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Os dias bons estão aí a chegar, mas como antigamente faziam para saber se ia fazer

bom tempo? Se há coisa que os portugueses não falham é na criação de objetos que
envolvem originalidade e inteligência. O Galo do Tempo é uma peça decorativa típica
de Portugal com função higroscópica, uma palavra que resulta da junção de dois
termos gregos “hygrós” (húmido) e “skopen” (observar). Mas e agora como este galo
funciona? Este objeto baseia-se num equilíbrio químico que envolve a substância que
reveste o galo, isto é, sal de cobalto, ou melhor, cloreto de cobalto(II). Em dias quentes
(temperatura alta) o equilíbrio da reação desloca-se no sentido da reação que absorve
calor (endotérmica). O galo ficará azul, o que significa que irá fazer calor. 

Já em dias frios, a temperatura baixa faz com que o equilíbrio seja deslocado no
sentido da reação que liberta calor (exotérmica). Nesse caso, o galo do tempo ficará
rosa, ou seja, irá ser um dia frio.

O cinza aparece quando a humidade é tal que existem quantidades aproximadamente


iguais dos compostos azul e rosa.  Por isso, o cloreto de cobalto é usado na fabricação
de alguns tipos de cartões indicadores de humidade. Eles servem, por exemplo, para
garantir que as embalagens de produtos eletrónicos que foram armazenadas de forma
apropriada, em ambiente livre de humidade, antes da venda. Apesar de o galo do
tempo não ser um bom meteorologista, ele consegue apenas regista as variações do
clima no momento, mas não consegue prever as variações que ocorrerão no futuro, o
mais divertido é observá-lo e ver a magia da química acontecer.

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