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DESCREVENDO SEU PET

Se você tem um pet há algum tempo e já acompanhou uma consulta veterinária sabe,
existem perguntas clássicas feitas pelo profissional: “Está comendo normal?”, “Como
está o cocô e o xixi?”, “As vacinas estão em dia? Posso dar uma olhada na carteirinha
de vacinação?”

Percebam que algumas das perguntas desejam identificar mudanças através de


comparação com o normal. Por mais que exista o padrão esperado para cada espécie e
raça, cada animal é único e seu comportamento tem muita relação com o ambiente que
vive. Por esse motivo, tenha sempre em mente como é o normal do seu pet e descreva
essa mudança no momento das consultas.

Para agilizar e facilitar o atendimento veterinário, seja ela de rotina ou não, faça uma
lista com todas a mudanças de comportamento que você percebeu:
“Ele não vem mais me recepcionar quando chego em casa”;
“Fica agressivo quando seguro ela no colo”;
“Dorme durante o dia e passa a noite acordado, tossindo”;

Na lista também devem conter todos os sinais observados, quando e como começaram,
qual aparência tinha, com que frequência acontece, se existe algum evento relacionado
ao aparecimento e quanto esses sintomas interferem no bem-estar do animal, como:
“Não percebemos como começou, foi muito rápido, chegamos do passeio, deixei ele
bebendo água e quando percebi ele estava com o rosto inchado”;
“Começou há um mês, ele teve tremor forte e depois ficou confuso. No começo não
entendi o que houve, mas hoje percebo que pode estar relacionado aos fogos do período
junino”;
“Toda vez que minha filha volta para a faculdade, quando acabam as férias, ele começa
lambendo muito a pata, chega a ficarem vermelhas. Com o passar do tempo aparecem
esses feridinhas”;
“O vômito é amarelado, com espuma. Acontece sempre que ele passa muito tempo sem
comer. Mas não interfere na animação dele, tá sempre brincando”.

Inclua na lista o tipo de dieta oferecida à seu peludinho, com marca se for ração. Tenha
a informação da frequência e quantidade de alimento consumida, assim como de água.
Já para os possíveis remédios que esteja utilizando, saiba o nome ou leve a bula, quanto
tempo utiliza e a quantidade (dose).
Algumas outras informações como: viagens recentes, adoção, conato com outros
animais, doenças antigas já curadas, hóspedes na casa e outros fatos que você tutor,
julgue relevante, também devem ser citadas.

Pode acontecer do profissional não solicitar todos os itens da sua lista, o que não
significa falha na consulta. As perguntas variam conforme o motivo da consulta. Por
exemplo, se o problema é somente “ronco a noite”, provavelmente não haverá perguntas
sobre os ossos. O mais importante é: seja verdadeiro com o Médico veterinário. As
informações corretas podem salvar a vida do seu pet e é muito provável que o
profissional identifique que faltam “peças no quebra cabeça”.

CUIDADOS DURANTE O TRANSPORTE


Dois conceitos importantes de ter conhecimento são os de urgência ou emergência.
Urgência: são casos de menor gravidade, mas que o animal precisa ser socorrido a
tempo para não ter complicações mais sérias. Exemplo: vômito ou diarreia intensos,
ausência de urina por mais de 24hs, convulsão e outros.
Emergência: requer medidas imediatas, pois a vida pode depender delas. Exemplo:
hemorragia, parada cardíaca e/ou respiratória, atropelamento, envenenamento, choque
elétrico, afogamento, entre outros.

Contacte o veterinário
Quando o seu pet necessita de um atendimento veterinário de urgência ou emergência e
você tem que leva-lo, há algo importante a ser feito antes de sair de casa ou no caminho
do hospital é contatar o Médico Veterinário, assim ao chegar, a equipe já estará
preparada e instituída para o atendimento. Neste contato já pode ser descrito:
- O que aconteceu (atropelamento, envenenamento, queimadura, queda);
- Como aconteceu (queimadura por choque elétrico, intoxicação por planta ornamental,
convulsão seguida de afogamento por estar próximo da piscina);
- Quando aconteceu (há uma hora, há dois dias, não foi possível observar o momento do
acidente só a mudança do comportamento);
- Informações como prováveis alergias à medicamentos, condição do animal
(desacordado, alerta, calmo, estressado ou) e distancia até o hospital ou clínica também
são indispensáveis.

Mantenha a calma
A calma é sua maior aliada nesses momentos. Grande agitação gera maior estresse para
o animal e prejudica a tomada de decisão dos tutores podendo causar danos maiores e
irreversíveis.

Proporcione conforte e segurança


Aqui iremos descrever opções para o transporte no carro. Mas você pode verificar se a
clínica ou hospital de possui ambulância veterinária.

Se o animal estiver agressivo, o ideal é utilizar a focinheira ou mordaça feita com um


pedaço de pano, atadura ou cadarço de sapato antes de qualquer procedimento. Animais
sentindo dor ou sobe estresse podem mudar o comportamento se mostrando agitados e
agressivos, mesmo com pessoas conhecidas. Avalie a necessidade de uma contenção
mais firme com uso de focinheira, mordaça, colar elizabetano ou um cobertor grosso
envolvendo os gatos.
Na ausência de focinheira, os pode-se utilizar uma mordaça com um pedaço de atadura,
corda ou cadarço do sapato. Para isso faça um laço e passe encaixe no focinho do
animal, o segundo laço é feito embaixo do focinho e o terceiro atrás da orelha. Amarre
firme com um nó.
Para os gatos, um copo de papel ou plástico pode ser utilizados como focinheira. Use
um tamanho de copo que cubra os olhos e a boca, mas não passe pelas orelhas. Corte o
fundo para que o animal possa respirar com facilidade. Corte uma fita em dois pedaços
com 10 cm de comprimento cada um. Passe um pedaço de fita através do buraco
abaixo da borda do copo e dê um nó bem em cima da borda e repita o processo do
outro lado. Coloque o copo sobre o rosto do gato e passe as fitas por baixo das
orelhas dele e amarre-os na parte de trás da cabeça, na base de seu crânio.

Como opção para os animais que estão alertas, sem limitação de movimentação ou que
os acessórios de transporte não causem piora em possíveis lesões, podem ser utilizados:
cinto de segurança no peitoral, assento de cadeirinha, caixa de transporte ou a grade de
segurança.

Em casos em que o estado do animal não permita a utilização dos acessórios, a solução
é colocá-lo sobre um colchão ou manta no banco traseiro do carro caso seja um gato ou
cão de pequeno a médio porte, ou na carroceria de um carro aberto, lembrando de
prendê-lo com uma corda ou pelo coleira. Se for possível ter um passageiro que o
observe o animal durante o trajeto é válido. Já o motorista deve evitar movimentos
bruscos, mas ter em mente que o tempo é essencial em alguns casos.

Para transferir o animal do local do acidente até o carro, pode ser utilizado um cobertor
ou manta como maca improvisada. Se houver suspeita de trauma ou fratura,
principalmente na coluna vertebral, o melhor é fazer o transportar sobre uma superfície
plana e rígida como uma tábua de madeira ou algo similar. A movimentação do animal
deve ser mínima, para qualquer tipo de acidente.

Para proporcionar conforto e segurança aos pets devemos ter atenção durante o trajeto
até a clínica veterinária. Tente manter a velocidade sem pular as lombadas ou fazer
curvas bruscas. Esteja atento ao caminho, pensando na opção mais rápida, sem trânsito e
mais segura.

KIT PRIMEIROS SOCORROS

Água oxigenada Lanterna

Anti-histamínicos Luvas de látex ou borracha descartáveis

Ataduras Luvas grossas

Caixa de transporte Pinça

Carvão mineral ativado Pomadas cicatrizantes

Colar elisabetano Sabonetes antissépticos

Cotonetes Seringas sem agulha

Esparadrapo Soro fisiológico

Focinheira Termômetro

Gazes Tesoura

Iodo Toalha grande

Atenção: Observe sempre a data de validade e se existe substancias na composição que


cause reação alérgica em seu pet.

AGINDO: PRIMEIROS SOCORROS


Animais estressados por conta de um problema de saúde ou sentindo dor podem ficar
irritados, até com o seu tutor. Por isso, tenha cuidado ao se aproximar, pega-lo no colo
ou realizar algum procedimento. Para sua segurança e a dele, realize o método de
contenção necessário.
Se perceber o animal irritadiço, coloque a focinheira ou colar de contenção, segure
firme pelo pescoço e patas. Os gatos são mais difíceis de conter, então você pode
envolve-lo em cobertor grosso.
- Lesões em pele
Os problemas dermatológicos podem tem motivos diversos, sendo desde uma alergia ou
infecção por bactéria, vírus, fungos uma combinação deles até desequilíbrio hormonal e
estresse. Ou seja, há infinitas possibilidades.

O diagnóstico das doenças dermatológicas depende da identificação da lesão. Por esse


motivo, banhos não são indicados antes das consultas veterinárias. O profissional utiliza
visão, olfato e tato associado a testes e exames para identificar o que está causando as
lesões de pele e sugerir um tratamento eficiente.

Não tente tratar essas lesões em casa sem a orientação de um médico veterinário. O
tratamento errado pode provocar mais problemas para o seu amigo de quatro patas. O
ideal é leva-lo à um especialista assim que identificar as lesões.

- Ferimentos e cortes
Esse dano pode ser causado por pedaços de vidro, pontas de ferro, arames, brigas e
qualquer outro objeto cortante. Sendo assim, para evitar acidentes desse tipo, esteja
atento à presença dessas ameaças nos locais em que seu peludo brinca ou faz um
passeio.

O que fazer:
- O primeiro paço é identificar a lesão. Algumas regiões como orelhas e patas, tendem a
sangra mais, mesmo sendo cortes pequenos. Para visualizar melhor, lave com água
potável, isso vai retirar o excesso de sangue sobre o ferimento.

- Cortes superficiais e menores devem ser lavados com água e sabão, conter o
sangramento, caso haja, e manter o local limpo, seco e livre de insetos como moscas e
mosquitos. Não abafe esse tipo de ferimento. Realize a limpeza diária com soro
fisiológico e gaze. Se perceber a presença de insetos, utilize repelente veterinário
conforme indicação do fabricante. Esse tipo de ferimento costuma se resolver
rapidamente sem complicações.

- Em casos de cortes profundos e feridas maiores, o ideal é levar ao veterinário para


realização de sutura e/ou cirurgias. Assim, a cicatrização ocorre de forma mais rápida e
a cicatriz será menor. Seu papel é tentar estancar o sangramento com compressa de gaze
ou pano limpo até que o profissional receba o animal. Uma região que naturalmente
sangre muito ou se romper um vaso sanguíneo pode tornar essa missão complicada.
- Se o sangramento for controlado, mantenha o local limpo, lavando com soro
fisiológico e água oxigenada nas bordas da ferida, sem friccionar, pois o sangramento
pode voltar caso o coágulo recém formado seja rompido. Lembre-se que estará
mexendo com um ferimento e esse procedimento pode causar desconforto ao animal,
dessa forma, certifique-se de que ele esteja sendo segurado com firmeza. Seque com
gaze.

- Se a ida ao veterinário não for possível, todo o acompanhamento do ferimento até a


cura vai demandar muito cuidado e atenção. Após o sangramento ter sido controlado, se
possível, corte o pelo ao redor do ferimento, mas sem causar muito estresse ao animal,
mantê-lo tranquilo é muito importante. Em seguida, aplique água oxigenada, ela é uma
solução antisséptica utilizada para evitar infeção. O correto seria associar com alguma
solução antibiótica para evitar possível infecção e complicação da ferida, no entanto, os
medicamentos antimicrobianos necessitam de prescrição veterinária, sendo assim o seu
cuidado para evitar infeção é primordial.

- Ferimentos maiores devem ser protegidos. Faça curativos com gaze e pano limpo ou
atadura e fixe com esparadrapo. Esse curativo deve ser trocado diariamente, então
aproveite para identificar se há necessidade de limpar a ferida. Existem produtos
veterinários que auxiliam a cicatrização, como pomadas, cremes e sprays. A poupa a
Aloe vera também possui essa função. Quando perceber o surgimento casquinha do
ferimento, pode retirar o curativo e utilizar repelente veterinário conforme indicação do
fabricante.

- Se o ferimento estiver localizado em locais em que seu pet poça lamber, o ideal é
utilizar o colar de contenção (colar elizabetano) para evitar esse comportamento.

Em qualquer tipo de ferimento, se for percebida a presença de pus (característico de


infeção), aparecimento de outros sintomas ou mudança de comportamento (complicação
do quadro de saúde), demora em cicatrizar, ou presença de larvas de moscas (miíase),
leve seu pet ao médico veterinário para uma avaliação individualizada e especializada.

- Queimaduras
As queimaduras podem ser ocasionadas por calor (fogueira, objeto ou alimento quente,
contato com água fermente), por produtos químicos (ingestão ou conato com ácidos e
cáusticos) e corrente elétrica (mordedura de fios). Elas podem ser classificadas por sua
gravidade como 1º, 2º e 3º grau.
1º grau: a lesão é superficial e deve cicatrizar em média após 10 dias.
2º grau: a lesão da pele mais profunda uma de 1º grau, por isso há perda dos pelos e
formação bolhas. Essa deve cicatrizar em média de 15 dias.
3º grau: uma lesão grave em que toda a espessura da pele é destruída, sendo muito
doloroso e de cicatrização muito lenta.
Para evitar queimaduras, mantenha seu pet longe da cozinha enquanto estiver preparado
as refeições, observe a temperatura da comida antes de oferecê-lo, mantenha produtos
químicos longe do alcance dos animais, observe o modo de uso dos produtos químicos
indicado pelo fabricante, limite o acesso dos bichinhos quando o local estiver sendo
higienizado, proteja as fiações elétricas e use protetor solar veterinário nos animais
despigmentados.
O que fazer:
- Leve seu pet ao médico veterinário.
-A classificação e o tratamento da queimadura devem ser feitos pelo médico veterinário,
independente do grau. O tratamento para queimaduras de 1º e 2º grau consistem em
medicamentos que necessitam de prescrição veterinária. Já para queimadura de 3º grau,
o tratamento exige sedação devido ao nível de dor que o animal sente.
- O seu papel como tutor é remover o agente causador da queimadura e interromper a
injúria até que consiga atendimento com o profissional. Isso pode ser feito com lavagem
da lesão utilizando água mineral ou soro fisiológico frios. Não utilize creme dental,
urina ou qualquer outro produto químico sem orientação do médico veterinário.

Queimadura por choque elétrico


A queimadura por choque elétrico normalmente acomete filhotes. Esse tipo de
queimadura, assim como as queimaduras por alimentos quentes são especialmente
preocupantes pois acometem lábios e língua, fazendo com que os animais evitem a
ingestão de comida e água. Nesses casos, além do tratamento da lesão, o animal
precisará do veterinário para checar seus pulmões (é comum apresentar edema
pulmonar após choque elétrico forte) e receber soro para suprir suas necessidades.

O que fazer:
- Se você percebeu o momento em que o animal levou o choque e ele permanece
conectado ao fio elétrico, não tente retira-lo tocando nele. Primeiramente retire o fio da
tomada ou desligue a rede elétrica, e só depois pegue-o e faça uma inspeção cuidadosa
para identificar possíveis lesões no local que esteve em contato com o fio, normalmente
boca. Pode acontecer de ter sido apenas um susto, mas cheque com delicadeza para não
causa ainda mais dor ao seu amiguinho.

- Se o animal estiver desacordado, verifique se há batimento cardíacos e movimentos


respiratórios. Caso não haja um dos dois ou ambos, realize a massagem cardíaca e/ou
respiração artificial como descrito no item Parada cardíaca e respiratória.
- Hemorragia
Apesar de assustar, o nome hemorragia se refere a qualquer perda de sangue, seja ela
grande ou pequena, duradoura ou rápida. Pode ocorrer por cortes, queda, brigas com
outros animais, atropelamentos, ingestão de objetos perfurantes e cortantes ou ossos
pontudos, parasitoses e outras tantas situações.

O sangramento pode ser visível (externa) ou não (interna). Sendo assim, sempre que
houver qualquer acontecimento ou acidente que exista possibilidade de ocorrer
hemorragia interna como queda e atropelamento ou Em casos que acontecer algo sem
que você tutor tenha conhecimento, pode desconfiar que seu pet esteja com hemorragia
interna se ele apresentar os seguintes sinais se você não presenciou o acidente, mas
percebeu: temperatura corporal mais baixa, gengiva e parte interna da pálpebra pálidas,
fraqueza, desmaio e dor, a orientação é encaminhar o seu pet imediatamente para
atendimento e verificação, pois, a depender do vaso sanguíneo rompido, pode ser fatal.

Se perceber a presença de sangue em urina, fezes e vômitos, apesar da necessidade de


investigação, não caracteriza hemorragia interna. A causa desses sangramentos podem
ser diversas e incluem envenenamento, verminoses e viroses.

Mesmo a hemorragia externa pode trazer muitos danos à saúde do seu pet. Ela pode ser
provocada por corte, perfuração ou briga com outras animais. O procedimento então é
tentar estancar, evitando a perda excessiva.
Oque fazer:
- Utilize compressa de gaze ou pano limpo umedecido e pressione o local até parar o
sangramento. O tempo para estancar varia conforme a região do corte e o tamanho da
lesão.
- Se a hemorragia for em patas e cauda, você pode fazer um torniquete quando tiver
dificuldade se parar o sangramento ou a quantidade de sangue perdido for grande. O
torniquete é feito um pouco acima do local da lesão com pedaço de pano, atadura ou
cadarço de sapato. A cada 5 minutos, afrouxe volte a apertar.
- Leve o animal até o veterinário para avaliação da ferida, suturar e realizar outros
procedimentos necessários para evitar sequelas.
- Se não for possível leva-lo ao profissional imediatamente, limpe o local com água
oxigenada após o sangramento diminuir, mantenha o local protegido por uma gaze ou
pano para impedir a contaminação e o acesso das moscas à lesão.

- Vômito e diarreia
Vômito e diarreia não são doenças, são sinais de alerta para algum outro problema com
a saúde do animal. Esses sintomas não costumam ser considerados emergência
veterinária, mas se o tutor não interferir, o animal pode morrer por desidratação.
O vômito é a expulsão do que havia no estômago do animal. As causas podem ser:
doenças bacterianas e virais, dor abdominal muito forte, intoxicações e tosse forte
frequente.
Diarreia são as fezes líquidas ou pastosas e frequentes, podendo ser causada por
estresse, mudanças bruscas na dieta, parasitas vermes, infecções e intoxicações.
Para prevenção de ambos evite mudanças bruscas na alimentação, acesso do animal à
lixo, forneça água de qualidade, mantenha a vacinação e vermifugação em dias, evitar
estresse e contato com substancias irritantes.

Como identificar:
Saber descrever o vômito e a diarreia são essenciais para encontrar a causa.
Algumas características do vômito: presença de alimento; cor esverdeada, amarelada ou
marrom, vermelho ou incolor; aspecto de gelatina, viscoso; com presença de fezes; cor
e/ou presença de sangue; saída “em jato”, de forma súbita; odor ácido, fétido, fecal,
parecido com amônia ou urina.
Algumas características da diarreia: quantidade e frequência de defecação; consistência
firma, normal, pastosa ou líquida; com sangue; cor; odor; e visualização de vermes.
Tente-se também a outros sintomas que possam estar associados ao vômito e a diarreia
como: dor abdominal e/ou ao defecar; aparenta defecar, mas não sai fezes; fraqueza;
tremores; flatulências; apetite; consumo de água e comportamento em geral como
brincar e recepcionar os moradores da casa.
O que fazer:
- Quando o episódio de vômito ou diarreia é único, o animal permanece comendo e
bebendo água normalmente e apresenta bom estado geral é provável que o problema se
resolva sem intervenção. A orientação é observar com mais atenção e não havendo
novos episódios, ficará bem. Vomitar bolas de pelo é comum para gatos.

- Se o animal apresentar episódio único, mas severo associado a condição geral ruim
com fraqueza e dor por exemplo, ou ainda, ocorrer mais de um episódio de vômito ou
diarreia, retire a comida do animal e deixe em jejum por um jejum de 24 horas. Essa
restrição é necessária para que o organismo possa se recuperar.

O conteúdo do vômito com aspecto espumoso, incolor ou amarelado, constituído por


suco gástrico sem restos alimentares, pode ser indicativo de longos períodos sem se
alimentar. Esse problema deve ser resolvido após o animal comer, então, verifique se há
comida disponível, se o pote está limpo ou se houve mudança na alimentação e ele está
rejeitando. Vômitos com outros aspectos devem ser avaliados por um profissional.

- Havendo sangue, tanto no vômito quanto na diarreia, os motivos podem ser dos mais
simples aos mais complexos, sendo assim, ao detecta-lo ou identificar o aparecimento
de outros sintomas, procure o veterinário para avaliar.

- Vômito e diarreia intensos são causas para outros agravantes à saúde do seu pet, o
mais comum é a desidratação. Para evitar essa complicação, mantenha o animal
hidratado oferendo água limpa e fresca, se ele rejeitar, ofereça um cubo de gelo, a água
fria alivia o vômito e acalma. Se o pet aceitar a água, mas continuar com os vômitos,
não insista e leve-o ao veterinário.

- Outra forma de manter o animal hidratado é com soro caseiro. Mas atenção: consulte
o veterinário antes e só faça a hidratação oral se não conseguir atendimento profissional.
Para isso ofereça pequenas quantidades de soro várias vezes ao dia. Mas fique atento, se
isso causar vómitos, suspenda o soro. A hidratação oferecida pela boca do animal (água
ou soro careiro) tem pouco ou nenhum efeito no caso de desidratações graves.
Soro Caseiro: misture 200ml de água fervida (1 copo) com 1 colher de sobremesa de
açúcar e 1 pitada de sal.

- Verifique se já há desidratação puxando a pele do animal na lateral do corpo. A pele


deve voltar ao normal rapidamente. Se demorar, o animal está desidratado. E caso a pele
não volte, a desidratação é grave e o animal precisa do veterinário pois corre risco de
vida.

- Ingestão de corpo estranho


Corpo estranho é qualquer coisa que não se enquadre como alimento. Ele pode provocar
danos à saúde por se prender em qualquer trecho do sistema digestório (boca, esôfago,
estômago ou intestino) ou deslocar para o sistema respiratório causando obstrução ou
perfuração.

Os filhotes são mais propensos a este tipo de acidente, mas pode acontecer com animais
adultos. Evite dar a eles brinquedos com peças pequenas e deixar objetos menores pelos
ambientes que o pet tem acesso. Não permita que ele mexa no lixo ou roupas pelo risco
de botões, tarraxas, broches e fechos.
Como identificar:
Os sinais de que o animal ingeriu um corpo estranho não é específico, eles podem
apresentar dificuldade de respirar, gengiva e parte interna das pálpebras pálidas,
desmaios, dor abdominal, vômito, salivação, diarreia, tosse, perda de apetite e
desânimo.

O que fazer:
- A indicação é leva-lo ao veterinário. Na clínica, o profissional fará exames para
identificação e localização do objeto e saberá qual o melhor procedimento para sua
retirada.
- Você pode olhar a boca para tentar identificar se há algum objeto preso na boca ou
parte inicial da garganta e se possível, o animal estando calmo ou desmaiado, retira-lo
com o auxílio de uma pinça.

- Agressão por outros animais


Agressão por animais peçonhentos
Animais peçonhentos são aqueles que produzem substância venenosa e possuem dentes,
ferrões ou aguilhões capazes de injetar a toxina durante a mordida, ferroada ou
aguilhada. Os mais comumente envolvidos em acidentes com animais domésticos são
as cobras, escorpiões, aranhas e abelhas.

Os pets são especialmente vulneráveis à ataques de animais selvagens pois foram


durante muito tempo adaptados a viver no meio doméstico e podem ter perdido alguns
hábitos de sobrevivência em ambientes selvagens de competição e relação “presa x
predador”. Apesar dos cães serem os mais cometidos, pode acontecer com gatos.

Para evitar que seu animal seja atacado por cobra, escorpião, aranhas ou outros animais,
mantenha o local de permanência do pet limpo, organizado e livre de objetos que
possam servir de ninhos para os possíveis agressores. Em ocasião de viagens e
acampamentos, mantenha-se atento, pois agora vocês estão no território dos selvagens.

Como identificar:
- Se no momento do acidente você viu o animal que atacou seu pet, tente se lembrar do
máximo de detalhes possíveis que conseguir, será muito útil no momento de identificar
a espécie e consequentemente o tratamento e/ou soro a ser utilizado.
- Se o animal agressor morreu durante o ataque ou você conseguir captura-lo com
segurança, leve-o ao veterinário.
- Caso você não tenha presenciado o acidente, mas percebeu sinais como: dor, inchaço,
manchas na pele ou dentro da boca, coceira, febre, sangramento, mudança na cor da
urina, diarreia, vômito, dificuldade de engolir até saliva, dificuldade de respirar ou
qualquer mudança de comportamento associado à saída do animal sem supervisão de
uma pessoa, realize uma inspeção à procura de picada, mordida ou arranhão.
- Os sintomas podem evoluir de acordo com a espécie agressora, podendo aparecer e
agravar em minutos, horas ou dias. Sendo assim, tão logo identifique os sinais, leve o
animal para atendimento veterinário.
O que fazer:
- Você pode auxiliar mantendo o animal confortável e calmo, evitando muita
movimentação.
- Se for possível, coloque gelo e água oxigenada no local da lesão.
- Nunca faça torniquete, não coloque remédios caseiros ou faça corte o local da picada.

Agressão por outros animais domésticos


Cães e gatos que costumam sair de casa sozinhos são podem se envolver em brigas e
sofrer ferimentos de leve a grave. As agressões por animais domesticados podem ser
perigosas devido à potencial transmissão de doenças, gravidade da lesão e dano à
membros e órgãos. Algumas das doenças não são aparentes imediatamente após a
exposição, como acontece com um ferimento, mas podem ser tão a mais perigosas para
a vida de animal e a saúde dos moradores que convivem com ele.

Como identificar:
- Os cães costumam causar lesões graves por mordidas e os gatos por arranhaduras.
- Os animais agredidos podem apresentar dor, inchaço local, hemorragia, fraqueza,
hematomas (manchas roxas) e, a depender do tempo que ocorreu o ferimento, pode
haver infecção e larvas de moscas (miíase).

O que fazer:
- Quando o agressor for cão ou gato que possuía tutor, o ideal é buscar informações
sobre a saúde dele e caso possua todas as vacinas e não apresente sintomas, o
procedimento deve ser o mesmo adotado para ferimentos e cortes.
- Sendo um animal que seu tutor não possa ser identificado ou não exista, certifique-se
que a vacinação do seu pet esteja em dias e faça o acompanhamento com o veterinário
juntamente com o tratamento do ferimento.
- Parto
Aqui, trataremos do momento do parto. Os cuidados com a gestação devem ser
orientados pelo médico veterinário, realizados os exames necessários, dieta específica e
cuidados apropriados.

Normalmente as cadelas e gatas conseguem realizar o parto sozinhas. Porem, há


algumas espécies e ocasiões que merecem atenção, cuidados e as vezes, intervenção
veterinária. Primíparas (fêmeas que estejam na sua primeira gestação), são as mamães
de primeira viagem, por usa inexperiência ou adaptabilidade do corpo, pode acontecer
complicações no parto. Raças como bulldog, por exemplo, devido ao focinho curto, tem
dificuldade respiratória e a cesariana é a opção mais segura para trazer seus filhotes ao
mundo.

Para você, tutor, que vai acompanhar o parto normal, deve saber que esse momento
possui etapas e o que acontece em cada uma delas. Mas entenda, estamos falando de
biologia e não de matemática, então perceba sempre como está o estado geral da fêmea
e dos filhotes. Caso haja uma demora muito grande para o inicio do parto ou entre as
etapas, ou ainda, perceba o esgotamento da nova mamãe ou alterações nos filhotes
procure o veterinário para auxiliar.
As gatas possuem tempo de gestação de 58 a 72 dias, enquanto as cadelas esse período
dura de 56 a 60 dias. Ao final desse período, fique atento aos sinais.

Como identificar:
A gestante vai se mostrar inquieta dois a três dias antes do parto. Ela irá procurar um
local calmo e escondido para fazer seu ninho. As gatas são mais propensas a buscar
ambientes de difícil acesso. Vinte e quatro a quarenta e oito horas antes do parto pode
acontecer da fêmea parar de comer, ficar mais recolhida no local escolhido para ser o
ninho e haver saída de liquido pela vagina. A temperatura da gestante pode cair para 36º
a 38ºC (medida com termômetro colocado no reto do animal), isso indica que o parto
pode acontecer nas próximas vinte e quatro horas.
As três fases são:
1ª fase: é quando ocorre o relaxamento do canal por onde os filhotes irão passar e vir ao
mundo. Tem duração média de quatro a doze horas, podendo chegar a trinta e seis horas
no caso de cadelas primíparas. Nesse momento você vai perceber a fêmea
desconfortável e inquieta, podendo apresentar tremores ou mesmo vômitos. A cadela
vai cavar e juntar os cobertores e a gata vai tentar se esconder. Quando perceber o
aumento das contrações (retração do abdômen) ela está entrando na segunda fase.
2ª fase: é caracterizada por fortes contrações uterinas e dura de três a doze horas. É
nessa fase que a bolsa fetal aparece, mas o primeiro feto nasce geralmente após uma
hora após o início desta fase. Novamente, as primíparas podem levar mais tempo.
Apesar de esperar que a cabeça seja expulsa primeiro, as patas traseiras sendo as
primeiras a serem vistas também é tido como normal.
O tempo entre os nascimentos é variável, podendo haver períodos de descanso e
recuperação com duração de até duas a três horas, porém, uma vez reiniciadas as
contrações, o nascimento acontecerá cerca de trinta minutos depois, não devendo
ultrapassar o período de duas horas. Após a saída do feto, a nova mamãe tem algumas
tarefas a realizar: se o filhote nascer dentro da membrana, esta deve ser rasgada. A
fêmea então precisa lamber o filhote para estimular sua respiração, limpa-lo e seca-lo,
além de romper o cordão umbilical.
3ª fase: consiste na expulsão das membranas fetais que ficaram retidas. Essas estruturas
podem ser expulsas juntas com o feto, depois dele ou junto com feto que virá em
seguida. Portanto, em ninhadas que tenham mais de um feto, as fases 2 e 3 ocorrem de
forma alternada. O parto chega ao final quando a fêmea relaxa, se dedica a limpeza da
ninhada e permite a mamada dos filhotes, que devem se aproximar espontaneamente,
caso não façam, aproxime-os. Pode ocorrer de até três semanas após o parto, sair
líquidos pela vulva, sendo esverdeada na cadela e avermelhada na gata.

O que fazer:
- Você pode ajudar a fêmea montando o ninho com antecedência no lugar com essas
características. Podem ser utilizadas caixas, mantas ou jornais, embora ela possa optar
por não o utilizar, se isso acontecer, não insista, a intenção é evitar o estresse.
- Ao perceber que as contrações aumentaram e um novo filhote está vindo, retire os que
já nasceram e os coloque em local protegido e aquecido.
- Caso a mamãe não realiza os procedimentos após a nascida dos filhotes, você deve
estar atento para realizar por ela. Para romper a membrana fetal, coloque luvas de látex
e com os dedos, rasque delicadamente, em seguida coloque-o de cabeça para baixo,
limpe o focinho e observe a respiração, se perceber alteração, pegue uma seringa sem
agulha e tente aspirar a secreção das narinas. Se ainda assim não estiver respirando,
sopre a boca, mas sem exagero. A lambedura pode ser simulada com um pano limpando
o filhote e o massageando das patas traseiras até o rosto. Use um pano seco para
enxuga-lo e mantê-lo aquecido.
- Quanto ao cordão umbilical, pode ser cortado com tesoura estéril com fio que sele os
vasos evitando hemorragia. Na ausência desta, deixe 10 centímetros do cordão
umbilical do filhote, amarre um fio de barbante ou fio dental e realize o corte.
- Não perca muito tempo com isso, se o filhote não estiver respirando. Mesmo que o
filhote aparente estar, é possível reanimá-lo com esses procedimentos. Porém alguns
nascem fracos e não sobrevivem. Não se culpe se isso ocorrer.
- Na terceira fase, as novas mamães podem comer as placentas. Deixe que ela coma até
duas apenas, pois é uma importante fonte de nutrientes para a fêmea, mais que isso pode
provocar diarreia e vômito.
- Apesar da nova mamãe estar suja, aos nossos olhos, os novos integrantes precisam
sentir o cheiro da mãe para se guiarem, por isso, não dê banho nela nos primeiros dias.
- Caso a fêmea rejeite os filhotes ou aparente querer machuca-los, distancie e procure
orientação veterinário de como proceder com os filhotes.
- Em qualquer dos casos descritos a baixo, procure ajuda veterinária:
 O tempo de gestação ultrapassar o período normal;
 Fase 1 e 2 com contrações violentas e frequentes, mas sem aparecimento do feto;
 Quando apresentar contrações sem secreção pela vulva de cor esverdeada ou
castanha, com odor fétido e sem nenhum nascimento em 3 horas;
 Quando for possível visualizar, no início da 2ª fase, o fluido fetal, mas não
houver nascimentos após 2-3 horas;
 Se passarem mais de 3 horas desde o último nascimento e ainda tem mais fetos;
 Se a 2ª fase durar mais de 12 horas;
 Quando for visível uma hemorragia contínua;
 Caso a temperatura retal seja superior a 39,5ºC e não haja contração;
 A cadela está muito prostrada, ou com fraca condição corporal, tremendo,
ofegante, tenta andar, mas parece desorientada.
- Pode acontecer da fêmea ficar agressivas nos dias seguintes ao parto. Evite
aproximação e não encoste na ninhada se não for realmente necessário. Deixe comida e
água próximos, mas não se espante se ela não comer nos dois primeiros dias após o
parto.

- Convulsão
A convulsão é uma desordem cerebral que se manifesta e pode ser provocada por
doenças genéticas, estresse, queda grave de glicose do açúcar no sangue, traumas e
intoxicações. Ela compreende três fases, nem sempre bem definidas.
Inicialmente, ocorre a fase de pré-convulsão, o animal fica muito agitado ou muito
quieto, seguida da crise propriamente dita e por fim, o pós-crise, quando ele se recupera
e recobra a sua condição normal.

Como identificar:
Os sinais de um episódio de convulsão é caracterizado quando o animal demonstra
incoordenação, cai no chão e permanece deitado de lado fazendo movimentos de
pedalagem (move as patas como se estivesse andando e tentando se levantar), tremores
localizados ou generalizados incontroláveis, salivação excessiva, podendo urinar e
defecar de forma involuntária.

Os episódios podem durar segundos, minutos e raramente horas (sequências


consecutivas de crises com pequenos intervalos), mas nesses casos, os animais devem
ser levados para atendimento e receber medicação adequada. Durante a crise, o animal
pode perder a consciência ou não e quando sessa, pode ocorrer de ficar agressivo,
abatido ou voltar ao seu normal, voltando a comer e beber água.

O que fazer:
- Os cuidados durante a convulsão devem ser de observe-lo de perto e retire móveis e
objetos nos quais ele possa se machucar.
- Se perceber que ele está mordendo a língua, coloque um pano limpo entre os dentes.
Não manuseie mais que o necessário.
- Durante a dia-a-dia dos animais que apresentam convulsões frequentes, como
diagnosticados com epilepsia, evite o acesso a escadas, piscinas e varandas.

- Fraturas
A fratura é uma “rachadura” parcial ou total de um ou mais ossos. O osso quebrado
pode rasgar a pele e ser possível a visualização de parte dele, caracterizando a fratura
exposta. Quando isso não acontece, classifica-se a fratura como não exposta.
Normalmente, a fratura causa dano à locomoção do animal, além de lesão em vasos
sanguíneos, músculos próximos. As fraturas são provocadas por queda, atropelamento
ou golpes.

Como identificar:
- Quando ocorre uma fratura exposta, é fácil de identificar, mesmo quando o acidente
não foi presenciado pelo tutor.
- Para as não expostas, os sintomas podem indicar a região da lesão. Se fratura ocorre
em membros (“braços”, “pernas” e patas), o animal pode estar mancando ou se recusa a
levantar e andar. Fratura em costela pode ser percebida por dificuldade de respirar. Se a
mandíbula estiver quebrada, o animal não irá se alimentar e pode-se perceber a face
deformada.
- Poderá haver inchaço e hematoma (mancha rocha na pele), além manifestação de dor
através de uivo ou latido.

O que fazer:
- Verifique se o animal apresenta hemorragia, choque e/ou parada cardíaca ou
respiratória. Realize o procedimento descrito no tópico deste guia. Esses sintomas
podem trazer risco a vida do animal e por esse motivo são prioridades.
- Quando se tratar de fratura exposta, ainda que se perceba a lesão obvia, investigue se
há outros locais machucados.
- Se o osso estiver exposto, mantenha o fragmento úmido com soro fisiológico até
chegar ao hospital veterinário.
- Em casos de fratura não exposta, mas que é percebido os sinais descritos, busca-se os
ossos normalmente afetados.
- Se for possível, coloque gelo nos locais da onde estiver inchado.
- Quando a fratura estiver em membros ou cauda, tente manter imóvel colocando algo
firme que funcione como tala e enfaixe cuidadosamente, sem apertar.
- Para transportar um animal com fratura, faça isso com um cobertor ou toalha. Mas se
achar que há algum dano à coluna, deve ser utilizado uma tábua ou maca firme que
mantenha a coluna do animal reta.
- Um animal com trauma, por conta da dor e estresse, pode estar agressivo, para a sua
segurança e a dele, coloque a focinheira.

Atenção: Não tente colocar o osso no lugar e não aperte a faixa de forma a limitar a
circulação de sangue.

- Síndrome urológico felino


Essa síndrome refere-se a um conjunto de sintomas relacionados ao sistema urinário
inferior dos felinos, ou seja, bexiga e uretra. Os sintomas podem aparecer se
combinando de formas diferentes e em grau de intensidade variável gerando
complicações para o estado de saúde do animal.
Essa doença não tem causa específica, mas dentre as causas prováveis estão: estresse,
urina muito concentrada, excesso de cálcio e proteína na urina, obstrução parcial ou
total por neoplasia, má-formação do sistema urinário ou doenças neurológicas que
causam esvaziamento inadequado da bexiga.

Como identificar:
Ao perceber alguns dos sinais a seguir, suspeita-se que haja disfunção no trato urinário
inferior: dor ao urinar, micção frequente, urinar fora do local usual, urina com sangue,
vocalização durante a micção, agitação, agressividade, ausência de micção.

O que fazer:
Devido a diversidade de sintomas, causas e métodos para tratar e prevenir, a melhor
conduta é buscar orientação veterinária assim que qualquer sintoma seja percebido.

- Intoxicações
Toxina é qualquer substancia que cause efeito nocivo ao organismo. A intoxicação pode
ocorrer por ingestão (engolir), inalação (respirar) ou contato. Os eventos toxicológicos
podem ser acidentais ou intencionais (criminosos) e ocorrem principalmente no
ambiente doméstico, envolvendo diferentes agentes tóxicos. Os sinais podem ser
diversos e variam com o tipo de toxina. Os mais comuns são: hemorragias, convulsões,
agitação ou prostração, vômito, diarreia, fraqueza, dificuldade respiratória, tremor e
andar cambaleante. Via de regra, o animal deverá ser levado para avaliação e tratamento
veterinário.

Para evitar esse tipo de acidente, mantenha os produtos químicos longe do alcance do
seu amigo peludo. Pesquise se a planta nova tem algum efeito nocivo para ele e o ensine
a não comer alimentos que não seja os ofertados por você, tutor (pode ser necessário
adestra-lo). Não dê ou deixe disponível chocolate, mais atrativo para cães do que para
gatos, podem causar sintomas de intoxicação grave após consumo em dias consecutivos
ou em grandes quantidades de uma só vez

As intoxicações de forma geral exigem intervenção veterinária para resolução do


problema. Uma característica é a semelhança dos sintomas, o que dificulta o
diagnóstico, tornando as informações descritas pelo tutor essenciais para o prognóstico.
Outra semelhança é que o tempo entre a exposição à toxina e o aparecimento e
agravamento dos sintomas, podendo deixar sequelas ou ser letal é muito curto. Isso
significa que o tutor deve ser rápido, ter informações corretas e claras.
Uma forma comum de intoxicação de pets é por meio de conato ou consumo de ratos
que morreram por envenenamento com produtos de uso doméstico. Para quem possui
animal em casa, o ideal é contratar empresa especializada para realizar o controle de
ratos e qualquer outra praga a sua casa.

Se houve ingestão o carvão ativado pode ser utilizado para prevenir a absorção do
veneno pelo organismo seguindo a orientação do fabricante ou oferecendo 1 a 2 gramas
de carvão ativado para cada quilograma de peso corporal do seu pet. Pode ser comprado
em farmácias na forma de comprimidos ou em pó, para diluição em água. As fezes do
animal podem ficar acinzentadas.

Intoxicação por produtos químicos de uso doméstico


Os animais podem se intoxicar com produtos químicos que normalmente são
encontrados nas residências, como: desinfetantes, água sanitária, soda cáustica,
naftalina, entre outros. A falta de informação é uma das principais causas de intoxicação
pois as pessoas não realizam o uso adequado dessas substâncias ou permitem o acesso
do animal aos produtos.
Como identificar:
O que fazer:
- Se o produto químico foi inalação, retire seu amigo de quatro patas do local onde o gás
está sendo liberado e leve-o a um lugar arejado.
- Se visualizar a ingestão, interrompa o animal e leve-o ao veterinário.
- Não provoque o vômito.
- Leve o frasco, rótulo ou foto de todo o produto químico, o profissional nececitará
disso para escolher o tratamento.
- Quando a exposição ocorrer por conato, normalmente atinge patas, parte inferior de
tórax e abdômen e focinho, lave com água ou soro fisiológico.

Intoxicação por plantas tóxicas


As plantas ornamentais, ou seja, usadas para paisagismo para fins estéticos, são as mais
comumente envolvidas nesse tipo de intoxicação. Os animais domésticos tem podem ter
acesso a planta propriamente ou a chás e sumos oferecidos pelos tutores sem a devida
orientação do profissional.

A curiosidade e necessidade de mordedura do filhote torna-o mais propenso a este tipo


de acidente, porém, adultos entediados, sem brinquedos e com fome são atraídos pelas
cores e formas das plantas ornamentais e se tornam alvo de suas toxinas. É importante
ressaltar que comer plantas é um comportamento normal para cães e gatas, mas quando
ocorre deste vegetal ser tóxico, ocorre o aparecimento dos sintomas.

Como identificar:
- Os sintomas são inespecíficos, podem levar algumas horas para aparecer e envolvem:
vômito, desânimo, falta de apetite, diarreia, febre, lesões pele, gengiva, lábios e língua
(irritados, vermelhos e inchados), salivação excessiva, tremor, dentre outros.
Plantas tóxicas: copo de leite; costela de Adão, Espada de São Jorge; coroa de Cristo ou
bem-casados; mamona ou palma de Cristo; pinhão roxo ou pinhão bravo; coração de
negro; urtiga; azaléia; violeta, entre outras. Colocar imagens das plantas

O que fazer:
- Se visualizar a ingestão, interrompa o animal e leve-o ao veterinário.
- Lembre-se de colher ums amostra da planta ou tirar uma foto, o profissional nececitará
disso para escolher o tratamento.
- Não provoque o vômito.
Intoxicação por medicamentos
O uso de alguns remédios é necessário para manter a saúde do pet, principalmente
contra vermes, pulgas e carrapatos. Mas atenção: A administração de todo e qualquer
medicamento só deve ser realizada pelo médico veterinário ou com a indicação,
supervisão ou orientação dele.
Como identificar:
Os medicamentos são agrupados conforme o efeito que causam no organismo e o
mecanismo (jeito) que fazem isso. Dessa forma, os sintomas de uma intoxicação por
drogas do mesmo grupo tendem a ser semelhantes. A toxicidade varia conforme a
quantidade consumida e quantas vezes o animal foi exposto. Os gatos são especialmente
mais sensíveis que os cães. Eis os medicamentos comumente envolvidos em
intoxicação:
- Anti-inflamatórios: meloxicam, carprofeno, cetoprofeno, diclofenaco e ibuprofeno.
Esses remédios controlam a inflamação, causam alívio da dor e controle da febre. Em
caso de intoxicação, os animais podem apresentar problemas gastrointestinais (não
comem, vômito com ou sem sangue, diarreia com ou sem sangue, inflamação no
estômago e intestino), renais (problemas na filtração do sangue, produção de pouca
urina, e insuficiência renal), hepáticos, ou seja, no fígado (pele, gengiva e interior da
pálpebra com coloração amarela), problemas na coagulação (dificuldade de parar
hemorragia), neurológico (depressão, coma, convulsão e mudança de comportamento) e
reações alérgicas.
- Paracetamol: é um medicamento com efeito de alívio da dor e controle da febre. Para
realizar essas ações, ele precisa passar pelo fígado, então doses altas ou prolongadas
podem prejudicar esse órgão. Sintomas como vômito, batimento cardíacos e respiração
acelerados, dor abdominal, inchaço nas patas e sangue na urina. Os gatos são mais
sensíveis a esse medicamento.
- Psicotrópicos: são remédios também utilizados na medicina veterinária para tratar
ansiedade, diminuir agitação, atenuar comportamento compulsivo ou repetitivo e
agressividade. A intoxicação pode acontecer por falha na medicação direcionada para os
animais ou por ingestão acidental de medicamentos humanos como: benzodiazepínicos
(diazepan), azaspirona (buspirona), antidepressivos tricíclicos (amitriptilina), fluoxetina
e sertralina. Os sinais variam entre cães e gatos, sendo: coma, diminuição dos reflexos,
aumento do consumo de alimentos/ração ou rejeição da dieta, vômito, dor abdominal,
cegueira temporária, contração ou dilatação da pupila, sonolência ou agitação,
convulsão, descompasso dos batimentos cardíacos, aumento da saliva e ausência de
micção.
O tratamento para as intoxicações por medicamento deve ser analisado pelo veterinário
pois dependem do tipo de medicamento, de quanto tempo há entre a ingestão e o
atendimento e quantidade de medicamento ingerida.
Intoxicação por venenos
Inicialmente é importante salientar que, sempre que possível, a aplicação de venenos
deve ser realizada por pessoas treinadas e empresas certificadas. Outro fato importante é
que, ao utilizar esses produtos ou perceber a presença desses químicos, redobre a
atenção com os pets no sentido de evitar o contato e, no caso de já ter acontecido,
identificar os sintomas para relatar ao veterinário com o máximo de detalhe possível.

Veneno para caracóis: é metaldeído vendido na forma de cristais em pó, utilizado para
exterminar caracóis e lesmas em áreas residenciais, por isso, tem aromatizantes, o
problema é que os animais domésticos e selvagens também são atraídos por esses
cheiros. Apesar deste veneno ser tóxico para todos os animais domésticos, os cães são
os mais afetados. Os sintomas são: vómitos, taquicardia, tremores, diarreia, convulsões,
aumento da temperatura corporal, dilatação da pupila e movimentação do olho de forma
involuntária.

Veneno para ratos: são anticoagulantes conhecidos como dicumarínicos. A intoxicação


por esse tipo de veneno é uma das mais comuns em medicina veterinária. Por afetar os
fatores de coagulação é comum encontrar hemorragia, podendo ser localizada e visível
(gengiva, nariz ou fezes) ou interna causando o preenchimento das cavidades como
tórax e abdômen, que por sua vez provocam dor ao respirar, mal estar e dor abdominal.

Inseticidas: um dos tipos são os organofosforados. A intoxicação acontece mais


comumente com as formulações antigas deste veneno que são mantidos armazenados
por muitos anos. Devido a ação no sistema nervoso, os sintomas variam, podendo
apresentar: salivação, lacrimejo, aumento no consumo de água, diarreia, falta de ar,
vômito, batimento cardíaco lento, pupila contraída, tremores musculares, convulsões e
fraqueza.

Veneno para pulgas e piolhos: algumas formulações utilizadas para essa função contêm
permitrinas. Se utilizadas conforme a orientação do fabricante, não é comum resultar em
intoxicação. Porém, os gatos, por serem mais sensíveis à esta substancia, podem
apresentar convulsão e até morte, só de entrar em contato com outros animais que foram
expostos ao tratamento. O veneno age no sistema nervoso das pulgas e piolhos, mas
quanto a quantidade usada é superior ao recomendado para o animal doméstico, ele
pode apresentar sintomas como: tremores, espasmos, convulsão, salivação excessiva,
dilatação da pupila, aumento da temperatura corporal, batimento cardíacos rápidos,
vômito, desorientação, entre outros sintomas menos comuns.

- Desmaio
A perda de consciência momentânea pode acontecer em animais com doenças cardíacas
e circulatórias por falta de oxigenação do cérebro, devido a hemorragias ou traumas na
cabeça. Há ainda desmaio por agitação excessiva ou estresse, como a chegada do tutor
em casa. Essa não é uma condição de doença, mas merece ser investigado se acontece
com frequência.

Coleiras apertadas, enforcador durante passeio, contenção exagerada e obstrução da


passagem de ar por objeto podem causar desmaios.

O que fazer:
Seu pet pode não ter o tempo necessário para chegar ao profissional, por isso tente
algumas manobras durante o caminho.
- Ao perceber o desmaio observe o animal respira e se o coração está batendo, para isso,
coloque a mão em frente ao focinho e na lateral do tórax.
- Se ele estiver com coleira, enforcador ou contido, afrouxe-os.
- Se ele permanecer desacordado, coloque o animal de forma que a cabeça fique mais
baixa que o corpo, podendo elevar levemente a parte traseira dele, dessa forma chegará
mais sangue oxigenado ao cérebro.
- Você pode tentar fazer uma massagem vigorosamente no corpo do animal para
estimular a circulação e em seguida, levantar a traseira, deixando a cabeça em um nível
mais baixo. Se nada disso funcionar, monitore a respiração e os batimentos cardíacos
até conseguir atendimento veterinário.
- Não utilize substâncias com odor forte na tentativa de acordar o seu pet. Eles possuem
alta sensibilidade olfativa e o cheiro forte pode demais para eles causando efeitos
prejudiciais.

- Dificuldade de respirar
Ocorre por problemas nos movimentos respiratórios e/ou trocas de gases no pulmão,
obstrução por corpo estranho, inchaço em boca e pescoço, afogamento e reações
alérgicas.

Como identificar:
- Podem ocorrer sinais como tosse, secreção pelo nariz ou olho, respiração ofegante,
desmaio, gengiva, língua e interior das pálpebras com cor azuladas ou arroxeada e sons
anormais.
- Reações alérgicas muito fortes podem causar inchaço na garganta, dificultando a
passagem de ar, por esse motivo, pode ser observado o animal tentando “puxar o ar”, e
nesse momento, produz um ruído estranho. No entanto, quando isso se repete algumas
vezes e depois cessa, o animal não está sufocado, mas apresentando espasmo nos
brônquios (região do pulmão), certamente pela inalação de uma substância que lhe
cause alergia (fumaça, perfume, etc.).

O que fazer:
Crises respiratórias podem ser fatais, por isso, assim que percebidas, o animal deve ser
imediatamente levado ao atendimento veterinário, ainda assim, durante o caminho, tente
ajuda-lo com alguma das indicações a seguir.
Para os gatos, que não podem respirar pela boca, devem ser levados ao veterinário assim
que percebido esse comportamento.

- Para facilitar a respiração afrouxe a coleira ou enforcador.


- Se o animal estiver calmo ou desacordado, é possível abrir a boca e puxar a língua
com ajuda de uma gaze e iluminar com uma lanterna para ver se existe algum objeto
preso na garganta. Se houver, avalie a possibilidade de remove-lo com uma pinça, mas
nunca o empurre. Outra opção e pressionar o tórax do animal com força para que o ar
dentro dos pulmões expulse o objeto.

-Estado de choque
Diversos acidentes e doenças podem levar ao choque. Algumas delas são: hemorragias
graves, atropelamentos, envenenamentos, choques eléctricos intensos, desidratação
grave, queimaduras graves, entre outras. Isso caracteriza o choque como uma condição
secundária, ou seja, ocorre a partir de outra causa que a precede. Uma consideração
importante, pois o tutor deve ficar alerta para essa consequência sempre que o animal
estiver apresentando uma das causas do choque.

Como identificar:
A temperatura do corpo estará baixa (principalmente nas extremidades, como patas e
orelhas), os batimentos cardíacos ficarão acelerados assim como a respiração, poderá
ocorrer perda de consciência e as gengivas ficarão muito pálidas.

O que Fazer:
- Mantenha o animal deitado de lado;
- Deixe a cabeça e região do tronco mais baixos do que a parte traseira do corpo;
- Aqueça o animal enrolando-o num cobertor e coloque um saco de água quente
próximo ao animal, nunca diretamente em contacto com a pele;
- Coloque a língua do animal para fora de um dos lados da boca;
- Transporte ou movimente o animal delicadamente evitando dores e traumatismos.

- Parada Cardíaca e respiratória


Ocorre dá haver parada cardíaca e respiratória conjuntamente ou de forma isolada. Elas
podem ser um efeito provocado por forte choque ao morder um fio eléctrico,
atropelamentos, quedas ou traumatismos graves, animais cardíacos, afogamentos entre
outros motivos.
Como identificar: será necessário colocar a mão do lado esquerdo do tórax do animal e
perceber a ausência dos batimentos cardíacos e/ou visualizar o tórax, percebendo que
não há movimentos respiratórios.
DICA: Faça esse teste no animal saudável, assim, quando notar algo errado, saberá qual
o normal para comparar com o identificado no momento do acidente ou doença.

O que fazer:
- Massagem Cardíaca: coloque o animal deitado sobre o lado direito e com a palma da
sua mão sobre o coração do animal, faça uma pressão firme e rápida sobre a região e
solte. Deve pressionar rapidamente e soltar uma vez por segundo.
No caso de cães muito pequenos ou gatos, use as pontas dos dedos para pressionar o
coração. Massajei durante um minuto e observar se os batimentos cardíacos voltam.
- Respiração Artificial: use a para fechar a boca do animal e segure firmemente o
focinho. Eleve a cabeça do animal e encoste sua boca no focinho dele (pode usar um
lenço fino para evitar o contacto direto). Sopre para dentro das narinas até sentir que o
peito do animal se eleve. Deite a cabeça do animal e pressione o peito dele
delicadamente para que o ar saia. Em 1 minuto, repita o procedimento 8 a 10 vezes.
Verifique se o animal volta a respirar. Continue a respiração artificial, caso ele ainda
não esteja a respirar. Alterne o procedimento com outra pessoa quando se cansar.

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