Você está na página 1de 11

DETERMINAÇÃO DOS ESFORÇOS NOS APOIOS

• Ações:
- aplicadas na super, que provocam esforços nos apoios
- aplicadas diretamente nos elementos dos apoios

• Ações:
- verticais
- horizontais

• Ações verticais:
- carga permanente
- carga móvel
- efeito dinâmico – impacto vertical

• Ações horizontais:
- frenagem / aceleração da carga móvel
- empuxo de terra e da sobrecarga
- força centrífuga
- impacto lateral
- pressão do vento
- deformações do tabuleiro
retração e fluência do concreto
variação de temperatura
protensão
- pressão da água
- choque de veículos

1
Esforços causados pelas ações verticais:
cálculo usual
• Ações verticais aplicadas na super:
cálculo da super ⇒ reações nos apoios ⇒ esforços nos apoios

• Ações verticais aplicadas diretamente nos apoios:


análise isolada do elemento do apoio

Esforços causados pelas ações horizontais:


• Ações horizontais aplicadas diretamente nos apoios:
análise isolada do elemento do apoio

• Ações horizontais aplicadas na super:


análise do conjunto formado pela superestrutura e pelos apoios

CONSTANTES ELÁSTICAS DOS ELEMENTOS DOS APOIOS


Análise do conjunto super + apoios:
proporcionalidade entre deslocamentos horizontais e
reações horizontais
Fator de proporcionalidade ⇒ constante elástica

Rigidez: força necessária para provocar um deslocamento unitário


k=F/∆

Flexibilidade: deslocamento provocado por uma força unitária


δ=∆/F

Portanto : k=1/δ

Articulação fixa: k=∞ δ=0

Articulação móvel: k=0 δ=∞

2
APARELHO DE APOIO DE NEOPRENE
Teoria da Resistência dos Materiais :

∆ F = força horizontal
h = espessura do neoprene
F A = área em planta do neoprene
γ G = módulo de elasticidade
h transversal do neoprene

∆ = deslocamento horizontal
γ = distorção
τ = tensão de cisalhamento

∆=γ.h γ=τ/G τ=F/A

F ⋅h F G⋅ A G⋅A
∆= ⇒ = ⇒ k=
G⋅A ∆ h h

PILAR
Seção transversal constante :


E = módulo de elasticidade do material do pilar
F
I = momento de inércia da seção do pilar

F ⋅ h3 F 3 ⋅ E ⋅I
h ∆= ⇒ =
3 ⋅E ⋅I ∆ h3

3 ⋅ E ⋅I
Por tan to : k =
h3

3
PILAR
Seção transversal variável :

∆ Aplicação do P.T.V. para obter ∆

F F 1 M0 ⋅ M1
h
∆=∫ ⋅ dx =
0 E ⋅I
x hF⋅x ⋅ x
=∫ ⋅ dx =
0 E ⋅I
h F.x x F hx 2
= ⋅∫ ⋅ dx
E 0 I

F E
=
∆ h x2
M0 M1 ∫0 I
⋅ dx

E
Por tan to : k =
h x2

0 I
⋅ dx

PILAR
Seção transversal variável :

E E
k= =
h x2 h1 x2 h x
2


0 I
⋅ dx ∫
0 I
⋅ dx + ∫
h1 I
⋅ dx

I1 h1 k=
E
=
E
h1 h
1 h1 2 1 h 2
x ⋅ ∫ x ⋅ dx + ⋅ ∫ x ⋅ dx 1 ⋅ x
3
+
1 x3

I1 0 I 2 h1 I1 3 I2 3
h 0 h1

E
k=
I2 h2 1 h1
3
1  h 3 h1 
3

⋅ + ⋅ −
I1 3 
I2  3 3 

E
k=
h 3 − h1
3 3
h1
+
3 ⋅ I1 3 ⋅ I2

4
PILAR COM APARELHO DE APOIO DE NEOPRENE

∆ ∆ = ∆p + ∆ n
∆p ∆n
F F ⋅ h 3p
∆p = ⇒ deslocamen to do topo do pilar
hn 3 ⋅ E ⋅I
F ⋅ hn
∆n = ⇒ deslocamento do topo do neoprene
G⋅ A

hp
F ⋅ h3p F ⋅ hn  hp3 h 
∆= + = F⋅ + n 
3 ⋅ E ⋅I G⋅ A  
 3 ⋅ E ⋅I G ⋅ A 
F 1
=
∆ h3p hn
+
3 ⋅ E ⋅I G⋅ A

1 1 1
Por tan to : k = = =
h 3p h 1 1 δp + δn
+ n +
3 ⋅ E ⋅I G ⋅ A kp kn

VÍNCULOS DA BASE DOS PILARES

Fundação em sapata

Deng.

Fundação em tubulão
Fundação em ou estaca isolada
conjunto de estacas

5
PONTES DE TABULEIRO RETO ORTOGONAL CONTÍNUO
EFEITO DE UMA FORÇA HORIZONTAL LONGITUDINAL
Hipótese: tabuleiro rígido (indeformável) ⇒ translação do tabuleiro
∆ ∆ ∆ ∆
F

R1 R2 R3 R4

4
1
3
2

∆1 = ∆2 = ∆3 = ∆4 = ∆ = deslocamento do tabuleiro

ki = Ri / ∆ ⇒ rigidez longitudinal de cada apoio ⇒ Ri = ∆.ki

Condição de equilíbrio: F = R 1 + R 2 + R 3 + R 4 = Σ Ri
F = Σ ∆.ki = ∆.Σ ki ⇒ ∆ = F / Σ ki

Ri = F.ki /Σ ki

EFEITO DE UMA FORÇA HORIZONTAL TRANSVERSAL


F

x2 x3

x1 x4

xi
4
1

2
3 Hipótese:
R4
tabuleiro rígido
R3 ⇒ translação
β
⇒ rotação
R2 C.E.T.

R1 ∆4
∆3
∆2 α
∆1

F F

F.x

Ri = ∆i.ki ∆i = α + β.xi Σ ki.xi = 0

Equilíbrio de forças : F = Σ Ri ⇒ α = F / Σ ki
Equilíbrio de momentos : F.x = Σ Ri.xi ⇒ β = F.x / Σ ki.xi2

Σ ki = K Σ ki.xi2 = J ⇒ ∆i = F / K + F.x.xi / J ⇒ Ri = ki ( F / K + F.x.xi / J)

6
EFEITO DA DEFORMAÇÃO LONGITUDINAL DO TABULEIRO
Apoios com articulações fixas ou elásticas se opõem à deformação do tabuleiro
⇒ reações horizontais e deslocamentos horizontais
Deslocamentos horizontais ocorrem nos dois sentidos
Ponto de deslocamento nulo: centro elástico longitudinal (C.E.L.)
baricentro de ki
∆1 ∆2 ∆3 ∆4

R1 R2 C.E.L. R3 R4

xi

4
1
3
2
x2 x3
x1 x4

∆i = ε.xi ⇒ ε = deformação do tabuleiro ⇒ Ri = ∆i.ki = ε.xi.ki

7
CARGAS HORIZONTAIS EM
TUBULÕES E ESTACAS

Referência:
Fundações – Teoria e prática (Editora Pini)
Capítulo 8.2 – Tubulões e caixões
J.H. Albiero e J.C.A. Cintra

VÍNCULOS DA BASE DOS PILARES

Fundação em sapata

Deng.

Fundação em tubulão
Fundação em ou estaca isolada
conjunto de estacas

1
H H

z
Deng.

Deslocamento Reação
horizontal do solo

K = módulo de reação horizontal do solo = p / y


p = reação do solo
y = deslocamento horizontal
Valor de K depende da profundidade z

Para areias puras e argilas moles:


K cresce linearmente com a profundidade z
K = nh . z
nh = coeficiente de reação horizontal do solo

Valores de nh em MN/m 3 para areia


(Terzaghi, 1955)
Compacidade Areia seca Areia
da areia (ou úmida) saturada
Fofa 2,5 1,5
Medianamente
7,0 4,5
compacta
Compacta 18,0 11,0

Para argilas moles pode-se adotar nh = 0,8 MN/m 3

2
Para argilas pré-adensadas:
K é praticamente constante

Valores de K em MPa
para argila pré-adensada
(Terzaghi, 1955)
Consistência da argila K
Rija 5
Muito rija 10
Dura 20

Fatores de rigidez relativa =


= rigidez do solo / rigidez à flexão da fundação

E ⋅I E ⋅I
Areia : T=5 Argila : R = 4
nh K

E = módulo de elasticidade do material da fundação (concreto)


I = momento de inércia da seção transversal da fundação

Classificação da fundação:

D / T ou D / R ≤ 2 ⇒ fundação rígida ou curta


D / T ou D / R entre 2 e 4 ⇒ fundação intermediária
D / T ou D / R ≥ 4 ⇒ fundação flexível ou longa

3
Método de Davisson e Robinson (1965)

Conceito de fundação equivalente engastada numa certa profundidade

Válido para fundação flexível (ou longa) : D/T ou D/R ≥ 4

Profundidade de engastamento : para areias : Deng = 1,8 T


para argilas : Deng = 1,5 R

Resultados da aplicação do método:

esforços e deslocamentos no topo da fundação muito próximos dos


valores exatos

momento fletor na seção de “engastamento” bem maior que os valores


reais que ocorrem ao longo da parte enterrada da fundação

Você também pode gostar