GUIA DE PREVENÇÃO DE

Acidentes no Canteiro
de Obras

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 DICAS IMPORTANTES
PARA A LEITURA
DESTE EBOOK
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uma ótima leitura!

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 O QUE VOCÊ
ENCONTRA
NESTE EBOOK
ÍNDICE
Introdução 05
Acidentes de trabalho na Construção Civil 07
Consequências de um acidente de trabalho 09
Causas e acidentes mais comuns na construção civil 13
Como evitar acidentes de trabalho na construção civil 16
NRs (Normas Regulamentadoras) 17
Mapa de risco 20
PPRA (Programa de Prevenção de Riscos Ambientais) 21
PCMAT (Programa de Condições e Meio Ambiente de Trabalho) 22
DDS (Diálogo Diário de Segurança) 24
Capacitação 27
EPIs (Equipamentos de Proteção Individual) 28

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 O QUE VOCÊ
ENCONTRA
NESTE EBOOK
ÍNDICE
EPCs (Equipamentos de Proteção Coletiva) 30
Procedimentos de emergência 31
CIPA e SESMT 32
Organização do canteiro 34
Sinalização 35
Conclusão 37
Sobre o Sienge 38
Sobre o autor 39

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 INTRODUÇÃO
A Segurança do Trabalho na prevenção de acidentes
no canteiro de obras é, sem nenhuma dúvida, um dos
assuntos mais importantes e urgentes para a construção
civil.
O setor é um dos que mais veem trabalhadores se
acidentarem, ficarem inválidos e morrer devido a falta
de prevenção.
Claro que a segurança e o bem estar dos trabalhadores
é o foco principal. Entretanto, é importante lembrar
que acidentes de trabalho têm ligação direta com a
produtividade. Afinal, trabalhadores bem protegidos
rendem mais e se envolvem em menos acidentes.
Para contribuir com o estabelecimento de boas práticas
de segurança no trabalho na construção decidimos criar
IR PARA O ÍNDICE
este material. A proposta é que seja um guia prático
com os principais pontos para os quais o gestor de
obras deve olhar.
Ao longo deste material você terá informações variadas
sobre a segurança do trabalho e a prevenção de
acidentes em canteiros de obra. Procuramos abordar
cada um dos aspectos para que este e-book seja
utilizado de forma bastante prática.
Os profissionais que já têm conhecimento em segurança
do trabalho podem utilizar este material como um guia
de consulta. Aqueles que ainda estão iniciando seus
estudos têm neste documento um guia introdutório
aos temas principais.
EBOOK GUIA DE PREVENÇÃO DE ACIDENTES NO CANTEIRO DE OBRAS 5
 O que você vai ler aqui é, primeiro, uma contextualização
geral do tema. Apresentamos as causas e consequências de
um acidente de trabalho na construção civil. Em seguida,
procuramos mostrar como evitar a ocorrência de acidentes.

Para tanto, elencamos os principais instrumentos que a

segurança do trabalho utiliza. Desta maneira, falamos sobre
a importância das Normas Regulamentadoras, do Mapa de
Risco, do PPRA e do PCMAT, do DDS, da capacitação, dos
EPIs e EPCs, da CIPA e do SESMT e muito mais.

Para aprofundar seus estudos, recomendo a leitura do Guia

para Gestão de Segurança nos Canteiros de Obra, da CBIC
(Câmara Brasileira da Indústria da Construção).

Espero que esta leitura seja muito útil e ajude a evitar

acidentes nos canteiros de todo o Brasil. Afinal, até 95% dos
acidentes de trabalho podem ser evitados!

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 Acidentes de trabalho na
Construção Civil

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 Acidentes de trabalho na
Construção Civil
O setor da construção civil ocupa as
tristes primeiras posições em quase todos
os rankings relacionados a acidentes de
trabalho no mundo.
No Brasil, o setor é o primeiro em
quantidade de funcionários vítimas de
incapacidade permanente. É, ainda, o
segundo em número de mortes, atrás
apenas do segmento de transportes
terrestres. Além disso, é o quinto em
afastamentos com mais de 15 dias.
Em 2017 foi publicado o mais recente
Anuário Estatístico de Acidentes de
Trabalho pela Secretaria de Previdência
do Ministério da Economia. O documento
mostra que naquele ano 549.405
acidentes de trabalho ocorreram em
todo o País. Desse total, 5,46% foram
no setor da construção, o que equivale a
IR PARA O ÍNDICE
30.025 ocorrências. Dentre os 142.782
afastamentos por mais de 15 dias
registrados, 8,3% - ou 11.894 - foram
no setor da construção.
Além disso, 16% das mortes de
trabalhadores devido a acidentes de
trabalho ocorrem no setor. Dados da
Relação Anual de Informações Sociais
(RAIS) indicam risco duas vezes maior
de um trabalhador sofrer acidente
fatal na construção civil do que
trabalhadores em geral. Já em relação
a profissionais de outras atividades,
o risco de incapacitação de trabalhar
definitivamente devido a função
exercida na construção é seis vezes
maior.completo torna a obra mais
rentável, os desvios muito menores e as
dores de cabeça bem menos frequentes.
EBOOK GUIA DE PREVENÇÃO DE ACIDENTES NO CANTEIRO DE OBRAS 8
 Consequências de um acidente
de trabalho

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 Consequências de um acidente
de trabalho
Certamente, o trabalhador vítima de um acidente
é o principal afetado. Entretanto, todas as partes
envolvidas sofrem prejuízos. Antes de avançar,
vamos analisar brevemente as consequências de
um acidente de trabalho.
Para o trabalhador, um acidente de trabalho pode
apresentar as seguintes consequências:
IR PARA O ÍNDICE
Necessidade de assistência médica: quando o
acidentado demanda apenas um atendimento
médico rápido e consegue, já na sequência,
retornar às suas atividades;
Incapacidade temporária: neste caso o
trabalhador é afastado das atividades por
período de tempo determinado até que recupere
plenamente sua capacidade de trabalhar;
Incapacidade permanente: situação mais grave
em que o empregado, mesmo depois de receber
o devido tratamento, não será capaz de exercer a
mesma atividade;
Óbito: o acidente leva à morte do trabalhador.
EBOOK GUIA DE PREVENÇÃO DE ACIDENTES NO CANTEIRO DE OBRAS 10
 Para a empresa, há prejuízos diretos e indiretos. Isso
porque, ocorrido o acidente, não apenas o trabalhador
envolvido é afastado, mas toda a operação é paralisada.
Afinal, é preciso evitar que o mesmo ocorra com outras
pessoas e entender as causas do acidente original. Em
alguns casos, o acidente também danifica máquinas e
ferramentas.
A empresa é obrigada, ainda, a comunicar o ocorrido
ao Ministério do Trabalho e Emprego (MTE) no dia útil
seguinte ao acidente sob pena de multa. Daí, o número
de acidentes de trabalho comunicados pode alterar o
nível de risco no qual a empresa é classificada. Este
nível impacta nos valores a serem recolhidos sobre a
IR PARA O ÍNDICE
folha de pagamento para o INSS.
Afastamentos até 15 dias obrigam ao empregador arcar
com o salário do funcionário no período. Afastamentos
superiores a isso exigem, além da contratação de um
funcionário substituto, manutenção do recolhimento do
FGTS do empregado afastado. Por fim, este, ao retornar
às atividades, tem estabilidade de até 12 meses.
Há consequências também para o Governo. No caso
de afastamentos superiores a 15 dias, é a Previdência
quem arca com o benefício ao acidentado. Da mesma
maneira, é preciso manter médicos nos postos do INSS
para perícia periódica dos acidentados.
EBOOK GUIA DE PREVENÇÃO DE ACIDENTES NO CANTEIRO DE OBRAS 11
 Caso seja constatada incapacidade total, o
trabalhador é aposentado por invalidez. Isso
significa que o governo tem de dispor do valor
da aposentadoria prematura e não conta com a
arrecadação gerada por uma pessoa em idade
produtiva.

Para se ter uma ideia, entre 2012 e 2017, os

acidentes de trabalho resultaram em 15 mil
mortes e custaram mais de R$ 26 bilhões à
Previdência. Em 2017, o montante representava
9,7% do déficit da Previdência e foi gasto
na forma de pagamento de auxílio-doença,
aposentadoria por invalidez, pensão por morte
e auxílio acidente.

São muitas, portanto, as consequências negativas

de um acidente de trabalho na construção civil.
É preciso, portanto, investir em sua prevenção.

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EBOOKDE PREVENÇÃO
GESTÃO DE OBRAS - COMO FAZER
DE ACIDENTES NO CANTEIRO
DO INÍCIO
DE AO
OBRAS
FIM 12
 Causas e acidentes mais comuns na
construção civil

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 Causas e acidentes mais
comuns na construção civil

Para começarmos a pensar em como prevenir 1. Falta ou uso incorreto dos EPIs (Equipamentos de Proteção
acidentes na construção civil é preciso, antes, Individual) e falta de sinalização
entender quais são suas causas. Em geral,
podemos afirmar que os problemas decorrem do 2. Fiscalização falha ou insuficiente
descumprimentos das Normas Regulamentadoras
3. Pressão por resultados financeiros de curto prazo
(NRs).
4. Cansaço, estresse e trabalhos repetitivos que resultam em falta
Entretanto, vamos citar os motivos mais comuns
de atenção dos colaboradores
para que os acidentes ocorram em canteiros de
obra estão: 5. Equipamentos obsoletos

6. Falta de preparo e conhecimento sobre segurança do trabalho

e sua importância por parte dos gestores e colaboradores

7. Falta de qualificação para certas funções ou para usar alguns

equipamentos

8. Falta de organização ou disposição inadequadas de instalações

e objetos no canteiro de obras

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 Como consequência de falhas
nestes pontos, os acidentes
mais comuns ocorridos dentro
dos canteiros de obra são:

• Quedas de altura e queda de materiais;

• Prensamento de dedos;
• Machucados originados por superfícies
rugosas
• Distensões musculares
• Cortes e lacerações
• LER (lesões por esforços repetitivos)
• Choques elétricos
• Dermatoses e alergias
• Acidentes com serra circular

Até agora falamos sobre todo o contexto que envolve

a segurança do trabalho. Assim, temos uma maior
consciência sobre quais são as principais causas e quais
são os acidentes mais comuns na construção civil.

Agora, vamos falar sobre como se dá a prevenção de

acidentes em canteiros de obra.

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EBOOKDE PREVENÇÃO
GESTÃO DE OBRAS - COMO FAZER
DE ACIDENTES NO CANTEIRO
DO INÍCIO
DE AO
OBRAS
FIM 15
 Como evitar acidentes de trabalho
na construção civil

IR PARA O ÍNDICE EBOOK GUIA DE PREVENÇÃO DE ACIDENTES NO CANTEIRO DE OBRAS 16


Como evitar acidentes de
trabalho na construção civil
De acordo com o Ministério Público do Trabalho,
entre 90 e 95% dos acidentes de trabalho
podem ser evitados. Para tanto, bastaria investir
em organização do ambiente de trabalho com
prioridade à proteção coletiva.
Vamos listar alguns elementos de prevenção
bastante eficientes para evitar completamente ou ao
menos reduzir a gravidade de acidentes de trabalho
na construção civil. A seguir falaremos sobre a
importância das NRs (Normas Regulamentadoras),
Mapa de risco, DDS (Diálogo Diário de Segurança),
EPIs, EPCs (Equipamentos de Proteção Coletiva),
Procedimentos de emergência e boas práticas na
prevenção de acidentes em canteiros de obra.
IR PARA O ÍNDICE
NRs (Normas Regulamentadoras)
O primeiro passo para promover a prevenção de acidentes de
trabalho em qualquer atividade profissional, em qualquer setor,
é atentar para suas respectivas NRs (Normas Regulamentadoras).
Com a construção civil não é diferente.
As NRs têm caráter obrigatório e são passíveis de fiscalização
por parte do Ministério do Trabalho. Na prática, as NRs são
um conjunto de direcionamentos e procedimentos técnicos
relacionados à segurança no trabalho. Elas preveem situações de
risco e maneiras de fazer a prevenção.
As Normas Regulamentadoras foram definidas e são mantidas
e atualizadas pelo MTE. É função do Ministério acompanhar as
demandas e necessidades da sociedade em geral, indicadores
estatísticos, demandas de órgãos fiscalizadores e organizações
empresariais para atualizar e criar novas NRs.
O não cumprimento das orientações das NRs acarreta em
punições às empresas que podem variar de multas e embargos a
indiciamento por responsabilidade criminal.
Há, pelo menos, 13 NRs que se aplicam diretamente à atividade
da construção civil. Por isso, antes de iniciar qualquer atividade
na construção civil, procure saber quais são as Normas
Regulamentadoras relacionadas e siga suas orientações.
EBOOK GUIA DE PREVENÇÃO DE ACIDENTES NO CANTEIRO DE OBRAS 17
 Principais NRs na Construção Civil

• NR 4: fala do Serviço Especializado em Engenharia de Segurança

e em Medicina do Trabalho (SESMT). Seu intuito é proteger
a integridade física do trabalhador e favorecer a saúde no
canteiro de obras

• NR 5: obriga empresas com 20 colaboradores ou mais a constituir

uma CIPA (Comissão Interna de Prevenção de Acidentes)

• NR 6: exige que construtoras providenciem Equipamentos de

Proteção Individual (EPI) para prevenção de riscos e acidentes

• NR 7: obriga construtoras a adotarem o Programa de Controle

Médico e Saúde Ocupacional (PCMSO), para diagnóstico e
tratamento de malefícios à saúde ocasionados em função do
trabalho

• NR 8: estipula requisitos técnicos mínimos que as edificações

devem apresentar para garantir a segurança dos ocupantes
após a entrega do empreendimento

• NR 9: Programa de Prevenção de Riscos Ambientais. Tem como

intuito proteger a saúde e a integridade física do trabalhador
mediante avaliações e controle de riscos no canteiro de obras

• NR 10: estipula requisitos e condições mínimas a trabalhos

relacionados às instalações elétricas, de modo a garantir a
integridade do trabalhador

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EBOOKDE PREVENÇÃO
GESTÃO DE OBRAS - COMO FAZER
DE ACIDENTES NO CANTEIRO
DO INÍCIO
DE AO
OBRAS
FIM 18
 • NR 12: estabelece referências técnicas e medidas de proteção à
saúde e à integridade física do trabalhador que utiliza máquinas
e equipamentos.

• NR 15: trata de atividades e operações insalubres

• NR 16: trata das atividades consideradas perigosas, com maior

risco para a segurança do trabalhador, com recomendações de
prevenção

• NR 18: provavelmente a principal NR para a construção civil,

considera as condições e o meio ambiente de trabalho na
construção civil. A NR 18 tem como objetivos: garantir a saúde
e a integridade física dos trabalhadores, definir atribuições
e responsabilidades dos administradores, criar e operar
mecanismos de prevenção de riscos da execução, determinar
medidas de proteção e prevenção, aplicar técnicas de execução
pertinentes a cada atividade e que reduzam riscos de doenças
e acidentes.

• NR 26: define requisitos de sinalização de segurança, orientando

a respeito das cores que devem ser usadas no canteiro de obras
para evitar acidentes, identificar equipamento de segurança,
entre outras atribuições

• NR 35: voltada à segurança das atividades profissionais

desenvolvidas nas alturas, para minimizar acidentes

IR PARA O ÍNDICE EBOOK GUIA DE PREVENÇÃO DE ACIDENTES NO CANTEIRO DE OBRAS 19


Mapa de risco
Útil na prevenção de acidentes, o Mapa de Risco
tem como função indicar o tipo e o nível de risco em
cada local. Assim, apresenta, por meio de gráfico
com círculos coloridos, o conjunto de fatores que
comprometem a segurança dos trabalhadores.
O Mapa indica, também, a quais fatores os riscos
estão relacionados. Ou seja, processos de trabalho,
equipamentos e questões organizacionais, como
métodos, jornada, treinamento, turnos.
Em geral, os responsáveis pela elaboração do Mapa
de Risco são as equipes que compõem a CIPA
(Comissão Interna de Prevenção de Acidentes) e
o SESMT (Serviço Especializado em Engenharia e
Segurança e Medicina do Trabalho).
Sua elaboração passa pelas seguintes etapas:
IR PARA O ÍNDICE
• Divisão dos setores: a empresa é dividida em setores para
facilitar o diagnóstico de agentes de risco.
• Levantamento de informações: para reunir informações a
equipe responsável visita cada área a ser mapeada, entrevista
colaboradores e anota impressões sobre o local enquanto
estimula sua participação no aperfeiçoamento das condições.
• Conhecimento do processo de trabalho: é importante
conhecer a rotina do colaborador, o que é feito a partir da
coleta de informações sobre quem atua no canteiro de obras
e por qual processo cada colaborador ingressa na empresa.
• Diagnóstico e especificação de riscos: em um primeiro
momento se dá a identificação dos agentes de risco.
Posteriormente, a equipe apresenta um estudo específico,
determinando o grau de cada um e os classifica de acordo
com a Tabela de Riscos Ambientais prevista na Norma
Regulamentadora 9 (NR 9).
• Determinação das medidas para prevenção: é o momento
de definir medidas para prevenir acidentes relacionados aos
agentes de riscos identificados anteriormente.
• Elaboração: o Mapa de Risco contém, para cada setor, um
gráfico com círculos coloridos referentes a cada tipo de risco
e seu grau de periculosidade. Por isso, é recomendável que o
Mapa de Risco seja feito a partir da planta da área. No caso de
ausência do projeto arquitetônico, pode ser feito um croqui
do local.
• Aprovação: o Mapa de Risco é apresentado à CIPA para
aprovação. É recomendado que seja apresentado também aos
representantes de cada um dos setores avaliados.
EBOOK GUIA DE PREVENÇÃO DE ACIDENTES NO CANTEIRO DE OBRAS 20
 PPRA (Programa de Prevenção
de Riscos Ambientais)

O PPRA é previsto e normatizado pela

NR 9 - Programa de Prevenção de Riscos
Ambientais. Como o nome diz, o documento
contempla os riscos ambientais à saúde
dos trabalhadores. Sua elaboração é feita
pelo técnico ou engenheiro de segurança
responsável pela obra. Para tanto, o
profissional avalia todas as áreas e atividades Dessa maneira, o PPRA é composto por:
a serem realizadas. Depois, faz a listagem
dos riscos. • Análise qualitativa
• Análise quantitativa
Assim, são identificadas áreas com ruído
excessivo e baixa luminosidade, por exemplo. • Recomendações para adequação às normas de segurança
A análise completa exige medições com
decibelímetro e luxímetro para determinar Além disso, a análise completa dos riscos no ambiente de trabalho
o nível de risco. contempla riscos: Físicos, Químicos, Biológicos e de Radiação.

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EBOOKDE PREVENÇÃO
GESTÃO DE OBRAS - COMO FAZER
DE ACIDENTES NO CANTEIRO
DO INÍCIO
DE AO
OBRAS
FIM 21
 PCMAT (Programa de Condições e
Meio Ambiente de Trabalho)
Regido pela NR 18, o PCMAT é exigido em obras
que contem com a partir de 20 trabalhadores. O
PCMAT estabelece procedimentos administrativos,
de planejamento e organização, estabelecendo
controle e prevenção a acidentes de trabalho e
doenças ocupacionais. Dessa maneira, o PCMAT
se antecipa aos riscos, prevendo a implantação de
controle e sistemas preventivos nas obras.
A NR 18 exige que o PCMAT seja elaborado por
um profissional legalmente habilitado na área de
segurança do trabalho e contenha os seguintes
itens:
IR PARA O ÍNDICE
• Memorial sobre condições e meio ambiente de trabalho
na indústria da construção civil de tarefas e operações
(riscos de acidentes e doenças ocupacionais, medidas
preventivas).
• Projeto de execução de proteções coletivas, conforme
as etapas da edificação.
• Especificações técnicas das proteções coletivas e
individuais utilizadas.
• Cronograma de implantação das medidas preventivas
definidas no PCMAT, também de acordo com os estágios
da construção.
• Layout inicial e atualizado do canteiro de obras,
incluindo previsão de dimensionamento das áreas de
vivência.
• Programa educativo que contemple a temática da
prevenção de acidentes (com carga horária).
EBOOK GUIA DE PREVENÇÃO DE ACIDENTES NO CANTEIRO DE OBRAS 22
 É necessário que o PCMAT esteja sempre disponível • Deixar de apresentar documentos indispensáveis,
no canteiro para consulta dos trabalhadores ou como análises de riscos, especificações técnicas para
para o caso de uma fiscalização. Além disso, é equipamentos de proteção individual
importante atentar para os seguintes erros mais
• Considerar no projeto um layout incompatível com o
comuns ao elaborar o PCMAT:
canteiro
• PCMAT incompleto ou impreciso
• Deixar de efetuar as atualizações conforme andamento
das obras
• Apresentar cronogramas inconsistentes com as fases da
obra
• Inexistência de articulação com os PPRAs das empresas
subcontratadas
• Apresentar projetos não identificados com a obra
• Conjunto de treinamentos insuficiente para as situações
de riscos da obra, principalmente com relação às
reciclagens necessárias

Assegure-se de que, caso sua obra conte com mais de

20 trabalhadores, o PCMAT seja elaborado e aplicado
adequadamente.

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EBOOKDE PREVENÇÃO
GESTÃO DE OBRAS - COMO FAZER
DE ACIDENTES NO CANTEIRO
DO INÍCIO
DE AO
OBRAS
FIM 23
 DDS (Diálogo Diário de Segurança)
A finalidade do DDS (Diálogo Diário de
Segurança) é trazer conscientização aos
colaboradores sobre a prevenção de
acidentes de trabalho. A prática parte
do princípio da repetição de conceitos
e alertas para consolidar as melhores
práticas no canteiro de obras.
Trata-se de uma das maneiras mais eficazes
para conscientizar a equipe e mapear e
neutralizar riscos. A figura do DDS em
específico não é prevista por nenhuma
NR. No entanto, as Normas exigem que
o empregador relate riscos do ambiente
e mostre as medidas preventivas. Assim,
o DDS é uma excelente ferramenta de
comunicação.
IR PARA O ÍNDICE
Embora aconteça diariamente, o DDS
dura entre dez e 15 minutos apenas e
é realizado antes do início da jornada
de trabalho. A ideia é que, de cabeça
ainda fresca, o colaborador assimile
mais facilmente o que for passado.
Durante este bate papo, o líder da
equipe ou técnico de segurança passa
instruções básicas e promove discussões
sobre temas relacionados a prevenção
de acidentes, segurança, meio ambiente,
saúde e qualidade. O intuito não é
explicar no detalhe procedimentos de
segurança. Para isso, os colaboradores
precisam de treinamentos específicos.
O DDS apenas refresca os conceitos
EBOOK GUIA DE PREVENÇÃO DE ACIDENTES NO CANTEIRO DE OBRAS
aprendidos anteriormente para serem
aplicados nas próximas horas.
O DDS é também um momento propício
para ouvir dúvidas, reclamações e
sugestões dos colaboradores sobre
segurança do trabalho. Isso porque o
ideal é não tratar o DDS como um relato
de orientações simples e genéricas. Por
ser diário, é o momento adequado para
tratar questões específicas e pontuais
relacionadas à segurança. Assim,
nessas ocasiões o responsável deve
questionar os trabalhadores sobre os
possíveis riscos percebidos no ambiente
de trabalho e que não tenham sido
mapeados adequadamente.
24
 Confira algumas dicas para implementar
o DDS na sua empresa:
Informe os funcionários
A boa prática do DDS começa a partir
do momento em que os colaboradores
são informados sobre o que é e como
funciona. Então, previamente ao início da
prática, conte a eles sobre onde e quando
os diálogos serão realizados e salientando
que se trata de um momento de conversa
e troca de informações.
Mantenha o foco
Por mais que seja um momento mais
informal, o DDS precisa de pauta e foco.
Determine o tema e estabeleça o objetivo
de cada DDS. Ou seja, saiba o que você
espera com a conversa. Daí, ao longo
do papo, mantenha o foco e restrinja
distrações. Claro que você pode quebrar o
gelo inicial com algo descontraído nos dois
primeiros minutos. Mas ao longo do DDS,
tenha certeza de que os conceitos foram
IR PARA O ÍNDICE
assimilados por todos os participantes.
Fale sobre casos reais
Certamente, durante os treinamentos
muita teoria foi despejada na cabeça
do colaborador. No DDS o ideal é trazer
os conceitos para a realidade dele. Isso
ajuda a reforçar o aprendizado. Procure
falar sobre situações reais e demonstrar
o que pode acontecer no caso de
descumprimento de procedimentos
de segurança. Envolve os próprios
colaboradores na construção do
raciocínio. Contar histórias reais de
acidentes e problemas em outros
canteiros gera empatia e sensibilização.
Simplifique a linguagem
O ponto mais importante do DDS é: seus
colaboradores precisam te entender.
A ideia é que todos estejam alinhados
com relação às práticas de segurança no
canteiro de obras. Por isso, simplifique
a linguagem.
EBOOK GUIA DE PREVENÇÃO DE ACIDENTES NO CANTEIRO DE OBRAS
Nada de jargões e palavras muito
técnicas. Se for muito necessário usar
uma expressão técnica, tenha certeza
de que todos entenderam o que você
disse.
Estimule a participação
Lembre-se de que o nome é Diálogo
Diário de Segurança. Um diálogo não
é uma palestra. Logo, pressupõe troca
de informações, o que contribui para
que seja um momento mais produtivo.
Trazer os colaboradores para a discussão
ajuda no engajamento e na definição
de responsabilidades com a própria
segurança e a dos colegas.
Mantenha um diário
Registre não somente os temas
apresentados, mas também a reação
e as perguntas mais repetidas dos
colaboradores. Isso ajuda a desenvolver
os próximos temas com base nas
principais dúvidas dos colaboradores.
25
 Aborde temas atuais
Evidentemente, a prioridade tem que ser a segurança
dos colaboradores e do canteiro como um todo.
E há diversos temas que podem ser abordados e
que dizem respeito exclusivamente à segurança e
à prevenção de acidentes em canteiros de obras.
Alguns exemplos são:
• APR (Análise Preliminar de Risco)
• Trabalho em andaimes e risco de queda
• Uso de escadas
• Como e onde usar cinto de Segurança
• Capacete
• Preparação e organização do espaço de trabalho
• Proteção das mãos
• Proteção e equipamentos para segurança dos olhos
• Riscos do barulho excessivo
• Cuidados e prevenção de choques elétricos
• Primeiros socorros
• Segurança na operação do elevador de carga
IR PARA O ÍNDICE
No entanto, por ocorrerem todos os dias, permitem
abordar temas relacionados à saúde, ao bem estar e ao
desenvolvimento pessoal dos colaboradores em geral.
Assim, aproveite a oportunidade para, eventualmente,
abordar temas como:
• Alimentação
• Produtividade
• Hábitos saudáveis e exercícios
• Cuidados com a pele, principalmente no contato com
substâncias como o cimento e com a exposição ao sol
• Organização e limpeza dos ambientes de trabalho
• Consumo consciente e sustentabilidade
• Preservação do meio ambiente
• Postura corporal
• Bem estar no setor corporativo e desenvolvimento de
carreira
EBOOK GUIA DE PREVENÇÃO DE ACIDENTES NO CANTEIRO DE OBRAS 26
 Capacitação

Sem dúvidas, a melhor maneira de evitar acidentes

de trabalho na construção civil é por meio da
capacitação dos colaboradores. Dessa maneira, os
trabalhadores tomam consciência tanto dos riscos
quanto dos procedimentos e práticas para evitá-
los.

A partir dos treinamentos, além de se tornarem

mais produtivos, os funcionários entendem seu
papel na manutenção e promoção da segurança.
Assim, entendem que é a própria segurança e dos
colegas é também responsabilidade deles.

A capacitação pode, em alguns casos, ser feita

no próprio canteiro. Afinal, mesmo cursos que
não estão diretamente relacionados à segurança
contribuem com a prevenção de acidentes. Isso
porque promovem melhores práticas que estão
inevitavelmente associadas à segurança.

Então, além de evitar acidentes, os treinamentos

contribuem com o ganho de produtividade. Por isso,
podem representar um investimento importante
para a sua empresa.

IR PARA O ÍNDICE EBOOK GUIA DE PREVENÇÃO DE ACIDENTES NO CANTEIRO DE OBRAS 27

 EPIs (Equipamentos de Proteção
Individual)
O uso de EPIs aumenta a segurança de todos que adentram
um canteiro de obras e é previsto na NR 6. É importante,
no entanto, entender que estes equipamentos não são
os únicos responsáveis pela segurança do trabalhador.

O capacete, por exemplo, evita que o colaborador se

machuque ao bater a cabeça durante o deslocamento
na obra. No entanto, tem pouca ou nenhuma serventia
contra uma queda de altura, por exemplo. Ou seja, os EPIs
são medidas complementares à política de segurança
da empresa.

Ainda assim, é muito importante fornecer e exigir o seu

uso correto. Além disso, é imprescindível verificar se
os EPIs em uso contem com o selo CA (Certificado de
Aprovação). Da mesma forma, EPIs danificados devem
ser substituídos imediatamente.

Dentro do canteiro os trabalhadores precisar usar botina,

capacete, luvas, óculos de proteção e protetores auriculares
quando houver muito ruído. A responsabilidade pela
fiscalização do uso é dos supervisores de obra e dos
profissionais de segurança do trabalho.

IR PARA O ÍNDICE EBOOK GUIA DE PREVENÇÃO DE ACIDENTES NO CANTEIRO DE OBRAS 28

 São exemplos de EPIs:

• Luvas de raspa
• Luvas de látex
• Óculos de proteção
• Máscara
• Capacete
• Protetor auditivo
• Calçado de proteção
• Cinto de segurança tipo paraquedista

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EBOOKDE PREVENÇÃO
GESTÃO DE OBRAS - COMO FAZER
DE ACIDENTES NO CANTEIRO
DO INÍCIO
DE AO
OBRAS
FIM 29
 EPCs (Equipamentos de Proteção
Coletiva)
Diferente dos EPIs, os EPCs são dispositivos
coletivos que aumentam a segurança dentro de
um canteiro de obras. São regulamentados pela
NR 4 e pela NR 9.
Fazem parte do sistema de proteção coletiva de
uma obra os seguintes itens, dentre outros:
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• Cones e cavaletes
• Placas e fitas de sinalização
• Alarmes e sensores de presença
• Plataformas
• Grades
• Guarda corpo
• Extintores de incêndio
• Corrimão
• Barreiras contra luminosidade e radiação
• Chuveiro Lava-Olhos
• Sistema de ventilação e exaustão
• Proteção contra ruídos e vibrações
• Sistema de Iluminação de emergência
EBOOK GUIA DE PREVENÇÃO DE ACIDENTES NO CANTEIRO DE OBRAS 30
 Procedimentos de emergência

O ideal é sempre evitar as emergências no canteiro

de obras. Entretanto, como nem sempre é possível.
É importante que a obra conte com um PAE (Plano
de Ação de Emergência). É um documento que lista
os riscos e os possíveis primeiros socorros para cada
caso e deve ser do conhecimento de todos os que
atuam no canteiro de obras.
Além disso, é interessante que pelo menos os líderes
das frentes de trabalho tenham conhecimento sobre
como agir nesses casos. Ou seja, que tenha treinamento
em primeiros socorros. É importante, portanto, que o
canteiro conte com um kit de primeiros socorros.
Em todo caso, quando um acidente acontece o primeiro
passo é manter a calma e isolar o acidentado, evitando
aglomerações em torno dele. Um outro profissional
deve ligar imediatamente para o serviço de emergência,
como o SAMU ou o Corpo de Bombeiros.
É importante colher informações sobre as causas
do acidente para fornecer aos socorristas. Também
é obrigatória a comunicação do incidente para o
Ministério do Trabalho.
O que fazer no caso de um acidente:
• Atendimento imediato ao acidentado;
• Isolamento do local, preservando-o até a realização das
duas perícias; (polícia e ORMT);
• Comunicação à autoridade policial e ao ORMTE (ver art.
2º da Port. 589);
• Registro de boletim de ocorrência;
• Elaborar e registrar a Comunicação de Acidente do
Trabalho (CAT);
• Efetuar procedimentos que as autoridades tenham
determinado;
• Efetuar as análises das causas do acidente (SESMT, CIPA
e direção), registrando formalmente as providências
propostas que serão realizadas para evitar sua repetição;
• Dar assistência sequencial ao acidentado e/ou à sua
família.

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EBOOKDE PREVENÇÃO
GESTÃO DE OBRAS - COMO FAZER
DE ACIDENTES NO CANTEIRO
DO INÍCIO
DE AO
OBRAS
FIM 31

CIPA e SESMT
Organizações com a partir de 20 funcionários
precisam ter a CIPA constituída conforme determina
a NR 5 - Comissão Interna de Prevenção de
Acidentes. O objetivo da CIPA é, além de prevenir
acidentes, proteger contra doenças decorrentes do
trabalho. A Comissão é formada por representantes
do empregador e dos empregados.
É função da CIPA:
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• Identificar riscos do processo de trabalho e elaborar o
mapa de riscos, com assessoria do Serviço Especializado
em Engenharia de Segurança e em Medicina do Trabalho
(SESMT), onde houver.
• Elaborar plano de trabalho que possibilite a ação preventiva
na solução de problemas de segurança e saúde no trabalho.
• Participar da implementação e do controle da qualidade
das medidas de prevenção necessárias.
• Realizar verificação nos ambientes e nas condições de
trabalho visando a identificação de situações de riscos para
a segurança e saúde dos trabalhadores.
• Realizar, nas suas reuniões, uma avaliação do cumprimento
das metas fixadas no plano de trabalho e discutir as situações
de risco que foram identificadas.
• Divulgar aos trabalhadores informações relativas à
segurança e saúde no trabalho.
• Participar das discussões promovidas pelo empregador para
avaliar os impactos de alterações no ambiente e processo
de trabalho.
• Requerer a paralisação de máquina ou setor onde considere
haver risco grave e iminente.
• Participar da análise das causas das doenças e acidentes
de trabalho e propor medidas de solução dos problemas
identificados.
EBOOK GUIA DE PREVENÇÃO DE ACIDENTES NO CANTEIRO DE OBRAS 32
 Já o SESMT (Serviço Especializado em Engenharia de
Segurança e em Medicina do Trabalho) é composto
por uma equipe de profissionais da saúde. Esta equipe
trabalha dentro das empresas e tem como função
proteger a integridade física dos trabalhadores.
O SESMT, regulamentado pela NR 4, conta com os
seguintes profissionais:
• Médico do trabalho
• Engenheiro de segurança do trabalho
• Enfermeiro do trabalho
• Técnico de segurança do trabalho
• Auxiliar de enfermagem do trabalho
Dentre as obrigações do SESMT estão:
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• Aplicar os conhecimentos de Engenharia de Segurança
e Medicina do Trabalho ao ambiente do Trabalho e
a todos os seus componentes, inclusive máquinas
e equipamentos, de modo a reduzir até eliminar os
riscos ali existentes à saúde do trabalhador
• Promover a realização de atividades de
conscientização, educação e orientação dos
trabalhadores para a prevenção de acidentes do
trabalho e doenças ocupacionais, tanto por meio
de campanhas quanto de programas de duração
permanente
• Esclarecer e conscientizar os empregadores sobre
acidentes do trabalho e doenças ocupacionais,
estimulando-os em favor da prevenção
EBOOK GUIA DE PREVENÇÃO DE ACIDENTES NO CANTEIRO DE OBRAS 33
 Organização do canteiro

A organização do canteiro é fundamental para

a prevenção de acidentes, pois um ambiente
desorganizado é muito mais suscetível a acidentes.
Faz parte das boas práticas a instrução e supervisão
de operários para que mantenham o local de
trabalho limpo e organizado.

Para manter a ordem, seguem algumas dicas:

1. Crie um local específico para guardar materiais

e ferramentas.
2. Permita aos operários somente manter as
ferramentas em uso.
3. Oriente os funcionários sobre a importância de
manter a limpeza e a organização.
4. Especifique locais adequados para os
equipamentos e máquinas de grande porte.
5. Preveja pontos e procedimentos de descarte de
resíduos.

Além de contribuir para a prevenção de acidentes,

a organização contribui com a produtividade de
forma geral.

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 Sinalização

A NR 18 afirma que o canteiro de obras deve ser sinalizado

com o objetivo de:

• Identificar locais de apoio;

• Indicar saídas;
• Manter comunicação por meio de avisos, cartazes ou
similares;
• Advertir contra perigo de contato ou acionamento
acidental com partes móveis das máquinas e
equipamentos.
• Advertir quanto a risco de queda;
• Alertar quanto à obrigatoriedade do uso de EPI
específico para a atividade executada;
• Alertar ao isolamento das áreas de transporte e
circulação de materiais por grua, guincho e guindaste;
• Identificar acessos, circulação de veículos e
equipamentos na obra;
• Advertir contra risco de passagem de trabalhadores
onde o pé-direito for inferior a 1,80 m;
• Identificar locais com substâncias tóxicas, corrosivas,
inflamáveis, explosivas e radioativas.

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 Além de orientar quanto às regras para sinalização
do canteiro, a NR 18 estabelece obrigações para os
colaboradores. Estes devem usar colete ou tiras refletivas
na região do tórax e costas quando o trabalho for em
vias públicas.

A sinalização de segurança pode ser classificada como:

• Sinais de Obrigação: indicam comportamentos ou

ações específicas e a obrigação de utilizar EPI.
• Sinais de Perigo: indicam situações de atenção,
precaução, verificação ou atividades perigosas.
• Sinais de Aviso: indicam atitudes perigosas ou
proibidas para o local.
• Sinais de Emergências: indicam direções de fuga, saídas
de emergências ou localização de equipamentos de
segurança.

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 CONCLUSÃO
Segurança do trabalho é um tema bastante amplo e com muitos
desdobramentos. Isso porque, para quem elabora as regras, normas e
orientações, é necessário cobrir todas as mais inimagináveis situações.

No entanto, cumprir com as exigências e manter os trabalhadores seguros

não é tão complicado assim. Há profissionais de segurança do trabalho
muito capacitados no mercado e que podem auxiliar nas mais diversas
situações.

E também é importante salientar que os recursos alocados em segurança

não podem ser entendidos como custo, mas sim como investimento. Isso
porque é muito mais barato prevenir um acidente do que arcar com as
consequências humanas, pessoais e financeiras de um acidente dentro do
seu canteiro.

Invista em segurança e ganhe em produtividade.

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 SOBRE O AUTOR

Bruno Loturco

Com a experiência de ter passado pelos principais veículos de comunicação do setor

de construção e do mercado imobiliário, como PINI e SindusCon-SP, é responsável
pelos eventos Construtalk e Construsummit e pelo conteúdo publicado no Buildin.
Seu conhecimento técnico associado à capacidade analítica sobre o mercado levam à
produção de materiais de alto valor para os empresários da construção.

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