecadores, e os anjos maus (vv. 5, 9,14). E Ele é o Rei que vai
chamar o seu povo a comparecer perante Ele para uma audiência real (v.24).
A segunda pessoa da Trindade é “nosso Senhor Jesus Cristo”. Seu ofício
messiânico é assumido, e a ênfase principal é sobre o seu senhorio (v.4,17,21). Judas
enfatiza este através da utilização de dois substantivos, tanto “Mestre” e “Senhor”.
Através dele é o louvor oferecido a Deus, e por ele Deus vai conceder a expressão final
de misericórdia no dom da vida eterna (v. 21). É por Jesus Cristo e seu dia que Deus vai
manter os fiéis (v.1). O Espírito Santo é mencionado duas vezes em Judas. Ao contrário
dos falsos mestres, aqueles que são fiéis têm o Espírito (v.19). E é no Espírito que a
igreja realiza seu culto e disciplina cristã (v.20,21).
 Soteriologia

A salvação em Judas é um chamado para a vida eterna (v.1,21), que culmina


com uma apresentação real antes de Deus Todo-Poderoso. É motivada pelo amor de
Deus, implementado pelo Espírito, e concluída pela misericórdia de Jesus Cristo. Esta
salvação é dividida igualmente por todos, independentemente de qualquer outra
vantagem de tempo, lugar ou nacionalidade. Os chamados são obrigados a ser fiéis,
aderindo à fé apostólica, vivendo sob a autoridade do Senhor Jesus Cristo (v.17,25), e
engajar-se em disciplinas da igreja para manter-se no amor de Deus (v.20-21). Desta
forma, o fiel desfrute a misericórdia aumentando, paz e amor de Deus (v.2).

 Escatologia

O motivo dominante escatológico em Judas é a certeza do julgamento divino.


Deus julga o pecado, rebelião e apostasia quando e onde quer que ocorra, antes da
criação na corte celestial (v.6), nas cidades más na época dos patriarcas (v.7), e entre o
povo de Deus no deserto (v.5,11). Judas dá ênfase sobre o julgamento escatológico do
grande Dia (v.6). No entanto, o julgamento continua no presente, como indicado pelos
anjos que estão sendo mantidos sob julgamento (v.6) e do processo de corrupção na
vida dos ímpios (v.10).

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