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PRINCÍPIO DA CONSUNÇÃO

Têm por objetivo o presente trabalho, explicar através de pesquisa o princípio da


consunção como o mesmo está previsto em lei dos crimes contra o sistema financeiro
nacional entre outros casos conforme estudado em aula.

Pelo princípio da consunção, para que uma infração penal possa ser totalmente
absorvida por outra é preciso, dentre outros requisitos, que o crime absorvido seja
menos grave que o crime absorvente, razão pela qual, o crime de sonegação fiscal (pena
de 2 a 5 anos de reclusão), não pode ser considerado como absorvido A norma
definidora de um crime constitui meio necessário ou fase normal de preparação ou
execução de outro crime. Em termos bem esquemáticos, há consunção quando o fato
previsto em determinada norma é compreendido em outra, mais abrangente, aplicando-
se somente esta. Conflito aparente de tipos penais na Lei nº 7.492/86 Lei n.º 7.492/86. E
para facilitar a compreensão, adotar-se-á uma situação hipotética para a delimitação
material da análise, para, a partir dela, apresentar uma possibilidade de conclusão para o
conflito mencionado. A hipótese a ser abordada é a falsificação de boletos/contratos de
câmbio levada a efeito por proprietários de casas de câmbio, com a finalidade de fechar
suas posições financeiras frente ao órgão fiscalizador, o Banco Central do Brasil,
mediante informações de venda no varejo, encobrindo, assim, uma intensa e
concentrada movimentação de moedas estrangeiras. a resolução de conflitos aparentes
de normas penais Antes de iniciar-se o estudo do caso proposto, é preciso definir os
princípios utilizados para a resolução dos conflitos aparentes de normas penais, bem
como suas hipóteses de aplicação. Seria salutar, aqui, a citação dos conceitos de
consunção, especialidade princípio da consunção. Conforme o mesmo, denominado
também princípio da absorção, a norma definidora de um crime constitui meio
necessário para preparação ou execução de um outro delito. Em outras palavras, o
agente, para satisfazer sua intenção criminosa, pratica dois ou mais crimes,
estabelecendo entre os mesmo uma relação de meio e fim, isto é, para alcançar aquele
intento, ele se utiliza de outro tipo penal. Ex.: Alex matou João, mas para realização da
ação o agente teve que violar o domicílio da vítima. Alex responderá por homicídio
consumado em concurso com o crime de violação de domicílio, ou responderá apenas
por homicídio? Resposta: Alex responderá tão somente pelo crime do art. 121, visto que
pelo princípio em questão, o crime fim (homicídio) absorve o crime meio (violação de
domicílio). Em se tratando de estelionato e falsificação, observar o entendimento
sumulado nº 17 do STJ. 2. PRINCÍPIO DA SUBSIDIARIEDADE (Lex primaria
derogat subsidiariae) Contudo o princípio da subsidiariedade apresenta-se quando, do
cometimento de uma conduta inicial faz surgir uma incriminadora que, pela gravidade
da atuação do agente, passa a configurar um outro crime. Na utilização desse princípio,
devemos observar o grau de violação cometido pelo agente contra o bem jurídico
tutelado pela norma. Imagine que A, sabendo estar contaminado por uma doença
venérea, mantém relações sexuais com B. A princípio, A responderá pelo crime do art.
130 do CP - perigo de contágio venéreo, já que o agente expôs a vítima a contágio da
moléstia. Entretanto, se dessa ação sobrevier à morte de B, é totalmente possível que A
responda por homicídio, ou até mesmo lesão corporal seguida de morte. O juiz deverá
analisar no caso concreto a intenção do agente no momento do crime e se o mesmo
assumiu o risco de produzir o resultado. Daí, mostra-se a subsidiariedade do art. 130 em
relação aos Arts. 121 e 129. Em suma, houve uma ação ou omissão que caracterizou
dois ou mais tipos penais. A norma mais ampla, mais gravosa, denominada norma
principal, afastará a aplicação da norma subsidiária. Vale ressaltar que a subsidiariedade
pode ser expressa (explícita) ou tácita (implícita). No primeiro caso, a exclusão da
norma subsidiária é mencionada na lei. A exemplo disso temos o art. 132 do CP - perigo
para a vida ou saúde de outrem. Art. 132 - Expor a vida ou a saúde de outrem a perigo
direto e iminente: Pena - detenção, de três meses a um ano, se o fato não constitui crime
mais grave Está expresso no artigo o caráter residual do tipo penal. Se a exposição não
configurar um crime mais grave, o agente responderá por este artigo. Quanto ao modo
tácito do princípio, a aplicação deste ocorrerá em virtude dos elementos das normas,
caso fique configurado hipótese mais grave de ofensa ao mesmo bem jurídico. A
constatação é, como citado no exemplo da transmissão de contágio venéreo, resultante
de cuidadosa análise da estrutura dos tipos penais em relação ao caso concreto. 3.
PRINCÍPIO DA ESPECIALIDADE (Lex speciali derrogat generalis) O princípio da
especialidade é o mais simples dos princípios já citados. Este princípio determina que a
norma especial prevalecerá sob a norma geral. Nas palavras de Damásio de Jesus: “... O
princípio da especialidade possui uma característica que o distingue dos demais: a
prevalência da norma especial sobre a geral se estabelece in abstracto, pela comparação
das definições abstratas contidas nas normas, enquanto os outros exigem um confronto
em concreto das leis que descrevem o mesmo fato.” (apud, CAPEZ, 2010, p. 90) Assim,
imagine que A mata B, Presidente do Senado Federal, por razões políticas. A não
responderá pelo art. 121 do CP, mas pelo art. 29 da Lei de Segurança Nacional, por fim
visa o trabalho resume de forma clara e sucinta o princípio da consunção.

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