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INSTRUÇÃO DE PROJETO jun/2005 1 de 19

TÍTULO

PROJETO DE TERRAPLENAGEM
ÓRGÃO

DIRETORIA DE ENGENHARIA
PALAVRAS-CHAVE

Instrução. Elaboração. Terraplenagem.


APROVAÇÃO PROCESSO

PR 009866/18/DE/2006
DOCUMENTOS DE REFERÊNCIA

ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NBR 9732. Projeto de terraplenagem - rodovias.


1987. 7 p.

DEPARTAMENTO DE ESTRADAS DE RODAGEM DO ESTADO DE SANTA CATARINA. Instrução de Ser-


viço - Projeto de terraplenagem. 1998. 6p.

DNER. Manual de implantação básica. Departamento Nacional de Estradas de Rodagem Diretoria de De-
senvolvimento Tecnológico, Divisão de Capacitação Tecnológica. Rio de Janeiro, 1996. 325 p.

OBSERVAÇÕES

REVISÃO DATA DISCRIMINAÇÃO

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ÍNDICE
1 RESUMO .......................................................................................................................................4
2 OBJETIVO.....................................................................................................................................4
3 DEFINIÇÕES.................................................................................................................................4
3.1 Limpeza de Terreno e Destocamento.........................................................................................4
3.2 Materiais de 1ª e 2ª Categorias...................................................................................................4
3.3 Material de 2ª Categoria com Escarificador...............................................................................4
3.4 Material de 2ª Categoria com Explosivos ..................................................................................4
3.5 Material de 3ª Categoria.............................................................................................................5
3.6 Aterro .........................................................................................................................................5
3.7 Solo Mole ou Material Brejoso ..................................................................................................5
3.8 Distância Média de Transporte – DMT......................................................................................5
3.9 Compensação Lateral .................................................................................................................5
3.10 Compensação Longitudinal........................................................................................................5
3.11 Grau de Compactação – GC.......................................................................................................6
3.12 Fator de Contração dos Materiais - FC ......................................................................................6
3.13 Caixa de Empréstimo .................................................................................................................6
3.14 Depósito de Material Excedente – DME....................................................................................6
4 FASES DO PROJETO ...................................................................................................................6
4.1 Estudos Preliminares ..................................................................................................................6
4.2 Projeto Básico ............................................................................................................................7
4.3 Projeto Executivo .......................................................................................................................7
5 ELABORAÇÃO DO PROJETO....................................................................................................8
5.1 Seções Transversais....................................................................................................................8
5.2 Cálculo de Áreas, Volumes, Classificação e Seleção de Materiais ...........................................8
5.3 Perfil de Distribuição de Volumes e Orientação do Movimento de Terra.................................9
6 FORMA DE APRESENTAÇÃO.................................................................................................10
6.1 Estudos Preliminares ................................................................................................................10
6.2 Projeto Básico ..........................................................................................................................10
6.3 Projeto Executivo .....................................................................................................................11
ANEXO A – MODELO DE PLANILHA DE VOLUMES .................................................................12
ANEXO B – MODELO DE QUADRO DE ORIENTAÇÃO DA TERRAPLENAGEM...................14

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ANEXO C – MODELO DE PERFIL DE DISTRIBUIÇÃO DE VOLUMES ....................................16


ANEXO D – MODELO DE PLANTA DE DISTRIBUIÇÃO DE VOLUMES..................................18

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1 RESUMO

Esta Instrução de Projeto apresenta os procedimentos, critérios e padrões a serem adotados


para a elaboração de projeto de terraplenagem de rodovias para o Departamento de Estradas
de Rodagem do Estado de São Paulo – DER/SP.

2 OBJETIVO

Definir e padronizar os procedimentos a serem adotados para elaboração de projeto de ter-


raplenagem no âmbito do DER/SP. O projeto de terraplenagem pode ser referente a situa-
ções distintas; a presente instrução será aplicável aos casos relacionados na seqüência.

- projeto de engenharia para implantação de rodovias;


- projeto de engenharia para recuperação de rodovias implantadas;
- projeto de engenharia para duplicação de rodovias.

3 DEFINIÇÕES

Para efeitos desta instrução de projeto são adotadas as seguintes definições:

3.1 Limpeza de Terreno e Destocamento

Consiste na remoção, na área a ser terraplenada, de árvores, arbustos, tocos, galhos, emara-
nhados de raízes e terra que as envolve, capim e todo material impróprio para a construção
de terraplenos. Inclui, portanto, roçada, derrubada de árvores e arbustos, destocamento, em-
pilhamento, queima, carga, transporte, descarga e espalhamento em locais definidos pelo
projeto ou pela fiscalização.

3.2 Materiais de 1ª e 2ª Categorias

Compreendem os solos em geral, as rochas em decomposição, os seixos rolados ou não,


com a dimensão máxima de 0,15 m, e, em geral, todos os materiais que podem ser escava-
dos por tratores escavo-transportadores de pneus, empurrados por tratores de esteiras de pe-
so compatível ou por escavadeiras hidráulicas.

3.3 Material de 2ª Categoria com Escarificador

Compreende as pedras soltas e rochas fraturadas, em blocos maciços de volume inferior a


0,50 m³, as rochas alteradas, exceto as incluídas na 1ª categoria, e as de resistência inferior à
da rocha sã, as rochas brandas, cuja extração exija emprego contínuo de escarificador ou
ripper.

3.4 Material de 2ª Categoria com Explosivos

Compreende os materiais de 2ª categoria cuja extração exija desmonte prévio feito com es-
carificador ou emprego descontínuo de explosivos de baixa potência.

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3.5 Material de 3ª Categoria

Compreende as rochas sãs, incluindo os matacões maciços e as rochas fraturadas com vo-
lume igual ou superior a 0,50 m³, que só possam ser extraídos após redução em blocos, e
que exijam o uso contínuo de explosivos.

3.6 Aterro

É a descarga e espalhamento de material escavado e transportado de acordo com o que dis-


põem as normas correspondentes, em camadas compactadas com espessuras definidas em
projeto, no máximo de 0,30 m. O equipamento utilizado para execução deve permitir o a-
tendimento aos critérios de projeto, obedecendo ao alinhamento, greide e seções transversais
definidos.

3.7 Solo Mole ou Material Brejoso

Solos moles ou materiais brejosos são, conforme definido em instrução de projeto referente
a estudos geotécnicos, aqueles com baixa capacidade de suporte para servirem como base de
aterros rodoviários, por serem muito compressíveis e apresentarem baixa resistência ao cisa-
lhamento conduzindo a situação de instabilidade, caso não sejam feitos tratamentos adequa-
dos. De maneira geral, os solos classificados como moles ou compressíveis são:

- argilas, orgânicas ou não, de consistência muito mole a mole, com valores de pene-
tração SPT em geral inferior a 2 golpes / 30 cm, baixa coesão, elevada umidade natu-
ral;
- turfas, comumente com elevado teor de matéria orgânica e restos vegetais que apre-
sentam baixos índices de penetração SPT, baixos valores de coesão, elevada umidade,
porém com permeabilidade bem maior que as argilas citadas acima.

3.8 Distância Média de Transporte – DMT

Distância do centro de gravidade de massa de solo, rocha ou outro material inerte a ser
transportado até o centro de gravidade do local do seu destino.

No caso de obras de ampliação de capacidade o cálculo da distância de transporte deve re-


presentar o percurso efetivo.

Empolamento é o processo de expansão volumétrica do terreno natural após o desmonte do


material. A Tabela de Preços Unitários – TPU do DER/SP já contempla empolamento mé-
dio no preço do transporte de materiais.

3.9 Compensação Lateral

É a destinação do volume de corte parcial ou total de uma seção mista ao aterro da mesma
seção, compensado transversalmente ao eixo do trecho considerado.

3.10 Compensação Longitudinal

É a destinação do volume de corte parcial ou total de um trecho ao aterro de outro trecho,


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compensado longitudinalmente ao eixo do trecho considerado, salvo nos casos de bota-fora


ou empréstimo.

3.11 Grau de Compactação – GC

É a relação entre a densidade máxima seca obtida no campo, após a compactação, e a densi-
dade máxima seca de laboratório (γdmáx), referencial de projeto em função da energia de
compactação pré-estabelecida.

3.12 Fator de Contração dos Materiais - FC

É a relação entre o volume do material no corte de origem e o volume que este mesmo ma-
terial ocupará no aterro após ser compactado. Em termos de densidade, é a relação entre as
densidades máxima seca de laboratório (γdmáx) e in situ (γd) da área de empréstimo multipli-
cada pelo grau de compactação especificado para o aterro compactado. Em muitos casos, es-
te valor resulta em 1,25, entretanto, o valor a ser efetivamente adotado depende de ensaios
realizados em cada situação.

3.13 Caixa de Empréstimo

Área destinada a prover ou complementar qualitativa e quantitativamente os materiais ne-


cessários à constituição de aterros, ao preparo de fundações, à substituição de materiais do
subleito dos cortes ou para melhorar a proteção da terraplenagem contra a erosão. Pode lo-
calizar-se dentro ou fora da faixa de domínio. A utilização da caixa de empréstimo será de
ordem econômica ou tecnológica de seleção de materiais.

3.14 Depósito de Material Excedente – DME

Área destinada ao depósito de materiais excedentes de cortes de terraplenagem ou de solos


inservíveis para reaproveitamento, tais como solos moles, de baixa capacidade de suporte,
expansivos, rochosos, de difícil trabalhabilidade etc.

4 FASES DO PROJETO

O projeto de terraplenagem deve ser elaborado em três fases:

- estudos preliminares;
- projeto básico;
- projeto executivo.

4.1 Estudos Preliminares

Os estudos geológicos e geotécnicos, a serem desenvolvidos de acordo com as Instruções de


Projeto correspondentes, devem definir os diversos tipos de materiais que serão encontrados
ao longo da rodovia, assim como as seções transversais típicas a serem adotadas, principal-
mente em relação às declividades, utilização de bermas e alturas dos taludes de cortes e ater-
ros.

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Locais potenciais para depósito de materiais excedentes, áreas de empréstimos, jazidas de


solos lateríticos, de areia e de cascalhos e pedreiras, devem ser indicados com as respectivas
capacidades de volume, além de serem projetados de acordo com instrução específica.

Nesta etapa os volumes de terraplenagem devem ser estimados e separados pelas diversas
categorias de materiais, bem como suas distâncias de transporte.

4.2 Projeto Básico

Nesta fase, os horizontes dos diversos materiais devem estar caracterizados ao longo do eixo
da via como materiais de 1ª, 2ª e 3ª categorias, solos moles, solos inadequados para aterros
ou aproveitáveis somente para corpo, isto é, núcleo, de aterros. Os materiais previstos de-
vem ser caracterizados para a finalidade pretendida.

Para cálculo de volume deve-se considerar a espessura da caixa de pavimento; nos locais em
corte deve-se adicionar o volume, enquanto que nos locais de aterro deve-se subtrair o vo-
lume em relação ao greide projetado.

Os taludes de corte e aterro definidos nos estudos preliminares devem ser reavaliados, em
função das sondagens e ensaios realizados pelos estudos geotécnicos nesta etapa.

Deve-se elaborar a movimentação dos volumes de terraplenagem, com as compensações


longitudinais. Deve ser prevista a localização dos locais de depósito de materiais excedentes
e áreas de empréstimos, se assim for necessário, de forma a atender aos aspectos geológicos,
geotécnicos, de drenagem, paisagísticos, de custo e de proteção ao meio ambiente.

Os volumes e os seus respectivos momentos de transportes devem ter grau de precisão sufi-
ciente para contratação dos serviços e devem fornecer subsídios para refinamento do projeto
executivo de geometria, visto que o projeto de terraplenagem é decorrente do projeto geo-
métrico.

4.3 Projeto Executivo

O projeto executivo deve aprofundar os estudos e melhorar o grau de detalhamento estabe-


lecido no projeto básico. Seu objetivo principal é o desenvolvimento do projeto em nível fi-
nal de engenharia, permitindo a determinação dos quantitativos e do orçamento da obra com
maior precisão e a perfeita implantação da obra.

O volume de terraplenagem deve ser calculado considerando os intervalos das áreas das se-
ções transversais no mínimo a cada 20,00 m, isto é, uma estaca, caso seja utilizado o método
dos prismas.

Tal método consiste em calcular o volume como proveniente de uma série de sólidos geo-
métricos, denominados prismóides, limitados nos extremos por faces paralelas e nas laterais
por superfícies planas. No campo, as faces paralelas correspondem às seções transversais
extremas, e as superfícies planas laterais correspondem à plataforma da estrada, aos taludes
e à superfície do terreno natural. Pode-se adotar outro método, desde que apresente precisão
semelhante ou maior a este.

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O projeto executivo de terraplenagem relativo aos volumes resulta dos parâmetros estabele-
cidos nos estudos geológicos e geotécnicos, projetos de geometria e de pavimentação.

5 ELABORAÇÃO DO PROJETO

5.1 Seções Transversais

Nas seções transversais devem constar elementos que caracterizem de forma clara os crité-
rios adotados para elaboração do projeto, tais como:

- configuração do terreno;
- configuração da plataforma, taludes, remoção de solo mole e banquetas;
- configuração dos limites de contato entre os diversos materiais encontrados e outros
elementos necessários;
- notas de serviço de plataforma acabada, consistindo de distâncias em relação a um
eixo de referência e cotas;
- áreas de corte, com as suas respectivas classificações, de aterro, da remoção e da
substituição de materiais;
- áreas para corpo de aterro, se existirem.

5.2 Cálculo de Áreas, Volumes, Classificação e Seleção de Materiais

Somente após a elaboração dos projetos de geometria, de pavimentação, dos estudos geoló-
gicos e geotécnicos deve-se calcular o volume de terraplenagem.

A camada vegetal correspondente à limpeza do terreno não deve ser computada para cálculo
de volumes, tampouco a estrutura de pavimento, passeios e edificações existentes. Quando o
projeto de pavimento especificar camada de reforço, a escavação para retirada deste material
de baixa qualidade dever ser computada no volume de corte, mas a execução da camada de
reforço deve ser quantificada e remunerada no item de pavimento. Nos trechos de obras de
arte especiais, correntes ou túneis, também se deve desconsiderar as áreas para cálculo de
volumes.

Os estudos geotécnicos devem classificar os diversos tipos de materiais encontrados nos


cortes ou empréstimos e selecioná-los para utilização em aterros. No cálculo de volumes, os
materiais de terraplenagem devem ser separados e calculados nas seguintes categorias:

- limpeza de terreno e destocamento;


- 1ª e 2ª categoria;
- 2ª categoria com escarificador;
- 2ª categoria com explosivos;
- 3ª categoria;
- solo mole.

Outras categorias de materiais podem ser encontradas, tais como material utilizável somente
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para corpo de aterro. Os volumes das compensações laterais devem ser calculados nesta
planilha de volumes.

5.2.1 Seleção de Materiais de Terraplenagem

Para seleção de materiais de terraplenagem, deve-se avaliar as características mecânicas e


físicas através dos ensaios descritos na instrução para serviços geotécnicos.

O material de aterro pode ser solo, pedregulho ou solo contendo fragmentos de rochas. Os
parâmetros de projeto são a capacidade de suporte do material e a expansão. Em princípio e
salvo outra indicação, devem ser obedecidos os seguintes valores, conforme especificação
técnica do item aterros de terraplenagem:

- aterro: no caso do corpo de aterro ser constituído por solos expansivos, SE, ou solos
expansivos saturados, SES, os metros finais do aterro da plataforma e do talude de-
vem ser executados por solos de comportamento laterítico e compactado na energia
normal do ensaio de compactação, conforme indicação de projeto, de forma a envelo-
par o corpo de aterro. Caso não se disponha de volume suficiente deste material, os
metros finais do aterro devem ser executados com solos que apresentem CBR maior
ou igual a 6%, expansão menor do que 2% e os últimos 30 cm executados por solo
selecionado de comportamento laterítico compactado na energia intermediária do en-
saio de compactação;
- corte: no caso do subleito do pavimento apresentar solos expansivos, SE, ou solos
expansivos saturados, SES, deve-se substituir o solo, na espessura mínima de 1,50 m,
constituído por solos de comportamento laterítico e compactado na energia normal do
ensaio de compactação. Caso não se disponha de volume suficiente deste material, a
substituição deverá ser executada por solos que apresentem CBR maior ou igual a
6%, expansão menor do que 1% e os últimos 30 cm executados por solo selecionado
de comportamento laterítico compactado na energia intermediária do ensaio de com-
pactação.

5.2.2 Determinação do Fator de Contração dos Materiais

Os ensaios para determinação da densidade in situ ou natural devem ser realizados de acor-
do com a metodologia preconizada na instrução de projeto referente a serviços geotécnicos.

5.3 Perfil de Distribuição de Volumes e Orientação do Movimento de Terra

A distribuição teórica do material escavado deve definir a origem e o destino dos materiais
envolvidos na terraplenagem, considerando seus volumes, as classificações e as distâncias
médias de transporte, através da elaboração do diagrama de Bruckner.

Esta distribuição deve fornecer a solução mais econômica sob o ponto de vista da distância
média de transporte e aproveitamento dos materiais dos cortes, considerando o percurso
possível dos equipamentos de transporte de terraplenagem. No caso de travessia de rio ou
via férrea, por exemplo, deve-se avaliar se é possível realizar a transposição do material a-
través de ponte ou viaduto existente ou se é necessário contornar o obstáculo, aumentando a
distância a ser percorrida.

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6 FORMA DE APRESENTAÇÃO

6.1 Estudos Preliminares

Nesta fase deve-se estimar e apresentar os volumes totais de terraplenagem, com suas res-
pectivas classificações, bem como a indicação dos locais para depósito de materiais exce-
dentes e das áreas de empréstimos, com a estimativa dos seus volumes e caracterização geo-
lógica e táctil visual dos solos feita por geólogo ou geotécnico de campo. Deve-se estimar e
apresentar os momentos de transporte no relatório técnico correspondente.

6.2 Projeto Básico

6.2.1 Memorial Descritivo

O memorial descritivo deve conter os critérios adotados para a elaboração do projeto de ter-
raplenagem, abrangendo pelo menos os seguintes dados:

- resumo de limpeza e destocamento;


- resumo dos volumes escavados, distribuídos por categoria;
- distância média de transporte, DMT, do trecho;
- fator de contração dos materiais;
- localização dos depósitos de materiais excedentes e das áreas de empréstimos.

6.2.2 Memorial de Cálculo

O memorial de cálculo deve apresentar no mínimo os seguintes elementos:

- distribuição de transporte resumida;


- planilha de volumes resumida;
- planilha de áreas de limpeza e destocamento.

6.2.3 Seções-Tipo

Todas as seções-tipo representativas devem ser desenhadas na escala 1:100 ou outra escala
estabelecida em comum acordo com a fiscalização do DER/SP. Devem ainda indicar o deta-
lhamento das banquetas, bermas, taludes de corte e aterro nas diversas situações. Deve-se
adotar os modelos dos projetos padrões de geometria.

6.2.4 Planilha de Quantidades

As quantidades de terraplenagem devem ser apresentadas conforme o caderno de serviço do


DER/SP vigente à época da elaboração dos projetos.

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6.3 Projeto Executivo

6.3.1 Memorial Descritivo

Deve conter as diretrizes adotadas no projeto básico, abrangendo no mínimo os mesmos tó-
picos mencionados no item 6.2.1. Devem ser destacadas e justificadas as eventuais altera-
ções nos parâmetros.

6.3.2 Memorial de Cálculo

No projeto executivo, o memorial de cálculo deve apresentar no mínimo os seguintes docu-


mentos:

- planilha de volumes (Q04), classificados por categoria, conforme modelo do Ane-


xo A;
- quadro de orientação de terraplenagem (Q05), conforme modelo do Anexo B;
- perfil de distribuição de volumes (Q03), conforme diagrama de Bruckner e modelo
do Anexo C;
- quadro de caracterização dos solos.

As distâncias médias de transporte, DMTs, bem como os trechos de compensação longitu-


dinal, áreas de depósito de materiais excedentes e caixas de empréstimo devem ser definidos
através da elaboração do diagrama de Bruckner, apresentado em desenho formato A-1, utili-
zando a mesma escala horizontal das plantas de distribuição de volumes, 1:5000 ou outra
escala aprovada, e escala vertical compatível com os volumes movimentados em cada tre-
cho. Em geral, utiliza-se 1 cm = 1000 m3, podendo ser adotada outra escala desde que apro-
vada pelo DER/SP. Em ambos os casos estas devem estar consignadas.

6.3.3 Plantas do Projeto Executivo

Os desenhos de plantas de distribuição de volumes (Q02) devem ser apresentados preferen-


cialmente em formato A-1, na escala 1:5000 ou outra escala aprovada e de acordo com o
quadro de orientação de terraplenagem (Q05). Tais desenhos devem ser elaborados confor-
me modelo do Anexo D.

6.3.4 Planilha de Quantidades

Para levantamento de quantidades deve-se seguir o mesmo critério adotado no projeto bási-
co, acrescentando os resultados obtidos com a elaboração do diagrama de Bruckner e a ca-
racterização e classificação completa dos solos.

_____________

/ANEXO A

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ANEXO A – MODELO DE PLANILHA DE VOLUMES

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EMITENTE CÓDIGO
MC-SP0000XXX-XXX.XXX-000-Q04/001
XXXXXX EMISSÃO REV.
SET/2006 A

Área (m2) Volumes (m3)


Distância
Corte Corte Ordenada de
Estaca média Material Material Reaterro Aterro
Reaterro Aterro Reaterro Aterro massas
(m) 1a. e 2a. Cat. c/ 2a. Cat. c/ brejoso 1a. e 2a. Cat. c/ 2a. Cat. c/ brejoso Empolado Empolado
3a. Cat. 3a. Cat.
2a.Cat. Escarificador Explosivos 2a.Cat. Escarificador Explosivos

2467 + 0,000 23,7 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0


10,00 476 0 0 0 0 0 0 0 0
2468 + 0,000 23,9 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 476
10,00 507 0 0 0 0 0 0 0 0
2469 + 0,000 26,8 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 983
10,00 531 0 0 0 0 0 3 0 4
2470 + 0,000 26,3 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,3 1510
10,00 508 0 0 0 0 0 7 0 9
2471 + 0,000 24,5 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,4 2009
5,08 257 0 0 0 0 0 2 0 3
2471 + 10,170 26,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 2263
4,92 264 0 0 0 0 0 0 0 0
2472 + 0,000 27,8 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 2527
10,00 536 0 0 0 0 0 0 0 0
2473 + 0,000 25,8 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 3063
10,00 614 0 0 0 0 0 0 0 0
2474 + 0,000 35,6 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 3677
10,00 584 0 0 0 0 0 0 0 0
INSTRUÇÃO DE PROJETO (CONTINUAÇÃO)

2475 + 0,000 22,8 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 4261
10,00 463 0 0 0 0 0 0 0 0
2476 + 0,000 23,5 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 4724
5,69 243 0 0 0 0 0 0 0 0
2476 + 11,377 19,2 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 4967

_____________
4,31 128 0 0 0 0 0 18 0 23
2477 + 0,000 10,4 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 4,2 5072
10,00 212 0 0 0 0 0 145 0 181
2478 + 0,000 10,8 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 10,3 5103
10,00 289 0 0 0 0 0 204 0 255
2479 + 0,000 18,1 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 10,1 5137
10,00 382 0 0 0 0 0 200 0 250
CÓDIGO

EMISSÃO

2480 + 0,000 20,1 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 9,9 5269
10,00 372 0 0 0 0 0 152 0 190
2481 + 0,000 17,1 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 5,3 5451
10,00 291 0 0 0 0 0 115 0 144
2482 + 0,000 12,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 6,2 5598
10,00 228 0 0 0 0 0 135 0 169
2483 + 0,000 10,8 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 7,3 5657
10,00 211 0 0 0 0 0 210 0 263
jun/2005

2484 + 0,000 10,3 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 13,7 5605
10,00 199 0 0 0 0 0 330 0 413
2485 + 0,000 9,6 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 19,3 5391
10,00 183 0 0 0 0 0 407 0 509
IP-DE-Q00/001

2486 + 0,000 8,7 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 21,4 5065
10,00 208 0 0 0 0 0 433 0 541

Notas: Espessura da camada de limpeza considerada e = 30 cm


Fator de contração fc = 1,25
FOLHA
REV.

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/ANEXO B
CÓDIGO REV.

IP-DE-Q00/001 A
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INSTRUÇÃO DE PROJETO (CONTINUAÇÃO) jun/2005 14 de 19

ANEXO B – MODELO DE QUADRO DE ORIENTAÇÃO DA TERRAPLENAGEM

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comercial.
comercial.
EMITENTE CÓDIGO
MC-SP0000XXX-XXX.XXX-000-Q05/001
XXXXXX EMISSÃO REV.
SET/2006 A
QUADRO DE ORIENTAÇÃO DE TERRAPLENAGEM - TRECHO:
Procedência do Material Dist.de transporte Momento de transporte Destino do Material
De estaca a estaca Corte Escav Empres Volume (m³) até 1km > 1km até 1km > 1km Aterro DME OBSERVAÇÕES
Aterro entre Estacas
(ou local) o a a a o
n (1) (2) 1 cat 2 cat 3 cat Mat.Brej. (km) (km) (km) (km) n (ou local)

2.599 + 6,66 a 2.607 + 0,00 801 443 0,02 8,86 0,00 807 2.599 + 6,66 a 2.607 + 0,00 Compensação Lateral

2.600 + 11,92 a 2.614 + 0,00 801 1498 0,20 299,60 0,00 808 2.614 + 0,00 a 2.622 + 0,00 Compensação Longitudinal

2.614 + 0,00 a 2.627 + 0,00 801 271 0,02 5,42 0,00 808 2.614 + 0,00 a 2.627 + 0,00 Compensação Lateral

2.622 + 0,00 a 2.636 + 0,00 801 894 0,19 169,86 0,00 809 2.636 + 0,00 a 2.639 + 4,63 Compensação Longitudinal

2.630 + 0,00 a 2.661 + 0,00 801 1044 0,02 20,88 0,00 809 2.630 + 0,00 a 2.661 + 0,00 Compensação Lateral

2.642 + 0,00 a 2.644 + 11,57 801 141 0,05 7,05 0,00 809 2.640 + 9,25 a 2.642 + 0,00 Compensação Longitudinal

2.645 + 0,00 a 2.646 + 0,44 801 7 0,02 0,14 0,00 809 2.644 + 11,57 a 2.645 + 0,00 Compensação Longitudinal

2.646 + 0,44 a 2.646 + 13,21 801 29 0,02 0,58 0,00 809 2.646 + 13,21 a 2.646 + 18,53 Compensação Longitudinal

2.659 + 0,00 a 2.663 + 1,09 801 3554 0,22 781,88 0,00 809 2.646 + 18,53 a 2.659 + 0,00 Compensação Longitudinal
INSTRUÇÃO DE PROJETO (CONTINUAÇÃO)

2.663 + 1,09 a 2.663 + 5,20 801 495 0,48 237,60 0,00 809 2.639 + 4,63 a 2.640 + 9,25 Compensação Longitudinal

2.672 + 12,40 a 2.683 + 0,00 801 7835 0,22 1.723,70 0,00 810/Ra2 2.683 + 0,00 a 2.689 + 14,42 Compensação Longitudinal

_____________
2.672 + 10,02 a 2.672 + 12,40 801 190 0,36 68,40 0,00 810 2.689 + 14,42 a 2.691 + 0,00 Compensação Longitudinal

2.683 + 0,00 a 2.695 + 0,00 801 412 0,02 8,24 0,00 810 2.683 + 0,00 a 2.695 + 0,00 Compensação Lateral

2.694 + 0,00 a 2.702 + 0,00 801 2121 0,09 190,89 0,00 810/Ra3 2.691 + 0,00 a 2.694 + 0,00 Compensação Longitudinal

2.663 + 5,20 a 2.672 + 10,02 801 12948 1,28 0,00 16.573,44 km 76+200 (LD)
BF-6
CÓDIGO

EMISSÃO

2.705 + 0,00 a 2.711 + 9,84 804 844 0,32 270,08 0,00 810/Ra3 2.691 + 0,00 a 2.694 + 0,00 Compensação Longitudinal

2.683 + 0,00 a 2.689 + 14,42 Rm2 5293 0,92 4.869,56 0,00 km 76+200 (LD)
BF-6
2.691 + 0,00 a 2.694 + 0,00 Rm3 877 1,12 0,00 982,24 km 76+200 (LD)
BF-6
2.701 + 0,00 a 2.707 + 0,00 802 4804 1,52 0,00 7.302,08 km 79+000 (LD)
BF-7
jun/2005

TOTAL 32726 3 8663 24858


NOTAS: - Fator de correção corte/aterro fc= 1,25.
- Distância máxima para compensação longitudinal DMTmáx=20km
IP-DE-Q00/001

- Distância média de transporte para compensação lateral DMT= 0,02km


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INSTRUÇÃO DE PROJETO (CONTINUAÇÃO) jun/2005 16 de 19

ANEXO C – MODELO DE PERFIL DE DISTRIBUIÇÃO DE VOLUMES

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INSTRUÇÃO DE PROJETO (CONTINUAÇÃO) jun/2005 18 de 19

ANEXO D – MODELO DE PLANTA DE DISTRIBUIÇÃO DE VOLUMES

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