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Ensino de Ciências
e de Química
Química Orgânica – A Química da Experimentação
Revisão Textual:
Prof. Me. Claudio Brites
Química Orgânica – A Química
da Experimentação
OBJETIVO
DE APRENDIZADO
• Focar em experimentos para facilitar o ensino e a aprendizagem da Físico-Química, uma
das partes mais importantes da Química. Veremos que, com práticas de fácil execução, é
possível deixar o ensino de Química mais dinâmico.
UNIDADE Química Orgânica – A Química da Experimentação
Contextualização
O ensino de Físico-Química é o mais extenuante dentre os assuntos abordados na
Química e a utilização de aulas práticas, associadas aos conceitos teóricos e à realiza-
ção de exercícios é especialmente necessária para uma melhor apreensão desse tópico.
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Físico-Química – A Química
da Experimentação
Dividiremos a Físico-Química nos seus assuntos mais abordados no ensino mé-
dio: Soluções e Concentrações, Termoquímica, Cinética-Química, Eletroquímica e
Equilíbrio Químico.
Para cada um desses assuntos, discutiremos experiências que podem ser reali-
zadas mesmo em escolas sem laboratório, a fim de melhorar o processo ensino-
-aprendizagem e possibilitar uma maior dinâmica nas aulas.
Soluções e concentrações
Após os conceitos iniciais sobre soluções, solubilidade e tipos de solução (insatu-
rada, saturada e supersaturada), crie cristais com seus alunos. É fácil e muito bonito.
Cristais podem ser crescidos artificialmente por várias técnicas. Vamos descrever,
a seguir, como você pode crescer bons cristais pelo método de solução supersaturada.
Figura 1
Fonte: Getty Images
E aí, surge um fato novo. Deixando esta mesma solução resfriar lentamente, sem
nenhuma agitação, ela pode voltar à temperatura ambiente e continuar transparente,
sem precipitado. Nesse caso, a solução está a ponto de precipitar, em equilíbrio instável.
Qualquer perturbação pode quebrar esse equilíbrio e a solução se turvar novamente.
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UNIDADE Química Orgânica – A Química da Experimentação
Uma semente pode ser preparada pondo um pouquinho de sua solução saturada
em um vidro pequeno e deixando-a evaporar em um lugar seguro. Pequenos cris-
tais se formarão no fundo desse vidro. Esses são candidatos a semente. Pegue-os
com uma pinça e separe os melhores, sem defeitos e sem incrustações. A semente
escolhida será amarrada na ponta de uma linha fina e resistente e pendurada em um
cartão com 3 furinhos que deverá se ajustar completamente à tampa do vidro onde
o cristal será crescido. Ajuste o cartão com a linha e a semente na parte interna da
tampa e guarde para usar logo mais.
Figura 2
Prepare uma solução de sulfato de cobre II, que possui uma bela cor azul e pode
ser encontrado em lojas de produtos agrícolas. Coloque uma quantidade de sal de
tal forma que parte dele se deposite. Após depósito do sal, acrescente mais uma
espátula do composto.
Aqueça a mistura até todo o precipitado dissolver e a solução voltar a ser transparente.
Espere o cristal crescer por cerca de uma semana e observe os belos cristais azuis
tetraédricos que se formam.
Termoquímica
A Termoquímica estuda a energia envolvida nas reações químicas. Esta energia é
chamada de entalpia e seu símbolo é H. A entalpia é medida em Joule (J) ou caloria
(cal) e seus múltiplos.
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Quanto ao ∆H, os processos podem ser classificados em:
Tabela 1
Endotérmicos Exotérmicos
• Absorvem calor; • Liberam calor;
• Calor nos reagentes: A + calor → B • Calor nos produtos: A → B + calor;
• Esfriam o meio; • Aquecem o meio;
• Produtos têm mais energia que reagentes; • Reagentes têm mais energia que produtos;
• ∆H > 0; • ∆H < 0;
• Gráfico entalpia (H) x tempo (t) ascendente; • Gráfico entalpia (H) x tempo (t) descendente;
• Não espontânea. • Não espontânea.
Ex.: Dissolução da maioria dos sais na água, fo- Ex.: Combustão, reações envolvendo ácidos e ba-
tossíntese, etc. ses fortes, dissolução de gases na água, etc.
Figura 3
Fonte: Getty Images
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Cinética-Química
É a parte da Química que estuda a velocidade das reações químicas.
Existem reações muito rápidas, como as explosões, e muito lentas, como as oxi-
dações de metais.
Figura 4
Fonte: Adaptado de Getty Images
Para que se alterar a velocidade de uma reação, deve-se agir sobre o número de
choques efetivos ou sobre a energia de ativação: quanto maior o número de choques
efetivos e quanto menor a energia de ativação, mais rápida a reação.
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• Pressão: Só interfere se o número de moléculas gasosas for diferente nos rea-
gentes e nos produtos;
» Se houver maior número de moléculas gasosas nos reagentes, quanto maior a
pressão, maior a velocidade;
» Se houver maior número de moléculas gasosas nos produtos: quanto maior a
pressão, menor a velocidade.
• Catalisador: É uma substância que, ao final do processo, permanece como
no início. O catalisador mostra um novo caminho de reação com energia de
ativação menor, acelerando a reação. Assim, a presença de catalisador au-
menta a velocidade da reação.
Figura 5
Fonte: Getty Images
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Deverá perceber que a velocidade da reação nesse último copo será muito maior,
deixando claro que o aumento da superfície de contato aumenta a velocidade da
reação porque incrementa o número de choques efetivos.
Eletroquímica
Estuda as reações químicas em que ocorre transferência de elétrons.
Figura 6
Fonte: Getty Images
Exemplo
Reações de oxirredução são aquelas em que ocorreu variação do Nox de dois ou
mais átomos. Nesse caso:
• OXIDAR é perder elétron(s), acarretando aumento do Nox;
• REDUZIR é receber elétron(s), ocasionando diminuição do Nox.
AumentOU, oxidOU;
DiminuIU, reduzIU.
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formando uma película muito fina de Al2O3, que permanece fortemente aderida
à superfície do. Essa película protege o objeto de alumínio da continuação do
ataque dos agentes atmosféricos;
• No caso dos objetos de ferro ou de aço, a situação é diferente: a película de
ferrugem que se forma é porosa, permitindo a passagem do oxigênio e da
umidade do ar; desse modo, o processo de corrosão continua até acabar com
o objeto metálico. Esse fenômeno pode ocorrer até embaixo de camadas de
tinta mal aplicadas; é por isso que, às vezes, notamos a existência de bolhinhas
na pintura de alguns automóveis. A proteção mais comum contra a corrosão
é a pintura. Em portões e grades de ferro, por exemplo, é usual lixar o metal
(para eliminar a película de ferrugem já formada) e aplicar, em seguida, uma
ou mais demãos de tinta à base de zarcão (Pb3O4); e, por fim, aplicar tintas
especiais, na cor desejada;
• Chapas de aço podem ser protegidas por uma película de zinco, dando origem
às chamadas chapas galvanizadas ou folhas de zinco. Essa película é obtida
mergulhando-se a chapa de aço em zinco derretido ou depositando o zinco
sobre o aço por meio de eletrólise. Automóveis modernos, por exemplo, saem
de fábrica com 70% a 80% da carroceria protegida por galvanização. Também
se pode fabricar essa película com estanho, originando a lata comum (latinhas
de conserva);
• Para retardar a corrosão do ferro ou do aço em canalizações de água, oleodutos,
cascos de navios, tanques subterrâneos de combustíveis, etc. é costume ligar, a
essas estruturas, blocos de outro metal mais reativo do que o ferro, como o mag-
nésio, o zinco, etc. Tendo potencial de oxidação superior ao do ferro, o magné-
sio, por exemplo, será corroído mais depressa, retardando assim a corrosão do
ferro ou do aço. Dizemos, nesse caso, que o magnésio ou o zinco funcionaram
como metal de sacrifício.
Observe que o prego sem outro metal oxidou-se um pouco, aquele com zinco
praticamente não se oxidou e o prego com cobre enrolado foi bastante corroído.
Isso ocorre porque o potencial de oxidação do zinco é maior que do ferro, o zinco
serve de sacrifício para o ferro, oxidando-se no lugar dele.
Porém, o ferro possui maior potencial de oxidação que o cobre. Nesse caso, é o
ferro que serve de sacrifício para o cobre, oxidando-se mais rapidamente.
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Equilíbrio-Químico
Processo em que as reações direta e inversa ocorrem simultaneamente.
Para que o equilíbrio químico ocorra, nem os produtos e nem os reagentes podem
escapar do sistema.
Acesse o vídeo da reação oscilante, para ilustrar o que é uma reação em equilíbrio,
disponível em: http://youtu.be/TWH3gbHiRcI
Quando se exerce uma ação sobre um sistema em equilíbrio, ele se modifica para
atingir um novo equilíbrio, ou seja, ocorre um breve desequilíbrio até o sistema se
reequilibrar. Este é o princípio de Le Chatelier.
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Equilíbrios iônicos são equilíbrios que ocorrem com substâncias que se dissociam
ou se ionizam como ácidos, bases e sais.
A espécie neutra HIn possui uma certa cor e seu ânion In– possui outra cor.
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Particularmente, não gosto de fazê-la com repolho roxo, pois o cheiro é muito ruim!
Essa prática ajuda na compreensão dos conceitos de equilíbrio-químico e de pH.
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Material Complementar
Indicações para saber mais sobre os assuntos abordados nesta Unidade:
Sites
PHET – Interactive Simulations
A Universidade do Colorado disponibiliza uma série de simulações que representam
reações.É gratuito, em português, e possui uma qualidade excelente.
https://bit.ly/2VMnGff
Leitura
Trio leva Nobel de Química de 2013 por modelos de sistemas complexos
Devemos ressaltar que o Prêmio Nobel de Química de 2013 foi destinado a um trio
de pesquisadores, Karplus, Levitt e Warshel, que criaram as bases de modelos de
computador. Graças a eles, tornou-se possível prever processos químicos elaborados.
https://glo.bo/3bMhhqg
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Referências
EBBING, D. D. Química Geral. 5 ed. São Paulo: LTC, 1998.
KOTZ, J. C. et al. Química e Reações químicas. 3 ed. São Paulo: LTC, 2010.
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