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Disciplina:
Concreto Armado I (CIV8010)
Bibliografia:
1- Notas de Aula
2- Curso de Concreto Armado Vol. 1 e 2 – Süssekind, J.C., Editora Globo
3- NBR 6118/2003 (antiga NB1) – Projeto e Execução de Obras de Concreto Armado
4- Estruturas de Concreto Vol 1,2 e 3 – Fusco
5- Calculo de Concreto aramado. Vol I e II – Santos, L. Modesto editora LMS Ltda
6- Construções de Concreto. Vol 1,2,3,4 Leonhardt, F. – Editora Interciência
Ü Histórico
O desenvolvimento do cimento Portland, por Josef Aspdin (1824) na Inglaterra, somado à idéia de colocação de barras de aço na parte
tracionada de peças feitas em argamassa de cimento, posta em prática na França por Lambot (1855, para construção de barcos) e por
Monier (1861, na fabricação de um jarro de flores), constituiu-se no embrião que gerou o concreto armado. Animado com sua experiência,
Monier conseguiu chegar ao concreto armado, tal como hoje o entendemos (em termos de materiais empregados), obtendo, a partir de
1867, sucessivas patentes para a construção de tubos, lajes, pontes, alcançando êxito em suas obras, apesar de executá-las sem qualquer
base cientifica, por métodos puramente empíricos.
Foi a partir da compra das patentes de Monier, por empresas alemãs que hoje representam a atual "Wayss, & Freitag", que o concreto
armado pôde encontrar uma primeira teoria cientificamente consistente, comprovada experimentalmente, elaborada e publicada por Morsch
em 1902. Calcando-se, inteiramente, na teoria de Morsch, as primeiras normas para o cálculo e construção em concreto armado foram
sendo redigidas. Apesar de quase oitenta anos terem-se passado desde a sua apresentação, as idéias fundamentais de Morsch ainda
continuam válidas, ressaltando que sua teoria fornece um dimensionamento à favor da segurança. Este fato originou as adaptações e
mudanças introduzidas, sobretudo nas três últimas décadas.
A introdução de tensão prévia na armadura, visando eliminar futuros esforços de tração no concreto, foi também examinada por Morsch,
juntamente com Konen (1912). O tema foi posteriormente retomado pelo francês Freyssinet que diagnosticou a necessidade de adoção de
aços de alta resistência superiores aos usualmente empregados nas armadura no concreto armado. Assim foi possível assegurar um saldo
de tensões considerável após a contabilização das perdas de protensão; desta forma foi equacionado o problema, tornando-se Freyssinet o
criador do concreto protendido.
Se, em termos de formulação das teorias fundamentais do concreto armado e protendido, o Brasil não apresentou grande contribuição, já
na aplicação deste material soube dar notáveis exemplos de arrojo e criatividade, sendo nossa Engenharia de Projeto e Construção em
Concreto internacionalmente reconhecida e respeitada nos dias atuais. Mesmo correndo o risco de cometer injustiças por alguma omissão,
é preciso deixar registrada a importância do trabalho desenvolvido por E. Baumgart, pai da Engenharia Estrutural brasileira, que projetou o
primeiro arranha-céu em concreto armado no mundo (sede de "A Noite", no Rio de Janeiro) e que pela primeira vez usou a construção em
balanços sucessivos para a extraordinária ponte sobre o rio do Peixe (1931), durante muito tempo o recorde mundial de vão em concreto
armado (68 m, calculada por P. Fragoso). Merecem ser citados também A. A. Noronha, R. Zuccolo, J. Cardoso (estruturas da Pampulha e
de Brasília), Ponte Rio-Niteroi projetada por Ernani Diaz e tantos outros.
Ü Composição
Concreto é um aglomerado resultante da mistura em proporções adequadas de cimento, água e materiais inertes (geralmente areia,
pedregulho, pedra britada ou argila expandida) que, empregado em estado plástico, endurece com o passar do tempo, devido a hidratação
do cimento, isto é, sua combinação química com a água. Se necessário pode-se adicionar a mistura aditivos que influenciam suas
características físicas e químicas.
Cimento Portland (aglutinante)
Água
Componentes Miúdo (areia e pó de pedra)
do Concreto Agregados (material inerte)
Graúdo (pedra britada, pedregulho, seixo rolado, argila
Aditivos expandida).
A resistência do concreto aumenta com o consumo de cimento de 250 a 450 Kg/m3. A resistência decresce com o fator água-cimento que é
a relação em peso da água para o cimento e que pode variar de 45% a 70%.
O concreto hoje é empregado em todos os tipos de estruturas sejam edifícios residenciais, industriais, pontes, túneis, barragens, abóbadas,
silos, reservatórios, cais, fundações, obras de contenção, galerias de metrô, etc.
Ü Propriedades
ü Durabilidade;
ü Trabalhabilidade;
ü Impermeabilidade;
Ü Produção
Para obtenção de um bom concreto de acordo com sua finalidade, devem ser efetuadas com perfeição as operações básicas de produção
do material, que influem nas propriedades do concreto endurecido.
• Dosagem: Estudo, indicação das proporções e quantificação dos materiais componentes da mistura, afim de obter um concreto
com determinadas características previamente estabelecidas.
• Mistura: Dar homogeneidade ao concreto, isto é, fazer com que ele apresente a mesma composição em qualquer ponto de sua
massa.
• Transporte: Levar o concreto do ponto onde foi preparado ao local onde será aplicado, podendo ser dentro da obra ou para ela,
quando misturado em usina ou fora dela.
• Lançamento: Colocação do concreto no local de aplicação, em geral, nas formas.
• Pega: Reações químicas que ocorrem no lançamento do concreto. Começa a endurecer após quatro horas da adição da água.
• Adensamento: Compactação da massa de concreto, procurando retirar-se dela o maior volume possível de vazios - ganho de
resistência.Usa-se vibrar a massa com vibradores mecânicos,devendo-se evitar o excesso.
• Cura: Conjunto de medidas com o objetivo de evitar a perda de água (evaporação) pelo concreto nos primeiros dias de idade,
água essa necessária para reação com o cimento (hidratação). Normalmente a resistência de projeto é atingida após vinte e oito
dias da aplicação. Retração de volume.
• Ensaios: A resistência do concreto é definida estatisticamente a partir de ensaios feitos a compressão em corpos de prova
cilíndricos de 15 cm de diâmetro e 30 cm de altura.
Armadura metálica
A armadura de uma estrutura é montada com vergalhões longitudinais e transversais (estribos), normalmente com os diâmetros comerciais
de 5 mm, 6.3mm, 8mm, 10mm, 12.5mm, 16mm, 20mm, 22mm, 25mm e 32mm em aço com a finalidade de absorver as tensões de tração
que surgem nas peças quando submetidas a esforços de flexão, de torção e de tração.
Fôrmas
Executadas em tábuas de madeira ou chapas de madeira compensada reforçada com sarrafos de madeira, ou, mais recentemente
executadas em chapas metálicas, as formas recebem primeiro a armadura e então o concreto. É importante um bom escoramento para
evitar movimentação antes do concreto obter resistência.
1
Ocupa os espaços remanescentes em torno da areia para aumentar a resistência e a impermeabilidade
Fundamentos do Concreto Armado
Universidade Veiga de Almeida
Concreto Armado I 3
2) Módulo de deformação térmica:
Coeficiente de dilatação térmica dos dois materiais aproximadamente iguais:
αCONCRETO ~ 1,0×10-5/ ºC
αAÇO = 1,2×10-5/ ºC
Durante as variações térmicas surgem tensões pequenas entre o concreto e o aço, além da proteção térmica para as armaduras.
O concreto protege a armadura contra a corrosão, seja do ponto de vista físico através do cobrimento ou químico através da presença de
cal na água que se forma durante a pega. A cal forma uma camada quimicamente inibidora em torno da armadura, desde que seja
garantida uma presença mínima de agentes nocivos, como cloretos na água de amassamento do concreto.
Figura 1 - Viga de concreto simples rompendo-se na parte inferior devido à pequena resistência à tração do concreto.
Figura 2 - Viga de concreto armado. As armaduras, colocadas na parte inferior, absorvem os esforços de tração, cabendo ao concreto
resistir à compressão. As armaduras controlam a abertura das fissuras.
Nos níveis de deformação que a armadura deve atingir, para que as suas tensões de trabalho na tração sejam desenvolvidas o concreto
tem sua resistência a tração superada dando inicio ao processo de fissuração. Assim deve ser disposta armadura nas regiões tracionadas
das peças, preferencialmente nas direções principais de tração.
Fluência:
Fenômeno em que a peça de concreto submetida a uma tensão constante tem deformação crescente ao longo do tempo
Relaxação:
Presente nas armaduras protentidas, corresponde ao inverso da fluência. Ao longo do tempo há uma redução na tensão mantendo-se
constante a deformação
Retração:
Encurtamento do concreto pela perda de água não quimicamente associada ao mesmo nas regiões de contato com o ar (periféricas). Como
as regiões centrais expulsam a água mais tarde ocorrem tensões e fissurações.
ü Economia: em termos gerais a estrutura de concreto é mais barata que a de aço; não exige mão de obra com muita
qualificação; equipamentos em geral simples;
ü Moldagem fácil: adaptação à qualquer tipo de forma e facilidade de execução;
ü Resistência: ao fogo; às influência atmosféricas; ao desgaste mecânico; ao choque e vibrações;
ü Monolitismo e hiperestaticidade da estrutura;
ü Durabilidade – com manutenção e conservação nulas;
ü Rapidez de construção (pré-moldados);
ü Boa resistência a efeitos térmicos, atmosféricos e ao desgaste mecânico.
Regulamentos internacionais
Building Code Requirements for Reinforced Concrete (regulamentos editados pelo ACI - American Concrete Institute)
EUROCODE – regulamenta o projeto de estruturas de concreto da União Européia
Associações nacionais
ESTADOS LIMITES
Na verificação da segurança das estruturas de concreto, devem ser atendidas as condições construtivas e as condições analíticas de
segurança (item 12.5, pg.65 da NBR 6118).
Do ponto de vista das condições construtivas, devem ser atendidos os critérios de detalhamento, as normas de controle dos materiais e as
exigências no controle da execução da obra, definidos nas Normas Brasileiras.
Do ponto de vista das condições analíticas, define-se que as resistências disponíveis não podem ser menores que as solicitações atuantes,
com relação a todos os estados limites e a todos os carregamentos (os de Norma e os específicos para a construção considerada). As
ações (Rd) são tudo aquilo que provoca tensões ou deformações em uma estrutura. As solicitações (Fd) são as cargas de utilização.
Simbolicamente. Rd ≥ Fd
Define-se que uma estrutura ou parte dela atinge um estado limite quando, de modo efetivo ou convencional, se toma inutilizável, ou deixa
de satisfazer às condições previstas para a sua utilização. Os estados limites podem ser de colapso, de deformações exageradas ou de
fissuração além de certos limites. Segundo a NBR 6118, em seus itens 3.2 e 10.2, devem ser considerados no projeto estados limites
últimos (ELU) e de serviço (ELS). Simbolicamente Rd= Fd, em um estado limite.
Estados limites últimos (ELU) que correspondem ao esgotamento da capacidade portante da estrutura, total ou parcial, podendo ser
atingidos pela perda, generalizada ou parcial, de estabilidade da estrutura pela ruptura de seções, flambagem, plastificação, pela
instabilidade elástica ou pela deterioração por fadiga.
Estados limites de utilização ou serviço (ELS) correspondem à impossibilidade de emprego, total ou parcial, da estrutura por esta não
oferecer mais as condições necessárias à funcionalidade e à durabilidade, ainda que sua capacidade portante não tenha se esgotado.
Podem se originar, por exemplo, de deformações excessivas, de fissuração prematura ou excessivas, de existência de danos indesejáveis,
como Corrosão da armadura ou lixiviação do concreto ou de vibração excessiva.
As ações a serem consideradas atuantes sobre as estruturas são as cargas permanentes, as acidentais e todas aquelas que possam
produzir solicitações importantes, de acordo com as normas e condições peculiares de cada obra. Deve-se analisar a necessidade de
inclusão dos efeitos das ações: do vento, da variação de temperatura da retração e deformação lenta do concreto, dos choques, dos
deslocamentos de apoio; e, analisar os efeitos dos .esforços repetidos e daqueles atuantes nas fases construtivas, decorrentes da
montagem de peças pré-moldadas ou da retirada dos escoramentos. A NBR6120 - Cargas para cálculo de estrutura de edificações, fixa as
condições exigíveis para a determinação dos valores das cargas que devem ser consideradas no projeto de edificações, qualquer que seja
a sua classe ou destino, salvo casos especiais
Pretende-se que, no dimensionamento nas situações de flexão, a ruptura por ação do momemento fletor ocorra antes de rupturas do tipo
frágil, como por cisalhamento ou deficiência de ancoragem. Na própria ruptura à flexão simples, pretende-se que a situação de deformação
plástica excessiva da armadura ocorra antes da ruptura na região comprimida do concreto.
Os estados limites de utilização (de serviço) abaixo devem ser atendidos nas estruturas de concreto armado. Outros estados limites não
citados se aplicarão somente ao concreto protendido.
Estado limite de formação de fissuras (ELS-F): situação em que se inicia a formação de fissuras (verificado somente no caso de algumas
estruturas particularmente sensíveis à fissuração, como alguns tanques contendo material perigoso);
Estado limite de abertura de fissuras (ELS- W): situação em que as fissuras atingem valores de abertura considerados como já prejudiciais
ao uso ou à durabilidade das peças.
Estado limite de deformações excessivas (ELS-DEF): situação em que as deformações ultrapassam os limites aceitáveis para a utilização
normal da estrutura.
Estado limite de vibrações excessivas (ELS-VE): situação em que as vibrações atingem os limites estabelecidos para a utilização normal da
construção.
CRITÉRIOS DE SEGURANÇA
A NBR 6118, em seus itens 11.6.1 e 12.2 define os valores característicos para as grandezas envolvidas nas verificações dos estados
limites (respectivamente, as ações e as resistências).
Os valores característicos (fk) a serem considerados para as resistências de um material, são definidos como os valores que têm uma
probabilidade de 5% de não serem atingidos pelos elementos de um determinado lote do material. Admite-se uma distribuição normal para
estas resistências:
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Estados Limites do Concreto e Critérios de Segurança
Concreto Armado I 6
fck=fcm-1,65 sc
fk= fm-1,65s (quantil de 5%) fyk=fym-1,65sy
Onde:
fk- resistência característica
fm- resistência média
fck – resistência a compressão do concreto característica
fcm- resistência à compressão do concreto média
fyk- resistência de escoamento do aço característica
fym- resistência de escoamento do aço média
s—desvio padrão do lote para n-1 resultados
A resistência característica do concreto à compressão é determinada a partir dos resultados de ensaios em corpos de prova cilíndricos, de
15 cm de diâmetro e 30 em de altura, moldados de acordo com a NBR 5738, com a idade de 28 dias, com procedimento estatístico de
acordo com a NBR 5739.
A NBR 6118, em seu item 8.2.1, define classes de resistência em MPa para o concreto. Para superestruturas de concreto armado, o
concreto deve ser no mínimo de classe C20 (fck = 20 MPa). Para estruturas de fundações e em obras provisórias, o concreto pode ser de
classe C15 (fck = 15 MPa). A Norma é aplicável para concretos de classe até C50. Para idades inferiores a 28 dias, um coeficiente de
redução na resistência do concreto se aplica, como definido no item 12.3.3 da Norma.
Onde:
fct,m – resistência do concreto à tração direta média
fct,sp – resistência do concreto a tração indireta
fctk,inf – resistência a tração do concreto característica inferior
fctk,sup – resistência a tração do concreto característica superior
Exemplo:
fck = 20 MPa
fct,m = 0,3 x 202/3 = 2,21 MPa
fctk.inf= 0,7 x 2,21 = 1,55 MPa
fctk.sup= 1,3 x 2,21 =2,87 MPa.
(Obs: 1 tf= 10kN; 1 MPa= 1000kN/m²= 100 tf/m² = 10kgf/cm²)
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Estados Limites do Concreto e Critérios de Segurança
Concreto Armado I 7
A resistência característica do aço à tração, fyk (ou à compressão,fyck) é definida em função da tensão mínima de escoamento, real ou
convencional, que é fixada como sendo a tensão correspondente à deformação específica permanente de 0,2%, determinada de acordo
com a NBR 6152.
CA-25 fyk= 250 Mpa ou 25KN/cm2
CA-50 fyk= 500 Mpa ou 50KN/cm2
CA-60 fyk= 600 Mpa ou 60KN/cm2
As resistências de cálculo são estabelecidas pela NBR 6118, no seu item 12.3, a partir dos respectivos valores característicos definidos
anteriormente e dos coeficientes de ponderação das resistências. Estes coeficientes levam em conta a variabilidade da resistência dos
materiais envolvidos, as diferenças entre resistências medidas em corpos de provas e nas estruturas, desvios ocorridos na construção das
estruturas e aproximações feitas no projeto, do ponto de vista das resistências. Para verificações estruturais realizadas com concreto de
idade igual ou superior a 28 dias, as expressões abaixo se aplicam.
γc devem ser multiplicados por 1,1 em condições desfavoráveis,como más condições de transporte, adensamento manual, ou concretagem
deficiente por concentração de armaduras.
γs deve ser multiplicado por 1,1 em obras de pequena importância, em que seja empregado o aço CA-25 e sem a realização do controle
de qualidade estabelecido na NBR 7480.
A NBR 6118, no seu item 11.7, define valores de cálculo para as ações, por meio de coeficientes de majoração γf, que levam em conta: a
variabilidade das ações, a simultaneidade da atuação das ações, desvios gerados na construção não explicitamente considerados no
cálculo e as aproximações feitas no projeto do ponto de vista das solicitações.
Situação γg γq γε
Normais 1,4 1,4 1,2
Especiais ou de Construção 1,3 1,2 1,2
Excepcionais 1,2 1 1
Fqk pode ser ponderado com fatores de redução, conforme definido no item 11.7.1 da NBR 6118, quando ocorrerem ações variáveis com
possibilidade de atuação simultânea
Ponderação das ações nos estados limites de serviço, usualmente:
O que significa adotar, usualmente, nos estados limites de serviço γf =1,0. Outros coeficientes são definidos no item 11.7.2 da NBR 6118,
para combinações definidas pela Norma como freqüentes ou quase permanentes.
O aço "comum" (aço CA-25, com fyk =25 kN/cm²), é fabricado por laminação a quente seguida de resfriamento ao ar livre, sem qualquer
tratamento posterior.
Os aços "especiais" (CA-50 e CA..,60) podem ter seu acréscimo de resistência obtido por dois processos:
- os aços com patamar de escoamento definido ("laminados a quente", anteriormente denominados de aços tipo A), são fabricados
pelo mesmo processo dos aços "comuns", tendo sua resistência aumentada agregando-se elementos químicos adicionais para se obter
ligas especiais.
- os aços sem patamar de escoamento definido (anteriormente denominados de aços tipo B, "encruados a frio"), têm sua
resistência aumentada por processos mecânicos, de encruamento por deformação a frio (por torção, tração, etc.), após a laminação a
quente.
Os ensaios para a obtenção dos valores característicos da resistência do aço à tração, deverão ser feitos de acordo com a NBR 6152.Os
aços encruados a frio podem perder sua resistência adicional quando aquecidos, por exemplo, em processo de soldagem não
controlado.Para o cálculo nos estados limites últimos, considera-se o diagrama tensão-deformação genérico para o aço, definido pela NBR
6118, em seu item 8.3.6.
σS
fyk
fyd
Es
ε
Fig 4- Diagrama tensão-deformação para ações de armadura passivaS
A aplicação dos critérios de dimensionamento que serão a seguir detalhados, leva ao diagrama tensão-deformação de projeto abaixo.
σS
fyd
T
R
A
Ç
A
O
3,5‰ εycd = εyd Es
εyd 10‰ εS
C
O
M
P
R
E
S
S Fig5- Diagrama tensão-deformação de projeto
Ã
O
fycd
Considera-se
Es = 210 000 MPa = 21000 kN/cm²= 21 . 107 kN/m².
σc
fck
0,85 fcd
ε Max=2‰
ε Ruptura =3,5‰
Efeito “Rüsch” a resistência que se obtém em um ensaio rápido é maior do que a resistência a uma carga aplicada por período de tempo
longo, por isso não usamos todo o fck do concreto.
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TABELAS PARA DIMENSIONAMENTO À FLEXÃO Concreto Armado I 26