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O NOVO HOMEM

BOLETIM INFORMATIVO
ORDRE MARTINISTE ET SYNARCHIQUE - SP
ANO I Nº 1 SOLSTÍCIO / JUNHO / 2008

MENSAGEM
Este é o primeiro número de nosso Boletim Informativo e
aproveitarei este espaço para dizer algumas palavras que poderão
esclarecer o motivo desta iniciativa e os frutos que poderemos
colher deste trabalho.
No processo iniciático que realizamos, com suas várias
particularidades devido às diferenças próprias a cada
individualidade, somos constantemente chamados a usar a
ferramenta da reflexão para pesar, medir e ponderar sobre
nossos atos iniciáticos. Esta atitude é de extrema
importância pois, somente assim, podemos sempre trazer
para nossa consciência detalhes precisos de certos pontos
deste trabalho que marcam para nós o que estamos
concretizando em nossas vidas.
Dessas reflexões extraímos um alimento que brota de uma
interação com realidades transcendentes, e sentimo-nos
como que vitalizados por essas descobertas íntimas. Por
isso, dizemos que todo iniciado é em si e potencialmente,
um instrutor para os demais, seja através de seus atos ou
de suas palavras.
Este Boletim não tem outra finalidade senão a de oferecer
um espaço apropriado para a síntese de reflexões
profundas a que somos submetidos neste difícil Caminho
de Retorno à Natureza Divina do Primeiro Estado.
Cumpre também não somente um papel de expressão individual
de nossas experiências, mas também o papel de instrução ou
“caridade intelectual” que pode servir como objeto de reflexão
aos que dele se beneficiam. Como iguais, eu começo por esta
“mensagem” mas este espaço destina-se às mensagens que todos
quiserem expressar.
S.I.

Í NDICE DE ARTIGOS
Esoterismo Simbolismo
O Caminho Espiritual, pg. 1 A Santa Trindade, pg. 3

Martinismo Iniciação
Saint-Martin, pg. 2 De Anima, pg. 4
ESOTERISMO

O CAMINHO ESPIRITUAL
Num mundo enfurecido pela materialidade, A elevada tarefa de participar da Evolução da
pelo desejo insano da conquista a todo custo, Humanidade se faz lançando sementes de
não deixamos muito espaço para a busca de um Ideais Puros num terreno fértil, mesmo que a
sentido diferente na vida. A escolha fica muitas Semeadura se reflita na pequena célula social
vezes condicionada a uma percepção um tanto da qual participamos. Assim, vemos sem tardar
quanto restrita da realidade da vida; somos o despertar de uma Nova Vida que irá desa-
levados, na formação de nossa personalidade, a brochar toda a sua beleza e fragrância, elevando
encarar a nossa existência limitada aos afazeres cada vez mais o Ser Humano às alturas
do estudo, do trabalho, da família, da socie- correspondentes com a sua gloriosa e tão
dade, e dos acontecimentos que envolvem a almejada Origem.
história material de toda a humanidade. O trabalho espiritual começa quando cada ser
Somos colocados, em nossa espécie humana, humano assimila em seu próprio ser certos
no ápice da cadeia evolutiva que vive na face Ideais elevados; estes servirão como sementes
da terra. Este ser evoluído, o humano, não com- que germinarão e frutificarão, possibilitando
quista, porém, com suas ferramentas para a assim que novas sementes sejam lançadas para
aquisição do conhecimento – a religião, a cumprir a tarefa determinada pela Obra Divina
ciência e a filosofia – verdades mais que e que toda Humanidade num futuro breve
relativas e a multiplicidade das concepções deverá se engajar.
religiosas, científicas e filosóficas, determina o O ser humano é uma crisálida de anjo! Isto
quanto o ser humano ainda precisa perceber significa que sua natureza divina, angelical,
claramente daquilo que o rodeia, das concep- está em processo de formação: suas asas estão
ções abstratas de sua inteligência e do que pode crescendo para que altos vôos possam ser
dizer a respeito do Criador. almejados. É exatamente aí que os Ideais
As divergências em suas concepções não cumprem o papel de fortalecer e desenvolver
possibilitam que se possa atingir o cerne de nossas qualidades puramente humanas que,
toda a questão; ficam então limitados a uma diga-se de passagem, contêm as qualidades
percepção vaga da realidade da vida e dos divinas em essência.
desígnios que verdadeiramente deveriam fazer Mas quais são estes Ideais? O primeiro grande
parte da educação humana, ou seja, da Ideal lançado ao aspirante espiritual diz:
formação de sua personalidade, para que sua conhece a ti mesmo! Conhecend o a si mesmo o
vida fosse dirigida aos horizontes mais amplos ser humano poderá, como conclui o famoso
da meta a ser atingida por toda a humanidade, adágio de Delfos, conhecer o universo e o
pela evolução efetiva, tanto material quanto divino. O segundo grande Ideal lançado é o da
espiritual de todos. fraternidade , da vivência fraternal com aqueles
Mas onde procurar uma nova direção, uma que fazem parte da célula social de que
nova percepção da vida, para que nossa participamos, para oferecer aquilo que temos de
existência se complete com a aquisição de melhor em cada um de nós, cuidando para que
conhecimentos fundamentais sobre o próprio nossos defeitos não interfiram na vivência
ente humano e que nos possibilite agir como concreta deste Ideal que é, em nossa existência
seres humanos verdadeiros, livres de atitudes material, a semente fundamental para a
que mais nos assemelham aos reinos animais conquista da tão gloriosa e almejada Origem, o
que vivem também sobre face da terra, atitudes destino e a meta final de toda a humanidade.
estas que nossa vida material claramente nos
induz.

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MARTINISMO

SAINT-MARTIN
Os objetivo dessas considerações sobre Saint- Saint-Martin parte do método que preconiza
Martin, o Filósofo Desconhecido, não se sempre se partir do estudo do ser humano para
propõe a digressões históricas, o que pode ser buscar as respostas que dizem respeito ao
facilmente encontrado em outras fontes. O próprio ser humano. Não devemos, ao tentar
objetivo que se nos apresenta é buscar compre- colocar essas questões, usar método diferente
ender em alguns aspectos a proposta essencial do qual ele sugere. Devemos naturalmente
do Filósofo Desconhecido. tentar definir o ser humano não através de
imagens meramente “livrescas”, mas devemos
Saint-Martin é, inegavelmente, um dos Mestres
nos propor a um estudo objetivo do ser huma-
do Ocidente. Isto se prova por sua notável
no, tal como ele nos aparece objetivamente.
influência seja entre os que participam de sua
“sucessão”, seja entre os estudiosos das tradi- Desde que nascemos, o primeiro campo de
ções espirituais. nossas experiências, tal como pode ser
percebido por nós, trata-se do ambiente ao qual
Sua síntese pessoal, sua gnose, é um ponto de
nos situamos. De fato, o ambiente em sua
convergência de distintas tradições seculares e
diversificação é o grande escopo de nossas
não devemos achar que sua transmissão, na
vivências e interações, até o ocaso de nossa
atual Ordem de denominação “martinista”,
existência. Não tardamos a acrescentar a essa
constitui apenas um grau numa escala mera-
percepção, aquilo que nos fala em primeiro
mente protocolar. A iniciação original, aquela
lugar, com suas necessidades e reações
que provém do Filósofo Desconhecido e a
particulares, o corpo e com tudo o que dele
única que efetivamente caracteriza a antiga advém. Esses dois elementos nos remetem a
sucessão dos Filósofos Desconhecidos, cons-
percepção mais concreta que o ser humano
titui um viático, uma ambrosia sacramental que
pode ter, bem como de como conduzir sua vida
confere aquele que a recebe a influência através do que deles almejar. Um terceiro
espiritual necessária para a realização da obra
campo de percepções acrescenta-se a esses,
que Saint-Martin somente atualiza, pois ela se
porém não tão concreto como os dois, mas
insere nas vias de libertação tradicional, mas desta vez abstrato e impreciso, naturalmente
com terminologia e abordagens próprias.
difícil de se conhecer e do qual se constitui o
Devemos, então, considerar alguns elementos primeiro quadro de experiências a extrair em
que possam ser transcritos em palavras sobre o nossa preparação. Estamos falando do que a
que uma impressão, por mais que passageira, psicologia moderna classificou como nossa
pode nos oferecer deste viático e o que ele pode personalidade.
nos levar a realizar enquanto seres criados, Demarcada a análise do ser humano objetivo,
originalmente imagens do Divino mas desca- devemos apenas dizer que uma preparação
racterizados desta nobre condição.
segura para a recepção da transmissão do
Aliás, recobrar esta “imagem” constitui em si a Filósofo Desconhecido só pode se efetuar no
meta que Saint-Martin nos propõe seguir; este é restrito campo destes três elementos ao qual se
o ideal elevado que ele nos leva a assimilar. restringe nossa existência objetiva. Pois, se a
Este ideal, uma vez semeado profundamente meta que nos propõe o Filósofo Desconhecido e
em nosso “campo” é o que nos levará a uma a de reconquistar a “imagem” primitiva que
preparação adequada para receber a influência possuíamos, somente o conseguiremos depois
espiritual que constitui a ambrosia da trans- de tomar consciência das “amarras” que esses
missão que procede do Filósofo Desconhecido. três campos de percepção possuem. A via do
Seria então, antes de tudo, perguntar o que Filósofo Desconhecido é uma via de libertação
constitui uma preparação para esta recepção e, portanto, devemos primeiro enxergar o que
salutar, que transformará todo o nosso ser. nos escraviza e nos cega.

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SIMBOLISMO

A SANTA TRINDADE
A Santa Trindade constitui um dos funda- expressão todas as coisas; mas neste ponto
mentos de todo o Cristianismo. Procurar abor- vemos que os homens se identificam com um
dar seu simbolismo torna-se uma tarefa que aspecto da Vida que se encontra no Verbo: a
pode facilmente encontrar oposições teológicas Luz que dela emana) e por fim, 5. as Trevas (a
de toda sorte. Portanto, procuraremos fugir às existência de um componente tenebroso, mul-
concepções em voga e tentaremos desenvolver típlice, que foi criado pelo Verbo – lembremos
uma interpretação ao máximo livre de concep- que todas as coisas foram feitas por ele – mas
ções já estabelecidas, seguindo apenas alguns que não se identifica com o meio pelo qual a
princípios essenciais sobre o conceito dos Vida que está no Verbo se manifesta aos
níveis de realidade ao qual estamos ligados. homens, a Luz. Ver ilustração:
A respeito da natureza da Trindade e de suas
relações com o ente criado, alguns esclare-
cimentos podem ser extraídos do prólogo do
evangelho de João. Mas desde já abordamos
que esta passagem, um dos pináculos da
Tradição Cristã, aborda as realidades meta-
físicas em seus aspectos transcendentes, mas SANTA TRINDADE: Metafísica
não os articula com princípios cosmológicos, 1. Princípio-Deus e Deus-Verbo, Pai.
como acontece no Livro da Gênesis. Menção ao 2. Verbo-Vida, Filho.
todo criado somente é encontrada na passagem 3. Vida-Luz, Espírito Santo.
“Todas as coisas foram feitas por ele...” e a TODAS AS COISAS CRIADAS: Cosmologia
referência ao ente gerado, na passagem “...e a 4. Luz-homens, homens e todas as coisas e 5. Trevas.
vida era a luz dos homens.” Não importa, no Do que foi abordado anteriormente, podemos
prólogo, descrever os detalhes de uma cosmo- tirar algumas conclusões. Vemos que há uma
logia, basta mencionar a existência da multi- interação entre as “pessoas” da Trindade, a
plicidade. Como podemos ver a seguir: primeira abarcando as qualidades da segunda e
1 No princípio era o Verbo, e o Verbo estava a segunda abarcando as qualidades da terceira e
com Deus, e o Verbo era Deus. 2 Ele estava no esta “tocando” mais diretamente o ente criado,
princípio com Deus. 3 Todas as coisas foram desde que opte por ela; vemos que as
feitas por ele, e sem ele nada do que foi feito se qualidades da terceira “pessoa” uma vez
fez. 4 Nele estava a vida, e a vida era a luz dos assimiladas pelo ente criado o liga simul-
homens. 5 E a luz resplandece nas trevas, e as taneamente a segunda “pessoa” e desta, ele
trevas não a compreenderam. pode atingir a primeira e Única. As qualidades
comuns às duas “pessoas” que poderíamos
Podemos ver no prólogo joanino os seguintes
chamar de “menores” (Filho e Espírito Santo)
elementos principais: 1. o Princípio-Deus (o
são as que estão mais próximas do ente criado.
termo princípio que encontramos no começo
refere-se claramente a Deus, pois se Ele não é As duas “pessoas” menores atuam, portanto,
Princípio seria contrariar a verdade metafísica sempre conjuntamente e separá-las significaria
do Uno-Deus); 2. o Verbo (expressa que a fragmentar os modos de manifestação que da
substância do Verbo é o próprio Deus e que “pessoa” primeira – Deus – projetam-se ou pro-
também deriva dele, pela dupla repetição aí cessam-se nos diversos níveis de realidade
encontrada); 3. a Vida (que estava presente subseqüentes. Seria como separar a substância
junto ao agente criador); 4. os homens (termo e a vida que surgem da essência divina. O que
no plural, que já implica a existência de uma desde já seria metafisicamente impossível, pois
natureza multíplice, do mesmo modo que a Deus é Uno e Inalterável.
mmmmmmmmmmmmmmmmmmmmm

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INICIAÇÃO

DE ANIMA
A Tradição Ocidental secularizou o estudo da Dentro dessa perspectiva podemos perguntar,
natureza humana em sua tríplice constituição de então, sobre quais possibilidades recai o
espírito, alma e corpo. As primeiras questões processo iniciático? Recai sobre as possi-
que surgem sobre esta estrutura se referem às bilidades que a parte transcendente de nosso ser
características inerentes a cada uma de suas guarda, porém os meios que se oferecem a
partes. Nos limitaremos a algumas observações essas possibilidades estão fatidicamente condi-
que consideramos necessárias para a exposição cionados por nosso ser sensível, o binômio
de nosso tema, centrando-nos numa abordagem personalidade-corpo; é sobre este binômio que
sobre a alma. recai o trabalho em si.
De toda a constituição do ente humano, o Podemos dizer que, se uma condição saudável é
componente mais complexo por sua natureza é exigida do corpo, esta condição estende-se
a alma pelo fato de ser, como a Tradição assim também à personalidade. Os seus elementos
o diz, o elemento intermediário entre o espírito constitutivos devem estar harmoniosamente
e o corpo. O que significa dizer que sua dispostos e isto não se demonstra tão factível
natureza mescla as características destes dois devido ao fato de que a personalidade forma-se
componentes tão opostos entre si. A alma é ao de acordo com predisposições naturais mas
mesmo tempo o agente animador do corpo e o também está condicionada ao ambiente . Seria
veículo do espírito. Se por um lado ela liga-se correto dizer que persistem na personalidade
ao espírito como veículo é porque possui elementos inarmônicos que convêm corrigir e
características que permitem que este se que é a meta inicial que se descortina. Num
manifeste; ora, sabemos que a manifestação ente humano normal, os elementos inarmônicos
dessa essência é em si a meta de todo trabalho da personalidade sobrepõem-se na maioria das
iniciático pois esta manifestação comunica tudo vezes ao princípio consciente. São diversos
o que habita de mais luminoso na essência. Por fragmentos que se sobrepõem uns aos outros
outro lado, a alma liga-se ao corpo como agente formando uma multiplicidade de manifestações
encontrando através deste os meios de caóticas que originam, em diversas situações,
manifestar a si mesma; é o mesmo que dizer ações discordantes que desencadeiam os
que ela encontra uma natureza compatível com diversos erros a que nos submetemos em nossa
suas características e é assim que a alma floresta existencial.
identifica-se inevitavelmente com o corpo Vivemos nesta multiplicidade, na periferia de
sendo que o conjunto que formam condiciona a nossa personalidade, e em poucas situações
nossa existência comum pelos motivos que o visamos uma condição estável que somente
corpo nos impõe. poderia instituir-se em seu centro, local da ação
Portanto, em nossa existência somos como que natural do princípio consciente. Nossa assídua
dois seres conjugados, um objetivo e sensível evasão deste centro é o primeiro grande obstá-
que é o corpo e a parte da alma que lhe serve culo que se apresenta e a transposição deste é a
como agente, a personalidade, e um subjetivo e condição para a obtenção do estado de ser
transcendente que é o espírito e a parte da alma concomitante com nossa natureza transcen-
que lhe serve como veículo, a individualidade. dente. O princípio consciente é o eixo de nosso
Na existência comum, a parte transcendente é ser sensível e sem ele, não poderemos construir
imperceptível para a maioria dos entes o habitáculo em que residirá o que provém de
humanos, daí resultando o ideal de sua busca e nosso ser transcendente. Toda disciplina a que
conhecimento. A parte sensível domina desde o se submete a personalidade e o corpo visa
começo desta nossa existência, desde que unicamente constituir este eixo em nosso ser
nascemos e formamos com o passar dos anos sensível.
nossa personalidade.
4 O NOVO HOMEM – Nº 1 – JUNHO / 2008
O NOVO HOMEM é o boletim informativo da Ordre Martiniste et Synarchique – São Paulo,
com publicações equinociais e solsticiais. Ele possui quatro seções destinadas a abordagem de
temas condizentes com a Tradição Esotérica Universal e Martinista, sendo organizadas como
segue:
ESOTERISMO
Esta seção tem a finalidade de abordar tópicos da História e Doutrina Gerais do
Esoterismo Ocidental com o intuito de se conquistar uma compreensão de sua
origem no tempo e no espaço, bem como sua importância essencial para o ser
humano.
MARTINISMO
Esta seção tem a finalidade abordar tópicos da História e Doutrina Gerais do
Martinismo, representadas pelas obras de Martinez de Pasqually, Louis-Claude de
Saint-Martin, Jacob Boehme, Jean-Baptiste Villermoz.
SIMBOLISMO
Esta seção tem por finalidade abordar tópicos sobre Simbolismo Geral com análises
de símbolos do Esoterismo Ocidental. Visa também despertar a admiração pela Arte
do Simbolismo e suas variadas formas de interpretação.
INICIAÇÃO
Esta seção tem por finalidade abordar tópicos relevantes ao processo iniciático, tais
como os que se podem extrair da abordagem dos temas anteriores. O que se objetiva
aqui não é somente expressar o resultado de uma pesquisa, mas também o produto
de uma realização pessoal na própria Iniciação.

correio eletrônico:
omscontato.sp@gmail.com

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