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Bombas e Compressores

1
Circuito Básico
Conversão secundária / Grupo de atuação
Atuadores Atuadores
Lineares Rotativos

Condicionamento / Grupo de controle

Válvulas

Conversão Primária / Grupo de Geração

Bomba Compressor

Entrada de Energia
Fonte: [1, 2]
Motor Elétrico Motor Combust.
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2
Conceitos básicos

Bombas:
Máquinas responsáveis por transformar energia mecânica em energia hidráulica [1].

A bomba não gera pressão e sim fluxo. O que gera a pressão é a obstrução à passagem do
fluido [3,4].

Como funcionam?
A ação mecânica cria um vácuo parcial na entrada da bomba, o que permite que a pressão
atmosférica force o fluido do tanque, através da linha de sucção, a penetrar na bomba.
A bomba passará o fluido para a abertura de descarga, forçando-o através do sistema
hidráulico.

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Conceitos básicos

Deslocamento:
Pressão Máxima
É o volume de líquido transferido durante uma rotação e é equivalente ao volume de uma
câmara multiplicado pelo número de câmaras que passam pelo pórtico de saída da bomba
durante uma rotação da mesma. É expresso em centímetros cúbicos por rotação.

Máquina de deslocamento fixo:

É construída de modo a não permitir variação reversível de parâmetros geométricos


fazendo com que o volume deslocado por rotação seja sempre constante [1].

Máquina de deslocamento variável:

Estas máquinas permitem a variação reversível de parâmetros geométricos, que por sua vez
permitem variação do volume de fluido deslocado a cada rotação [1].

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1
Transmissão de Energia ao Fluido

𝑝2 − 𝑝1 𝑣22 − 𝑣12
±𝑊ሶ = 𝑚ሶ + Fonte: [1]
𝜌 2

Energia Potencial Energia Cinética


(de pressão)

A energia mecânica é convertida e transferida ao fluído na forma de energia de pressão


e/ou energia cinética [1].

Algumas bombas fazem mais um tipo de conversão do que outra... Daí a diferenças de
classificação:

Bombas Hidrostáticas Bombas Hidrodinâmicas

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Hidrostática x Hidrodinâmica
HIDRODINÂMICAS - A transferência de energia é
majoritariamente cinética.
- Por não existir contato direto entre o
rotor e a carcaça a vedação entrada-saída é
inadequada.

- Resulta em grande vazamento interno


para peq. diferencial de pressão.
Ex.: bombas centrífugas, turbinas,
HIDROSTÁTICAS (deslocamento positivo) ventiladores.

- A transferência de energia é majoritariamente


potencial pela variação de pressão.
- Vedação efetiva entre os pórticos de entrada e
saída. Evitando vazamentos internos.
- Consegue fornecer volume ~constante a cada
rotação. Pouco influência da resistência a jusante.
- A vazão da bomba será função do deslocamento
e da rotação em seu eixo motor
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Características construtivas: Bomba de Engrenagens Externas
Composta por:
- Carcaça com orifícios de entrada e saída.
- 2 engrenagens (movida e motora).

O fluido é transportado perifericamente nas


câmaras que se formar entre a carcaça e dois dentes
subsequentes.

O desengrenamento dos dentes na câmara de


entrada permite a entrada do fluido.

O engrenamento dos dentes na câmara de saída


permite a expulsão do fluido.

Fonte: [1]
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Características construtivas: Bomba de Engrenagens Externas
- Devido as características construtivas são
apenas de deslocamento fixo.

- Trabalham com pressões elevadas ~200 bar.


- Rotações de 500 𝑎 5000 𝑟𝑝𝑚

- Fáceis de montar.
- Pequena pulsação - baixo nível de ruído.

- Adaptáveis a grandes variações de


viscosidade.

- Insensíveis a eventuais partículas sólidas


presentes no fluido.

Fonte: [1]
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Características construtivas: Bomba de Engrenagens Internas
Composta por:
- Carcaça com orifícios de entrada e saída.
- Pinhão (engrenagem motora)
- Coroa (engrenagem movida)

O pinhão é montado excentricamente a carcaça.

A estanqueidade entre as câmaras de entrada e


saída é obtida por um separador.

O desengrenamento dos dentes na câmara de


entrada permite a entrada do fluido.

O engrenamento dos dentes na câmara de saída


permite a expulsão do fluido.
O engrenamento mais longo dos dentes garante
maior estanqueidade quando comparada com a
anterior. Melhor rendimento volumétrico
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Características construtivas: Bomba de Engrenagens Internas
- Devido as características construtivas são
apenas de deslocamento fixo.

- Trabalham com pressões elevadas ~200 bar.

- Rotações até 5000 𝑟𝑝𝑚

Vazão com pouca pulsação.

Mais alto custo.

Montagem mais complexa.

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Características construtivas: Bomba de Palhetas
Composta por:
- Carcaça
- Rotor cilíndrico com ranhuras onde se
alojam palhetas.
- Anel estator de geometria apropriada.

As câmaras que deslocam o fluido são formadas por


2 palhetas consecutivas e o anel estator

Com o movimento rotativo, as


palhetas são projetadas contra
a superfície interna do estator.

Esse efeito pode ser atingido


pelo emprego de molas na base
das palhetas.

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Características construtivas: Bomba de Palhetas
Composta por:
- Carcaça
- Rotor cilíndrico com ranhuras onde se
alojam palhetas.
- Anel estator de geometria apropriada.

As câmaras que deslocam o fluido são formadas por


2 palhetas consecutivas e o anel estator

- Trabalham com pressões elevadas ~200 bar.


- Rotações até 4800 𝑟𝑝𝑚

- Conseguem trabalhar com fluidos de baixa


viscosidade.
- Montagem complexa.
- Permitem deslocamento variável.
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Características construtivas: Bomba de Palhetas
Bomba de palhetas com deslocamento variável.
- Estator circular permite variação da
excentricidade.
- A variação da excentricidade é obtida
por meio de parafuso de regulagem.

1 Parafuso (1) permite 1DOF


Parafuso (2) ajusta a
excentricidade/deslocamento nas
condições de regime.
2 3 Parafuso (3) pré-tensiona a mola.
Quando a pressão no interior do anel
vence a mola muda-se a
excentricidade e por consequência o
deslocamento.
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Características construtivas: Bomba de Palhetas

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Características construtivas: Bomba de Pistões
Composta por:
- Prato inclinado.
- Pistões .
- Tambor.

- O tambor é fixado ao eixo de acionamento e


responsável pela transmissão do movimentos aos
pistões.
- A separação entre entrada e saída
é obtida por meio de uma placa
com rasgos (placa de válvulas).

- Durante um semiciclo os pistões se


preenchem de fluido.
- Durante o semiciclo seguinte o
fluido é expulso.

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Características construtivas: Bomba de Pistões
- Opera com pressões elevadas e perdas volumétricas
baixas.

- Pressão máxima 700 bar.

- Rotação entre 1500 e 3000 rpm

- Destaca-se rendimento volumétrico 𝜂𝑣𝑏 ~98%

- Baixo nível de pulsação na saída para um


número adequado de pistões.

- Permite deslocamento variável.

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Características construtivas: Bomba de Pistões

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Características construtivas: Bomba de Parafuso
Composta por:
- Carcaça.
- 2 ou mais fusos helicoidais
Movimento relativo entre os fusos é obtido pelo
acionamento mecânico de um deles ligado ao eixo
do motor.

O deslocamento do fluido se dá por meio das


câmaras formadas entre o flanco de um fuso e a
depressão do outro.

O movimento contínuo axial das câmaras gera


sucção a montante e descarga a jusante.

Escoamento a jusante praticamente isento de


pulsação.

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1
Características construtivas: Bomba de Parafuso

Pressões de operação de até 200 bar

Rotação de até 3600 RPM

Construtivamente não permite deslocamento


variável.

Destaque para a lubrificação que reduz atritos,


melhorando assim o rendimento mecânico.

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1
Curvas de operação

𝜂𝑣𝑏 - rendimento volumétrico Devido a vazões de fuga


𝜂𝑚𝑏 - rendimento mecânico Devido a atritos internos
𝜂𝑔𝑏 - rendimento global 𝜂𝑔𝑏 = 𝜂𝑣𝑏 𝜂𝑚𝑏

𝑃𝑎 - Potência de acionamento Entregue no eixo da bomba


𝑃𝑢 - Potência de útil Transmitida ao fluido
1
Curvas de operação
O aumento da pressão aumenta
os vazamentos internos
diminuindo a vazão enviada ao
circuito.

Pela mesma razão cai o


rendimento volumétrico em
altas pressões.

Quando a pressão aumenta,


melhora a lubrificação
reduzindo os atritos internos.
Estes atritos atuam sobre a
bomba como torques resistivos,
quando são diminuídos melhora
o rendimento mecânico.

O rendimento global é o produto dos outros rendimentos.

Em baixas pressões 𝜂𝑣𝑏 → 1 (elemento neutro no produto). Então 𝜂𝑔𝑏 → 𝜂𝑚𝑏

Em altas pressões 𝜂𝑚𝑏 → 1 (elemento neutro no produto). Então 𝜂𝑔𝑏 → 𝜂𝑣𝑏


Fonte: [1]
1
Curvas de operação – c/ válvula limitadora de pressão
Fonte: [1]
1
Curvas de operação – c/ deslocamento variável e compensação
Fonte: [1]

Fonte: [1]
1
Compressores de êmbolo (1 e 2 Estágios)

Pressões de trabalho

até 100 kPa (4 bar), 1 estágio


até 1500 kPa (15 bar), 2 estágios
acima de 1500 kPa (15 bar), 3 ou mais estágios

Os compressores de êmbolo podem ser


refrigerados por ar ou água.
1
Compressores de Membrana

- Pertence ao grupo dos compressores de


êmbolo.

- Uma membrana separa o êmbolo da


câmara de trabalho.

- O ar não tem contato com as peças móveis

- São empregados com preferência nas


indústrias alimentícias, farmacêuticas e
químicas.
1
Compressor de parafuso

A conexão do compressor com o sistema


se faz através das aberturas de sucção e
descarga.

O deslocamento do fluido se dá por meio


das câmaras formadas entre o flanco de
um fuso e a depressão do outro.

A rotação faz então com que o pronto


de engrenamento vá se deslocando
para frente, reduzindo o espaço
disponível para o gás e provocando sua
compressão.
1
Escolha do tipo de compressor
Todos os direitos reservados 37

Bibliografia
[1] Linsingen, Irlan Von. "Fundamentos de sistemas hidráulicos." Florianópolis:
Editora da UFSC (2001).
[2] Fialho, Arivelto Bustamante. Automação hidráulica: projetos, dimensionamento
e análise de circuitos. Saraiva Educação SA, 2004.
[3] Moreira, Ilo Da Silva. Sistemas hidráulicos industriais. SESI SENAI Editora,
2012.
[4] Moreira, Ilo Da Silva. Hidráulica móbil. SESI SENAI Editora, 2018.

[5] Fialho, Arivelto Bustamante. Automação Pneumática Projetos, dimensionamento


e análise de circuitos. Saraiva Educação SA, 2018.
[6] Fialho, Arivelto Bustamante. Automatismos Pneumáticos - Princípios Básicos,
Dimensionamentos de Componentes e Aplicações Práticas. Saraiva Educação SA,
2015
[7] REIS, Mara Nilza Estanislau. Comandos Hidráulicos e Pneumáticos. Contagem:
PUC MINAS (2009).

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