Você está na página 1de 22

Metodologia do

Ensino de Ciências
e de Química
Química Orgânica – A Química da Experimentação

Responsável pelo Conteúdo:


Prof. Me. Antônio Bartocci de Queiróz

Revisão Textual:
Prof. Me. Claudio Brites
Química Orgânica – A Química
da Experimentação

• Físico-Química – A Química da Experimentação.


OBJETIVO

DE APRENDIZADO
• Focar em experimentos para facilitar o ensino e a aprendizagem da Físico-Química, uma
das partes mais importantes da Química. Veremos que, com práticas de fácil execução, é
possível deixar o ensino de Química mais dinâmico.
UNIDADE Química Orgânica – A Química da Experimentação

Contextualização
O ensino de Físico-Química é o mais extenuante dentre os assuntos abordados na
Química e a utilização de aulas práticas, associadas aos conceitos teóricos e à realiza-
ção de exercícios é especialmente necessária para uma melhor apreensão desse tópico.

Cada experimento pode quebrar uma barreira, romper um paradigma.

8
Físico-Química – A Química
da Experimentação
Dividiremos a Físico-Química nos seus assuntos mais abordados no ensino mé-
dio: Soluções e Concentrações, Termoquímica, Cinética-Química, Eletroquímica e
Equilíbrio Químico.
Para cada um desses assuntos, discutiremos experiências que podem ser reali-
zadas mesmo em escolas sem laboratório, a fim de melhorar o processo ensino-
-aprendizagem e possibilitar uma maior dinâmica nas aulas.

Soluções e concentrações
Após os conceitos iniciais sobre soluções, solubilidade e tipos de solução (insatu-
rada, saturada e supersaturada), crie cristais com seus alunos. É fácil e muito bonito.

Cristais podem ser crescidos artificialmente por várias técnicas. Vamos descrever,
a seguir, como você pode crescer bons cristais pelo método de solução supersaturada.

Figura 1
Fonte: Getty Images

Sais podem se dissolver em água formando uma solução. Mas, se adicionarmos


sal em quantidade muito grande, ultrapassando certo valor dito “de saturação”, a
solução fica turva e o excesso de sal se deposita no fundo do recipiente. Essa nova
solução é denominada saturada com corpo de chão.

O valor de saturação varia de substância para substância e depende da temperatura


da solução. Água quente geralmente dissolve sais melhor que água fria. Uma solução
supersaturada na temperatura ambiente pode voltar a ficar transparente se aquecida.

E aí, surge um fato novo. Deixando esta mesma solução resfriar lentamente, sem
nenhuma agitação, ela pode voltar à temperatura ambiente e continuar transparente,
sem precipitado. Nesse caso, a solução está a ponto de precipitar, em equilíbrio instável.
Qualquer perturbação pode quebrar esse equilíbrio e a solução se turvar novamente.

É dessa instabilidade que se aproveita para o crescimento de cristais. Colocando


um pequeno cristalzinho do mesmo sal nessa solução supersaturada, partículas do
sal que estão prestes a se precipitar podem aderir às paredes do cristal, fazendo-o
crescer. Esse cristalzinho é a «semente» de crescimento do cristal.

9
9
UNIDADE Química Orgânica – A Química da Experimentação

Uma semente pode ser preparada pondo um pouquinho de sua solução saturada
em um vidro pequeno e deixando-a evaporar em um lugar seguro. Pequenos cris-
tais se formarão no fundo desse vidro. Esses são candidatos a semente. Pegue-os
com uma pinça e separe os melhores, sem defeitos e sem incrustações. A semente
escolhida será amarrada na ponta de uma linha fina e resistente e pendurada em um
cartão com 3 furinhos que deverá se ajustar completamente à tampa do vidro onde
o cristal será crescido. Ajuste o cartão com a linha e a semente na parte interna da
tampa e guarde para usar logo mais.

Quando a solução estiver uns 3ºC acima da temperatura ambiente, coloque a


tampa com a semente pendurada de modo que fique pelo meio do vidro.

Figura 2

Serão necessários sulfato de cobre II, um recipiente de vidro (como daqueles de


conservas), linha fina, pedaço de papelão, água, fogão ou bico de Bunsen.

Prepare uma solução de sulfato de cobre II, que possui uma bela cor azul e pode
ser encontrado em lojas de produtos agrícolas. Coloque uma quantidade de sal de
tal forma que parte dele se deposite. Após depósito do sal, acrescente mais uma
espátula do composto.

Aqueça a mistura até todo o precipitado dissolver e a solução voltar a ser transparente.

Deixe esfriar e, quando a temperatura estiver próxima à ambiente, coloque a se-


mente selecionada.

Espere o cristal crescer por cerca de uma semana e observe os belos cristais azuis
tetraédricos que se formam.

Note que o cristal forma-se obedecendo à estrutura molecular. É o microcosmo


determinando as formas do macrocosmo.

Com essa prática, é possível discutir tipos de solução e geometria molecular.

Termoquímica
A Termoquímica estuda a energia envolvida nas reações químicas. Esta energia é
chamada de entalpia e seu símbolo é H. A entalpia é medida em Joule (J) ou caloria
(cal) e seus múltiplos.

∆H é a variação de entalpia: ∆H = Hprodutos – Hreagentes

10
Quanto ao ∆H, os processos podem ser classificados em:

Tabela 1
Endotérmicos Exotérmicos
• Absorvem calor; • Liberam calor;
• Calor nos reagentes: A + calor → B • Calor nos produtos: A → B + calor;
• Esfriam o meio; • Aquecem o meio;
• Produtos têm mais energia que reagentes; • Reagentes têm mais energia que produtos;
• ∆H > 0; • ∆H < 0;
• Gráfico entalpia (H) x tempo (t) ascendente; • Gráfico entalpia (H) x tempo (t) descendente;
• Não espontânea. • Não espontânea.
Ex.: Dissolução da maioria dos sais na água, fo- Ex.: Combustão, reações envolvendo ácidos e ba-
tossíntese, etc. ses fortes, dissolução de gases na água, etc.

Nessa prática, iremos diferenciar processos endo e exotérmicos.

Figura 3
Fonte: Getty Images

Serão necessários: um termômetro, cinco copos transparentes, água, sal de cozi-


nha, açúcar, soda cáustica e antiácido efervescente (como Sal de Fruta).
1. Coloque metade do volume do copo de água à temperatura ambiente em
cada um deles e meça a temperatura. Anote a temperatura de um deles.
Este é o copo controle;
2. Ao segundo copo, adicione uma colher de chá de sal de cozinha, agite e
meça a temperatura. Anote-a;
3. Coloque, no terceiro copo, uma colher de chá de soda cáustica, que pode
ser adquirida em supermercados ou casas para fazer sabão. Agite e anote
a temperatura medida;
4. Acrescente, ao quarto copo, uma colher de açúcar cristal. Agite e anote
a temperatura;
5. Ao último copo, acrescente o conteúdo de um envelope do antiácido. Agi-
te, espere a efervescência terminar e meça a temperatura, anotando-a;
6. Compare as temperaturas obtidas com a temperatura do controle.

11
11
UNIDADE Química Orgânica – A Química da Experimentação

Os processos que causaram aumento de temperatura são exotérmicos, aqueles que


diminuem a temperatura são endotérmicos. Note que, em geral, dissolução de sais e
compostos orgânicos é endotérmica e a de ácidos fortes e bases fortes é exotérmica.

Esse experimento serve de início para o estudo da Termoquímica, facilitando a


compreensão do assunto.

Cinética-Química
É a parte da Química que estuda a velocidade das reações químicas.

Existem reações muito rápidas, como as explosões, e muito lentas, como as oxi-
dações de metais.

Figura 4
Fonte: Adaptado de Getty Images

Durante as reações, a quantidade dos reagentes diminui (chegando, em geral, a zero)


e a dos produtos aumenta (a quantidade dos produtos começa, geralmente, do zero).

Para que se alterar a velocidade de uma reação, deve-se agir sobre o número de
choques efetivos ou sobre a energia de ativação: quanto maior o número de choques
efetivos e quanto menor a energia de ativação, mais rápida a reação.

Os fatores que interferem na velocidade de uma reação são:


• Temperatura: O aumento da temperatura aumenta a energia cinética das mo-
léculas, que ficam mais agitadas e se chocam mais, aumentando a velocidade da
reação. Portanto, maior temperatura, maior velocidade de reação;
• Concentração dos reagentes: O aumento da concentração dos reagentes au-
menta o número de choques efetivos entre eles, aumentando a velocidade da
reação. Logo, quanto maior a concentração dos reagentes, maior a velocidade
da reação;
• Superfície de contato (ou área de contato): Quanto mais fragmentada estiver
a substância, maior a sua área de contato e maior o número de choques efetivos
que ela pode fazer, aumentando a velocidade da reação. Daí, quanto maior a
superfície de contato, maior a velocidade da reação. Exemplo: Roupas devem
ser estendidas no varal para secarem mais rapidamente;

12
• Pressão: Só interfere se o número de moléculas gasosas for diferente nos rea-
gentes e nos produtos;
» Se houver maior número de moléculas gasosas nos reagentes, quanto maior a
pressão, maior a velocidade;
» Se houver maior número de moléculas gasosas nos produtos: quanto maior a
pressão, menor a velocidade.
• Catalisador: É uma substância que, ao final do processo, permanece como
no início. O catalisador mostra um novo caminho de reação com energia de
ativação menor, acelerando a reação. Assim, a presença de catalisador au-
menta a velocidade da reação.

No experimento que faremos a seguir, discutiremos a influência da temperatura e


da superfície de contato sobre a velocidade da reação.

Figura 5
Fonte: Getty Images

O material necessário será: quatro copos transparentes idênticos, um compri-


mido efervescente (Sonrisal® ou vitamina C), água quente, água fria, colher ou outro
instrumento para triturar o comprimido, cronômetro.
1. Divida o comprimido em quatro partes;
2. Pegue o primeiro copo e coloque água até uma marca notável. Adicione
uma das quatro partes cortadas do comprimido e anote o tempo gasto
para que a reação ocorra totalmente (até parar de borbulhar);
3. Repita esse experimento com água quente no lugar daquela em tempera-
tura ambiente e, depois, com água fria;
4. Você notará que a velocidade da reação é maior na água quente e menor
na fria porque a elevação da temperatura causa uma maior agitação das
moléculas, aumentando o número de choques efetivos e, consequente-
mente, da velocidade da reação;
5. Coloque água à temperatura ambiente no quarto copo, mas triture a últi-
ma parte do comprimido antes de adicioná-la. Anote o tempo de reação.

13
13
UNIDADE Química Orgânica – A Química da Experimentação

Deverá perceber que a velocidade da reação nesse último copo será muito maior,
deixando claro que o aumento da superfície de contato aumenta a velocidade da
reação porque incrementa o número de choques efetivos.

Após a realização desse experimento, será fácil explicar como a temperatura e a


superfície de contato interferem na velocidade de uma reação.

Eletroquímica
Estuda as reações químicas em que ocorre transferência de elétrons.

Nox é o número de oxidação, isto é, a “carga” de um elemento em uma substân-


cia, estando diretamente relacionado com a eletronegatividade do elemento, pois o
átomo mais eletronegativo atrai os elétrons do outro átomo. Assim, o átomo mais
eletronegativo adquire Nox negativo e o menos eletronegativo Nox positivo.

Figura 6
Fonte: Getty Images

Exemplo
Reações de oxirredução são aquelas em que ocorreu variação do Nox de dois ou
mais átomos. Nesse caso:
• OXIDAR é perder elétron(s), acarretando aumento do Nox;
• REDUZIR é receber elétron(s), ocasionando diminuição do Nox.

AumentOU, oxidOU;
DiminuIU, reduzIU.

Nas reações de oxirredução, a substância reagente em que se encontra o elemen-


to que sofreu redução é chamada de agente oxidante; a substância reagente em que
se encontra o elemento que sofreu oxidação é chamada de agente redutor.

Há vários métodos para se proteger um metal da oxidação:


• Objetos de alumínio não se oxidam com facilidade, apesar de o alumínio ser
mais reativo do que vários dos metais comuns (o alumínio tem potencial de
oxidação elevado). Isso porque ocorre uma oxidação superficial do alumínio,

14
formando uma película muito fina de Al2O3, que permanece fortemente aderida
à superfície do. Essa película protege o objeto de alumínio da continuação do
ataque dos agentes atmosféricos;
• No caso dos objetos de ferro ou de aço, a situação é diferente: a película de
ferrugem que se forma é porosa, permitindo a passagem do oxigênio e da
umidade do ar; desse modo, o processo de corrosão continua até acabar com
o objeto metálico. Esse fenômeno pode ocorrer até embaixo de camadas de
tinta mal aplicadas; é por isso que, às vezes, notamos a existência de bolhinhas
na pintura de alguns automóveis. A proteção mais comum contra a corrosão
é a pintura. Em portões e grades de ferro, por exemplo, é usual lixar o metal
(para eliminar a película de ferrugem já formada) e aplicar, em seguida, uma
ou mais demãos de tinta à base de zarcão (Pb3O4); e, por fim, aplicar tintas
especiais, na cor desejada;
• Chapas de aço podem ser protegidas por uma película de zinco, dando origem
às chamadas chapas galvanizadas ou folhas de zinco. Essa película é obtida
mergulhando-se a chapa de aço em zinco derretido ou depositando o zinco
sobre o aço por meio de eletrólise. Automóveis modernos, por exemplo, saem
de fábrica com 70% a 80% da carroceria protegida por galvanização. Também
se pode fabricar essa película com estanho, originando a lata comum (latinhas
de conserva);
• Para retardar a corrosão do ferro ou do aço em canalizações de água, oleodutos,
cascos de navios, tanques subterrâneos de combustíveis, etc. é costume ligar, a
essas estruturas, blocos de outro metal mais reativo do que o ferro, como o mag-
nésio, o zinco, etc. Tendo potencial de oxidação superior ao do ferro, o magné-
sio, por exemplo, será corroído mais depressa, retardando assim a corrosão do
ferro ou do aço. Dizemos, nesse caso, que o magnésio ou o zinco funcionaram
como metal de sacrifício.

O experimento que iremos fazer demonstrará como o uso de metal de sacrifício


dificulta a oxidação do ferro.
1. Pegue três pregos iguais e lustre-os com uma esponja de aço;
2. Num deles, enrole um fio de cobre e, em outro, zinco (que pode ser
obtido de aparas de calhas). O terceiro deverá ser deixado sem nenhum
metal como acompanhante;
3. Molhe os três pregos e deixe-os sobre uma superfície clara (como uma
bandeja de isopor) para facilitar a observação, por uma semana.

Observe que o prego sem outro metal oxidou-se um pouco, aquele com zinco
praticamente não se oxidou e o prego com cobre enrolado foi bastante corroído.

Isso ocorre porque o potencial de oxidação do zinco é maior que do ferro, o zinco
serve de sacrifício para o ferro, oxidando-se no lugar dele.

Porém, o ferro possui maior potencial de oxidação que o cobre. Nesse caso, é o
ferro que serve de sacrifício para o cobre, oxidando-se mais rapidamente.

15
15
UNIDADE Química Orgânica – A Química da Experimentação

Equilíbrio-Químico
Processo em que as reações direta e inversa ocorrem simultaneamente.

O equilíbrio é atingido quando as velocidades das reações direta e inversa igua-


lam-se e, quando o equilíbrio químico é atingido, as concentrações dos reagentes e
dos produtos tornam-se constantes.

Para que o equilíbrio químico ocorra, nem os produtos e nem os reagentes podem
escapar do sistema.

Acesse o vídeo da reação oscilante, para ilustrar o que é uma reação em equilíbrio,
disponível em: http://youtu.be/TWH3gbHiRcI

Quando se exerce uma ação sobre um sistema em equilíbrio, ele se modifica para
atingir um novo equilíbrio, ou seja, ocorre um breve desequilíbrio até o sistema se
reequilibrar. Este é o princípio de Le Chatelier.

Pelo princípio de Le Chatelier, os fatores que deslocam um equilíbrio são:


• Temperatura: Veja o DH do processo. O aumento da temperatura favorece,
sempre, o lado endotérmico, a diminuição da temperatura sempre favorece o
lado exotérmico;

• Pressão: Só atua se o número de substâncias gasosas for diferente nos reagen-


tes e nos produtos. O aumento da pressão desloca o equilíbrio a favor do lado
com menos gás (menor volume). A diminuição da pressão desloca o equilíbrio a
favor do lado com mais gás (maior volume);
• Concentração: O aumento (adição) da concentração de uma substância desloca
o equilíbrio para o lado oposto ao desta substância porque aumenta o número
de choques efetivos entre as substâncias e aumenta a velocidade da reação.
A diminuição (retirada) de uma substância desloca o equilíbrio para o lado em
que esta substância encontra-se;
• Catalisador: Não altera o equilíbrio, só faz com que ele seja atingido
mais rapidamente.

16
Equilíbrios iônicos são equilíbrios que ocorrem com substâncias que se dissociam
ou se ionizam como ácidos, bases e sais.

pH é o potencial hidrogeniônico, em “quimiquês”, é o cologaritmo da concentra-


ção molar hidrogeniônica do meio. Em português, indica se o meio é neutro, ácido
ou básico. O pH é mais utilizado que o pOH.

O pH pode ser calculado por:

A escala de pH varia de 0 a 14. Observe:

Devido ao equilíbrio iônico da água: temos:

Como , então , daí .

Indicadores de pH são substâncias que mudam de cor de acordo com a concen-


tração de H+ ou de OH– do meio. Podem ser representados, genericamente, por
HIn. Em equilíbrio:

A espécie neutra HIn possui uma certa cor e seu ânion In– possui outra cor.

O funcionamento baseia-se no deslocamento de equilíbrio (Princípio de Le Chatelier):


• Em meio ácido, há maior concentração de H+, o equilíbrio é deslocado para a
esquerda, prevalecendo a espécie HIn e sua cor;
• Em meio básico, há maior concentração de OH– que reage com H+, formando
água. Diminuindo a concentração de H+, o equilíbrio é deslocado para a direita,
prevalecendo a espécie In– e sua cor.

17
17
UNIDADE Química Orgânica – A Química da Experimentação

Tabela 3 – Alguns indicadores e suas cores características


Indicador Meio Ácido Meio Neutro Meio Básico
Fenolftaleína incolor incolor rosa
Azul de bromotimol amarelo verde azul
Tornassol azul vermelho azul azul
Tornassol vermelho vermelho vermelho azul

A experiência sugerida é de pH e indicadores


Serão necessários: álcool hidratado, vinagre, limão, bicarbonato de sódio, Leite
de Magnésia, copos transparentes, flores, almofariz ou pilão (como o de amassar
alho), conta-gotas.
1. Em copos distintos, coloque uma amostra de água com vinagre, água
com limão, água com bicarbonato de sódio, água com Leite de Magnésia®
e água com sal;
2. Colha flores diversas, preferencialmente hibiscos, rosas e hortências. Se-
pare as pétalas e coloque no almofariz com uma xícara de café de álcool.
Amasse-as até obter uma mistura colorida. Pegue o líquido com o conta-
-gotas e coloque 5 gotas em cada copo. Observe as cores obtidas;
Note que as cores apresentadas nos copos com limão e vinagre são se-
melhantes, bem como as cores apresentadas nos copos com bicarbonato
de sódio e Leite de Magnésia® também são semelhantes;
Isso ocorre porque limão e vinagre são ácidos, enquanto bicarbonato de
sódio e Leite de Magnésia® são básicos;
3. Depois, vá adicionando vinagre puro ao copo com bicarbonato de sódio
até mudança de cor do indicador;
4. Como o sal é neutro, a cor observada pode variar de indicador para in-
dicador usado.
5. Repita a prática com outras flores.

Particularmente, não gosto de fazê-la com repolho roxo, pois o cheiro é muito ruim!
Essa prática ajuda na compreensão dos conceitos de equilíbrio-químico e de pH.

18
Material Complementar
Indicações para saber mais sobre os assuntos abordados nesta Unidade:

Sites
PHET – Interactive Simulations
A Universidade do Colorado disponibiliza uma série de simulações que representam
reações.É gratuito, em português, e possui uma qualidade excelente.
https://bit.ly/2VMnGff

Leitura
Trio leva Nobel de Química de 2013 por modelos de sistemas complexos
Devemos ressaltar que o Prêmio Nobel de Química de 2013 foi destinado a um trio
de pesquisadores, Karplus, Levitt e Warshel, que criaram as bases de modelos de
computador. Graças a eles, tornou-se possível prever processos químicos elaborados.
https://glo.bo/3bMhhqg

19
19
UNIDADE Química Orgânica – A Química da Experimentação

Referências
EBBING, D. D. Química Geral. 5 ed. São Paulo: LTC, 1998.

JOESTEN, M. D.; WOOD, J. L. World of chemistry. 2 ed. Orlando: Saunders


Golden Sunburst, 1996.

KOTZ, J. C. et al. Química e Reações químicas. 3 ed. São Paulo: LTC, 2010.

MAHAN, B. H. Um curso universitário. 2.ed. New York: Edgard Blucher, 1994.

OLIVEIRA, E. A. Aulas práticas de química. 3 ed. São Paulo: Moderna, 2003.

ROCHA-FILHO, R. C.; SILVA, R. R. Introdução aos cálculos da química. São


Paulo: Makron Books, 2002.

________. Introdução à química experimental. São Paulo: Makron Books, 2004.

RUSSELL, J. B. Química geral. 2.ed. São Paulo: Makron Books, 2009.

20

Você também pode gostar