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Capítulo 11

Bens Públicos e Recursos Comuns


Revisão técnica: Guilherme Yanaka

Problemas e Aplicações

1. a. Bem privado. O bem é rival no consumo (o alce só pode ser comido uma vez) e excludente (o caça-
dor tem de pagar para ter o direito de caçar na área preservada).

b. Recurso comum. O bem é rival no consumo (o alce só pode ser comido uma vez), mas não é exclu-
dente (ninguém pode ser impedido de caçar).

c. Bem público. O bem não é rival no consumo (a qualidade do sinal não depende de quantas pessoas
o estão ouvindo) e é não excludente (a estação de rádio não pode impedir pessoas de escutá-la).

d. Bem artificialmente escasso. O bem não é rival no consumo (a qualidade do sinal não depende de
quantas pessoas o estão ouvindo) e é excludente (a emissora de rádio pode cobrar pelo acesso ao
sinal).

e. Bem privado. O bem é rival no consumo (apenas um pode usar o carro por vez) e excludente (não
pagantes podem ser excluídos).

f. Bem artificialmente escasso. O bem é não concorrente do consumo (outro passageiro não reduz os
benefícios de passageiros existentes), e é excludente (pode ser cobrada uma tarifa para utilizar o
ônibus).

2. a. As externalidades associadas a bens públicos são positivas. Em razão de os benefícios do bem pú-
blico recebidos por uma pessoa não reduzirem os benefícios recebidos por outra pessoa, o valor
social dos bens públicos é substancialmente maior do que o valor privado. Exemplos incluem a
defesa nacional, o conhecimento, as rodovias sem pedágio e não congestionadas, e os parques não
congestionados. Como os bens públicos não são excludentes, a quantidade em um mercado livre é
zero, por isso é menor do que a quantidade eficiente.

b. As externalidades associadas a recursos comuns são geralmente negativas. Porque os recursos co-
muns são rivais no consumo, mas não excludentes, a utilização dos recursos comuns por uma pes-
soa diminui a quantidade disponível às outras. Como os recursos comuns não têm preço, as pessoas
tendem a utilizá-lo em demasia – o custo privado do uso do recurso é menor que o custo social.
Exemplos incluem peixes no oceano, o meio ambiente, estradas sem pedágio e congestionadas e
parques lotados.

3. a. Charlie é um carona.

b. O governo poderia resolver o problema patrocinando o programa televisivo e pagando-o com a re-
ceita de impostos recolhidos de todos.
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c. O mercado privado também poderia resolver o problema com a inserção de comerciais em interva-
los do programa. A existência de TV a cabo faz o bem ser excludente, portanto não seria mais um
bem público.

4. a. Se somente poucas pessoas usassem a internet (Wireless) sem fio gratuita, ela não seria excluden-
te e não rival no consumo. Portanto, seria um bem público.

b. Uma vez que um grande número de pessoas esteja usando o serviço de internet grátis, ele se torna
um recurso comum. Ele ainda não é excludente, mas agora é rival no consumo

c. É comum ocorrer uso excessivo. Uma possível maneira de corrigir esse aspecto seria tornar o bem
excludente, cobrando uma taxa para o uso.

5. a. A exibição de filmes em um dormitório pode ser considerada um bem público, porque nenhum co-
lega de quarto pode ser excluído de assistir aos filmes, mesmo que ele não pague por isso, e mais
um colega de quarto assistindo não reduz os benefícios do filme para os outros espectadores.

b. Eles devem alugar dois filmes, porque o grupo valoriza o primeiro filme em $ 17 (que é maior que o
preço de $ 10), valoriza o segundo filme em $ 13 (que também excede o preço de $ 10), mas valori-
za o terceiro filme em $ 9 (que é menor do que o preço de $ 10).

c. Dois filmes a $ 10 cada é igual a $ 20. $ 20/4 = $ 5. Se cada um pagar $ 5, Judd valoriza dois filmes
a $ 13, obtendo um excedente de $ 8. Joel valoriza dois filmes a $ 9, obtendo um excedente de $ 4.
Gus valoriza dois filmes a $ 5, obtendo um excedente de $ 0, e Tim valoriza dois filmes a $ 3, obten-
do um excedente de –$ 2. O excedente total será de $ 10.

d. Os custos poderiam ser divididos levando-se em conta quanto cada um deles valoriza os filmes. O
problema é que cada um deles tem incentivo para declarar que seus benefícios são menores que
o valor verdadeiro se souberem que eles serão cobrados com base em seus benefícios declarados.

e. Não. Já que Judd valoriza os filmes mais do que a média, ele tem um incentivo para declarar que
seus benefícios são maiores que o valor verdadeiro, o que levaria ao aluguel de maior número de
filmes, e dividiria o custo entre os outros colegas de quarto.

f. É difícil estimar a quantidade eficiente de provisão de um bem público porque os participantes têm
um incentivo para mentir sobre os benefícios que eles recebem de um bem público.

6. a. Como o conhecimento é um bem público, os benefícios de pesquisas científicas básicas estão dis-
poníveis para muitas pessoas. Uma empresa privada não leva isso em consideração quando esco-
lhe o quanto de pesquisa vai realizar; somente leva em consideração o quanto vai ganhar.

b. Os Estados Unidos tentaram dar incentivos para empresas privadas efetuarem mais pesquisas bási-
cas, subsidiando-as através de organizações como o National Institute of Health e a National Scien-
ce Foundation.
Respostas – Problemas e aplicações   3

c. Se é a pesquisa básica que contribui para o conhecimento, não é excludente de forma alguma, a
menos que as pessoas em outros países possam ser impedidas de ter acesso a esse conhecimento.
Então talvez as empresas dos Estados Unidos tenham uma pequena vantagem porque adquirem o
conhecimento sobre as novas tecnologias antecipadamente, mesmo o conhecimento tendendo a se
difundir rapidamente.

7. Quando uma pessoa joga lixo ao longo de uma rodovia, outros arcam com a externalidade negativa,
já os custos privados são baixos. Jogar lixo no seu próprio jardim (ou talvez no jardim de seu vizinho)
impõe custos a você, portanto, tem um custo privado maior e, portanto, é raro.

8. a. A produtividade de cada pescador diminui à medida que N aumenta porque o peixe no lago da
cidade é um recurso comum. Ele não é excludente, mas é rival no consumo. O peixe da fazenda de
criação é um bem privado porque é excludente e rival no consumo.

b. Quatro moradores pescariam no lago e um pescaria na fazenda de criação. Cada pescador pescaria
2 peixes, portanto 10 peixes seriam “produzidos”.

c. A tabela a seguir mostra quanto a produção total de peixe varia com N:

# Pescadores Peixes por Total de peixes # Pescadores Total de peixes Total de


no lago pescador no lago no lago na fazenda na fazenda peixes pescados
de criação de criação
5 1 5 0 0 5
4 2 8 1 2 10
3 3 9 2 4 13
2 4 8 3 6 14
1 5 5 4 8 13
0 - 0 5 10 10

O maior número de peixes é “produzido” quando dois pescadores pescam no lago enquanto outros
3 pescadores pescam na fazenda de criação. Um total de 14 peixes seriam pescados.

d. O imposto deveria ser pouco maior que 1 (tal como 1,01). Então apenas 2 pescadores gostariam de
pescar no lago.

e. Todos são beneficiados porque há mais peixes para todos e os impostos são revertidos para os mo-
radores.

9. Quando o sistema está congestionado, cada passageiro adicional impõe custos a outros passageiros.
Por exemplo, quando todos os assentos estão tomados, algumas pessoas devem permanecer em pé.
Ou se não há espaço para ficar em pé, algumas pessoas devem aguardar por um trem que não esteja
lotado. Aumentar a passagem durante os horários de pico internaliza essa externalidade.
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10. A informação é não excludente, porque foi fornecida para o público sem custo. Além disso, o recebimen-
to da informação por uma pessoa não impede o recebimento da informação por outra. Portanto, o bem
não é rival no consumo. Devido ao bem ser tanto não excludente quanto não rival, ele é um bem público.

11. Reconhecer que há custos de oportunidade que são relevantes para a análise de custo-benefício é a
chave para responder a essa questão. Uma comunidade mais rica pode dar mais valor à vida e seguran-
ça. Então a comunidade mais rica está disposta a pagar mais por um semáforo, e isso deve ser conside-
rado na análise de custo-benefício.

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