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Empresa Procedimento de Prevenção da COVID-19


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1. INTRODUÇÃO
COVID-19 (do inglês Coronavirus Disease 2019) é uma doença infecciosa causada pelo coronavírus da
síndrome respiratória aguda grave 2 (SARS-CoV-2). Os sintomas mais comuns são febre, tosse seca e cansaço.
Entre outros sintomas menos comuns estão dores musculares, dor de garganta, dor de cabeça, congestão nasal,
conjuntivite, perda do olfato e do paladar, erupções cutâneas na pele ou dedos de tom azul.
Cerca de 80% dos casos confirmados são ligeiros ou assintomáticos e a maioria recupera sem sequelas.
No entanto, 15% são infecções graves que necessitam de oxigênio e 5% são infecções muito graves que
necessitam de ventilação assistida em ambiente hospitalar. Os casos mais graves podem evoluir para pneumonia
grave com insuficiência respiratória grave, septicémia, falência de vários órgãos e morte. Entre os sinais de
agravamento da doença estão a falta de ar, dor ou pressão no peito ou perturbações na fala e no movimento. O
agravamento pode ser súbito, ocorre geralmente durante a segunda semana e requer atenção médica urgente.
A doença transmite-se através de gotículas produzidas nas vias respiratórias das pessoas infectadas. Ao
espirrar ou tossir, estas gotículas podem ser inaladas ou atingir diretamente a boca, nariz ou olhos de pessoas em
contato próximo. Estas gotículas podem também depositar-se em objetos e superfícies próximos que podem
infectar quem nelas toquem e levem a mão aos olhos, nariz ou boca, embora esta forma de transmissão seja
menos comum.
O intervalo de tempo entre a exposição ao vírus e o início dos sintomas é de 2 a 14 dias, sendo em
média 5 dias. Entre os fatores de risco estão a idade avançada e doenças crônicas graves como doenças
cardiovasculares, diabetes ou doenças pulmonares. O diagnóstico é realizado com base nos sintomas e fatores
de risco e confirmado com ensaios em tempo real de reação em cadeia de polimerase para detecção de ARN
(Ácido Ribonucleico) do vírus em amostras de muco ou de sangue.

2. OBJETIVOS
2.1. Estabelecer procedimento sobre a COVID-19 para mitigação de riscos.
2.2. Orientar colaboradores da empresa e visitantes sobre práticas e medidas de proteção associadas à
transmissão pela COVID-19 no ambiente de trabalho e atuação em diferentes categorias de risco.
2.3. Orientar sobre identificação, notificação e encaminhamento oportuno de casos suspeitos de infecção humana
em parceria com os sistemas público e privado de saúde.

3. DEFINIÇÕES
3.1. Casos suspeitos de coronavírus: são as pessoas que apresentam os sintomas da síndrome gripal, que
incluem: febre (> 37,8°C), tosse, dispneia (falta de ar), mialgia (dor muscular), sintomas respiratórios
superiores, fadiga e mais raramente, sintomas gastrintestinais. Alguns sintomas que também requerem
atenção especial são: tremores e calafrios que não somem, dor muscular, dor de cabeça, dor de garganta,
perda recente de olfato ou paladar.
3.2. CIPA: Comissão Interna de Prevenção de Acidentes.
3.3. EPI: Equipamento de Proteção Individual.
3.4. Organização Mundial de Saúde (OMS): é um organismo internacional ligado ao Sistema ONU que tem por
objetivo promover o acesso à saúde de qualidade a todos os povos do mundo.
3.5. SESMT: Serviço Especializado em Engenharia de Segurança e em Medicina do Trabalho.

4. TREINAMENTO E ORIENTAÇÕES
4.1. Todos colaboradores da empresa devem ser treinados sobre práticas de higiene e segurança, inclusive as
medidas preventivas descritas neste procedimento.
4.2. A responsabilidade pela aplicação dos treinamentos é do Departamento de RH, que deve seguir a
sistemática definida no “Procedimento de Gestão de Competências (PR-07-01)”.
4.3. Além do treinamento, os colaboradores da empresa também são orientados pelos gestores por meio de
cartazes e na rotina de trabalho sobre práticas de higiene e segurança.
4.4. Os visitantes devem ser orientados a seguir os procedimentos de prevenção da COVID-19 pelos gestores e
colaboradores da empresa. Caso julgue necessário, a critério da Diretoria, os visitantes também poderão
receber treinamento descrito no item 4.1.

Autor: Aprovação: Data: 23/03/2020


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5. RECEPÇÃO DE COLABORADORES E VISITANTES


5.1. Somente será permitida a entrada na empresa de pessoas com máscara.
5.2. Caso a pessoa (colaborador ou visitante) não estiver usando máscara, a Portaria poderá autorizar sua
entrada, mediante aprovação da Diretoria. Nestes casos, a Portaria deverá fornecer uma máscara à pessoa e
orientá-la sobre uso constante da mesma. Nos casos de colaboradores sem máscara, o mesmo deve ser
encaminhado ao Departamento de RH para reforço da orientação.
5.3. Na recepção de colaboradores e visitantes autorizados (prestadores de serviços, fornecedores e clientes)
deve ser realizada a medição de temperatura pela Portaria. Caso seja detectada temperatura acima de
37,8°C ou se for identificado qualquer sintoma da síndrome gripal, a pessoa deve ser orientada a procurar o
serviço médico e comunicar o SUS. Nos casos de colaboradores a Portaria deve comunicar o Departamento
de RH para acompanhar o caso. O Departamento de RH deve, se aplicável, registrar as informações
relevantes no campo “Observação” na tela de dados pessoais no cadastro do colaborador no “Sistema
Dinâmica / Módulo GRH”. No caso de visitantes, a recepção deve registrar esta informação no “Relatório de
Controle de Visitantes (FO-07-05)”.

5.4. No caso de visitantes não autorizados (funcionários de órgãos públicos na área da saúde ou segurança), o
ingresso da pessoa deve ser autorizado pela recepção mediante comunicação imediata à Diretoria.
5.5. Além de medir a temperatura, a Portaria deve oferecer álcool em gel para todos colaboradores e visitantes
na entrada e saída de pessoas.
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6. PRÁTICAS GERAIS DE BOA HIGIENE E CONDUTA


6.1. Além da recepção, os colaboradores devem comunicar ao seu gestor e ao Departamento de RH qualquer
caso suspeito de coronavírus (sintomas da síndrome gripal) dentro ou fora do ambiente de trabalho.

6.2. Orientação sobre modo de transmissão:


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6.3. Orientação sobre prevenção de contágio pelo Coronavírus (COVID-19):


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6.4. Procedimento de higienização das mãos:

6.5. Outras orientações sobre prevenção de contágio pelo Coronavírus (COVID-19):


 Priorizar agendamentos de horários para evitar a aglomeração e para distribuir o fluxo de pessoas;
 Priorizar medidas para distribuir a força de trabalho ao longo do dia, evitando concentrá-la em um turno
só;
 Limpar e desinfectar os locais de trabalho e áreas comuns no intervalo entre turnos ou sempre que
houver a designação de um trabalhador para ocupar o posto de trabalho de outro;
 Reforçar a limpeza de sanitários e vestiários;
 Adotar procedimentos para, na medida do possível, evitar tocar superfícies com alta frequência de
contato, como botões de elevador, maçanetas, corrimãos, entre outros;
 Reforçar a limpeza de pontos de grande contato como corrimões, banheiros, maçanetas, terminais de
pagamento, elevadores, mesas, cadeiras, entre outros;
 Privilegiar a ventilação natural nos locais de trabalho. No caso de aparelho de ar condicionado, evite
recirculação de ar e verifique a adequação de suas manutenções preventivas e corretivas;
 Promover teletrabalho ou trabalho remoto. Evitar deslocamentos de viagens e reuniões presenciais,
utilizando recurso de áudio e/ou videoconferência.
 Desligar ar condicionado e melhorar a ventilação natural. Se for estritamente necessário o uso do ar
condicionado, promover a manutenção dos aparelhos, incluindo a limpeza frequente dos filtros e troca em
períodos apropriados.
 Implantar barreiras de distanciamento.
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7. PRÁTICAS QUANTO ÀS REFEIÇÕES


7.1. Os colaboradores que preparam e servem as refeições devem utilizar máscara cirúrgica e luvas, com
rigorosa higiene das mãos.
7.2. Proibir o compartilhamento de copos, pratos e talheres não higienizados, bem como qualquer outro utensílio
de cozinha.
7.3. Limpar e desinfectar as superfícies das mesas após cada utilização.
7.4. Promover nos refeitórios maior espaçamento entre as pessoas na fila, orientando para que sejam evitadas
conversas.
7.5. Espaçar as cadeiras para aumentar as distâncias interpessoais. Considerar aumentar o número de turnos em
que as refeições são servidas, de modo a diminuir o número de pessoas no refeitório a cada momento.

8. PRÁTICAS REFERENTES AO TRANSPORTE DE COLABORADORES


8.1. Manutenção da ventilação natural dentro dos veículos através da abertura das janelas. Quando for
necessária a utilização do sistema de ar condicionado, deve-se usar a circulação do ar externo.
8.2. Desinfecção regular (antes do início do trajeto) dos assentos e demais superfícies do interior do veículo que
são mais frequentemente tocadas pelos colaboradores.
8.3. Os motoristas devem observar:
 a higienização do seu posto de trabalho, inclusive volantes e maçanetas do veículo;
 a utilização de álcool gel ou água e sabão para higienizar as mãos.

9. PRÁTICAS REFERENTES AOS COLABORADORES PERTENCENTES A GRUPO DE RISCO


9.1. Os colaboradores pertencentes a grupo de risco (com mais de 60 anos ou com comorbidades de risco, de
acordo com o Ministério da Saúde) devem ser objeto de atenção especial, priorizando sua permanência na
própria residência em teletrabalho ou trabalho remoto.
9.2. Caso seja indispensável a presença na empresa de colaboradores pertencentes a grupo de risco, deve ser
priorizado trabalho interno, sem contato com público, em local reservado, arejado e higienizado ao fim de
cada turno de trabalho.

10. PRÁTICAS REFERENTES AO SESMT E CIPA


10.1. A CIPA poderá ser mantida até o fim do período de estado de calamidade pública, podendo ser suspensos
os processos eleitorais em curso.
10.2. Realização de reuniões da CIPA por meio de videoconferência.
10.3. SESMT e CIPA devem contribuir na elaboração e divulgação a todos os colaboradores do plano de ação
com políticas e procedimentos de orientação aos colaboradores.
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10.4. Os colaboradores de atendimento de saúde do SESMT, tais como enfermeiros, auxiliares e médicos,
devem usar EPIs de acordo com os riscos, em conformidade com as orientações do Ministério da Saúde e
deste procedimento.

11. EQUIPAMENTOS DE PROTEÇÃO INDIVIDUAL (EPI)


11.1. O uso correto de EPI previne exposição ao risco, tais como: luvas, gorros, máscaras e proteção ocular.
Nesses casos é preciso prezar pela manutenção, higienização a cada uso ou descarte, uso correto desses.
11.2. Importante mencionar que EPI relacionados à COVID não se referem, na maior parte das vezes, a um risco
ocupacional, mas sim a uma situação extraordinária de pandemia. Os EPIs relacionados à COVID-19
variam conforme a classificação de risco prevista na tabela 1 (ver capítulo 13 deste procedimento).
11.3. A frequência de troca de EPIs deve, preferencialmente, seguir as orientações do fabricante. Em caso de
desabastecimento, deve seguir as recomendações da ANVISA.

12. PRÁTICAS REFERENTES ÀS MÁSCARAS


12.1. As máscaras devem ser utilizadas para evitar a contaminação do nariz e boca por gotículas respiratórias,
quando este atuar a uma distância inferior a 2 metros de outras pessoas de maneira habitual e permanente.
12.2. Os seguintes cuidados devem ser seguidos quando ao usar as máscaras:
 Coloque a máscara cuidadosamente para cobrir a boca e o nariz e ajuste com segurança para minimizar
os espaços entre a face e a máscara;
 Enquanto estiver em uso, evite tocar na parte da frente da máscara;
 Remova a máscara usando a técnica apropriada (ou seja, não toque na frente da máscara, que pode
estar contaminada, mas remova sempre pelas tiras laterais);
 Após a remoção ou sempre que tocar inadvertidamente em uma máscara usada, deve-se realizar a
higiene das mãos;
 Substitua as máscaras por uma nova máscara limpa e seca assim que a antiga tornar- se suja ou úmida;
 Não reutilize máscaras descartáveis;
 A máscara nunca deve ser compartilhada entre colaboradores.
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13. CLASSIFICAÇÃO DE RISCO DE EXPOSIÇÃO


13.1. A tabela 1 deve ser usada na classificação de risco de exposição dos seus colaboradores, a fim de adotar
procedimentos e uso de EPI a depender do tipo de exposição ocorrida:
Tabela 1 – Classificação de Risco de Exposição
Risco Critérios Procedimentos / EPI
Sem contato com o público e outros colegas de Procedimentos:
Muito trabalho:  Medidas de prevenção (1).
Baixo  Interações sem contato com caso suspeito ou EPI:
confirmado de COVID-19.  Indicado para a atividade (4).
Contato ocupacional mínimo com o público e Procedimentos:
outros colegas de trabalho:  Medidas de prevenção (1).
 Monitoramento ativo dos sintomas por 14
(2)
 Ambiente com contato distante (superior a 2
Baixo metros) de caso suspeito ou confirmado de dias após a última exposição.
COVID-19; EPI:
 Ambientes de trabalho com baixo contato  Indicado para a atividade .
(4)

humano.  Máscara de pano.


Contato ocupacional frequente ou próximo com o Procedimentos:
público e outros colegas de trabalho:  Medidas de prevenção .
(1)
 Ambiente com contato próximo (inferior a 2  Monitoramento ativo dos sintomas por 14
(2)
metros) de caso suspeito ou confirmado de dias após a última exposição.
COVID-19;
Médio  Quarentena doméstica (3) por 14 dias após a
 Atendimento ao público externo e locais de última exposição.
alta densidade populacional;
 Viajantes a trabalho; EPI:
 Ambientes com compartilhamento de  Indicado para a atividade (4).
ferramentas e/ou postos de trabalho.  Máscara de pano.
Procedimentos:
 Medidas de prevenção (1).
 Monitoramento ativo (2) dos sintomas por 14
dias após a última exposição.
Profissionais de saúde atuando na empresa  Quarentena doméstica (3) por 14 dias após a
expostos a uma pessoa conhecida ou suspeita última exposição.
Alto
com COVID-19, incluindo coleta e manipulação EPI:
de amostras para teste de COVID-19.  Indicado para a atividade (4).
 Máscara de pano.
 Máscara cirúrgica, luvas descartáveis, gorro e
óculos ou protetor facial (para os profissionais
de saúde).
Procedimentos:
Contato prolongado ou frequente com uma
 Afastamento do trabalho.
pessoa com COVID-19 confirmado por
 Monitoramento ativo dos sintomas por 14
(2)
laboratório e sintomático.
Muito dias após a última exposição.
 Quarentena doméstica por 14 dias após a
(3)
Alto
Viver na mesma casa, ser um parceiro íntimo
última exposição.
e/ou prestar assistência domiciliar a caso de
COVID-19 confirmado por laboratório.  Encaminhamento para suporte psicológico e
comportamental.
(1)
Medidas de prevenção: Seguir os procedimentos, práticas e recomendações estabelecidas nos capítulos 5 a
13 deste procedimento.
(2)
Monitoramento ativo: Observação individual (auto avaliação orientada) ou procedimentos de avaliação (por
profissionais de saúde) da população exposta a caso suspeito ou confirmado de COVID-19.
(3)
Quarentena doméstica: Essa recomendação é aplicável somente nos casos de contato próximo e prolongado
com caso suspeito ou com COVID-19 confirmada.
(4)
EPI indicado para a atividade: EPI adequado ao risco existente na atividade definido pelo SESMT da empresa.
Nos casos em que a empresa é desobrigada de manter o SESMT, a orientação é feita pela CIPA. Inexistindo a
obrigação da constituição da CIPA, os EPIs são definidos por um profissional tecnicamente habilitado.

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