O documento descreve diversas expressões e termos utilizados no Nordeste brasileiro, destacando particularidades do vocabulário e sotaque regional. Em três frases ou menos, o texto apresenta de forma poética e rítmica expressões populares nordestinas que diferenciam a fala local de outras regiões do país.
Descrição original:
Título original
Cordel- no nordeste é diferente, é assim que a gente fala
O documento descreve diversas expressões e termos utilizados no Nordeste brasileiro, destacando particularidades do vocabulário e sotaque regional. Em três frases ou menos, o texto apresenta de forma poética e rítmica expressões populares nordestinas que diferenciam a fala local de outras regiões do país.
O documento descreve diversas expressões e termos utilizados no Nordeste brasileiro, destacando particularidades do vocabulário e sotaque regional. Em três frases ou menos, o texto apresenta de forma poética e rítmica expressões populares nordestinas que diferenciam a fala local de outras regiões do país.
NO NORDESTE É DIFERENTE, É Sendo assim, está correto
ASSIM QUE A GENTE FALA Dizer Confeito e não bala. É feio pra muita gente, No Brasil pra se expressar Mas não é incoerente... Há diferenciação, É assim que a gente fala. Porque cada região Tem seu jeito de falar. Você pode estranhar, O Nordeste é excelente! Mas ele não tem defeito. Tem um jeito diferente Consertar é Indireito, Que a outro não se iguala: Rir de alguém é Mangar. Alguém chato é Abusado; Mexer em algo é Bulir Se quebrou, Tá Enguiçado... Paquerar é Se Inxirir É assim que a gente fala. E correr é Dar Carreira. Qualquer coisa torta é Troncha, Uma ferida é Pereba, Marca de pancada é Roncha Homem alto é Galalau E a caxumba é Papeira. Ou então é Varapau E coisa ruim é Peba. Longe é o Fim do mundo Cisco no olho é Argueiro. E garganta aqui é Goela. O sovina é Pirangueiro, Veja que a língua é bela Enguiçar é Dar o Prego. E nessa língua eu vou fundo. Fofoca aqui é Fuxico, Tentar muito é Pelejar, Desistir, Pedir Penico, Apertar é Acochar, Lugar longe é Caxaprego. Homem rico é Estribado. Se for muito parecido Ladainha é Lengalenga Diz-se Cagado e Cuspido E um estouro é Pipoco. E uma fofoca é Babado. Qualquer botão é Pitoco E confusão é Arenga. Desconfiado é Cabreiro, Fantasma é Alma Penada. Travessura é Presepada. Uma conversa fiada, Uma cuspida é Goipada, Por aqui é Leriado. Frente de casa é Terreiro. Palavrão é Nome Feio, Dar volta é Arrudiar, Agonia é Aperreio Confessar, Desembuchar, E metido é Amostrado. Quem trai alguém, Apunhala. Distraído é Aluado, O nosso palavreado Quem estar mal, Tá Lascado... Não se pode ignorar, É assim que a gente fala. Pois ele é peculiar É bonito, é Arretado! Aqui valer é Vogar E é nosso dialeto. E quem não paga é Xexeiro.
Rua Professor Antônio Nunes, nº 35, Centro – Itapetim/PE CENTRO EDUCACIONAL ACADEMIA DO SABER CNPJ: 38.714.961/0001-30 Centro Educacional Academia do Saber (CEAS) Educação, Base fundamental para o Sucesso
Quem dá furo é Fuleiro
E parir é Descansar. Palhaçada é Marmota, Um rastro é Pisunhada. Tá doido é Tá Variando, A buchuda é Amojada, Mas a gente conversando, E pão-duro é Amarrado. Fala assim e nem nota. Verme no bucho é Lombriga, Cabra chato é Cabuloso, Com raiva Tá Com a Bixiga Insistente é Pegajoso. E com medo é Acuado. Remédio aqui é Meisinha. Chateado é Emburrado Tocar em algo é Triscar, E quando tá Invocado O último é Derradeiro Dizemos Tá Com a Murrinha. E para trocar dinheiro Nós falamos Destrocar. Não concordo, é Pois Sim, Tudo que é bom é Massa, Tô às ordens é Pois Não! O Policial é Praça, Beco do lado é Oitão, Pessoa esperta é Danada. A corrente é Trancilim Vitamina dá Sustança. Ou Volta, sem o pingente. A barriga aqui é Pança Uma surpresa é, Oxente! E porrada é Cipuada. Quem abre o olho Arregala; Vou Chegando, é pra sair, Alguém sortudo é Cagado, Torcer o pé, Desmintir... Capotagem é Cangapé. É assim que a gente fala. O mendigo é Esmolé, Quem tem pressa é Avexado. A cachaça é Meropeia. Uma sandália é Percata, Tá triste é Acabrunhado. Uma correia, Arriata, O bobo é Apombalhado, Quem faz fofoca Badala. Sem qualidade é Borreia. O cascudo é Cocorote A árvore é Pé de Pau, E o folgado é Folote... Caprichar é Dar o Grau, É assim que a gente fala. Mercado é Venda ou Bodega. Quem olha tá Espiando Perdeu a cor é Bufento. Ou então, Tá Curiando, Se alguém dá liberdade E quem namora Chumbrega. Pra entrar na intimidade Dizemos Dar Cabimento. Coceira na pele é Xanha Varrer aqui é Barrer! E molho de carne é Graxa. Se a calcinha aparecer Uma pelada é um Racha , Mostra a Polpa da Bunda. Onde se perde ou se ganha. Mulher feia é Canhão, Defecar se chama Obrar Neco é pra negação, Ou simplesmente Cagar. Nas costas, é na Cacunda. Sem juízo é Abilolado
Rua Professor Antônio Nunes, nº 35, Centro – Itapetim/PE CENTRO EDUCACIONAL ACADEMIA DO SABER CNPJ: 38.714.961/0001-30 Centro Educacional Academia do Saber (CEAS) Educação, Base fundamental para o Sucesso
Ou tem o Miolo Mole. Quem fala mais alto ou grita,
Sanfona também é Fole Pra gente aqui é Gasguita, E com raiva é Infezado. Quem faz pacote, Embala. Enrugado é Ingilhado, Estilingue é Balieira, Com dor no corpo, Ingembrado... Uma prostituta é Quenga, É assim que a gente fala. Um cabra frouxo é Molenga E baba ovo é Chaleira. Um afago é Alisado, Opinar é Dar Pitaco, Um monte de gente é Ruma. Axila é Suvaco Pra perguntar como, é Cuma? E cabra ruim é Mala. E bicho gordo é Cevado. Atrás da nuca é Cangote, A calça curta é Coronha, Adolescente é Frangote... Um cabra leso é Pamonha É assim que a gente fala. E manha aqui é Pantim. Coisa velha é Cacareco, Lugar longe aqui é Brenha. O copo aqui é Caneco Conversa besta, Arisia, E coisa pouca é Tiquim. Venha, ande, é Avia, Fofoca é também Resenha. Mulher desqualificada, O dado aqui é Bozó, Chamamos de Lambisgoia. Um grande amor é Xodó. Tudo que sobra, é Boia. Demorar muito é Custar, E muita gente é Cambada. De pernas tortas é Zambeta, O nariz aqui é Venta, Morre, Bate a Caçuleta, A polenta é Quarenta, Ficar cheirando é Fungar. Mandar correr é Acunha. Ter um azar é Quizila, A clavícula aqui é Pá, A bola de gude é Bila, Um mal-estar é Gastura. Sofrer de amor, Roer Unha. Um vento bom é Frescura, Ali, se diz, Acolá. Aprendi desde pivete Um sujeito inteligente, Que homem franzino é Xôxo. Se for feio ou for valente, Quem é medroso é um Frouxo É o Cão Chupando Manga. E comprimido é Cachete. Um companheiro é Pareia, Sujeira em olho é Remela, Depende é Aí Vareia! Quem não tem dente é Banguela, Tic nervoso é Munganga. Quem fala muito e não cala, Aqui se chama Matraca. Colar provas é Filar, Cheiro de suor, Inhaca ... Brigar é Sair no Braço. É assim que a gente fala. Nosso lombo é Ispinhaço, Faltar aula é Gazear. Pra dizer ponto final
Rua Professor Antônio Nunes, nº 35, Centro – Itapetim/PE CENTRO EDUCACIONAL ACADEMIA DO SABER CNPJ: 38.714.961/0001-30 Centro Educacional Academia do Saber (CEAS) Educação, Base fundamental para o Sucesso
A gente só diz: E Priu! Coisa fácil é Fichinha,
Pra chamar é Dando Siu, Dose de cana é Lapada, Sem falar, Fica de Mal. Empurrão é Dar Peitada Separar é Apartá, E o banheiro é Casinha. Desviar é Ataiá, Tudo pequeno é Cotoco, E pra desmentir é Nego. Vigi! Quer dizer, por pouco, Quem está desnorteado, Desde o tempo da senzala. Aqui se diz Ariado, Nessa terra nordestina, E complicado é Nó Cego. Seu menino, essa menina... É assim que a gente fala.