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Projeto:
Rolim e Coimbra- dois personagens, um Museu
Diamantina/MG
Julho/2020
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SUMÁRIO
RESUMO ....................................................................................................................3
1 – INTRODUÇÃO ........................................................................................................4
2 – OBJETIVOS .............................................................................................................5
3 – METODOLOGIA .....................................................................................................5
4 – RESULTADOS E DISCUSSÃO...............................................................................6
5 – PLANOS DE TRABALHO ....................................................................................11
6 – CONCLUSÕES E PERSPECTIVAS ....................................................................12
7 – REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS..................................................................13
8 – PRODUÇÃO CIENTÍFICA NO PERÍODO..........................................................14
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RESUMO DO TRABALHO.
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1- INTRODUÇÃO (relevância do trabalho e revisão da literatura)
O trabalho organizado pelo Museu do Diamante para a pesquisa teve seu início no
primeiro semestre de 2019, tendo como proposta a elaboração de um cronograma que
atendesse a identificação das origens e histórico dos objetos musealizados, trazendo narrativas
que vão para além das produções do conhecimento acadêmico. A compilação de elementos
que remontam um imaginário do Arraial do Tijuco, escritos por memorialistas que
reconstituem a história da cidade e sua formação, retratam dinâmicas sociais já consolidadas
por esses autores e intelectuais de época. A proposta central coube aprofundar diversos
materiais que fazem parte de outros acervos Institucionais ( a discussão desses outros espaços
de pesquisa está incluso na metodologia escolhida para a realização dos trabalhos) que vão
corroborar para a inserção de uma narrativa que propõe novas possibilidades de retratar os
acervos e coleções que estão expostas à visitação.
De uma forma geral, o acervo dessa instituição leva objetos de coleções que conduzem
para um contexto de uma cultura material que retrata a dinâmica de uma sociedade dos
séculos XVIII e XIX. Os Aspectos que reforçam a cultura religiosa, mineradora, que reproduz
um cotidiano nas Minas setecentistas e oitocentistas, conjuntamente com as características de
uma sociedade escravista, faz com que, todos esses elementos levassem para a primeira etapa
da pesquisa.
Muitos desses objetos que compõe o acervo foi adquirido por meio da compra de um
lote de artefatos nomeados como Coleção Coimbra que constitui grande parte dos pertences
que hoje compõem o acervo, o que foi necessário a investigação aprofundada dos objetos
comprados. Com a intenção de complementar as informações que dizem respeito à história
desses artefatos, considerou-se os fatores que levaram Antônio Coimbra a montar seu
antiquário e a partir disso, foi definido a importância da pesquisa em trabalhar com a coleção
que hoje faz parte do acervo. No momento da incorporação desses artefatos para essa
instituição que foi inaugurada em 1954, nota-se que a escolha dos objetos e o período que se
insere os artefatos da coleção possuem uma narrativa inconsolidada que necessitava a criação
de critérios e estratégias que interligassem a narrativa de uma procedência histórica desse
acervo.
É importante ressaltar o processo investigativo com as fontes primárias, sendo elas:
recibos, notas de compra, acordos formais, entre outros documentos que comprovem o
recebimento de peças com informações que indiquem a origem das peças adquiridas. Com o
detalhamento da fonte escrita como forma de compilar informações úteis, constatou-se que
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houve um processo de procura de diversas peças para a composição de bens museológicos,
consolidando uma cultura material condizente com uma sociedade do século XVIII e XIX.
Diante dos variados documentos analisados cabe também relacionar a forma com que essas
fontes são interpretadas por diversos autores, tanto os memorialistas como pesquisadores
contemporâneos que abordam temáticas problematizadas, condizentes com um imaginário
social do Arraial do Tijuco.
O Fortalecimento de uma memória local também se perpetua pela valorização de
indivíduos que estão diretamente ligados na preservação de um patrimônio histórico e cultural
que concebe a memória diamantinense. A partir de uma entrevista oral com o responsável
pelos cuidados da Igreja de São Francisco, com o intuito de expandir o acesso às informações
sobre os diferentes conteúdos, que estão presentes no extenso acervo da Instituição.
2 – OBJETIVOS
3- METODOLOGIA:
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segundo explicações do encarregado pelo funcionamento e manutenção da Igreja São
Francisco de Assis, em Diamantina, ocorreram sem acordos oficiais que comprovassem a
aquisição de bens que hoje fazem parte do M.D. Além disso, utilizou-se de produções
bibliográficas que se relacionam sobre o tema da pesquisa e desenvolvem o tema, dando
abertura para a busca de novas interpretações sobre a dinâmica social do Arraial do Tijuco.
4- RESULTADOS E DISCUSSÃO
Com base nas implicações que norteiam a pesquisa, sendo elas, as problematizações
que levaram a uma necessidade da realização de um trabalho de preenchimento das lacunas de
uma memória fragmentada que compreende a coleção Coimbra, a tímida e pouco explorada
narrativa sobre o Padre Rolim e o seu envolvimento com a dinâmica social do arraial do
Tijuco e os diversos objetos históricos que pertenciam às igrejas de Diamantina.
A partir do levantamento das produções que discutem sobre o processo de exploração
do diamante é possível identificar estudos que partiram de uma narrativa que esboça o
desenvolvimento social desse contexto exploratório. Segundo Aires da Mata Machado Filho,
existe uma cultura que vai se enraizando pelo trabalho da mineração que se inicia com a coroa
portuguesa e seu desejo de se apropriar da riqueza da sua colônia.
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Diante dessa narrativa onde prevalece uma situação de controle da Comarca do Serro
Frio, o envolvimento com o tráfico de diamante torna-se uma prática cada vez maior na
região. A narrativa do Museu do Diamante aborda discussões referentes ao ciclo do diamante,
muito do que se refere a exploração dessa pedra vincula-se ao tráfico desse mineral que foi a
base da economia da região. Nesses aspectos que corroboram para uma indagação do abuso
de poder por parte dos administradores portugueses do Arraial do Tijuco, há pesquisas que
confirmam o momento do declínio da arrecadação dos cofres portugueses, tendo em vista, o
próspero negócio em se dedicar às atividades ilegais com a intenção de se esquivar do sistema
meticuloso e regulamentado e coordenado pela Coroa. (MAXWELL, 2005). Diante das
pesquisas que tratam sobre o tema que analisam a situação econômica e política local,
percebe-se que existe uma relação efetiva entre a ilegalidade da mineração com
enriquecimento de uma elite que vai questionar a relação de poder vigente como também vai
tencionar as relações sociais de uma camada popular que mais sofre as consequências dessa
dinâmica. O ato da clandestinidade ficou cada vez mais frequente com o aumento da
autoridade e controle das Intendências que eram órgãos autônomos na capitania e que
representava a autoridade da Coroa. Diante disso, o perfil do Padre José da Silva e Oliveira
Rolim, se destaca pela grande influência e notoriedade no contrabando da região. Segundo
Roberto Wagner:
“Um traficante amigo de garimpeiro e faiscadores, homens rudes que, de
bateia em punho, à margem dos rios e à margem da lei, arriscavam-se a viver sob a
constante ameaça dos mais severos castigos. Foi com essa gente que o padre Rolim
aprendeu a conviver com o perigo e sob influência, desenvolveu uma personalidade
turbulenta, de uma ousadia levada aos limites da temeridade.”(ALMEIDA, 2002)
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Dentro de um enredo que coloca o padre como um principais agentes nesse contexto
heroico e participativo no movimento, é possível encontrar poucas discussões no que diz
respeito ao seu envolvimento polêmico com o comércio ilegal de escravos, sendo que, as
propostas revolucionárias colocam como intenção a abolição da escravatura. Diante de uma
bibliografia que pouco tensiona e aprofunda sobre o real entendimento do posicionamento
sobre o sistema escravista da época, Roberto Wagner coloca uma relação amistosa entre o
inconfidente do Tijuco e Alexandre da Silva seu fiel escravo e espécie de secretário particular
(ALMEIDA, 2002). Segundo os Autos da Devassa, em suas notas biográficas:
“Alexandre da Silva entretanto, se põe ao nível dos homens livres o que faz supor
comungasse dos mesmo ideais libertários do senhor. Nascera em 1757
provavelmente em Minas Novas, feito escravo de Manoel Soares Cardoso. Foi em
Minas Novas que conheceu Tiradentes antes de 1775, isto é quando Joaquim José da
Silva Xavier, [...] aproximando-o do Pe. José da Silva e Oliveira Rolim e dando
origem a uma amizade definitiva. A longa memória, produto de uma impressão viva
na mente de uma vítima do sistema social e econômico – em que a segurança do
poder crescia na proporção da opressão exercida contra o direitos humanos da
benemérita raça negra – sugere que o defendido por Tiradentes talvez fosse o
próprio Alexandre, e que o opressor fosse Manuel Soares Cardoso, para que
Tiradentes perdeu todos os seus bens. Adquirido pelo Padre Rolim, a inteligência do
mulato Alexandre se manifesta nas suas funções de secretário do senhor.” (Autos da
Devassa, vol. 2 p. 393)
Essa relação pouco tratada por autores e que traz a relação de um negro que atuou
diretamente com os conjurados, de um modo que, as fontes estudadas podem esclarecer um
discurso que amplia o debate sobre a forma de atuação de negros escravizados no século XIX.
Outro fator em voga nas narrativas, colocam um estreitamento da relação entre
Tiradentes e o padre Rolim, que se iniciou no Rio de Janeiro e que possui registros de uma
relação entre o alferes e outros familiares do vigário. Registros da prisão de Tiradentes em
Minas Novas:
Diante da prova de uma proximidade entre os dois envolvidos coloca-se à prova uma
perspectiva de uma efetividade nos envolvimentos dos dois conjurados no processo
conspiratório.
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Partindo para as indagações à arquitetura eclesiástica, Aires da Mata Machado coloca
em seus estudos um levantamento dos bens patrimoniais das Igrejas que foi desfeitos e
vendidos.
“O costume de levianamente, dispor de preciosidades antigas não é novo, pelo visto
mas agravou-se com o tempo, tanto que da banqueta de prata encomendada
juntamente com a lâmpada existem apenas dois castiçais de prata, porquanto dois
dos outros quatros quatro maiores foram vendidos em 1937 ... Merecem ainda
menção os seguintes objetos de prata: turíbulo, naveta e colher, duas coroas, sendo
uma galvanizada, um cálice cujo pé está gravada a inscrição ‘Caliz da capella do
capitão Antonio Meylão 1741, familiar do santo Ofício’ uma âmbula e rica coroa de
ouro cravejada de brilhantes com a data de 1874.” (FILHO, 1954, p. 249)
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“Na Ordem Terceira de Diamantina encontramos entronizada num nicho frontal no
local do sacrário - solução impar no partido dos retábulos - uma imagem de vestir,
Nossa Senhora da Conceição, chamada também de Nossa Senhora da Porciúncula.
Sem as vestes podemos perceber que a imagem possivelmente foi desbastada, pois a
parte inferior da escultura possui a definição das pregas do panejamento e o
posicionamento dos pés é típico de uma imagem de talha inteira. Seu corpo foi
remodelado e colocadas articulações na imagem.” (QUITE,2006,p. 252)
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5- PLANO DE TRABALHO DESENVOLVIDO PELO BOLSISTA
Meses de execução
Descrição das Atividades 1 2 3 4 5 6 7 8 9 1 1 1 1 1 1 1
0 1 2 3 4 5 6
1. Análise documental
X X X X X X X X X X
3. Revisão Bibliográfica
X X X X X X X X X X
4. Produção do relatório da
pesquisa. X X X X X X
5. Produção e apresentação de
trabalhos em eventos da área X X
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6- CONCLUSÕES E PERSPECTIVAS:
Com isso, o discurso mais contemporâneo, traduz o período que remontam histórias da
cidade de Diamantina e do seu processo de formação. Dando ênfase em aprofundar na edição
impressa dos Autos da Devassa, onde consta publicações dos traslados do Padre José da Silva
e Oliveira Rolim. (RODRIGUES, 2017)
Ou aspecto que condiz com o maior aprofundamento de pesquisas bibliográficas que
correspondam ao tema da arte sacra mineira e suas orientações devidas à documentação que
direcionem para as festas populares e suas imponências da cultura local.
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7- REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
QUITE, Maria Regina Emery. Imagem de Vestir: revisão de conceitos através de estudo
comparativo entre as Ordens Terceiras Franciscanas no Brasil. Tese (Doutorado em
História). UNICAMP, 2006.
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8-PRODUÇÃO CIENTÍFICA NO PERÍODO
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