O poema descreve o cordel estradeiro como uma forma de comunicação poderosa que transmite as histórias e cultura do sertão nordestino através de imagens como "luzes do vaga-lume", "alpendre de casarão", e a "cuia do velho cego". O cordel viaja pelas cidades e terreiros levando estas histórias e a força do "trovão" de Manoel Chudu.
O poema descreve o cordel estradeiro como uma forma de comunicação poderosa que transmite as histórias e cultura do sertão nordestino através de imagens como "luzes do vaga-lume", "alpendre de casarão", e a "cuia do velho cego". O cordel viaja pelas cidades e terreiros levando estas histórias e a força do "trovão" de Manoel Chudu.
O poema descreve o cordel estradeiro como uma forma de comunicação poderosa que transmite as histórias e cultura do sertão nordestino através de imagens como "luzes do vaga-lume", "alpendre de casarão", e a "cuia do velho cego". O cordel viaja pelas cidades e terreiros levando estas histórias e a força do "trovão" de Manoel Chudu.
O meu cordel estradeiro É inverno e é verão Vem lhe pedir permissão É canção de lavadeira Pra se tornar verdadeiro Peixeira de Lampião As luzes do vaga-lume Pra se tornar mensageiro Alpendre de casarão Da força do teu trovão A cuia do velho cego E as asas da tanajura Terreiro de amarração Fazer voar o sertão O ramo da rezadeira O banzo de fim de feira Meu moxotó coroado De xiquexique e facheiro Vocês que estão no palácio Onde a cascavel cochila Venham ouvir meu pobre pinho Na boca do cangaceiro Não tem o cheiro do vinho Das frutas frescas do Lácio Eu também sou cangaceiro Mas tem a cor de Inácio E o meu cordel estradeiro Da serra da Catingueira É cascavel poderosa Um cantador de primeira É chuva que cai maneira Que nunca foi numa escolha* Aguando a terra quente Erguendo um véu de poeira Pois meu verso é feito a foice Deixando a tarde cheirosa Do cassaco cortar cana Sendo de cima pra baixo É planta que cobre o chão Tanto corta como espana Na primeira trovoada Sendo de baixo pra cima A noite que desce fria voa do cabo e se dana** Depois da tarde molhada É seca desesperada Rasgando o bucho do chão