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VARA CRIMINAL DA
COMARCA DE ...
Requer a Vossa Excelência pelo recebimento do presente recurso, uma vez que
encontram-se presentes todos os requisitos de admissibilidade.
Termos em que,
Pede deferimento.
Advogado...,OAB...
RAZÕES DE RECURSO EM SENTIDO ESTRITO
Colenda Câmara,
I – DOS FATOS
II – DO DIREITO
[...]
§ 2º Se o homicídio é cometido:
Desta forma, como se pode observar ao final do texto legal, a qualificadora do artigo
121, §2º, inciso VII, só foi inserida ao Código Penal no ano de 2015 com o advento da Lei n°
13.142 e o fato tratado nos presentes autos ocorreu em 2009, portanto, neste caso, é ilícita
a aplicação de lei que não existia ao tempo do acontecimento.
Assim sendo, deve ser considerada a irretroatividade da lei, tendo em vista que só
pode retroagir lei que venha a beneficiar o réu, o que não se obtém com a aplicação da
presente qualificadora, portanto, não há o que se falar em fato criminoso.
Deste modo, se a Colenda Turma não entender por aceitar a tese sustentada de que
o acusado não praticou o ato delitivo que lhe foi imputado, faz-se necessária a
desclassificação da qualificadora, nos termos acima expostos
Ocorre ainda, nobres julgadores, que houve um excesso quanto ao prazo para
recebimento da denúncia.
Diante disso, tem-se que houve um excesso de prazo para ocorrer o acolhimento da
denúncia, devendo, assim, ser dada como prescrita a pretensão punitiva da presente
demanda.
III – DO MÉRITO
No caso em tela, não há provas suficientes para apoiar a condenação do réu pela
suposta prática do crime de homicídio qualificado, conforme será demonstrado a seguir.
Desta forma, nobres julgadores, esse reconhecimento não deve ser tido como
instrumento para comprovação do ato ilícito, já que o acusado e sua esposa foram
assaltados pelo verdadeiro agente causador do homicídio, conforme demonstrado pelo
registro de Boletim de Ocorrência às 18h15min do dia 18 de maio de 2009, sendo
impossível ao acusado estar em dois lugares ao mesmo tempo.
Além disso, não há nos autos nenhuma prova pericial sobre a questão da coleta de
vestígios, indo à oposição do transcrito no artigo 158 do Código de Processo Penal, ficando
mais uma vez evidente que o embasamento da decisão foi somente em provas orais.
Diante dos fatos apresentas, faz-se necessária a absolvição sumária nos termos do
art. 386, VII, do Código de Processo Penal, tendo em vista a insuficiência de meios
probatórios para sustentar as alegações da acusação.
IV – REQUERIMENTOS
Caso não seja esse o entendimento deste colegiado, requer ainda que:
c) seja o réu absolvido sumariamente, nos termos do art. 415, incisos II e IV e do art.
386, inciso VII, do Código de Processo Penal, pela insuficiência de provas que indiquem ser
ele o responsável pelo ilícito penal.
Termos em que,
Pede deferimento.
Advogado...,OAB...