Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
Orientador:
Prof. Dr. João Carlos Monteiro de Carvalho
São Paulo
2014
UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO
FACULDADE DE CIÊNCIAS FARMACÊUTICAS
Programa de Pós-Graduação em Tecnologia Bioquímico-Farmacêutica
Área de Tecnologia de Fermentações
Orientador:
Prof. Dr. João Carlos Monteiro de Carvalho
São Paulo
2014
Lina Susana Pérez Mora
Comissão Julgadora
da
Dissertação para obtenção do grau de Mestre
Paulo Coelho.
AGRADECIMENTOS
A Dios por bendecirme en esta experiencia, por llevarme a conocer grandes personas,
por las enseñanzas y porque hizo realidad este sueño.
Al profesor João Carlos Monteiro de Carvalho, quien me enseño a crecer y a
formarme con sus lecciones y experiencias. Gracias por el esfuerzo, la dedicación, la
paciencia, la confianza y la motivación con la frase “tudo vai dar certo”, que han logrado que
pueda culminar este trabajo lleno de emociones con éxito.
A CAPES (Coordenação de aperfeiçoamento de pessoal de nivel superior) por el
apoyo financiero a través de la beca de maestría otorgada.
Agradezco a mis papás, y a mi hermano Sebastián, quienes me acompañaron y
apoyaron en esta aventura de forma incondicional, dejándome el camino disponible para que
yo pudiera lograr mi sueño. Gracias por motivarme y darme la mano cuando sentía que no
podía seguir, aunque a veces fuera difícil soportar la distancia. Ahora puedo decir que este
trabajo lleva mucho de ustedes.
A mi perro, llamado Lucas, por estar en mi vida. Gracias por no olvidarme y
mostrarme tu felicidad en todas las bienvenidas.
A mi hermano Jairo y a mis abuelos, quienes me acompañaron en esta aventura de
forma incondicional, estando conmigo en mis recuerdos y en mi corazón, sin importar en
donde estén quiero darles las gracias por formar parte de mí, por todas sus bendiciones.
A mi familia en general, que siempre estaba pendiente de mi, apoyándome a unos
cuantos km de distancia.
A Marcelo por estar siempre dispuesto a ayudarme, por la paciencia, el apoyo y el
ánimo que me brindó. A Lauris y Johanna, por permitirme entrar en sus vidas durante estos
años, gracias por las aventuras vividas, por las conversaciones, el apoyo y nuestras reuniones
de comidas.
A Thiago, por apoyarme desde el comienzo de esta aventura, gracias por el ánimo y la
compañía en los momentos más difíciles. A mi compañera de lucha Luisa, gracias por estar
siempre pendiente de mí, por su apoyo que aunque estando lejos siempre se sentía cerca. A
Marcela, por su ayuda y compañía en este camino que emprendimos fuera de casa.
A Julianita, Mónica y Adriana que aunque nos hemos distanciado un poco, siempre las
tengo presentes.
A mis papás brasileros Elisângela, Josemir e Eleane, ustedes llegaron en el momento
correcto para apoyarme, ayudarme, cuidarme y aconsejarme.
A Roger, Drochss, Darío, Rubén y Víctor por el apoyo, las enseñanzas y los momentos
vividos.
Y finalmente, a todos los que directa o indirectamente contribuyeron para la
realización de este trabajo.
RESUMO
Símbolos Latinos
1 INTRODUÇÃO .............................................................................................. 16
2 REVISÃO DE LITERATURA ..................................................................... 19
2.1 Botryococcus braunii ............................................................................................ 19
2.1.1 Classificação científica................................................................................................. 19
2.1.2 Características.............................................................................................................. 20
2.1.3 Composição da biomassa de B. braunii e suas possíveis aplicações ........................ 21
2.1.4 Requerimentos do crescimento ................................................................................... 24
2.1.5 Meio de cultura ............................................................................................................ 27
2.1.6 Outros aspectos ............................................................................................................ 27
2.2 Dispositivo de cultura e condições de cultivo .................................................... 28
3 OBJETIVOS ................................................................................................... 30
4 MATERIAL E MÉTODOS .......................................................................... 31
4.1 Micro-organismo.................................................................................................. 31
4.2 Manutenção de Botryococcus braunii ................................................................ 31
4.3 Determinação do comprimento de onda para medidas de absorbância ........ 31
4.4 Elaboração da curva de calibração .................................................................... 31
4.5 Cultivo de Botryococcus braunii em frasco de Erlenmeyer ............................. 32
4.5.1 Avaliação de diferentes meios de cultivo para o crescimento de Botryococcus
braunii ........................................................................................................................... 32
4.5.2 Avaliação do crescimento em meio Chu, com diferentes concentrações de N e P .....
....................................................................................................................................... 35
4.5.3 Técnicas Analíticas ...................................................................................................... 36
4.6 Cultivo de Botryococcus braunii em fotobiorreator tubular............................ 37
4.6.1 Dispositivo para cultura .............................................................................................. 37
4.6.2 Preparo do inóculo....................................................................................................... 38
4.6.3 Descrição de um experimento típico de cultivo de Botryococcus braunii ............... 38
4.6.4 Técnicas analíticas durante o crescimento em bioreator ......................................... 39
4.6.5 Técnicas analíticas da biomassa obtida ..................................................................... 39
4.7 Análise dos resultados ......................................................................................... 42
5 RESULTADOS E DISCUSSÃO. .................................................................. 43
5.1 Determinação do comprimento de onda para medidas de turbidimetria ...... 43
5.2 Determinação da concentração celular.............................................................. 44
5.3 Cultivo de Botryococcus braunii em frascos de Erlenmeyer ............................ 45
5.3.1 Avaliação de diferentes meios para o crescimento de Botryococcus braunii .......... 45
5.3.2 Avaliação do crescimento em meio Chu com diferentes concentrações de N e P ......
....................................................................................................................................... 47
5.4 Cultivo de Botryococcus braunii em fotobiorreator tubular............................ 51
6 CONCLUSÕES .............................................................................................. 65
7 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS......................................................... 66
16
1 INTRODUÇÃO
biofixação deste gás tem provado ser um método eficiente e econômico, principalmente
devido à capacidade fotossintetizante das microalgas (RADMANN; COSTA, 2008). Além
disso, estes micro-organismos podem converter CO2, derivado da queima de material
orgânico ou de vias metabólicas de micro-organismos de uso industrial, em biomassa, ou uma
variedade de compostos derivados desta, como ácidos graxos, pigmentos, vitaminas, minerais,
antioxidantes, polissacarídeos e certos compostos bioativos com aplicações nas indústrias
alimentícia, farmacêutica e cosmética (MORAIS; COSTA, 2007; XU et al., 2009).
A biomassa íntegra ou modificada pode ainda ser usada para alimentação animal ou
humana, como fertilizante orgânico e na geração de eletricidade através da incineração. Além
disso, as microalgas são capazes de melhorar o conteúdo nutricional de preparações
alimentícias convencionais, afetando positivamente a saúde de seres humanos e animais,
devido à sua composição química. Os hidratos de carbono em microalgas podem ser
encontrados sob a forma de amido, glicose, açúcares e outros polissacarídeos. Sua
digestibilidade total é elevada, pelo qual, não existe nenhuma limitação ao uso de microalgas
em pó integral em alimentos ou rações, com indicações de quantidades máximas estabelecidas
por agências controladoras, como ANVISA, por exemplo. Ao mesmo tempo, o conteúdo
médio de lipídios das microalgas varia na faixa de 1-70% de massa seca. Estes lipídios são
compostos de glicerol, açúcares, bases esterificadas, ácidos graxos saturados ou insaturados.
Alguns ácidos graxos das famílias ω3 e ω6 são de particular interesse. Microalgas também
representam uma valiosa fonte de quase todas as vitaminas essenciais e são ricas em
pigmentos como clorofila, carotenóides e ficobiliproteínas. Estas moléculas têm uma ampla
gama de aplicações comerciais. Assim, as composições das microalgas têm qualidades
interessantes, que podem ser aplicadas em nutrição humana e animal (BECKER, 2007; RAJA
et al., 2008; SPOLAORE et al., 2006).
A produção das microalgas oferece uma série de vantagens a partir de uma perspectiva
industrial, tendo um alto valor agregado, pelo qual, está ganhando importância nos últimos
anos, mas a sua ampla aplicação industrial ainda requer estudos para melhorar os métodos, a
fim de ser economicamente competitivo no mercado (RANGA et al, 2010), incrementando-se
desta maneira o interesse comercial na biotecnologia de microalgas.
18
Essas microalgas poderiam ser produzidas com baixo custo, uma vez que o principal
constituinte celular, carbono, apresenta baixo custo ou até mesmo custo desprezível se levar
em conta que o gás carbônico oriundo de fermentações alcoólicas das usinas brasileiras é
descartado ao ambiente através de tubulações e que poderia ser aproveitado nesses cultivos
(CARVALHO et al, 2009). Particularmente, a microalga Botryococcus braunii tem sido
relatada como boa produtora de ácidos graxos insaturados (ácido oléico, linolênico) e
saturados (ácido palmítico, octacosanoico, láurico, mirístico, pentadecanóico, hexadecanóico)
de interesse alimentar. Considerando a diversidade e a quantidade de moléculas que
Botryococcus braunii pode produzir, estudos de condições de cultivo deste micro-organismo,
bem como avaliação das biomassas produzidas sob diferentes condições experimentais,
precisam ser realizados, de modo que ele possa ser fonte de moléculas de interesse industrial.
19
2 REVISÃO DE LITERATURA
Dominio: Eukaryota
Divisão: Chlorophyta
Classe: Trebouxiophyceae
Família: Botryococcaceae
Gênero: Botryococcus
Espécie: braunii
(KUTZING, 1849; SENOUSY et al., 2004)
2.1.2 Características
Botryococcus braunii é uma microalga verde com ampla distribuição pelo mundo,
habitando ambientes de água doce, lagoas, represas, zonas temperadas, alpina ou tropical.
Cresce formando colônias irregulares a partir de 30µm a 2mm de tamanho, constituídas por
células elípticas de 6-20µm de diâmetro e comprimento de 2,5-8µm piriformes, unidas por
uma matriz mucilaginosa transparente, várias colônias podem ser ligadas umas às outras por
meio de fios finos hialinos e refringentes (ACHITOUV et al., 2004; LI et al., 2005;
METZGER et al, 1999, 1991).
PUFAs contidos nos fosfolipídios (PL) das membranas são precursores para a síntese de
prostaglandinas, leucotrienos e tromboxanos que se ligam aos receptores específicos
acoplados à proteína G e sinalizam respostas fisiológicas celulares como a inflamação, a vaso-
dilatação, a pressão arterial, dores e febre. Conseqüentemente, os PUFAs e seus derivados e
análogos são alvos neutracêuticos e farmacêuticos importantes (SPOLAORE et al., 2006;
WARD; SINGH, 2005).
ácidos graxos insaturados no óleo de palma (52,2%) (GRIMALDI et al., 2005) é da mesma
ordem de grandeza que o encontrado na biomassa de B. braunii (50,0%) (DAYANANDA et
al., 2007b). Dessa forma, a fração de ácidos graxos da biomassa desta microalga poderia ser
uma alternativa futura para o uso do óleo de palma e seus derivados na indústria alimentícia.
Fonte de nitrogênio
De acordo com Zhila et al. (2011) Botryococcus braunii acumula lipídios como os
triglicerídios e ácidos graxos. Estes podem apresentar mudanças na composição sob
limitações de nitrogênio, pois o ácido α-linoleico diminui, enquanto o ácido oleico e os ácidos
graxos saturados aumentam.
Fontes de carbono
De acordo com Tanoi et al. (2011), Botryococcus braunii tem a capacidade de crescer
em cultivos heterotróficos, autotróficos e mixotróficos, pois esta microalga cresce em meios
com glicose e manose sob condições de luz ou escuro.
Tanoi et al. (2011) também verificaram que compostos como a glicose e a manose são
eficazes como fontes orgânicas de carbono, pois promovem o crescimento sob condições de
luz ou escuro. As células cultivadas com glicose, na presença ou ausência de luz,
apresentaram mudança na distribuição de ácidos graxos no interior das células, pois este
composto melhorou a acumulação do óleo nas células, apresentando um alargamento nos
grânulos. Além disso, demostraram que a velocidade de crescimento nos cultivos
mixotróficos foi maior do que naqueles cultivos em condições de autotrofia ou hetorotrofia.
Fontes de enxofre
Parâmetros físico-químicos
Segundo Deng et al. (2012), o crescimento da alga foi significativamente afetado por
alguns herbicidas, como por exemplo o diuron (3-(3,4-diclorofenil)-1,1-dimetil-ureia),
herbicida mais tóxico. Fluridone (1-metil-3-fenil-5-[3-(trifluormetil)-fenil]-4(1H)-piridinona)
não afetou o crescimento a 0,1mg.L-1, mas diminuiu o teor de hidrocarbonetos (de 34,9 a
13,2%). O tiobencarb (dietiltiocarbamato de S-4-clorobenzila) não inibe a alga a 0,1mg.L-1,
mas pode inibir o crescimento e teor de hidrocarbonetos (de 34,9 a 7,8%) a 1mg.L-1.
3 OBJETIVOS
Este trabalho teve como principal objetivo verificar a influência das quantidades de
nitrato de sódio e de fosfato de potássio dibásico no crescimento e composição da
microalga Botryococcus braunii.
4 MATERIAL E MÉTODOS
4.1 Micro-organismo
Uma pequena quantidate de Botryococcus braunii mantida em meio sólido foi colhida
com auxílio de alça de platina, em condições assépticas, em fluxo laminar, e inoculada em
frascos de Erlenmeyer de 250mL, contendo 100mL do meio Chu (UTEX, 2011), Chu 13
modificado (LARGEAU et al., 1980), Bold (UTEX, 2011), Bold modificado e F/2
(GUILLARD; RYTHER, 1962), previamente autoclavados a 121ºC por 20 minutos. Estes
ensaios foram realizados em duplicata e mantidos em agitação constante de 120min-1 a uma
temperatura de 25±1ºC (LI et al., 2005).
Meio Chu
*Solução Chu:
CaCl2.2H2O (3,67g/100mL)............... 10mL
MgSO4.7H2O (3,69g/100mL)............. 10mL
K2HPO4 (0,87g/100mL)..................... 10mL
NaNO3 (8,50g/100mL)...................... 10mL
** Solução de citrato ferrico.............. 10mL
***Solução de micronutrientes Chu... 10mL
Água destilada.............................. q.s.p.100mL
Meio Bold
Meio f/2
Determinação do pH
Determinação da salinidade
A salinidade foi determinada através dos cálculos realizados a partir das concentrações
de cada componente, e no caso do meio f/2 a concentração dos componentes foi realizada por
evaporação. Além disso, mediante a imersão do eletrodo aparelho HANNA INSTRUMENTS
9835 EC/TDS/NaCl METER foi determinada a condutividade.
37
Na parte inferior dos tubos do reator tubular tinha um tubo na forma de Y que recebia
ar proveniente de uma bomba, deslocando a suspensão celular para um frasco na parte
superior.
A tampa do frasco que estava na parte superior do reator apresentava três entradas. Na
primeira entrada foi realizada uma conexão com outro tubo em Y, no qual ocorria a entrada de
CO2, mediante um difusor para manutenção de pH e entrada de ar proveniente de uma bomba
a qual foi ligada por um timer a cada 45 minutos por 15 minutos. Na segunda entrada, foi
desenhada uma conexão com um filtro constituído por uma membrana com tamanho de poro
de 0,22 µm para adição de fósforo e nitrogênio e na última entrada, foi colocado o eletrodo
conectado ao equipamento METTLER TOLEDO M300, para a medição do pH dos cultivos.
Foram utilizadas duas lâmpadas fluorescentes de 20 watts para fornecer luz numa
intensidade luminosa de 71±3,96μmol de fótons.m-2.s-1. O volume total do sistema foi de 2L e
o volume iluminado correspondeu a 0,73 L, este volume foi mantido constante, com fluxo da
cultura de 26,5 cm/s. Além disso, foi colocado em cada dispositivo de cultura uma esfera de
nylon de 8 mm de diâmetro para melhorar a agitação da cultura.
O inóculo foi realizado em biorreator tubular com meio Chu 1N1P (para os cultivos
com esta concentração no meio) e 3N3P (para os cultivos com a mesma concentração ou
concentrações superiores no meio), com os parâmetros descritos no item 4.6.1 (Dispositivo de
cultura).
Determinação do pH
A fração lipídica total foi determinada por metodologia baseada em extração com
solventes apolar e polar (PELIZER et al., 1999). A amostra foi macerada e transferida para
um extrator continuo de Soxhlet com refluxo de éter de petróleo (solvente apolar) e após 4
horas foi retirado este solvente por meio de um rota-evaporador. Posteriormente, foi usada
uma mistura de solventes cloroformio-metanol 2:1 v/v (solvente apolar e polar) até o líquido
ficar slímpido (PIORRECK, 1984; OLGUÍN et al., 2001) e o solvente foi retirado do mesmo
modo. O material obtido reuniu os ácidos graxos, triglicerídos, fosfolipídeos, carotenóides,
pigmentos fotossintetizantes, esteróides e hidrocarbonetos.
A composição de ácidos graxos foi determinada após conversão dos ácidos graxos em
seus correspondentes ésteres metílicos (HARTMAN; LAGO, 1973). Para esta metodologia,
ao material lipídico recuperado foram adicionados 5,0mL de solução de NaOH 0,50mol.L-1
em metanol, esta mistura foi levada para aquecimento em refluxo por 5 minutos. Em seguida,
foram adicionados 15,0mL do reagente de esterificação (preparado a partir da mistura de 2,0g
de cloreto de amônio, 60,0mL de metanol e 3,0mL de ácido sulfúrico concentrado, aquecido
por aproximadamente 15 minutos), esta mistura foi aquecida em refluxo por mais 3 minutos e,
em seguida, foi transferida para um funil de separação juntamente com 25,0mL de éter de
petróleo e 50,0mL de água deionizada. Após agitação e separação das fases, foi descartada a
fase aquosa. Adicionaram-se 25,0mL de água deionizada à fase orgânica, agitou-se após a
separação das fases, a aquosa foi descartada e o procedimento foi repetido. A fase orgânica foi
coletada, o solvente foi evaporado em evaporador rotativo e o resíduo foi removido sob fluxo
de nitrogênio.
Por último, a análise de ésteres metílicos de ácidos graxos foi realizada de acordo com
Rodrigues-Ract e Gioielli (2008) para posterior injeção no cromatógrafo a gás, modelo
Agilent 7890 CX.
A identificação dos ésteres metílicos de ácidos graxos foi realizada de acordo com a
comparação do tempo de retenção dos constituintes da amostra com o padrão 37 FAME Mix
(Supelco).
41
Produtividade em células
Onde:
= produtividade em células (mg.L-1.d-1)
= concentração celular máxima (mg.L-1)
= concentração celular inicial (mg.L-1)
t = tempo necessário para obter a concentração celular máxima (d)
5 RESULTADOS E DISCUSSÃO.
A Tabela 2 apresenta a média das três leituras por espectrofotometria, onde se observa
que com um comprimento de onda de 680nm e 685nm foram obtidos os maiores valores.
Como não existe uma diferença significativa entre estes valores e, de acordo com os
estudos realizados por SIM et al. (2001) e AN et al. (2003), foi escolhido um comprimento de
onda de 680nm para as leituras por espectrofotometria.
Equação 1:
Onde:
400
300
X mg.L-1
200
0
0,0 0,2 0,4 0,6 0,8 1,0
Absorbância
Figura 2 – Curva de calibração para determinação da concentração celular de Botryococcus
braunii
45
A microalga em estudo foi inoculada nos meios Bold e Bold modificado, mas não se
observou um crescimento satisfatório. Além disso, no meio F/2 não houve crescimento
nenhum.
Além disso, o meio Chu apresenta 0,17mM de bicarbonato na sua composição por
litro. A maior proporção do total de carbono inorgânico dissolvido disponível para microalgas
consiste em HCO3-, que tem uma baixa capacidade de difusão através das membranas
celulares. Muitas espécies de microalgas podem transportar ativamente íons de bicarbonato
através da membrana plasmática para o citosol, pela atividade intracelular da anidrase
carbônica mantendo um fluxo estável de CO2 para ribulose bisfosfato carboxilase oxigenase
(RuBisCo) para a fotossíntese. Alternativamente, a anidrase carbônica (CA) extracelular pode
catalisar a interconversão entre HCO3- e CO2. Os sais de bicarbonato podem ser adicionados
para proporcionar fonte de carbono adequada para produção intensiva de microalgas. Com
47
efeito, o bicarbonato de sódio tem sido utilizado como uma fonte de carbono para o estudo do
crescimento e a composição bioquímica em muitas espécies de microalgas (NIMER et al.,
1997; BRODIE; LEWIS, 2007).
Por isso, o meio Chu por meio desses dois componentes além do resultado da baixa
salinidade pode ser considerado como o melhor para o crescimento de Botryococcus braunii e
por isso que este meio foi escolhido para os próximos cultivos.
300
250
200
-1
X mg.L
150
100
50
0
0 5 10 15 20 25
Tempo (dia)
Figura 3 – Concentração celular ( X) em função do tempo: meio 1, 1N:1P (●); meio 2, 3N:3P
(▼); meio 3, 6N:6P (■); meio 4, 9N:9P (♦); meio 5, 12N:12P (▲)
1 1:1 267,2 a
2 3:3 238,0 a
3 6:6 226,7 a,b
4 9:9 151,4 b,c
5 12:12 83,2 c
*Médias com letras iguais não diferem entre si estatisticamente, considerando um intervalo de
confiança de 95%.
5,5
5,0
Ln X
4,5
y 0,1438x 3,943
R 2 0,981
4,0
3,5
0 2 4 6 8 10
Tempo (dias)
Figura 4 – Logaritmo neperiano da concentração celular (Ln X) em função do tempo: meio 1(●)
50
5,5
5,0
Ln X
4,5
y 0,133x 3,931
R 2 0,992
4,0
3,5
0 2 4 6 8 10
Tempo (dias)
300
250
200
X mg.L-1
150
100
50
0
0 2 4 6 8 10 12 14 16 18
Tempo (dia)
Figura 7 – Concentração celular ( X) em função do tempo: 1N:1P (●); 3N:3P (▼)
Ao serem analisados estes cultivos foi observado que a biomassa ficava aderida aos
tubos do biorreator dificultando a medida da concentração mediante espectrofotometria, pelo
qual foi necessária a incorporação de uma esfera de nylon de 8 mm de diâmetro para melhorar
a homogeneidade no cultivo. Esse mesmo problema de aderência de células no fotobiorreator
poderia estar acarretando o baixo crescimento celular.
No estudo realizado por Ge et al. (2011) foi mostrado que é possível a limpeza do
biorreator mediante a adição de 2% de hipoclorito de sódio, mas neste estudo, outra
dificuldade inicial no cultivo em fotobiorreator foi a contaminação, mesmo com o biorreator
sendo tratado com hipoclorito de sódio a 5% por 30 minutos, com posterior remoção do
mesmo com lavagem do biorreator com água destilada por 3 vezes, adição de tiossulfato de
sódio 50mM (agente redutor), e lavagem final com água destilada por 3 vezes. Dessa forma,
houve necessidade de executar a autoclavação do fotobiorreator.
53
A Figura 8 mostra um cultivo realizado com meio Chu 3N3P, sem correção destes
nutrientes, com autoclavação do biorreator e com uso da esfera de nylon onde a concentração
celular máxima foi de 1406,2 mg.L-1 após de 17 dias de cultivo. Esse resultado indicou que a
esterilização do fotobiorreator e a introdução a esfera de nylon no sistema contribuíram muito
para a ausência de contaminação e o aumento do crescimento celular, respectivamente.
1600
1400
1200
1000
X mg.L-1
800
600
400
200
0
0 2 4 6 8 10 12 14 16 18 20
Tempo (dia)
5000
4000
-1
3000
X mg.L
2000
1000
0
0 4 8 12 16 20 24 28
Tempo (dia)
Figura 9 – Concentração celular ( X) em função do tempo: 1N:1P (●); 3N:3P (▼); 6N:6P (■);
9N:9P (♦)
55
De acordo com o estudo realizado por Bittencourt, et al. (2010), que trabalharam com
cultivo de B. braunii SAG-30.81 em meio padrão (3N-MBM) e processo descontínuo em
fotobiorreator convencional, obteve-se uma concentração de biomassa final de 3,11g.L-1 na
fase de exponencial no 15º dia de cultivo. Neste trabalho, no mesmo dia, as concentrações
celulares obtidas foram de: 2,23; 3,57; 3,06 e 2,86g.L-1 nos meios Chu 1N:1P; 3N3P; 6N:6P e
9N:9P, respectivamente. No entanto, a conduta de correção de nutriente, respeitadas as
diferenças de configuração dos fotobiorreatores e condições ambientais, pode ter sido a
responsável pelos valores finais de concentrações celulares mais elevadas, que chegou a
valores da ordem 4 g.L-1 ou superiores (Tabela 8). De fato, mesmo neste trabalho, em cultivo
em que não houve correção da concentração dos nutrientes N e P (Figura 8), a concentração
celular final foi menor.
56
7
Ln X
y 0,178x 4,875
6 R 2 0,957
0 5 10 15 20 25
Tempo (dias)
7
Ln X
6 y 0,378x 4,646
R 2 0,982
0 2 4 6 8 10
Tempo (dias)
7
Ln X
6
y 0,294x 4,921
R 2 0,972
0 2 4 6 8 10
Tempo (dias)
7
Ln X
6
y 0,240x 5,484
R 2 0,949
0 2 4 6 8 10
Tempo (dias)
Figura 13 – Logaritmo neperiano da concentração celular (Ln X) em função do tempo 9N:9P (♦)
Ao fazer a extração dos lipídios das biomassas secas com uma mistura de
clorofórmio/metanol foi observado que após 3 dias de tratamento em soxhlet, o filtro ainda
não ficava totalmente límpido. Assim, as amostras de biomassa foram extraídas inicialmente
com éter de petróleo durante 4 horas, de modo que o tratamento inicial com este solvente
apolar acelerou a extração dos compostos da biomassa de Botryococcus braunii. A fração
lipídica, obtida após o tratamento subseqüente com a mistura de clorofórmio/metanol, foi
então tratada (item 4.6.5) com vistas à determinação do perfil de ácidos graxos desta
microalga, sendo os resultados apresentados na Tabela 10.
Seu perfil lipídico é relatado para ser tão bom quanto o azeite de oliva e sua
composição de aminoácidos também é encontrada para ter quantidades significativas de
aminoácidos essenciais. Além disso, algumas espécies do gênero Botryococcus são relatadas
como boas produtoras de lipídios especiais como, metil ramificados, ácidos graxos, luteína,
beta-caroteno, PUFAs, entre outros (BELURY, 2002).
De acordo com Zhila et al. (2011), Botryococcus braunii pode apresentar mudanças na
composição dos ácidos graxos sob limitações de nitrogênio, onde o ácido oléico e os ácidos
62
graxos saturados aumentam. Neste trabalho, a maior porcentagem do ácido oléico foi obtido
no meio Chu com concentração de 6N:6P (34,7±0,47%), situação não caracterizada como
limitante para nitrogênio. Também foi observado que a presença do ácido graxo saturado
undecanóico também somente foi produzido em biomassas decorrentes de cultivo em meios
não limitados por nitrogênio, como evidenciado nas concentrações de 3N:3P e 6N:6P
(0,48±0,02% e 0,50±0,02%, respectivamente). Adicionalmente, o ácido eicosanóico não foi
evidenciado no meio Chu 1N:1P.
Outro ácido encontrado neste estudo foi o ácido gama-linolênico (GLA), o qual foi
encontrado em uma faixa de 14,25 a 10,64% da fração de ácidos graxos, sendo este um dos
ácidos graxos essenciais (EFAs). Os EFAs são nutrientes que, como vitaminas , devem ser
fornecidas na alimentação , porque eles não podem ser sintetizados pelo organismo. Da
mesma forma que o ácido oléico e linoléico, este ácido baixa o risco de várias doenças do
sistema imunológico. Além disso, tem sido sugerido sua ingestão por lactentes humanos, a
fim de assegurar o desenvolvimento normal do cérebro, dos olhos e de outros tecidos
(HORROBIN, 1992).
feminino alimentados com a biomassa da microalga. Em vez disso, a sua alimentação resultou
na diminuição de lipídios e colesterol no soro e nos tecidos. Dessa forma, a biomassa de
Botryococcus mahabali foi considerada segura nos níveis testados em modelos animais
(DAYANANDA, 2013).
65
6 CONCLUSÕES
Foram encontrados os seguintes ácidos graxos nas frações lipídicas das biomassas
obtidas em cultivos em fotobiorreator tubular: C11:0; C 14:1; C16:0; C16:1; C17:1; C18:0;
C18:1n9; C18:2n6; C20:0; C18:3n6; C20:1 e C18:3n3. Aqueles com maior representatividade
na biomassa de B. braunii foram o ácido oléico (C18:1n9), com teores na faixa de 34,70% a
29,38%, e o ácido linoléico (C18:2n6), na faixa de 23,70 a 19,82%, o que, ressalta a
importância na utilização Botryococcus como fontes de ácidos graxos insaturados de interesse
industrial.
66
7 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
ACHITOUV, E.; METZGER, P.; RAGER, M.; LARGEAU, C. C31-C34 methylated squalenes
from a Bolivian strain of Botryococcus braunii. Phytochemistry, v. 65, p. 3159–3165, 2004.
AMARO, H.M.; GUEDES, A.C.; MALCATA, F.X. Advances and perspectives in using
microalgae to produce biodiesel. Applied Energy, v. 88, n. 10, p. 3402-3410, 2011.
AN, J.Y.; SIM, S.J.; LEE, J.S.; KIM, B.W. Hydrocarbon production from secondarily treated
piggery wastewater by the green alga Botryococcus braunii. Journal of Applied Phycology,
v. 15, p. 185–191, 2003.
AOAC Association of Official Analytical Chemists. Official methods of analysis. 14th Ed.
Arlington: AOAC, 1984. 1141 p.
BELCHER, J.H. Notes on the physiology of Botryococcus braunii Kützing. Archiv für
Mikrobiologie, v. 61, p. 335-346, 1968.
BELURY, M.A. Dietary conjugated linoleic acid in health: Physiological effects and
mechanisms of Action. Annual Review of Nutrition, v. 22, p. 31-505, 2002.
BERMAN, T.; CHAVA, S. Algal growth on organic compounds as nitrogen sources. Journal
of Plankton Research, v. 78, p. 67-76, 1999.
67
BRODIE, J.; LEWIS, J.M. Unravelling the algae: the past, present, and future of algal
systematics. Boca Raton, Fla. London: CRC Taylor & Francis distributor, 2007. 402 p.
CARVALHO, J.C.M.; SATO, S.; CONVERTI, A.; BEZERRA, R.P.; MATSUDO, M.C.;
VIEIRA, D.C.M.; FERREIRA, L.S.; RODRIGUES, M.S. Método de aproveitamento de
dióxido de carbono e seu uso no cultivo de microrganismos fotossintetizantes. P.I. 0805123-2.
Protocolada em 19 de novembro de 2008. RPINo 1998, p.82, item 2.1, 22/04/2009.
DAL MAGRO, C.; HEMKEMEIER, M.; COLLA, L.M. Remoção de cromo VI e DQO de
meio de cultivo adicionado de efluente com elevada concentração de cromo a partir da
microalga Spirulina platensis. (Dissertação de Mestrado). Departamento de Engenharia
Ambiental, Universidade de Passo Fundo, Rio Grande do Sul, 2010. 69 p.
DAYANANDA, C.; SARADA, R.; USHA, M.; SHAMALA, T.R.; RAVISHANKAR, G.A.
Autotrophic cultivation of Botryococcus braunii for the production of hydrocarbons and
exopolysaccharides in various media. Biomass and Bioenergy, v. 31, p. 87–93, 2007a.
DAYANANDA, C.; SARADA, R.; KUMAR, V.; RAVISHANKAR, G.A. Isolation and
characterization of hydrocarbon producing green alga Botryococcus braunii from Indian
freshwater bodies. Electronic Journal of Biotechnology, v. 10, n. 1, p. 78-91, 2007b.
68
DENG, L.; SENSEMAN, S.A.; GENTRY, T.J.; ZUBERER, D.A.; WEISS, T.L;
DEVARENNE, T.P.; CAMARGO, E.R. Effect of selected herbicides on growth and
hydrocarbon content of Botryococcus braunii (Race B). Industrial Crops and Products, v.
39, p. 154–161, 2012.
DISMUKES, G.C.; CARRIERI, D.; BENNETTE, N.; ANANYEV, G.M.; POSEWITZ, M.C.
Aquatic phototrophs: efficient alternatives to land-based crops for biofuels. Energy
Biotechnology, v. 19, p. 235–240, 2008.
DUNSTAN, G.A.; VOLKMAN, J.K.; BARRETT, S.M.; GARLAND, C.D. Changes in the
lipid composition and maximization of the polyunsaturated fatty acid content of three
microalgae grown in mass culture. Journal of Applied Phycology, v. 5, n. 1, p. 71-83, 1993
FANG, J.; CHIU, H.; WU, J.; CHIANG, Y.; HSUC, S. Fatty acids in Botryococcus braunii
accelerate topical delivery of flurbiprofen into and across skin. International Journal of
Pharmaceutics, v. 276, p. 163–173, 2004.
GE, Y.; LIU, J.; TIAN, G. Growth characteristics of Botryococcus braunii 765 under high
CO2 concentration in photobioreactor. Bioresource Technology, v. 102, p. 130–134, 2011.
GEIDER, R.J.; LA ROCHE, J. The role of iron in phytoplankton photosynthesis, and the
potential for iron-limitation of primary productivity in the sea. Photosynthesis Research,
Netherlands, v. 39, p. 275-301, 1994.
GUCKERT, J.B.; COOKSEY, K.E.; JACKSON, L.L. Lipid solvent systems are not
equivalent for analysis of lipid classes in the microeukaryotic green alga, Chlorella. Journal
of Microbiological Methods, v. 8, p. 139-149, 1988.
GUILLARD, R.R; RYTHER, J.H. Studies of marine planktonic diatoms.I. Cyclotella nana
Hustedt and Detonula confervaceae (Cleve) Gran. Canadian Journal of Microbiology, v. 8,
p. 229-239, 1962.
HARTMAN, L.; LAGO, R. C. Rapid preparation of fatty acid methyl esters from lipids. Lab
Prat, v. 22, p. 475-476, 1973
HU, Q.; SOMMERFELD, M.; JARVIS, E.; GHIRARDI, M.; POSEWITZ, M.; SEIBERT,
M.; DARZINS, A. Microalgal triacylglycerols as feedstocks for biofuel production:
perspectives and advances. The Plant Journal, v. 54, p. 621–639, 2008.
IAL Instituto Adolfo Lutz. Normas Analíticas do Instituto Adolfo Lutz. v. 1: Métodos
químicos e físicos para análise de alimentos, 4 Ed, 1 Ed. digital. São Paulo: IMESP, p. 105-
106, 1985.
ISHIMATSU, A.; MATSUURA, H.; SANO, T.; KAYA, K.; WATANABE, M.M.
Biosynthesis of isoprene units in the C34 botryococcene molecule produced by Botryococcus
braunii strain BOT-22. Procedia Environmental Sciences, v. 15, p. 56– 65, 2012.
KROES, R.; SCHAEFER, E.J.; SQUIRE, R.A.; WILLIAMS, G.M. A review of the safety of
DHA45-oil. Food and Chemical Toxicology, v. 41, p. 1433–1446, 2003.
LEE, Y. K. Microalgal mass culture systems and methods: Their limitation and potential.
Journal of Applied Phycology, v. 13, p. 307 - 315, 2001.
LI, Q.; DU, W.; LIU, D. Perspectives of microbial oils for biodiesel production. Applied
Microbiology and Biotechnology, v. 80, p. 749–756, 2008.
LI, Y.; QIN, J.G. Comparison of growth and lipid content in three Botryococcus braunii
strains. Journal of Applied Phycology, v. 17, p. 551–556, 2005.
LYND, L.R.; LASER, M.S.; BRANSBY, D.; DALE, B.E.; DAVISON, B.; HAMILTON, R.;
HIMMEL, M.; KELLER, M.; MCMILLAN, J.D.; SHEEHAN, J.; WYMAN, C.E. How
biotech can transform biofuels. Nature Biotechnology, v. 26, n. 2, 2008.
METZGER, P. Two terpenoid diepoxides from the green microalga Botryococcus braunii:
their biomimetic conversion to tetrahydrofurans and tetrahydropyrans. Tetrahedron, v. 55, p.
167-176, 1999.
METZGER, P.; LARGEAU, C. Botryococcus braunii: a rich source for hydrocarbons and
related ether lipids. Applied Microbiology and Biotechnology, v. 66, p. 486–496, 2005.
71
MORAIS, M.G.; COSTA, J.A.V. Biofixation of carbon dioxide by Spirulina sp. and
Scenedesmus obliquus cultivated in a three-stage serial tubular photobioreactor. Journal of
Biotechnology, v. 129, p. 439-445, 2007.
PAL, D.; PRAKASH, D.; AMLA, D.V. Chemical composition of the green alga
Botryococcus braunii. Cryptogamie: algologie, v. 19, n. 4, p. 311‐317, 1998.
PELIZER, L.H.; SASSANO, C.E.; CARVALHO, J.C.M.; SATO, S.; GIOIELLI, L.A:;
MORAES, I.O. Padronização do método de secagem da biomassa de Spirulina platensis.
Farmácia e Química, v. 32, n. 1, p. 37-40, 1999.
PIORRECK, M.; BAASCH, K-H.; POHL, P. Biomass production, total protein chlorophylls,
lipids and fatty acids of freshwater green and blue green algae under different nitrogen
regimes. Phytochemistry, v. 23, n. 2, p. 207-216, 1984.
RAJA, R.; HEMAISWARYA, S.; KUMAR, N.A.; SRIDHAR, S.; RENGASAMY, R.A
perspective on the biotechnological potential of microalgae. Critical Reviews in
Microbiology, v. 34, n. 2, p. 77–88, 2008.
SCHMITZ, R.; DAL MAGRO, C.; COLLA, L.M. Aplicações ambientais de microalgas.
Revista CIATEC–UPF, v. 4, n. 1, p. 48-60, 2012.
SEOG, J.L.; BYUNG-DAE; Y.; HEE-MOCK, O. Rapid method for the determination of lipid
from the green alga Botryococcus braunii. Biotechnology Techniques, v. 12, n. 7, p. 553–
556, 1998
SIM, S. J.; AN, J. Y.; KIM, B. W. Two‐phase extraction culture of Botryococcus braunii
producing long‐chain unsaturated hydrocarbons. Biotechnology Letters, v. 23, p. 201–205,
2001.
73
TANOI, T.; KAWACHI, M.; WATANABE, M.M. Effects of carbon source on growth and
morphology of Botryococcus braunii. Journal of Applied Phycology, v. 23, p. 25–33, 2011.
TENAUD, M.; OHMORI, M.; MIYACHI, S. Inorganic carbon and acetate assimilation in
Botryococcus braunii (Chlorophyta). Journal of Phycology, v. 25, p. 662–667, 1989.
UTEX. The Culture Collection of Algae at the University of Texas at Austin. Disponível em:
<http://www.sbs.utexas.edu/utex/. Acesso em: 13 set. 2011.
WARD, O.P.; SINGH, A. Omega-3/6 fatty acids: Alternative sources of production. Process
Biochemistry, v. 40, p. 3627–3652, 2005.
WEETALL, H.H. Studies on the nutritional requirements of the oil producing alga
Botryococcus braunii. Applied Biochemistry and Biotechnology., v. 11, p. 377–391, 1985.
XU, L.; WEATHERS, P.J.; XIONG, X.; LIU, C. Microalgal bioreactors: Challenges and
opportunities. Engineering in Life Sciences, v. 3, p. 178-189, 2009.
74
YANG, S.; WANG, J.; CONG, W.; CAI, Z.; OUYANG, F. Effects of bisulfite and sulfite on
the microalga Botryococcus braunii. Enzyme and Microbial Technology, v. 35, p. 46–50,
2004.
YONEZAWA, N.; MATSUURA, H.; SHIHO, M.; KAYA, K.; WATANABE, M.M. Effects
of soybean curd wastewater on the growth and hydrocarbon production of Botryococcus
braunii strain BOT-22. Bioresource Technology, v. 109, p. 304–307, 2012.
YONGMANITCHAI, W.; WARD, O.P. Screening of algae for potential alternative sources
of eicosapentaenoic acid. Phytochemistry, v. 30, n. 9, p. 2963-2967, 1991.
ZHILA, N.O.; KALACHEVA, G.S.; VOLOVA, T.G. Effect of salinity on the biochemical
composition of the alga Botryococcus braunii Kütz IPPAS H-252. Bioresource Technology,
v. 98, p. 560–564, 2011.