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Memória da 4ª Reunião Ordinária do Consultivo Conjunto do Monumento Natural Municipal

da Galheta e do Parque Natural Municipal Lagoa do Jacaré das Dunas do Santinho (CC-
GALSAN), realizada no dia 22/11/2018, quinta-feira, às 18h30min, na Escola Básica Maria
Tomázia Coelho (Estrada Vereador Onildo Lemos, 1409 – Ingleses). A Reunião teve como
pauta:

1. Leitura da memória da reunião ordinária anterior;

2. Apresentações do breve histórico e objetivo das associações interessadas em representação


no CC-GALSAN,

3. Análise da planilha e nomeação dos membros representantes de acordo com os critérios de


elegibilidade apontados pela FLORAM para formação do CC-GALSAN;

O presidente João Paulo Rocha Netto, Biólogo - DEPUC/FLORAM deu início aos trabalhos
apresentando o painel metodológico para o qual adotou-se como referência a metodologia do
ICMBio; posteriormente apresentou o acordo de convivência e os assuntos para a pauta do
dia.

Após, houve a leitura da memória da 3ª reunião ordinária, aprovada por unanimidade.


Conforme deliberado na reunião anterior, foram iniciadas as apresentações das entidades que
pleiteiam vaga no CC-GALSAN.

Inicialmente, a Associação Amigos da Galheta relatou sobre a criação da entidade, sobre os


conflitos da realização das atividades de naturismo na Praia da Galheta, que envolveram até
mesmo violência física contra um dos praticantes, e sobre a aprovação da Lei do Naturismo na
Câmara de Vereadores. A associação publicou um livro, uma cópia foi entregue ao presidente
do CC-GALSAN.

Dando seguimento às apresentações, o Instituto Socioambiental da Praia do Santinho - ISAS fez


um histórico sobre as ações em prol da criação do Parque Natural Municipal Lagoa do jacaré
das Dunas do Santinho (PNMLJDS), que remonta há quase duas décadas. O ISAS foi criado no
início de 2016 a partir do Movimento Eu Sou Jacaré Poio, que teve papel fundamental na
criação do PNMLJDS, no estabelecimento do CC-GALSAN e em diversas outras atividades de
educação ambiental e preservação que vem sendo desenvolvidas na área.

A APRENDER Entidade Ecológica também fez um histórico das suas ações voltadas para a
preservação ambiental em toda a ilha de Santa Catarina, e em específico, na Praia do Santinho,
tendo sido uma das primeiras entidades a fazer um abaixo assinado para a proteção da área,
além de ter realizado outras ações como o Curso de Cidadania Ambiental para a comunidade.
A APRENDER também teve papel fundamental na constituição do CC-GALSAN e do PNMLJDS,
redigindo em conjunto com a FLORAM o relatório que embasou o projeto de lei que criou a
UC.

O Projeto Route, ONG criada por frequentadores da Praia Mole, apresentou um panorama
geral das suas atividades ao redor do mundo voltadas para a limpeza de praias, educação
ambiental e manejo de resíduos plásticos.

O Engenho do Zé relatou sobre a atuação na Praia do Santinho, sendo um espaço aberto para
a comunidade compartilhar as suas atividades diversas, desde Yoga, teatro, reuniões, até
festas. O engenho é um dos fortes defensores da manutenção da qualidade socioambiental da
praia, fazendo parte do Movimento Eu Sou Jacaré Poio e tendo realizado diversas
manifestações, como o Ocupa a Rua no chamado “terrenão” e a “Invasão dos Prédios”.

A ACASI – Associação de Pescadores do Canto Sul dos Ingleses deu um breve relato sobre a
defesa da ancestralidade e da preservação ambiental das Praias do Santinho e Ingleses.

A Associação de Pescadores da Fortaleza da Barra falou sobre o seu histórico, tendo sido criada
em 2014 a partir da necessidade de organização da comunidade de pesca e do resgate da
história dos antepassados. Foram citados conflitos em relação ao uso da praia, especialmente
em relação a prática do naturismo, que segundo a associação, precisa ser ordenado. Também
foi citado o problema com a invasão dos pinus.

A Federação Catarinense de Paramotor, usuária do território na Praia do Santinho, passou um


vídeo feito no sobrevoo da área do PNMLJDS, delineando o que pode ser feito em conjunto
para alcançar a preservação da área.

Voltando para o contexto da Praia da Galheta, a Associação de Moradores do Retiro da Lagoa


explicou que muitos dos proprietários da associação têm terrenos que seguem até a Galheta e
por isso, são diretamente interessados no CC-GALSAN. Foi relatado o histórico de ativismo
ambiental da associação, incluindo o Movimento SOS Gravatá, e a forte atuação no meio
jurídico através de contato com Ministério Público e outros órgãos. A associação solicitou
maior integração entre o Departamento de Unidades de Conservação e o Departamento de
Fiscalização da FLORAM.

O IMMA comentou que suas atividades começaram em 2002 e relatou conflitos, pois o Parque
da Galheta – que posteriormente foi recategorizado como Monumento Natural – foi criado em
área de propriedade privada das famílias locais. O Instituto também descreveu o seu trabalho
de caráter arqueológico e histórico.

O UC da Ilha apresentou a sua finalidade e fez um apanhado de todos os programas e projetos


desenvolvidos ao longo da Ilha de SC, como as ações junto a comunidade da RESEX Pirajubaé.
A ONG também deu forte apoio a criação do PNMLJDS.

O Instituto Çarakura descreveu a sua missão, histórico institucional e ações voltadas para a
disseminação da agroecologia, permacultura, restauração ecológica, compostagem, educação
ambiental e afins.

O Espaço AVIVA, um ambiente holístico localizado no canto esquerdo da Praia Mole,


apresentou o seu histórico e ações atuais que envolvem atividades diversas, como a realização
de eventos e a restauração ambiental do terreno que se encontra 80% dentro do Monumento
Natural da Galheta.

Finalizadas as apresentações, a pauta seguiu para a questão do preenchimento das vagas para
o CC-GALSAN. Diversas falas foram feitas no sentido de não excluir ninguém interessado em
participar e de que todos os presentes deveriam ter cadeiras no CC-GALSAN considerando que
foi esclarecido na reunião passada que este seria o momento de definir esta questão.

O Senhor Mauro Manoel da Costa, do DEPUC, comentou que a paridade em relação aos órgãos
públicos havia sido alcançada já que oito órgãos públicos estão representados.

Hans questionou a possibilidade de separar o CC-GALSAN. Porém, foi lembrado de que o CC-
GALSAN foi criado conjunto para viabilizar o mesmo considerando as condições atuais dos
órgãos públicos. Mauro comentou sobre a possibilidade de no futuro realizar Assembleias
Gerais mais espaçadas e criar grupos de trabalho para lidar com questões específicas.

A discussão sobre a definição das vagas prosseguiu intensamente, com sugestões de que as
instituições que não estiveram presentes nesta reunião pudessem se integrar ao CC-GALSAN
de alguma forma e que fosse deliberado pela inclusão de todos os presentes.

João leu o quantitativo das reuniões esclarecendo que defende que a decisão seja postergada
para uma próxima reunião que seria realizada em breve.

As manifestações dos presentes foram enfáticas no sentido da deliberação imediata. Mauro


ponderou sobre as apresentações e que todas as entidades concordaram que estão somando,
sem o desejo de exclusão.

Mario ponderou que a decisão não precisa ser tomada tão logo e que as outras ações de
anseio dos presentes poderiam ser levadas em paralelo. Porém, Mauro avaliou que o coletivo
constituído é muito importante para os presentes e também para o órgão público, além de
que para editar a portaria ainda em 2018 é necessário definir o mais breve possível.

Valeria sugeriu maior protagonismo e menos burocracia para o fortalecimento do CC-GALSAN.

João leu a planilha contendo as entidades que pleiteiam cadeira no CC-GALSAN, verificando
presença e interesse. Vinte e seis entidades foram listadas e farão parte do CC-GALSAN.

A próxima pauta foi a definição da data da reunião seguinte. Considerando que três reuniões já
haviam sido realizadas no camping do Parque do Rio Vermelho, foi definido o dia 06 de
dezembro na Escola Maria Tomázia, na Praia do Santinho, às 18:30.

Considerando o avanço do horário, às 21:15 foi encerrada a reunião.

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