Você está na página 1de 3

CÂNCER DE ESÔFAGO ● Do tumor

Comportamento agressivo
Anatomia do esôfago Metástase linfática e até hematogênicas precoce
Importante saber a distância a fim de identificar o Geralmente o diagnóstico é tardio
local de afecção da doença
● Topográficas
Órgãos simples - não revestido por camada serosa
Estruturas mediastinais
Recidiva loco-regional comum
Intimamente relacionada com estruturas vitais de 3
cavidades (pescoço, tórax e abdome)

Diagnóstico
SINTOMAS
● Precoce
Assintomáticos ou DRGE

● Tardios
Disfagia (< 12 mm) - geralmente subestimado pelos
pacientes
Sialorreia
Esôfago cervical termina aos 16 cm - não tem Perda ponderal
indicação cirúrgico Fístula traqueoesofágica, rouquidão (infiltração do
nervo laríngeo recorrente)
Ampla distribuição da drenagem linfática Metástase: Icterícia (metástase hepática), dor óssea
(metástase óssea), sintomas respiratórios (infiltração
Epidemiologia da traqueia e metástase pulmonar), hemorragia
Altamente prevalente: 160-540/100.000
Comportamento agressivo EXAMES
Sobrevida em 5 anos: 8 a 15% Não há política de screening
Predisposição genética ● Esofagograma
Qualquer paciente com disfagia
● Adenocarcinoma Intraluminal X Intramural
Terço inferior Compressão intrínseca x extrínseca
Esôfago de Barrett (dieta e DRGE) Altura da lesão
Maior prevalência em homens (15:1)

● Carcinoma espinocelular
Associado a tabagismo, álcool e nitrosaminas
- O álcool potencializa o efeito do tabaco (o
álcool leva a desnutrição debilitando mais o
paciente)
Formas: vegetante, infiltrante, ulcerado e polipoide
Maior prevalência em homens (3:1)
20% terço superior, 50% terço médio, 30% terço
inferior

Características
● Dos pacientes ● Endoscopia - mais utilizado
Idosos, tabagistas, etilistas, DPOC, desnutridos Determina:
Geralmente a reserva fisiológica para cirurgia é baixa 1. Localização
2. Natureza: firme, friável, polipoide
3. Extensões distal e proximal
4. Relação com músculo cricofaríngeo (início do
esôfago), JGE e cardia (final do esôfago)
5. Distensibilidade do estômago
6. Biópsia - diagnóstico histológico

Tomografia computadorizada de tórax e abdome


(metástases para pelve é quase nula nesse câncer)
- Extensão do tumor, invasão de estruturas
adjacentes
- Espessura do esôfago e do estômago
- Linfonodomegalia
- Metástases para pulmão e fígado
- Variações anatômicas da vascularização
- Acurácia - T57% N74% M83%
Corada de iodo com região a esquerda não corado - estágio inicial
ainda não ulcerado (limitado a mucosa) US endoscópico
- Profundidade
- Biópsia de linfonodo
- Estruturas adjacentes
- Acurácia - T94% N95%
- Não é solicitado para todos os pacientes (não
há benefícios em pacientes M1 já que não
tem indicação cirúrgica)

Lesão ulcerada - realizar biópsia com 7 fragmentos

● Estadiamento
Cada linha concêntrica é uma cada do esôfago
Foto da direito tumor T4 invadindo aorta

PET TC
- Controverso
- Usado para detecção de micrometástases,
principalmente pulmonares (importante saber
já que o paciente M1 não tem indicação
cirúrgica)
- Controle do tratamento
Broncoscopia - Linfadenectomia em três campos
- Tumores do terço médio (risco de acometer - Dissecção sob visão direta
órgãos adjacentes - sem indicação de - Maior morbimortalidade (pulmão, dor)
cirurgia) - Mudança de decúbito no peroperatório
- Invasão de vias aéreas

Acometimento do brônquio direito Minimamente invasiva : toracoscopia (reduziu o


índice de complicações pulmonares), laparoscopia e
Tratamento cervicotomia
Depende de:
1. Histologia, localização e extensão local do tumor A cirurgia é indicada apenas se ECOG 0 ou 1
primário
2. Linfonodos locais e regionais
3. Linfonodos distantes ou doença sistêmica
4. Estado geral do paciente
5. Objetivo do tratamento - paliativo ou curativo

● Indicação por estágio

● Reconstrução do trânsito intestinal


Realizado a partir de esofagogastroplastia

Aspectos técnicos relevantes:


- Víscera bem vascularizada
Tumor inicial (T1a, T1b sm1) → tratamento - Menor número de anastomoses
endoscópico - Localização anatômica favorável
T2 M0 → tratamento cirúrgico a princípio sem - Continuidade natural do esôfago
neoadjuvância - Anastomose cervical sem tensão
- 60% de acometimento linfonodal - Piloroplastia não é obrigatória
T3, T4 ou N1 → quimiorradioterapia neoadjuvante + - Confecção de tubo gástrico fino
cirurgia
Desvantagens:
● Cirurgia - Desfuncionalização de víscera nobre
Esofagectomia + linfadenectomia

Via aberta: Laparotomia + toracotomia +


cervicotomia
- Via de acesso amplo às vísceras

Você também pode gostar