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Lagoas de estabilização

O termo jusante vem do latim


“jusum” que significa vazante, para
o lado da foz, ou seja, toda água
que desce para a foz do rio é
a jusante e a montante é a parte
acima, de onde vêm as águas. Este
ponto referencial pode ser uma
cidade às margens do rio, uma
barragem, uma cachoeira, um
afluente, uma ponte etc.

Vazão é o volume de fluido que


passa por uma seção por
determinado período de tempo.
Tratando-se de água, essa seção
pode ser um rio, canal, estação de
tratamento e até residência

https://sidra.ibge.gov.br/tabela/1300#resultado – DADOS IBGE SOBRE EXISTENCIA DE LAGOAS


NO TERRITÓRIO BRASILEIRO
O que é? Lagoas naturais ou artificiais com finalidade de tratar esgotos sanitários.
o objetivo das lagoas é de estabilizar, ou seja, transformar em produtos mineralizados, o
material orgânico presente na água residuária a ser tratada.
A construção das lagoas de estabilização consiste em promover escavações no terreno criando
taludes nas margens, estabelecendo uma declividade apropriada para o fundo e
impermeabilizando-a de forma a garantir sua estanqueidade. São feitas instalações hidráulicas
para permitir a entrada e saída do esgoto, e em alguns casos, dependendo do tipo de lagoa,
também são instalados dispositivos como aeradores, sistema de coleta de gases, misturadores,
entre outros.
Os principais tipos de lagoas de estabilização são as facultativas, anaeróbias, aeradas
facultativas e as de maturação. Há também outras variantes, como as lagoas estritamente
aeróbias, lagoas com aeração prolongada, aeradas de mistura completa, lagoas de lodo, de
peixe, de macrófitas, reservatórios de estabilização. No entanto, essas variantes são menos
utilizadas.
Entretanto, o que se tem verificado é que a forma de dimensionamento e o entendimento do
processo ainda têm muito a serem estudados. O primeiro fator, dimensionamento, tem sido na
maioria das vezes executado por métodos empíricos. São muitos os métodos propostos, mas
quando seus resultados são comparados, grandes variações são encontradas (Metcalf & Eddy,
1991; Kellner e Pires,1998). Já no que diz respeito ao processo, as dificuldades surgem nas
relações entre os fatores, devido à grande quantidade de variáveis interferentes em cada um
deles.
Devido às dificuldades encontradas na formulação de relações entre os fatores intervenientes
no processo de tratamento e o entendimento desse último como um todo, as lagoas acabam
apresentando um projeto que na maioria das vezes possui valores reais (de operação) muito
diferentes dos teóricos (previstos). Assim, a eficiência real das lagoas pode ser maior ou
menor que a teórica, ocasionando respectivamente gastos financeiros maiores que o
necessário ou risco em produzir efluente de qualidade inferior às exigidas previamente.
- Estudos sobre lagoas de estabilização presentes na literatura (como os de Gloyna, 1971,
apud 4 Jordão e Pessoa, 1995; Arceivala, 1981; Abdel-Razik, 1991, apud Von Sperling, 1996a;
Yánez, 1993; Mara, 1996; Von Sperling, 1996a).
Sobre os efluentes: Queiroz (2001), avaliando mais detalhadamente as características dos
efluentes das lagoas de estabilização, afirma que de forma geral os efluentes apresentam altas
concentrações de SS, Demanda Química de Oxigênio - DQO, NTK e Pt. Em caso de restrição
quanto ao lançamento do efluente num corpo receptor, o autor sugere sua aplicação para o
reúso. Na irrigação, por exemplo, as algas poderiam fornecer nutrientes ao solo, tendo o cuidado
para evitar-se concentrações excessivas, que podem colmatá-lo (Arceivala, 1981).
Sobre dimensionamento: Apesar da grande utilização das lagoas no Brasil e exterior, os fatores
interferentes no processo de tratamento ainda não foram correlacionados entre si de maneira
segura, e isso refletiu nas formas de dimensionamento mais usuais atualmente, que se
fundamentam em métodos empíricos. Isso acontece devido à complexidade da análise de
variados fatores que afetam a performance do processo de tratamento, como a temperatura,
pH, vento, radiação solar, geometria da lagoa, carga orgânica e características hidráulicas,
(Polprasert e Bhattarai,1985), além da estratificação e mistura do volume da lagoa (Silva e Mara,
1979) comentada anteriormente.

VANTAGENS DA UTILIZAÇÃO DE LAGOAS


A utilização dos diversas modalidades de lagoa implicam em algumas vantagens, que são:
• elevada eficiência de remoção de DBO e coliformes;
• custos reduzidos de operação e manutenção; e
• simplicidade de operação.
DESVANTAGENS DA UTILIZAÇÃO DE LAGOAS
Já as principais desvantagens são:
• requerem grandes áreas;
• atividade biológica afetada pela temperatura; e
• geração de maus odores (processos anaeróbios).

BIBLIOGRAFIA:
DISSERTAÇÃO DE MESTRADO EM TECNOLOGIA AMBIENTAL E RECURSOS HÍDRICOS/ Renata
Alves FT -UnB: http://ptarh.unb.br/wp-content/uploads/2017/05/Renata-Alves-Perigoto.pdf
https://www.tratamentodeagua.com.br/artigo/lagoas-estabilizacao/
https://pt.slideshare.net/GiovannaOrtiz/aula-6-lagoas-de-estabilizao-e-lagoas-facultativas
NORMA SABESP: https://www3.sabesp.com.br/normastecnicas/nts/nts230.pdf
http://www.deha.ufc.br/login/usuarios/td945a/Tratamento_de_esgotos_graduacao_Lagoas_d
e_estabilizacao.pdf
https://docs.ufpr.br/~rtkishi.dhs/TH029/TH029_11_Lagoas_Estabilizacao.pdf
https://www.mma.gov.br/estruturas/dai_pnc/_publicacao/76_publicacao19042011110356.pd
f
http://www.iap.pr.gov.br/arquivos/File/Legislacao_ambiental/Legislacao_estadual/RESOLUCO
ES/RESOLUCAO_SEMA_01_2007.pdf

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