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O Problema do
Custo Social
Diego

Fabio

Hermelino
https://sites.google.com/view/drcarn/

O quê é Custo Social ?


Custo social, em economia, representa
todos os custos que são associados a
alguma atividade econômica. Abrange os
custos advindos da produção de certo
produto (custo privado) e os custos
externos à firma, que são percebidos pela
sociedade como um todo (externalidade).
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Natureza Recíproca
do Custo Social
Seja uma situação hipotética de confronto
entre dois indivíduos A e B na qual o a
atividade do primeiro causa algum prejuízo
ao segundo:
 Um olhar simplista resolveria o problema
restringindo A e favorecendo B;
 Mas evitar o prejuízo a B implicaria em
prejuizo a A;

Assim o problema aqui seria evitar o


prejuizo mais grave.
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Responsabilidade Civil
e o Custo Social
Responsabilidade civil é a obrigação de
reparar o dano que uma pessoa causa a outra.
Em direito, a teoria da responsabilidade civil
procura determinar em que condições uma
pessoa pode ser considerada responsável pelo
dano sofrido por outra pessoa e em que
medida está obrigada a repará-lo. Em regra o
ordenamento jurídico contempla o agente
passivo em detrimento do ativo, desprezando o
contexto recíproco dessa relação.
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Barganha
Segundo Coase (1960), a solução eficiente do
problema das externalidades residiria na auto-
regulação do mercado, através da negociação ótima
dos efeitos externos entre os próprios sujeitos
enredados no conflito.

A viabilidade de uma tal transação dependeria do


implemento de duas condições cumulativas, a saber:
 a delimitação precisa dos direitos incidentes sobre
os recursos envolvidos;
 e a inexistência ou insignificância dos "custos de
transação“.
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Estudo de Caso:
Sturges v. Bridgman (1879)
Um confeiteiro usava dois almofarizes e pilões para
a realização do seu trabalho. Um médico, então,
veio a ocupar instalações vizinhas, mas percebeu
que o ruído e a vibração causados pelo maquinário
do confeiteiro dificultavam seu trabalho.
Por vias judiciais o médico obteve o direito de
impedir que o confeiteiro usasse seu maquinário.
Mas, é claro, teria sido possível modificar a solução
vislumbrada pela decisão judicial por meio de uma
barganha entre as partes.
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Estudo de Caso:
Sturges v. Bridgman (1879)
O médico estaria disposto a renunciar ao seu
direito e permitir que o maquinário continuasse
em funcionamento se o confeiteiro lhe pagasse
uma soma de dinheiro que fosse maior que a
perda de renda que ele sofreria por ter que
restringir suas atividades naquele local.
O confeiteiro estaria disposto a fazer isto se a
quantia que ele tivesse que pagar ao médico
fosse menor que a queda na renda que ele
sofreria se tivesse que mudar seu modo de
operação naquele local.
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Estudo de Caso:
Sturges v. Bridgman (1879)
A solução do problema depende,
essencialmente, de se saber se o uso contínuo
do maquinário acrescenta mais à renda do
confeiteiro do que diminui da renda do médico.
Porém, se o vencedor do caso tivesse sido o
confeiteiro, o médico é que teria que pagar
para dissuadi-lo de usar o maquinário. Se a
renda do médico tivesse caído mais do que o
montante acrescentado à renda do confeiteiro,
haveria espaço para uma barganha.
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Sistema de Determinação
de Preços
Com responsabilidade sobre os prejuízos:
quando a atividade nociva tem de pagar
por todo o dano causado.

Sem responsabilidade sobre os prejuízos: a


atividade de negócios não é
responsabilizável por qualquer prejuízo que
venha a causar.
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Custos de Transação
Para que alguém realize uma transação, é
necessário descobrir quem é a outra parte, informar
sua disposição para negociar, bem como as
condições sob as quais deseja fazê-lo, conduzir as
negociações em direção à barganha, formular o
contrato, empreender meios de inspeção e assim
por diante. Tais operações são, geralmente,
extremamente custosas. Custosas o suficiente para
evitar a ocorrência de transações que seriam
levadas a cabo em um mundo em que o sistema de
preços funcionasse sem custos.
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Teorema de Coase
Se os custos de transação forem nulos ou
irrisórios, a alocação inicial de direitos
efetuada pelo ordenamento jurídico não
influirá sobre o resultado da contenda
armada em torno da externalidade, pois os
afetados acabarão por resolvê-la, através
de um processo de autocomposição, no
sentido da distribuição mais eficiente dos
recursos negociados.
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Property Rights
"... property rights são as relações comportamentais,
sancionadas entre homens, que se originam da
existência de coisas e são pertinentes a seu uso... "
(FURUBOT & PEJOVICH, 1972).

As propostas dos autores que compõem a Escola


dos Property Rights levam em conta a internalização
da noção de domínio como variável inerente à
Ciência Econômica, com o fito de extrair, a partir do
estudo de casos concretos, os postulados ordenadores
do endereçamento eficiente de bens jurídicos
escassos aos agentes econômicos.
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Pigouvian Tax
Uma alternativa aos direitos de propriedade seria a
instituição de um imposto sobre a atividade
geradora, este é o princípio básico de controle das
externalidades que se baseia no facto de que os
custos sociais e privados não são iguais, sendo
calculada uma taxa que demonstrará ao indivíduo
poluidor os reais custos (os custos sociais) das suas
ações. A taxa pressupõe assim que se equivalham
os custos marginais sociais aos custos marginais
privados, assim como os benefícios marginais.
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Pigouvian Tax
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Estudo de Caso:
Política Nacional do Meio Ambiente
Lei nº 6938/81, art. 14º, § 1 - Sem obstar a aplicação
das penalidades previstas neste artigo, é o poluidor
obrigado, independentemente da existência de
culpa, a indenizar ou reparar os danos causados ao
meio ambiente e a terceiros, afetados por sua
atividade (...).

Princípio do poluidor-pagador : o causador da


poluição deve arcar com os custos necessários à
diminuição, eliminação e neutralização dos danos.
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Limitações do Pigouvian Tax


1. Definição e medição do verdadeiro valor do
custo da externalidade.

2. É um sistema extremamente complexo de


implementar já que diferentes tipos de
externalidades geram diferentes tipos de custos.

3. A imparcialidade também é importante pois


enquanto que eticamente taxar o poluidor será
a política correta, há sempre dois lados numa
externalidade, e podem existir situações em que
taxar a “vítima” será a melhor hipótese.
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Tragédia do Uso Comum


A tragédia dos comuns é um tipo de armadilha
social que envolve um conflito entre interesses
individuais e o bem comum no uso de recursos
finitos. Ela declara que o livre acesso e a
demanda irrestrita de um recurso finito, termina
por condenar estruturalmente o recurso por
conta de sua superexploração.
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Estudo de Caso:
Pesca Predatória em Fortaleza
A pesca predatória é o
maior exemplo do
problema das áreas de
uso comum: o impacto
de um pescador
isolado sobre as
reservas totais de peixe
é desprezível, mas o
esforço conjunto de
milhares de pescadores
resulta de sérios
esgotamentos dessas
reservas.
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Estudo de Caso:
Pesca Predatória em Fortaleza

A criação do Parque Estadual da Pedra da


Risca do Meio vem a sintetizar as duas
soluções discutidas para a externalidade:
 Da um direito de propriedade aos
pescadores artesanais em detrimento da
pesa industrial;
E ao mesmo tempo institui multa
(taxa)caso esse direito seja violado.
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Conclusão
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Referências
PRADO, Rodrigo Leite. Introdução à teoria econômica dos "property
rights". Jus Navigandi, Teresina, ano 7, n. 59, 1 out. 2002. Disponível
em: <http://jus.uol.com.br/revista/texto/3206>. Acesso em: 20 mar.
2011.

FURUBOTN, E. G., PEJOVICH, S. "Property Rights and Economic Theory:


a Survey of Recent Literature", inJournal of Economic Literature, v. 10,
n. 4, 1972 apud STEPHEN, Frank H.. Teoria Econômica do Direito. São
Paulo: Makron Books, 1993.

SOUSA, R. M. Dionísio. Externalidades. 2000. Disponível


em:<http://www.ritasousa.com/files/ficheiro/exter_rs.pdf>. Acesso
em: 24 mar. 2011.

COASE, Ronald H. The Problem of Social Cost. Journal of Law and


Economics (Outubro, 1960). Disponível em:
<http://www.iders.org/textos/Coase_Traducao_Problema_Custo_Soci
al.pdf>. Acesso em: 24 mar. 2011.

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