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O que é ensaio de dureza?

Ensaio de Dureza

O ensaio de dureza ensaio de dureza é um método utilizado para


avaliação dessa propriedade mecânica (dureza) muito utilizada na
especificação de materiais nas empresas de diversos segmentos da
indústria. Ele é utilizado para atender 3 objetivos:

1 - Ter um conhecimento aproximado da resistência mecânica de um


determinado material;

2 - Inspecionar o resultado de um tratamento térmico;

3 - Avaliar a resistência ao desgaste por abrasão e desgaste por


erosão dos  materiais.

O ensaio de dureza é considerado um ensaio não destrutivo. Ele deixa


uma pequena marca na peça que não compromete o seu
desempenho técnico e é um dios ensaios mecânicos mais populares
nas indústrias.

Existem diversos meios de realizar o ensaio de dureza. Atualmente, o


método mais utilizado é o por penetração, no qual uma carga é
realizada por um determinado período de tempo sobre um penetrador.
A dureza é avaliada através da deformação deixada na superfície da
peça.

Aqui na Rijeza, realizamos os seguintes ensaios de dureza:

1 - Dureza Vickers, da qual, método leva-se em conta a relação ideal


entre o diâmetro da esfera do penetrador Brinell e o diâmetro da calota
esférica obtida, utilizando ainda outro tipo de penetrador, que
possibilita medir qualquer valor de dureza, incluindo desde os
materiais mais duros até os mais moles. 

2 - Dureza Rockwell, este método de ensaio apresenta algumas


vantagens em relação ensaio de dureza Brinell, pois permite avaliar
a dureza de metais diversos, desde os mais moles até os mais duros.

3 - Dureza Brinell, que comprime-se lentamente uma esfera de aço


temperado sobre uma superfície plana, polida e limpa de um metal,
por meio de uma carga, durante certo tempo, produzindo uma calota
esférica.

4 - DurezaKnoop, que é utilizado para a medição de dureza sobre


áreas muito pequenas, micro-dureza, na qual um penetrador
de diamante, com formato piramidal, é pressionado contra uma
superfície devidamente polida.

Utilizamos essas medições para avaliar e comparar o resultado dos


nossos revestimentos, assim como para o desenvolvimento de novas
ligas para o mercado

O que é ensaio de tração?


O ensaio de tração consiste em  aplicar
uma força uniaxial no material, tendendo-o a alongá-lo até o
momento de sua fratura. Os CPs (corpos de prova) na maioria das
vezes são circulares podendo também serem retangulares. O corpo
de prova (sempre padronizado por normas técnicas) é fixado pelas
suas extremidades nas garras de fixação da máquina de tração. O
corpo de prova é então submetido a um esforço, aplicando uma carga
gradativa e registrando cada valor de força correspondente a um
diferente tipo de alongamento do material (alongamento este medido
por um extensomêtro como mostra a figura). O ensaio termina
quando o material se rompe. Para efeitos de reduzir as diferenças
entre as dimensões de diferentes corpos de prova, utiliza-se o
conceito de tensão convencional ou tensão de engenharia definido
por:

σ = F / Ao

Onde, temos que:+++

 F = Força aplicada
 Ao = Área da seção transversal do corpo (antes da aplicação da
carga)

Já a deformação sofrida pelo Cp pode ser calculada em função do


alongamento sofrido durante o ensaio.

ε =  (L f- Lo) / Lo

 Lf= Comprimento final


 Lo=Comprimento inicial

Os resultados obtidos através do ensaio de tração são “plotados”


(fornecidos pela própria máquina de ensaio) em um gráfico chamado
de tensão x deformação (σ x ε).
A partir da análise do diagrama Tensão x Deformação, podemos
destacar pontos importantes que merecem ser estudados.

Fase elástica: É a fase  na qual o material recupera  suas dimensões


originais após a retirada dos esforços externos sobre ele. A fase
elástica obedece a Lei de Hooke representada algebricamente por  σ
= E. ε .  O “E” representado na fórmula é denominado de módulo de
elasticidade ou módulo de Young. É a resistência mecânica do
material  ou rigidez. O módulo de elasticidade pode ser obtido através
da inclinação da reta na fase elástica.

Limite de Proporcionalidade: É o limite no qual as tensões são


diretamente proporcionais as deformações.

Escoamento: Inicio da deformação plástica, consiste propriamente


dito em um grande alongamento do material sem acréscimo
significativo de carga ,com oscilações na velocidade de deformação.

Fase plástica: É a fase a partir do qual  o material sofre um


deformação permanente (não consegue recuperar suas dimensões
originais após a retirada das cargas).

Limite de resistência: Corresponde à máxima tensão que o


material suporta sem romper-se. É calculada por:

LR = Fmáx/So

 Fmáx = Carga máxima aplicada no material


 So = Área da seção inicial do corpo de prova.

Limite de ruptura: Correspondente ao ponto de fratura do material.


É importante saber que quando o material é submetido a uma tensão
máxima suportada, logo em seguida observamos um decréscimo de
carga, ou seja, o limite de ruptura é inferior ao limite de resistência,
uma vez que o material sofre uma redução de sua área, denominado
de estricção. A estricção pode ser calculada pela redução percentual
de área (RA%) por:

RA% = (Ao-Af)/Ao

Onde;

 Ao = Área da secção transversal inicial do material


 Af= Área da secção transversal final do material

A figura abaixo demonstra duas características importantes de um


corpo que foi ensaiado por tração; seu alongamento e sua redução de
área.
O que é ensaio de impacto?

Ensaio mecânico: Impacto


Características

O ensaio de impacto consiste em submeter um corpo de prova entalhado, padronizado, a


uma flexão provocada por impacto por um martelo pendular; este tipo de ensaio permite
determinar a energia utilizada na deformação e ruptura do corpo de prova, que é a medida da
diferença entre a altura inicial do pêndulo h e a altura máxima atingida após a ruptura do
corpo de prova h’. Quanto menor for a energia absorvida, mais frágil será o comportamento
do material àquela solicitação dinâmica.

Aplicação

O ensaio de impacto é largamente utilizado na avaliação do comportamento frágil dos


materiais, porém, a significação e a interpretação são limitadas; por essa razão, o ensaio deve-
se restringir à comparação de materiais ensaiados nas mesmas condições.

Os componentes das tensões triaxiais presentes no corpo de prova durante o ensaio não
podem ser medidos satisfatoriamente porque dependem de diversos fatores; dessa maneira,
não é possível relacionar a energia absorvida pelo corpo de prova com o comportamento do
metal a um choque qualquer, o que somente aconteceria se a peça inteira fosse ensaiada nas
condições de trabalho.

Corpo de prova

O corpo de prova é entalhado para permitir a localização da fratura e produzir um estado


triaxial de tensões. Os corpos de prova geralmente utilizados para a realização do ensaio de
impacto são: corpo de prova Charpy e corpo de prova Izod, ambos especificados pela norma
ASTM E23.

corpo de prova Charpy

Os corpos de prova Charpy são classificados em tipo A, B e C, com secção quadrada de


10mm, comprimento de 55mm e entalhes no centro do corpo de prova.

O tipo A tem o entalhe na forma de V, o tipo B na forma de buraco de fechadura e o tipo C


na forma de U. Os corpos de prova Charpy sào simplesmente apoiados, de maneira
centralizada; a distância entre apoios é de 40 mm.

corpo de prova Izod

O corpo de prova Izod tem secção quadrada de 10mm, comprimento de 75mm, entalhe a
uma distância de 28mm de uma das extremidades, em forma de V. É engastado na sua parte
maior, e o entalhe fica próximo ao ponto de engaste.
Os corpos de prova com entalhes mais agudos ou mais profundos, como é caso dos corpos
Izod e Charpy tipo A, sào utilizados para mostrar a diferença de energias absorvidas nos
ensaios de metais mais dúcteis, pois têm a tendência de propiciar fraturas frágeis.

Para ensaios de materiais frágeis, como é o caso do ferro fundido e de metais fundidos sob
pressão, os corpos de prova geralmente não necessitam do entalhe. A usinagem do entalhe
pode ser feita por meio de brochadeira, plaina ou fresadora, e o seu perfil deve ser controlado
por um projetor de perfil.

corpos de prova reduzidos

No caso de materiais cujas dimensões nào permitem a confecção de corpos de prova


normais, é possível retirar os corpos de prova reduzidos que constam do método E 23 da
ASTM.
 

retirada do corpo de prova

As normas especificam o local de retirada dos corpos de prova, sua orientação e a direção
para a confecção do entalhe, que implicam alterações significativas nos resultados do ensaio.

Preparação para o ensaio

Alguns cuidados devem ser tomados quando da execução do ensaio de impacto. Por
exemplo, antes do início do ensaio, a máquina deve ser verificada por meio de uma oscilação
livre do pêndulo, de modo que o pêndulo liberado em queda livre indique uma energia nula no
mostrador da máquina. Se após este procedimento o mostrador registrar algum valor de
energia, este valor deve ser subtraído do resultado obtido durante o ensaio com corpo de
prova. A aferição da máquina é feita segundo os requisitos completos apresentados pela
norma E 23.

temperatura

Os ensaios de impacto são normalmente especificados para baixas temperaturas, porém


podem ser realizados também sob temperaturas ambientes ou até sob temperaturas
superiores à do ambiente.

No caso de baixa temperatura, utilizam-se água ou gelo seco, solventes orgânicos,


nitrogênio líquido ou gases frios, nos quais os corpos de prova devem ser mantidos sob
temperatura especificada por no mínimo cinco minutos em meio líquido e 60 minutos em
meio gasoso.

Os corpos de prova a serem ensaiados sob temperaturas elevadas devem, de preferência,


ser imersos em óleo agitado ou outro banho líquido adequado, onde devem ser mantidos pelo
menos por dez minutos antes do ensaio; em caso de utilização de forno, os corpos de prova
devem permanecer no forno pelo menos durante 60 minutos antes de ensaiar.

 
para um resultado mais confiável, recomenda-se a realização de pelo menos três ensaios
com corpos de prova do mesmo tipo, dimensões e orientação, retirados do material a ser
ensaiado

Nesses dois casos em que a temperatura de ensaio é diferente da ambiente, os corpos de


prova devem ser introduzidos na máquina e rompidos em no máximo cinco segundos para que
não haja variação significativa da temperatura; além disso, o meio de aquecimento ou
resfriamento deve conter um sistema de homogenização da temperatura.

influência da temperatura

Existe uma faixa de temperatura, denominada temperatura de transição, em que a energia


absorvida cai apreciavelmente, em especial nos metais do sistema cúbico de corpo centrado
(ccc), como por exemplo os aços ferríticos. Acima dessa temperatura de transição, os corpos
de prova rompem por um mecanismo de cizalhamento, requerendo absorção de maior
quantidade de energia, ao passo que abaixo dessa temperatura o mecanismo de rompimento
frágil é de clivagem, onde a absorção de energia é muito menor.

temperatura de transição

A temperatura de transição é bastante influenciada pelo tamanho do corpo de prova,


geometria do entalhe, composição química do metal e tamanho de grão ferrítico. Os metais de
estrutura cúbica de faces centradas (cfc), como por exemplo os aços inoxidáveis austeníticos,
oferecem maior resistência à fratura por clivagem, e por isso não apresentam mudança brusca
de comportamento.

Equipamento

O equipamentodoensaioé basicamente constituído de um pêndulo que é solto em queda


livre de uma altura fixada, um local de apoio do corpo de prova e um sistema de medição,
constituído de um mostradorcom escala graduada; este mostrador permite determinar a
energia absorvida para romper o corpo de prova, por meio da diferença entre a altura inicial e
a altura final atingida pelo pêndulo.

A energia absorvida pelo corpo de prova pode ser expressa em Kgmf/m (quilograma-força
por metro) ou Lb/ft (libra por pé ) ou J (Joule).

calibração

As máquinas em uso constante devem ser calibradas em períodos de 12 meses ou a


qualquer período quando houver dúvidas quanto aos resultados obtidos nos ensaios
realizados.

Avaliação dos resultados

A avaliação dos resultados do ensaio devem estar de acordo com a norma de especificação
do ensaio na qual são definidos os valores mínimos aceitáveis para considerar os ensaios como
aprovados. De um modo geral, a avaliação do ensaio é feita através do valor de energia
absorvida nos corpos de prova ensaiados, que é lida no mostrador da máquina; do percentual
de cizalhamento, que é função da área da porção da fratura que tem aspecto brilhante; e da
expansão lateral, que é o acréscimo da face oposta ao entalhe, na direção do próprio entalhe,
após a ruptura do corpo de prova.

o ensaio de impacto por flexão do corpo de prova é normalizado pela ASTM E23

 Para que servem os ensaios


mecânicos?

PARA QUE SERVEM OS ENSAIOS MECÂNICOS?

Prever o comportamento dos materiais em situações reais de trabalho


certamente irá evitar muitos problemas futuros. E é exatamente essa a função
dos ensaios mecânicos. Eles servem para que possamos identificar as
propriedades dos materiais de modo a saber se eles terão desempenho
satisfatório quando utilizados, quais as cargas máximas que podem suportar e
suas vidas úteis.

Os principais ensaios mecânicos utilizados são:

 Tração;
 Impacto;
 Flexão;
 Dureza;

Cada um desses ensaios permite obter um conhecimento melhor sobre o


material e suas propriedades e, com isso, fazer uma análise de riscos ao
descobrir e prevenir possíveis rupturas que podem ocorrer durante o uso do
produto. E as consequências disso são o aumento da segurança no trabalho
pois evita problemas estruturais e uma redução dos custos devidos à falhas
que ocorreriam se não houvesse o conhecimento do material.
TRAÇÃO
Técnica que submete um corpo de prova a um esforço que vai alongá-lo até
sua ruptura (ensaio destrutivo) e traz como resultado o máximo esforço que o
material pode suportar sem que ocorra a falha.

FLEXÃO

Ensaio que permite determinar as propriedades de resistência e flexão e da


elasticidade dos materiais e mede a capacidade do material de resistir ao
momento fletor.

IMPACTO
Submete o corpo de prova a uma flexão provocada por impacto de um martelo
pendular e permite determinar a energia necessária para romper ou deformar
determinado material (tenacidade).

DUREZA
É um ensaio não destrutivo que permite determinar a resistência do material a
penetração de uma ponta quando aplicada uma carga e traz como resultado a
dureza do material de acordo com uma escala comparativa.

O que é penetrador? E onde é usado?


PENETRADOR PARA ENSAIO DE DUREZA
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A Dimas é Referência Nacional na fabricação de Penetrador para Ensaio de


Dureza e é a única empresa nacional que aprova esse item na calibração
RBC!!!

Visão Geral

Os penetradores produzidos pela DIMAS, são confeccionados rigorosamente dentro das


normas ISO/NBR/ASTM, fabricamos penetradores para todas as marcas de durômetros
existentes, tanto de bancada como os automáticos de produção.

A precisão de nossos equipamentos calibrados dentro das normas RBC e padrões de dureza
certificados pelo NIST/NAMAS, garantem a qualidade reconhecida no mercado nacional e
internacional.
Características Gerais

O ensaio de dureza é realizado em alguns materiais, a fim de que o utilizador possa ter
conhecimento de informações como vigor ao desgaste, resistência à tração e mecânica e
controle de qualidade. A dureza é uma particularidade mecânica, utilizada em pesquisas e
estudos de metalúrgicas, mecânicas, indústrias de tratamentos superficiais, vidros, laminados,
etc.

Tipos de ensaios de dureza

Existem três modos de realizar o ensaio de dureza são eles: por risco, por choque e por
penetração. O método por penetração é o mais utilizado atualmente, o feito por choque é
chamado de ensaio de dureza Shore e o feito por risco é conhecido por MOHS.

Tipos de penetradores de ensaio


Falando em penetrador para ensaio de dureza pode-se dizer que existem três principais tipos
diferentes da ferramenta, conheça:
 Penetrador para ensaio de dureza Brinell: Melhor método para realizar medição da
macro-dureza de materiais com sustentação heterogênea. A esfera desse tipo de
penetrador ocasiona uma endentação larga e profunda.
 Penetrador para ensaio de dureza Vickers: Um pouco similar ao método Brinell, com a
diferença que o penetrador Vickers possui um diamante em formato de pirâmide com
base quadrada em sua ponta. Essa ferramenta é capaz de analisar micro e nano dureza,
como cerâmicas e camadas finas de revestimento.

 Penetrador para ensaio de dureza Rockwell: Comparado ao método Brinell, o


penetrador Rockwell possui algumas vantagens, como mais rapidez na execução além
de maior exatidão. Esse penetrador não exige leitura no tamanho da impressão, devido
a isso ele está isento de erros pessoais.

Penetrador para ensaio de dureza você encontra na


Dimas Ferramentas!

A empresa de engenharia e produção é especializada na fabricação desse tipo de ferramenta.


Todos os penetradores são fabricados com base nas normas regentes ISSO/NBR/ASTM. A
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A Dimas Ferramentas conta com o apoio de engenheiros altamente qualificados, para


desenvolvimento de penetrador para ensaio de dureza para todas as marcas de durômetros
existentes no mercado. A precisão de seus equipamentos é regularmente regulada por
empresas normatizadas pela RBC, o que certamente irá assegurar em ferramentas confiáveis
para sua indústria.
Vale lembrar que a Dimas Ferramentas também trabalha com produção de outras diversas
ferramentas diamantadas como: rebolos resinóides, dressadores para retificação de rebolos,
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Ferramentas

Para que serve o pêndulo?


Ensaio mecânico: Impacto
O ensaio de impacto consiste em submeter um corpo de prova entalhado, padronizado, a
uma flexão provocada por impacto por um martelo pendular; este tipo de ensaio permite
determinar a energia utilizada na deformação e ruptura do corpo de prova, que é a medida da
diferença entre a altura inicial do pêndulo h e a altura máxima atingida após a ruptura do
corpo de prova h’. Quanto menor for a energia absorvida, mais frágil será o comportamento
do material àquela solicitação dinâmica.

O ensaio de impacto é largamente utilizado na avaliação do comportamento frágil dos


materiais, porém, a significação e a interpretação são limitadas; por essa razão, o ensaio deve-
se restringir à comparação de materiais ensaiados nas mesmas condições.

Os componentes das tensões triaxiais presentes no corpo de prova durante o ensaio não
podem ser medidos satisfatoriamente porque dependem de diversos fatores; dessa maneira,
não é possível relacionar a energia absorvida pelo corpo de prova com o comportamento do
metal a um choque qualquer, o que somente aconteceria se a peça inteira fosse ensaiada nas
condições de trabalho.

O corpo de prova é entalhado para permitir a localização da fratura e produzir um estado


triaxial de tensões. Os corpos de prova geralmente utilizados para a realização do ensaio de
impacto são: corpo de prova Charpy e corpo de prova Izod, ambos especificados pela norma
ASTM E23.
 

Os corpos de prova Charpy são classificados em tipo A, B e C, com secção quadrada de


10mm, comprimento de 55mm e entalhes no centro do corpo de prova.

O tipo A tem o entalhe na forma de V, o tipo B na forma de buraco de fechadura e o tipo C


na forma de U. Os corpos de prova Charpy sào simplesmente apoiados, de maneira
centralizada; a distância entre apoios é de 40 mm.

O corpo de prova Izod tem secção quadrada de 10mm, comprimento de 75mm, entalhe a
uma distância de 28mm de uma das extremidades, em forma de V. É engastado na sua parte
maior, e o entalhe fica próximo ao ponto de engaste.

Os corpos de prova com entalhes mais agudos ou mais profundos, como é caso dos corpos
Izod e Charpy tipo A, sào utilizados para mostrar a diferença de energias absorvidas nos
ensaios de metais mais dúcteis, pois têm a tendência de propiciar fraturas frágeis.

Para ensaios de materiais frágeis, como é o caso do ferro fundido e de metais fundidos sob
pressão, os corpos de prova geralmente não necessitam do entalhe. A usinagem do entalhe
pode ser feita por meio de brochadeira, plaina ou fresadora, e o seu perfil deve ser controlado
por um projetor de perfil.
 

No caso de materiais cujas dimensões nào permitem a confecção de corpos de prova


normais, é possível retirar os corpos de prova reduzidos que constam do método E 23 da
ASTM.

As normas especificam o local de retirada dos corpos de prova, sua orientação e a direção
para a confecção do entalhe, que implicam alterações significativas nos resultados do ensaio.

Alguns cuidados devem ser tomados quando da execução do ensaio de impacto. Por
exemplo, antes do início do ensaio, a máquina deve ser verificada por meio de uma oscilação
livre do pêndulo, de modo que o pêndulo liberado em queda livre indique uma energia nula no
mostrador da máquina. Se após este procedimento o mostrador registrar algum valor de
energia, este valor deve ser subtraído do resultado obtido durante o ensaio com corpo de
prova. A aferição da máquina é feita segundo os requisitos completos apresentados pela
norma E 23.

 
Os ensaios de impacto são normalmente especificados para baixas temperaturas, porém
podem ser realizados também sob temperaturas ambientes ou até sob temperaturas
superiores à do ambiente.

No caso de baixa temperatura, utilizam-se água ou gelo seco, solventes orgânicos,


nitrogênio líquido ou gases frios, nos quais os corpos de prova devem ser mantidos sob
temperatura especificada por no mínimo cinco minutos em meio líquido e 60 minutos em
meio gasoso.

Os corpos de prova a serem ensaiados sob temperaturas elevadas devem, de preferência,


ser imersos em óleo agitado ou outro banho líquido adequado, onde devem ser mantidos pelo
menos por dez minutos antes do ensaio; em caso de utilização de forno, os corpos de prova
devem permanecer no forno pelo menos durante 60 minutos antes de ensaiar.

Nesses dois casos em que a temperatura de ensaio é diferente da ambiente, os corpos de


prova devem ser introduzidos na máquina e rompidos em no máximo cinco segundos para que
não haja variação significativa da temperatura; além disso, o meio de aquecimento ou
resfriamento deve conter um sistema de homogenização da temperatura.

Existe uma faixa de temperatura, denominada temperatura de transição, em que a energia


absorvida cai apreciavelmente, em especial nos metais do sistema cúbico de corpo centrado
(ccc), como por exemplo os aços ferríticos. Acima dessa temperatura de transição, os corpos
de prova rompem por um mecanismo de cizalhamento, requerendo absorção de maior
quantidade de energia, ao passo que abaixo dessa temperatura o mecanismo de rompimento
frágil é de clivagem, onde a absorção de energia é muito menor.

A temperatura de transição é bastante influenciada pelo tamanho do corpo de prova,


geometria do entalhe, composição química do metal e tamanho de grão ferrítico. Os metais de
estrutura cúbica de faces centradas (cfc), como por exemplo os aços inoxidáveis austeníticos,
oferecem maior resistência à fratura por clivagem, e por isso não apresentam mudança brusca
de comportamento.

O equipamentodoensaioé basicamente constituído de um pêndulo que é solto em queda


livre de uma altura fixada, um local de apoio do corpo de prova e um sistema de medição,
constituído de um mostradorcom escala graduada; este mostrador permite determinar a
energia absorvida para romper o corpo de prova, por meio da diferença entre a altura inicial e
a altura final atingida pelo pêndulo.

A energia absorvida pelo corpo de prova pode ser expressa em Kgmf/m (quilograma-força
por metro) ou Lb/ft (libra por pé ) ou J (Joule).

As máquinas em uso constante devem ser calibradas em períodos de 12 meses ou a


qualquer período quando houver dúvidas quanto aos resultados obtidos nos ensaios
realizados.

A avaliação dos resultados do ensaio devem estar de acordo com a norma de especificação
do ensaio na qual são definidos os valores mínimos aceitáveis para considerar os ensaios como
aprovados. De um modo geral, a avaliação do ensaio é feita através do valor de energia
absorvida nos corpos de prova ensaiados, que é lida no mostrador da máquina; do percentual
de cizalhamento, que é função da área da porção da fratura que tem aspecto brilhante; e da
expansão lateral, que é o acréscimo da face oposta ao entalhe, na direção do próprio entalhe,
após a ruptura do corpo de prova.

O que é estricção?

Redução da área da seção transversal ("empescoçamento") em um


corpo de prova ou outra estrutura metálica sujeita à tração, que ocorre a
partir do limite de resistência. A tensão se concentra nessa região,
levando à fratura
O que é alongamento?

O alongamento que falo aqui é o "empescoçamento" do corpo de prova durante


o ensaio de tração.

 [message]
o ##exclamation-circle## Atenção
 Este artigo pressupõe que você tem conhecimentos básicos
sobre o corpo de prova de ensaio de tração. Siga o link para
saber mais sobre ele.

Onde ocorre o alongamento do corpo de prova?


Esse empescoçamento ocorre entre o limite de escoamento e a ruptura do corpo de
prova.

O alongamento é o acréscimo percentual em comprimento da parte útil do corpo de


prova ensaiado.

Qual o significado prático do alongamento?


O alongamento é uma medida da ductilidade de um material.
Resumidamente, um material que possui alto alongamento em seu corpo de prova
durante um ensaio de tração é considerado dúctil ("macio").

Etapas na determinação do alongamento percentual


Precisamos passar por quatro etapas:

 Determina-se o comprimento inicial de medida (L0). Detalhes no meu artigo


sobre o corpo de prova de ensaio de tração.
 Realização do ensaio de tração
 Unir as partes rompidas para a determinação do comprimento final (L)
 Calcular o alongamento de acordo com a seguinte fórmula:

O que é charpy?

O Pêndulo Charpy, também conhecido como teste de impacto Charpy ou ensaio


Charpy, é um método padronizado para medida de resistência e impactos e
deformação de um material medindo a taxa de destruição e o quanto esse
material foi resiliente. Esta energia absorvida é uma medida a partir de um
determinado material de resistência e atua como uma ferramenta para estudar
as propriedade dúctil/frágil. É amplamente aplicado na indústria, uma vez que é
fácil realização e os resultados podem ser obtidos de forma rápida e barata.
Uma desvantagem é que alguns resultados são apenas comparativos. [1]
O teste foi desenvolvido por volta de 1900 por SB Russell (1898, um norte-
americano) e G. Charpy (1901, um francês). O teste se tornou conhecido como
o teste Charpy no início de 1900, devido às contribuições técnicas e esforços
de normalização realizadas por Georges Charpy. O teste foi fundamental para a
compreensão dos problemas de fratura de navios durante a Segunda Guerra
Mundial.[2][3]
Atualmente ele é utilizado em muitas indústrias de materiais, por exemplo, a
construção de telhados, telhas e materiais em pontes para determinar como as
intempéries naturais podera afetar os materiais utilizados.[2][4][5]

Extras
ENTENDA O QUE SÃO ENSAIOS MECÂNICOS DESTRUTIVOS E
NÃO DESTRUTIVOS
Os ensaios mecânicos destrutivos e não destrutivos são técnicas
utilizadas para identificar e avaliar descontinuidades e defeitos em peças,
materiais e equipamentos. Basicamente, esses métodos consistem na
aplicação de testes que averiguam as condições técnicas dos materiais. É
por meio da observação do comportamento das peças sob análise que são
retiradas informações importantes que indicam falhas.
Esses tipos específicos de ensaios são aplicados principalmente no setor
industrial, dos mais variados segmentos, entre eles:

 Alimentício;
 Automobilístico;
 Metalúrgico;
 Mineração;
 Óleo e gás;
 Papel e Celulose;
 Químico;
 Siderúrgico;
 Sucroalcooleiro.

Os ensaios mecânicos destrutivos e não destrutivos configuram-se


como técnicas que contribuem com o controle de qualidade dos
equipamentos, peças e materiais utilizados ou produzidos, sendo, portanto,
um serviço de alta relevância no contexto industrial. Além de analisar se as
estruturas dos materiais estão em conformidade com o padrão de
qualidade exigido, as técnicas indicam as correções que devem ser
realizadas para que o material se adéque perfeitamente à sua aplicação.

PRINCIPAIS DIFERENÇAS DOS ENSAIOS MECÂNICOS


DESTRUTIVOS E NÃO DESTRUTIVOS
Os ensaios mecânicos destrutivos e não destrutivos, como mencionado
acima, são métodos eficientes de análise de qualidade de diversos tipos de
materiais, fator importante para o desenvolvimento produtivo das
indústrias. Veja abaixo, as diferenças dos ensaios mecânicos destrutivos
e não destrutivos:
Ensaio não destrutivo: são ensaios que não agridem o material ou peça
durante os procedimentos de análise. Isso significa que o material
analisado não sofre qualquer tipo de dano em suas propriedades. Os
ensaios mecânicos não destrutivos geralmente utilizam instrumentos e
recursos como aparelhos de ultrassom, líquido penetrante, partículas
magnéticas, emissão acústica, lentes de aumento, correntes parasitas,
entre outros;
Ensaio mecânico destrutivo: Diferente do ensaio não destrutivo, o ensaio
mecânico destrutivo é reconhecido por deixar marcas nos materiais
analisados após a realização dos testes. Os tipos mais comuns de ensaios
mecânicos destrutivos são ensaio de tração, ensaio de lima, ensaio de
dobramento, ensaio de cisalhamento (simples e duplo), entre outros.

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