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EXCELENTÍSSIMO SENHOR JUIZ DO TRABALHO DA VARA DE TRABALHO

DA COMARCA DE GUARAPUAVA ESTADO DO PARANÁ.

LUCAS DUARTE, brasileiro, solteiro, RG n°. 2120, CPF n°. 014.200, CTPS n°.
123, maior, capaz, vendedor, no momento desempregado, filho de Ana Maria Da
Silva, residente e domiciliado na Rua das Camélias, n°. 129, Guarapuava
Paraná, Cep: 80001-002, vem respeitosamente, perante Vossa Excelência, por
intermédio de seu advogado adiante assinado (procuração em anexo), com
escritório profissional na Rua ..., n° ..., cidade ..., Estado ..., Cep ..., onde recebe
intimações e notificações, com fulcro no art. 840, §1° da CLT, propor:

RECLAMAÇÃO TRABALHISTA, pelo rito (...)

Em face de RAIO DE SOL LTDA, CNPJ n° 001.002/0001-01, situada na Rua


das Flores, n° 10, Centro, Guarapuava-PR, CEP 85,000, pelas razões de fato e
de direito a seguir expostas.

I - GRATUIDADE DA JUSTIÇA

Atualmente, o Reclamante encontra-se desempregado, conforme


demonstra a documentação em anexo. Desta forma, não possui recursos
suficientes para o pagamento das custas do presente processo, fazendo jus à
gratuidade da justiça, nos termos do art. 790, §4° da CLT, cuja concessão se
requer.

II - DOS FATOS

LUCAS DUARTE, ora reclamante, foi contratado em 02/01/2020 para


trabalhar como vendedor junto a empresa RAIO DE SOL LTDA, ora reclamada,
onde realizava venda de seguros, exercendo sua função das 08h às 17h45min
de segunda a sexta-feira, com intervalo de 45 minutos para refeição e aos
sábados das 08h às 12h, recebendo mensalmente o valor de R$ 2.000,00 (dois
mil reais). Em 03/01/2021 foi dispensado, momento em que teve baixa em sua
CTPS, recebendo somente as seguintes verbas: férias com adicional, saldo de
salário e décimo terceiro salário proporcional, recebendo inclusive sua carteira
de trabalho devidamente anotada.

III - DO DIREITO
1. Do aviso prévio indenizado

Uma vez inexistente a justa casa para a rescisão do contrato de trabalho,


LUCAS DUARTE faz jus ao recebimento do aviso prévio indenizado, uma vez
que este não foi concebido ao reclamante, conforme preceitua o artigo 487, §1°
da CLT.
Diante disso, requer-se o pagamento do aviso prévio indenizado ao qual o
reclamante faz jus, com fulcro no artigo 487, §1° da CLT.

2. Das horas extras

Tendo em vista que LUCAS DUARTE, exercia sua função das 08h às
17h45min de segunda a sexta-feira, com intervalo de 45 minutos para refeição e
aos sábados das 08h às 12h, este exercia uma jornada diária de 8 (oito) horas e
45 (quarenta e cinco) minutos, sendo assim realizando 45 (quarenta e cinco)
minutos diários de trabalho extraordinário, num total de 47 (quarenta e sete)
horas e 45 (quarenta e cinco) minutos, de horas trabalhadas semanalmente.
Ocorre que, a jornada de trabalho não pode exceder 8 (oito) horas diárias
e 44 (quarenta e quatro) semanais, conforme dispõe o artigo 7°, inciso XIII da
CF/88 e o artigo 58 da CLT, o que não foi respeitado por parte do reclamado.
Nesse sentido, cabe ao reclamado o pagamento de horas extras,
acrescidas de adicional de 50% sobre a hora normal de trabalho.
Diante disso, requer-se pagamento das horas extras, com fulcro no artigo
7°, inciso XIII da CF/88 e o artigo 58 da CLT.

3. Do intervalo intrajornada

Dispõe o artigo 71 da CLT que “Em qualquer trabalho contínuo, cuja


duração exceda de 6 (seis) horas, é obrigatória a concessão de um intervalo
para repouso ou alimentação, o qual será, no mínimo, de 1 (uma) hora e, salvo
acordo escrito ou contrato coletivo em contrário, não poderá exceder de 2 (duas)
horas.”
Ainda, dispões o parágrafo 4º da artigo 71 da CLT que “A não concessão
ou a concessão parcial do intervalo intrajornada mínimo, para repouso e
alimentação, a empregados urbanos e rurais, implica o pagamento, de natureza
indenizatória, apenas do período suprimido, com acréscimo de 50% (cinquenta
por cento) sobre o valor da remuneração da hora normal de trabalho.”
Nesse sentido, verifica-se no relato fático que LUCAS DUARTE usufruía de
45 (quarenta e cinco) minutos diários de intervalo intrajornada.
Diante disso, requer-se a condenação do Reclamado ao pagamento de 15
(quinze) minutos diários, acrescidos de 50% sobre a hora normal, com fulcro no
artigo 71, §4º da CLT.

4. Honorários advocatícios

Outrossim, requer-se a condenação do Reclamado ao pagamento de


honorários advocatícios, no importe de 5% a 15%, sobre o valor que resultar da
liquidação, com fulcro no artigo 791-A da CLT.

IV - DOS PEDIDOS

Diante do exposto, requer-se a procedência total da presente Reclamação


Trabalhista, para fins de:

a) Condenar o Reclamado, em razão da ausência de justa causa, ao


pagamento de aviso prévia indenizado;
b) Condenar o Reclamado ao pagamento de horas extras pelo excesso da
carga horário diária e semanal, no valor de R$...;
c) Condenar o Reclamado ao pagamento de 15 (quinze) minutos diários,
acrescidos de 50% sobre a hora normal, em razão da concessão parcial do
intervalo intrajornada, no valor de R$...;
d) Condenar o Reclamado ao pagamento dos honorário advocatícios, no
importe de 5% a 15%, sobre o valor que resultar a liquidação, com fulcro no
artigo 791-A da CLT.

V - REQUERIMENTOS FINAIS

Requer-se ainda:

a) A notificação da parte Reclamada no endereço mencionado no introito


para, querendo, oferecer resposta à presente Reclamação Trabalhista,
sob pena de revelia e confissão quanto à matéria de fato;
b) Provar o alegado por todos os meios de provas em direito admitidas, tais
como depoimento pessoal da Reclamada, oitiva de testemunhas, juntada
de documentos, mesmo que a posteriori e demais provas em direito
admitidas que se fizerem necessárias;
c) A concessão de gratuidade de justiça do Reclamante, nos termos do art.
790, §4° da CLT.
d) Por fim, a procedência dos pedidos com a condenação do Reclamado ao
pagamento das verbas pleiteadas, acrescidas de juros e correção
monetária.

Dá-se à causa o valor de R$..., correspondente à somatória dos valores dos


pedidos.

Termos em que,
Pede deferimento.

Guarapuava, data...

Advogado ...
OAB n°.../...
Questão 2 – Sim, possui direito a 15 (quinze) minutos de intervalo/repouso,
com fulcro no artigo 71, §1º da CLT.

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