Primeira coisa que se deve ter para realizar cirurgia é o
conhecimento básico, principalmente de anatomia, as técnicas cirúrgicas. Antes de qualquer procedimento deve ser realizado exame físico, se possível exames laboratoriais, sempre registrar tudo que é feito e quem decide pela cirurgia é sempre o proprietário. Sempre avaliar se a necessidade de cirurgia, sempre optando pelo tratamento clinico primeiro, onde deve avaliar o prognostico no pós- operatório, o custo para ver se compensa. Ainda a classificação das cirurgias como cirurgia limpa onde não envolve TGI, cirurgia contaminada limpa que não há derrame TGI, cirurgia contaminada que envolve TGI e ainda cirurgia suja com presença de pus ou perfuração de vísceras. Os casos mais frequentes são cirurgias de TGI, cesárea, podal e não eletivas, onde em qualquer um desses procedimento é necessário ter um planejamento pré-operatório, como qual técnica utilizar, instrumentais, se possível campos e equipe. O grande problema nos grandes é o local de trabalho, pois o procedimento é realizado a campo, onde deve ser feita a contenção ideal do animal, preparar o ambiente (cuidar com a chuva), realizar o mais limpo possível, proteger cavidade, tricotomia ampla (se necessário limpar o animal), iluminação, fácil acesso para caso precise levantar o animal. Primeiro avalia o paciente, decide técnica cirúrgica e conversa com proprietário sobre a situação, avaliando os valores da cirurgia e pós-operatório incluindo medicamentos. O jejum é sempre questionável nesses casos a campo, nos casos que seja necessário uma maior sedação e derrubar o anima é interessante o jejum, no trans-operatório é legal deixar o acesso com a fluido, cuidar com tecidos expostos onde o indicado é realizar os procedimentos no flanco do lado esquerdo pois o rúmen serve como parede evitando evisceração. No pós deve estar sempre monitorando o animal sempre controlando dor, temperatura, mucosa, animal deve se alimentar, infecções e outras complicações, além de limpeza do local e drenagem com gase mergulhada no clorexidine 0,2%. Para o procedimento é indicado utilizar instrumentos cirúrgicos maiores para não ter chance de perder, levar em consideração valor na escolha de fios, onde o mais utilizado é o categute. Musculatura se utiliza nylon. Nos grandes a tensão é muito grande, onde em incisões grandes em musculatura sultan funciona muito bem.
Técnicas Cirúrgicas
Basicamente o que é necessário saber realizar a laparotomia, onde
é realizada para tentar fecha um diagnóstico, sendo realizada com o animal em estação com anestesia local, o mais indicado é incisão pelo lado esquerdo, e nos casos que não é possível opta pelo lado direito. Ainda é possível realizar através da paramediana ventral e paramamária nos casos de animal em decúbito, nesses casos o animal esta sobre mais sedação e animal em decúbito dorsal, e ainda vai ter uma maior tensão da musculatura quando o animal ficar em estação. Na anestesia sempre vai optar por local (lido 2%) e se precisar seda utiliza-se muito a xilazina, a técnica mais utilizada para anestesia regional é o L invertido, ainda pode ser usado o bloqueio paravertebral, além disso possui a anestesia epidural que é muito utilizada para procedimento uterinos e amputação de cauda. Possui 4 camadas musculares para realizar a incisão, onde deve suturar cada uma separada, ou seja, realizar pelo menos 4 planos de sutura na musculatura, e tentar retomar a pressão da cavidade. Cada lado permite acesso a alguns órgãos e regiões diferentes. Na Rumenotomia vai ser realizada pelo lado esquerdo, onde vai ser aberto um órgão grande, pesado e deve ter cuidado para não ter extravasamento de liquido para cavidade podendo levar a peritonite, e no rúmen não é possível exteriorizar então deve fistular, ou seja, criar um acesso ao rúmen depois realizar uma abertura do órgão pro meio externo, sutura a parede ruminal na pele do animal, sempre tendo cuidado para não transfixar com a agulha a luz do órgão. Após o acesso deve retirar todo o conteúdo dentro do órgão para encontrar o que procura e depois voltar esse conteúdo, apenas em caso de acidose, timpanismo não volta o conteúdo. Na hora de fechar utilizar sutura invaginante e após sutura solto pontos de ancoragem. Transfaunação- coleta de conteúdo ruminal para colocar no rúmen de animal que perdeu a flora bacteriana, e também pode ser feito com as fezes porem não é correto.