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PREPARO BIOMECÂNICO DOS CANAIS  Substâncias químicas:

- atua junto a instrumentação física!


RADICULARES
- IRRIGAR SEMPRE!!
- as soluções irrigadoras complementam o preparo - são responsáveis pela limpeza e desinfecção do
físico (limas) para acessar canalículos também sistema de canais radiculares, principalmente em
- a solução tem que ter atividade antimicrobiana!!! regiões inacessíveis aos instrumentos
- quando é bio  modelar canal para obturar 1. Propriedades:
- quando é necro  limpar o canal, modelar e obturar * solvente tecidual (casos de biopulpectomia); possuir
- bio  prioridade é remover a polpa; necro  matar baixa toxicidade; possuir atividade bactericida (+ na
microorganismos necro); favorecer remoção ou dissolução do magma
 Finalidades da biopulpectomia: dentinário (restos dentinários, bio e necro); promover
1. Combater possível infecção superficial da polpa limpeza dos canais radiculares; ação lubrificante;
(pulpite irreversível) possuir baixa tensão superficial (ex: agua tem alta
2. Remover polpa coronária e radicular, restos tensão superficial, então não adentra muito nos
pulpares e sangue infiltrado nos túbulos dentinários canalículos. Quanto + baixa t.s, + capaz); possuir baixa
3. Prevenir escurecimento da cora viscosidade!!
4. Retificar o máximo as curvaturas do canal –  Irrigação e aspiração:
consegue com o preparo físico - irrigação – corrente líquida dentro da cavidade
5. Alargar e alisar as paredes do canal radicular – pulpar
formato cônico - aspiração – sucção de fluidos e partículas
6. Remover restos pulpares, raspas de dentina e - nunca conseguiremos deixar o canal 100% estéril, dai
smear layer consequente da instrumentação entra cimento endodôntico e medicação...
7. Deixar o canal em condições para obturar!! 1. Objetivos: auxilia descontaminação, dissolução de
 Finalidades da necropulpectomia: tecidos orgânicos, lubrificação, baixa citotoxicidade,
1. Neutralizar no sentido coroa ápice o conteúdo remove smear layer.
tóxico do canal – tem que limpar bem o terço cervical 2. Fatores que influenciam: anatomia do canal,
e médio primeiro para não levar mais bactérias para o calibre da agulha (quanto +fina + entra no canal);
terço apical. volume da solução utilizada (sempre irrigar
2. Remover mecânica e quimicamente os bastanteeeeee); renovação constante da solução
microorganismos – MINHA MAIOR PREOCUPAÇÃO 3. Materiais utilizados: seringas descartáveis;
AQUI NESSE CASO É LIMPAR O CANAL, MODELAR É intermediário metálico; cânulas para irrigação e
SEGUNDA PREOCUPAÇÃO aspiração; deliver – EZE
3. Remover restos necróticos, raspas de dentina 4. Smear Layer: restos dentinárioooo; sujidade pós
infectada que se permanecerem dentro do canal vao preparo! Quando olha pelo MEV apresenta um
impedir ação dos medicamentos. aspecto amorfo, irregular e granular; composta por
4. Iniciar o combate a infecção do sistema de canais raspas de dentina, remanescentes de tecido pulpar e
radiculares, principalmente em casos de necro processos odontoblásticos e algumas bactérias. Tem
5. Realizar desbridamento foraminal que remover para não atrapalhar a ação dos
6. Alargar e alisar as paredes dentinárias do canal medicamentos e também para não interferir na
radicular, atribuindo uma conformação cônica e aderência e penetração dos cimentos obturadores!
preparando-o para receber uma MIC e uma obturação  Hipoclorito de sódio (NaOCl): tem ação
mais hermética possível antimicrobiana; saponificador de gordura;
7. Retificar curvaturas do canal desodorizante; pH alcalino (11, 11,5...) vai neutralizar
8. Remover camada residual (smear layer) canal ácido!; solvente de tecidos orgânicos (em caso
9. Deixar o canal em condições ideais para obturar. de polpa viva, remove sangramento; baixa tensão
superficial (adentra nas complexidades anatômicas); (odontometria, etc..), batente apical e escalonamento
1. Concentrações: várias, mas nós usamos 2,5 a 2,6% * exame constante do instrumento
(licor de labarraque); pode ser utilizado sozinho ou * irrigação a todo momento...
com outras substancias. * irrigação com EDTA (remove hipoclorito, irriga com
2. Indicações: tratamento de polpas vivas e EDTA, de 3 a 5 minutos, lava com hipoclorito, tira,
mortificadas, momento de uso SEMPRE; seca com cone de papel absorvente e obtura)
3. Vantagens: rápida atuação; desodorante e * obturação
lubrificante; atividade antimicrobiana contra
bactérias, fungos e vírus; relativamente não-tóxico  Técnica de
nas condições de uso; ação solvente de matéria irrigação/aspiração:
orgânica; concentrações facilmente determinadas; 1. Selecionar agulha de
clareador; irrigação e aspiração e
4. Desvantagens: instável ao armazenamento; preencher com
corrosivo; irritante para pele e mucosa; forte odor; solução!
descora tecido (ISOLAMENTOOOOO PARA NÃO 2. Coloca agulha de
CAUSAR ACIDENTE) irrigação até entrada
5. Princípios básicos: proteger adequadamente o do canal radicular
paciente; tem que usar em concentrações altas, pq 3. Coloca canula de sucção no nível da câmara pulpar,
em baixas ela é ineficiente contra C. albicans, B. onde permanecerá durante irrigação (fica mais aquém
cereus...; em baixas concentrações não tem tanta que a agulha de irrigação)
atividade solvente e antimicrobiana!!! 4. Inicia irrigação levemeeeente (NÃO É INJETAR)
6. Temperatura e concentração AUMENTAM a 5. A medida que vai depositando o líquido, vai
eficácia da solução!! HIPOCLORITO NÃO REMOOOOVE inserindo a agulha
SMEAR LAYER, SÓ MATA MICROORGANISMOS!!! 6. Movimentos de vaivém delicados!
Então usamos o EDTA para complementar. 7. Irrigação e aspiração feitas juntas
 EDTA (ácido etilenodiaminotetraético): remover 8. Para cada irrigação utiliza +/- 1mL de solução
íons de cálcio da dentina (remover smear layer), 9. Quando concluir irrigação, introduzir canula
sempre usamos no final; pode ser gel ou solução, suctora o mais profundamente possível no canal.
solução é melhor; pode fazer associações; tempo no 10. Inunda o canal para próxima fase.
canal de 3 a 5 minutos
instrumenta corretamente – irriga – finaliza com
MEDICAÇÃO INTRACANAL
EDTA – lava com hipoclorito de novo – seca – obtura - etapa com o objetivo de melhoras as condições do
 Gluconato de Clorexidina: usada como gel, canal radicular para realizar obturação, por meio de
coloca no canal, usa soro para remover o gel... só a medicamentos e substancias.
UNICAMP usa atualmente. Tem ação antimicrobiana, - bio: anti-inflamatório
tem substantividade, mas é inferior ao NaOCl; efeito - necro: antimicrobiano
contra anaeróbios gram + e -, orgânicos aeróbios e - preparo químico e mecânico  medicação
facultativos e leveduras; biocompatível, hipoclorito intracanal (caso não de tempo na sessão) 
causa mais agressão! A desvantagem é a baixa obturação
dissolução tecidual - medicação após instrumentar canal é diferente da
NÃO PODE ASSOCIAR HIPOCLORITO COM medicação utilizado quando não se instrumentou
CLOREXIDINA PQ??? Pq quando associa forma uma - sessão única NÃO usa MIC, múltiplas sessões USA.
solução enegrecida que escurece coroa.  Objetivos:
 RESUMO DA SEQUÊNCIA: * combater microorganismos; ajudar na desinfecção
* acesso adequado das áreas não atingidas pelo preparo do canal;
* isolamento absoluto modelar inflamação (quando tem polpa viva e nós
* agente químicos NaOCl 2,5% ou Clorexidina 2% retiramos, gera um processo inflamatório, então
* 1ªfase: LK15-35, GG 2-3 (preparo cervical e médio) entramos com antiinflamatórios para modular isso);
* 2ªfase: limite apical 1mm do forame apical promover neutralização de produtos tóxicos
(neutralizar bactérias); estimular reparação (quando antiinflamatórios
tem lesão periapical – a MIC pode ajudar a - solubilizar matéria orgânica
neoformação óssea) - modular inflamação do coto periodontal e tecidos
 Propriedades ideais: das ramificações do sistema de canais
* antimicrobiana, anti-inflamatória, estimular reparo - evitar contaminação pela restauração provisória –
tecidual, prevenir ou reduzir dor, não ser irritante aos uso de selamento duplo (cotosol + CIV) TEM QUE
tecidos, difusibilidade através da dentina, começar a FAZER UM BOM SELAMENTO PRA NÃO VIRAR POLPA
agir rapidamente, longa ação, agir na presença de NECRO.
matéria orgânica, solúvel em água, uso prático, não - favorecer preparo apical – tem que favorecer
manchar os dentes e tecidos moles, baixo custo, cicatrização dessa região.
tempo de validade prolongado. - ajudar na secagem do canal
 Tipos de medicamentos: * MIC em biopulpectomia:
* voláteis: atuam a distancia, logo, usamos bem - alívio da dor em casos de urgência quando não tem
pouco dentro do canal. Não precisa entrar em contato tempo pra executar preparo do canal;
direto com as paredes do canal. - podemos usar OTOSPORIN (+ usado) ou
* cremoso: atuam por contato direto, precisamos CLOREXIDINA 2% E HIPOCLORITO***
preencher toda a extensão do canal radicular - LEMBRANDO QUE NÃO PODE USAR CLOREXIDINA
* líquidos: atuam por contato direto, precisamos COMO MIC SE VOCE IRRIGOU COM HIPOCLORITO,
preencher toda a extensão do canal radicular VICE-VERSA.
Usa-se mais cremosa e volátil. * OTOSPORIN: composto por hidrocortisona (modula
 Emprego da MIC: inflamação), sulfato de neomicina e sulfato de
* medicação preparatória: medicação rápida quando polimixina B (auxiliam na morte de m.o superficiais)
paciente ta com DOOOR E VOCE NÃO TEM TEMPO. - é um corticoide!
- POLPA VIVA: extirpa polpa, irriga um pouco e coloca * SEQUENCIA TÉCNICA EM BIO:
MIC dentro do canal  anti-inflamatório, faz - paciente chegou na clínica com dor!!!!!
vedamento e retorna daqui 24 a 48 horas - anestesia
(MEDICAÇÃO PREPARATÓRIA TEM POUCA - abertura coronária
VALIDADE!!!!!!) - isolamento absoluto SEMPREE
- POLPA NECRO: neutraliza bem os microorganismos e - irrigação/aspiração com hipoclorito de sódio
coloca MIC  antimicrobiano; pede pro paciente - remoção da polpa coronária (entra com lima, explora
voltar de 2 a 3 dias... canal, tenta desenformar a polpa e puxar para fora)
* medicação de demora: quando já instrumentou - exploração
tudo. - hemostasia (espera parar de sangrar)
- dente necro com lesão, fístula  instrumentou OK, - aplicação de MIC (otosporin) – coloca uma bolinha
lanço uma MIC de demora; pode ficar de 15 a 20 dias de algodão estéril, inunda com otosporin, coloca
ali, para matar microorganismos e estimular dentro da câmara pulpar e empurra para que a MIC
neoformação óssea na região periapical. entre dentro da câmara pulpar
 Como escolher a MIC?? - deixa a bolinha de algodão ali
- selamento provisório
- estado patológico da polpa; tempo da MIC no canal;
ISSO SE NÃO TIVER TEMPO!
fase do tratamento endodôntico;
 BIOPULPECTOMIA:  NECROPULPECTOMIA:
- tratamento em uma sessão, se possível. - dente despolpado está infectado, a infecção é o
principal problema aqui (tbm chamado de gangrena
- preocupar-se com a MODELAGEM e manutenção da
pulpar)
cadeia asséptica, impedindo contaminação
- dificuldade em se estabelecer se há necrose
- integridade da região apical
asséptica (se não tem polpa, tratar como se tivesse
- estimular reparação com formação de tecido
contaminado SEMPRE)
mineralizado
- presença de bactérias e metabólitos –
- alívio da dor
ENDOTOXINAS – gram -: são bactérias resistentes;
- prevenir dor pós-operatória com uso de
- cárie  chega na polpa  necrosa  organismo instrumentado todo o canal pois ele atua no corno
tenta se defender liberando osteoclastos  essas pulpar, e se tiver parede suja ele não vai agir. É
células reabsorvem osso ao redor da raiz (formando alcalino, pouco solúvel em água. Neutraliza meio
lesão periapical) ácido. Possui alcalinidade, bactericida, antiexsudativo,
- Logo, aqui faz o que? Limpeza + modelagem. indutor de calcificação, inibidor de reabsorção.
Medicação aqui deve ser analgésica, anti-inflamatória PRECISA DISSOLVER EM ALGO PARA QUE TENHA
e antimicrobiana. DISSOCIAÇÃO IONICA, se dissociando em ions cálcio e
- objetivos são eliminar remanescente microbiano do ions hidroxila – a hidroxila vai agir neutralizando,
preparo biomecânico, modular inflamação dos tecidos então depende de qual veiculo voce vai usar para
periapicais, remover bactérias de dentro do conduto, saber se isso vai ser rápido ou lento.
neutralizar debris teciduais, agir como barreira contra * VEÍCULOS INERTES:
infiltração da restauração provisória, ajudar a secar - aquosos: dissociação extremamente rápida (agua
exsudato persistente do canal. destilada, soro, solução anestésica) – 5 a 7 dias para
- TRICLESOL FORMALINA – FORMOCRESOL: agir; fica agindo 48h a 7 dias
* é volátil, age a distancia, extremamente irritante, - viscosos: mais lenta (glicerina, polietilenoglicol e
não usa em contato com as paredes; é um germicida propilenoglicol) – 10 – 15 dias para agir; fica agindo 21
potente, neutraliza os m.o e fixa as células, estaciona dias
atividade das bactérias; bactericida contra - oleoso: óleo de oliva – 30 dias; fica agindo 6 meses
anaeróbios; formaldeído e cresol; PORÉM, quanto mais tempo demora pra agir, mais
* SEQUÊNCIA TÉCNICA EM NECRO – quando não dá tempo fica agindo.
tempo em uma única sessão * VEÍCULOS BIOLOGICAMENTE ATIVOS:
- anestesia - PMCC, clorexidina e o iodeto de potássio iodetado.
- abertura coronária * COMO COLOCAR O HIDRÓXIDO DE CÁLCIO:
- isolamento absoluto (IRRIGA ANTES DE ENTRAR COM - movimentos de vaivém; com instrumentos
LIMA, pois aqui tem m.o, neutraliza o máximo antes) endodônticos; sentido horário (lentulo); sistema Calen
- exploração do canal por TERÇOS – seringa + agulha 27G longa; Ultracall
- irrigação e aspiração com hipoclorito de sódio - LÊNTULO: coloca na baixa, gira caneta pra direita,
- secagem do canal com cone de papel absorvente envolve a pasta no lentulo, entra no conduto e ativa
- preencher câmara pulpar com clorexidina gel 2% ou dentro do conduto (3mm aquém do CRT) e sai com ela
hipoclorito 2,5% OU uma bolinha de algodão estéril acionada
com formocresol, uma gota, seca e coloca na câmara - Pasta de hidróxido de cálcio Calen: hidróxido de
pulpar cálcio p.a 2,5g; óxido de zinco 1g; colofonia 0,05g;
- selamento provisório DUPLO polietileno glicol 400 1,75mL;
- aqui não fazemos preparo apical ainda... * QUANDO USO HIDRÓXIDO DE CALCIO? Quando
- é aconselhável sempre deixar uma MIC. tiver com canal radicular modelado, ter aplicado EDTA
* Outras medicações: e o canal estiver seco.
- Paramonoclorofenal canforado (PMCC): em necro, - preencho com hidróxido de cálcio e sempre depois
altamente citotóxico, hoje utilizamos somente dele eu coloco uma bolinha de algodão estéril seca, só
associado a outro medicamento (hidróxido de cálcio), para fazer uma barreira com o curativo selador. Posso
tem baixa tensão superficial e elevada colocar guta e cimento provisório caso tenha medo de
penetrabilidade, não neutraliza produtos tóxicos, infiltrar.
grande odor e sabor, não atua no LPS bacteriano
- Clorexidina: tanto em bio quanto necro. Alta CANAL Biopulpectomia Necropulpectomia
obturar OU
substantividade, ação antimicrobiana imediata, amplo Ca(OH)2 + PMCC OU
Totalmente colocar Ca (OH)2
espectro antimicrobiano, não tóxico; clorexidina + clorexidina gel OU
instrumentado OU colocar
Ultracall
hipoclorito forma PARACLOROANILINA, substancia clorexidina gel
marrom!! Para neutralizar hipoclorito para depois Triclesol Formalina
Parcialmente
Otosporin OU Hipoclorito OU
usar clorexidina, ou vice versa, usa difosfato de sódio. instrumentado Clorexidina
- Hidróxido de cálcio: a melhor. Usar depois de ter
 BIO – CANAL PARCIALMENTE regredindo)
INSTRUMENTADO: * dente com tratamento endodôntico realizado e
- bolinha estéril inundada com Otosporin + Cotosol e sintomático
IRM ou Cotosol + CIV (tira tudo na segunda sessão) * obturação dos canais radiculares expostas ao meio
 BIO – CANAL COMPLETAMENTE bucal (quando o curativo cai e fica exposto ao meio
INSTRUMENTADO: bucal)
- instrumentei mas não deu tempo de obturar...  OBJETIVOS: realizar uma terapia endodôntica, a
hidróxido de cálcio + algodão + selamento fim de tornar o dente tratado novamente funcional e
confortável, permitindo reparo completo das
Na 2ª sessão tira o hidróxido de cálcio com lima estruturas de suporte.
memória e hipoclorito, passa EDTA, prova cone  FORMAS DE RETRATAMENTO:
e obtura. * retratamento convencional (não cirúrgico): abre o
 NECRO – CANAL NÃO INSTRUMENTADO: canal, desobtura, acha novamente o CT,
- bolinha de algodão estéril com formocresol OU reinstrumenta, escalona de novo e obtura.
inundar o canal com hipoclorito ou clorexidina E fazer * retratamento cirúrgico: descola tecido, posso
selamento. descontaminar só curetando, ou fazendo
 NECRO – CANAL TOTALMENTE retropreparo, ou retroobturando...
INSTRUMENTADO:  ANÁLISE a partir de critérios radiográficos e
- remoção da smear layer com EDTA, remove com clínicos.
hipoclorito, remove hipoclorito com soro, seca com - observar tipo de restauração presente, a qualidade
cone de papel absorvente e preenche com hidróxido da obturação, iatrogenias (degraus, perfurações,
de cálcio + PMCC – ENTEROCOCUS FECALIS só morre instrumentos fraturados, reabsorções),
com PMCC junto. sintomatologia e edema...
 Posso ter também o HIPG, que é hidróxido de - em um dente com ENDO, precisamos analisar sinais,
cálcio + iodofórmio (dá radiopacidade) + paramono sintomas e periodonto. Quando tiver um insucesso,
(melhora atividade antimicrobiana) + glicerina; usa 3 vou observar se dá pra acessar o canal  se der, faz
partes de hidróxido de cálcio para 1 parte de retratamento. Se não der, opta pela cirurgia
iodofórmio + glicerina + PMCC em partes iguais (não paraendodontica.
usar iodofórmio quando for em anterior, pq escure  FALHAS ENDODÔNTICAS:
coroa) – usa mais quando não se vê progresso quando * desinfecção incompleta
usou MIC na primeira sessão. * obturação deficiente do S.C.R
- aplicação com aspiral lêntulo, entra com ela * existência de rarefação apical pré-operatória
acionada. * restauração coronária deficiente
 Material Selador Provisório: sempre duplo.  MICROORGANISMOS:
- cotosol + CIV - infecção mista (até 5 espécies) composta
- cotosol + IRM principalmente por bactérias gram + sem predomínio
- cotosol + resina estrito de estritos ou facultativos
- CIV + resina - geralmente aeróbias; a + comum é a E. fecallis.
- ela não morre com hidróxido de cálcio, só morre
RETRATAMENTO ENDODÔNTICO com limpeza, limagem e irrigação com hipoclorito.
- também tem a CANDIDA.
- quando necessita de intervenção endodôntica em
 SELAMENTO CORONÁRIO é importante para
dente que já foi tratado.
não recontaminar
 INDICAÇÕES PARA RETRATAMENTO:
- depois de 30 dias exposto ao meio bucal 
* falhas durante obturação
RETRATA.
* presença de obturação que não preencha cavidade
 SEQUÊNCIA:
radicular tridimensionalmente
- remoção da restauração coronária: quando tiver só
* existência de lesão periapical (sempre perguntar
uma, remove com uma broca esférica;
quando o paciente fez o canal, pois a lesão pode estar
- remoção de retentores intrarradiculares; quando
tem pino e coroa, tento remover coroa com saca oleoso, amarelado e com odor característico,
prótese; quando tem dente multirradicular, alternativa eficaz para clorofórmio, é melhor que o
geralmente corta a coroa para conseguir remover eucaliptol, eficaz na dissolução de canais selado com
coroa e pino; corte da coroa com broca transmetais; óxido de zinco e eugenol, citotóxico.
remoção do pino com ajuda do ultrassom para vibrar; 5. Endosolv E: indicado para remover cimento a base
geralmente quando tem PFV, entra desgastando com de óxido de zinco e eugenol e tem eficiência relativa
uma ponta de ultrassom fina e com microscópio; 6. Endosolv R: indicado para material a base de resina
- remoção do material obturador do canal radicular fenólica, exemplo, guta
(80 a 90% da obturação é guta. Quando da presa com  CONSIDERAÇÕES FINAIS:
o cimento, forma um material bem endurecido. * selecionar de acordo com facilidade de obtenção,
Muitas vezes precisamos de solvente para ajudar. eficiência, risco ao paciente e profissional, facilidade
- reinstrumentação do canal radicular de armazenamento e custo.
- medicação intracanal * clorofórmio e xilol são agentes depressores do
- obturação do canal radicular sistema cardiovascular, neurotóxicos, carcinogênicos.
* para remover todo solvente do canal, irrigar com
Geralmente a lima usada para retratar é bem álcool e depois soro.
mais calibrosa
 RISCOS DO RETRATAMENTO:
 SOLVENTES:
* fratura da coroa ou raiz, enfraquecimento ou
- tem capacidade de dissolver outra substancia, são
perfuração das paredes do canal radicular, criação de
tóxicos, não usar se possível. POUCA QUANTIDADEEE
irregularidades na parede do canal, fratura de
- comecei a desobturar, não to conseguindo descer,
instrumentos, afrouxamento com necessidade de
coloco 2 gotinhas do solvente na entrada do conduto
substituição de uma coroa protética previamente
e espero 2 minutos, entro com a lima tentando
adaptada;
remvoer a guta.
 TÉCNICA DE RETRATAMENTO:
- não usa solvente em terço apical, pois pode
* canal ta obturado! Posso colocar um pouco de
extravasar
solvente.
* requisitos: ação rápida, ser inócuo aos tecidos
* começa com broca GG ou lima Hedstroem
periapicais, ter odor agradável e ser atóxico ao
* vai com GG 1 e 2 até onde ela vai, sempre trabalhar
profissional, paciente e meio ambiente, agir
com Gattes livre no canal// lima> movimento ¼ a ½ de
diminuindo força para penetração do instrumento na
volta com pressão delicada;
massa obturadora, prevenir desvios e degraus;
* desobturei terço cervical e médio assim, no apical
SEU USO PODE FORMAR UMA PASTA QUE IMPREGNA
geralmente não precisa de solvente.
NAS PAREDES DO CANAL E QUE É DIFICIL DE TIRAR.
* entra com lima #20, #25... realiza nova
* solventes usados na endo:
odontometria para achar CRT.
1. Clorofórmio: é o MELHOR, porém é extremamente
* a partir do CRT, realizar preparo químico e mecânico
irritante, citotóxico e agressivo. É líquido,
* Lima inicial + 3 limas no CRT
transparente, volátil, de odor característico e sabor
* Escalonamento regressivo
açucarado, pouco solúvel em água, tóxico e não
* radiografa para ver se retirou tudo
biocompatível com tecidos periapicais, pode ser fatal
se aspirado ou inalado em dose excessiva, causa
DIAGNÓSTICO
irritação a pele, olhos e trato respiratório.
2. Xilol: líquido, límpido, odor semelhante ao - os primeiros sintomas de uma resposta inflamatória
benzeno, insolúvel em água e solúvel em álcool. pulpar é o aumento da pressão ali na câmara pulpar,
3. Eucaliptol: é o + fraco, só que + biocompatível; gerando dor.
líquido incolor, com essência de eucalipto, insolúvel - a polpa tende a aumentar de tamanho por causa da
em agua, não tem potencial cancerígeno, exibe efeito vasodilatação aumentada, mas não consegue porque
antisséptico e propriedades anti-inflamatórias, só que está envolta de tecidos duros, e isso gera dor.
é menos efetivo como solvente de guta... não  Mecanismo de defesa da polpa: esclerose
consegue dissolver bem cimentos resinosos. dentinária, dentina terciária e inflamação pulpar
4. Óleo de casca de laranja: é cristalino, denso, (quando os mecanismos de defesa são ultrapassados)
 Etiologia da inflamação e dor pulpar:  Correto diagnóstico: sintomotalogia, dados
* Microbianos: cárie dentária. O + comum, para semiológicos, avaliação radiográfica
produzir uma resposta inflamatória, precisa de  Anamnese: técnica do interrogatório, analisar a
microbiota específica + dieta cariogênica queixa principal e as características dessa dor
* Físicos: mecânicos e/ou térmicos. Exemplo> preparo * quando apareceu? Onde localiza? O que estimula ou
cavitário TEM QUE TER REFRIGERAÇÃO diminui a dor? Qual a frequência? Qual a intensidade?
* Químicos: agentes do sistema adesivo, materiais de  Inspeção:
cimentação, ataque ácido * extra oral: analisar simetria facial
* Fisiológicos: alterações dimensionais * exame objetivo: descobrir de onde está vindo a dor
* Envelhecimento: alterações estruturais - aspectos radiográficos: analisar profundidade de
A AGRESSÃO É ACUMULATIVA... se a polpa tiver restauração... cárie...
capacidade de reversibilidade, posso fazer um  Palpação: verificar presença de fístula,
tratamento conservador vermelhidão; apalpar região do dente suspeito e do
vizinho
 Percussão:
com um cabo do
espelho ou dedo
mesmo, pressionar
contra o dente
horizontalmente e
verticalmente e questionar o paciente qual a
intensidade da dor de 0 a 10.
A percussão vertical positiva tem sido associada à
inflamação de origem endodôntica; enquanto a dor
relacionada com percussão horizontal diz respeito a
alterações periodontais.
 Teste de vitalidade
pulpar:
* teste a frio: bolinha de
algodão + gás + isolamento
relativo. Seca bem a coroa,
aplica no dente suspeito e no
dente vizinho. Só vai dar
negativo se tiver necro.
* teste ao calor: faz o de calor
quando não tem resposta nos
outros testes anteriores... isolamento relativo +
vaselina no dente. Aquece uma guta e encosta no
dente suspeito e no dente vizinho.
 Teste de cavidade: abertura coronária sem
anestesia; se tiver polpa viva, o paciente vai sentir.
 Interpretação da dor pelo paciente:
- “de 0 a 10, qual intensidade de dor voce está
sentindo?”
- ou pedir para o paciente levantar o braço quando
sentir dor e ir abaixando conforme vai diminuindo.
 Diagnóstico em Endodontia:
 1. POLPA NORMAL:
* ausência de cárie, periodontopatias ou trauma periodontal
oclusal; * palpação apical e percussão podem ser + ou –
* apresenta dor provocada por frio ou calor que logo
cai em declínio quando tira estímulo
* teste a palpação apical -
* teste a percussão -
* transiluminação normal (róseo)
* a radiografia periapical apresenta-se dentros dos
padrões de normalidade
* não precisa de analgésico
 2. PULPITE REVERSÍVEL: apresenta
sintomatologia provocada de resposta um pouco +
intensa que a polpa normal.
* dor provocada no frio e quente que cessa
* dor sempre PROVOCADA, nunca espontânea.
* palpação apical e percussão: -
* radiografia: normal
* não necessita de analgésico
* quando faz acesso, apresenta sangramento ao
* quando acessada, apresenta sangramento intenso
toque, abundante e vermelho rutinante; resistente ao
ou ausente, escuro ou muito claro, consistência
corte, tem consistência.
pastosa ou liquefeita... QUANDO TÁ INDO PRA
* nesses casos, faz um tratamento conservador em
NECROSE, sangue + escuro
que a polpa consegue se reparar sozinha depois a
* tratamento: biopulpectomia – modelagem e
partir de células mesenquimais!
manutenção da cadeia asséptica
- tratamento conservador: proteção pulpar direta,
 5. PULPITE IRREVERSÍVEL ASSINTOMÁTICA:
proteção pulpar indireta e pulpotomia.
* polpa está inflamada, incapaz de reparar, porém
 3. FASE DE TRANSIÇÃO: pulpite em fase de
não tem queixa dolorosa.
transição, quando passa da reversível para
* pode ocorrer dor moderada, intermitente ou por
irreversível;
compressão
- dor provocada com declínio + lento – frio, quente
 6. PÓLIPO PULPAR:
- palpação apical/percussão: + ou -
pode estar relacionado a
- radiografia normal
pulpite irreversível
- analgésico surte efeito
assintomática;
 4. PULPITE IRREVERSÍVEL SINTOMÁTICA:
* resposta + ao teste de
polpa é incapaz de se recuperar e retornar a higidez
sensibilidade, sangra ao
após remoção dos fatores que levaram a esta
toque, dor du;rante mastigação, polpa resistente ao
condição inflamatória, indicando o tratamento
corte.
endodôntico não conservador: pulpectomia (tira toda
- exemplo: cárie profunda em contato com câmara
polpa) ou pulpotomia quando indicada (tira polpa
pulpar  inflamar tecido pulpar e esse tecido
coronária)
consegue aumentar de tamanho pq não tem limites.
* dor espontânea, quando provocada demora mais
* tratamento: tratamento radical (pulpectomia) ou
para cessar; frio e calor
analisar rizogênese incompleta, analisar canais
* dor irradiada
radiculares (pulpotomia)
* pode sentir dor no frio e aliviar no calor (apenas
 7. REABSORÇÃO RADICULAR INTERNA:
inflamada) ou vice-versa (encaminhando pra necrose)
Alteração vásculo/celular da polpa, através de uma
* dor pode ser paroxística – dor de maior intensidade;
atividade elástica que pode determinar uma
as vezes sente dor até ao se deitar.
reabsorção dos tecidos duros adjacentes (dentina),
* radiografia normal ou ligeiro espessamento
avançando do centro para a periferia.
* resposta inflamatória em que há formação de
dentinoblastos dentro da cavidade pulpar; essas  10. PERIODONTITE APICAL CRÔNICA
células vao reabsorvendo dentina de dentro pra fora, (PERICEMENTITE CRÔNICA):
acontece em decorrência de agressão muito rápida e - odontoalgia ausente; dor discreta ou ausente nos
intensa (ex trauma). tecidos periapicais; testes de sensibilidade negativos
* tratamento: biopulpectomia nas necroses; palpação/percussão pouco sensível;
* coroa fica rosada e radiograficamente observa radiografia espessamento do LP e também pode ter
destruição de dentina de dentro pra fora; se lesão...
comunicar meio externo e interno, provavelmente é LESÃO PERIAPICAL NA RADIOGRAFIA  NÃO É
EXO. PULPITE
 8. NECROSE PULPAR: A PARTIR DAQUI PODE EVOLUIR PARA ABSCESSO OU
* odontalgia ausente, dor vem dos tecidos PERICEMENTITE AGUDA... tudo pode evoluir
periapicais!!!!!!! - isso depende do número, resistência e microbiota
* testes de sensibilidade negativos predominante...
* palpação e percussão pode ser + ou - - bactérias AERÓBIAS em processos agudos
* radiografia normal OU com espessamento OU com - bactérias ANAERÓBIAS em processos crônicos
lesão periapical - Infecção, produtos tóxicos, contaminação
* dente + escuro microbiana acontecendo, tenho uma resposta
* teste de cavidade SEMPREEE NEGATIVO inflamatória acontecendo que pode ser AGUDA OU
 9. PERIODONTITE APICAL AGUDA CRONICA acontecendo ali que depende de número,
(PERICEMENTITE): microbiota e resistência. Se for crônica, leva a lesão
- inflamação aguda nos tecidos periapicais periapical (houve uma reabsorção óssea). A partir
- odontalgia ausente; dor nos tecidos periapicais daqui pode ficar crônico, por anos, ou algum
- palpação e percussão bem sensível momento virar agudo e evoluir pra um abscesso...
- “dente crescido”  11. ABSCESSOS PERIAPICAIS:
- radiografia pode ter discreto espessamento do - é uma cavidade formada por paredes de tecido
espaço periodontal fibrótico ou de granulação que contém pus em seu
dividida em: interior;
* bacteriana  AUMENTA PROLIFERAÇÃO - agudo – com sintomas/ crônico – sem sintomas
microbiana... tem resposta inflamatória ali... teste de - tem três fases:
sensibilidade aqui é negativo. Acesso – neutraliza * intra-óssea: dor espontânea, localizada e intensa...
canal – remove m.o por terços – irriga sempreee – vai extrusão dental, não tem vitalidade pulpar, não tem
pro terço médio – irriga – apical com margem de edema, sensível ao toque, exame radiográfico
segurança – desbridamento foraminal – medicação pequena valia.
(formocresol) – selamento duplo; posso entrar com * subperiostal: dor espontânea, DIFUSA, intensa;
analgésico e anti-inflamatório caso necessário extrusão dental, sensível ao toque, não tem vitalidade
* traumática: contato prematuro a longo prazo, pulpar, edema duro sem ponto de flutuação – coleção
ocasionando agressão; testes de sensibilidade dão purulenta tá bem difusa, pode ter envolvimento
positivo, não tem necrose!!; faz ajuste oclusal, entra sistêmico...
com analgésico e anti-inflamatório. PODE CAMINHAR * submucosa/supraperiostal: dor pouco intensa,
PARA NECROSE... extrusão dental, sensível ao toque, não tem vitalidade
* química: exemplo quando extravasa hipoclorito... pulpar, edema com ponto de flutuação, exame radiog
remove medicação intracanal – irrigação abundante de pouca valia, pode ter envolvimento sistêmico
com soro – nova medicação – analgésico e anti-
inflamatório – acompanhamento
DIANTE DISSO, pode encaminhar para (1)
pericementite apical crônica (2) reparo (3) abscesso
dentoalveolar agudo
* ABSCESSO AGUDO: processo inflamatório agudo,
caracterizado pela formação de pus que afeta os
tecidos que envolvem a região apical; EVOLUÇÃO
RÁPIDA e dor VIOLENTA.
- passa por aquelas 3 fases;
 abscesso intra-ósseo: abertura coronária –
neutralização progressiva coroa/ápice –
desbridamento foraminal – drenagem via canal –
formocresol – selamento coronário
 abscesso sub-periostal: posso drenar via canal ou
fazer incisão na mucosa e drenar por ela.
 abscesso submucoso: drena por mucosa pq tem
ponto de flutuação
(QUANDO TEM TRATAMENTO SISTEMICO... entra com
antibiótico, quando não tem, apenas analgésico e
anti-inflamatório)
* ABSCESSO CRÔNICO: formação de pus se da
lentamente... pode estar acompanhado de fístula (faz
mapeamento de fístula)
- odontalgia ausente, dor vem dos tecidos periapicais,
testes de sensibilidade dão negativo, não tem tanta
dor, radiografia sempre vai ter uma radiolucidez
apical;
- tratamento: não precisa drenar fístula pq já está
drenando. Acesso – abertura coronária –
neutralização por terços – se tiver tempo> continua;
se não tiver> formocresol! NA SEGUNDA SESSÃO:
preparo cervical/médio – odontometria – preparo
apical – hidróxido de cálcio PARA VER FECHAR
FÍSTULA. depois de um tempo obtura.
* ABSCESSO FÊNIX: quando agudiza o crônico!!! Passa
por aquelas 3 fases bem rápido... AQUI TEM LESÃO
PERIAPICAL, AGUDO NÃO.
- tratamento: intervir via canal

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