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Sumário

DIREITOS POLÍTICOS............................................................................. 3
DIREITOS POLÍTICOS POSITIVOS E NEGATIVOS............................... 3
INALISTÁVEIS.......................................................................................... 4
CONDIÇÕES DE ELEGIBILIDADE (ART. 14, §3º/CF):........................... 4
HIPÓTESES DE INELEGIBILIDADE........................................................ 5
INELEGIBILIDADE RELATIVA POR MOTIVOS FUNCIONAIS............... 7
DESINCOMPATIBILIZAÇÃO.................................................................... 8
INELEGIBILIDADE REFLEXA................................................................. 8
INELEGIBILIDADE RELATIVA CONDIÇÃO DE MILITAR....................... 9
PRIVAÇÃO DOS DIREITOS POLÍTICOS................................................. 11
PRINCÍPIO DA ANTERIORIDADE ELEITORAL...................................... 12
IMPUGNAÇÃO DO MANDATO................................................................ 12
EXERCÍCIOS COMENTADOS.................................................................. 13

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DIREITOS POLÍTICOS

DIREITOS POLÍTICOS POSITIVOS E NEGATIVOS


Encontramos direitos políticos positivos naquelas normas que garantem ao
cidadão a participação no processo político (em especial, capacidade eleitoral ativa,
capacidade eleitoral passiva, iniciativa popular de lei, voto em plebiscito e referendo,
ação popular etc.). Por sua vez, identificamos os direitos políticos negativos naquelas
normas que impedem ou restringem essa participação nas eleições e no processo
político (inelegibilidades, hipóteses de perda e suspensão dos direitos políticos etc.).
A soberania popular será exercida pelo sufrágio universal e pelo voto direto e secreto,
com valor igual para todos, e, nos termos da lei, mediante:

 plebiscito;

 referendo; e

 iniciativa popular.

Art. 14. A soberania popular será exercida pelo sufrágio universal e pelo voto direto e
secreto, com valor igual para todos, e, nos termos da lei, mediante:

I - plebiscito;
II - referendo;
III - iniciativa popular.

O sufrágio abrange o direito de eleger, o de ser eleito e o de participar da


organização e da atividade do poder estatal. Ele é universal quando o direito é
concedido a todos os nacionais, independentemente de condições especiais, sem que
a existência de certos requisitos de forma possa alterar essa característica (é o caso
da necessidade de alistamento e de idade mínima, por exemplo, que não fazem que o
sufrágio deixe de ser universal no Brasil).

ATENÇÃO!
Plebiscito e referendo são consultas aos cidadãos para que eles deliberem sobre
determinado assunto. O primeiro é convocado antes (o plebiscito é prévio), para que o
povo autorize o que lhe esteja sendo submetido. Já o referendo ocorre depois, para que
a população ratifique ou rejeite determinada medida já tomada.

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 Capacidade Eleitoral Ativa

também conhecida como alistabilidade, consiste no direito de votar e de se


alistar como eleitor.

 Capacidade eleitoral passiva

consubstancia-se na elegibilidade, no direito de ser votado (de se candidatar e


ser eleito para um cargo). Para que se alcance a capacidade eleitoral passiva, exige-
se o preenchimento de determinados requisitos (condições de elegibilidade) e o não-
enquadramento em nenhuma hipótese de inelegibilidade.

Objetivamente, todo elegível é obrigatoriamente um eleitor, mas nem todo eleitor


pode ser eleito. É que existem diversas condições para que alguém possa se candidatar,
ser eleitor é apenas uma delas. O alistamento eleitoral e o voto são obrigatórios para os
maiores de dezoito anos (art. 14, §1°, I/CF).

O alistamento eleitoral e o voto são facultativos para os:

 analfabetos;

 maiores de setenta anos; e

 os maiores de dezesseis e menores de dezoito anos.

Art. 14, § 1º O alistamento eleitoral e o voto são:

I - obrigatórios para os maiores de dezoito anos;


II - facultativos para:
a) os analfabetos;
b) os maiores de setenta anos;
c) os maiores de dezesseis e menores de dezoito anos.

INALISTÁVEIS
Não podem alistar-se como eleitores os estrangeiros e, durante o período do
serviço militar obrigatório, os conscritos (art. 14, §2º/CF). Cabe destacar que o conceito
de conscrito estende-se aos médicos, dentistas, farmacêuticos e veterinários que
prestam serviço militar obrigatório.

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Art. 14, § 2º Não podem alistar-se como eleitores os estrangeiros e, durante o período
do serviço militar obrigatório, os conscritos.

CONDIÇÕES DE ELEGIBILIDADE (ART. 14, §3º/CF):

DICA DE MEMORIZAÇÃO: NA PLEura A Dor Fica Insuportável

Art. 14, § 3º São condições de elegibilidade, na forma da lei:

I - a nacionalidade brasileira;
II - o pleno exercício dos direitos políticos;
III - o alistamento eleitoral;
IV - o domicílio eleitoral na circunscrição;
V - a filiação partidária;
VI - a idade mínima de:
a) trinta e cinco anos para Presidente e Vice-Presidente da República e Senador;
b) trinta anos para Governador e Vice-Governador de Estado e do Distrito Federal;
c) vinte e um anos para Deputado Federal, Deputado Estadual ou Distrital, Prefeito,
Vice-Prefeito e juiz de paz;
d) dezoito anos para Vereador.

Nacionalidade brasileira ou condição de equiparado a português, sendo que


para Presidente e Vice-Presidente da República exige-se a condição de brasileiro nato
(art. 12, §3º/CF);

Pleno exercício dos direitos políticos (aquele que teve suspensos ou perdeu
seus direitos políticos não dispõe de capacidade eleitoral passiva);

Alistamento eleitoral (comprovado pela apresentação do título de eleitor,


regularmente inscrito perante a Justiça Eleitoral);

Domicílio eleitoral na circunscrição (o eleitor deverá ser domiciliado no local


pelo qual se candidata, pelo período mínimo exigido pela legislação eleitoral);

Filiação partidária (não se admite, no Brasil, a denominada candidatura


autônoma ou avulsa, sem filiação a partido político).

Idade mínima: trinta e cinco anos, para os cargos de Presidente e Vice-


Presidente da República e senador da República; trinta anos, para os cargos de
Governador e Vice-Governador de Estado e do Distrito Federal; vinte e um anos, para
os cargos de deputado federal, deputado estadual ou distrital, Prefeito, Vice-Prefeito e
juiz de paz; dezoito anos, para vereador;

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DICA DE MEMORIZAÇÃO: 35-30-21-18

HIPÓTESES DE INELEGIBILIDADE
A CF apresenta algumas inelegibilidades em rol não exaustivo (o §9° do art. 14 da
CF/88 prevê que lei complementar poderá estabelecer outros casos de inelegibilidade).
A inelegibilidade pode ser absoluta (relacionada a qualquer cargo eletivo) ou relativa (em
razão de algumas situações, em que o candidato não pode se eleger para determinados
cargos, podendo ser eleito para outros):

A inelegibilidade absoluta está prevista no art. 14, §4°, da CF/88, que veda
a candidatura de analfabetos e inalistáveis (conscritos e estrangeiros). Os casos de
inelegibilidade absoluta estão exaustivamente previstos na Constituição, não podendo
ser ampliados por norma infraconstitucional.

Art. 14, § 4º São inelegíveis os inalistáveis e os analfabetos.

As inelegibilidades relativas não se relacionam com uma condição pessoal


do candidato, mas existem em razão de situações especiais em que ele se encontra
naquele momento da eleição. São divididas em:

 por motivos funcionais;

 por motivos de casamento e parentesco;

 devido à condição de militar; e

 em casos previstos em lei complementar.

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INELEGIBILIDADE RELATIVA POR MOTIVOS FUNCIONAIS (ART. 14,


§5° E §6°/CF):

Art. 14, § 5º O Presidente da República, os Governadores de Estado e do Distrito


Federal, os Prefeitos e quem os houver sucedido, ou substituído no curso dos
mandatos poderão ser reeleitos para um único período subsequente. (Redação dada
pela Emenda Constitucional nº 16, de 1997)

O Presidente da República, os Governadores de Estado e do Distrito Federal, os


Prefeitos e quem os houver sucedido, ou substituído no curso dos mandatos poderão
ser reeleitos para um único período subsequente. Ou seja, só há possibilidade de
uma única reeleição (subsequente) para os cargos de chefe do poder executivo. Não
impede uma terceira candidatura, desde que seja intercalada (o que não pode são três
mandatos seguidos).

Essa regra vale também para os “vices”, que poderão ser reeleitos para o mesmo
cargo apenas uma vez. Todavia, eles poderão candidatar-se ao cargo do titular, mesmo
se o tiverem substituído no curso do mandato. Ou seja, se a pessoa foi eleita por duas
vezes seguidas para o cargo de vice-governador não poderá reeleger-se como vice
mais uma vez, mas pode candidatar-se ao cargo de governador, mesmo se durante o
segundo mandato de vice tiver sucedido o titular.

Não pode o Presidente da República que tenha exercido o cargo por dois mandatos
seguidos candidatar-se no período subsequente ao cargo de vice-presidente. A mesma
regra se aplica aos governadores, prefeitos e respectivos vices. Não pode o prefeito
que já esteja exercendo o segundo mandato sucessivo candidatar-se novamente ao
cargo de prefeito, ainda que, dessa vez, em município diferente; essa hipótese veda o
chamado prefeito itinerante ou prefeito profissional.

Repercussão geral: STF impede terceiro mandato consecutivo de prefeito em


municípios distintos

Durante a sessão plenária desta quarta-feira (1º), o Plenário do Supremo Tribunal Federal
(STF) manteve, por maioria dos votos, entendimento do Tribunal Superior Eleitoral (TSE)
no sentido de que se torna inelegível para o cargo de prefeito cidadão que já exerceu
dois mandatos consecutivos na chefia de executivo municipal, mesmo que pleiteie
candidatura em município diferente. Os ministros reconheceram que essa questão
constitucional tem repercussão geral.

Quarta-feira, 01 de agosto de 2012

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DESINCOMPATIBILIZAÇÃO

Art. 14, § 6º Para concorrerem a outros cargos, o Presidente da República, os


Governadores de Estado e do Distrito Federal e os Prefeitos devem renunciar aos
respectivos mandatos até seis meses antes do pleito.

Para concorrerem a outros cargos, o Presidente da República, os Governadores


de Estado e do Distrito Federal e os Prefeitos devem renunciar aos respectivos
mandatos até seis meses antes do pleito (art. 14, § 6°/CF). A desincompatibilização
representa o afastamento obrigatório de cargo público do postulante a candidato até um
determinado prazo antes da eleição. A medida busca assegurar que não haja nenhum
tipo de influência por parte daquele que já ocupa cargo público e deseja concorrer
novamente, além de zelar pela igualdade dos candidatos na disputa.

ATENÇÃO!
Se o cidadão que pretende sair candidato não respeitar o prazo estipulado de
desincompatibilização do cargo ou função pública, ele poderá ser considerado inelegível
pela Justiça Eleitoral, conforme a Lei Complementar nº 64/1990 (Lei de Inelegibilidades).

INELEGIBILIDADE REFLEXA

Art. 14, § 7º São inelegíveis, no território de jurisdição do titular, o cônjuge e os parentes


consanguíneos ou afins, até o segundo grau ou por adoção, do Presidente da República,
de Governador de Estado ou Território, do Distrito Federal, de Prefeito ou de quem
os haja substituído dentro dos seis meses anteriores ao pleito, salvo se já titular de
mandato eletivo e candidato à reeleição.

Inelegibilidade relativa por motivos de casamento e parentesco (art. 14, §7°/


CF): São inelegíveis, no território de jurisdição do titular, o cônjuge e os parentes
consanguíneos ou afins, até o segundo grau ou por adoção, do Presidente da
República, de Governador de Estado ou Território, do Distrito Federal, de Prefeito ou de
quem os haja substituído dentro dos seis meses anteriores ao pleito, salvo se já titular
de mandato eletivo e candidato à reeleição.

A inelegibilidade é direcionada ao cônjuge e os parentes do chefe do poder


executivo que queiram se candidatar a quaisquer cargos dentro do território de jurisdição
do titular. Mas, cuidado! Essa regra restringe-se ao território do titular (no caso de um

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prefeito, por exemplo, apenas o município), não havendo restrição à candidatura de um


filho de prefeito para um cargo de âmbito estadual ou federal, por exemplo.

ATENÇÃO!
O ex-cônjuge do titular do cargo, que tenha se separado no curso do mandato,
permanece inelegível.

Veja o teor da Súmula Vinculante 18: “A dissolução da sociedade ou do vínculo conjugal,


no curso do mandato, não afasta a inelegibilidade prevista no § 7º do artigo 14 da
Constituição Federal.”

Essa inelegibilidade não se aplica à viúva do chefe do executivo. Por outro lado,
aplica-se: (i) à pessoa que viva maritalmente com o chefe do executivo; (ii) ao casamento
religioso; (iii) parente do prefeito do município-mãe que queira se candidatar a um cargo
no município recém-criado.

ATENÇÃO!
Essa regra do art. 14, § 7° não é aplicável se o tal parente já for titular de cargo
eletivo e esteja se candidatando à reeleição.

INELEGIBILIDADE RELATIVA EM VIRTUDE DA CONDIÇÃO DE


MILITAR (ART. 14, §8°/CF):

Art. 14, § 8º O militar alistável é elegível, atendidas as seguintes condições:

I - se contar menos de dez anos de serviço, deverá afastar-se da atividade;


II - se contar mais de dez anos de serviço, será agregado pela autoridade superior e,
se eleito, passará automaticamente, no ato da diplomação, para a inatividade.

O militar alistável é elegível, atendidas as seguintes condições:

I - se contar menos de dez anos de serviço, deverá afastar-se da atividade;

II - se contar mais de dez anos de serviço, será agregado pela autoridade


superior e, se eleito, passará automaticamente, no ato da diplomação, para a
inatividade.

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O artigo 142, § 3º, V, da Constituição Federal, determina que o militar das Forças
Armadas, enquanto em serviço ativo, não pode estar filiado a partidos políticos. Essa
vedação também se aplica aos militares dos Estados e do Distrito Federal, por força
da regra inserta no artigo 42, § 1º da CF. Todavia, o artigo 14, § 3º, V, estabelece que a
filiação partidária é uma das condições constitucionais de elegibilidade, uma vez que a
nossa democracia representativa não admite candidaturas avulsas, sem vinculação a
um partido político. Como se resolve esse aparente conflito de normas constitucionais?

O TSE entende que o pedido de registro de candidatura, apresentado pelo


partido ou coligação, devidamente autorizado pelo candidato e após a prévia escolha
em convenção, supre a exigência da filiação partidária (Res. 21.608/04). Portanto, a
filiação partidária contida no art. 14, § 3º, V, da CF não é exigível ao militar da ativa que
pretenda concorrer a cargo eletivo. Entretanto, o militar da reserva remunerada deve
ter filiação partidária deferida pelo menos um ano antes do pleito. O militar que passar
à inatividade após o prazo de um ano para filiação partidária, mas antes da escolha
em convenção, deverá filiar-se a partido político, no prazo de 48 horas, após se tornar
inativo.

Outras hipóteses de inelegibilidade relativa em virtude de previsão em lei


complementar (art. 14, §9°/CF):

Art. 14, § 9º Lei complementar estabelecerá outros casos de inelegibilidade e os


prazos de sua cessação, a fim de proteger a probidade administrativa, a moralidade
para exercício de mandato considerada vida pregressa do candidato, e a normalidade
e legitimidade das eleições contra a influência do poder econômico ou o abuso do
exercício de função, cargo ou emprego na administração direta ou indireta. (Redação
dada pela Emenda Constitucional de Revisão nº 4, de 1994)

Lei complementar estabelecerá outros casos de inelegibilidade e os prazos


de sua cessação, a fim de proteger a probidade administrativa, a moralidade para
exercício de mandato considerada vida pregressa do candidato, e a normalidade
e legitimidade das eleições contra a influência do poder econômico ou o abuso do
exercício de função, cargo ou emprego na administração direta ou indireta.

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PRIVAÇÃO DOS DIREITOS POLÍTICOS


O cidadão pode, em situações excepcionais, ser privado, definitivamente ou
temporariamente, dos direitos políticos, o que importará, como efeito imediato, na perda
da cidadania política. A privação pode ser definitiva (perda) ou temporária (suspensão).

ATENÇÃO!
A Constituição Federal não permite, em nenhuma hipótese, a cassação dos
direitos políticos (supressão arbitrária)!

Art. 15. É vedada a cassação de direitos políticos, cuja perda ou suspensão só se dará
nos casos de:

I - cancelamento da naturalização por sentença transitada em julgado;


II - incapacidade civil absoluta;
III - condenação criminal transitada em julgado, enquanto durarem seus efeitos;
IV - recusa de cumprir obrigação a todos imposta ou prestação alternativa, nos termos
do art. 5º, VIII;
V - improbidade administrativa, nos termos do art. 37, § 4º.

A privação dos direitos políticos só se dará nos casos de (art. 15/CF):

 cancelamento da naturalização por sentença transitada em julgado;

 incapacidade civil absoluta;

 condenação criminal transitada em julgado, enquanto durarem seus efeitos;

 recusa de cumprir obrigação a todos imposta ou prestação alternativa, nos


termos do art. 5º, VIII;

 improbidade administrativa.

A Constituição não especifica quais seriam os casos de perda e quais seriam os


casos de suspensão.

É pacífico que os casos previstos nos itens II, III e V são casos de suspensão, enquanto o
item I é caso de perda de direitos políticos. Quanto ao item IV, parte da doutrina considera
que seria caso de perda, mas há diploma legal (Lei 8.239/91) tratando-o como caso de
suspensão.

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PRINCÍPIO DA ANTERIORIDADE ELEITORAL

Art. 16. A lei que alterar o processo eleitoral entrará em vigor na data de sua publicação,
não se aplicando à eleição que ocorra até um ano da data de sua vigência. (Redação
dada pela Emenda Constitucional nº 4, de 1993)

A lei que alterar o processo eleitoral entrará em vigor na data de sua publicação,
não se aplicando à eleição que ocorra até 1 (um) ano da data de sua vigência (art. 16/
CF). O princípio da anualidade eleitoral (também chamado de anterioridade eleitoral) foi
criado em 1993 com a aprovação da Emenda Constitucional (EC) nº 4, que deu nova
redação ao artigo 16 da Constituição Federal. O objetivo da emenda foi garantir que
mudanças na legislação eleitoral somente entrem em vigor se aprovadas até um ano
antes do pleito, impedindo alterações casuísticas nas regras legais.

A redação original do artigo 16 determinava que “a lei que alterar o processo


eleitoral só entrará em vigor um ano após sua promulgação”. Com a nova redação, o
dispositivo passou a determinar que “a lei que alterar o processo eleitoral entrará em
vigor na data de sua publicação, não se aplicando à eleição que ocorra até um ano da
data de sua vigência”.

IMPUGNAÇÃO DO MANDATO
O mandato eletivo poderá ser impugnado ante a Justiça Eleitoral no prazo de
quinze dias contados da diplomação, instruída a ação com provas de abuso do poder
econômico, corrupção ou fraude (art. 14, §10/CF). A ação de impugnação de mandato
tramitará em segredo de justiça, respondendo o autor, na forma da lei, se temerária ou
de manifesta má-fé (art. 14, §11/CF).

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Questões de Concursos – DIREITOS POLÍTICOS

Situação hipotética: Gilberto, brasileiro nato, completou sessenta e um anos de idade no


mês de janeiro de 2018. Neste mesmo ano, transitou em julgado condenação criminal
contra ele, tendo sido arbitrada, entre outras sanções, pena privativa de liberdade.

Considerando essa situação hipotética, julgue os dois próximos itens:

01. Com relação aos direitos políticos de Gilberto. Em razão de sua idade, o ato de
votar nas eleições de 2018 é facultativo para Gilberto.

02. O processo criminal transitado em julgado é hipótese constitucional para a cassação


dos direitos políticos de Gilberto pelo tempo de duração dos efeitos da condenação.

03. Conforme a CF, admite-se a perda de direitos políticos na hipótese de cancelamento


da naturalização por decisão administrativa definitiva.

04. O analfabetismo não representará óbice à elegibilidade dos cidadãos, haja vista a
garantia do amplo exercício dos direitos políticos, característica do estado democrático
de direito.

05. Mandato eletivo poderá ser impugnado na justiça eleitoral mediante ação de
impugnação de mandato, cujos atos terão de ser públicos, em obediência ao princípio
da publicidade.

06. O analfabeto não pode realizar alistamento eleitoral e, por essa razão, também não
pode concorrer a cargo eletivo.

07. Referendo é uma consulta ao povo quanto a assunto já transformado em lei,


enquanto plebiscito é uma consulta prévia aos eleitores sobre assuntos políticos ou
institucionais.

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08. Situação hipotética: Com a pretensão de candidatar-se a cargo eletivo, determinado


militar, com cinco anos de serviço, fez, de forma regular, o pedido de registro de sua
candidatura. Assertiva: Nessa situação, após ser eleito, o militar deverá afastar-se de
sua atividade pelo período do mandato eletivo, devendo retornar ao serviço após o seu
término.

09. Cônjuge de governador de determinado estado será inelegível nesse mesmo estado,
salvo se a sociedade ou o vínculo conjugal se dissolver no decorrer do mandato.

10. No texto constitucional, os direitos políticos estão vinculados ao exercício da


soberania popular, restritos, portanto, aos direitos de votar e de ser votado.

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Gabarito comentado – DIREITOS POLÍTICOS

01. ERRADO

Art. 14. A soberania popular será exercida pelo sufrágio universal e pelo voto direto e
secreto, com valor igual para todos, e, nos termos da lei, mediante:

§ 1º O alistamento eleitoral e o voto são:

II - facultativos para:

b) os maiores de setenta anos;

02. ERRADO

Art. 15. É vedada a cassação de direitos políticos, cuja perda ou suspensão só se


dará nos casos de:

I - cancelamento da naturalização por sentença transitada em julgado;

II - incapacidade civil absoluta;

III - condenação criminal transitada em julgado, enquanto durarem seus efeitos;

IV - recusa de cumprir obrigação a todos imposta ou prestação alternativa, nos termos


do art. 5º, VIII;

V - improbidade administrativa, nos termos do art. 37, § 4º.

03. ERRADO

Art. 15. É vedada a cassação de direitos políticos, cuja perda ou suspensão só se dará
nos casos de:

I - cancelamento da naturalização por sentença transitada em julgado;

04. ERRADO

Art. 14, §4º São inelegíveis os inalistáveis e os analfabetos.

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05. ERRADO

Art. 14,

§10 O mandato eletivo poderá ser impugnado ante a Justiça Eleitoral no prazo de 15 dias
contados da diplomação, instruída a ação com provas de abuso do poder econômico,
corrupção ou fraude.

§ 11 - A ação de impugnação de mandato tramitará em segredo de justiça, respondendo


o autor, na forma da lei, se temerária ou de manifesta má-fé.

06. ERRADO

Art. 14,

§1º - O alistamento eleitoral e o voto são:

II - facultativos para:

a) os analfabetos;

b) os maiores de setenta anos;

c) os maiores de dezesseis e menores de dezoito anos.

§ 2º - Não podem alistar-se como eleitores os estrangeiros e, durante o período do


serviço militar obrigatório, os conscritos.

07. CERTO

Referendo: convocado posteriormente, cabendo ao povo ratificar ou rejeitar a proposta.

Plebiscito: convocado previamente à criação do ato legislativo ou administrativo que


trate do assunto em pauta.

08. ERRADO

Art. 14, § 8º O militar alistável é elegível, atendidas as seguintes condições:

I - se contar menos de dez anos de serviço, deverá afastar-se da atividade;

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09. ERRADO

Súmula Vinculante 18: A dissolução da sociedade ou do vínculo conjugal, no curso


do mandato, não afasta a inelegibilidade prevista no § 7º do artigo 14 da Constituição
Federal.

10. ERRADO

Art. 14. A soberania popular será exercida pelo sufrágio universal e pelo voto direto e
secreto, com valor igual para todos, e, nos termos da lei, mediante:

I - plebiscito;

II - referendo;

III - iniciativa popular.

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