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Poder Judiciário do Estado de Minas Gerais

PJe - Processo Judicial Eletrônico

18/03/2021

Número: 5004111-98.2021.8.13.0702
Classe: [CÍVEL] MANDADO DE SEGURANÇA CÍVEL
Órgão julgador: 3ª Vara da Fazenda Pública e Autarquias da Comarca de Uberlândia
Última distribuição : 24/02/2021
Valor da causa: R$ 1.000,00
Assuntos: Abuso de Poder
Segredo de justiça? NÃO
Justiça gratuita? SIM
Pedido de liminar ou antecipação de tutela? SIM
Partes Advogados
ANDERSON ALFREDO ALVES DE BARROS (IMPETRANTE)
RICIERY SIMOES FARIA ROSSI (ADVOGADO)
ESTADO DE MINAS GERAIS (IMPETRADO)
CORONEL PM FERNANDO MARCOS DOS REIS
(IMPETRADO)

Outros participantes
PROCURADORIA GERAL DE JUSTICA DE MINAS GERAIS
(FISCAL DA LEI)
APOIO COMUNITARIO RESIDENCIAL EIRELI (TERCEIRO
INTERESSADO)
Documentos
Id. Data da Documento Tipo
Assinatura
253056642 02/03/2021 Decisão Decisão
0 14:01
PODER JUDICIÁRIO DO ESTADO DE MINAS GERAIS

Justiça de Primeira Instância

Comarca de UBERLâNDIA / 3ª Vara da Fazenda Pública e Autarquias da Comarca de Uberlândia

PROCESSO Nº: 5004111-98.2021.8.13.0702

CLASSE: [CÍVEL] MANDADO DE SEGURANÇA CÍVEL (120)

ASSUNTO: [Abuso de Poder]

IMPETRANTE: ANDERSON ALFREDO ALVES DE BARROS

IMPETRADO: CORONEL PM FERNANDO MARCOS DOS REIS

DECISÃO

Vistos.

Trata-se o processado de MANDADO DE SEGURANÇA impetrado por ANDERSON ALFREDO

Número do documento: 21030214011587300002527028875


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ALVES DE BARROS, contra ato praticado pelo COMANDANTE GERAL DA NONA REGIÃO DE
POLÍCIA MILITAR, Senhor Coronel Fernando Marcos dos Reis, pugnando, liminarmente, pela imediata
suspensão de qualquer atividade ou atitude que possa embaraçar o Impetrante de exercer regularmente sua
profissão de profissional de apoio comunitário e vigia noturno desarmado.

Sustenta o Impetrante, em resumo: que é proprietário de empresa de vigilância na cidade de


Araguari/MG, cujo objeto é a prestação de serviço de apoio comunitário, serviço de vigia noturno
desarmado e zeladoria comercial e residencial; que tal atividade não configura ronda ostensiva, apoio
tático ou outros procedimentos e atos exclusivos das autoridades de Segurança Pública regularmente
constituídas; que no dia 11 de fevereiro, conduzia sua motocicleta em momento de deslocamento entre
um cliente e outro, quando foi abordado pela PM, onde foi dito que o Impetrante praticava usurpação de
função pública e estava em desacordo com a lei 7.102/1983; que nesta abordagem sua motocicleta foi
apreendida; que está sendo coagido em seu direito de livre iniciativa pelos fatos aludidos, em especial
pelo ato coator do Cel. Fernando Marcos dos Reis, uma vez ser o mesmo, dentro da cadeia de Comando
da Polícia Militar, o responsável pelas ações de seus subordinados na cidade de Araguari/MG.

É o escorço.

DECIDO.

Inicialmente, vejo que o pedido de justiça gratuita do Impetrante merece ser acolhido, vez que no REDS
juntado ao ID 233522141 consta que o Impetrante aufere renda mensal entre R$ 1.100,00 a 1.200,00,
somando-se ainda o fato de que o autor encontra-se atualmente privado do exercício de sua profissão, ante
a ato coator objeto da demanda.

É cediço que o deferimento da medida liminar em sede de mandado de segurança tem como pressupostos
a relevância do fundamento invocado e o perigo da decisão se tornar inócua se a segurança for concedida
apenas ao final da demanda.

Dissertando sobre os requisitos legais para a concessão da liminar, ensina Cassio Scarpinella Bueno, in
verbis:

O inciso III do art. 7º da nova lei, repetindo o que constava do inciso II do art. 7º da Lei n. 1.533/1951,
prevê a viabilidade de o magistrado conceder liminar em favor do impetrante, quando houver fundamento
relevante e do ato impugnado puder resultar a ineficácia da medida, caso seja finalmente deferida.
Fundamento relevante faz as vezes do que, no âmbito do processo cautelar, é descrito pela expressão
fumus boni iuris e do que, no âmbito do dever-poder geral de antecipação, é descrito pela expressão prova
inequívoca da verossimilhança da alegação. Todas essas expressões a par da peculiaridade procedimental
do mandado de segurança, devem ser entendidas como significativas de que, para a concessão da liminar,
o impetrante deverá convencer o magistrado de que é portador de melhores razões que a parte contrária;
que o ato coator é, ao que tudo indica, realmente abusivo ou ilegal. Isto é tanto mais importante em
mandado de segurança porque a petição inicial, com os seus respectivos documentos de instrução, é a
oportunidade única que o impetrante tem para convencer o magistrado, ressalvadas situações excepcionais
como a que vem expressa no §1º do art. 6º da nova Lei (v. n. o, supra), de que é merecedor da tutela
jurisdicional. A ineficácia da medida, caso seja finalmente deferida, é expressão que deve ser entendida
da mesma forma que a consagrada expressão latina periculum in mora, perigo na demora da prestação
jurisdicional. No mandado de segurança, dado o seu comando constitucional de perseguir in natura a
tutela do direito ameaçado ou violado por ato abusivo ou ilegal, é tanto maior a ineficácia da medida na
exata proporção em que o tempo de seu procedimento, posto que bastante enxuto, não tenha condições de
assegurar o proferimento de sentença apta a tutela suficiente e adequadamente o direito tal qual venha a
reconhecer.[1]

Neste norte, devem ser verificados, em linha de princípio, a existência dos requisitos: do fumus boni iuris,

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repousando a fumaça do bom direito na relevância do fundamento; e do periculum in mora, consistindo o
perigo da demora na possibilidade de o tempo prejudicar a eficácia da medida, se ao final vier a ser
concedida a ordem impetrada.

No caso em tela, pretende o Impetrante que a autoridade coatora se se abstenha de qualquer ato que possa
embaraçar o postulante de exercer a atividade de vigia noturno desarmado, na cidade de Araguari/MG.

Compulsando os autos, verifico que os documentos encartados pelo Impetrante demonstram, em sede de
cognição sumária, que há uma conduta reiterada da autoridade coatora em enquadrar a atividade prestada
pelo Impetrante naquelas regulamentadas pela Lei nº 7.102/83, autuando o respectivo autor do fato pelo
delito de usurpação de função pública, sob o fundamento de que a função de polícia ostensiva e de
manutenção da ordem pública constitui atribuição própria da polícia militar.

O Boletim de Ocorrência juntado nos autos (ID 233522141), demonstram o exercício desta conduta pela
Polícia Militar de Araguari/MG, subordinada ao comando do Impetrado. Ademais, as ações e decisões
colacionadas à exordial, demonstram a reiteração desta prática em casos similares, havendo indícios,
portanto, de que se trata de uma diretriz institucionalizada, ao menos neste Comando Regional da Polícia
Militar (ID’s 2335221415/2335221422/2335221423).

Consta também nos autos as informações prestadas pelo próprio Impetrado no ano de 2018 (ID
2335221416), afirmando, em síntese: que a prestação de serviço de vigilância desarmada não encontra
amparo legal; que há necessidade de autorização pelo Departamento da Polícia Federal; que o Policial
Militar é quem tem o papel de prover a segurança pública através de policiamento ostensivo, sugerindo,
ao final, a cessação de tal prática.

De acordo com a exordial e demais documentos juntados, a atividade prestada pelo Impetrante, através de
sua empresa, relaciona-se à prestação de serviço de vigilância noturna desarmada comercial e residencial,
consistindo, em síntese, na guarda e vigia de imóveis e comércios em bairros da cidade de Araguari/MG,
após contratação pelos moradores e comerciantes dessas localidades.

Noto que apesar do respeitável trabalho da Polícia Militar, observo, em sede liminar, que a atividade
prestada pelo Impetrante é legal e regular, além de não configurar usurpação de função pública. Isto p
orque, conforme posicionamento dos Tribunais Superiores e Tribunais Estaduais, a Lei nº 7.102/83,
utilizada como fundamento da irregularidade das atividades prestadas pelo Impetrante, tem aplicação
somente às empresas que prestam serviços de segurança e vigilância ostensiva a instituições financeiras e
de transporte de valores, não sendo aplicável às empresas ou pessoas físicas que se dedicam a atividades
de vigilância residencial ou comercial, sem a utilização de arma de fogo.

A respeito, trago a lume julgado do Colendo Superior Tribunal de Justiça, in verbis:

ADMINISTRATIVO. AUTORIZAÇÃO. EMPRESA DE SEGURANÇA QUE NÃO UTILIZA ARMA


DE FOGO. DESNECESSIDADE. ACÓRDÃO OBJETO DO RECURSO ESPECIAL EM
DISSONÂNCIA COM A JURISPRUDÊNCIA DESTA CORTE. I - Conforme destacado pelo Tribunal
a quo, o recorrente presta serviços de segurança física desarmada, fora do âmbito de prestação de
serviços de segurança de instituições financeiras ou transporte de valores, onde, via de regra, a
segurança é armada. Não é possível ampliar o alcance da norma em apreço, haja vista que prevê
infrações e penalidades, devendo a sua interpretação ser efetuada de forma restritiva. III - Esse é o
entendimento pacificado no âmbito da Primeira Seção, no sentido de que é legal o funcionamento
das empresas de segurança privada que não utilizam arma de fogo, com vigilância comercial ou
residencial, sem a obrigação de autorização da Polícia Federal para tanto. Nesse sentido, os
seguintes precedentes desta Corte:AgInt no REsp 1592577/RS, Rel. Ministro HUMBERTO MARTINS,
SEGUNDA TURMA, julgado em 04/08/2016, DJe 17/08/2016; STJ, REsp 1.252.143/SP, Rel. Ministro
MAURO CAMPBELL MARQUES, SEGUNDA TURMA, DJe de 03/08/2011; STJ, AgRg no REsp
1.172.692/SP, Rel. Ministro HUMBERTO MARTINS, SEGUNDA TURMA, DJe de 30/03/2010; AgRg
no REsp 1148714/SC, Rel. Ministra ASSUSETE MAGALHÃES, SEGUNDA TURMA, julgado em

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24/03/2015, DJe 07/04/2015 IV - Agravo interno improvido. (AgInt no REsp 1628347/RS, Rel. Ministro
FRANCISCO FALCÃO, SEGUNDA TURMA, julgado em 08/02/2018, DJe 14/02/2018) (Destaque
nosso)

ADMINISTRATIVO. PODER DE POLÍCIA. SUPERMERCADO. VIGILÂNCIA NÃO OSTENSIVA.


ART. 10, § 4º, DA LEI N. 7.102/83. INAPLICABILIDADE. 1. Trata-se, na origem, de mandado de
segurança impetrado para afastar as regras previstas pela Lei n. 7.102/83, que cuida especificamente de
atividades voltadas ao sistema financeiro, de modo a garantir o exercício das atividades de portaria, vigia
e fiscal de loja realizadas no interior do estabelecimento, sem armamento ou qualquer outro aparato
policial. 2. A sentença, mantida pela corte de origem, concedeu a segurança para garantir ao ora
recorrido o direito de exercer suas atividades de vigia sem a necessidade de autorização da União e
não se submeter às regras previstas na Lei n. 7.102/83 e Portaria n. 992/95-DG/DPF. 3. É pacífica a
jurisprudência no âmbito da Primeira Seção desta Corte Superior no sentido de que o disposto no
art. 10, § 4º, da Lei n. 7.102/83, aplica-se somente às empresas que, com objeto social diverso,
prestam serviços de segurança e vigilância "ostensiva" a instituições financeiras e de transporte de
valores, não se sujeitando ao referido regramento as empresas que se dedicam a atividades de
vigilância residencial ou comercial, sem a utilização de arma de fogo. Precedente. 4. Recurso especial
não provido. (REsp 1252143/SP, Rel. Ministro MAURO CAMPBELL MARQUES, SEGUNDA
TURMA, julgado em 28/06/2011, DJe 03/08/2011) (Destaque nosso)

No mesmo sentido, colaciono julgado do Egrégio Tribunal de Justiça do Estado de Minas Gerais, in
verbis:

MANDADO DE SEGURANÇA. PRELIMINAR DE ILEGITIMIDADE PASSIVA


ULTRAPASSADA.STJ. SENTENÇA CASSADA. CAUSA MADURA. INTELIGÊNCIA DO ART.
515, § 3.º, DOCÓDIGO DE PROCESSO CIVIL. VIGIA NOTURNO DESARMADO.
IMPEDIMENTOFUNDAMENTADO NA LEI FEDERAL N. 7102/83 E NO DECRETO N. 89056/83.
NORMASINAPLICÁVEIS. DIREITO CONSTITUCIONAL. LIVRE EXERCÍCIO DE TRABALHO,
OFÍCIO OUPROFISSÃO. SEGURANÇA CONCEDIDA. Consoante entendimento pacificado no
Superior Tribunal de Justiça, nos termos do artigo 6º, §3º, da Lei 12.016/09 a autoridade coatora não é
somente aquela que emitiu determinação ou ordem para certa providência administrativa ser
implementada por outra autoridade, mas também a que executa diretamente o ato. Cassada a sentença que
extinguiu o feito sem julgamento de mérito (art. 267, VI, CPC) e, presentes elementos suficientes à
conclusão acerca do mérito da impetrada, aplica-se a teoria da causa madura (artigo 515, §3º, do CPC).
Voltando-se o writ contra ato que veda o exercício da atividade de vigilante particular emanado da
Ordem de Serviço n. 004-P3 (assinado pelo Comandante do 20º BPM e executado pelo Comandante
do 3º Pelotão da PM de Jacutinga); contudo, estando tal ato fundamentado em normas inaplicáveis
à espécie (Lei Federal n. 7102/83 e Decreto n. 89.056/83), cumpre a concessão da segurança para a
autoridade impetrada se abstenha de impedir o impetrante de realizar vigilância noturna
desarmada nos bairros do Município de Jacutinga (artigo 5º, XIII da CF).> (TJMG - Apelação Cível
1.0349.08.020093-5/003, Relator(a): Des.(a) Armando Freire , 1ª CÂMARA CÍVEL, julgamento em
09/04/2013, publicação da súmula em 18/04/2013) (Destaque nosso)

Nesta senda de ideias, no sentir deste Juiz, diferentemente do que consta no REDS lavrado, ab ovo,
verifico que as atividades prestadas pelo Impetrante não se submetem às regras previstas na Lei nº
7.102/83 e Decreto nº 89.056/83, prescindindo de autorização e fiscalização da União/Polícia Federal para
o seu exercício.

Noutro giro, em sede de liminar, nos termos da jurisprudência pátria, vislumbro que também não assiste

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razão ao Impetrado quanto ao enquadramento das atividades do Impetrante como usurpação de função
pública.

Vejo que os serviços de vigilância privada desarmada atuam de forma complementar à segurança pública,
sem substituir as funções da Polícia Militar.

O fato dos chamados “vigias” desarmados realizarem rondas em vias públicas, por si só, não enseja uma
atividade de patrulhamento ostensivo, vez que objetivam apenas zelar e vigiar as residências particulares e
comércios para os quais foram contratados, limitando-se em avisar ao contratante ou mesmo à própria
Polícia Militar da ocorrência de algum fato ilícito ou suspeito.

Sobre o tema, destaco o pertinente artigo publicado pelo Dr. Rodrigo Foureaux, Juiz de direito do
Tribunal de Justiça de Goiás, Bacharel em Direito pelo entro Universitário Newton Paiva e em Ciências
Militares com ênfase em Defesa Social pela Academia de Polícia Militar de Minas Gerais e especialista
em Direito Público, intitulado “Motovigias: usurpação de função pública?”, disponível em
“https://meusitejuridico.editorajuspodivm.com.br/2019/01/19/motovigias-usurpacao-de-funcao-publica/”.

Ademais, a Constituição Federal prevê em seu artigo 5º, inciso XIII, que “É livre o exercício de qualquer
trabalho, ofício ou profissão, atendidas as qualificações profissionais que a lei estabelecer”, bem como em
seu artigo 170, parágrafo único, que “É assegurado a todos o livre exercício de qualquer atividade
econômica, independentemente de autorização de órgãos públicos, salvo nos casos previstos em lei”.

Deste modo, verifico a presença da probabilidade do direito no caso em exame.

O periculum in mora também se faz presente, tendo em vista que o Impetrante encontra-se privado de
perceber os valores provenientes de seu trabalho para seu sustento e de sua família, em razão da proibição
do desempenho de suas atividades.

Com tais considerações, DEFIRO o pedido liminar, para determinar a suspensão de qualquer atividade
ou atitude do Comando da Nona Região da Polícia Militar que possa embaraçar o Impetrante de exercer
regularmente sua profissão de profissional de apoio comunitário e vigia noturno desarmado comercial e
residencial, caso a única restrição seja pautada nos motivos que ensejaram a impetração do presente
mandamus.

Lado outro, concedo ao Impetrante os benefícios da justiça gratuita.

NOTIFIQUE-SE e intime-se a Autoridade apontada como coatora acerca desta decisão, bem como para
prestar informações no prazo legal e, dê ciência do feito ao órgão de representação judicial da pessoa
jurídica interessada, tudo na forma do art. 7º, incisos I e II, da Lei 12.016/09.

Prestadas as informações ou transcorrido o prazo para fazê-lo, vista ao Ministério Público, para
manifestar no prazo de 10 (dez) dias.

Findo o prazo, depois de tudo certificado, venham os autos conclusos para decisão.

P. I. C.

[1] Scarpinella Bueno, Cássio. A Nova Lei do Mandado de Segurança, São Paulo: Saraiva, págs. 40/41.

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ALEXANDRE MAGNO MENDES DO VALLE

Juiz(íza) de Direito

Rua Rondon Pacheco, 6130, DO Nº 4488 AO 7070 PARES, TIBERY, UBERLâNDIA - MG - CEP:
38405-142

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